"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



sábado, 29 de setembro de 2012

PROTÓGENES VERSUS TED...




(...)
No início da semana, o deputado tentou proibir o filme “Ted”, que mostra um ursinho de pelúcia que é vagabundo e consome drogas.
A associação dos produtores de cinema reagiu dizendo que o Conrgresso também está cheio de Vagabundos e ninguém proíbe. O próximo alvo de Protógenes é Toddy, o chocolate.

29 de setembro de 2012
sensacionalista

OPORTUNIDADE PERDIDA

 

A “maldição do petróleo”, fenômeno registrado nas principais economias produtoras do mundo, já está presente nas cidades brasileiras mais beneficiadas pelos royalties e pelas participações especiais.
A Macroplan, empresa de consultoria especializada em estratégia e cenários de longo prazo, concluiu uma pesquisa focada na qualidade da gestão das 25 cidades que recebem 70% daqueles recursos.

Ao longo de uma década, 2000-2010, as cidades do chamado “arco do petróleo” no Sudeste (16 do Estado do Rio, cinco do Espírito Santo e quatro de São Paulo), receberam um total de R$ 27 bilhões.

O estudo ressalta que, ao mesmo tempo que os municípios vivem seu melhor momento econômico, com aumento considerável do Produto Interno Bruto (PIB), quase todos não experimentam melhorias significativas nos principais indicadores sociais.

O PIB, em 18 das 25 das cidades estudadas, cresceu mais do que o Produto de seus respectivos estados, mas a qualidade de vida dos seus habitantes não acompanhou esse crescimento.

Outra conclusão mais geral dos analistas da Macroplan foi o vigoroso crescimento demográfico com a consequente, e até esperada, pressão por acesso a serviços públicos — principalmente saneamento, saúde e educação —, que veio turvar o caminho do desenvolvimento com efeitos colaterais perversos — a deterioração urbanística, o aumento no número de trabalhadores informais, a má distribuição de renda, entre outros.

A vasta maioria dos municípios — cerca de 88% deles — registrou crescimento demográfico superior ao de seus estados e, em quase a metade das cidades pesquisadas, houve aumento no número de pessoas vivendo em habitações subnormais, entre 2000 e 2010, sendo que nove delas tiveram um crescimento maior que 100% nesse indicador.

A face mais cruel do empobrecimento da população se exibe no crescimento dos indicadores de (in)segurança: 13 das 25 cidades têm taxas de homicídio acima das respectivas médias estaduais, sendo que quatro delas figuram entre as cem mais violentas do país (Búzios, Cabo Frio, Linhares e Paraty).

No terreno da educação, apesar do desempenho no país ter melhorado, de acordo com o Índice da Educação Básica (Ideb) deste ano, os esforços para avançar nos municípios pesquisados pela Macroplan conseguiram produzir apenas pequenas mudanças nos anos iniciais do ensino fundamental.

Alguns chegaram a registrar queda do Ideb na década estudada, entre eles, São João da Barra, Silva Jardim e Cachoeiras de Macacu — todos no Estado do Rio. E a taxa de analfabetismo entre pessoas com mais de 15 anos, medida pelo Censo de 2010, mostrou, em 20 das 25 cidades, patamar mais elevado que o de seus respectivos estados.

Mas o que é feito, afinal, com o dinheiro do petróleo? O grande problema dessas cidades, na conclusão do estudo, reside na baixa qualidade da gestão. “Nenhuma cidade elaborou e seguiu planos de longo prazo, traduzidos em projetos estruturantes, para o emprego dos royalties e muito menos para a eventualidade de flutuações cíclicas ou declínio permanente, nem modelos de gestão inovadores”, observou o diretor da consultoria e um dos coordenadores do estudo, Glaucio Neves.

Semelhança verificada nas cidades que passaram a contar com esses recursos é o aumento do peso da máquina pública. No conjunto dos 25 municípios, houve incremento de 74% no emprego na administração pública, mais do dobro da média brasileira.

Entre 2003 e 2010, as despesas de pessoal e as demais de custeio do conjunto dos municípios analisados dobraram, em termos reais, enquanto os investimentos só cresceram 24%.

Apesar do aumento do número de empregos públicos formais, a taxa de desemprego é elevada nessas cidades: 64% delas apresentaram, em 2010, taxa de desemprego maior do que a média brasileira.

Em 2010, em 17 dos 25 municípios, o percentual de pessoas na condição de pobreza extrema era mais alto do que a média dos estados: 41 mil pessoas apresentavam renda inferior a R$ 70, e quase 200 mil, renda inferior a R$ 127 mensais.

E, como mostra a pesquisa, para erradicar a pobreza extrema nessas cidades no ano de 2010 seria necessário menos de 1% do volume anual de royalties e participação especial transferido para esses municípios.

29 de setembro de 2012
Merval Pereira, O Globo

20 ANOS DO IMPEACHMENT DE COLLOR PELA CÂMARA DOS DEPUTADOS

20 anos da queda de Fernando Color (5)


Pouco antes de se afastar da presidência da República , Fernando Collor fala à Nação.
Aqui, o início da primeira versão do discurso.




 29 de setembro de 2012
 

FRASE DO DIA


"Se para ganhar for necessária uma aliança com o Collor, melhor perder."


Miro Teixeira (PDT-RJ)

IMAGEM DO DIA

 
Agricultor trabalha próximo a satélites instalados em Narayangaon, na Índia
Agricultor trabalha próximo a satélites instalados em Narayangaon, na Índia - Reuters
 
29 de setembro de 2012

SOCORRO VETADO

 
"Somos aqui capachos da presidente da República"
 
Os integrantes da bancada catarinense no Senado estão indignados com o veto de Dilma Rousseff à emenda do tucano Paulo Bauer que previa a inclusão dos estados do Sul na medida provisória de socorro aos atingidos pela seca.

Segundo Bauer, agricultores de cerca de 500 cidades do Sul (Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul) enfrentam dificuldades causadas pela estiagem que castigou a região no final do ano passado. Ao discursar no Senado nesta semana, Bauer começou descendo a borduna em Guido Mantega e terminou na presidente:

– Somos aqui capachos da presidente da República – os do governo inclusive -, porque aqui se vota com acordo, e simplesmente ela veta. Como se nada tivesse sido combinado. Como se nenhum agricultor precisasse de atenção

29 de setembro de 2012
Por Lauro Jardim

TUDO COMO DANTES NO QUARTEL DE ABRANTES...

Gravação mostra presidente de partido nanico comemorando acerto de um milhão de reais para apoiar reeleição de Paes
 

O PMDB do Rio de Janeiro firmou um compromisso financeiro de 1 milhão de reais para ter o apoio de um partido nanico à reeleição de Eduardo Paes. É o que mostra um vídeo a que VEJA teve acesso com imagens do presidente estadual do PTN, Jorge Sanfins Esch, em conversas com correligionários do partido.No vídeo, Sanfins Esch garante que impediu uma candidatura própria do PTN, porque acertou o recebimento de 200 000 reais para bancar a campanha de candidatos a vereador do partido.

Sanfins Esch afirma que o acerto foi feito na convenção do partido em 30 de junho com o ex-chefe da Casa Civil de Paes, Pedro Paulo Teixeira, mas que ainda não recebeu os recursos. A coligação nega a promessa.

A convenção do PTN em 30 de junho foi a segunda do partido em menos de quinze dias. No dia 17 do mesmo mês, o partido chegou a homologar a candidatura a prefeito de Paulo Memória, mas Sanfins cancelou o encontro para depois declarar o apoio a Paes. Sanfins Esch esclarece no vídeo com correligionários o motivo da mudança de postura do PTN:

- Não tem condição de lançar candidatura própria (…). O cara dá 200 000 reais para dentro, dá uma prata para ele tirar a candidatura dele, dá todo o material de campanha, toda a estrutura para os candidatos. Chega lá dentro se bobear tem uma gasolininha extra para botar no carro. Po, não dá para recusar.

