O desabamento do túnel avisa que a transposição das águas do São Francisco pode demorar mais 150 anos.
“O Brasil teve que esperar mais de 150 anos para que um presidente cumprisse a promessa que Dom Pedro II fez”, começou a gabar-se o presidente Lula já em 2003, quando comunicou à nação que resolveria o problema das secas no Nordeste com a transposição das águas do Rio São Francisco.
Em 14 de dezembro de 2010, o palanque ambulante visitou São José de Piranhas para festejar o ritmo das obras do túnel Cuncas I, com 15 quilômetros de extensão, que liga essa cidade paraibana a Mauriti, no Ceará.
“Cada vez que vocês olharem esse canal”, cumprimentou-se no comício, “vocês irão lembrar que em 1847 Dom Pedro tentou fazer esse canal, ele era imperador do Brasil e não deixaram ele fazer”.
Para que não restassem dúvidas, marcou data para a consumação de mais um milagre operado pelo PAC: “Estou percebendo que a obra vai ser inaugurada definitivamente em 2012. A não ser que aconteça um dilúvio, qualquer coisa”.
Não houve nenhum dilúvio, nem se sabe o que aconteceu, mas é melhor esperar sentado, acaba de avisar o desabamento parcial da maravilha sertaneja celebrada por Lula.
Ocorrido no dia 21, quinta-feira passada, o acidente no Cuncas I acaba de ser revelado pelo site do Estadão.
Forçado a comentar o que tentou esconder durante uma semana, com a cumplicidade das empreiteiras premiadas nas licitações, o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho, encarregou a assessoria de imprensa de explicar o que houve.
Segundo a nota divulgada nesta quinta-feira, a causa do deslizamento de terra na entrada do túnel foi “a consistência não uniforme do solo encontrado naquele ponto”.
Tão clara quanto uma discurseira de Dilma Rousseff, tão verdadeira quanto uma promessa de Lula, a justificativa só reforça a suspeita de que, caso as obras obedeçam ao padrão PAC de eficiência e agilidade, as águas do São Francisco continuarão onde estão por mais 150 anos.
Postado por Marcos Lourenço Wanz
Um painel político do momento histórico em que vivem o país e o mundo. Pretende ser um observatório dos principais acontecimentos que dominam o cenário político nacional e internacional, e um canal de denúncias da corrupção e da violência, que afrontam a cidadania. Este não é um blog partidário, visto que partidos não representam idéias, mas interesses de grupos, e servem apenas para encobrir o oportunismo político de bandidos. Não obstante, seguimos o caminho da direita. Semitam rectam.
"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)
"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)
sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012
EXPORTANDO INDÚSTRIAS
Artigos - Economia
A coluna do ex-ministro Delfim Netto na edição de ontem (8) da Folha de São Paulo (É a indústria...) me levou a meditar sobre a nova divisão internacional do trabalho, que se configurou a partir das últimas décadas do século passado com a entrada da China como grande produtor mundial. Até então este país tinha papel marginal e era voltado para seu próprio mercado interno.
Desde então a China passou a ser o endereço das empresas dedicadas à indústria de transformação. Eu próprio, nos anos oitenta, militava na indústria de brinquedos e vi praticamente toda a indústria nacional naufragar. Mal se sabia que a quebradeira do setor não era episódica e não se devia apenas à crise que então grassava no país. A mudança era estrutural e a China acabou por ter o quase monopólio da fabricação de brinquedos.
Outros setores seguiram o exemplo. Parte da indústria do EUA, no primeiro momento, mas de todo o mundo no momento seguinte, transferiu-se para a China. Nossa própria indústria foi para lá deslocada. Como entender o processo? Em primeiro lugar, houve a vontade da estrutura política da China de se integrar ao mercado mundial, no famoso dito de Deng Xiaoping “Um país, dois sistemas”. Um arremedo de capitalismo vitoriano foi por lá implantado, sem qualquer modernização das relações políticas, integralmente controladas pelo Partido Comunista.
Em segundo lugar, a China ofertou como diferencial uma reserva inesgotável de mão de obra barata e um sistema tributário bastante favorável em comparação com o Ocidente. A indústria de transformação, em regra estruturada no formato de mão de obra intensiva, encontrou ali um local favorável para se desenvolver. Boa parte da prosperidade que se verificou no momento subsequente se deveu à incorporação desse enorme contingente de pessoas à economia mundial.
Em terceiro, a fronteira econômica de expansão no Ocidente estava determinada pelo binômio informática/telecomunicações. O setor de serviços expandiu-se enormemente. Dessa forma, a indústria de transformação deslocou-se para a China sem que impactos estruturais maiores fossem verificados nos países que perderam indústrias de transformação.
O Ocidente pôde assim manter sua estrutura social democrata, convivendo com custo muito mais elevado da mão de obra, que ganha mais e trabalha menos em relação aos chineses, absorvendo os frutos do acréscimo de produtividade daquele país. Os preços baixos do Oriente semearam a prosperidade.
Um último fator foi bastante favorável ao Brasil, produtor que é de comida e matérias primas. A incorporação da China ao mercado mundial demandou intensamente nesses mercados, melhorando preços de forma permanente. O Brasil portanto foi duplamente beneficiado, seja pela revolução tecnológica, seja pela ampliação de seus mercados tradicionais. A perda do setor de indústria de transformação quase não foi sentida.
Delfim Netto sempre raciocina, no artigo, como formulador de política industrial, do que foi useiro e vezeiro quando de sua passagem pelo poder. Ocorre que as relações estruturais dos mercados se sobrepõem e por vezes esmagam a vontade do governante. É inútil e extemporâneo tentar reimplantar indústrias que se transferiram para o Oriente.
Elas só voltarão se o modelo social democrata for extinto, o que parece estar sendo ensaiado na Europa. Para concorrer com a China só com mão de obra barata e mercado desregulamentado, ou seja, com o desmonte do chamado “Estado de bem estar social”. E com baixa tributação. Isso não vai acontecer aqui, ao menos em um horizonte de tempo discernível. Logo, essa divisão internacional do trabalho se manterá pelos próximos anos. A China é a dona da indústria de transformação por razões estruturais.
Nivaldo Cordeiro, 10 Fevereiro 2012
A coluna do ex-ministro Delfim Netto na edição de ontem (8) da Folha de São Paulo (É a indústria...) me levou a meditar sobre a nova divisão internacional do trabalho, que se configurou a partir das últimas décadas do século passado com a entrada da China como grande produtor mundial. Até então este país tinha papel marginal e era voltado para seu próprio mercado interno.
Desde então a China passou a ser o endereço das empresas dedicadas à indústria de transformação. Eu próprio, nos anos oitenta, militava na indústria de brinquedos e vi praticamente toda a indústria nacional naufragar. Mal se sabia que a quebradeira do setor não era episódica e não se devia apenas à crise que então grassava no país. A mudança era estrutural e a China acabou por ter o quase monopólio da fabricação de brinquedos.
Outros setores seguiram o exemplo. Parte da indústria do EUA, no primeiro momento, mas de todo o mundo no momento seguinte, transferiu-se para a China. Nossa própria indústria foi para lá deslocada. Como entender o processo? Em primeiro lugar, houve a vontade da estrutura política da China de se integrar ao mercado mundial, no famoso dito de Deng Xiaoping “Um país, dois sistemas”. Um arremedo de capitalismo vitoriano foi por lá implantado, sem qualquer modernização das relações políticas, integralmente controladas pelo Partido Comunista.
Em segundo lugar, a China ofertou como diferencial uma reserva inesgotável de mão de obra barata e um sistema tributário bastante favorável em comparação com o Ocidente. A indústria de transformação, em regra estruturada no formato de mão de obra intensiva, encontrou ali um local favorável para se desenvolver. Boa parte da prosperidade que se verificou no momento subsequente se deveu à incorporação desse enorme contingente de pessoas à economia mundial.
Em terceiro, a fronteira econômica de expansão no Ocidente estava determinada pelo binômio informática/telecomunicações. O setor de serviços expandiu-se enormemente. Dessa forma, a indústria de transformação deslocou-se para a China sem que impactos estruturais maiores fossem verificados nos países que perderam indústrias de transformação.
O Ocidente pôde assim manter sua estrutura social democrata, convivendo com custo muito mais elevado da mão de obra, que ganha mais e trabalha menos em relação aos chineses, absorvendo os frutos do acréscimo de produtividade daquele país. Os preços baixos do Oriente semearam a prosperidade.
Um último fator foi bastante favorável ao Brasil, produtor que é de comida e matérias primas. A incorporação da China ao mercado mundial demandou intensamente nesses mercados, melhorando preços de forma permanente. O Brasil portanto foi duplamente beneficiado, seja pela revolução tecnológica, seja pela ampliação de seus mercados tradicionais. A perda do setor de indústria de transformação quase não foi sentida.
Delfim Netto sempre raciocina, no artigo, como formulador de política industrial, do que foi useiro e vezeiro quando de sua passagem pelo poder. Ocorre que as relações estruturais dos mercados se sobrepõem e por vezes esmagam a vontade do governante. É inútil e extemporâneo tentar reimplantar indústrias que se transferiram para o Oriente.
Elas só voltarão se o modelo social democrata for extinto, o que parece estar sendo ensaiado na Europa. Para concorrer com a China só com mão de obra barata e mercado desregulamentado, ou seja, com o desmonte do chamado “Estado de bem estar social”. E com baixa tributação. Isso não vai acontecer aqui, ao menos em um horizonte de tempo discernível. Logo, essa divisão internacional do trabalho se manterá pelos próximos anos. A China é a dona da indústria de transformação por razões estruturais.
Nivaldo Cordeiro, 10 Fevereiro 2012
O DOGMA DO COLETIVISMO
Artigos - Cultura
(Extraído do capítulo 11 do livro Theory and History)
O que distingue o coletivismo do realismo conceitual ensinado pelos filósofos não é seu método de aplicação, mas as tendências políticas implícitas. O coletivismo transforma a doutrina epistemológica em uma pretensão ética. Ele diz às pessoas o que elas devem fazer. Não existe uma ideologia coletivista uniforme, mas várias doutrinas coletivistas. Cada uma delas enaltece uma entidade coletivista diferente e exige que todas as pessoas decentes se submetam a elas. Cada seita idolatra seu próprio ídolo e é intolerante com todos os ídolos rivais. Cada uma ordena a total subjeção do indivíduo; todas são totalitárias.
O caráter particularista das várias doutrinas coletivistas poderia ser facilmente ignorado, pois elas normalmente utilizam como ponto de partida a oposição entre a sociedade em geral e os indivíduos. Nesse contraste, existe apenas um coletivo, o qual abrange todos os indivíduos. Não é possível, portanto, surgir nenhuma rivalidade entre várias entidades coletivas. Porém, no curso detalhado da análise, um coletivo especial é imperceptivelmente substituído pela abrangente e única 'sociedade'.
Vamos primeiro examinar o conceito geral de sociedade.
Os homens cooperam uns com os outros. A totalidade das relações inter-humanas criadas por tal cooperação chama-se sociedade. A sociedade não é uma entidade por si mesma. Ela não tem vida própria. A sociedade é uma expressão da ação humana. A sociedade não existe ou vive fora da conduta das pessoas. Ela é apenas uma orientação da ação humana. A sociedade não pensa e nem age. São os indivíduos que, ao pensarem e agirem, constituem um complexo de relações e fatos que são chamados de relações sociais e fatos sociais.
Essa questão acabou sendo confundida com uma metáfora aritmética. Seria a sociedade — perguntam as pessoas — apenas uma soma de indivíduos ou seria mais do que isso e, por conseguinte, uma entidade provida de uma realidade independente? Tal pergunta não faz sentido. A sociedade não é a soma de indivíduos; e também não é nem mais e nem menos do que isso. Conceitos aritméticos não podem ser aplicados a essa questão.
Outra confusão surge da não menos vaga pergunta sobre se a sociedade é ou não anterior aos indivíduos — tanto na lógica quanto no tempo. A evolução da sociedade e a evolução da civilização não foram dois processos distintos; foram o mesmo. A passagem biológica de uma espécie de primatas para além do nível da mera existência animal e sua transformação em homens primitivos já denotava o desenvolvimento dos primeiros princípios da cooperação social. Quando o Homo sapiens surgiu no curso dos eventos terrenos, ele não era nem um solitário em busca de comida nem um membro de um rebanho gregário, mas sim um ser que conscientemente cooperava com outros seres de sua espécie.
Foi somente por meio da cooperação com seus semelhantes que ele conseguiu desenvolver a linguagem, essa indispensável ferramenta do pensamento. É impossível imaginar um ser racional vivendo em total isolamento e não cooperando um mínimo que seja com os membros de sua família, clã ou tribo. O homem, sendo um homem, é necessariamente um animal social. Algum tipo de cooperação é uma característica essencial de sua natureza. Porém, ter consciência desse fato não justifica lidar com as relações sociais como se elas fossem algo mais do que meras relações, ou com a sociedade como se ela fosse uma entidade independente, que está fora ou acima das ações dos indivíduos.
Finalmente, existem as interpretações erradas causadas pela metáfora orgânica, que diz que podemos comparar a sociedade a um organismo biológico. A tertium comparationis é o fato de que a divisão do trabalho e a cooperação existem entre as várias partes de um corpo biológico assim como existe entre os vários membros da sociedade. Porém, a evolução biológica que resultou no surgimento dos sistemas estruturais-funcionais das plantas e dos animais foi um processo puramente fisiológico, em que não se pode descobrir nenhum traço de atividade consciente das células. Por outro lado, a sociedade humana é um fenômeno intelectual e espiritual. Ao cooperar com seus semelhantes, os indivíduos não se desfazem de sua individualidade. Eles retêm o poder de agir antissocialmente, e frequentemente o fazem. Entretanto, cada célula do seu corpo invariavelmente se mantém no mesmo lugar. Os indivíduos espontaneamente escolhem a maneira como eles se integram na cooperação social. Os homens têm ideias e escolhem fins específicos, ao passo que as células e órgãos do seu corpo não possuem tal autonomia.
É algo manifesto que ninguém é capaz de observar e analisar a sociedade como um todo. Tudo o que pode ser observado é apenas a ação de indivíduos. Ao interpretarem os vários aspectos das ações do indivíduo, os teóricos criam o conceito de sociedade. Não há como analisar a parte analisando-se o todo. Qualquer propriedade de uma sociedade só pode ser descoberta por meio da análise da conduta de seus membros individuais.
Ao contrastar sociedade e indivíduo, e ao negar a este qualquer realidade "verdadeira", as doutrinas coletivistas veem o indivíduo meramente como um rebelde teimoso e insubmisso. Este infeliz pecador tem o atrevimento de dar preferência aos seus interesses egoístas e insignificantes em detrimento dos sublimes interesses de toda a grande deusa sociedade. É claro que o coletivista designa essa eminência somente para o ídolo social que ele considera justo e probo, e não para qualquer aspirante.
Quando o coletivista glorifica o estado, ele não está se referindo a todo e qualquer estado, mas somente àquele regime que ele aprova, não importa se tal estado já existe ou se ele terá de ser criado. Para os irredentistas tchecos na antiga Áustria e para os irredentistas irlandeses no Reino Unido, os estados cujos governos residiam em Viena e em Londres eram usurpadores; seu estado justo e probo ainda não havia sido criado. Especialmente notável é a terminologia dos marxistas. Marx era severamente hostil ao estado prussiano da dinastia dos Hohenzollern. Para deixar claro em sua proposta que o estado que ele desejava ver onipotente e totalitário não era exatamente aquele tipo de estado cujos soberanos residiam em Berlim, Marx recorreu ao truque de rotular o estado de 'sociedade'. A inovação era meramente verbal. O objetivo de Marx era abolir toda e qualquer esfera de iniciativa individual, transferindo o controle de todas as atividades econômicas para o aparato social de compulsão e repressão, o qual é comumente chamado de estado ou governo. O embuste conseguiu seduzir várias pessoas. Mesmo hoje ainda existem ingênuos que crêem que há diferença entre economia socializada e outros tipos de socialismo.
A confusão entre os conceitos de sociedade e estado se originou com Hegel e Schelling. É costumeiro diferenciar duas escolas de hegelianos: a de esquerda e a de direita. A distinção refere-se apenas à postura desses autores em relação ao Reino da Prússia e à Igreja Evangélica da Prússia. O credo político de ambas as ideologias era essencialmente o mesmo. Ambas advogavam a onipotência do governo. Foi um hegeliano de esquerda, Ferdinand Lassalle, quem mais claramente expressou a tese fundamental do hegelianismo: "O Estado é Deus."[1] O próprio Hegel havia sido um pouco mais cauteloso. Ele declarou apenas que é "o percurso de Deus através do mundo que constitui o Estado" e que ao lidarmos com o estado devemos contemplar "a Ideia, o próprio Deus presente na terra."[2]
Os filósofos coletivistas são incapazes de perceber que o que constitui o estado são as ações dos indivíduos. Os legisladores, aqueles que impõem obediência à lei pela força das armas, e aqueles que se submetem aos ditames das leis e da polícia constituem o estado por meio de seu comportamento. Apenas nesse sentido o estado pode ser considerado algo real. Não existe estado fora destas ações individuais dos homens.
Ludwig von Mises, 10 Fevereiro 2012
Notas:
[1] Gustav Mayer, Lassalleana, Archiv für Geschichte der Sozialismus, 1, 196.
[2] Hegel, Philosophy of Right, sec. 258.
(Extraído do capítulo 11 do livro Theory and History)
O que distingue o coletivismo do realismo conceitual ensinado pelos filósofos não é seu método de aplicação, mas as tendências políticas implícitas. O coletivismo transforma a doutrina epistemológica em uma pretensão ética. Ele diz às pessoas o que elas devem fazer. Não existe uma ideologia coletivista uniforme, mas várias doutrinas coletivistas. Cada uma delas enaltece uma entidade coletivista diferente e exige que todas as pessoas decentes se submetam a elas. Cada seita idolatra seu próprio ídolo e é intolerante com todos os ídolos rivais. Cada uma ordena a total subjeção do indivíduo; todas são totalitárias.
O caráter particularista das várias doutrinas coletivistas poderia ser facilmente ignorado, pois elas normalmente utilizam como ponto de partida a oposição entre a sociedade em geral e os indivíduos. Nesse contraste, existe apenas um coletivo, o qual abrange todos os indivíduos. Não é possível, portanto, surgir nenhuma rivalidade entre várias entidades coletivas. Porém, no curso detalhado da análise, um coletivo especial é imperceptivelmente substituído pela abrangente e única 'sociedade'.
Vamos primeiro examinar o conceito geral de sociedade.
Os homens cooperam uns com os outros. A totalidade das relações inter-humanas criadas por tal cooperação chama-se sociedade. A sociedade não é uma entidade por si mesma. Ela não tem vida própria. A sociedade é uma expressão da ação humana. A sociedade não existe ou vive fora da conduta das pessoas. Ela é apenas uma orientação da ação humana. A sociedade não pensa e nem age. São os indivíduos que, ao pensarem e agirem, constituem um complexo de relações e fatos que são chamados de relações sociais e fatos sociais.
Essa questão acabou sendo confundida com uma metáfora aritmética. Seria a sociedade — perguntam as pessoas — apenas uma soma de indivíduos ou seria mais do que isso e, por conseguinte, uma entidade provida de uma realidade independente? Tal pergunta não faz sentido. A sociedade não é a soma de indivíduos; e também não é nem mais e nem menos do que isso. Conceitos aritméticos não podem ser aplicados a essa questão.
Outra confusão surge da não menos vaga pergunta sobre se a sociedade é ou não anterior aos indivíduos — tanto na lógica quanto no tempo. A evolução da sociedade e a evolução da civilização não foram dois processos distintos; foram o mesmo. A passagem biológica de uma espécie de primatas para além do nível da mera existência animal e sua transformação em homens primitivos já denotava o desenvolvimento dos primeiros princípios da cooperação social. Quando o Homo sapiens surgiu no curso dos eventos terrenos, ele não era nem um solitário em busca de comida nem um membro de um rebanho gregário, mas sim um ser que conscientemente cooperava com outros seres de sua espécie.
Foi somente por meio da cooperação com seus semelhantes que ele conseguiu desenvolver a linguagem, essa indispensável ferramenta do pensamento. É impossível imaginar um ser racional vivendo em total isolamento e não cooperando um mínimo que seja com os membros de sua família, clã ou tribo. O homem, sendo um homem, é necessariamente um animal social. Algum tipo de cooperação é uma característica essencial de sua natureza. Porém, ter consciência desse fato não justifica lidar com as relações sociais como se elas fossem algo mais do que meras relações, ou com a sociedade como se ela fosse uma entidade independente, que está fora ou acima das ações dos indivíduos.
