"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



terça-feira, 30 de abril de 2013

A DENTISTA QUEIMADA E O NOSSO BAOBÁ

 

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Outro “de menor” que já tinha sido preso e solto várias vezes antes foi quem tocou fogo na dentista na semana passada.

Ou melhor, foi quem assumiu o crime do qual participaram outros três “de maior”. Como ele faz 18 anos em junho, as televisões não podem dizer sequer que ele foi “preso“. Ele foi só “apreendido” e não por um crime hediondo, mas por um mero “ato infracional”.

No máximo em três anos estará solto para queimar mais um, e com a ficha tão limpa quanto a sua ou a minha.

Esse Estatuto da Criança e do Adolescente que enfiam goela abaixo de uma Nação que o rejeita de cabo a rabo não se contenta só com a subversão dos fatos. Insiste principalmente na subversão semântica e conceitual.
Quer confundir as suas idéias sobre o que é certo ou errado; sobre quem é a vítima e quem é o criminoso; sobre o que é e o que não é um crime.

Tudo isso faz lembrar os carrascos de Stalin que não se contentavam em dar o tiro na nuca do inocente que incorria nas paranóias do chefe num porão e acabar logo com isso.

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Não bastava, sequer, que a vítima confessasse o que nunca tinha feito.
Eles trabalhavam incansavelmente na tortura até que, exausta e com o senso crítico despedaçado, ela acreditasse na confissão falsa que lhe tinham arrancado e na culpa que não tinha e pedisse para ser fuzilada em nome da salvação da revolução.

Foram essas profundezas abissais da alma humana que Arthur Koestler explorou magistralmente na sua obra prima “O Zero e o Infinito” que dramatiza os Processos de Moscou, o marco que separa a esquerda honesta da outra que continua vagando até hoje por aí, nos quais Stalin definiu o que é o socialismo real ao assassinar todos os seus antigos companheiros de revolução e potenciais substitutos no poder (aqui).

O ECA e todo esse movimento do “politicamente correto” que quer controlar não apenas o seu modo de falar mas principalmente o seu modo de pensar desde sobre o que você come até sobre quem você come, passando por tudo que ha no meio, deitam nesse precedente as suas raízes que, numa terra tão inculta e ha tantos anos afofada e “enriquecida” pelo adubo granmsciano quanto esta nossa, mergulham a profundidades inextirpáveis.

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P.S.: Para quem não se lembra o leitor Luiz Barros transcreve, no espaço para comentários deste texto, o trecho do livro de Saint Exupéry que diz respeito aos baobás. Obrigado, Luiz.



30 de abril de 2013
vespeiro

FIFA CONFIRMA PROPINAS A RICARDO TEIXEIRA E JOÃO HAVELANGE, QUE RENUNCIOU EM SIGILO

 

Baile do adeus – O brasileiro João Havelange renunciou ao cargo de presidente honorário da FIFA, enquanto o presidente da entidade máxima do futebol, Joseph Blatter, foi inocentado das acusações de corrupção do caso ISL, diz relatório da Comissão de Ética da FIFA divulgado nesta terça-feira (30).

O documento descreve o comportamento de Havelange como “moralmente e eticamente reprovável” nas suas negociações com a ISL, antiga parceira de marketing da FIFA que faliu em 2001. Havelange, hoje com 96 anos, foi presidente da FIFA entre 1974 e 1998.

O relatório assinado pelo alemão Hans-Joachim Eckert, presidente do Comitê de Ética, inocenta Blatter, que era o secretário-geral na presidência de Havelange, das denúncias.
Ainda assim, cita uma declaração de Blatter, que confirmou ter sabido de um pagamento de 1,5 milhão de francos suíços a Havelange. Blatter disse aos investigadores que não sabia que o dinheiro era propina.
O comportamento de Blatter foi equivocado, mas não criminoso ou eticamente condenável, diz o relatório.

O documento também afirma que o ex-presidente da CBF, Ricardo Teixeira, e o ex-presidente da Conmebol, Nicolás Leoz, que renunciou ao cargo na semana passada alegando problemas de saúde, receberam propina da ISL.