A coligação de Paes nega que tenha feito a promessa para repassar a quantia em espécie para o partido. A assessoria do prefeito afirma que dá suporte aos candidatos do PTN apenas com material de campanha e calcula que gastou em placas e panfletos 154 514 reais. A quantia total, no entanto, ainda não foi declarada no Tribunal Regional Eleitoral.

O segundo acerto revelado no vídeo diz respeito a uma dívida que Sanfins e três amigos cobram da prefeitura do Rio de Janeiro dos tempos em que trabalharam na RioLuz, órgão municipal responsável pela iluminação pública da cidade. Diante dos correligionários, Sanfins Esch diz que o presidente do PMDB do Rio, Jorge Picciani, se comprometeu a ajudá-lo.

Sanfins Esch explica em entrevista a VEJA que trabalhou no Conselho de Administração da RioLuz durante oito anos do governo Cesar Maia. Como o jetom pago pelo órgão era inferior aos de outras autarquias, Sanfins abriu um procedimento administrativo em 2008 na prefeitura junto com três ex-conselheiros para receber o valor retroativo e corrigido.

PTN, o partido entre o tostão e o milhão
Procurador eleitoral vê indício de abuso de poder econômico na aliança de Paes/PTN

- O Picciani se comprometeu pessoalmente a liberar os meus recursos da RioLuz.
A prefeitura informa que o processo administrativo foi indeferido em 12 de dezembro por “falta de amparo legal” e que o valor não será pago.



29 de setembro de 2012
Por Lauro Jardim

AS BANANAS COMEM OS MACACOS NA PETROBRAS

 

A Petrobrás está numa bananosa. A estatal de economia mista terá de aguentar a alta do preço internacional do petróleo, o aumento da dívida da companhia em moeda estrangeira e todas as pressões de investidores que reclamam e sofrem no bolso com a desvalorização das ações da empresa.

A ex-presidenta do Conselho de Administração da Petrobras também sofre com a mesma bananosa. Dilma Rousseff recebe todas as pressões para autorizar o urgente reajuste no preço dos combustíveis. A medida é pura casca de banana no piso escorregadio do Palácio do Planalto.

É bananosa para todo lado. Ao mesmo tempo em que alivia a barra do caixa da Petrobrás, o aumento causa um inevitável repique de inflação. Também afeta o humor do cidadão-eleitor-contribuinte. Afinal, será o consumidor quem vai arcar com o aumento dos preços dos combustíveis. Por isso, a Presidenta Dilma só quer saber de liberar qualquer reajuste depois da eleição ou, se a Petrobrás aguentar, no começo do ano de 2013.

Amiga de Dilma, que a apadrinhou no cargo máximo da Petrobrás, a Presidenta Maria das Graças Foster tem uma preocupação imediata. O risco de a empresa ser rebaixada pelas agências internacionais de risco – o que provocaria uma desvalorização ainda maior das ações da companhia. O endividamento da Petrobrás está crescendo. Já chega a R$ 133,2 bilhões. O número representa 28% da capitalização da empresa. Se a dívida líquida atingir o limite de 35%, o mercado entra em pânico.

Os números assuntam a direção da Petrobrás e os investidores. A estatal de economia mista conquistou seu mais alto valor de mercado em 21 de maio de 2008: R$ 510 bilhões. Agora, a Petrobrás vale R$ 303 bilhões. Perdeu R$ 65 bilhões desde a megaoferta pública de ações em 27 de setembro de 2010. Na operação, o governo (acionista majoritário) entrou com R$ 80 bilhões. Os investidores jogaram R$ 40 bilhões no negócio que agora faz alguns se sentirem acionistas otários.

O maior aumento de capital nunca antes feito na história da humanidade capitalista – e sequer do Brasil – pelo governo Luiz Inácio Lula da Silva tinha um objetivo: reduzir o endividamento da Petrobrás e viabilizar um plano de R$ 200 bilhões em investimentos em cinco anos. Para isto, foram emitidas 4,27 bilhões de ações. No entanto, na gestão de José Sérgio Gabrieli, o dinheiro captado não foi sufuciente e a Petrobrás teve de pagar caro para arranjar grana para cobrir investimentos.

A dívida virou um mico, ou uma banana que engoliu os espertos macacos. Antes da capitalização, em setembro de 2010, a dívida líquida da Petrobrás era de R$ 94 bilhões, equivalendo a 34,4% na relação com o patrimônio. Em seguida ao processo, baixou para R$ 57,1 bilhões – que baixou a relação para 16%. Agora, já atinge 28% ou R$ 133,2 bilhões.

Os problemas na Petrobrás refletem diretamente na relação entre Lula e Dilma. O criador e sua criatura brigam por causa de José Sérgio Gabrielli. Lula não gostou quando seu aliado foi tirado da presidência da Petrobrás, e a substituta Graça Foster apontou que decisões da gestão dele foram as causas dos maiores pelos problemas na empresa. Lula não deixou o negócio barato e deixou vazar, por amigos, uma declaração marota de que Dilma precisava se lembrar de que ela fora a “presidenta” do conselho de administração da Petrobrás em seu governo...

O que Lula não lembrou é que outra grande amiga de Dilma e sua braço-direito na Casa Civil, Erenice Guerra, também foi membro do Conselho Fiscal da Petrobras, entre os anos 2006 e 2007. No entanto, Erenice foi eleita pelo controlador da Petrobras: o governo (Lula). Coitada, caiu no escândalo de suposto tráfico de influência dos filhos dela com negócios públicos.

Junto com Dilma, no Conselho de Administração da empresa, também atuava Antônio Palocci Filho – até as denúncias da consultoria o derrubarem do governo. Palocci ao menos ainda tem um homem de confiança dele no Conselho Fiscal da Petrobrás: Nelson Rocha Augusto. Hoje, quem sucedeu Dilma e preside o Conselho de Administração da Petrobrás é Guido Mantega, ministro da Fazenda que anda meio brigado com o ex-Presidente Lula da Silva.

Enfim, se a Petrobrás tem micos, muitos deles foram gerados por ingerência e macaquices de gestão do governo petista sobre a empresa. Ou seja, é típica incomPTência. Assim, Lula Dilma e seus demais companheiros estão na maior bananosa. Agora, como as bananas estão comendo os macacos, por causa de tantos micos na Petrobrás, a bicharada parece em polvorosa...

O triste dessa fábula econômica do Brasil Capimunista é que, no fim das contas, os investidores da empresa e os cidadãos brasileiros pagam o verdadeiro mico...


Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus.

29 de setembro de 2012Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor.

AÉCIO: "UM ESTÁGIO NA OPOSIÇÃO FARIA BEM AO PT".

 
Aécio Neves realizou durante a semana um road show pelo Nordeste. De passagem por Recife, jantou no apartamento do presidente do PSDB federal, o deputado pernambucano Sérgio Guerra. Enquanto sorvia vinho branco, entregou-se a análises sobre a conjuntura política. Falou de PT, de Lula, da própria candidatura e da novidade Eduardo Campos.

Filmado por uma equipe de entrevistadores do diário Folha de Pernambuco, Aécio soou irônico ao discorrer sobre o PT. Disse que “um estágio na oposição faria bem” à legenda de Lula, no poder federal há nove anos e nove meses. “Eu vou trabalhar muito para permitir ao PT reencontrar-se com sua história, [ficando] na oposição um período”.

O presidenciável tucano fez troça da nota articulada pelo presidente do PT, Rui Falcão. Endossado por outras cinco legendas governistas, o texto tachou de “golpismo” a intenção do PSDB, do DEM e do PPS de requerer à Procuradoria da República investigações sobre o envolvimento de Lula no mensalão.

“A nota beira o ridículo”, bicou Aécio. “É uma coisa nova. [...] Nunca antes na história do Brasil nós vimos um partido recear e alertar o Brasil sobre a possibilidade da deposição de um ex-presidente da República.” Disse ter ouvido de “petistas ilustres” palavras de preocupação com a “guinada” da legenda, hoje rendida à tese segundo a qual “pelo poder vale qualquer coisa”. Absteve-se de declinar os nomes. “Por delicadeza, não devo citar.”