Finalmente, existem as interpretações erradas causadas pela metáfora orgânica, que diz que podemos comparar a sociedade a um organismo biológico. A tertium comparationis é o fato de que a divisão do trabalho e a cooperação existem entre as várias partes de um corpo biológico assim como existe entre os vários membros da sociedade. Porém, a evolução biológica que resultou no surgimento dos sistemas estruturais-funcionais das plantas e dos animais foi um processo puramente fisiológico, em que não se pode descobrir nenhum traço de atividade consciente das células. Por outro lado, a sociedade humana é um fenômeno intelectual e espiritual. Ao cooperar com seus semelhantes, os indivíduos não se desfazem de sua individualidade. Eles retêm o poder de agir antissocialmente, e frequentemente o fazem. Entretanto, cada célula do seu corpo invariavelmente se mantém no mesmo lugar. Os indivíduos espontaneamente escolhem a maneira como eles se integram na cooperação social. Os homens têm ideias e escolhem fins específicos, ao passo que as células e órgãos do seu corpo não possuem tal autonomia.
É algo manifesto que ninguém é capaz de observar e analisar a sociedade como um todo. Tudo o que pode ser observado é apenas a ação de indivíduos. Ao interpretarem os vários aspectos das ações do indivíduo, os teóricos criam o conceito de sociedade. Não há como analisar a parte analisando-se o todo. Qualquer propriedade de uma sociedade só pode ser descoberta por meio da análise da conduta de seus membros individuais.
Ao contrastar sociedade e indivíduo, e ao negar a este qualquer realidade "verdadeira", as doutrinas coletivistas veem o indivíduo meramente como um rebelde teimoso e insubmisso. Este infeliz pecador tem o atrevimento de dar preferência aos seus interesses egoístas e insignificantes em detrimento dos sublimes interesses de toda a grande deusa sociedade. É claro que o coletivista designa essa eminência somente para o ídolo social que ele considera justo e probo, e não para qualquer aspirante.
Quando o coletivista glorifica o estado, ele não está se referindo a todo e qualquer estado, mas somente àquele regime que ele aprova, não importa se tal estado já existe ou se ele terá de ser criado. Para os irredentistas tchecos na antiga Áustria e para os irredentistas irlandeses no Reino Unido, os estados cujos governos residiam em Viena e em Londres eram usurpadores; seu estado justo e probo ainda não havia sido criado. Especialmente notável é a terminologia dos marxistas. Marx era severamente hostil ao estado prussiano da dinastia dos Hohenzollern. Para deixar claro em sua proposta que o estado que ele desejava ver onipotente e totalitário não era exatamente aquele tipo de estado cujos soberanos residiam em Berlim, Marx recorreu ao truque de rotular o estado de 'sociedade'. A inovação era meramente verbal. O objetivo de Marx era abolir toda e qualquer esfera de iniciativa individual, transferindo o controle de todas as atividades econômicas para o aparato social de compulsão e repressão, o qual é comumente chamado de estado ou governo. O embuste conseguiu seduzir várias pessoas. Mesmo hoje ainda existem ingênuos que crêem que há diferença entre economia socializada e outros tipos de socialismo.
A confusão entre os conceitos de sociedade e estado se originou com Hegel e Schelling. É costumeiro diferenciar duas escolas de hegelianos: a de esquerda e a de direita. A distinção refere-se apenas à postura desses autores em relação ao Reino da Prússia e à Igreja Evangélica da Prússia. O credo político de ambas as ideologias era essencialmente o mesmo. Ambas advogavam a onipotência do governo. Foi um hegeliano de esquerda, Ferdinand Lassalle, quem mais claramente expressou a tese fundamental do hegelianismo: "O Estado é Deus."[1] O próprio Hegel havia sido um pouco mais cauteloso. Ele declarou apenas que é "o percurso de Deus através do mundo que constitui o Estado" e que ao lidarmos com o estado devemos contemplar "a Ideia, o próprio Deus presente na terra."[2]
Os filósofos coletivistas são incapazes de perceber que o que constitui o estado são as ações dos indivíduos. Os legisladores, aqueles que impõem obediência à lei pela força das armas, e aqueles que se submetem aos ditames das leis e da polícia constituem o estado por meio de seu comportamento. Apenas nesse sentido o estado pode ser considerado algo real. Não existe estado fora destas ações individuais dos homens.
Ludwig von Mises, 10 Fevereiro 2012
Notas:
[1] Gustav Mayer, Lassalleana, Archiv für Geschichte der Sozialismus, 1, 196.
[2] Hegel, Philosophy of Right, sec. 258.
DO FUNDO DO BAÚ...
O maior dos presidentes está pronto para virar Pedro III
No primeiro dia da Grande Viagem pelo São Francisco, o país ficou sabendo que o maior dos presidentes é também muito melhor que os dois imperadores. D. Pedro I foi ultrapassado em 6 de setembro, quando Lula, de uma vez só, anunciou o Descobrimento do Pré-Sal e proclamou a Segunda Independência. D. Pedro II capitulou nesta semana, na cidade mineira de Buritizeiros, durante o improviso do chefe da nação e chefe da caravana de pais-da-pátria convocada para conferir, olho no olho, a transposição das águas do rio.
“Nós nos damos até o luxo de fazer uma obra que dom Predo queria fazer há 200 anos atrás”, informou. A inversão das letras no nome ilustre reitera que o orador precisa contratar urgentemente um revisor oral instantâneo. O recuo no tempo avisa que alguém tem de enfiar noções de História na cabeça do presidente que nunca estudou: em 1809, quem reinava no Brasil era o pai do primeiro imperador e avô do segundo. A omissão do I ou do II acompanhando o Pedro mencionado no discurso sugere que Lula, embora desconfie de que o Pedro da transposição foi aquele de barbas brancas, acha que alguém resolveu embaralhar ainda mais a memória do Brasil com a troca dos algarismos romanos. Desde que viu os retratos dos dois, não acredita que o moço com cara de quem está pensando na mucama seja o pai do outro com cara de avô.
Não importa: Lula fez em menos de sete anos o que não fizeram, juntos, todos os Orleans e Bragança. “Quase 200 anos depois”, continuou a fala do trono, já de volta aos inimigos da República, “essa obra não conseguiu andar para a frente, porque nós tivemos muitos governantes de duas caras, que prometiam fazer a obra em um Estado e não faziam”. Se fosse só a transposição do São Francisco, Lula nem perderia tempo com a multidão de bifrontes. Mas tem todo o direito de queixar-se da trabalheira o presidente que, como os antecessores nada fizeram, também teve de acabar com a fome, erradicar o analfabetismo e fabricar em poucos meses um sistema de saúde que está perto da perfeição. Sem falar do tsunami reduzido a marolinha. Fora o resto.
“A água é criada pela natureza, o rio é federal, é o rio da integração nacional”, concluiu o rei do improviso, que apareceu na escala seguinte já encarnando o déspota não esclarecido. Ao longo de 3 dias, levou Dilma Rousseff para não pescar nenhum peixe, autorizou o povo do Nordeste a comer cobras, calangos e passarinhos, ordenou a José Serra que fique esperto e se limite a governar São Paulo, dormiu em aposentos de barão sertanejo, comparou a ONU a uma fruta caindo do galho, foi o primeiro a acordar e o último a dormir, cantou muito, conversou muito, comeu muito e bebeu socialmente. Tremenda viagem. Melhor que isso, só uma eleição presidencial com dois candidatos: “Só nós contra eles, pão, pão, queijo, queijo”, vislumbrou o olhar de comício.
Quem poderá resistir a uma candidata escolhida por quem fez a transposição que vai acabar com a sede e a seca no sertão? É verdade que o que foi investido na revitalização do rio representa apenas 3,88% do total. É verdade que o conjunto da obra mal chegou a 15%, que o dinheiro chega sempre com atraso, que a coisa vai demorar. Mas só os famosos 6% de descontentes encontram tempo para lembrar-se disso bem na semana em que o maior dos presidentes ficou pronto para virar Pedro III.
17 outubro de 2009
augusto nunes
NOTA AO PÉ DO TEXTO
Se alguma virtude pode ser apontada em Lula, é a sua modéstia... Autor de discursos que nos brindaram com obras faraônicas, que nos deixava a todos estupefatos ante tanta audácia (e tanta mentira!), mas cujo único propósito era enganar os ingênuos eleitores, e apresentar-se como um gigante, o gigante do "nunca antes nesse país..."
A transposição do São Francisco que fez dele - em sua imaginação megalômana o Pedro III - hoje não passa de um valão de concreto, inconcluso, rachado, abandonado, representando uma fortuna desperdiçada, mas que encheu de glória esse quase imperador, e fez o orgulho dos crédulos nordestinos.
Agora chega a imperatriz, e com ela o seu séquito de puxa-sacos, garantindo, como o velho refrão do Adhemar de Barros - "dessa vez, vamos" - que vai correr água em abundância no sertão.
Uma espécie de "Antonio Conselheiro" moderno e petista, ou melhor "Conselheira", com as promessas de um novo império brasileiro, no qual jorrará mel e água...
Esperar para ver o quanto vai nos custar a continuação dessa estupidez, mas que faz a fortuna e a glória das construtoras "achegadas ao poder".
Quem viver verá...
m.americo
No primeiro dia da Grande Viagem pelo São Francisco, o país ficou sabendo que o maior dos presidentes é também muito melhor que os dois imperadores. D. Pedro I foi ultrapassado em 6 de setembro, quando Lula, de uma vez só, anunciou o Descobrimento do Pré-Sal e proclamou a Segunda Independência. D. Pedro II capitulou nesta semana, na cidade mineira de Buritizeiros, durante o improviso do chefe da nação e chefe da caravana de pais-da-pátria convocada para conferir, olho no olho, a transposição das águas do rio.
“Nós nos damos até o luxo de fazer uma obra que dom Predo queria fazer há 200 anos atrás”, informou. A inversão das letras no nome ilustre reitera que o orador precisa contratar urgentemente um revisor oral instantâneo. O recuo no tempo avisa que alguém tem de enfiar noções de História na cabeça do presidente que nunca estudou: em 1809, quem reinava no Brasil era o pai do primeiro imperador e avô do segundo. A omissão do I ou do II acompanhando o Pedro mencionado no discurso sugere que Lula, embora desconfie de que o Pedro da transposição foi aquele de barbas brancas, acha que alguém resolveu embaralhar ainda mais a memória do Brasil com a troca dos algarismos romanos. Desde que viu os retratos dos dois, não acredita que o moço com cara de quem está pensando na mucama seja o pai do outro com cara de avô.
Não importa: Lula fez em menos de sete anos o que não fizeram, juntos, todos os Orleans e Bragança. “Quase 200 anos depois”, continuou a fala do trono, já de volta aos inimigos da República, “essa obra não conseguiu andar para a frente, porque nós tivemos muitos governantes de duas caras, que prometiam fazer a obra em um Estado e não faziam”. Se fosse só a transposição do São Francisco, Lula nem perderia tempo com a multidão de bifrontes. Mas tem todo o direito de queixar-se da trabalheira o presidente que, como os antecessores nada fizeram, também teve de acabar com a fome, erradicar o analfabetismo e fabricar em poucos meses um sistema de saúde que está perto da perfeição. Sem falar do tsunami reduzido a marolinha. Fora o resto.
“A água é criada pela natureza, o rio é federal, é o rio da integração nacional”, concluiu o rei do improviso, que apareceu na escala seguinte já encarnando o déspota não esclarecido. Ao longo de 3 dias, levou Dilma Rousseff para não pescar nenhum peixe, autorizou o povo do Nordeste a comer cobras, calangos e passarinhos, ordenou a José Serra que fique esperto e se limite a governar São Paulo, dormiu em aposentos de barão sertanejo, comparou a ONU a uma fruta caindo do galho, foi o primeiro a acordar e o último a dormir, cantou muito, conversou muito, comeu muito e bebeu socialmente. Tremenda viagem. Melhor que isso, só uma eleição presidencial com dois candidatos: “Só nós contra eles, pão, pão, queijo, queijo”, vislumbrou o olhar de comício.
Quem poderá resistir a uma candidata escolhida por quem fez a transposição que vai acabar com a sede e a seca no sertão? É verdade que o que foi investido na revitalização do rio representa apenas 3,88% do total. É verdade que o conjunto da obra mal chegou a 15%, que o dinheiro chega sempre com atraso, que a coisa vai demorar. Mas só os famosos 6% de descontentes encontram tempo para lembrar-se disso bem na semana em que o maior dos presidentes ficou pronto para virar Pedro III.
17 outubro de 2009
augusto nunes
NOTA AO PÉ DO TEXTO
Se alguma virtude pode ser apontada em Lula, é a sua modéstia... Autor de discursos que nos brindaram com obras faraônicas, que nos deixava a todos estupefatos ante tanta audácia (e tanta mentira!), mas cujo único propósito era enganar os ingênuos eleitores, e apresentar-se como um gigante, o gigante do "nunca antes nesse país..."
A transposição do São Francisco que fez dele - em sua imaginação megalômana o Pedro III - hoje não passa de um valão de concreto, inconcluso, rachado, abandonado, representando uma fortuna desperdiçada, mas que encheu de glória esse quase imperador, e fez o orgulho dos crédulos nordestinos.
Agora chega a imperatriz, e com ela o seu séquito de puxa-sacos, garantindo, como o velho refrão do Adhemar de Barros - "dessa vez, vamos" - que vai correr água em abundância no sertão.
Uma espécie de "Antonio Conselheiro" moderno e petista, ou melhor "Conselheira", com as promessas de um novo império brasileiro, no qual jorrará mel e água...
Esperar para ver o quanto vai nos custar a continuação dessa estupidez, mas que faz a fortuna e a glória das construtoras "achegadas ao poder".
Quem viver verá...
m.americo
ABORTO
Há tantas coisas que normalmente atrapalham a discussão sobre o aborto e, ao mesmo tempo, tantas coisas a serem consideradas, que o assunto fica praticamente interminável e, portanto, sem solução.
Uma das que atrapalha é meter política patidária no meio. Quantos políticos já mudaram de opinião acerca do aborto, por conveniência, em vésperas de eleições? Milhares, talvez, o que faz as suas confissões públicas nesse sentido serem completamente irrelevantes.
Na prática, biologicamente, o aborto é um homicídio, sem a menor sombra de dúvida, e acredito que o Direito também o considere assim. Não deve ser à toa que o aborto está incluído em cinco artigos do Código Penal sob o título “DOS CRIMES CONTRA A VIDA”.
Mas nem todos os homicídios são puníveis, tanto que o Artigo 128 do Código diz o seguinte:
Art. 128 – Não se pune o aborto praticado por médico:
Aborto necessário
I – se não há outro meio de salvar a vida da gestante;
Aborto no caso de gravidez resultante de estupro
II – se a gravidez resulta de estupro e o aborto é precedido de consentimento da
gestante ou, quando incapaz, de seu representante legal.
Tais “atenuantes”, por assim dizer, não desconfiguram um homicídio, mas apenas o fazem inimputável.
É por aí que eu acho que a questão deve ser debatida, deixando de lado a religião, a política e a discussão inútil dos puristas sobre quando começa a vida. A meu ver, como está no Código é bom, mas poderia melhorar ainda mais se incluissem no Artigo 128, como “aborto necessário”, o caso do feto não apresentar as mínimas condições de ter uma vida não vegetativa após o parto.
É claro que não se pode deixar de mencionar a forma indiscriminada que se pratica o aborto aqui no Brasil e o desamparo de que são vítimas as crianças nascidas de relações indesejadas que são abandonadas. Esses dois fatos, que são normalmente utilizados como argumento pelos que são favoráveis ao aborto, como se o “liberou geral” fosse solução para o problema, só carecem de atenção governamental, coisa que, em tempos atuais, é impossível.
10 de fevereiro de 2012
Por Ricardo Froes
Uma das que atrapalha é meter política patidária no meio. Quantos políticos já mudaram de opinião acerca do aborto, por conveniência, em vésperas de eleições? Milhares, talvez, o que faz as suas confissões públicas nesse sentido serem completamente irrelevantes.
Na prática, biologicamente, o aborto é um homicídio, sem a menor sombra de dúvida, e acredito que o Direito também o considere assim. Não deve ser à toa que o aborto está incluído em cinco artigos do Código Penal sob o título “DOS CRIMES CONTRA A VIDA”.
Mas nem todos os homicídios são puníveis, tanto que o Artigo 128 do Código diz o seguinte:
Art. 128 – Não se pune o aborto praticado por médico:
Aborto necessário
I – se não há outro meio de salvar a vida da gestante;
Aborto no caso de gravidez resultante de estupro
II – se a gravidez resulta de estupro e o aborto é precedido de consentimento da
gestante ou, quando incapaz, de seu representante legal.
Tais “atenuantes”, por assim dizer, não desconfiguram um homicídio, mas apenas o fazem inimputável.
É por aí que eu acho que a questão deve ser debatida, deixando de lado a religião, a política e a discussão inútil dos puristas sobre quando começa a vida. A meu ver, como está no Código é bom, mas poderia melhorar ainda mais se incluissem no Artigo 128, como “aborto necessário”, o caso do feto não apresentar as mínimas condições de ter uma vida não vegetativa após o parto.
É claro que não se pode deixar de mencionar a forma indiscriminada que se pratica o aborto aqui no Brasil e o desamparo de que são vítimas as crianças nascidas de relações indesejadas que são abandonadas. Esses dois fatos, que são normalmente utilizados como argumento pelos que são favoráveis ao aborto, como se o “liberou geral” fosse solução para o problema, só carecem de atenção governamental, coisa que, em tempos atuais, é impossível.
10 de fevereiro de 2012
Por Ricardo Froes
A DIVISÃO DO BOLO JÁ COMEÇOU...
Partidos políticos começam a dividir o bolo de R$ 286 milhões, que recebem de recursos públicos do Fundo Partidário
Quando ler essas informações, o comentarista Martim Berto Fuchs, o maior crítico dos partidos políticos, realmente terá motivos para ficar revoltado. Os 29 partidos políticos irão receber neste ano R$ 286 milhões do Fundo Partidário, formado por recursos públicos, ou seja, do povo. Os dados foram divulgados oficialmente pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral). E os pagamentos já começaram.
O aumento é de quase 8% em relação a 2011. O PT vai ganhar R$ 53,8 milhões, o maior orçamento, seguido do PMDB, com valores previstos em R$ 41,6 milhões. Mesmo com uma das maiores bancadas da Câmara dos Deputados, o PSD irá receber a cota mínima de R$ 548 mil durante todo ano, porque o cálculo é feito com base na última eleição geral de 2010.
Do total, 5% do fundo são divididos igualmente entre os partidos. Já os outros 95% são repassados de acordo com os votos obtidos na eleição para a Câmara. O Fundo Partidário é constituído principalmente por verbas repassadas pela União. Ele também é composto por multas eleitorais e doações, que não significam praticamente nada.
Há alguns anos, fiz na Tribuna da Imprensa uma série de reportagens sobre as falcatruas que a direção do PV então cometia com os recursos do Fundo Partidário. Estive pessoalmente, várias vezes, no Tribunal Superior Eleitoral, em Brasília, em contato com os auditores e colhendo documentos, que são públicos.
A Tribuna da Imprensa publicou as reportagens, que mostravam as múltiplas irregularidades cometidas pelo presidente do PV, José Luiz Penna, e outros diretores, uma verdadeira farra do boi. E não aconteceu nada. Motivo: o PV contratou o conceituado escritório de advocacia de Nelson Jobim, digo, do filho do ex-ministro, e a questão foi prontamente resolvida.
Ao invés de punir o partido, na forma da lei, suspendendo os repasses do Fundo Partidário e incriminando os dirigentes por improbidade administrativa, porque se trata de gestão de recursos públicos, o TSE apenas multou o PV, que pagou a multa usando recursos do Fundo Partidário, é claro, e não dos dirigentes corruptos.
Moral da história. O PV me processou, através de sua diretora jurídica Vera Motta e perdeu a questão, é claro. O presidente corrupto José Luiz Penna se candidatou a deputado federal e foi eleito, por São Paulo. A ex-senadora Marina Silva tentou afastar Penna da presidência, onde já está há mais de 10 anos, e não conseguiu. Acabou tendo de sair do partido.
Traduzindo: a corrupção é mesmo invencível.
Carlos Newton
10 de fevereiro de 2012
Quando ler essas informações, o comentarista Martim Berto Fuchs, o maior crítico dos partidos políticos, realmente terá motivos para ficar revoltado. Os 29 partidos políticos irão receber neste ano R$ 286 milhões do Fundo Partidário, formado por recursos públicos, ou seja, do povo. Os dados foram divulgados oficialmente pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral). E os pagamentos já começaram.
O aumento é de quase 8% em relação a 2011. O PT vai ganhar R$ 53,8 milhões, o maior orçamento, seguido do PMDB, com valores previstos em R$ 41,6 milhões. Mesmo com uma das maiores bancadas da Câmara dos Deputados, o PSD irá receber a cota mínima de R$ 548 mil durante todo ano, porque o cálculo é feito com base na última eleição geral de 2010.