O relatório torna pública a renúncia de Havelange, ocorrida em 18 de abril passado, e afirma que, devido à renúncia, qualquer ação contra ele seria supérflua. Com o relatório, a FIFA diz que dá por encerrado o caso ISL. (DW)

30 de abril de 2013
ucho.info

PARLAMENTARES PETISTAS CUMPREM ORDENS DO PALÁCIO DO PLANALTO E SE REVEZAM NOS ATAQUES AO SUPREMO

 

Vale tudo – Que os brasileiros não pensem que o Partido dos Trabalhadores recuou em seu projeto que busca criar uma situação de conflito entre os Poderes Legislativo e Judiciário.
Essa estratégia vem sendo estudada há anos e alcançou os capítulos derradeiros com a condenação dos petistas envolvidos no escândalo do Mensalão.

Esse objetivo ficou evidente no discurso visguento e embusteiro do deputado Marco Maia (PT-RS), ex-presidente da Câmara, que no plenário da Casa disse que é preciso coibir a ingerência do Supremo nos trabalhos do Congresso Nacional. Maia, que tornou-se um “pau mandado” do Palácio do Planalto e por isso apoia a PEC 33 , precisa ser informado que o Supremo só entra em cena quando provocado.
Ou seja, é preciso que alguém acione o STF para se pronunciar sobre eventual inconstitucionalidade de alguma matéria legislativa.

Muito se fala a respeito da judicialização do Legislativo, mas isso só ocorre, de forma diferente, porque os parlamentares usam a própria incompetência como desculpa para atender aos interesses do governo federal. No caso de uma matéria inconstitucional, o único caminho é buscar guarida no guardião da Carta Magna, o Supremo.

Marco Maia usou como exemplo a recente decisão da ministra Cármen Lúcia Antunes Rocha no caso dos royalties do petróleo, mas é preciso compreender que a matéria foi conduzida foram dos parâmetros da constitucionalidade e para cumprir as ordens escusas do Planalto.

O que não se pode aceitar é que a Constituição seja escandalosamente atropelada apenas porque o PT tem um projeto obscuro e perigoso de poder, que segundo a cúpula da legenda precisa ser implantado o quanto antes e a qualquer preço. Com o fracasso cada vez maior da economia, Dilma Rousseff, pressionada pelo comando da legenda, passou a adotar medidas que ferem a democracia e escancara a essência totalitarista dos palacianos.

A população deve estar atenta a qualquer movimentação do PT na esfera federal, tanto no Executivo quanto no Legislativo, pois a legenda quer fazer o que não conseguiu por ocasião do golpe de 1964. E todo cuidado será pouco de agora em diante, pois o projeto do PT corre riscos à medida que a crise econômica se distancia da solução.

30 de abril de 2013
ucho.info

PLANALTO SOFRE REVÉS NA TENTATIVA MATREIRA DE CALAR O STF, QUE AGORA PODE DAR O TROCO DENTRO DA LEI

 

Jogo pesado – Tornou-se no mínimo vexatória a postura governo do PT depois que nove senadores da República participaram de reunião com o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal.

Durante o encontro, os senadores classificaram como “revanchismo” e “revide” ao julgamento do processo do Mensalão do PT a Proposta de Emenda Constitucional 33, que torna determinadas decisões do STF reféns do Congresso Nacional.

Após deixarem o prédio do Supremo, os nove ministros que representaram a Casa legislativa manifestaram apoio à decisão de Gilmar Mendes, que suspendeu em caráter liminar o andamento do projeto que limita a criação de novos partidos políticos.

Autor da PEC 33, o deputado federal Nazareno Fonteles (PT-PI), um petista genuflexo que reza pela mais radical cartilha palaciana, negou que a aprovação da proposta tenha sido uma retaliação à condenação dos companheiros envolvidos no maior escândalo de corrupção da história nacional.

Que Fonteles é um dos obedientes do grupo petista que atua no Congresso todos sabem, mas a situação tornou-se ainda mais vexatória com o parecer favorável do relator da matéria, o deputado federal João Campos, do PSDB goiano.

“Eu não estou dando ênfase à luta política da oposição, que usa como bode expiatório a PEC. Ela não tem nada a ver com isso. Eu escrevi a PEC há dois anos, quando não tinha havido julgamento do Mensalão. E o relator da proposta é do PSDB. Um relator do PSDB não faria um parecer favorável se houvesse disputa política, revide”, afirmou.

Esse momento vexatório que vive a política nacional mostra que o País está nas mãos de políticos despreparados e com baixíssimo nível intelectual, o que compromete sobremaneira não apenas o futuro da sociedade, mas, também, o presente.