A certa altura, Aécio evocou ataques feitos por Lula ao tucano Arthur Virgílio, ao ‘demo’ ACM Neto e ao antecessor FHC em comícios de Manaus, Salvador e Belo Horizonte. Criticou: “Ele está deixando de se comportar como ex-presidente da República de todos os brasileiros. Está optando pelo papel de líder de facção. Não é bom para a história dele.”

Fez uma declaração de apreço ao ex-soberano: “Eu era acusado no PSDB de ser amigo demais do Lula. O Lula era meu companheiro de jogar bola. Era o lateral esquerda do meu time, que de vez em quando a gente botava pra jogar, antes de ele ser presidente da República. Eu gosto pessoalmente do Lula. Mas acho que, nesse momento, ele poderia estar agindo como ex-presidente da República…”

Era noite de quinta-feira (27). Aécio não suspeitava. Mas em São Paulo, em palanque dividido com Lula, o candidato petista Fernando Haddad também o alfinetava: “Se o Aécio quer ser presidente, estude um pouquinho, leia um livro por semana. Pode ser na praia de Ipanema.” O alvo de de Haddad tomaria conhecimento dos dardos de Haddad na manhã seguinte.

Numa escala em Maceió, repisou a crítica a Lula –“líder de facção”— e levou Haddad à alça de mira. Mas foi em Salvador, após ruminar durante horas o conselho para que leia livros nas areias de Ipanema, que o presidenciável mineiro decidiu pegar pesado. Chamou Haddad de “idiota”.

“Quero agradecer ao candidato Haddad por ter lançado a minha candidatura, mas vou deixar que o meu partido decida isso no tempo certo. Como não acho que ele possa ser tão idiota como parece às vezes, certamente ele quis dar ali uma estocada no presidente Lula, talvez não satisfeito com a incapacidade que [Lula] demonstrou até agora para alavancar sua candidatura.”

Além de chamar o detrator de “idiota”, Aécio associou-se a outro adjetivo: incompetente. Disse que a gestão de Haddad na pasta da Educação foi “desastrosa”. Foi ao calcanhar: “O Enem talvez seja a moldura para mostrar a incompetência que foi a sua gestão.”

Aécio insinuou que, passada a eleição de 7 de outubro, Haddad disporá de muito tempo livre. Mimetizando o apadrinhado de Lula, sugeriu o desperdício desse tempo com a leitura. Foi específico: “Até vou sugerir a ele, nas férias forçadas que provavelmente terá a partir de domingo, que ele inicie lendo a biografia de São Francisco de Assis. Um pouco de humildade, se não fizer bem ao homem público, cuja carreira caminha para terminar de forma precoce, fará dele uma pessoa melhor no futuro.”

No repasto servido por Sérgio Guerra, Aécio dissera meia dúzia de palavras sobre o projeto presidencial que Haddad ridicularizava em São Paulo. “Tenho dito que o PSDB não pode ter agora um candidato a presidente da Republica. Seria um atropelo, por o carro na frente dos bois.” Ás portas do ano pré-eleitoral de 2013, continua dizendo coisas assim: “Agora nós temos que construir um discuso.” Algo que sinalize “o que o PSDB representa, diferente do que está aí, o que nós faríamos diferente.”

Aécio foi a Recife para participar de caminhada ao lado do candidato do partido à prefeitura local, o ascendente Daniel Coelho, hoje vice-líder das pesquisas. Elogiou-o a mais não poder. “Independentemente do resultado da eleição, já é um vitorioso. Ele é a renovação que o PSDB precisa…” Reconheceu: “Eu não vim aqui trazer nenhum voto, que eu não tenho. Vim dizer que o PSDB está muito contente com a campanha que ele está fazendo.”

Curiosamente, apresentou-se na mesma conversa como “amigo” do governador pernambucano Eduardo Campos, que se dedica nos últimos dias a atacar Daniel Coelho e vice-versa. Perguntou-se a Aécio sobre o desejo não declarado de ter o mandachuva do PSB como vice de uma chapa tucana em 2014.

E ele, cheio de dedos: Em vários Estados há uma proximidade natural [entre PSDB e PSB]. E as coisas naturais, na política, são aquelas que funcionam. Mas o Eduardo é hoje uma liderança importantíssima, das mais relevantes do Brasil, que atua do lado do governo. Já deu várias declarações de que pretende estar ao lado da presidente Dilma. Eu vou respeitar essa opção. Vou continuar sendo seu amigo, se essa for a opção dele.”

Prosseguiu: “Se você me perguntar se eu gostaria de construir no futuro, seja lá como for, um projeto mais próximo… [Ambos vão estar juntos?, ouve-se na fita, ao fundo] Não posso dizer isso porque ele tem hoje uma posição clara de que participa da aliança que governa o Brasil. Eu sou oposição a essa aliança. Nós temos sinergias estaduais, o que é relevante. Só ele é que vai poder dizer se, no futuro, vai deslocar-se pro nosso campo. Nao sei… O que eu posso dizer é que não vou aderir ao governo. Vou continuar na oposição. Pro brasil esse contraponto é muito importante. O brasil nao pode virar um México com o PRI, um partido único.”

E quanto ao crescimento do PSB, mete medo? “Ao contrário. Acho até muito legítimo que PSB possa lançar um candidato [à Presidência]. Mas nesse momento não seria de oposição. Quanto mais plural for a disputa melhor. Não podemos ficar analisando o que os outros vão fazer. Nós temos que decidir o que vamos fazer…”

Em guerra com o PT de Pernambuco e na bica de fazer do seu ‘ex-poste’ Geraldo Julio o próximo prefeito de Recife, o “amigo” Eduardo Campos está mais para antagonista de Aécio do que para vice dele. Em privado, o próprio FHC elogia-lhe a desenvoltura.

Três dificuldades separam o governador do voo nacional. Primeiro, o cordão umbilical que o liga a Lula. Segundo, a popularidade exuberante que exibe dilma Rousseff. Depois, a inanição de votos fora do Nordeste. Nesse ponto, seu drama é inverso ao de Aécio, mais conhecido no Sudeste e um zero à esquerda entre os nordestinos.

29 de setembro de 2012
Josias de Souza

MÍDIA INTERNACIONAL DESCOBRE O ÓBVIO! LULA É O CHEFE DA QUADRILHA

 
Revelações de Marcos Valério afetam imagem do ex-presidente no exterior

Divulgadas por VEJA, as revelações de Marcos Valério que empurraram o ex-presidente Lula para o pântano do mensalão foram noticiadas com destaque em vários países. Confira oito exemplos:

Espanha: "O principal acusado do 'julgamento do século' acusa Lula de ser 'chefe' da trama de compra de votos"

Chile: "Réu afirma que Lula 'era o chefe' da rede de corrupção julgada no Brasil"

Panamá: "Lula 'era o chefe' da quadrilha julgada no Brasil"

França: "No Brasil, o operador do escândalo dos anos Lula afirma que o chefe de Estado sabia de tudo"

Argentina: "Lula é acusado de ter liderado uma enorme rede de corrupção"

Honduras: "Lula é acusado de chefiar rede de corrupção"

México: "Empresário acusado por corrupção envolve Lula na fraude"

Venezuela: "Lula é acusado de ser 'o chefe' da corrupção no Brasil"
 
29 de setembro de 2012
Por Augusto Nunes - Veja Online

PARA ALELUIA, DILMA SEGUE LULA E INVESTE NA "CANALHICE PRESIDENCIAL"

 
Para o vice-presidente nacional do Democratas, José Carlos Aleluia, a ética sumiu do governo federal nas administrações Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff.
Ele criticou a declaração da petista que preside o Brasil de que há dinheiro sobrando para aplicar nos governos aliados, reportando-se às eleições municipais do próximo domingo. Dilma sugere que os adversários que o povo eleger terão uma adversária no Palácio do Planalto.

"A afirmação de Dilma é uma agressão aos brasileiros e, sobretudo, à democracia. Se não fosse intolerante, a presidente saberia que é presidente de todos os brasileiros e não apenas dos petistas e agregados. Em pleno julgamento de seus companheiros mensaleiros, Dilma comete mais um desatino. É a canalhice presidencial", definiu Aleluia.