Do total, 5% do fundo são divididos igualmente entre os partidos. Já os outros 95% são repassados de acordo com os votos obtidos na eleição para a Câmara. O Fundo Partidário é constituído principalmente por verbas repassadas pela União. Ele também é composto por multas eleitorais e doações, que não significam praticamente nada.
Há alguns anos, fiz na Tribuna da Imprensa uma série de reportagens sobre as falcatruas que a direção do PV então cometia com os recursos do Fundo Partidário. Estive pessoalmente, várias vezes, no Tribunal Superior Eleitoral, em Brasília, em contato com os auditores e colhendo documentos, que são públicos.
A Tribuna da Imprensa publicou as reportagens, que mostravam as múltiplas irregularidades cometidas pelo presidente do PV, José Luiz Penna, e outros diretores, uma verdadeira farra do boi. E não aconteceu nada. Motivo: o PV contratou o conceituado escritório de advocacia de Nelson Jobim, digo, do filho do ex-ministro, e a questão foi prontamente resolvida.
Ao invés de punir o partido, na forma da lei, suspendendo os repasses do Fundo Partidário e incriminando os dirigentes por improbidade administrativa, porque se trata de gestão de recursos públicos, o TSE apenas multou o PV, que pagou a multa usando recursos do Fundo Partidário, é claro, e não dos dirigentes corruptos.
Moral da história. O PV me processou, através de sua diretora jurídica Vera Motta e perdeu a questão, é claro. O presidente corrupto José Luiz Penna se candidatou a deputado federal e foi eleito, por São Paulo. A ex-senadora Marina Silva tentou afastar Penna da presidência, onde já está há mais de 10 anos, e não conseguiu. Acabou tendo de sair do partido.
Traduzindo: a corrupção é mesmo invencível.
Carlos Newton
10 de fevereiro de 2012
OPINIÃO DO ESTADÃO: POR ONDE ANDAVA A PRESIDENTE?
Primeiro como ministra de Minas e Energia, depois como titular da Casa Civil, enfim como presidente da República, faz nove anos que Dilma Rousseff conhece as coxias do poder, o libreto da ópera e o desempenho da companhia.
Ou assim seria de esperar, a menos que se considerasse desde sempre uma
eleitoral, montada de comum acordo pelas partes, o título de "mãe do PAC" que lhe outorgou o então presidente Lula. A honraria se destinava não só a ressaltar o seu papel de condutora do alardeado programa de obras do governo, mas principalmente a avisar o público pagante de que tinha diante de si uma administradora de talento excepcional – embora ainda insuficientemente conhecido pela maioria dos brasileiros.
Pano rápido para a aridez dos fatos que expõem a embromação das palavras. A "gerentona" – que, segundo o folclore planaltino, examina de lupa em punho todos os projetos de sua equipe, "espanca" a papelada até que ela confesse as suas fraquezas e sabe de cada iniciativa mais do que os próprios responsáveis por elas – não teve como disfarçar a verdade ocultada pela propaganda enganosa.
Anteontem, apenas na véspera de uma visita programada a um lugar chamado Missão Velha, na divisa do Ceará com Pernambuco, no trajeto da futura ferrovia Transnordestina, Dilma parece ter se dado conta de que não seria uma boa ideia armar um comício sobre a operosidade do governo justamente em um dos pontos da região onde é mais patente o seu caráter fictício: o abandono do empreendimento arde ao sol do Cariri.
Decerto uma situação atípica, diria o anedótico marciano recém-chegado ao País portando braçadas de inocente boa vontade. Afinal, depois de dois períodos de estiagem financeira, no ano passado o governo liberou R$ 164,6 milhões, ou mais de 3/5 das verbas destinadas à ferrovia no exercício. Mas tanto faz.
A Transnordestina está tão largada como a transposição do Rio São Francisco, que recebeu em 2011 apenas 13% do R$ 1,3 bilhão previsto. O descalabro, portanto, não se explica exclusivamente pelo ritmo dos repasses.
Diante do vexame, Dilma saiu-se com um tró-ló-ló que só leva água para o moinho de todos quantos têm motivos para afirmar que a proclamada rainha da eficiência vaga erraticamente pelas veredas das decisões, sem ter a menor ideia do rumo a tomar.
"Queremos obras controladas", exigiu a presidente, como se nunca antes uma ideia dessas tivesse passado pela cabeça de um administrador público. "Não queremos saber que não deu certo (somente) no fim do ano." E anunciou, como quem promete uma revolução gerencial na área do Estado:
"Pretendo sistematicamente, a partir de agora, olhar detalhadamente os prazos, queremos que (os consórcios incumbidos das obras) cumpram os prazos, teremos uma supervisão praticamente mensal".
Nem a delicadeza proíbe perguntar por onde Dilma Rousseff andava desde que assumiu a chefia do governo que já integrava desde 2003.
É também forçoso indagar do que serve a prepotência com que ela trata os subordinados, quando entende que não correspondem às suas severas exigências. Afinal, a peculiar versão dilmista do que se convenciona chamar "administração por atrito" pode humilhar os interlocutores à sua mercê, mas nem por isso assenta um único tijolo no prazo devido e a custo certo.
Bem feitas as contas, as limitações da presidente – impossíveis de camuflar, a esta altura – são apenas parte da história. Elas reforçam o efeito de sua decisão política de manter o esquema de arrendamento da máquina pública que, na era Lula, alcançou níveis sem precedentes. Sob o antecessor e a sucessora, o aparelho administrativo é distribuído a interessados em usar as suas engrenagens para fins diversos daqueles para os quais foram criadas.
Os vícios insanáveis dos aparatos burocráticos são velhos como o tempo. No Brasil dos anos recentes, acrescentou-se a eles uma estrutura parasitária que assegura, de partida, que tudo ande aquém e custe além da conta. É o preço que o País é levado a pagar pelo arranjo espúrio que nem sequer se explica pelos imperativos da governança, como alegam os governistas, mas para permitir ao partido no poder o controle do sistema político. O resto é consequência.
10 de fevereiro de 2012
abobado
O PREÇO DA CORRUPÇÃO NO BRASIL
Um estudo realizado pelo Departamento de Competitividade e Tecnologia (Decomtec) da Fiesp (Federação das Indústrias de São Paulo) revelou os prejuízos econômicos e sociais que a corrupção causa ao País. O valor chega a R$ 69 bilhões de reais por ano.
As denúncias de corrupção vêm de todos os cantos do país e de todos os setores – públicos e privados. Denunciadas em parte pela imprensa, em parte por setores privados fiscalizadores, não se havia medido ainda o tamanho do rombo e o mais alarmante: o prejuízo que este montante de dinheiro causa em setores fundamentais, como educação, saúde, infraestrutura, habitação e saneamento.
O relatório da Fiesp informa que o custo disso chega até R$ 69 bilhões de reais ao ano. Segundo o levantamento, a renda per capita do País poderia ser de US$ 9 mil, 15,5% mais elevada que o nível atual.
Segundo dados de 2008, a pesquisa aponta que o custo médio anual da corrupção no Brasil representa de 1,38% a 2,3% do Produto Interno Bruto (PIB), ou seja, gira em torno de R$ R$ 41,5 bilhões a R$ 69,1 bilhões.
No período entre 1990 e 2008, a média do PIB per capita do País era de US$ 7.954. Contudo, o estudo constatou que se o Brasil estivesse entre os países menos corruptos este valor subiria para US$ 9.184, aumento de 15,5% na média do período, equivalente a 1,36% ao ano.
Entre 180 países, o Brasil está na 75ª colocação, no ranking da corrupção elaborado pela Transparência Internacional. Numa escala de zero a 10, sendo que números mais altos representam países menos corruptos, o Brasil tem nota 3,7. A média mundial é 4,03 pontos.
Além disso, o levantamento também traz simulações de quanto a União poderia investir, em diversas áreas econômicas e sociais, caso a corrupção fosse menos elevada. Veja abaixo o quanto poderia ser investido do dinheiro gasto em corrupção no Brasil.
Educação – O número de matriculados na rede pública do ensino fundamental saltaria de 34,5 milhões para 51 milhões de alunos. Um aumento de 47,%, que incluiria mais de 16 milhões de jovens e crianças.
Saúde – Nos hospitais públicos do SUS, a quantidade de leitos para internação, que hoje é de 367.397, poderia crescer 89%, que significariam 327.012 leitos a mais para os pacientes.
Habitação – O número de moradias populares cresceria consideravelmente. A perspectiva do PAC é atender 3.960.000 de famílias; sem a corrupção, outras 2.940.371 poderiam entrar nessa meta, ou seja, aumentaria 74,3%.
Saneamento – A quantidade de domicílios atendidos, segundo a estimativa atual do PAC, é de 22.500.00. O serviço poderia crescer em 103,8%, somando mais 23.347.547 casas com esgotos. Isso diminuiria os riscos de saúde na população e a mortalidade infantil.
Infraestrutura – Os 2.518 km de ferrovias, conforme as metas do PAC, seriam acrescidos de 13.230 km, aumento de 525% para escoamento de produção. Os portos também sentiriam a diferença, os 12 que o País possui poderiam saltar para 184, um incremento de 1537%.
Além disso, o montante absorvido pela corrupção poderia ser utilizado para a construção de 277 novos aeroportos, um crescimento de 1383%.
10 de fevereiro de 2012
* Revistaideias
As denúncias de corrupção vêm de todos os cantos do país e de todos os setores – públicos e privados. Denunciadas em parte pela imprensa, em parte por setores privados fiscalizadores, não se havia medido ainda o tamanho do rombo e o mais alarmante: o prejuízo que este montante de dinheiro causa em setores fundamentais, como educação, saúde, infraestrutura, habitação e saneamento.
O relatório da Fiesp informa que o custo disso chega até R$ 69 bilhões de reais ao ano. Segundo o levantamento, a renda per capita do País poderia ser de US$ 9 mil, 15,5% mais elevada que o nível atual.
Segundo dados de 2008, a pesquisa aponta que o custo médio anual da corrupção no Brasil representa de 1,38% a 2,3% do Produto Interno Bruto (PIB), ou seja, gira em torno de R$ R$ 41,5 bilhões a R$ 69,1 bilhões.
No período entre 1990 e 2008, a média do PIB per capita do País era de US$ 7.954. Contudo, o estudo constatou que se o Brasil estivesse entre os países menos corruptos este valor subiria para US$ 9.184, aumento de 15,5% na média do período, equivalente a 1,36% ao ano.
Entre 180 países, o Brasil está na 75ª colocação, no ranking da corrupção elaborado pela Transparência Internacional. Numa escala de zero a 10, sendo que números mais altos representam países menos corruptos, o Brasil tem nota 3,7. A média mundial é 4,03 pontos.
Além disso, o levantamento também traz simulações de quanto a União poderia investir, em diversas áreas econômicas e sociais, caso a corrupção fosse menos elevada. Veja abaixo o quanto poderia ser investido do dinheiro gasto em corrupção no Brasil.
Educação – O número de matriculados na rede pública do ensino fundamental saltaria de 34,5 milhões para 51 milhões de alunos. Um aumento de 47,%, que incluiria mais de 16 milhões de jovens e crianças.
Saúde – Nos hospitais públicos do SUS, a quantidade de leitos para internação, que hoje é de 367.397, poderia crescer 89%, que significariam 327.012 leitos a mais para os pacientes.
Habitação – O número de moradias populares cresceria consideravelmente. A perspectiva do PAC é atender 3.960.000 de famílias; sem a corrupção, outras 2.940.371 poderiam entrar nessa meta, ou seja, aumentaria 74,3%.
Saneamento – A quantidade de domicílios atendidos, segundo a estimativa atual do PAC, é de 22.500.00. O serviço poderia crescer em 103,8%, somando mais 23.347.547 casas com esgotos. Isso diminuiria os riscos de saúde na população e a mortalidade infantil.
Infraestrutura – Os 2.518 km de ferrovias, conforme as metas do PAC, seriam acrescidos de 13.230 km, aumento de 525% para escoamento de produção. Os portos também sentiriam a diferença, os 12 que o País possui poderiam saltar para 184, um incremento de 1537%.
Além disso, o montante absorvido pela corrupção poderia ser utilizado para a construção de 277 novos aeroportos, um crescimento de 1383%.
10 de fevereiro de 2012
* Revistaideias
SENADOR EVANGÉLICO AVISA QUE RELIGIOSOS DERROTARÃO HADDAD E QUALQUER UM QUE DEFENDA O "KIT GAY" E O ABORTO
O VÍDEO ACIMA PRODUZIDO PELO MEC SOB A GESTÃO DE HADDAD COMPÕE O DENOMINADO 'KIT GAY' QUE É REPUDIADO PELOS EVANGÉLICOS
O líder do PR no Senado, Magno Malta (ES), ameaçou ontem mobilizar os evangélicos para derrotar o petista Fernando Haddad na eleição municipal de São Paulo.
Ele voltou a ligar o ex-ministro da Educação ao chamado "kit gay"--material que seria distribuído em escolas para combater preconceito contra homossexuais.
"Nós [religiosos] vamos derrotar o Haddad e qualquer um que acredite em 'kit gay' e aborto", disse Malta, que integra a bancada evangélica.
O ataque foi motivado pela insatisfação com uma fala do ministro Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência) no Fórum Social Temático, no último dia 27.
Malta o acusou de pregar uma batalha ideológica contra evangélicos que têm a "visão do mundo controlada por pastores de televisão".
Anteontem, da tribuna do Senado, chamou o ministro de "safado", "mentiroso", "cara de pau" e "camaleão". Ainda recomendou que ele lavasse a boca com álcool antes de falar dos evangélicos.
Em palestra no fórum, o ministro disse que o Estado deve fazer uma "disputa ideológica" pela chamada nova classe média, que estaria "à mercê da ideologia disseminada pelos meios de comunicação" e "hegemonizada por setores conservadores".
"Lembro aqui, sem nenhum preconceito, o papel da hegemonia das igrejas evangélicas, das seitas pentecostais, que são a grande presença para esse público que está emergindo", afirmou.
O petista disse ter sido mal compreendido. "De maneira alguma ataquei os companheiros evangélicos. O que fiz foi uma constatação política que, de fato, quem tem presença na periferia do Brasil, quem fala para as classes sobretudo C, D e E, são as igrejas evangélicas."
10 de fevereiro de 2012
Do site da Folha.com
"...CABE AO TRABALHADOR PASSAR POR CIMA DAS LEIS." (Lula)
CHAMAMENTO À DESORDEM ASSUSTADORA
Lula prega o desrespeito às leis: "Se a legislação não é justa e o trabalhador entende que ela não é justa, cabe a ele passar por cima dessa legislação para mostrar que ela é injusta."
- Entrevista do grevista L.I. ao Diário do ABC em 23.06.78. -
A presidente Dilma Rousseff não aceita mais o que seu próprio partido sempre estimulou e até financiou em alguns casos: o desrespeito às leis. Ela teria ficado 'estarrecida' com algumas cenas da greve dos PMs na Bahia. Como se apenas essa greve tivesse cenas assustadoras, afinal é igualmente estarredor ver operários serem usados e induzidos a deixar uma fábrica sem produzir nada, provocando prejuízo enorme a quem lhes daria 'pão para comer' no final do mês.
INCOERÊNCIA OU OPORTUNISMO ?
A mesma Dilma, que antes anistiou grevistas, hoje, diz que "se você anistiar, vira um país sem regras".
REGRAS? QUE REGRAS?
Que regras Dilma exige que sejam cumpridas? Parece que ela esqueceu o histórico de seu partido e de seu "guru".
Dilma, como todos sabem, pertence ao PT. Se elegeu nas abas do PT. O que é e sempre foi o PT? Um partido que surgiu se aproveitando de otários que ouviam as palavras de (des)ordem de Luís Inácio. Eram direcionados à greve, como vemos no trecho abaixo.
"A partir de terça-feira, ninguém precisa fazer piquete. Temos que fazer piquetes nos bairros, tentando convencer os trabalhadores e as esposas deles a não permitirem que eles saiam para trabalhar. Se nós tivermos que apanhar por causa de alguns fura-greves, aí nós vamos ter que dar uns cascudos neles também." - Discurso de L.I. na Assembléia realizada em 30 de março de l980, no Estádio de Vila Euclides.
O que mata L.I. não é o câncer,
mas a própria língua e seu passado.
O maior problema do Brasil atual não é Dilma, é Luís Inácio e o PT. Dilma foi igualmente usada pelo grevista para se manter no poder ('Votem na desconhecida e vejam a falta que eu faço'.)
Aparentemente está dando tudo errado.
A quimioterapia que o diga!
Lula prega o desrespeito às leis: "Se a legislação não é justa e o trabalhador entende que ela não é justa, cabe a ele passar por cima dessa legislação para mostrar que ela é injusta."
- Entrevista do grevista L.I. ao Diário do ABC em 23.06.78. -
A presidente Dilma Rousseff não aceita mais o que seu próprio partido sempre estimulou e até financiou em alguns casos: o desrespeito às leis. Ela teria ficado 'estarrecida' com algumas cenas da greve dos PMs na Bahia. Como se apenas essa greve tivesse cenas assustadoras, afinal é igualmente estarredor ver operários serem usados e induzidos a deixar uma fábrica sem produzir nada, provocando prejuízo enorme a quem lhes daria 'pão para comer' no final do mês.
INCOERÊNCIA OU OPORTUNISMO ?
A mesma Dilma, que antes anistiou grevistas, hoje, diz que "se você anistiar, vira um país sem regras".
REGRAS? QUE REGRAS?
Que regras Dilma exige que sejam cumpridas? Parece que ela esqueceu o histórico de seu partido e de seu "guru".
Dilma, como todos sabem, pertence ao PT. Se elegeu nas abas do PT. O que é e sempre foi o PT? Um partido que surgiu se aproveitando de otários que ouviam as palavras de (des)ordem de Luís Inácio. Eram direcionados à greve, como vemos no trecho abaixo.
"A partir de terça-feira, ninguém precisa fazer piquete. Temos que fazer piquetes nos bairros, tentando convencer os trabalhadores e as esposas deles a não permitirem que eles saiam para trabalhar. Se nós tivermos que apanhar por causa de alguns fura-greves, aí nós vamos ter que dar uns cascudos neles também." - Discurso de L.I. na Assembléia realizada em 30 de março de l980, no Estádio de Vila Euclides.
O que mata L.I. não é o câncer,
mas a própria língua e seu passado.
O maior problema do Brasil atual não é Dilma, é Luís Inácio e o PT. Dilma foi igualmente usada pelo grevista para se manter no poder ('Votem na desconhecida e vejam a falta que eu faço'.)
Aparentemente está dando tudo errado.
A quimioterapia que o diga!
O VELHO TRUQUE DO LULISMO: FALE SEMPRE, OU DE NOVO, DA IMPORTÂNCIA DE UMA OBRA INEXISTENTE
Celso Arnaldo: ‘A supergerente que espanca projetos que não param em pé afaga a obra bilionária que não consegue fazer a água correr deitada’
Celso Arnaldo Araújo
10/02/2012
A fala árida de raciocínios, no vídeo cínico, se inicia com uma caudalosa platitude. Para que serve a transposição do rio São Francisco?
“Garantir a base da vida, que é a água”.
Não diga!! Então aquelas pistas de cimento no meio da caatinga não eram parte de um novo circuito da Fórmula 1?
O truque é velho. Dilma herdou o artifício malandro de Lula: para impressionar o povo e a imprensa com uma obra que não existe e nunca existirá ou com uma que começou mas parou no caminho por incúria ou má-fé, fale sempre, ou de novo, da importância da obra, de como ela mudará a vida das pessoas. E lá vem Dilma enfatizar a importância que seu governo dá à obra abandonada por seu governo:
“Eu acredito que uma das obras mais significativas desse pedácio (sic) do século que estamos vivendo é essa obra. Porque ela cria condições para você tê uma agricultura diferenciada, numa região que tem uma característica que é a seca, né, você podê irrigá é um grande ganho”.
Dilma não percebe, mas ela soa como alguém falando do assunto pela primeira vez, anunciando uma ideia nova e boa, que nunca saiu do papel — não de uma obra até aqui fracassada, por incompetência de seu governo, que atenta contra os interesses da população a quem deveria beneficiar. Dessa declaração só se aproveitam duas coisas:
*Há seca no Nordeste
*Com água seria melhor
Prossegue:
“E, pra mim, nessa fase de governo, acompanhá como essa obra está se desdobrando é um dos meus assuntos mais fundamentais”.
Desde quando o estado de abandono do conjunto da obra da transposição do Velho Chico é assunto fundamental de Dilma? Só depois da denúncia da Folha, em dezembro? Nos 12 meses necessários para a desolação se desdobrar ao ponto atual — alojamentos depredados e saqueados, canais artificiais tomados pelo mato e já se desfazendo pela erosão – surgiu na caatinga uma faceta artificial, de concreto e ferro, da secular seca nordestina, totalmente criada pelo homem. Ou pela mulher.