Esse discurso modorrento de Nazareno Fonteles não convence, pois o PT ordenou essa manobra sórdida e rasteira, pois a cúpula do partido continua inconformada com a condenação de petistas ilustres (sic), como José Dirceu, José Genoino, Delúbio Soares e João Paulo Cunha.

A parcela pensante da sociedade precisa estar atenta, pois novas incursões de essência semelhante serão tentadas pelo PT, que cada vez mais radicaliza para emplacar o seu projeto totalitarista de poder. Uma espécie de “bolivarização” do Brasil.

30 de abril de 2013
ucho.info

OS JUDEUS ENTRE VARSÓVIA E ISRAEL



Embora, pelos cânones hebraicos, não fosse judeu, porque nascido de mãe não Judá, Marcos Magalhães Rubinger era orgulhoso de sua circunstância e se identificava como judeu.

Antropólogo conceituado, e homem de esquerda, ele foi compelido ao exílio pelo regime militar brasileiro. Ao encontrá-lo na Suíça, em 1967, logo depois da Guerra dos Seis Dias, que consolidou a posição do Estado de Israel no território palestino, ele estava desolado: os judeus haviam dado mais um passo atrás de sua integração à Humanidade.

“Continuamos no gueto” – me disse. “No grande gueto que nós mesmos instalamos e, tal como ocorreu com o Gueto de Varsóvia, iremos murá-lo e selá-lo por dentro”. A grande muralha de Israel ainda não fora montada.

Talvez não haja tema histórico mais discutido do que o do povo de Israel. Só isso basta para atestar a sua importância na formação da idéia do Ocidente nestes dois últimos milênios. A sua presença na Europa e no mundo conquistado pelos romanos e seus sucessores, mais do que documentada, é cercada de mitos.

Não há dúvida de que foi povo perseguido, obrigado a isolar-se em sua fé, e a defender-se, como lhe era possível, a fim de impedir o genocídio.
Essa defesa os levou a buscar o conhecimento e a riqueza, que não lhes bastou para impedir a perseguição, nem foi suficiente para conjurar sua divisão entre judeus ricos e judeus sem dinheiro, para lembrar a obra prima de Michael Gold, pseudônimo do jovem escritor americano Itzok Isaac Granich.

Nestes dias de abril e maio, os judeus – e os humanistas mais atentos – lembram dois episódios fortes na história contemporânea: o Levante do Gueto de Varsóvia, em 1943, e a criação do Estado de Israel, em 1948.
Há quem associe os dois fatos, como se tratasse de uma coisa só; há quem assegure que, sem o Levante, não teria havido o segundo êxodo e sua conseqüência política, e há os que separam os dois episódios, dando a cada um deles sua própria razão.

Como é costume ocorrer na História, todas as três versões são corretas, – o que difere é a contribuição de cada uma delas no desenvolvimento posterior da questão judaica.

NOVA INTERPRETAÇÃO

Recente artigo da historiadora norte-americana Marci Shore, publicado pelo New York Times, ao reconstruir a crônica da resistência dos judeus de Varsóvia, abre o caminho para nova interpretação dos fatos. Ela mostra como os judeus de Varsóvia se encontravam inermes diante do ocupante nazista. E revela que a resistência, naqueles dias de abril e maio de há 70 anos, foi ato de dignidade, assumido por jovens dispostos a morrer lutando, e não conformados a ver a resignação de seus pais e avós, ao embarcar rumo aos campos de extermínio a poucos quilômetros de Varsóvia.

Os nazistas, depois da ocupação da Polônia, empurraram, pouco a pouco, todos os judeus da cidade ao imenso gueto e os obrigaram a erguer espesso muro em volta: as únicas entradas e saídas eram vigiadas por soldados das SS.

De acordo com a sua política perversa, criaram, em 1942, um Conselho Judaico, encarregado de indicar a lista diária dos que deviam ser encaminhados às câmaras de gás e aos trabalhos forçados, presidido por Adam Czerniakov.

No dia 22 de julho daquele ano, os nazistas decidiram iniciar a deportação em massa dos judeus do Gueto rumo a Treblinka e a Auschwitz. Como conhecesse o destino que os esperava, no dia seguinte Czerniakow engoliu uma cápsula de cianureto.