O democrata acredita que a iminência de uma derrota fragorosa do PT nas principais cidades brasileiras está desesperando a presidente da República.

"Lá atrás, ela tentou instalar no país uma ditadura comunista e perdeu o combate. Agora, Dilma usa a força do poder, que eventualmente está ocupando, para intimidar os adversários e implantar no país o partido único. Essa é a democracia que Dilma e o PT acreditam", observou Aleluia.

Aleluia lembrou que o julgamento do mensalão desmoralizou a tese de Lula e de Dilma de que tudo não passava de uma farsa.

"O Supremo comprovou o mensalão e está condenando petistas e aliados envolvidos com as falcatruas. Intolerante, Dilma emitiu nota contestando o Supremo Tribunal Federal e ainda tem o descaramente de falar em 'golpe'. A democracia de Dilma tem tudo a ver com o mensalão do companheiro Lula", finalizou Aleluia.

29 de setembro de 2012
aleluia

AZARES DO LULA

 


Durante três eleições seguidas houve árduas tentativas da parte do PT para chegar à presidência da República, mas faltava ainda o essencial, um bom marketing capaz da mágica que faz do feio o bonito, do sórdido o honrado, do mentiroso o verdadeiro. Afinal, não é com imagens construídas com perfeição que a política é feita?

Então, apareceu o mago Duda Mendonça e sua arte suprema de propaganda enganosa como o é quase toda propaganda, sobretudo, a política. Foi elaborada a Carta do Povo que apaziguou com êxito os desconfiados. Adesões e coligações inimagináveis para o PT de outrora foram consumadas. E o mais importante: foi cuidadosamente fabricada a imagem falsificada do “Lulinha de paz e amor”.
 Estas técnicas e táticas levaram finalmente o PT ao cobiçado cargo na quarta tentativa.

Como normalmente acontece com os revolucionários que alcançando o poder se esmeram em fazer com mais precisão o que antes criticavam, ao vencer Lula e companheiros deram alegremente adeus à ética e à ideologia de esquerda que varia conforme as circunstâncias e possui tendência acentuada para o desfrute das delícias da burguesia.

Ás favas com escrúpulos e transparência. E, assim, aconteceu entre outros fatos nada edificantes a compra de votos dos congressistas da enorme base aliada de Sua Excelência Lula da Silva.
Foi o maior escândalo de corrupção nunca antes havido nesse país e alcunhado por Roberto Jefferson de “mensalão”.

Lula sempre dizendo como qualquer ladrão de galinha que não sabia de nada que se passava sob seu nariz. Quer dizer, ou ele é totalmente idiota ou se locupletava com a corrupção, exercendo seu mandonismo e seus instintos autoritários a todo vapor para alicerçar um poder cada vez maior no qual o Executivo se avantajava e o Legislativo se tornava um bando de marionetes manipulado por seus desejos.

Lula não é idiota. Por isso começam pela primeira vez a surgir várias opiniões afirmando que é ele e não José Dirceu o poderoso chefão da engrenagem de compra de votos que teve como “gerente” ou “boy de luxo”, Marcos Valério.

Esta suposição que enxovalha o mito não está ainda comprovada juridicamente. Contudo é significativo que Lula tenha feito o possível para evitar o julgamento do “mensalão”, desde implantar a CPI do Cachoeira para distrair as atenções até chantagear o ministro Gilmar Mendes para que este adiasse o processo para depois das eleições.

Dirão alguns que foram exatamente as eleições que preocuparam Lula. Ele quer ganhar todas as prefeituras que puder e, mais do que todas, a de São Paulo. Mas, seria só isso ou intuía que viria à tona a perigosa desconfiança sobre seu envolvimento no escândalo?

Impressiona também a fúria de que foram tomados seus adeptos para defendê-lo e ao seu lugar-tenente, José Dirceu. Partem para ultrajar a instância mais alta da Justiça no sentido de desqualificar o julgamento que tem tido na figura do ministro Joaquim Barbosa o exemplo de como se julga estribado na lei e na justiça.

Surge um manifesto sem pé nem cabeça de artistas e o presidente do PT, Rui Falcão, afirma que o julgamento do “mensalão” é golpe das elites sujas e da imprensa.

Golpe em quem? Lula não é mais presidente, portanto, não pode sofrer um impeachment. Tudo está sendo julgado com base nos fatos, provas e testemunhas armazenados em enormes calhamaços de milhares de páginas.
Oito ministros foram nomeados por Lula e Rousseff e é notório que o ministro Lewandowski procura retardar ao máximo o julgamento, enquanto o ministro Toffoli que deveria ter se considerado impedido de participar dadas suas ligações com José Dirceu permanece para votar.

Mais ainda, o julgamento ainda levará bom tempo e, apesar da maioria dos ministros estarem seguindo o voto técnico do ministro Barbosa não se sabe o que vai acontecer. Por que, então, o desespero dos defensores de Lula?

Golpe é dos que afrontam o Judiciário. Parecem querer igualar esse Poder independente ao servil Legislativo. Até a presidente Rousseff, de forma prepotente e imprópria, mandou recado para o ministro Joaquim Barbosa por ter este citado uma sua afirmação quando era ministra de Minas e Energia. Ela deve pensar que ele faz parte de seu ministério onde manda e desmanda.

Note-se que quando o PT ajudou a derrubar o presidente Collor, tendo sido o então deputado Lula que propôs o impeachment, ninguém falou em golpe. Muito tempo depois Collor foi inocentado pelo STF.

Em todo caso, muitos têm sido os azares do Lula que sem cargo já não dispõe da imensa sorte que sempre o acompanhou. A doença lhe tira vigor nos palanques. As campanhas não estão favorecendo os candidatos do PT. O pouco comparecimento aos comícios em que ele aparece indica que a estrela do PT está decadente.

O julgamento do “mensalão” e as urnas confirmarão se isso é verdade ou se novos tempos estão por vir. Como se diz, “a esperança é a última que morre”.

29 de setembro de 2012
Maria Lucia Victor Barbosa é socióloga

ROBERTO JEFFERSON "RECEBO COM SERENIDADE A DECISÃO DO STF"

 


O ex-deputado e presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson, publicou nesta sexta-feira (28) uma nota em seu blog e no site do partido sobre a sua condenação, no STF, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no esquema do mensalão.

Jefferson foi condenado pela maioria do STF – seis votos – na quinta-feira. Teoricamente, os ministros podem mudar o voto, mas como isso não é comum, ele já está sendo considerado condenado.

Segundo os ministros do STF, Roberto Jefferson recebeu R$ 4 milhões do PT, por meio das empresas de Marcos Valério, para alinhar seu partido com o governo em votações no Congresso.
Na nota, Jefferson criticou a alcunha de “delator do mensalão”, e disse que recebe “com serenidade” a condenação.

A maioria da Corte Suprema do meu País já me condenou pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Embora não concorde com as imputações, recebo com serenidade a decisão dos ministros. E reafirmo: não vendi o meu partido ao PT nem me apropriei para fins pessoais de nem um centavo sequer do dinheiro que a mim chegou para financiar campanhas eleitorais. Muito menos sou delator, alcunha com que tentam à força me marcar. Não sou vítima de ninguém, a não ser de mim mesmo. Nada a reclamar. “Dura lex, sed lex” (“a lei [é] dura, porém [é] a lei”).

Os ministros do STF só decidirão a pena a ser cumprida por Roberto Jefferson no final do julgamento.

29 de setembro de 2012
Bruno Calixto, Redação Época

HEBE CARMARGO MORRE AOS 83 ANOS


Morre aos 83 anos a mulher que foi o grande ícone da TV Tupiniquim. Hebe Camargo Ravagnani.
Após alguns anos de uma dura batalha contra um câncer, a apresentadora acabou derrotada pela doença.

Minha solidariedade à família.

Mas na verdade, agora vai começar o circo das Merdyleines Carolynes e dos Merdsons Jonathans.

O velório da apresentadora promete, vai ser aquela bregueira sem fim onde todos aqueles que não tem a mínima noção de porra nenhuma irão passar horas à fio esperando o momento de desfilar diante do caixão da falecida.