PALMADELA NO BUMBUM
Na lenda da supergerente sem cabeça, alardeada com medo e reverência por seus áulicos, a mulher que dá show em múltiplas competências técnicas e é feroz no zelo com o dinheiro público costuma “espancar” projetos que “não param de pé”. Ao assumir a Educação, o ministro Mercadante ensinou a seu sucessor na pasta da Ciência e Tecnologia que, para atender ao padrão Dilma de qualidade, um projeto só fica de pé se o ministro mobilizar o trabalho concentrado e diuturno de toda uma equipe de técnicos do mais alto gabarito. Erguido o projeto, é preciso também passar à presidente um prazo exequível – e aí de quem não cumpri-lo e no rigor de cada centavo. Dona Dilma estará de ampulheta e calculadora em punho. Se um grão de areia chegar atrasado ou um cêntimo for acrescentado à tabela de custos, aí de você. Fique certo: tudo será discutido por ela, ao detalhe financeiro da nona casa decimal. Ah, não tente enganá-la: ela acompanhará tudo online, lance por lance.
O escândalo do São Francisco faz a transposição definitiva dessa mitologia para o terreno da empulhação mais deslavada. O megaprojeto de interligação, só tendo parado de pé nos palanques de Lula e no empenho de quase sete bilhões de reais, ainda não fica nem deitado – teima em cambalear como um ectoplasma da crueldade da máquina petista. A água que refrescaria a vida de 12 milhões de nordestinos em 390 municípios de quatro estados, interligando o grande rio a cursos temporários do semiárido por meio de canais artificiais, ainda está muito longe de sua primeira gota. O que já escorreu, abundantemente, foi o dinheiro destinado às empreiteiras. Desde 2007, quando “Dom Predo III” deu início à obra, com os projetos avalizados pela então toda poderosa chefona da Casa Civil, os custos já subiram mais de 50%. E a obra está completamente parada há mais de um ano em quatro dos seis lotes. Tudo abandonado – e online, para quem quiser ver.
Ao longo do ano passado, a maioria das construtoras simplesmente fechou seus canteiros e dispensou empregados, alegando que os projetos só contemplavam o arroz-e-feijão da obra, eram básicos demais para a complexidade da transposição – e isso só foi percebido quando pisaram na caatinga. No vídeo, naquela sua língua arrevesada, Dilma admite mais ou menos isso. Faltaram projetos – e não era nem o caso de terem ou não levado a primeira palmadela no bumbum: eles não foram nem concebidos. Serão agora.
Ao longo de todo esse ano de obras paralisadas, nenhum repórter da mídia amestrada foi pautado a perguntar pela transposição – como ninguém questionou, nem remotamente, a promessa das 6 mil creches. A população que seria beneficiada pelas abundantes águas do Velho Chico também não foi ouvida e agora, depois da passagem de Dilma pelo cenário deserto, alguns reclamam que, além de a água nova não ter chegado, a velha, que era pouca, sumiu – pela inativação de alguns riachos locais.
Aparentemente, Dilma não sabia de nada. Para ela, ali já jorrava água como nas fontes do Fontainebleau, em Miami. E, ao saber que não era nada disso, não parece ter subido nas tamancas – seu estilo apregoado. Evoluiu no caso com sapatilhas de cristais. O ministro Fernando Bezerra, a quem cabe a supervisão da megaobra, não só foi mantido na pasta depois de sucessivas denuncias de outra natureza como foi premiado com a missão de executar toda a reengenharia da fase “agora vai” da bilionária transposição, repactuando contratos, fazendo aditivos e complementos – cestão de negociações com empreiteiras que o deixa mais feliz que pinto no lixo. Nem Deus e o Diabo na Terra do Sol hão de saber o que se passou nessa “renegociação” de contratos de que eles falam tanto no vídeo. Dilma, por sua vez, tem uma dívida de gratidão com a transposição do rio São Francisco: deve ao projeto boa parte dos votos que teve no nordeste e que a elegeram.
Por isso ninguém melhor do que a própria supergerente para pôr a transposição de pé novamente, depois do violento espancamento que a obra sofreu da realidade da vida. Louve-se a coragem da responsável final pela desídia e pelo desperdício em se apresentar como a redentora do projeto – como se até aqui a obra de farinha pertencesse a outro governo.
Mas e a água?
Ah, a água é a base da vida.
Celso Arnaldo Araújo
10/02/2012
A fala árida de raciocínios, no vídeo cínico, se inicia com uma caudalosa platitude. Para que serve a transposição do rio São Francisco?
“Garantir a base da vida, que é a água”.
Não diga!! Então aquelas pistas de cimento no meio da caatinga não eram parte de um novo circuito da Fórmula 1?
O truque é velho. Dilma herdou o artifício malandro de Lula: para impressionar o povo e a imprensa com uma obra que não existe e nunca existirá ou com uma que começou mas parou no caminho por incúria ou má-fé, fale sempre, ou de novo, da importância da obra, de como ela mudará a vida das pessoas. E lá vem Dilma enfatizar a importância que seu governo dá à obra abandonada por seu governo:
“Eu acredito que uma das obras mais significativas desse pedácio (sic) do século que estamos vivendo é essa obra. Porque ela cria condições para você tê uma agricultura diferenciada, numa região que tem uma característica que é a seca, né, você podê irrigá é um grande ganho”.
Dilma não percebe, mas ela soa como alguém falando do assunto pela primeira vez, anunciando uma ideia nova e boa, que nunca saiu do papel — não de uma obra até aqui fracassada, por incompetência de seu governo, que atenta contra os interesses da população a quem deveria beneficiar. Dessa declaração só se aproveitam duas coisas:
*Há seca no Nordeste
*Com água seria melhor
Prossegue:
“E, pra mim, nessa fase de governo, acompanhá como essa obra está se desdobrando é um dos meus assuntos mais fundamentais”.
Desde quando o estado de abandono do conjunto da obra da transposição do Velho Chico é assunto fundamental de Dilma? Só depois da denúncia da Folha, em dezembro? Nos 12 meses necessários para a desolação se desdobrar ao ponto atual — alojamentos depredados e saqueados, canais artificiais tomados pelo mato e já se desfazendo pela erosão – surgiu na caatinga uma faceta artificial, de concreto e ferro, da secular seca nordestina, totalmente criada pelo homem. Ou pela mulher.
PALMADELA NO BUMBUM
Na lenda da supergerente sem cabeça, alardeada com medo e reverência por seus áulicos, a mulher que dá show em múltiplas competências técnicas e é feroz no zelo com o dinheiro público costuma “espancar” projetos que “não param de pé”. Ao assumir a Educação, o ministro Mercadante ensinou a seu sucessor na pasta da Ciência e Tecnologia que, para atender ao padrão Dilma de qualidade, um projeto só fica de pé se o ministro mobilizar o trabalho concentrado e diuturno de toda uma equipe de técnicos do mais alto gabarito. Erguido o projeto, é preciso também passar à presidente um prazo exequível – e aí de quem não cumpri-lo e no rigor de cada centavo. Dona Dilma estará de ampulheta e calculadora em punho. Se um grão de areia chegar atrasado ou um cêntimo for acrescentado à tabela de custos, aí de você. Fique certo: tudo será discutido por ela, ao detalhe financeiro da nona casa decimal. Ah, não tente enganá-la: ela acompanhará tudo online, lance por lance.
O escândalo do São Francisco faz a transposição definitiva dessa mitologia para o terreno da empulhação mais deslavada. O megaprojeto de interligação, só tendo parado de pé nos palanques de Lula e no empenho de quase sete bilhões de reais, ainda não fica nem deitado – teima em cambalear como um ectoplasma da crueldade da máquina petista. A água que refrescaria a vida de 12 milhões de nordestinos em 390 municípios de quatro estados, interligando o grande rio a cursos temporários do semiárido por meio de canais artificiais, ainda está muito longe de sua primeira gota. O que já escorreu, abundantemente, foi o dinheiro destinado às empreiteiras. Desde 2007, quando “Dom Predo III” deu início à obra, com os projetos avalizados pela então toda poderosa chefona da Casa Civil, os custos já subiram mais de 50%. E a obra está completamente parada há mais de um ano em quatro dos seis lotes. Tudo abandonado – e online, para quem quiser ver.
Ao longo do ano passado, a maioria das construtoras simplesmente fechou seus canteiros e dispensou empregados, alegando que os projetos só contemplavam o arroz-e-feijão da obra, eram básicos demais para a complexidade da transposição – e isso só foi percebido quando pisaram na caatinga. No vídeo, naquela sua língua arrevesada, Dilma admite mais ou menos isso. Faltaram projetos – e não era nem o caso de terem ou não levado a primeira palmadela no bumbum: eles não foram nem concebidos. Serão agora.
Ao longo de todo esse ano de obras paralisadas, nenhum repórter da mídia amestrada foi pautado a perguntar pela transposição – como ninguém questionou, nem remotamente, a promessa das 6 mil creches. A população que seria beneficiada pelas abundantes águas do Velho Chico também não foi ouvida e agora, depois da passagem de Dilma pelo cenário deserto, alguns reclamam que, além de a água nova não ter chegado, a velha, que era pouca, sumiu – pela inativação de alguns riachos locais.
Aparentemente, Dilma não sabia de nada. Para ela, ali já jorrava água como nas fontes do Fontainebleau, em Miami. E, ao saber que não era nada disso, não parece ter subido nas tamancas – seu estilo apregoado. Evoluiu no caso com sapatilhas de cristais. O ministro Fernando Bezerra, a quem cabe a supervisão da megaobra, não só foi mantido na pasta depois de sucessivas denuncias de outra natureza como foi premiado com a missão de executar toda a reengenharia da fase “agora vai” da bilionária transposição, repactuando contratos, fazendo aditivos e complementos – cestão de negociações com empreiteiras que o deixa mais feliz que pinto no lixo. Nem Deus e o Diabo na Terra do Sol hão de saber o que se passou nessa “renegociação” de contratos de que eles falam tanto no vídeo. Dilma, por sua vez, tem uma dívida de gratidão com a transposição do rio São Francisco: deve ao projeto boa parte dos votos que teve no nordeste e que a elegeram.
Por isso ninguém melhor do que a própria supergerente para pôr a transposição de pé novamente, depois do violento espancamento que a obra sofreu da realidade da vida. Louve-se a coragem da responsável final pela desídia e pelo desperdício em se apresentar como a redentora do projeto – como se até aqui a obra de farinha pertencesse a outro governo.
Mas e a água?
Ah, a água é a base da vida.
A GENTE SÓ QUERIA ENTENDER...
Um dia que já vai distante mais de ano, na rabeira da campanha de Dilma para o Palácio do Planalto, Luiz Erário da Silva descobriu que dos 190 milhões de brasileiros, mais de 180 milhões eram contra o crack.
Aí, de repente e não mais que de repente, Dilma apareceu na Tv prometendo que ia acabar com o crack. Hoje, o que mais tem nos 26 estados da República dos Calamares e do Distrito Federal é Cracolândia.
Prometeram a transposição do São Francisco; hoje nem São Pedro, nem São Paulo, nem Santo Antônio da Patrulha transpuseram um palmo adiante do nariz;
Prometeram que o PAC ia desempacar e o único PAC que deu certo foi o Plano de Aceleração do Crescimento do patrimônio de Palocci;
Juraram um Estado de paz e tranquilidade e hoje os policiais civís, militares, bombeiros e eclesiásticos - pero no mucho - instalaram a badertna e o Estyado Precário.
Até aí, ou aqui, nada demais. É apenas o jeito PT de governar. Só tem uma coisinha que se ponde perguntar: Que moral tem uma primeira-mulher-presidenta que rima Jobim com Amorim; que troca Palocci por Gleisi; Nascimento por Passos; Rossi por Mendes Ribeiro; ONGlando Silva por Aldo; Lupi por Aguinaldo; Hahahaddad por Mercadante; Mercadante por ninguém; Novais por Gastão; Ideli por Luiz Sérgio e vice-versa ao contrário, para indignar-se com a greve dos policiais na Bahia, se não se indignou e nem tmou conhecimento do mesmo movimento no Maranhão e no Ceará?!? Não, não precisa responder. A gente só queria entender.
10 de fevereiro de 2012
sanatório da notícia
Aí, de repente e não mais que de repente, Dilma apareceu na Tv prometendo que ia acabar com o crack. Hoje, o que mais tem nos 26 estados da República dos Calamares e do Distrito Federal é Cracolândia.
Prometeram a transposição do São Francisco; hoje nem São Pedro, nem São Paulo, nem Santo Antônio da Patrulha transpuseram um palmo adiante do nariz;
Prometeram que o PAC ia desempacar e o único PAC que deu certo foi o Plano de Aceleração do Crescimento do patrimônio de Palocci;
Juraram um Estado de paz e tranquilidade e hoje os policiais civís, militares, bombeiros e eclesiásticos - pero no mucho - instalaram a badertna e o Estyado Precário.
Até aí, ou aqui, nada demais. É apenas o jeito PT de governar. Só tem uma coisinha que se ponde perguntar: Que moral tem uma primeira-mulher-presidenta que rima Jobim com Amorim; que troca Palocci por Gleisi; Nascimento por Passos; Rossi por Mendes Ribeiro; ONGlando Silva por Aldo; Lupi por Aguinaldo; Hahahaddad por Mercadante; Mercadante por ninguém; Novais por Gastão; Ideli por Luiz Sérgio e vice-versa ao contrário, para indignar-se com a greve dos policiais na Bahia, se não se indignou e nem tmou conhecimento do mesmo movimento no Maranhão e no Ceará?!? Não, não precisa responder. A gente só queria entender.
10 de fevereiro de 2012
sanatório da notícia
GREVE DA PM BAIANA EVIDENCIA DIVISÃO NA ESQUERDA E CONSERVADORISMO DOS DIRIGENTES DO ESTADO
Greves recentes de bombeiros e policiais têm gerado um debate dentro das esquerdas. Certamente a repressão que chefes de Estado têm lhes feito e o apoio da imprensa ajudam a ver de que lado devemos ficar. O breve texto trata disso…
Há um debate dentro da esquerda brasileira, iniciado quando da greve dos bombeiros no Rio de Janeiro em 2011 e reiniciado agora, com a atual greve dos PMs da Bahia: devemos apoiá-los ou não? Os defensores da omissão ou da oposição à greve lembram, com muita razão, que a PM é o braço armado do Estado, a serviço dos governantes, das elites sociais, da exploração dos trabalhadores. Enfim, eles são também opressores do povo.
Um aumento salarial (ou qualquer outro recurso destinado a eles) apenas ampliaria seu poder repressivo. Uma histórica repressão covarde e assassina cometida, dentre outros, pela PM recentemente, e os atuais e cotidianos crimes contra os Direitos Humanos, sobretudo contra pobres, reforça o argumento deste grupo.
Por outro lado, existem aqueles que enxergam uma divisão social (classista) dentro das PMs: além de seus setores mais elitizados (o alto oficialato), comprometidos com os donos do poder e das riquezas e, por isso, mais bem remunerados, a PM é composta em sua maioria por oficiais de baixa patente, praças, enfim, homens e mulheres altamente explorados, diariamente humilhados, sobrecarregados, muito mal-pagos e internamente oprimidos, pertencendo também à classe trabalhadora (assalariados), vindos do povo (compondo-o), de onde são recrutados e (mal) treinados pelo Estado para fazerem o que fazem…
Na greve dos bombeiros do Rio, o governador Sérgio Cabral (PMDB) agiu com uma truculência digna de um regime ditatorial: mandou policiais, colegas de farda dos bombeiros, reprimi-los a qualquer custo. Porém, para sua surpresa, os PMs cariocas se negaram e inclusive aderiram aos grevistas.
Assim, Cabral acionou o BOPE, sua tropa de elite (ou melhor, DA elite), acostumada a deixar corpos de favelados no chão em suas ações, que reprimiu violentamente a todos, ferindo alguns a cassetetes, tiros e prendendo 400 deles.
O governador carioca, então, foi à TV e passou a utilizar da velha cantilena demonizadora de greve que todos já conhecemos: chamou essa brava gente – que na sua maioria são pessoas honestas, pais e mães de família – de criminosos, baderneiros e até de covardes.
Só que o tiro saiu pela culatra, pois bombeiros são muito bem-quistos pela população. Sua greve ganhou mais apoio popular, cresceu e desmoralizou um governador que teve que retroceder.
A PM baiana é uma das mais mal pagas do Brasil. É majoritariamente formada por soldados quase todos pretos, dando porrada na nuca de malandros pretos, de ladrões mulatos e outros quase brancos tratados como pretos (como canta Caetano Veloso em “Haiti”).
Já protagonizaram greves duríssimas, muitas delas reprimidas violentamente pelo Exército. O governador baiano Jaques Wagner, do PT, vem utilizando os mesmíssimos argumentos difamadores de greve e grevistas de sempre. Convocou o ministro da Justiça, seu ‘companheiro’ de partido, que prontamente enviou o Exército, a Polícia Federal e sua guarda pretoriana, expedindo onze mandados de prisão aos líderes grevistas, que serão enviados a presídios federais destinados aos bandidos de alta periculosidade.
É o PT mostrando mais uma vez o que se tornou desde sua metamorfose. E pensar: o que seria do governador baiano, do atual Ministro da (In)Justiça, da presidente e de seu partido sem as greves? Eles devem toda a sua história a elas! O que seria, sem as greves, do próprio senhor Luís Inácio Lula da Silva, que chegou a ser preso na ditadura por fazê-las?
Se vivêssemos no século XIX, certamente os políticos, o ministro de Estado e seus sabujos açoitariam e enforcariam alguns líderes grevistas para servirem de exemplo aos demais oprimidos, como na gloriosa Inconfidência Baiana, em 1798. Se fosse na ditadura, alguns grevistas simplesmente desapareceriam ou seriam suicidados, como o martirizado sargento Manuel Raimundo Soares.
Mas vivemos em anos ditos democráticos, em que governos do chamado Partido dos Trabalhadores continuam a reprimir grevistas violentamente, tratando-os como criminosos, como sempre fizeram as classes dominantes em nosso país… Não importa se um juiz baiano simpático ao governador (a solidariedade deles aos poderosos é automática e impressionante!) decretou a greve como ilegal.
Greve é um direito universal, inalienável, conquistado nas lutas dos trabalhadores – e que consta inclusive nos artigos dos Direitos Humanos. É e sempre foi o meio mais legítimo, justo e eficaz que os trabalhadores arranjaram para nos defender e se defender de nossos exploradores, sejam eles patrões privados ou chefes de Estado.
Greve não é mais crime (foi assim tratada até bem recentemente em vários países, e continua sendo naqueles em descompasso com os Direitos Humanos!) e resulta da mistura da necessidade com a consciência crítica historicamente nascida nos que vivem do suor do trabalho e com miserável salário.
Oxalá chegará o dia no qual uma greve qualquer de trabalhadores (fardados ou não) iniciada em qualquer parte do país (ou do planeta) desencadeie muitas outras paralisações, protestos e demais greves em solidariedade. Eis um motivo para apoiarmos sem vacilo a luta dos PMs na Bahia!
Hemerson Ferreira é Policial Militar no Rio Grande do Sul,
historiador e professor.
10 de fevereiro de 2012
Há um debate dentro da esquerda brasileira, iniciado quando da greve dos bombeiros no Rio de Janeiro em 2011 e reiniciado agora, com a atual greve dos PMs da Bahia: devemos apoiá-los ou não? Os defensores da omissão ou da oposição à greve lembram, com muita razão, que a PM é o braço armado do Estado, a serviço dos governantes, das elites sociais, da exploração dos trabalhadores. Enfim, eles são também opressores do povo.
Um aumento salarial (ou qualquer outro recurso destinado a eles) apenas ampliaria seu poder repressivo. Uma histórica repressão covarde e assassina cometida, dentre outros, pela PM recentemente, e os atuais e cotidianos crimes contra os Direitos Humanos, sobretudo contra pobres, reforça o argumento deste grupo.
Por outro lado, existem aqueles que enxergam uma divisão social (classista) dentro das PMs: além de seus setores mais elitizados (o alto oficialato), comprometidos com os donos do poder e das riquezas e, por isso, mais bem remunerados, a PM é composta em sua maioria por oficiais de baixa patente, praças, enfim, homens e mulheres altamente explorados, diariamente humilhados, sobrecarregados, muito mal-pagos e internamente oprimidos, pertencendo também à classe trabalhadora (assalariados), vindos do povo (compondo-o), de onde são recrutados e (mal) treinados pelo Estado para fazerem o que fazem…
Na greve dos bombeiros do Rio, o governador Sérgio Cabral (PMDB) agiu com uma truculência digna de um regime ditatorial: mandou policiais, colegas de farda dos bombeiros, reprimi-los a qualquer custo. Porém, para sua surpresa, os PMs cariocas se negaram e inclusive aderiram aos grevistas.
