Segundo
a FIESP foram desviados, no Brasil, R$ 720 bilhões nos últimos 10 anos!
O preço da
cegueira
Análise de um estudo feito
pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, mensurando o valor que
jorra dos cofres públicos pelas veias da corrupção.
Ótima leitura, para a semana
das eleições
Em 2011, a
FIESP divulgou um estudo inédito. Foi a primeira vez, que um agente fiscalizador
do setor privado conseguiu mensurar o valor da corrupção. Apurou-se que foram
desviados, no Brasil, “R$ 720 bilhões nos últimos 10 anos. Segundo auditorias da
Controladoria-Geral da União 80 % dos contratos entre o Governo Federal com
Estados, Municípios e Ongs apresentam irregularidades. Estima-se ainda, segundo
a CGU, que a cada R$ 100,00 roubados, apenas R$ 1,00 é descoberto, e destes,
apenas R$ 0,07 centavos são recuperados.”*
Este
sanguessuga enraizado na administração pública, transformado em um sócio
ganancioso de todos nós, não trabalha, instala-se sorrateiramente em nossos
negócios e no final, vem pegar seu quinhão, do suado lucro conseguido através do
trabalho e esforço.
Estes
indivíduos abjetos,que promovem esta bandalheira, seriam banidos em qualquer
ambiente coorporativo, porém tomam corpo e se espalham confortavelmente em suas
cadeiras nas Instituições Públicas de todo país.
Enriquecendo
políticos, e empresários corruptores por todo país, as “Negociatas” se
transformaram em um mau tão nefasto, tão nefasto, que conseguem afundar regiões
inteiras no abismo do tempo, transformando algumas cidades do país em redutos
medievais, onde a pobreza e a ignorância, precisam se perpetuar, afim de manter,
o modo de vida, dos parasitas que as exploram.
Temos hoje,
estruturas administrativas tão comprometidas, que a propina virou moeda oficial
nas prefeituras, inflacionando os preços de tudo. Desde, a banda, que tocará no
baile da Praça, passando pela merenda, até o esparadrapo, dos prontos socorros.O
pagamento de dízimos imposto à fornecedores virou quase um protocolo de
balcão.
Com isso, o
dinheiro público, jorra, não apenas o sangue de nossos impostos, mas
principalmente, a perspectiva de uma vida melhor, que seria criada, com as
oportunidades que os investimentos trariam.
Estes valores
são tão vultosos, que apenas na última década, resolveríamos nossos maiores
gargalos: da infra-estrutura ao saneamento básico.
Resolveríamos
o déficit habitacional, colocaríamos a Escola Pública em patamares Nórdicos e
aumentaríamos a renda per capta em 15%,*
O que fazer,
então?
Choro,
descrença e depressão não resolvem. Como protagonistas deste enredo, temos que
agir! O pleito deste ano, já comentei isto em outro artigo, é o mais importante,
pois, um bom Prefeito, transforma a vida das pessoas, promovendo o
desenvolvimento das cidades e garantindo uma vida melhor à
população.
Uma boa
administração, é responsável diretamente pela criação de mais empregos, pela
melhoria da infra-estrutura, pelo melhor acesso à saúde, e educação de boa
qualidade.
Um
Administrador responsável e comprometido, tem a capacidade de estancar as
sangrias do dinheiro público, já que é dele, a responsabilidade de implantar
novos processos, estimulando as Melhores Praticas de Gestão e de Transparência,
promovendo a ética e a eficiência estatal.
Além do que, é
dele, a responsabilidade pelos secretários e seus comissionados.
A caneta é
dele, é ele quem nomeia.
Assim como em
qualquer empresa, o presidente nomeia sua diretoria, estabelecendo metas e
cobrando resultados. Na prefeitura é igual. Para se ter uma idéia, falando de
nomeação, vou apontar alguns números:
“Temos no
governo federal, cerca de 90.000 pessoas empregadas em cargos de confiança. Como
referência, nos EUA são 9.000, e na Inglaterra são 300.”*
Segundo
estimativas do Portal Transparência, este número pode multiplicar por 10, se
levarmos em conta: Estados, Prefeituras e Assembléias Legislativas. E o pior, é
que, não podemos considerá-los servidores, pois são nomeados por
partidos.
Não tem
cabimento, é um hiato administrativo que tem que ser resolvido. E tem mais.
Deveríamos ter no legislativo, um poder fiscalizador, porém, com a estrutura de
nosso sistema eleitoral, a maioria dos candidatos a Vereadores, trabalharão como
despachantes daqueles que o apoiaram financeiramente. Ou seja, não irão
representar coletividade nenhuma, vão sim, despachar interesses da minoria que
os financiou.
Esta
contradição, não canso de escrever isto, é fruto de um sistema eleitoral falido,
onde democracia é só uma palavra, já que somos obrigados a votar. E se fosse
para resolver, deveríamos ter no Brasil, o voto distrital, o qual, poria fim, ao
desfile de escola de samba, que se transformaram estas eleições.
Qual a nossa
arma?
Temos, a mais
eficiente vacina contra este Vírus Mortífero e silencioso: o
voto.
Podemos fazer
as escolhas, diminuindo os riscos, utilizando ferramentas de informação
disponíveis à todos. Exemplos:
Verifique a
nota da situação fiscal de seu município.
Verifique a
nota do IBED, para avaliar os avanços na educação.
Verifique
quantos mandatos seu vereador já está, e em quanto seu patrimônio cresceu neste
período.
Verifique quem
está pagando a campanha de seu vereador.
Pesquise na
página do IBGE os indicadores de avanço de seu município.
Leia e
informe-se. Seja um eleitor ficha limpa.
Certamente
escolhendo com responsabilidade criaremos condições para termos cidades
melhores, perspectivas melhores e reais oportunidades a todos.
02 de outubro de 2012
Cristina Aragoni