Gente com cartazes, algumas com câmeras e celulares para "reziztrar" o momento e depois colocar no mural do Feicebuque, uma vez que Orkut é coisa do passado.

Alguns ficarão em pé ou acampados diante do Palácio dos Bandeirantes, sede do governo Paulista, para quem não sabe. Onde será o velório, segundo o portal G1.
Uma legião de artistas estará presente santificando a falecida. Sem contar o batalhão de candidatos a todos os cargos eletivos das próximas eleições.

Duvido que o Sebento não passe a mão em sua Muda de estimação e se mande de armas e bagagens para o velório onde certamente ele terá muito a dizer em homenagem a falecida.

E como sempre, os idiotas "mariposas" correndo atrás de cada luz que se acende para uma entrada ao vivo dos telejornais mundo cão que farão a cobertura do "evento".

Os repórteres farão as perguntas mais bizarras possíveis e receberão a mediocridade patente em todo ser humano que se propõe a participar de um espetáculo tão deprimente.

Prestem atenção, a cada entrada ao vivo a cangalha de babacas estará em volta do "repórti" esperando uma chance de ser entrevistado.

Alguns irão se descabelar e dar pitis em rede nacional. Outros irão cantar os antigos "çuçeços" da falecida e a breguera e o péssimo gosto darão o tom do que irá se transformar as homenagens a velha decana da TV Brasuca.

Isso somando-se a todo tipo de gente circulando de celular grudado na orelha atrás do repórter que está ao vivo, ou então macaqueando diante das câmeras.

Vai ser a visão do inferno!!!

Sem contar as horas a fio que teremos de programação da TV aberta onde irão esmiuçar a vida de Hebe.

Sonia Abrão, a rainha do mundo cão, irá passar a próxima semana inteirinha entrevistando desde o cachorro da rua onde Hebe morava, até um ou outro pai de santo que garante que recebe mensagens do falecido marido da falecida.

Dias difíceis pela frente, a agressão ao mal gosto e o péssimo comportamento de parcela dos nativos darão as cores desse quadro de horrores que se avizinha com o passamento da apresentadora.

E a família?
Essa perde totalmente o direito de chorar pela morte do ente querido.
 
29 de setembro de 2012
omascate
 

PETISTA "SEM-TERRA" É CONDENADO A DEVOLVER R$ 2,5 MILHÕES POR DESVIO DE RECURSOS PÚBLICOS

 

Bruno Maranhão foi membro da Executiva Nacional do PT e promoveu quebra-quebra no Congresso em 2006 com o MLST; assessor de Mercadante também é multado
 
1125ac005 462x338 Petista sem terra é condenado a devolver R$ 2,5 milhões por desvio de recursos públicos
Reportagem da Folha de S. Paulo
Bruno Maranhão, dirigente do MLST (Movimento de Libertação dos Trabalhadores Sem Terra) e ex-integrante da direção nacional do PT, foi condenado pelo TCU (Tribunal de Contas da União) a devolver R$ 2,5 milhões e pagar multa de R$ 300 mil por ter desviado recursos públicos repassados a uma ONG para qualificação de assentados.
 
A decisão foi tomada pelo TCU na quarta-feira (26). O processo foi aberto após Maranhão ter liderado uma invasão de sem terras ao Congresso Nacional em 2006 que danificou o prédio do parlamento.
 
O Ministério Público junto ao TCU suspeitava que os recursos que financiaram a invasão eram de convênios do Incra com o movimento.
 
Pelo menos 34 das 108 pessoas indiciadas em processo judicial a pedido do Ministério Público Federal pelos danos à invasão do prédio em 2008 constavam na lista de pagamentos do MLST.
 
Além da multa e da devolução do dinheiro, Maranhão e outro dirigente da organização, Edmilson de Oliveira Lima, estão impedidos por 8 anos de ocuparem cargos públicos. O TCU também manteve o bloqueio de bens de ambos os dirigentes, decretado em 2010, até o pagamento da dívida.
 
Em sua defesa, Maranhão alegou que não havia assinado o convênio do MLST com o Incra e apresentou notas fiscais de gastos e lista de presença de alunos nos cursos.
 
O TCU identificou que os gastos não correspondiam aos dos cursos que constavam no convênio. Só de passagens aéreas foram aplicados mais de R$ 120 mil e outros R$ 135 mil com aluguel de carros numa empresa com sede em Natal (RN).
 
Além disso, há indícios nas listas de presença que uma mesma pessoa assinou por vários participantes.
 
Além da condenação de Bruno, o ex-diretor do Incra, Rolf Hackbart, foi multado em R$ 40 mil pelas irregularidades apontadas nos convênios.
Entre os argumentos usados para multar Hackbart, que hoje é assessor do ministro da Educação, Aloísio Mercadante, está o de que a ONG de Maranhão não havia prestado contas de convênios anteriores com o Incra e, mesmo assim, continuou recebendo recursos e pode assinar novos convênios.
 
A Folha ainda não conseguiu contato com o MLST e com Bruno Maranhão.
 
Na assessoria parlamentar do Ministério da Educação, onde Hackbart trabalha, a Folha foi informada que ele está em viagem.
(grifos nossos)
ATT00118 512x338 Petista sem terra é condenado a devolver R$ 2,5 milhões por desvio de recursos públicos
Um belo apartamento é diferente de terra para plantar, ok?
 
29 de setembro de 2012
in implicante

PT DEFENDE A DEMOCRACIA EM VIDEOTEIPE


 
O julgamento do mensalão está pondo a democracia em risco, porque está todo mundo vendo. O alerta do secretário de comunicação do PT, André Vargas, deputado pelo Paraná, é preocupante. Ele denuncia as transmissões ao vivo do Supremo Tribunal Federal como um perigo para as instituições, as pessoas e os partidos. De fato, esse negócio de ficar mostrando as coisas como elas são, na hora em que acontecem, ainda vai dar problema.

Tudo era muito melhor antes de Roberto Jefferson abrir a janela e deixar a luz entrar. Na penumbra, sem ninguém de fora ver nada, a democracia estava bem mais protegida. Os negócios patrióticos que corriam de lá para cá pelo valerioduto teriam prosperado, e certamente haveriam pulado da casa dos milhões para a dos bilhões. No que a TV mostrou e a imprensa publicou, aquele promissor projeto nacional escorreu pelo ralo. Um prejuízo incalculável.
 
André Vargas diz que o julgamento no STF virou “quase um Big Brother da Justiça”. Com a habilidade de comunicador que fatalmente tem um secretário de comunicação, ele está indicando que o que se passa na corte suprema do país é uma palhaçada. Sua imagem nos permite imaginar que, a qualquer momento, os juízes vão tirar suas capas e mergulhar de sunga na piscina, exibindo seus músculos, seus planos para a festinha de logo mais e suas intrigas para jogar o colega ao lado no paredão.

É uma sólida argumentação. Realmente, fora do circo, as palhaçadas só deveriam ocorrer entre quatro paredes. Sem transmissão ao vivo. A palhaçada da cúpula do PT com Marcos Valério, por exemplo, transferindo dinheiro do Estado para o partido, não tinha nada que vir a público. Era um assunto privado deles, ninguém tinha nada com isso. E o fato de a operação envolver dinheiro do povo não tinha o menor problema. Eles tinham sido eleitos por esse povo para fazer o que sabiam fazer. Estavam, portanto, cumprindo seu compromisso democrático. Tanto que depois disso foram eleitos novamente duas vezes para dirigir o país. Cada povo tem os palhaços que merece.

Só não fica bem, como alertou André Vargas, botar essas coisas na televisão. Se a família está jantando, por exemplo, a comida pode não cair bem. É um risco para a democracia e para o estômago dos brasileiros. Para que viver perigosamente?