Assim, Cabral acionou o BOPE, sua tropa de elite (ou melhor, DA elite), acostumada a deixar corpos de favelados no chão em suas ações, que reprimiu violentamente a todos, ferindo alguns a cassetetes, tiros e prendendo 400 deles.
O governador carioca, então, foi à TV e passou a utilizar da velha cantilena demonizadora de greve que todos já conhecemos: chamou essa brava gente – que na sua maioria são pessoas honestas, pais e mães de família – de criminosos, baderneiros e até de covardes.
Só que o tiro saiu pela culatra, pois bombeiros são muito bem-quistos pela população. Sua greve ganhou mais apoio popular, cresceu e desmoralizou um governador que teve que retroceder.
A PM baiana é uma das mais mal pagas do Brasil. É majoritariamente formada por soldados quase todos pretos, dando porrada na nuca de malandros pretos, de ladrões mulatos e outros quase brancos tratados como pretos (como canta Caetano Veloso em “Haiti”).
Já protagonizaram greves duríssimas, muitas delas reprimidas violentamente pelo Exército. O governador baiano Jaques Wagner, do PT, vem utilizando os mesmíssimos argumentos difamadores de greve e grevistas de sempre. Convocou o ministro da Justiça, seu ‘companheiro’ de partido, que prontamente enviou o Exército, a Polícia Federal e sua guarda pretoriana, expedindo onze mandados de prisão aos líderes grevistas, que serão enviados a presídios federais destinados aos bandidos de alta periculosidade.
É o PT mostrando mais uma vez o que se tornou desde sua metamorfose. E pensar: o que seria do governador baiano, do atual Ministro da (In)Justiça, da presidente e de seu partido sem as greves? Eles devem toda a sua história a elas! O que seria, sem as greves, do próprio senhor Luís Inácio Lula da Silva, que chegou a ser preso na ditadura por fazê-las?
Se vivêssemos no século XIX, certamente os políticos, o ministro de Estado e seus sabujos açoitariam e enforcariam alguns líderes grevistas para servirem de exemplo aos demais oprimidos, como na gloriosa Inconfidência Baiana, em 1798. Se fosse na ditadura, alguns grevistas simplesmente desapareceriam ou seriam suicidados, como o martirizado sargento Manuel Raimundo Soares.
Mas vivemos em anos ditos democráticos, em que governos do chamado Partido dos Trabalhadores continuam a reprimir grevistas violentamente, tratando-os como criminosos, como sempre fizeram as classes dominantes em nosso país… Não importa se um juiz baiano simpático ao governador (a solidariedade deles aos poderosos é automática e impressionante!) decretou a greve como ilegal.
Greve é um direito universal, inalienável, conquistado nas lutas dos trabalhadores – e que consta inclusive nos artigos dos Direitos Humanos. É e sempre foi o meio mais legítimo, justo e eficaz que os trabalhadores arranjaram para nos defender e se defender de nossos exploradores, sejam eles patrões privados ou chefes de Estado.
Greve não é mais crime (foi assim tratada até bem recentemente em vários países, e continua sendo naqueles em descompasso com os Direitos Humanos!) e resulta da mistura da necessidade com a consciência crítica historicamente nascida nos que vivem do suor do trabalho e com miserável salário.
Oxalá chegará o dia no qual uma greve qualquer de trabalhadores (fardados ou não) iniciada em qualquer parte do país (ou do planeta) desencadeie muitas outras paralisações, protestos e demais greves em solidariedade. Eis um motivo para apoiarmos sem vacilo a luta dos PMs na Bahia!
Hemerson Ferreira é Policial Militar no Rio Grande do Sul,
historiador e professor.
10 de fevereiro de 2012
SOBRE CAXUMBA E COMUNISMO
É o que os franceses chamam de “glissement de mots”. As palavras vão escorregando e acabam adquirindo um sentido oposto ao que antes significavam. Claro que tais escorregadelas não são inocentes. No século passado ocorreu uma, e das mais graves. A Rússia criou a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas. E os europeus criaram a social-democracia. Os comunistas, num lampejo de marketing, associaram o socialismo europeu ao socialismo soviético. E toda Europa virou – pelo menos para os botocudos – socialista. Como se o socialismo comunista algo tivesse a ver com o socialismo social-democrata. Mas o sofisma pegou.
A humanidade marchava, então, rumo ao socialismo. Só que no socialismo de cá a imprensa era livre, livre era a expressão do pensamento, havia eleições com muitos partidos, e os cidadãos podiam ir e vir para onde bem entendessem. No socialismo de lá, todo pensamento dissidente era censurado, quem insistia em manifestar-se contra o regime ia para um gulag, havia um partido só e eleições, quando as haviam, eram sempre uma farsa, como ainda são, vide Putin. E quem quisesse sair do país que perdesse toda e qualquer esperança. Que razões teria alguém para sair do paraíso?
A palavrinha social-democrata adquiriu tanto prestígio que até um torturador oriundo do nazismo, da noite para o dia, virou social-democrata. Falo de François Mitterrand. Sua eleição é um desses mistérios que confunde qualquer analista político. Ninguém desconhecia sua participação no governo pró-nazista de Vichy, do qual recebeu, na primavera de 43, a Francisque, a mais alta condecoração conferida pelo marechal Pétain. Tampouco era desconhecida sua participação decisiva, como ministro do Interior, na guerra da Argélia e nas torturas praticadas pelo Exército francês. Defensor de uma Argélia francesa, Miterrand reprimiu com ferocidade os movimentos insurrecionais. Em setembro de 53, declarou: "Para mim, a manutenção da presença francesa na África do Norte, de Bizerte a Casablanca, é o primeiro imperativo de toda política". Em 54, afirmou na tribuna da Assembléia Nacional: "A rebelião argelina não pode encontrar senão uma forma terminal: a guerra".
Para as esquerdas, virou socialista, tout court. Mas não era do detentor da Francisque que pretendia falar. E sim de Eugenio Bucci, articulista do Estadão, que pretende salvar os restos podres do socialismo, no caso, o socialismo comunista. Na edição de ontem, Bucci escrevia sobre a Yoani Sánchez, a blogueira cubana que se tornou internacionalmente conhecida contestando a ditadura dos irmãos Castro. E antes de ir adiante, vou esclarecendo que essa moça não me cheira bem. Desde quando, em uma ditadura, um cidadão pode denunciá-la, urbi et orbi, sem sofrer sanções? Há algo errado nisso tudo. Mas vamos ao Bucci:
“Com freqüência os relatos sobre as desventuras da blogueira vêm junto com um discurso que procura caracterizar a ditadura cubana como a tragédia inevitável, fatal, de qualquer sonho socialista. Esse discurso se vale de Yoani para mentir, o que é bem fácil constatar. Todas as mudanças sociais vieram embaladas por ideais de igualdade, como a Revolução Francesa, ou de igualdade de oportunidades, como a Revolução Americana”.
Ora, se todas as mudanças sociais vieram embaladas por ideais de igualdade, como a Revolução Francesa, ou de igualdade de oportunidades, como a Revolução Americana, este não foi o caso da dita Revolução Cubana. Castro inspirou-se no socialismo soviético que, na época do levante em Cuba, já vinha fazendo água. Isso sem falar nas purgas stalinistas e nos gulags, denunciados já em 49 por Victor Kravchenko e em 56, no XX Congresso do PCUS, por ninguém menos que Nikita Krouschev, secretário do Partido.
Isto é, apenas três anos antes da dita revolução cubana, seu modelito, a União Soviética, admitia de público seu fracasso. Bucci quer puxar para mais atrás, para as revoluções francesa e americana, a inspiração da cubana. Como bom comunista, Bucci se pretende hábil em destorcer os fatos. Mas não engana quem seja minimamente informado. Inspirada no sonho socialista soviético, a ditadura cubana só podia der uma tragédia inevitável, fatal.
Prossegue o sofismador emérito: “Mesmo agora, a partir do final da 2.ª Guerra, inúmeros governos declaradamente socialistas se sucederam na Europa, em perfeita convivência com a sociedade de mercado, sem que isso acarretasse uma degeneração de corte totalitário.”
Aqui, o sofismador emérito mostra as cartas que esconde na manga. Os inúmeros governos declaradamente socialistas que se sucederam na Europa são equiparados ao sonho socialista que teria inspirado Cuba. Ora, a Europa não se inspirou em ditadura soviética alguma para chegar onde chegou.
Impértérrito, o articulista vai adiante: “Tanto é assim que, no mundo contemporâneo, o ideário socialista de perfil não autoritário foi acolhido como proposta legítima e até mesmo necessária à normalidade democrática”.
Acontece, meu caro, que o ideário socialista de perfil não autoritário não é mais socialismo. É social-democracia.
Bucci admite a ditadura em Cuba – e cego seria se não admitisse - e vê a ela duas oposições, a de direita e a de esquerda: “Por esse ângulo é que podemos entender o lugar de uma oposição de esquerda à tirania dos irmãos Castro, uma oposição que não se confunde com as causas da direita. Ela não se serve da falta de liberdade como pretexto, mas toma a liberdade como fim”.
Ou seja, oposição de direita não vale um vintém. Só pode opor-se à ditadura cubana quem for de esquerda. O comunista irrecuperável, no fundo, está afirmando: “só nós, de esquerda, podemos criticar nossas ditaduras”.
Comunismo é como caxumba. Ou dá na adolescência ou provoca esterilidade.
10 de fevereiro de 2012
janer cristaldo
A humanidade marchava, então, rumo ao socialismo. Só que no socialismo de cá a imprensa era livre, livre era a expressão do pensamento, havia eleições com muitos partidos, e os cidadãos podiam ir e vir para onde bem entendessem. No socialismo de lá, todo pensamento dissidente era censurado, quem insistia em manifestar-se contra o regime ia para um gulag, havia um partido só e eleições, quando as haviam, eram sempre uma farsa, como ainda são, vide Putin. E quem quisesse sair do país que perdesse toda e qualquer esperança. Que razões teria alguém para sair do paraíso?
A palavrinha social-democrata adquiriu tanto prestígio que até um torturador oriundo do nazismo, da noite para o dia, virou social-democrata. Falo de François Mitterrand. Sua eleição é um desses mistérios que confunde qualquer analista político. Ninguém desconhecia sua participação no governo pró-nazista de Vichy, do qual recebeu, na primavera de 43, a Francisque, a mais alta condecoração conferida pelo marechal Pétain. Tampouco era desconhecida sua participação decisiva, como ministro do Interior, na guerra da Argélia e nas torturas praticadas pelo Exército francês. Defensor de uma Argélia francesa, Miterrand reprimiu com ferocidade os movimentos insurrecionais. Em setembro de 53, declarou: "Para mim, a manutenção da presença francesa na África do Norte, de Bizerte a Casablanca, é o primeiro imperativo de toda política". Em 54, afirmou na tribuna da Assembléia Nacional: "A rebelião argelina não pode encontrar senão uma forma terminal: a guerra".
Para as esquerdas, virou socialista, tout court. Mas não era do detentor da Francisque que pretendia falar. E sim de Eugenio Bucci, articulista do Estadão, que pretende salvar os restos podres do socialismo, no caso, o socialismo comunista. Na edição de ontem, Bucci escrevia sobre a Yoani Sánchez, a blogueira cubana que se tornou internacionalmente conhecida contestando a ditadura dos irmãos Castro. E antes de ir adiante, vou esclarecendo que essa moça não me cheira bem. Desde quando, em uma ditadura, um cidadão pode denunciá-la, urbi et orbi, sem sofrer sanções? Há algo errado nisso tudo. Mas vamos ao Bucci:
“Com freqüência os relatos sobre as desventuras da blogueira vêm junto com um discurso que procura caracterizar a ditadura cubana como a tragédia inevitável, fatal, de qualquer sonho socialista. Esse discurso se vale de Yoani para mentir, o que é bem fácil constatar. Todas as mudanças sociais vieram embaladas por ideais de igualdade, como a Revolução Francesa, ou de igualdade de oportunidades, como a Revolução Americana”.
Ora, se todas as mudanças sociais vieram embaladas por ideais de igualdade, como a Revolução Francesa, ou de igualdade de oportunidades, como a Revolução Americana, este não foi o caso da dita Revolução Cubana. Castro inspirou-se no socialismo soviético que, na época do levante em Cuba, já vinha fazendo água. Isso sem falar nas purgas stalinistas e nos gulags, denunciados já em 49 por Victor Kravchenko e em 56, no XX Congresso do PCUS, por ninguém menos que Nikita Krouschev, secretário do Partido.
Isto é, apenas três anos antes da dita revolução cubana, seu modelito, a União Soviética, admitia de público seu fracasso. Bucci quer puxar para mais atrás, para as revoluções francesa e americana, a inspiração da cubana. Como bom comunista, Bucci se pretende hábil em destorcer os fatos. Mas não engana quem seja minimamente informado. Inspirada no sonho socialista soviético, a ditadura cubana só podia der uma tragédia inevitável, fatal.
Prossegue o sofismador emérito: “Mesmo agora, a partir do final da 2.ª Guerra, inúmeros governos declaradamente socialistas se sucederam na Europa, em perfeita convivência com a sociedade de mercado, sem que isso acarretasse uma degeneração de corte totalitário.”
Aqui, o sofismador emérito mostra as cartas que esconde na manga. Os inúmeros governos declaradamente socialistas que se sucederam na Europa são equiparados ao sonho socialista que teria inspirado Cuba. Ora, a Europa não se inspirou em ditadura soviética alguma para chegar onde chegou.
Impértérrito, o articulista vai adiante: “Tanto é assim que, no mundo contemporâneo, o ideário socialista de perfil não autoritário foi acolhido como proposta legítima e até mesmo necessária à normalidade democrática”.
Acontece, meu caro, que o ideário socialista de perfil não autoritário não é mais socialismo. É social-democracia.
Bucci admite a ditadura em Cuba – e cego seria se não admitisse - e vê a ela duas oposições, a de direita e a de esquerda: “Por esse ângulo é que podemos entender o lugar de uma oposição de esquerda à tirania dos irmãos Castro, uma oposição que não se confunde com as causas da direita. Ela não se serve da falta de liberdade como pretexto, mas toma a liberdade como fim”.
Ou seja, oposição de direita não vale um vintém. Só pode opor-se à ditadura cubana quem for de esquerda. O comunista irrecuperável, no fundo, está afirmando: “só nós, de esquerda, podemos criticar nossas ditaduras”.
Comunismo é como caxumba. Ou dá na adolescência ou provoca esterilidade.
10 de fevereiro de 2012
janer cristaldo
DE VOLTA AO VELHO TEMA: CENSURA À IMPRENSA...
DIRETÓRIO NACIONAL DO PT VOLTA A DEFENDER A CENSURA À IMPRENSA
Petralha é sempre petralha
Documento preliminar debatido pelo diretório nacional do PT, reunido hoje, em Brasília, defende que o partido impulsione, em 2012, a "campanha pela democratização dos meios de comunicação de massa". De acordo com o texto - uma prévia da resolução política que marcará o 32º aniversário do partido - essa campanha "aperfeiçoa nosso processo democrático ao dar voz a todos os setores da sociedade".
O tema tem evoluído nas reuniões da cúpula nacional do partido. Em setembro, o PT aprovou uma detalhada resolução propondo a regulação dos meios de comunicação de massa no encerramento de seu 4º Congresso Nacional. Essa resolução defende a proibição de concessões de rádio e TV para políticos, o veto à propriedade cruzada de mídia e o apoio à criação de conselhos sobre o tema em todos os Estados e no Distrito Federal.
O tema é controverso e tem obrigado o presidente do PT, Rui Falcão, a reafirmar com frequência que o partido defende apenas um novo "marco regulatório" dos meios de comunicação, e não o "controle social da mídia".
Na sequência, o texto elogia a criação da Comissão da Verdade, afirmando que o PT estará empenhado, junto com a sociedade, no resgate da memória da luta pela democracia durante o período da ditadura militar.
O documento diz que o resgate dessa verdade é de "extrema importância para todas as gerações", sejam aquelas que viveram aquele período, seja a juventude que nasceu sob a liberdade de expressão.
10 de fevereiro de 2012
Do site do Estadão
Petralha é sempre petralha
Documento preliminar debatido pelo diretório nacional do PT, reunido hoje, em Brasília, defende que o partido impulsione, em 2012, a "campanha pela democratização dos meios de comunicação de massa". De acordo com o texto - uma prévia da resolução política que marcará o 32º aniversário do partido - essa campanha "aperfeiçoa nosso processo democrático ao dar voz a todos os setores da sociedade".
O tema tem evoluído nas reuniões da cúpula nacional do partido. Em setembro, o PT aprovou uma detalhada resolução propondo a regulação dos meios de comunicação de massa no encerramento de seu 4º Congresso Nacional. Essa resolução defende a proibição de concessões de rádio e TV para políticos, o veto à propriedade cruzada de mídia e o apoio à criação de conselhos sobre o tema em todos os Estados e no Distrito Federal.
O tema é controverso e tem obrigado o presidente do PT, Rui Falcão, a reafirmar com frequência que o partido defende apenas um novo "marco regulatório" dos meios de comunicação, e não o "controle social da mídia".
Na sequência, o texto elogia a criação da Comissão da Verdade, afirmando que o PT estará empenhado, junto com a sociedade, no resgate da memória da luta pela democracia durante o período da ditadura militar.
O documento diz que o resgate dessa verdade é de "extrema importância para todas as gerações", sejam aquelas que viveram aquele período, seja a juventude que nasceu sob a liberdade de expressão.
10 de fevereiro de 2012
Do site do Estadão
COMUNISTAS DO PCB AGORA QUEREM ESCREVER UM LIVRO SOBRE A "PRIVATARIA PETISTA"
Está para ser escrito o livro que relata as privatizações durante os governos do PT, elevadas a patamar superior com a concessão de aeroportos. É recente a publicação do livro “A Privataria Tucana”, que desmascara os interesses e negociatas por detrás das privatizações que tornam a “biografia” do PSDB e de alguns de seus principais próceres numa ficha corrida de banditismo deslavado.
Sua publicação, aliás, demarcou mais uma vez campos anteriormente estabelecidos: foi amplamente ignorada pelos principais veículos de imprensa do país – aliados ideológicos do modus operandi e da visão de mundo do grão-tucanato, e divulgado com o fervor dos evangelizadores pela parcela da mídia, principalmente virtual, ligada aos interesses e defensora dos governos petistas.
A posterioridade deverá trazer o segundo capítulo dessa história, envolvendo outros canastrões como atores, o PT à frente. É o que podemos depreender do leilão dos três principais aeroportos do país, ocorrido na última terça-feira. Realizada em meio ao pregão da Bovespa, a operação dos vendilhões da pátria eleva a novo patamar o entreguismo de PT e aliados.
O PT, durante os dois mandatos de Lula, foi responsável pela privatização de cerca de 2,6 mil quilômetros de rodovias federais, para exploração do grupo espanhol OHL por 25 anos. Também foi responsável pela concessão, por 30 anos, de 720 quilômetros da Ferrovia Norte-Sul. A vencedora foi a Vale.
O PT privatizou os bancos do Estado do Ceará e do Estado do Maranhão. O PT privatizou ainda as hidrelétricas Santo Antônio e Jirau. Aliás, este é o segundo leilão de aeroportos protagonizado pelo PT: o povo brasileiro já havia perdido o controle do terminal de São Gonçalo do Amarante (RN), em agosto de 2011.
Mais que isso, o PT – sob gerenciamento do PCdoB na Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) – privatizou algumas vezes as reservas petrolíferas do país, para empresas nacionais e estrangeiras, e em alguns casos essa privatização foi direcionada a um vencedor, como pode demonstrar a recente descoberta de óleo em área da empresa de extração do milionário preferido do Planalto, Eike Batista.
É o que você acaba de ler: assim como no governo tucano, as privatizações petistas precisam beneficiar os amigos da corte. Não é por outro motivo que a economista Elena Landau, que comandou a Diretoria de Privatizações do BNDES entre 1993 e 1994, foi “fonte” do jornal Valor Econômico para elogiar a participação do banco e dos fundos de pensão no processo dos aeroportos.
O BNDES financiará em 80 % dos recursos dos investimentos totais previstos e até 90% dos itens financiáveis, com juros baixos, a entrega do controle dos três terminais que respondem por 30% do fluxo de passageiros e 57% da carga movimentada ao capital privado.
E a doação do patrimônio público será feita com prazo de 180 meses (para as vencedoras de Guarulhos e Campinas) e de 240 meses (para Viracopos).
Apressado para dar satisfação aos interesses por detrás do negócio, Luciano Coutinho, presidente do BNDES, esteve na Bovespa, considerou o leilão um “sucesso” e disse que o banco está preparado para “auxiliar” os consórcios vencedores.