Não houve unidade na luta de resistência. Os sionistas de extrema direita formaram seu próprio corpo de combate.
Os mais duros guerreiros foram jovens, alguns deles religiosos, mas a maioria de agnósticos e marxistas, ligados aos movimentos socialistas de esquerda, como a Bund(Liga) e com forte presença de comunistas.
Quando os nazistas atearam fogo ao Gueto, o núcleo duro da resistência refugiou-se em um bunker, sob o comando do jovem Marek Elderman.
Ele e seus companheiros fugiram pelos esgotos fétidos, nos quais a maioria morreu asfixiada pelos gases. Quarenta deles sobreviveram, alguns se aliaram aos guerrilheiros poloneses e russos, e muitos sobreviveram à Guerra.

Elderman, depois da derrota alemã, tornou-se cardiologista – e jamais quis viver em Israel. Ele, e muitos outros, defendiam a cultura ashkenazi, fundada no uso do ídiche como o idioma de seu povo, e um “modus vivendi” com os povos conhecidos, o que seria facilitado pelo resultado do conflito; não a ocupação de um território no meio do deserto, ao lado de grupos étnicos estranhos, nem a ressurreição de uma língua morta, só usada nos ritos religiosos, como idioma oficial.

Em razão disso, o Estado de Israel não o considera herói nacional. Ele era um dos que, como Rubinger, defendiam o convívio dos judeus com os outros povos, e achava um erro estratégico a criação de Israel, que vinha sendo planejada desde o fim do século 19.

O MELHOR DO POVO JUDEU

Os sionistas se apropriaram da gesta heróica dos combatentes do Gueto de Varsóvia, como se tratasse de uma vitória sua. Na realidade foi uma vitória do melhor do povo judeu, dos filhos de trabalhadores, de intelectuais engajados nos movimentos políticos clandestinos, dos que não aceitavam o triste e resignado cortejo de seus pais e seus irmãos menores rumo às câmaras de gás.

O Levante foi a resposta viril ao Holocausto, e redimiu, na bravura de seus jovens, o grande povo judeu. Se a Humanidade tiver algum futuro, a resistência do Gueto de Varsóvia será vista, nos séculos a vir – como muitos a vêem hoje – como ato muito mais importante do que a criação do Estado de Israel.

Ela se equivale à dura resistência do povo de Stalingrado, com uma virtude a mais. Em Stalingrado os combatentes contavam com a nação. Em Varsóvia, em uma Polôniamarcada pelo racismo, os jovens judeus estavam sós.

O general Jurgen Stroop, comandante das tropas de Varsóvia que massacraram os habitantes do Gueto, foi condenado à morte em 1951 e executado pelo governo polonês. Mas cumprira a sua missão, conforme relatório a Berlim: em maio de 1943 já não havia um só bairro judeu em Varsóvia.

Mais de 300.000 judeus haviam sido enviados para as câmaras de gás, e se calcula que mais de 10.000 morreram calcinados pelas chamas em que ardeu o Gueto, naqueles dias de maio.

No dia 7 de dezembro de 1970, como correspondente do Jornal do Brasil, assisti ao Chanceler Willy Brandt em gesto grandioso, ajoelhar-se diante do marco evocativo do Gueto de Varsóvia. O líder socialista, com a autoridade de quem resistira, ainda adolescente, ao nazismo, ajoelhou-se, em atordoante silêncio, em homenagem aos combatentes de 1943 – ou, seja, de 27 anos antes.

Esses registros históricos e a situação atual de Israel – com tantos e eminentes judeus que se opõem ao genocídio dos palestinos e buscam construir a paz – tornam proféticas as palavras de Marcos Rubinger: trata-se de imenso gueto, erigido em terras estranhas, murado por dentro. Os jovens de Varsóvia lutaram e morreram para que não houvesse muros.
Alguns, como Marek Elderman, sonhavam com uma única Humanidade. Talvez ainda haja tempo.

A IRREVERÊNCIA DO DUKE




30 de abril de 2013

IMAGENS DO BRASIL...

    Caxixi virou caxirola e Dilma sua garota(?)-propaganda
Caxixi:
 
Cestinha de vime em forma de badalo, provida de alça na parte superior, fechada embaixo, em que se metem sementes para que funcione como um chocalho; cestinha, gongo [É especialmente usada pelo tocador de berimbau de barriga na capoeira, mas também na orquestra dos candomblés da nação de Angola e no coco de Alagoas.]

É vendido, no máximo, a R$ 10,00.

 
 
Caxirola:
 
1. Cestinha de plástico vagabundo em forma de badalo, provida de alça em formato de soco inglês, fechada embaixo, em que se metem sementes para que funcione como um chocalho [É especialmente usada pelo torcedor de futebol revoltado para agredir os jogadores em campo, mas também como pretexto para propaganda política da orquestra petralha e no cocô do PCdoB]

Eu só queria saber quem lucrou com as 50 mil caxirolas que foram distribuídas e quem pagou por elas, já que seu preço sugerido é de R$ 29,90.