Democratas deste Brasil grande, interrompam imediatamente a transmissão das sessões do Supremo. Detenham enquanto é tempo esse atentado às instituições e às pessoas de bem. Não é preciso tanta pressa para saber o que se passa no tribunal. Vamos deixar as coisas se acalmarem, a febre baixar e o povo se distrair com outra coisa. Papai Noel não demora, depois tem o Carnaval e aí começa a contagem regressiva para a Copa do Mundo no Brasil. Ninguém vai querer que este país sedie o maior evento do mundo com sua democracia em risco. Desliguem as câmeras no STF já!

Outro brasileiro que subiu o tom em defesa da democracia foi o senador Jorge Vianna, do PT do Acre. Jorge Vianna era um político moderado, equilibrado, conhecido pela sensatez. Mas tudo tem limite. Depois que o nome de Luiz Inácio da Silva começou a circular no Supremo, e que supostas declarações de Marcos Valério colocaram o ex-presidente no topo da palhaçada, o senador mansinho virou bicho. Assim como seu colega André Vargas, botou o dedo na ferida: isso é um golpe da elite preconceituosa.

Para os não-iniciados, é bom esclarecer: “elite”, no dicionário do PT, é um termo figurativo muito importante para os ladrões do bem, que os mantém na condição de milionários oprimidos. Eles têm o poder, mas “elite” são os outros.
É um conceito que funciona bem há bastante tempo, e em time que está ganhando não se mexe. A outra palavra-chave desse dicionário é “preconceito”. Luiz Inácio da Silva é o filho do Brasil, vítima da elite. Se você tiver preconceito contra a montagem de um governo quadrilheiro, esqueça. Você estará sempre sendo discriminatório contra o pobre homem bom. Não importa quantos valeriodutos atravessem a biografia dele.

Como já decretara o nosso Delúbio, o mensalão é um golpe da direita contra o governo popular. O que Jorge Vianna, André Vargas e grande elenco petista estão dizendo é: pelo amor de Deus, continuem acreditando nisso, senão estamos fritos.
 
29 de setembro de 2012
Guilherme Fiuza - Época

AS ÚLTIMAS DO ANEDOTÁRIO "´POLÍTICO" BRASILEIRO PESCADAS NO SANATÓRIO GERAL

O mato e a capoeira

“É importante saber para quem se governa e com quem se governa”.

Fernando Haddad, ensinando que, em vez de Celso Russomanno, ligado à Igreja Universal do Reino de Deus e parceiro de Edir Macedo, quem merece se eleger prefeito de São Paulo é o candidato ligado ao partido dos mensaleiros e parceiro de Paulo Maluf.

Tudo explicado

“Eu já perdi eleição, Haddad. E saí com a cabeça erguida”.

Lula, durante um comício ao lado de Fernando Haddad, revelando ao candidato com muito padrinho e pouco voto que só não enxergou o forró do mensação porque, depois de manter a cabeça erguida de 1989 a 2002, passou os oito anos seguintes olhando para o chão.
 

Não se enxerga

“Eu fico imaginando Nossa Senhora, como é que pode?, numa cidade que tem o privilégio de ter um companheiro desses como candidato, a gente vê pessoas que não têm a qualificação necessária na frente da pesquisa.”

Lula, no papel de animador de comício de Fernando Haddad, ao descobrir que o afilhado pode cair fora da disputa pela prefeitura de São Paulo já no primeiro turno, esquecendo que, se só votassem em candidatos com qualificação necessária, os eleitores jamais teriam instalado na presidência da República um brasileiro que nunca leu um livro, não aprendeu a escrever, tortura a gramática de 15 em 15 segundos, não estudou nada e acha que sabe tudo.
 

Autoridade moral (2)

“Tucano é um bicho predador”.

Lula, durante a discurseira no comício do candidato do PT à prefeitura de Campinas, devastada moral e financeiramente pela administração do notório Doutor Hélio, eleito com o apoio do Padroeiro dos Pecadores de Estimação, que nunca perdeu uma chance de indicar o pior.

Afilhado ingrato

“Não é lendo livros que uma pessoa aprende a ser presidente”.

Lula, em todos os comícios das campanhas presidenciais de 1989, 1994, 1998, 2002, 2006 e 2010.

*** *** ***

“Se o Aécio quer ser presidente, estuda um pouquinho. Leia um livro por semana. Dá uma lidinha em Copacabana”.

Fernando Haddad, nesta quarta-feira, num comício estrelado por Lula, fingindo mirar em Aécio Neves para atirar na cabeça do padrinho.

29 de setembro de 2012
Augusto Nunes

O (EX-)PRESIDENTE DE VOCÊS

O texto abaixo é mais um dos milhares atribuídos a Jabor que rolam pela rede. Mas não importa ser ou não ser: esta não é a questão. Importa se ele é verdadeiro, e o é. Com certeza também é antigo, talvez com mais de cinco anos, mas isso também não importa porque Lula não mudou para melhor, só piorou.

******
 

 
O presidente de vocês - daqueles que o elegeram, daqueles que compartilham a sujeira com ele, daqueles que o acobertam na mídia, daqueles que batem palmas, que se ajoelham, que se vergam em busca de recursos e desinformação, daqueles que lhe dão 70% de aprovação, chegou ao seu nível moral mais baixo, abaixo até do ponto de ebulição do álcool!

 
Nada está abaixo do Lula. O Lula do “sifu”, do “porra”, do “cacete”, “sabe”, se colocou em uma posição inferior, não como presidente da República, mas como gente mesmo. Se o álcool não lhe trava a língua, nem o faz escolher palavras do seu enorme minidicionário, o que sabemos que o álcool não faz com ninguém, ainda assim existem os assessores, “aspones”, e toda a sorte de lacaios pagos a peso de ouro para vigiar e reparar o rei nudista, descuidado, impregnado de falsa santidade, que se acha um profeta sábio a dar lições de moral aprendidas no PCC a presidentes eleitos, como Barack Obama.
Lula tem carreira, tem trajetória, tem currículo e folha corrida de safadezas verbais e não-verbais. A linguagem chula é a sua primeira natureza. Lula, o pele vermelha e calórica, é isso há muitos anos.

 
Mas não é de sua incontinência verbal (verborréia) que estou a tratar, e sim da sua vulgaridade ímpar, desmedida, tantas vezes por nós denunciada. Lula é um homem sem caráter; traidor dos amigos da quadrilha, porque não se faz o que ele fez com o José Dirceu, com o Gushiken, com o Genoíno.

 
Nem na prisão deixam de valer os códigos de ética e de moral - uma moral suja, um ética suja, mas ainda assim uma moral e uma ética de “petralhas”. Lula, o vermelho, não tem nada disso. Pior do que imoral, Lula é ilegal. Lula é um vício de origem. Os que dele se acercam devem saber disso. Se sabem, são viciadores também.

 
Tampouco se diga que ele fala a linguagem do povo para se fazer querido por ele. Conversa mole, conversa de institutos de pesquisa, conversa de “datalulas” cuja ética ainda está para ser revelada. Lula está deixando o povo brasileiro com a sua cara, a sua fuça, a sua carantonha vulgar e baixa. A nossa tão propalada “macunaimidade” era regional, pontual. Com Lula ela virou instituição nacional permanente. Não é para isso que trabalha incansavelmente a Saúde/Educação do imoral Temporão e seu pênis pedagógico?

 
O povo pode parecer com o Lula, mas ainda não é o Lula. É diferente, o povo ainda pode lavar a cara todas as manhãs, que a sujeira sai. Mas Lula não, no máximo pode ser maquiado pela enésima vez pelos puxa-sacos de sua laia, engolir uns “engovs” e seguir a sua rotina de laxista irresponsável.

 
O “inaudível” “sifu” pronunciado publicamente entrou para história do Brasil, a história da infâmia do Brasil. Mais uma da enorme série de Lula, o “serial killer” da vergonha, o personagem central dessa quadra de desonra, de baixeza da vida nacional.
Lula e seus lacaios deixaram as instituições assim: o Parlamento, a Justiça, a Democracia, a Soberania Nacional, a Imprensa. A marca venal é desse tamanho e contamina a sociedade inteira comprometendo o seu futuro.
E ainda essa gente assemelhada a ele quer apagar o passado brasileiro, e destruir os registros da nossa moral e os documentos da nossa boa fé, da nossa honestidade como povo. Tudo isso para quê? Para elevar um sujeito vulgar e desprezível à condição de líder máximo do socialismo no Brasil.