Se há tantas benesses para o setor privado, em momento de expansão do setor, por que não fazê-lo para a Infraero, reconhecida internacionalmente pela sua competência na operação da infraestrutura aeroportuária? Aliás, 85% dos aeroportos em todo o mundo são públicos, inclusive nos EUA. O que leva o presidente da estatal, Gustavo do Vale, mesmo com a participação de 49% garantida nos 3 aeroportos, a declarar que a empresa “não vai interferir na administração. Vai ser um sócio parceiro”?
Uma dessas “parcerias”, aliás, é de longa data dos petistas. E é através dela que “A Privataria Petista” será escrita, quando o for: são os três maiores fundos de pensão do país, comandados por… petistas!
Senão, vejamos: o consórcio Invepar Investimentos e Participações e Infraestrutura, vencedor do leilão por Guarulhos (com participação de 90%, os outros 10% são da operadora Airport Company South Africa), tem 82,7% de seu capital controlado pelos fundos de pensão Previ, Petros e Funbcef. A OAS, braço privado da Invepar, tem apenas 17,67% do capital.
Finalizando de forma clara: o BNDES vai bancar a aquisição do principal aeroporto do país para os “capitalistas sem capital” que são filiados ao PT. Vale ou não vale um livro?
Paulo Schueler (membro do Comitê Central do PCB)
10 de fevereiro de 2012
Sua publicação, aliás, demarcou mais uma vez campos anteriormente estabelecidos: foi amplamente ignorada pelos principais veículos de imprensa do país – aliados ideológicos do modus operandi e da visão de mundo do grão-tucanato, e divulgado com o fervor dos evangelizadores pela parcela da mídia, principalmente virtual, ligada aos interesses e defensora dos governos petistas.
A posterioridade deverá trazer o segundo capítulo dessa história, envolvendo outros canastrões como atores, o PT à frente. É o que podemos depreender do leilão dos três principais aeroportos do país, ocorrido na última terça-feira. Realizada em meio ao pregão da Bovespa, a operação dos vendilhões da pátria eleva a novo patamar o entreguismo de PT e aliados.
O PT, durante os dois mandatos de Lula, foi responsável pela privatização de cerca de 2,6 mil quilômetros de rodovias federais, para exploração do grupo espanhol OHL por 25 anos. Também foi responsável pela concessão, por 30 anos, de 720 quilômetros da Ferrovia Norte-Sul. A vencedora foi a Vale.
O PT privatizou os bancos do Estado do Ceará e do Estado do Maranhão. O PT privatizou ainda as hidrelétricas Santo Antônio e Jirau. Aliás, este é o segundo leilão de aeroportos protagonizado pelo PT: o povo brasileiro já havia perdido o controle do terminal de São Gonçalo do Amarante (RN), em agosto de 2011.
Mais que isso, o PT – sob gerenciamento do PCdoB na Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) – privatizou algumas vezes as reservas petrolíferas do país, para empresas nacionais e estrangeiras, e em alguns casos essa privatização foi direcionada a um vencedor, como pode demonstrar a recente descoberta de óleo em área da empresa de extração do milionário preferido do Planalto, Eike Batista.
É o que você acaba de ler: assim como no governo tucano, as privatizações petistas precisam beneficiar os amigos da corte. Não é por outro motivo que a economista Elena Landau, que comandou a Diretoria de Privatizações do BNDES entre 1993 e 1994, foi “fonte” do jornal Valor Econômico para elogiar a participação do banco e dos fundos de pensão no processo dos aeroportos.
O BNDES financiará em 80 % dos recursos dos investimentos totais previstos e até 90% dos itens financiáveis, com juros baixos, a entrega do controle dos três terminais que respondem por 30% do fluxo de passageiros e 57% da carga movimentada ao capital privado.
E a doação do patrimônio público será feita com prazo de 180 meses (para as vencedoras de Guarulhos e Campinas) e de 240 meses (para Viracopos).
Apressado para dar satisfação aos interesses por detrás do negócio, Luciano Coutinho, presidente do BNDES, esteve na Bovespa, considerou o leilão um “sucesso” e disse que o banco está preparado para “auxiliar” os consórcios vencedores.
Se há tantas benesses para o setor privado, em momento de expansão do setor, por que não fazê-lo para a Infraero, reconhecida internacionalmente pela sua competência na operação da infraestrutura aeroportuária? Aliás, 85% dos aeroportos em todo o mundo são públicos, inclusive nos EUA. O que leva o presidente da estatal, Gustavo do Vale, mesmo com a participação de 49% garantida nos 3 aeroportos, a declarar que a empresa “não vai interferir na administração. Vai ser um sócio parceiro”?
Uma dessas “parcerias”, aliás, é de longa data dos petistas. E é através dela que “A Privataria Petista” será escrita, quando o for: são os três maiores fundos de pensão do país, comandados por… petistas!
Senão, vejamos: o consórcio Invepar Investimentos e Participações e Infraestrutura, vencedor do leilão por Guarulhos (com participação de 90%, os outros 10% são da operadora Airport Company South Africa), tem 82,7% de seu capital controlado pelos fundos de pensão Previ, Petros e Funbcef. A OAS, braço privado da Invepar, tem apenas 17,67% do capital.
Finalizando de forma clara: o BNDES vai bancar a aquisição do principal aeroporto do país para os “capitalistas sem capital” que são filiados ao PT. Vale ou não vale um livro?
Paulo Schueler (membro do Comitê Central do PCB)
10 de fevereiro de 2012
PRESIDENTE DILMA, LEVANTE E GOVERNE! JÁ PASSOU DA HORA!!!
Incompetência e imprudência
A presidente Dilma Rousseff, a Cleópatra do Paranoá, ficou mal-acostumada com o jornalismo dos Crodoaldos Valérios, que a cobrem de elogios muito especialmente por sua enorme capacidade de não fazer nada, de manter tudo mais ou menos como está para ver como é que fica.
Não vai aqui juízo severo demais ou excessivamente generalista. Dilma teve de demitir sete ministros de estado sob suspeita de corrupção. Sim, aplausos a ela que os demitiu! Mas, se for o caso, vaias a ela, que os nomeou! Ou esse detalhe há de passar despercebido para que a vocação para o elogio não se deixe contaminar pela realidade? Chamo a atenção para este fato porque Dilma no papel de ombudsman do governo Dilma, como tenho apontado, pode seduzir os mordomos subservientes e fiéis, mas tem lá seus limites, não? Essa absurda mobilização de Polícias Militares, que lança na insegurança milhões de brasileiros, está dizendo com todas as letras: “Presidente Dilma, levante e governe! Já passou da hora”. Volto a esse ponto depois de algumas outras considerações.
Dilma cresceu uma média de dez pontos na aceitação popular no curso das sete demissões — “Ah, essa resolve!” O jornalismo especializado em fazer perfis (ai, que preguicinha!) não cansa de exaltar a mulher austera, que dá broncas em público, que quer monitorar tudo online, que não aceita respostas enroladas… Sei, Dilma não aceitaria como ministra a Dilma que cuidava dos aeroportos, que cuidava da transposição dos São Francisco, que cuidava das estradas, que cuidava das obras da Copa… A presidente, em suma, sempre foi craque em criar a fama de que era craque. É o Dadá Maravilha da política, só quem se o humor.
Então não vimos a soberana num canteiro de obras da transposição do São Francisco, em Pernambuco, a dar pitos nas empresas privadas e, se vocês perceberem bem, até no Exército? Todo mundo parecia culpado pelo atraso, menos o dono da obra — e o dono da obra é o governo. É o governo Dilma. Antes dela, era o governo Lula, sob a supervisão de… Dilma!!! Vejo, um tanto escandalizado, até o caso da Casa da Moeda se descolar da presidente. Que há algo de muito errado por ali, não se duvide. Mais uma vez, Dilma está brava porque o ministro Guido Mantega não a teria informado o suficiente da real situação do tal senhor que tinha uma empresa no exterior que movimentava fortunas.
As casas do “Minha Casa Minha Vida” são muito engaçadas porque não têm teto, não têm nada, e não se pode fazer xixi ali… Tudo empacado no trocadilho. Das quase 1.700 creches prometidas para 2011, não houve uma só, uma miserável, que saísse do papel. Se a popularidade, no entanto, cresceu dez pontos porque “essa resolve”, então que tudo siga como está.
Um dia essa tática daria com os burros n’água. E deu! Deu porque, imprudente, essa gente decidiu se comportar como vivandeira, dando piscadelas na porta de quartel e insuflando os espíritos de homens armados. Tudo começou com o Apedeuta lá no Distrito Federal, como já demonstrei aqui, teve seqüência com a PEC 300 e ganhou fôlego na campanha eleitoral de… Dilma Rousseff! Sim, sua campanha sugeriu que, com ela, a tal proposta que iguala os salários dos policiais militares e bombeiros do Brasil ao que se paga no Distrito Federal seria aprovada. PROCUREM NA INTERNET. UM DOS INTERLOCUTORES COM AS LIDERANÇAS DAS POLÍCIAS FOI NINGUÉM MENOS DO QUE MICHEL TEMER. E não duvide: se a proposta for votada no Congresso, será aprovada.
Só que abriria um rombo brutal no caixa dos estados, que seria repassado para a União. E, então, SEGUINDO A TÁTICA DE NÃO GOVERNAR, DE EMPURRAR COM A BARRIGA, a Rigorosa do Chapadão mandou que a base aliada fosse empurrando a coisa com a barriga. A insatisfação dos quartéis foi crescendo, crescendo, crescendo… E assumiu seu contorno mais dramático, até agora, na Bahia, justamente o estado governado pelo chefe das vivandeiras, Jaques Wagner, notório apoiador de greves policiais no passado.
A Horrorizada do Alvorada
Dilma agora se diz “horrorizada” com a forma que assumiu a greve. Ora… A Horrorizada do Alvorada está estranhando o quê? Como diz o povo, quem muito brinca com fogo acaba chamuscado. Como previu o Apedeuta no célebre discurso em que deitou falação pelos cotovelos, a reivindicação de espalharia pelo Brasil. E se espalhou. Onde esteve, nesse tempo, Gilberto Carvalho, o tal ministro dedicado à interlocução com “os movimentos sociais”, que comandou, no Planalto, a campanha de demonização do governo de São Paulo e da Polícia Militar em particular, uma das mais eficientes e disciplinadas do país? O homem sumiu.
Dilma não tem de se “horrorizar”. Tem é de tomar providências. Em algum momento, vai ter de dizer que não há dinheiro para aprovar a PEC 300 — e terá de ser com todas as letras —, ou, então, vai ter de optar por um rombo de impacto difícil de imaginar e jogar nas costas da União o custo da equiparação. E será uma operação complicadíssima. Ainda que o governo federal decidisse repassar um “X per capta” para cada policial, haveria um debate infindável sobre o contingente de cada estado. Em suma: Lula abriu a Caixa de Pandora, um deputado da base aliada ficou estimulando os monstrinhos a sair de lá, e a campanha eleitoral de Dilma resolveu considerá-los bons espíritos… Eis aí. Como no mito, Soberana, só a esperança ficou escondida lá no fundo…
Levante e governe, Rainha dos Canteiros de Obras Paradas! Desta vez, não vai dar para levar no bico.
Coragem, Esplendorosa da Classe C!
Não! Eu absolutamente não endosso, Esplendorosa da Classe C, os métodos a que estão recorrendo os policiais militares. Como já escrevi aqui uma centena de vezes — aliás, meu primeiro texto contra greve de policiais é de 1991, justamente por causa de uma paralisação na Bahia (uma das que Jaques Wagner apoiou) —, gente armada não pode se meter nesse tipo de movimento. Eu sou contra greve de funcionários públicos. Em março de 2010, os petistas da Apeoesp, associação de professores da rede estadual de ensino em São Paulo, promoveram uma greve com queima de livros em praça pública, depredação de patrimônio e confronto com a PM. Dilma não só usou o evento para demonizar o seu adversário eleitoral, José Serra, como recebeu a presidente do sindicato que havia prometido “quebrar a espinha do ex-governador”, assegurando que ele não seria eleito presidente. Foi tão escancarado o uso eleitoral da greve que o sindicato foi multado pelo Tribunal Superior Eleitoral. Dilma expressou o seu apoio e ainda acusou a PM de recorrer à violência contra os professores, o que era mentira. Em 2008, como todos sabem, deputados petistas, PT e CUT apoiaram a GREVE ARMADA de uma minoria de policiais civis. Um deles chegou a disparar um tiro, ferindo um oficial da PM.
Militantes da Apeoesp queimam livros em praça pública em março de 2010. A candidata Dilma recebeu a líder com pompa e ainda atacou o governo de SP
Por que o espanto, agora, da Horrorizada do Alvorada? Não! Eu não apóio as greves das PMs, não! Ao contrário. Acredito que já é mais do que tempo de o país votar uma Lei Antiterrorismo que puna com severidade aqueles que, em nome de suas reivindicações, direitos ou o que supõem ser direitos, coloquem em risco a segurança coletiva. Então veja, Soberana do Planalto, como sou duro e a convido a ser antipática, seguindo a Constituição e propondo uma lei. É bem verdade que isso vai acabar ferindo susceptibilidades de alguns de seus caros aliados, não é? Mas governar também tem lá seus ônus…
Serão assim tão hábeis?
A estréia do PT no mundo da severidade se dá de um modo um tanto estabanado. Qualquer pessoa razoavelmente prudente seria levada a considerar que a prisão do cabo bombeiro Benevoluto Daciolo, no Rio, corresponderia a apagar fogo com gasolina. Nas gravações entre o líder da greve na Bahia e um interlocutor, parece que fica clara a combinação de um ato de sabotagem. No caso de Daciolo, convenham, é discutível. Afinal, ele é líder de uma categoria. Se a sua atuação sindical é permitida, por que não as articulações e conversas?
Atenção! Eu acho que precisamos de leis mais claras para disciplinar tudo isso. Estou entre aqueles que não vêem ambigüidade nenhuma no que já há: greve de PMs é proibida. Mas há quem ache que as coisas estão sujeitas a interpretações e coisa e tal. O governo federal, com a base que tem, vai ter de cuidar do assunto. Consegue aprovar o que quiser — inclusive a lei antiterror. Dito isso, vamos ao que se tem hoje: diga-se o que se disser, o cabo Daciolo não foi além — a menos que haja falas que não vieram a público — do que dizem as lideranças de categoria em todos os estados em que há mobilização.
Dada a radicalização na Bahia, dados os ânimos exaltados, dada a sensação de humilhação que as lideranças dizem estar sentindo, quem vazou a conversa de Daciolo, criando as circunstâncias para a sua prisão, NÃO PASSA DE UM AMADOR. Comentei aqui com Dona Reinaldo: “Essa prisão é uma tolice. Agora é que a greve no Rio vai sair”. E saiu. Espero que tenha desfecho menos trágico e que logo seja revogada. O fato é que faltou uma visão estratégica.
A Indignada da Praça dos Três Poderes e a anistia
Dilma fará melhor se governar mais e falar ainda menos. Também as suas considerações, em plena efervescência do movimento, contra a anistia a policiais que cometeram crimes são contraproducentes. É a tal síndrome da ombudsman. Basta que se diga favorável ao cumprimento da lei. Até porque não convém ficar cutucando esse negócio de que a anistia é inaceitável para criminosos, não é? Posso apostar que essa não é uma boa vereda para os atuais donos do poder…
A ordem tem de ser restaurada. O problema que teve início com uma Medida Provisória do Apedeuta e que chegou a ser peça da campanha eleitoral de Dilma Rousseff — não adianta negar! — hoje se volta contra a população, que é quem está, de fato, arcando com as conseqüências. Desta vez, Dilma não pode ser apenas a Indignada da Praça dos Três Poderes.
O governo Dilma colhe os frutos do rebolado na porta de quartel. O que se tem como resultado? Nunca antes na história destepaiz, depois da redemocratização, se viram tantos homens das Forças Armadas nas ruas. Os “companheiros” fizeram a caca, e agora foi preciso chamar os homens de verde. A sorte é que a cascata de esquerdistas durante a Constituinte não prosperou, e a Carta autoriza, sob certas condições, que as Forças Armadas também cuidem da ordem interna. “Reacionários” como eu sempre defenderam esse princípio. Os “progressistas” é que eram contra…
Coragem, Venturosa do Deitado em Berço Esplêndido! Levante e governe!
10 de fevereiro de 2012
Reinaldo Azevedo
A presidente Dilma Rousseff, a Cleópatra do Paranoá, ficou mal-acostumada com o jornalismo dos Crodoaldos Valérios, que a cobrem de elogios muito especialmente por sua enorme capacidade de não fazer nada, de manter tudo mais ou menos como está para ver como é que fica.
Não vai aqui juízo severo demais ou excessivamente generalista. Dilma teve de demitir sete ministros de estado sob suspeita de corrupção. Sim, aplausos a ela que os demitiu! Mas, se for o caso, vaias a ela, que os nomeou! Ou esse detalhe há de passar despercebido para que a vocação para o elogio não se deixe contaminar pela realidade? Chamo a atenção para este fato porque Dilma no papel de ombudsman do governo Dilma, como tenho apontado, pode seduzir os mordomos subservientes e fiéis, mas tem lá seus limites, não? Essa absurda mobilização de Polícias Militares, que lança na insegurança milhões de brasileiros, está dizendo com todas as letras: “Presidente Dilma, levante e governe! Já passou da hora”. Volto a esse ponto depois de algumas outras considerações.
Dilma cresceu uma média de dez pontos na aceitação popular no curso das sete demissões — “Ah, essa resolve!” O jornalismo especializado em fazer perfis (ai, que preguicinha!) não cansa de exaltar a mulher austera, que dá broncas em público, que quer monitorar tudo online, que não aceita respostas enroladas… Sei, Dilma não aceitaria como ministra a Dilma que cuidava dos aeroportos, que cuidava da transposição dos São Francisco, que cuidava das estradas, que cuidava das obras da Copa… A presidente, em suma, sempre foi craque em criar a fama de que era craque. É o Dadá Maravilha da política, só quem se o humor.
Então não vimos a soberana num canteiro de obras da transposição do São Francisco, em Pernambuco, a dar pitos nas empresas privadas e, se vocês perceberem bem, até no Exército? Todo mundo parecia culpado pelo atraso, menos o dono da obra — e o dono da obra é o governo. É o governo Dilma. Antes dela, era o governo Lula, sob a supervisão de… Dilma!!! Vejo, um tanto escandalizado, até o caso da Casa da Moeda se descolar da presidente. Que há algo de muito errado por ali, não se duvide. Mais uma vez, Dilma está brava porque o ministro Guido Mantega não a teria informado o suficiente da real situação do tal senhor que tinha uma empresa no exterior que movimentava fortunas.
As casas do “Minha Casa Minha Vida” são muito engaçadas porque não têm teto, não têm nada, e não se pode fazer xixi ali… Tudo empacado no trocadilho. Das quase 1.700 creches prometidas para 2011, não houve uma só, uma miserável, que saísse do papel. Se a popularidade, no entanto, cresceu dez pontos porque “essa resolve”, então que tudo siga como está.
Um dia essa tática daria com os burros n’água. E deu! Deu porque, imprudente, essa gente decidiu se comportar como vivandeira, dando piscadelas na porta de quartel e insuflando os espíritos de homens armados. Tudo começou com o Apedeuta lá no Distrito Federal, como já demonstrei aqui, teve seqüência com a PEC 300 e ganhou fôlego na campanha eleitoral de… Dilma Rousseff! Sim, sua campanha sugeriu que, com ela, a tal proposta que iguala os salários dos policiais militares e bombeiros do Brasil ao que se paga no Distrito Federal seria aprovada. PROCUREM NA INTERNET. UM DOS INTERLOCUTORES COM AS LIDERANÇAS DAS POLÍCIAS FOI NINGUÉM MENOS DO QUE MICHEL TEMER. E não duvide: se a proposta for votada no Congresso, será aprovada.
Só que abriria um rombo brutal no caixa dos estados, que seria repassado para a União. E, então, SEGUINDO A TÁTICA DE NÃO GOVERNAR, DE EMPURRAR COM A BARRIGA, a Rigorosa do Chapadão mandou que a base aliada fosse empurrando a coisa com a barriga. A insatisfação dos quartéis foi crescendo, crescendo, crescendo… E assumiu seu contorno mais dramático, até agora, na Bahia, justamente o estado governado pelo chefe das vivandeiras, Jaques Wagner, notório apoiador de greves policiais no passado.
A Horrorizada do Alvorada
Dilma agora se diz “horrorizada” com a forma que assumiu a greve. Ora… A Horrorizada do Alvorada está estranhando o quê? Como diz o povo, quem muito brinca com fogo acaba chamuscado. Como previu o Apedeuta no célebre discurso em que deitou falação pelos cotovelos, a reivindicação de espalharia pelo Brasil. E se espalhou. Onde esteve, nesse tempo, Gilberto Carvalho, o tal ministro dedicado à interlocução com “os movimentos sociais”, que comandou, no Planalto, a campanha de demonização do governo de São Paulo e da Polícia Militar em particular, uma das mais eficientes e disciplinadas do país? O homem sumiu.