QUANDO O HUMOR DESENHA A REALIDADE






30 de abril de 2013

LEITORA PROTESTA CONTRA LULA COMO COLUNISTA DA AGÊNCIA DO NYT. JORNAL EXPLICA

 

Pois é… Depois que a agência do New York Times decidiu distribuir mensalmente um texto assinado por Lula — mas jamais escrito por ele, não importa o idioma —, o jornal começou a receber mensagens de protesto, como esta, que segue, publicada com uma resposta esclarecedora.
 
Um ou outro hão de gritar: “Olha o preconceito ali, lembrando que o petista não concluiu ensino fundamental…”.
 
O ponto é outro: a questão é saber se Lula será o autor do texto distribuído.
E todos sabem que não.
Seguem a carta e a resposta.
A carta

Sou brasileira e moro nos Estados Unidos, em Nova York, desde 2010. Estou realmente chocada e surpresa com o fato de um jornal com tamanha influência e informação ter [entre os colunistas] Lula, do Brasil, um presidente que mal concluiu o ensino fundamental.
Estou certa de que todo mundo sabe que sua reputação, no Brasil, está desabando. Nos últimos dois anos, o seu partido e ele próprio foram alvos de muitas investigações criminais, e muitos de seus principais colaboradores foram condenados, neste ano, pelo Poder Judiciário no Brasil.

É lamentável! E o mais lamentável é um jornal como o New York Times dar algum crédito a um político decadente como esse. Não entendo.
Resposta do NYT

Obrigado por sua mensagem. O ex-presidente Lula não está escrevendo uma coluna para o Times. Ele está escrevendo uma coluna para a Agência do Times, que têm clientes em todo o mundo e vende seus serviços para outros veículos.
 
O Times tem muitos outros colunistas como o presidente Lula, cujos textos são vendidos por intermédio do Times, como Richard Branson, Noam Chomsky, Mikhail Gorbachev e Jack Welch.
 
Basicamente, o Times pega seus textos, molda-os em artigos e os oferece aos clientes.
O presidente Lula não aparecerá regularmente nas páginas do Times ou do nytimes.com. Mais uma vez, obrigado por escrever.

30 de abril de 2013
Reinaldo Azevedo
 
NOTA AO PÉ DO TEXTO
 
Bem... Agora a discussão dos comentáristas e analistas políticos é outra. O Danilo Gentili já acusou a sua curiosidade, na contramão dos que especulam quem escreveria a coluna do Lula. O que o Danilo quer saber é quem lerá para ele...
Bem explicado, resta saber a quem pode interessar um texto em nome do Lula e escrito por outro... Alguém seria capaz de comprar? Acredito que sim! Algum colecionador de curiosidades e bizarrices.
m.americo

MENDES RECEBE SENADORES QUE APOIAM LIMINAR QUE SUSPENDEU TRAMITAÇÃO DE PROJETO CONTRA NOVOS PARTIDOS

 

Mendes (cabeceira da mesa) recebe os senadores que apoiam liminar (Foto: Alan Maraques/Folhapress)

O ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal), recebeu na tarde desta terça-feira a visita de 10 senadores que apoiam sua decisão de suspender a tramitação do projeto de lei que inibe a criação de novos partidos.
No encontro, ele reafirmou que deve levar a questão para análise dos demais ministros da Corte em breve. De acordo com os parlamentares, ao interromper um processo legislativo, o ministro do Supremo não se intrometeu nos assuntos do Congresso Nacional, mas evitou o descumprimento da Constituição.
 
“Foi um bom encontro, nós manifestamos a nossa posição favorável a decisão do STF. Entendemos que o Supremo é o guardião da Constituição e cabe a ele dar a última palavra em matéria constitucional”, afirmou Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), autor do pedido analisado por Mendes na semana passada.
(…)
 
30 de maio de 2013
Por Felipe Seligman, na Folha:
 

SANATÓRIO (OU SANITÁRIO) DA "POLÍTICA" BRASILEIRA

Neurônio recluso

“Hoje, além de mostrar um futebol fantástico, mostramos também que somos um país mais estável, que controla sua inflação”.