 
É exatamente esse sentimento que me faz voltar a todo o momento não a ele, Lula, o infame, mas para a mídia e os intelectuais de miolo mole que o protegem, que fingem que nada vêem, que nada ouvem. A legião dos infames que o cercam e o embelezam não pára de crescer.

 
Esse artigo é para vocês, jornalistas, que o acham “pop” e “extravagante”.

******

Eu estendo a "homenagem" a todos os petistas.
29 de setembro de 2012

RECÓRTER TUCANOPAPISTA HIDRÓFOBO GANHA FAMA COM TALENTO ALHEIOI


Comentando o livro do recórter chapa-branca tucanopapista hidrófobo da Veja, Bernardo Mello Franco, jornalista da Folha de São Paulo, escreve na edição de hoje:

“Lula, alvo principal do blog, é chamado de “O Apedeuta”. No verbete de dicionário transcrito pelo próprio Azevedo: “quem não tem instrução, ignorante”.

Ora, a palavrinha consta obviamente dos dicionários. Existe desde quando existem os gregos. Mas sua associação a Lula é achado meu. No fundo, me sinto até contente por ter contribuído com algo à cultura rasa do recórter tucanopapista hidrófobo. Quando lancei a expressão Supremo Apedeuta, era minha intenção que fosse divulgada, Brasil et orbi. O recórter foi útil nesse sentido. Pena que, em seu narcisismo, passou a julgar-se autor dela.

Ex-comunista, o recórter diz não arrepender-se de seu passado. Sei, o recórter se diz ex-trotskista, como se trotskistas não fossem comunistas que não conseguiram chegar ao poder. Seja como for, o supostamente erudito recórter deve ter ouvido falar de Kronstadt. Na melhor das hipóteses, foi cúmplice intelectual do massacre comandado por Trotsky. Hoje, ao orgulhar-se de ter sido comunista, orgulha-se também de combater o comunismo. Como aquela outra Madalena maranhense, o Ferreira Gullar, vende dos dois lados do balcão.

O recórter chapa-branca tucanopapista hidrófobo de Veja se pretende criador de neologismos. Há quatro anos, pretendia ter criado a palavra pobrismo. Ora, a palavrinha está em El P.r.u.n.: Almazán y el desastre final, de autoria de Bernardino Mena Brito. O livro foi publicado em 1941 e a palavra se difundiu rapidamente pela América Latina, na segunda metade do século passado.

Catolicão de fachada, em 2007 o recórter deitou erudição e produziu esta pérola:

"Se você conhece mesmo Santo Tomás, sabe que ele jamais chamaria de ciência a concepção imaculada. Volte aos livros. O que é matéria de fé está fora do escrutínio científico. Mesmo as provas da existência de Deus, na Suma Teológica, são exercícios lógicos. Assim, em termos estritamente tomistas, Maria ter concebido virgem não pode jamais ser um 'absurdo' porque há uma condição anterior a qualquer verificação da experiência: 'é preciso crer'."

Ora, o aquinata jamais escreveria uma bobagem destas. A Imaculada Concepção nada tem a ver com virgindade. Se o recórter não conhece nem o catecismo, duvido que tenha lido a Suma. Imaculada Concepção significa apenas que Maria foi preservada do pecado original desde o primeiro instante de sua existência. Se era mãe do Cristo, que nascera sem a mancha do pecado original, ela também não poderia ter esta mancha. O dogma foi definido a 08 de dezembro de 1854, por Pio IX, na bula Ineffabilis Deus. Sem falar que São Tomás morreu em 1274. Seis séculos antes da proclamação do dogma.

Faccioso, raivoso e inculto, o recórter apela a achados alheios para construir sua fama. Cronista medíocre, pelo menos tem a virtude de ler os bons cronistas. Não custa repetir:



RECÓRTER CHUPIM RIDES AGAIN*
Janer

Na edição atual da revista Piauí, número 47, tem uma matéria sobre a internet e as eleições. Chama-se "Pancadaria na rede", enfim, a matéria é sobre como os nossos ilustres candidatos estão usando a internet nas suas respectivas campanhas.
O que me chamou atenção é que na matéria, é citado o Reinaldo Azevedo como a pessoa que criou o termo "apedeuta" para se referir ao nosso presidente, o Lula. Mas, eu tenho visto no teu blog que vc ja usa o termo a um bom tempo. Veja aí, podem estar querendo dar a autoria para outra pessoa. Abraço,
Glaucius Djalma Pereira Junior


Grato, meu caro Glaucius. Mal falei do burro, logo apontou as orelhas. Piauí se engana. A associação de apedeuta a Lula é minha e data de 2002, muito antes de eu ter começado este blog. Em 2004, cunhei a expressão Supremo Apedeuta, por alusão a Supremo Magistrado. Criei-a para que fosse divulgada, e nisto fui bem sucedido. Mas não para que alguém dela se pretendesse autor. O recórter tucano papista além de assumi-la andou criando trocadilhos bobos, como Apedeutakov e Apedeutakoba (Koba era um dos codinomes do Stalin).

Como se Lula um dia tivesse sido comunista ou stalinista. Em sua histeria em xingar o PT, o virtuose do cut & paste lhe atribui defeitos que em verdade não tem. Lula é simplesmente oportunista. Nossa sorte é que só foi eleito bem após a queda do Muro e desmoronamento da URSS. Fosse antes, certamente teria aderido à União Soviética. Há mais de quatro anos, em 17 de abril de 2006, escrevi:

O sumo analfabeto, com o apoio da Igreja Católica e da universidade, acabou sendo eleito. No ano mesmo de sua eleição, em crônica intitulada "Eu sou o que sou", publicada no Baguete, jornal eletrônico de Porto Alegre (29/03/2002), pareceu-me oportuno qualificá-lo como apedeuta: "Até hoje as esquerdas são pródigas em contar piadas sobre a falta de cultura de Costa e Silva. Mas Costa e Silva fez Escola Militar, cujo acesso não é para qualquer apedeuta".

Em 19 de agosto do mesmo ano, no mesmo jornal, na crônica intitulada "O neoaparatchik", voltei ao tema: "Existe uma raça de apedeutas que se sentem muito eruditos quando usam proparoxítonas ou quadrissílabos. No debate organizado pela Folha de São Paulo, na segunda feira-passada, ele se superou. Lá pelas tantas, arrotou erudição: 'Entretanto, há coisas a serem feitas concomitantemente'. Embriagado pelo próprio verbo, feliz pelo heptassílabo, perguntou ao interlocutor: 'Gostou do concomitantemente?'"

Em 17 de março de 2003, no artigo "Armadilha para negros", publicado no MSM, escrevi: "O atual presidente da República está longe de ser o primeiro apedeuta a assumir o poder neste país. Câmara e Senado estão repletos de analfabetos jurídicos, que nada entendem da confecção de leis nem sabem sequer distinguir lei maior de lei menor". Na tradução do artigo para o inglês, publicada na revista Brazzil, de Los Angeles, o tradutor teve um feliz achado: First Ignoramus.

Em "Fala, ó metamorfose ambulante", publicado também no MSM, em 20 de setembro de 2004, lá está: "Durante solenidade em Brasília, o Supremo Apedeuta disse que 'o ser humano não tem que ter medo de ser uma eterna metamorfose ambulante', fazendo referência a um dos sublimes autores que embasam sua erudição". Na Brazzil, a expressão foi traduzida como Supreme Ignoramus. Se alguém se der ao trabalho de pesquisar nos arquivos do MSM, verá que, de 2003 para cá, escrevi pelo menos 21 crônicas, onde uso as expressões apedeuta ou Supremo Apedeuta.

Em suma, para meu prazer, a expressão foi fazendo fortuna na mídia eletrônica. Tanto o Supremo Apedeuta como o Supreme Ignoramus. Nada lisonjeia tanto um jornalista como ver seus achados correndo mundo. Outro dia, lendo ao azar a revista Primeira Leitura, vi que um jornalista tucano chapa-branca a empregava várias vezes. Maravilha, pensei, minha trouvaille já é de conhecimento dos partidos de oposição. Ocorre que, conversando com outros jornalistas, fiquei sabendo que o autor do artigo está reivindicando a autoria da expressão.