Dilma não tem de se “horrorizar”. Tem é de tomar providências. Em algum momento, vai ter de dizer que não há dinheiro para aprovar a PEC 300 — e terá de ser com todas as letras —, ou, então, vai ter de optar por um rombo de impacto difícil de imaginar e jogar nas costas da União o custo da equiparação. E será uma operação complicadíssima. Ainda que o governo federal decidisse repassar um “X per capta” para cada policial, haveria um debate infindável sobre o contingente de cada estado. Em suma: Lula abriu a Caixa de Pandora, um deputado da base aliada ficou estimulando os monstrinhos a sair de lá, e a campanha eleitoral de Dilma resolveu considerá-los bons espíritos… Eis aí. Como no mito, Soberana, só a esperança ficou escondida lá no fundo…
Levante e governe, Rainha dos Canteiros de Obras Paradas! Desta vez, não vai dar para levar no bico.
Coragem, Esplendorosa da Classe C!
Não! Eu absolutamente não endosso, Esplendorosa da Classe C, os métodos a que estão recorrendo os policiais militares. Como já escrevi aqui uma centena de vezes — aliás, meu primeiro texto contra greve de policiais é de 1991, justamente por causa de uma paralisação na Bahia (uma das que Jaques Wagner apoiou) —, gente armada não pode se meter nesse tipo de movimento. Eu sou contra greve de funcionários públicos. Em março de 2010, os petistas da Apeoesp, associação de professores da rede estadual de ensino em São Paulo, promoveram uma greve com queima de livros em praça pública, depredação de patrimônio e confronto com a PM. Dilma não só usou o evento para demonizar o seu adversário eleitoral, José Serra, como recebeu a presidente do sindicato que havia prometido “quebrar a espinha do ex-governador”, assegurando que ele não seria eleito presidente. Foi tão escancarado o uso eleitoral da greve que o sindicato foi multado pelo Tribunal Superior Eleitoral. Dilma expressou o seu apoio e ainda acusou a PM de recorrer à violência contra os professores, o que era mentira. Em 2008, como todos sabem, deputados petistas, PT e CUT apoiaram a GREVE ARMADA de uma minoria de policiais civis. Um deles chegou a disparar um tiro, ferindo um oficial da PM.
Militantes da Apeoesp queimam livros em praça pública em março de 2010. A candidata Dilma recebeu a líder com pompa e ainda atacou o governo de SP
Por que o espanto, agora, da Horrorizada do Alvorada? Não! Eu não apóio as greves das PMs, não! Ao contrário. Acredito que já é mais do que tempo de o país votar uma Lei Antiterrorismo que puna com severidade aqueles que, em nome de suas reivindicações, direitos ou o que supõem ser direitos, coloquem em risco a segurança coletiva. Então veja, Soberana do Planalto, como sou duro e a convido a ser antipática, seguindo a Constituição e propondo uma lei. É bem verdade que isso vai acabar ferindo susceptibilidades de alguns de seus caros aliados, não é? Mas governar também tem lá seus ônus…
Serão assim tão hábeis?
A estréia do PT no mundo da severidade se dá de um modo um tanto estabanado. Qualquer pessoa razoavelmente prudente seria levada a considerar que a prisão do cabo bombeiro Benevoluto Daciolo, no Rio, corresponderia a apagar fogo com gasolina. Nas gravações entre o líder da greve na Bahia e um interlocutor, parece que fica clara a combinação de um ato de sabotagem. No caso de Daciolo, convenham, é discutível. Afinal, ele é líder de uma categoria. Se a sua atuação sindical é permitida, por que não as articulações e conversas?
Atenção! Eu acho que precisamos de leis mais claras para disciplinar tudo isso. Estou entre aqueles que não vêem ambigüidade nenhuma no que já há: greve de PMs é proibida. Mas há quem ache que as coisas estão sujeitas a interpretações e coisa e tal. O governo federal, com a base que tem, vai ter de cuidar do assunto. Consegue aprovar o que quiser — inclusive a lei antiterror. Dito isso, vamos ao que se tem hoje: diga-se o que se disser, o cabo Daciolo não foi além — a menos que haja falas que não vieram a público — do que dizem as lideranças de categoria em todos os estados em que há mobilização.
Dada a radicalização na Bahia, dados os ânimos exaltados, dada a sensação de humilhação que as lideranças dizem estar sentindo, quem vazou a conversa de Daciolo, criando as circunstâncias para a sua prisão, NÃO PASSA DE UM AMADOR. Comentei aqui com Dona Reinaldo: “Essa prisão é uma tolice. Agora é que a greve no Rio vai sair”. E saiu. Espero que tenha desfecho menos trágico e que logo seja revogada. O fato é que faltou uma visão estratégica.
A Indignada da Praça dos Três Poderes e a anistia
Dilma fará melhor se governar mais e falar ainda menos. Também as suas considerações, em plena efervescência do movimento, contra a anistia a policiais que cometeram crimes são contraproducentes. É a tal síndrome da ombudsman. Basta que se diga favorável ao cumprimento da lei. Até porque não convém ficar cutucando esse negócio de que a anistia é inaceitável para criminosos, não é? Posso apostar que essa não é uma boa vereda para os atuais donos do poder…
A ordem tem de ser restaurada. O problema que teve início com uma Medida Provisória do Apedeuta e que chegou a ser peça da campanha eleitoral de Dilma Rousseff — não adianta negar! — hoje se volta contra a população, que é quem está, de fato, arcando com as conseqüências. Desta vez, Dilma não pode ser apenas a Indignada da Praça dos Três Poderes.
O governo Dilma colhe os frutos do rebolado na porta de quartel. O que se tem como resultado? Nunca antes na história destepaiz, depois da redemocratização, se viram tantos homens das Forças Armadas nas ruas. Os “companheiros” fizeram a caca, e agora foi preciso chamar os homens de verde. A sorte é que a cascata de esquerdistas durante a Constituinte não prosperou, e a Carta autoriza, sob certas condições, que as Forças Armadas também cuidem da ordem interna. “Reacionários” como eu sempre defenderam esse princípio. Os “progressistas” é que eram contra…
Coragem, Venturosa do Deitado em Berço Esplêndido! Levante e governe!
10 de fevereiro de 2012
Reinaldo Azevedo
E NO BRASIL MARAVILHA... A POLÍTICA "DA OU NA" PETROBRAS: SOBRECARGA DERRUBA PETROBRAS
A Petrobras sentiu o peso da sobrecarga que o governo vem lhe impondo.
A maior companhia do país apresentou ganhos decepcionantes em 2011. Seu desempenho foi afetado, principalmente, por decisões que têm se mostrado muito mais políticas do que empresariais.
O lucro líquido da Petrobras caiu à metade no último trimestre do ano passado. Foram R$ 5,6 bilhões a menos em caixa no período, no pior resultado desde o início de 2007, segundo levantamento feito pela consultoria Economatica.
No ano, a queda do lucro foi menor: 5,5%.
A empresa paga o preço por políticas equivocadas que tem tido de perseguir por determinação do Planalto. Entre as mais danosas estão a participação obrigatória na exploração do pré-sal, a necessidade de respeitar conteúdos nacionais mínimos em suas encomendas e o subsídio para manter baixos os preços dos combustíveis no mercado interno. O câmbio também pesou.
Com o consumo em alta e as capacidades de produção e de refino estacionadas, a Petrobras tem tido de apelar para petróleo bruto e derivados vindos de fora. Só a importação de gasolina cresceu 400% no ano passado.
Como o valor que pratica internamente é menor do que paga no exterior, a companhia só embolsa prejuízo.
Em 2011, deixou de arrecadar R$ 7,9 bilhões com a diferença dos preços do diesel e da gasolina nos mercados internacional e doméstico, estima o Centro Brasileiro de Infraestrutura. Nos últimos oito anos, o rombo chega a R$ 12 bilhões.
A empresa também se vê às voltas com encomendas que lhe saem muito mais caras do que se pudessem ser compradas com liberdade no mercado global. É o caso das sondas para perfuração de águas ultraprofundas do pré-sal.
Por terem de ser construídas no país, como parte de uma política de valorização de conteúdo local, apresentam preços muito acima do mercado: o afretamento de cada unidade custa em torno de meio milhão de dólares por dia.
Já as obrigações impostas à companhia para exploração do pré-sal tendem a lhe causar transtornos crescentes. Pelas regras fixadas, todo consórcio deve ter pelo menos 30% de participação estatal.
O que poderia parecer uma dádiva resulta, na realidade, em elevado risco incorrido, como pôde ser conferido já no ano passado: só com a perfuração mal sucedida de poços secos, a Petrobras dispendeu R$ 717 milhões no último trimestre.
"Ao dar asas à ideia de dar à Petrobras sólido controle da exploração do pré-sal e, ao mesmo tempo, transformá-la num poderoso cartório de distribuição de benesses a produtores de equipamentos, o governo estava fascinado com os enormes benefícios políticos que poderia extrair desse arranjo", avaliou Rogério Furquim Werneck em artigo n'O Globo no início do mês.
A Petrobras tem um ambicioso plano de investimentos pela frente, pelo qual deverá aplicar US$ 224,7 bilhões até 2015. Mas também neste quesito não tem conseguido atingir suas metas: no ano passado, o resultado ficou em R$ 73 bilhões, bem abaixo dos R$ 84,7 bilhões previstos.
A produção da empresa em 2011 também foi fraca, com avanço de mero 0,9%. Mais uma vez, a meta não foi atingida. No ritmo atual, a Petrobras chegará ao fim da década produzindo 30% menos que o previsto, segundo relatório do banco Credit Suisse citado recentemente pela revista Veja.
Para completar o quadro, a Petrobras foi a segunda companhia que mais perdeu valor de mercado em todo o mundo em 2011, abaixo apenas do Bank of America.
Evaporaram US$ 72,4 bilhões, conforme levantamento feito pela Bloomberg News junto a mais de 5 mil corporações globais.
(A reação de suas ações neste início de ano permitiu-lhe recuperar parte da perda.)
Ontem, a companhia mudou seu comando. Graça Foster substituiu Sergio Gabrielli na presidência e mais dois diretores foram trocados. Não está muito claro se a ascensão da técnica de carreira, em oposição ao político militante que durante sete anos e sete meses esteve à frente da empresa, vai alterar os rumos ziguezagueantes da Petrobras.
O que se mostra cristalino é que a maior companhia do país mostra-se hoje vergada pelo sobrepeso que o governo do PT lhe impôs.
A Petrobras deve, sim, apoiar políticas públicas, mas a condição para isto é que sobreviva como empresa lucrativa.
Canibalizada como ela está, o poço pode secar rapidamente.
10 de fevereiro de 2012
Fonte: Instituto Teotônio Vilela
Sobrecarga derruba Petrobras
A maior companhia do país apresentou ganhos decepcionantes em 2011. Seu desempenho foi afetado, principalmente, por decisões que têm se mostrado muito mais políticas do que empresariais.
O lucro líquido da Petrobras caiu à metade no último trimestre do ano passado. Foram R$ 5,6 bilhões a menos em caixa no período, no pior resultado desde o início de 2007, segundo levantamento feito pela consultoria Economatica.
No ano, a queda do lucro foi menor: 5,5%.
A empresa paga o preço por políticas equivocadas que tem tido de perseguir por determinação do Planalto. Entre as mais danosas estão a participação obrigatória na exploração do pré-sal, a necessidade de respeitar conteúdos nacionais mínimos em suas encomendas e o subsídio para manter baixos os preços dos combustíveis no mercado interno. O câmbio também pesou.
Com o consumo em alta e as capacidades de produção e de refino estacionadas, a Petrobras tem tido de apelar para petróleo bruto e derivados vindos de fora. Só a importação de gasolina cresceu 400% no ano passado.
Como o valor que pratica internamente é menor do que paga no exterior, a companhia só embolsa prejuízo.
Em 2011, deixou de arrecadar R$ 7,9 bilhões com a diferença dos preços do diesel e da gasolina nos mercados internacional e doméstico, estima o Centro Brasileiro de Infraestrutura. Nos últimos oito anos, o rombo chega a R$ 12 bilhões.
A empresa também se vê às voltas com encomendas que lhe saem muito mais caras do que se pudessem ser compradas com liberdade no mercado global. É o caso das sondas para perfuração de águas ultraprofundas do pré-sal.
Por terem de ser construídas no país, como parte de uma política de valorização de conteúdo local, apresentam preços muito acima do mercado: o afretamento de cada unidade custa em torno de meio milhão de dólares por dia.
Já as obrigações impostas à companhia para exploração do pré-sal tendem a lhe causar transtornos crescentes. Pelas regras fixadas, todo consórcio deve ter pelo menos 30% de participação estatal.
O que poderia parecer uma dádiva resulta, na realidade, em elevado risco incorrido, como pôde ser conferido já no ano passado: só com a perfuração mal sucedida de poços secos, a Petrobras dispendeu R$ 717 milhões no último trimestre.
"Ao dar asas à ideia de dar à Petrobras sólido controle da exploração do pré-sal e, ao mesmo tempo, transformá-la num poderoso cartório de distribuição de benesses a produtores de equipamentos, o governo estava fascinado com os enormes benefícios políticos que poderia extrair desse arranjo", avaliou Rogério Furquim Werneck em artigo n'O Globo no início do mês.
A Petrobras tem um ambicioso plano de investimentos pela frente, pelo qual deverá aplicar US$ 224,7 bilhões até 2015. Mas também neste quesito não tem conseguido atingir suas metas: no ano passado, o resultado ficou em R$ 73 bilhões, bem abaixo dos R$ 84,7 bilhões previstos.
A produção da empresa em 2011 também foi fraca, com avanço de mero 0,9%. Mais uma vez, a meta não foi atingida. No ritmo atual, a Petrobras chegará ao fim da década produzindo 30% menos que o previsto, segundo relatório do banco Credit Suisse citado recentemente pela revista Veja.
Para completar o quadro, a Petrobras foi a segunda companhia que mais perdeu valor de mercado em todo o mundo em 2011, abaixo apenas do Bank of America.
Evaporaram US$ 72,4 bilhões, conforme levantamento feito pela Bloomberg News junto a mais de 5 mil corporações globais.
(A reação de suas ações neste início de ano permitiu-lhe recuperar parte da perda.)
Ontem, a companhia mudou seu comando. Graça Foster substituiu Sergio Gabrielli na presidência e mais dois diretores foram trocados. Não está muito claro se a ascensão da técnica de carreira, em oposição ao político militante que durante sete anos e sete meses esteve à frente da empresa, vai alterar os rumos ziguezagueantes da Petrobras.
O que se mostra cristalino é que a maior companhia do país mostra-se hoje vergada pelo sobrepeso que o governo do PT lhe impôs.
A Petrobras deve, sim, apoiar políticas públicas, mas a condição para isto é que sobreviva como empresa lucrativa.
Canibalizada como ela está, o poço pode secar rapidamente.
10 de fevereiro de 2012
Fonte: Instituto Teotônio Vilela
Sobrecarga derruba Petrobras
GREVE NO RIO? HÁ CONTROVÉRSIAS
Comando da PM diz que não há greve.
O Comando da Polícia Militar do Rio informou, em nota, que não houve paralisação dos serviços prestados a população e que todas as unidades estão funcionando normalmente nesta sexta-feira.
Na noite de ontem, lideranças do Corpo de Bombeiros e das polícias Civil e Militar do Rio decidiram entrar em greve a partir desta sexta-feira.
As três categorias não ficaram satisfeitas com a proposta de reajuste apresentada pelo governo estadual e aprovada ontem pela Alerj (Assembleia Legislativa).
O grupo reivindica salário base de R$ 3.500 para as três categorias a partir deste mês de fevereiro. Eles também pedem a libertação do cabo bombeiro Benevenuto Daciolo, preso desde a noite de quarta-feira (8), após a divulgação de escutas telefônicas dele falando sobre uma greve geral no Rio. O habeas corpus impetrado por sua defesa foi negado pela Justiça.
10 de fevereiro de 2012
tribuna da internet
O Comando da Polícia Militar do Rio informou, em nota, que não houve paralisação dos serviços prestados a população e que todas as unidades estão funcionando normalmente nesta sexta-feira.
Na noite de ontem, lideranças do Corpo de Bombeiros e das polícias Civil e Militar do Rio decidiram entrar em greve a partir desta sexta-feira.
As três categorias não ficaram satisfeitas com a proposta de reajuste apresentada pelo governo estadual e aprovada ontem pela Alerj (Assembleia Legislativa).
O grupo reivindica salário base de R$ 3.500 para as três categorias a partir deste mês de fevereiro. Eles também pedem a libertação do cabo bombeiro Benevenuto Daciolo, preso desde a noite de quarta-feira (8), após a divulgação de escutas telefônicas dele falando sobre uma greve geral no Rio. O habeas corpus impetrado por sua defesa foi negado pela Justiça.
10 de fevereiro de 2012
tribuna da internet
O VICE-ALMIRANTE ARAGÃO NA FIGURA DO GENERAL GONÇALVES DIAS
A 6ª Região Militar, com sede em Salvador (BA), conta com o mais novo ‘general do povo’, uma réplica do vice-almirante Cândido da Costa Aragão que liderou o motim dos Fuzileiros Navais em 64, sendo um dos artífices da desordem institucional que imperou no governo do ex presidente João Goulart.
O general Marco Edson Gonçalves Dias comandante da 6ª Região Militar sabe ser convincente. É agradável no trato com as pessoas, adora um bolo de aniversário e chegou a cair num chororô ao receber o mimo dos policiais amotinados. A atitude considerada leviana pelo Exército e a própria presidente da república, Dilma Rousseff, lhe custou a chefia da operação ‘acalma minha gente, que o andor é de barro.’ E quebrou, realmente!
Aquele bolo erguido no alto como um troféu, o fez lembrar-se dos tempos de general de divisão ajudante de ordens do ex presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Carregar a bolsa da primeira dama do país, - primeira dama gastadeira, que só sabia gastar exorbitantemente com cartões corporativos, acobertados ‘por segredo de estado’; e nada tendo feito pelo país, nos oito anos de mandato de seu marido, - foi um privilégio concebido como poucos, em sua carreira militar.
- Obrigado, meu ‘novo amigo’! Abraçou um dos rebeldes, sendo cercado e aplaudido pelos amotinados.
Ele faz parte dos chefes militares considerados ‘disciplinados’; isto é: covardes, na gíria popular!
Enquanto o bolo era fatiado pelos comensais, - o primeiro pedaço reservado para o líder da rebelião, ex soldado expulso em 2001 por liderar uma rebelião semelhante à atual, o estado da Bahia era incendiado pela inoperância dos policiais militares. Comércio sendo fechado por ordens de marginais, arrastões, ônibus virados com passageiros dentro, motoristas de carros particulares tirados à força dos veículos sob a mira de arma de fogo de policiais militares, mortes generalizadas em todo o estado, e a assembléia estadual invadida por policiais e familiares, prejudicando os trabalhos dos deputados. E ainda surgem elementos aplaudindo essa desordem, pelo fato dos amotinados serem militares. Esse tipo de corporativismo não conta com a minha simpatia. Eu defendo a instituição militar, não os que se prevalecem dela para caminharem na contra mão da história.
Militar não faz greve. E nem leva pânico à população!
Quando os bombeiros fizeram greves no Rio de Janeiro, - ilegais, é bom que se entenda, - não atentaram contra a segurança das pessoas. Foi uma manifestação pacífica, com passeatas no Centro e concentração em frente à Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). Mas a cidade não ficou desprotegida. Onde houve acidente ou incêndio, lá estavam os bombeiros prestando socorro. Quando alguém se afogava, lá estava um bombeiro para socorrer a vítima. Essa responsabilidade levou o país inteiro a torcer pelos grevistas!
Bem. O motivo desse texto não é desejar felicidades ao ilustre militar, nem lamentar a sua dispensa da função que exercia até a primeira mordida no bolo de aniversário. Quero alertar para algumas de minhas matérias que venho postando no site, chamando a atenção para o plano já em plena execução, idealizado pelos comuno-petistas. O plano consiste em causar uma desordem institucional completa no país e colocar as Forças Armadas em xeque. Enfraquecê-las até perderem a confiança da nação.
Os generais simpatizantes do governo, - ‘chicos do PT’, - e a oficialidade jovem que aos pouco vem sendo cooptada, darão todo o respaldo à intervenção que se avizinha. E o país vai para as calendas!
O governo bolivariano de Hugo Chávez perderá longe da futura República Popular do Brasil em que se transformará o país. O pavilhão nacional será substituído pela bandeira da estrela solitária. Um novo hino nacional será composto em parceria com os puxadores de samba, músicos da MPB, compositores de músicas sertanejas e os mestres do funk. E um leve ritmo marcial será incrementado ao novo hino, para levantar o moral dos milicos. Milicos frouxos que estarão ao lado do novo governo!
Este alerta pode ser confirmado no artigo publicado hoje (8/2) pelo jornalista Jorge Serrão no seu site Alerta Total.