Dilma Rousseff, em Campo Grande, mostrando que o neurônio solitário não anda nem assistindo aos jogos da Seleção nem acompanhando o noticiário sobre a economia.

Besta quadrada (77)

“Quem legisla, quem aprova mudanças na Constituição, quem altera o arcabouço legal do país e quem debate alterações na Constituição, nas leis, nas regras de funcionamento do país, é o Parlamento”.

Marco Maia, deputado federal do PT gaúcho e ex-presidente da Câmara porque o Brasil não se espanta com nada, explicando que o Congresso deve dar ordens ao Supremo Tribunal Federal porque, diferentemente dos ministros, deputados e senadores nunca levam em conta interesses políticos.

Controle social

“Da parte do Legislativo não há nenhuma intenção ou qualquer ruído para estremecer as relações que têm que ser, devem ser e sempre serão respeitosas entre os dois poderes que são pilares da democracia”.

Henrique Alves, presidente da Câmara, fazendo de conta que ainda nem notou que o PT está em campanha para implantar, além do controle social da mídia, o controle social do Supremo e o controle social do Ministério Público.

Me engana que eu gosto (802)

“Foi um compromisso que Cabral assumiu na campanha dele. Não tem nada a ver com política”.

Nelson Bornier, prefeito de Nova Iguaçu, avisando que a festa com shows de funk e pagode bancada por Sérgio Cabral com dinheiro público, na qual o vice-governador e candidato a governador do Rio Luiz Fernando Pezão (PMDB) anunciará o repasse de R$ 1 bilhão em obras de infraestrutura no município, não tem absolutamente nada a ver com campanha eleitoral.

Brasileiro & brasileira

“Tem um companheiro ali que gosta de falar o meu nome, vocês notaram? Oi. Você fala Dilma, eu falo oi para você. É uma senhora, por sinal”.

Dilma Rousseff, em Campo Grande, revelando que o neurônio solitário, quando afetado por vaias, confunde homem com mulher.

Repeteco merecido

“Não é notícia boa”.

Aldo Rebelo, ministro do Esporte, ao saber da chuva de caxirola na Fonte Nova, desconfiando que algum cartola da Fifa vai desferir-lhe outro pontapé no traseiro para parar de patrocinar malandragens que Carlinhos Brown finge ter inventado.

Mensageiro do passarinho

“Viemos ratificar uma aliança estratégica, que mais que aliança é irmandade”.

Nicolás Maduro, em Havana, na primeira viagem internacional depois da vitória no tapetão, avisando que estava lá para contar aos Irmãos Castro o que ouviu de um passarinho.

Me engana que eu gosto (801)

“O julgamento das urnas inibe a formação de instituições absolutistas”.

Rogério Carvalho, deputado do PT de Sergipe, ao explicar, em linguagem companheira, que as atribuições da Comissão Especial de Aprimoramento das Instituições Brasileiras incluem a redução das atribuições do Judiciário e do Ministério Público.

Uma estrada é…

“Nós juntamos o útil e o mais útil, o mais útil e aquilo que é agradável para as populações: poder transitar pelas suas estradas de uma forma a não estar impedida por algum obstáculo qualquer”.

Dilma Rousseff, ensinando revelando em dilmês rústico que estrada é uma coisa que deve permitir que se vá de um lugar para outro sem topar no meio do caminho com uma pedra, uma árvore ou um neurônio solitário.

30 de abril de 3012
in Augusto Nunes, Veja

OS IRMÃOS JESSE E FRANK JAMES FUGIAM DO XERIFE. OS MANOS JOSÉ GENOÍNO E JOSÉ GUIMARÃES QUEREM ALGEMAR OS JUÍZES

 

Os irmãos Jesse e Frank James

Faz tempo que a bandidagem do faroeste brasileiro se porta como dona do vilarejo, constatou o comentário de 1 minuto para o site de VEJA.
Primeiro, pararam de esconder o rosto na hora do assalto.
Depois, deixaram de afastar-se às pressas da cena do crime: se não permanecem por lá, atravessam a rua para divertir-se no saloon. Em seguida, os vilões resolveram prender o xerife. E agora querem dar ordens ao juiz, informa o recrudescimento da sórdida ofensiva contra o Supremo Tribunal Federal movida pela bancada dos companheiros delinquentes.
 