Alto lá, senhor Reinaldo Azevedo. Supremo Apedeuta é cria minha, e isto qualquer pesquisa rápida no Google pode comprovar. Use e abuse da expressão, quantas vezes quiser, divulgue-a aos quatro ventos, isto só me faz feliz. Mas não pretenda tê-la criado. Isto é muito feio para um jornalista. Ou, para usarmos uma palavra da moda, é antiético. E não fica bem para o porta-voz de um partido que pretende dar um banho de ética no partido que se dizia dono da ética tomar atitudes assim antiéticas. O Supremo Apedeuta é meu.


29 de setembro de 2012
janer cristaldo

(*)13/08/2010. Meu livro O Supremo Apedeuta pode ser baixado de http://www.ebooksbrasil.org/adobeebook/supremo.pdf, em formato PDF
ou
http://www.ebooksbrasil.org/eLibris/supremo.html, em formato exlibris.

CARTA A UM CHAVISTA


Daqui a oito dias os venezuelano decidirão se querem que seu país seja transformado numa nova Cuba ou se desejam trilhar o caminho da democracia. A eventual vitória de Henrique Capriles, o opositor do caudilho Hugo Chávez, vai mais além do que um assunto doméstico com reflexos intensos na política de toda a América Latina, já que representará uma cisão no eixo autoritário coordenado pelo Foro de São Paulo, do qual Luiz Inácio, o ex-Lula, em conluio com Chávez e demais tiranetes é o seu fundador.
O fato de noticiar aqui no blog seguidamente o noticiário relativo à Venezuela e demais países latino-americanos se apóia justamente no que acabei de afirmar. Aláis, já adverti aqui neste espaço sobre isso.

E não falo sozinho. Uma leitora venezuelana deste blog, acaba de deixar o link para o artigo que transcrevo abaixo, no original em espanhol, assinado por um dos mais influentes analistas latino-americanos, o escritor mexicano Enrique Krauze, e publicado num dos principais jornais de Caracas, o El Nacional.

O texto está perfeito. E não se tem no Brasil da atualidade nminguém que seja capaz de produzir uma análise como esta que faz de forma impecável o escritor mexicano. Basta fazer uma comparação, por exemplo, com a Folha de S. Paulo deste sábado, cujo conteúdo rivaliza com pasquins mais abjetos. E isto vai da pobreza dos textos aos jogos semânticos que fazem rodar o moinho dessa inominável mediocridade que apequena o debate político.

Por isso vale a pena ler o artigo do escritor Enrique Krauze. O título do post é do original do artigo.
Leiam:
O escritor Enrique Krauze
Le parecerá extraño que me dirija a usted. Se preguntará ¿qué tiene que decirnos un escritor mexicano a nosotros los venezolanos, y en particular a los chavistas?

Verá usted. Me importa y preocupa el destino de Venezuela porque creo que los países de la América Hispana formamos parte de una patria mayor que nuestras patrias y que por ello nuestros destinos están unidos. Por eso dediqué un año al estudio de la historia y la vida de Venezuela, y publiqué el libro El poder y el delirio.

Yo no soy un enemigo de Hugo Chávez. Soy un crítico de Hugo Chávez, que es muy distinto. Yo le reconozco su vocación social. Para eso estableció las misiones: para proveer de educación, salud, alimentos y otros bienes y servicios a los más necesitados. Pero así como no le escatimo esa vocación, creo ver con claridad las limitaciones y vicios de su estilo personal de gobernar y los enormes problemas que ha propiciado su larga permanencia en el poder.
Esa permanencia es ya un obstáculo para el desarrollo sano de su país. Una frase sabia, acuñada por el historiador inglés Lord Acton, resume siglos de experiencia: “El poder corrompe, y el poder absoluto corrompe absolutamente”. La historia del siglo XX demuestra con creces hasta qué punto tenía razón: los autócratas que prometieron el cielo en la tierra terminaron por traer a sus pueblos hambre, desolación, pobreza, guerra y muerte. En consecuencia, la mayor prioridad de una auténtica democracia es poner límites al poder absoluto. Y Venezuela está ahora mismo frente a esa necesidad histórica: debe poner límites al poder absoluto.
No es necesario eternizarse en el poder para desplegar una obra social perdurable. En México, el presidente Lázaro Cárdenas es recordado aún por el pueblo con agradecimiento, pero Cárdenas gobernó seis años (1934-1940) y ni un minuto más. Una nación no puede confiar indefinidamente su destino en manos de un hombre. Y una nación no debe confiar en la palabra de un gobernante como si fuera la palabra de Dios.

Porque el hecho es que detrás de los interminables discursos del Presidente, detrás de las infinitas apariciones en la televisión, se oculta una verdad que los chavistas descubrirán alguna vez, con inmenso pesar. Me refiero, por ejemplo, al increíble dispendio de los casi 700.000 millones de dólares que han entrado a las arcas de la empresa estatal de petróleo Pdvsa (que llegó a ser un ejemplo de modernización). Aunque el presidente Chávez ha enmascarado con el velo de su discurso la corrupción de la élite política y militar que les es adepta, el país atraviesa por una grave crisis: los niveles de inflación son los más altos del continente; hay –usted lo sabe– una aguda carestía de alimentos básicos, electricidad, cemento y otros insumos primarios (como resultado de las masivas expropiaciones de las empresas privadas, y la ineficacia y corrupción de los nuevos administradores públicos). Y, para colmo, la criminalidad es la más alta del continente.

Venezuela tiene hoy la alternativa de votar por un proyecto distinto, el de Henrique Capriles, joven valeroso, sensible, responsable, conciliador y visionario. Sus propuestas buscan recobrar la sensatez económica y ha prometido que respetará y mejorará las conquistas sociales, y no afectará los sueldos y prestaciones de los empleados gubernamentales. Le sugiero a usted, respetuosamente, considerarlo.

Las llagas de Venezuela son inmensas, pero acaso la llaga mayor no sea ni social o económica sino moral. Me refiero a la discordia dentro de las familias venezolanas y a la discordia dentro de esa gran familia que es Venezuela. Es natural que las personas sostengan opiniones distintas, pero esas opiniones –por más diversas y aún opuestas que sean– son sólo eso, y no tienen por qué convertir a las personas en enemigos. El presidente Chávez y sus voceros ven el mundo dividido entre “enemigos y amigos”, lo cual es sumamente injusto, degradante y peligroso, porque en la historia los enemigos no dialogan entre sí: los enemigos, finalmente, se matan.

En este sentido, los insultos racistas que Chávez ha vertido sobre Capriles han sido infames. Llamarle “nazi” a un hombre cuyos bisabuelos fueron exterminados por los nazis es una barbarie que va más allá de los adjetivos. Los venezolanos son muy sensibles, felizmente, a la memoria de los mayores. Por eso usted no puede apoyar semejante vileza. Nada tiene Capriles Radonski que avergonzarse de sus ancestros.
Por lo demás, ya que Chávez se percibe a sí mismo como un redentor y ha llegado a invocar al propio Cristo en sus campañas, estoy seguro de que a usted no se le escapa la devoción de Capriles por la Virgen del Valle, patrona de la isla de Margarita, devoción compartida por millones de sus compatriotas. El fervor de Capriles no es calculado ni político. Es un fervor íntimo y sincero. Por eso conmueve a quienes lo abrazan en los pueblos.
Los hombres tenemos grabada en el alma la libertad. Ni aún queriéndolo podemos renunciar a ella. Y entre todas las libertades, la fundamental es la libertad de conciencia. Una persona no puede acallar su propia conciencia y no puede permitir que el poder intente gobernarla. Yo espero que usted ejerza su libertad el próximo 7 de octubre y vote por una Venezuela libre de odios ideológicos, una Venezuela que recobre la concordia, la tolerancia y la paz.
 
29 de setembro de 2012
in aluizio amorim