Não sou vidente para prever acontecimentos, mas intuo as coisas como qualquer cidadão que está antenado com os fatos do dia a dia. Até a minha diarista, uma simples moradora da favela do Morro Santa Marta, percebe o que está acontecendo; menos, é claro, os que se locupletam das benesses do poder!
O país vive um verdadeiro caos. Muito mais caótico do que os vividos nos anos 60/70. Desordem na política com quedas quase que diárias de ministros de estado e secretários de governo, denúncias que comprometem a cúpula do judiciário, o parlamento caindo de podre com políticos sujos que saem e voltam carregados nos braços do povo, subversão nas polícias militares, e as FFAA desestruturadas, com seu material sucateado e a tropa passando necessidades financeiras; mas sendo convocadas para apagar o fogo, ou se queimarem de vez!
Este descalabro acontece no nariz de três comandantes militares fracos, que atuam como umas galinhas mortas; omissos, bajuladores e lenientes. Casos de desvios de conduta nos diversos escalões das FFAA são denunciados pela imprensa, e não se coíbem os delitos. ‘Pequenos deslizes!’, - devem pensar os comandantes militares. E fica tudo como dantes no quartel de Abrantes!
Disse o ex presidente da República para os três comandantes militares:
“- Se demoro mais um pouco no governo passarei a chamá-los ‘camaradas’! Tratamento dado aos companheiros comunistas na antiga URSS.
Mas não será preciso esperar 2014 para o ex presidente voltar ao Planalto e acariciar seus ‘camaradas’! Eles já se entregaram. São simpatizantes do socialismo bolivariano de fato e de direito!
José Geraldo Pimentel é Cap Ref EB
Rio de Janeiro, 08 de fevereiro de 2012
Fonte: Pequenas Histórias
COMENTO
Descontentes com os índices de aprovação dados às Forças Armadas nas diversas pesquisas de opinião e incansáveis na tarefa de colocar as FFAA contra a sociedade, a canalha governamental, com a ajuda dos melancias travestidos de chefes, está conseguindo imputar a imagem de profissionais truculentos aos militares recém saídos dos morros cariocas e que estão sendo empregados para resolver a ineficiência do calhorda eleito para governar a Bahia. Esse patife, em época anterior alimentou greves de policiais baianos e agora pede socorro ao Exército. E os chefes, otários, expõem seus subordinados ao vexame de agredirem mulheres e crianças usados como escudos pelos que não tem coragem de assumir suas ações. Se é para avacalhar de vez a imagem do EB, seria bom aparecer um Líder que se dispusesse a "cumprir a missão à moda militar". Lembro que militar não é negociante, não é político, não é diplomata. Militar tem que "cumprir a missão". Se é para desocupar um prédio público, não interessa quem está lá dentro. Para diminuir as críticas que virão de qualquer forma, retire-se as armas de fogo da tropa, armando-as com cassetete, gás irritante e máscaras protetoras. E que o Líder avance na frente da tropa, não preocupado com o resultado político da pancadaria. Qualquer outra atitude é pantomima, demonstração de fraqueza, covardia.
10 de fevereiro de 2012
José Geraldo Pimentel
O general Marco Edson Gonçalves Dias comandante da 6ª Região Militar sabe ser convincente. É agradável no trato com as pessoas, adora um bolo de aniversário e chegou a cair num chororô ao receber o mimo dos policiais amotinados. A atitude considerada leviana pelo Exército e a própria presidente da república, Dilma Rousseff, lhe custou a chefia da operação ‘acalma minha gente, que o andor é de barro.’ E quebrou, realmente!
Aquele bolo erguido no alto como um troféu, o fez lembrar-se dos tempos de general de divisão ajudante de ordens do ex presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Carregar a bolsa da primeira dama do país, - primeira dama gastadeira, que só sabia gastar exorbitantemente com cartões corporativos, acobertados ‘por segredo de estado’; e nada tendo feito pelo país, nos oito anos de mandato de seu marido, - foi um privilégio concebido como poucos, em sua carreira militar.
- Obrigado, meu ‘novo amigo’! Abraçou um dos rebeldes, sendo cercado e aplaudido pelos amotinados.
Ele faz parte dos chefes militares considerados ‘disciplinados’; isto é: covardes, na gíria popular!
Enquanto o bolo era fatiado pelos comensais, - o primeiro pedaço reservado para o líder da rebelião, ex soldado expulso em 2001 por liderar uma rebelião semelhante à atual, o estado da Bahia era incendiado pela inoperância dos policiais militares. Comércio sendo fechado por ordens de marginais, arrastões, ônibus virados com passageiros dentro, motoristas de carros particulares tirados à força dos veículos sob a mira de arma de fogo de policiais militares, mortes generalizadas em todo o estado, e a assembléia estadual invadida por policiais e familiares, prejudicando os trabalhos dos deputados. E ainda surgem elementos aplaudindo essa desordem, pelo fato dos amotinados serem militares. Esse tipo de corporativismo não conta com a minha simpatia. Eu defendo a instituição militar, não os que se prevalecem dela para caminharem na contra mão da história.
Militar não faz greve. E nem leva pânico à população!
Quando os bombeiros fizeram greves no Rio de Janeiro, - ilegais, é bom que se entenda, - não atentaram contra a segurança das pessoas. Foi uma manifestação pacífica, com passeatas no Centro e concentração em frente à Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). Mas a cidade não ficou desprotegida. Onde houve acidente ou incêndio, lá estavam os bombeiros prestando socorro. Quando alguém se afogava, lá estava um bombeiro para socorrer a vítima. Essa responsabilidade levou o país inteiro a torcer pelos grevistas!
Bem. O motivo desse texto não é desejar felicidades ao ilustre militar, nem lamentar a sua dispensa da função que exercia até a primeira mordida no bolo de aniversário. Quero alertar para algumas de minhas matérias que venho postando no site, chamando a atenção para o plano já em plena execução, idealizado pelos comuno-petistas. O plano consiste em causar uma desordem institucional completa no país e colocar as Forças Armadas em xeque. Enfraquecê-las até perderem a confiança da nação.
Os generais simpatizantes do governo, - ‘chicos do PT’, - e a oficialidade jovem que aos pouco vem sendo cooptada, darão todo o respaldo à intervenção que se avizinha. E o país vai para as calendas!
O governo bolivariano de Hugo Chávez perderá longe da futura República Popular do Brasil em que se transformará o país. O pavilhão nacional será substituído pela bandeira da estrela solitária. Um novo hino nacional será composto em parceria com os puxadores de samba, músicos da MPB, compositores de músicas sertanejas e os mestres do funk. E um leve ritmo marcial será incrementado ao novo hino, para levantar o moral dos milicos. Milicos frouxos que estarão ao lado do novo governo!
Este alerta pode ser confirmado no artigo publicado hoje (8/2) pelo jornalista Jorge Serrão no seu site Alerta Total.
Não sou vidente para prever acontecimentos, mas intuo as coisas como qualquer cidadão que está antenado com os fatos do dia a dia. Até a minha diarista, uma simples moradora da favela do Morro Santa Marta, percebe o que está acontecendo; menos, é claro, os que se locupletam das benesses do poder!
O país vive um verdadeiro caos. Muito mais caótico do que os vividos nos anos 60/70. Desordem na política com quedas quase que diárias de ministros de estado e secretários de governo, denúncias que comprometem a cúpula do judiciário, o parlamento caindo de podre com políticos sujos que saem e voltam carregados nos braços do povo, subversão nas polícias militares, e as FFAA desestruturadas, com seu material sucateado e a tropa passando necessidades financeiras; mas sendo convocadas para apagar o fogo, ou se queimarem de vez!
Este descalabro acontece no nariz de três comandantes militares fracos, que atuam como umas galinhas mortas; omissos, bajuladores e lenientes. Casos de desvios de conduta nos diversos escalões das FFAA são denunciados pela imprensa, e não se coíbem os delitos. ‘Pequenos deslizes!’, - devem pensar os comandantes militares. E fica tudo como dantes no quartel de Abrantes!
Disse o ex presidente da República para os três comandantes militares:
“- Se demoro mais um pouco no governo passarei a chamá-los ‘camaradas’! Tratamento dado aos companheiros comunistas na antiga URSS.
Mas não será preciso esperar 2014 para o ex presidente voltar ao Planalto e acariciar seus ‘camaradas’! Eles já se entregaram. São simpatizantes do socialismo bolivariano de fato e de direito!
José Geraldo Pimentel é Cap Ref EB
Rio de Janeiro, 08 de fevereiro de 2012
Fonte: Pequenas Histórias
COMENTO
Descontentes com os índices de aprovação dados às Forças Armadas nas diversas pesquisas de opinião e incansáveis na tarefa de colocar as FFAA contra a sociedade, a canalha governamental, com a ajuda dos melancias travestidos de chefes, está conseguindo imputar a imagem de profissionais truculentos aos militares recém saídos dos morros cariocas e que estão sendo empregados para resolver a ineficiência do calhorda eleito para governar a Bahia. Esse patife, em época anterior alimentou greves de policiais baianos e agora pede socorro ao Exército. E os chefes, otários, expõem seus subordinados ao vexame de agredirem mulheres e crianças usados como escudos pelos que não tem coragem de assumir suas ações. Se é para avacalhar de vez a imagem do EB, seria bom aparecer um Líder que se dispusesse a "cumprir a missão à moda militar". Lembro que militar não é negociante, não é político, não é diplomata. Militar tem que "cumprir a missão". Se é para desocupar um prédio público, não interessa quem está lá dentro. Para diminuir as críticas que virão de qualquer forma, retire-se as armas de fogo da tropa, armando-as com cassetete, gás irritante e máscaras protetoras. E que o Líder avance na frente da tropa, não preocupado com o resultado político da pancadaria. Qualquer outra atitude é pantomima, demonstração de fraqueza, covardia.
10 de fevereiro de 2012
José Geraldo Pimentel
POLICIAIS, BOMBEIROS E AGENTES PENITENCIÁRIOS DO RIO DE JANEIRO TAMBÉM JÁ ESTÃO EM GREVE
Às vésperas do carnaval, a Agência Reuters informa para o mundo inteiro que policiais, bombeiros e agentes penitenciários do Rio de Janeiro decidiram entrar em greve a partir da madrugada desta sexta-feira, para cobrar do governo aumento de salário, após assembleia realizada na Praça da Cinelândia, no centro da cidade.
Cerca de três mil representantes das três categorias decidiram pela paralisação numa votação simbólica pouco antes da meia-noite de quinta-feira, após passarem algumas horas reunidos para discutir a greve e aguardar uma posição do governo do Estado, que não aconteceu.
“Agora a segurança do Rio é com a Força Nacional ou o Exército. A orientação nossa é que todos fiquem aquartelados”, disse no sistema de som da assembleia na Cinelândia o cabo da PM Wellinton Machado, anunciando o início da greve.
As policias civil e militar, os agentes penitenciários e os bombeiros reúnem um efetivo de mais de 70 mil homens no Estado do Rio. Os líderes da greve não informaram o tamanho da adesão ao movimento, mas a Polícia Civil e os Bombeiros garantiram que um efetivo mínimo de 30 por cento continuará trabalhando durante a greve para garantir a legitimidade e a legalidade do movimento.
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CABRAL SE OMITIU
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG: O governo do Estado, liderado pelo governador Sérgio Cabral (PMDB), ao invés de tentar evitar a greve, fez o contrário:promoveu reuniões com o Exército e o governo federal para enfrentar a paralisação.
Ficou acertado com o Comando Militar do Leste (CML) que estão à disposição do governo do Rio cerca de 14 mil militares do Exército e 300 homens da Força Nacional de Segurança já a partir desta sexta, segundo o comandante geral do Corpo de Bombeiros, Sérgio Simões.
A greve declarada no Rio acontece após uma paralisação da Polícia Militar baiana que segue desde o dia 31 de janeiro, com altos índices de criminalida registrados no Estado nesse período, incluindo ao menos 150 homicídios.
10 de fevereiro de 2012
tribuna da internet
Cerca de três mil representantes das três categorias decidiram pela paralisação numa votação simbólica pouco antes da meia-noite de quinta-feira, após passarem algumas horas reunidos para discutir a greve e aguardar uma posição do governo do Estado, que não aconteceu.
“Agora a segurança do Rio é com a Força Nacional ou o Exército. A orientação nossa é que todos fiquem aquartelados”, disse no sistema de som da assembleia na Cinelândia o cabo da PM Wellinton Machado, anunciando o início da greve.
As policias civil e militar, os agentes penitenciários e os bombeiros reúnem um efetivo de mais de 70 mil homens no Estado do Rio. Os líderes da greve não informaram o tamanho da adesão ao movimento, mas a Polícia Civil e os Bombeiros garantiram que um efetivo mínimo de 30 por cento continuará trabalhando durante a greve para garantir a legitimidade e a legalidade do movimento.
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CABRAL SE OMITIU
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG: O governo do Estado, liderado pelo governador Sérgio Cabral (PMDB), ao invés de tentar evitar a greve, fez o contrário:promoveu reuniões com o Exército e o governo federal para enfrentar a paralisação.
Ficou acertado com o Comando Militar do Leste (CML) que estão à disposição do governo do Rio cerca de 14 mil militares do Exército e 300 homens da Força Nacional de Segurança já a partir desta sexta, segundo o comandante geral do Corpo de Bombeiros, Sérgio Simões.
A greve declarada no Rio acontece após uma paralisação da Polícia Militar baiana que segue desde o dia 31 de janeiro, com altos índices de criminalida registrados no Estado nesse período, incluindo ao menos 150 homicídios.
10 de fevereiro de 2012
tribuna da internet
SE NÃO TEM O QUE FALAR, MELHOR CALAR...
Magno Malta chama Gilberto Carvalho de “safado” por estratégia de confronto com evangélicos
Rosa Costa, de O Estado de S.Paulo
BRASÍLIA — Irritado com a declaração do secretário-geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, no Forum Social de Porto Alegre contra os evangélicos, o líder do PR no Senado, Magno Malta (ES), reagiu da tribuna chamando o ministro de "safado", "mentiroso" e "camaleão".
Magno Malta: Gilberto Carvalho é um safado
Pregador evangélico, Malta sugeriu a carvalho que "lave a boca com álcool". O ministro teria dito no Fórum — de acordo com o senador — que a próxima batalha ideológica será com os evangélicos, "conservadores que têm uma visão do mundo controlada por pastores de televisão".
"Lave sua boca com álcool seu Gilberto Carvalho. Você precisa aprender a respeitar as pessoas. Vá procurar sua turma. Está brincando com quem?", indagou o senador. No entender de Malta, a intenção do ministro ao criticar dos evangélicos era agradar aos participantes do Fórum, "que são mais liberais e defendem o aborto".
"Barriga não dói só uma vez, seu cara de pau. Temos reagir à fala irresponsável desse ministro meia-boca."
O senador disse que foi procurado por Carvalho em 2010 para ajudar na campanha de Dilma Rousseff à Presidência. "E isso se deu sobretudo no segundo tempo, quando o debate tinha o aborto como um dos temas", informou.
Ele disse que também ajudou a "desatanizar" o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2002. No entender de Magno Malta, todos os evangélicos foram desrespeitados, apesar do trabalho que fazem, sobretudo tirando drogados das ruas do País. Ele anunciou que vai sugerir às igrejas evangélicas que processem o ministro. "Ële mexeu no lugar errado, ele nos bajula, mas agora errou e muito."
Senador do PR critica Gilberto Carvalho por fala sobre evangélicos: 'safado'
Segundo Magno Malta, o secretário-geral da Presidência teria afirmado, durante sua participação no Fórum Social de Porto Alegre, que a próxima 'batalha ideológica' será contra os religiosos.
08 de fevereiro de 2012
Notícia
Rosa Costa, de O Estado de S.Paulo
BRASÍLIA - Irritado com a declaração do secretário-geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho,no Forum Social de Porto Alegre contra os evangélicos, o líder do PR no Senado, Magno Malta (ES), reagiu da tribuna chamando o ministro de "safado", "mentiroso" e "camaleão".
Pregador evangélico, Malta sugeriu a carvalho que "lave a boca com álcool". O ministro teria dito no Fórum - de acordo com o senador - que a próxima batalha ideológica será com os evangélicos, "conservadores que têm uma visão do mundo controlada por pastores de televisão".
"Lave sua boca com álcool seu Gilberto Carvalho. Você precisa aprender a respeitar as pessoas. Vá procurar sua turma. Está brincando com quem?", indagou o senador. No entender de Malta, a intenção do ministro ao criticar dos evangélicos era agradar aos participantes do Fórum, "que são mais liberais e defendem o aborto".
"Barriga não dói só uma vez, seu cara de pau. Temos reagir à fala irresponsável desse ministro meia-boca."
O senador disse que foi procurado por Carvalho em 2010 para ajudar na campanha de Dilma Rousseff à Presidência. "E isso se deu sobretudo no segundo tempo, quando o debate tinha o aborto como um dos temas", informou.
Ele disse que também ajudou a "desatanizar" o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2002. No entender de Magno Malta, todos os evangélicos foram desrespeitados, apesar do trabalho que fazem, sobretudo tirando drogados das ruas do País. Ele anunciou que vai sugerir às igrejas evangélicas que processem o ministro. "Ële mexeu no lugar errado, ele nos bajula, mas agora errou e muito."
Rosa Costa, de O Estado de S.Paulo
BRASÍLIA — Irritado com a declaração do secretário-geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, no Forum Social de Porto Alegre contra os evangélicos, o líder do PR no Senado, Magno Malta (ES), reagiu da tribuna chamando o ministro de "safado", "mentiroso" e "camaleão".
Magno Malta: Gilberto Carvalho é um safado
Pregador evangélico, Malta sugeriu a carvalho que "lave a boca com álcool". O ministro teria dito no Fórum — de acordo com o senador — que a próxima batalha ideológica será com os evangélicos, "conservadores que têm uma visão do mundo controlada por pastores de televisão".
"Lave sua boca com álcool seu Gilberto Carvalho. Você precisa aprender a respeitar as pessoas. Vá procurar sua turma. Está brincando com quem?", indagou o senador. No entender de Malta, a intenção do ministro ao criticar dos evangélicos era agradar aos participantes do Fórum, "que são mais liberais e defendem o aborto".
"Barriga não dói só uma vez, seu cara de pau. Temos reagir à fala irresponsável desse ministro meia-boca."
O senador disse que foi procurado por Carvalho em 2010 para ajudar na campanha de Dilma Rousseff à Presidência. "E isso se deu sobretudo no segundo tempo, quando o debate tinha o aborto como um dos temas", informou.
Ele disse que também ajudou a "desatanizar" o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2002. No entender de Magno Malta, todos os evangélicos foram desrespeitados, apesar do trabalho que fazem, sobretudo tirando drogados das ruas do País. Ele anunciou que vai sugerir às igrejas evangélicas que processem o ministro. "Ële mexeu no lugar errado, ele nos bajula, mas agora errou e muito."
Senador do PR critica Gilberto Carvalho por fala sobre evangélicos: 'safado'
Segundo Magno Malta, o secretário-geral da Presidência teria afirmado, durante sua participação no Fórum Social de Porto Alegre, que a próxima 'batalha ideológica' será contra os religiosos.
08 de fevereiro de 2012
Notícia
Rosa Costa, de O Estado de S.Paulo
BRASÍLIA - Irritado com a declaração do secretário-geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho,no Forum Social de Porto Alegre contra os evangélicos, o líder do PR no Senado, Magno Malta (ES), reagiu da tribuna chamando o ministro de "safado", "mentiroso" e "camaleão".
Pregador evangélico, Malta sugeriu a carvalho que "lave a boca com álcool". O ministro teria dito no Fórum - de acordo com o senador - que a próxima batalha ideológica será com os evangélicos, "conservadores que têm uma visão do mundo controlada por pastores de televisão".
"Lave sua boca com álcool seu Gilberto Carvalho. Você precisa aprender a respeitar as pessoas. Vá procurar sua turma. Está brincando com quem?", indagou o senador. No entender de Malta, a intenção do ministro ao criticar dos evangélicos era agradar aos participantes do Fórum, "que são mais liberais e defendem o aborto".
"Barriga não dói só uma vez, seu cara de pau. Temos reagir à fala irresponsável desse ministro meia-boca."
O senador disse que foi procurado por Carvalho em 2010 para ajudar na campanha de Dilma Rousseff à Presidência. "E isso se deu sobretudo no segundo tempo, quando o debate tinha o aborto como um dos temas", informou.
Ele disse que também ajudou a "desatanizar" o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2002. No entender de Magno Malta, todos os evangélicos foram desrespeitados, apesar do trabalho que fazem, sobretudo tirando drogados das ruas do País. Ele anunciou que vai sugerir às igrejas evangélicas que processem o ministro. "Ële mexeu no lugar errado, ele nos bajula, mas agora errou e muito."
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