O golpe não vai dar certo, previu a reportagem de capa de VEJA. Mas os golpistas continuarão tentando botar abaixo o estado democrático de direito, acertou novamente o texto que relata as obscenas manobras urdidas por deputados e senadores do PT ─ com o patrocínio do Planalto ─ para submeter o Judiciário ao Legislativo.
A tropa de choque é permanentemente abastecida por comparsas na reserva. Nesta segunda-feira, por exemplo, Nazareno Fonteles achou sensato recolher-se ao baixíssimo clero. Imediatamente entrou no palco o inevitável Marco Maia.

Os irmãos José Guimarães e José Genoíno

Em voz alta ou aos sussurros, às claras ou nas catacumbas das comissões, os devotos do autoritarismo populista conspiram para algemar o Supremo Tribunal Federal antes que a frota de camburões recolha os mensaleiros condenados a merecidíssimas temporadas na cadeia. Há algo de muito errado com um país em que meliantes ligados por laços de sangue se fantasiam de representantes do povo para insultar impunemente os os homens da lei.
 
Nos filmes que contam a saga dos irmãos Jesse e Frank James, a dupla passa boa parte do tempo galopando na pradaria ou enfurnados num desfiladeiro para escapar do delegado. Aqui, os irmãos José Guimarães e José Genoino são dois prontuários com imunidades parlamentares. Pecadores juramentados, deveriam estar ajoelhados no milho desde a infância. Continuam à solta, homiziados na Câmara. E nunca dormiram num catre.
 
Guimarães era deputado estadual no Ceará quando um de seus assessores, José Adalberto Vieira, foi preso em São Paulo pela invenção da cueca-cofre.
Além de 200 mil reais na mala, Vieira carregava 100 mil dólares nas partes baixas ao ser capturado no aeroporto de Congonhas, pronto para voar rumo a Fortaleza.
O irmão de Genoino safou-se do caso de polícia ocorrido em julho de 2005 pelas trilhas da mentira. Passados oito anos, virou líder da bancada do PT na Câmara. E continua mentindo, comprova o artigo de Ricardo Noblat.
 
Ele jura que o partido não tem nada a ver com a abjeção oficialmente proposta pelo petista piauiense Nazareno Fonteles e aprovada às pressas por uma Comissão de Constituição e Justiça cuja composição agride a Constituição e debocha da Justiça.
Ao lado do futuro presidiário João Paulo Cunha, segue alojado nessa comissão o irmão eleito pelo PT paulista. Condenado no julgamento do mensalão por corrupção ativa e formação de quadrilha, José Genoino continua liberado para atacar a imprensa independente e desafiar o STF.
 
A solidez dos laços que unem José Genoino e José Guimarães avisa que um não consegue viver longe do outro. Simples: há lugar para os dois no presídio de Tremembé.

30 de abril de 2013
Augusto Nunes

ONDE ESTÃO MESMO OS INTOLERANTES?

Ainda Beto, o ex-padre e ex-católico – Ianomâmis praticam infanticídio, e isso parece aceitável para os politicamente corretos, mas eles acham um absurdo que a Igreja tenha seus valores.



Qual é a relação que existe entre o ex-católico e ex-padre Beto e as práticas cruéis de tribos indígenas? Já chego lá. Mas, primeiro, vamos passear um pouco.
 
Beto, aquele ex-padre de Bauru, também ex-católico, já que excomungado, está exercendo a sua verdadeira vocação, que como já identifiquei aqui: “Nasceu para brilhar. Nasceu para o palco, o picadeiro, o palanque, sei lá eu”. Ao comentar nesta terça a excomunhão, exagerando a própria importância, como parece ser o hábito do mau hábito, afirmou:
 
“Eu me sinto honrado em pertencer à lista de muitas pessoas humanas que foram assassinadas e queimadas vivas por pensarem e buscarem o conhecimento. Agradeço à Diocese de Bauru”.
 
Ulalá! Beto é o Giordano Bruno do casamento aberto! Tempos inglórios aqueles, estes, em que um tipo como esse rapaz ganha destaque e é tratado como um pensador. Mas notem: está feliz. Já pode escrever livros, fazer programa de televisão, virar consultor sentimental, viver, na prática, a vida que acha justa em teoria.
Se não estiver no Fantástico no domingo, corto os dois mindinhos e começo a falar com a língua mais presa do que o Lula. A Igreja também se livra, quando menos, de alguém, fica claro agora, que a detesta.
Os que admiram as ideias de Beto continuarão a receber o pão espiritual, já que ele é assíduo das redes sociais e, segundo li na Folha, das cervejarias. O único que está apanhando mesmo é o jornalismo — na pena de alguns jornalistas e na editorialização do noticiário.
 
Este senhor não está sendo chamado pelo nome ou apelido. Virou “o padre que defende os homossexuais”. É uma batatada! É uma bobagem! É uma mentira! Se ele, até agora, efetivamente, fez alguma coisa em favor de homossexuais, se desconhece.
A Igreja não o está excomungando porque, sei lá, ele declarou que todos são filhos de Deus, independentemente de sua sexualidade. Padres mundo afora declaram isso todos os dias. Nada disso!
 
Foi excomungado porque recusa a concepção de família da instituição a que ele pertence e porque declarou o seu direito de questionar, mesmo pertencendo à hierarquia católica, qualquer dos dogmas em que se fundamenta a religião. Como já deixei claro aqui, até grupos de amigos têm códigos de conduta; até aquela turminha que se reúne para tomar chope nos botecos eventualmente frequentados por Beto quando era padre e católico estabelece limites. Os que destoam muito do aceitável são excluídos.
 
Escrevi num dos posts que a Igreja “não é um clube de livres-pensadores”, e alguns idiotas estrilaram. Ora, não é mesmo! A rigor, não existem clubes de livres-pensadores porque, se livres, já não podem formar um clube.
A Igreja é uma reunião de pessoas em torno de uma doutrina. Por isso está aí há dois mil anos. Um jornal é uma reunião de pessoas em torno de uma linha editorial. Lá no jornal da CUT, por exemplo, não é permitido falar mal da CUT.
Nos blogs sujos financiados por estatais, não é permitido falar bem da imprensa independente, que se financia no mercado. Na imprensa independente, que se financia no mercado, não é permitido defender a censura — ainda bem, né?, embora, convenhamos, não é raro aparecer alguém com ideias exóticas.
 
NOTA À MARGEM — “Ah, então toda essa gente se iguala na defesa de pontos de vista particularistas, e a universalidade não está em nenhum lugar?” Nada disso! A imprensa que repudia a censura é moralmente superior à escumalha que a defende (com financiamento estatal) porque, num caso, busca-se vencer o adversário pela argumentação; no outro, pelo silêncio.
À imprensa livre só é lícito interditar o pensamento que defende o fim da própria liberdade, e seu horizonte é a pluralidade. Já os que estão a serviço de um partido ou de um projeto de poder sabem que seu inimigo principal é a liberdade. Mas me desviei um tantinho. Volto ao ponto.
 
O tal Beto chega a ser folclórico, e é espantoso que mobilize a imprensa e atraia, é evidente, a simpatia de jornalistas. É um sintoma de rebaixamento intelectual. Que diabo andam ensinando nas faculdades por aí? Ora, o que conferia legitimidade e peso ao discurso de Beto? O fato de ele ser padre. O “ser padre” supõe a adesão
 
 a) a uma doutrina;
b) a um conjunto de valores;
c) a uma disciplina;
d) a um comando;
e) a textos de referência.
 
Observem que é perfeitamente possível ser feliz e pensar sem ter de se subordinar a nada disso. Supõe-se que aquele que escolheu essas subordinações o fez em razão do “item f”: A FÉ.
 
Aí, então, se procede à pergunta óbvia: como é possível que alguém, cujo discurso é legitimado por essa cadeia de submissões ancoradas num princípio de fé, busque uma outra legitimidade que nasceria da denegação do que lhe confere identidade? De sorte que, no caso em espécie, Beto era, então, o “padre” que não aceita as regras da Igreja, o padre que não aceita a hierarquia, o padre que não aceita os dogmas?
É como se um jornalista buscasse legitimar o seu trabalho por intermédio da negação de alguns dos fundamentos que definem a própria profissão. E olhem que a ética profissional lida com conceitos um pouco mais fluidos e elásticos do que a doutrina de uma religião.
 
Agora Beto e os índios

Não faz muito tempo, houve no Brasil um enfrentamento entre antropólogos e religiosos (se não me engano, batistas, a conferir) por causa de uma tribo ianomâmi. Esses índios telúricos, que tanto encantam o rei da Noruega, matam as crianças deficientes. Uma das práticas é enterrá-las vivas. Missionários batistas, diante do horror, houveram por bem salvar uma criança. Estabeleceu-se, então, um confronto de valores. E aí? Certa antropologia argumenta que, ora vejam, aquilo que nos parece cruel corresponde aos valores daquela cultura. Assim, a preservação daquela forma particular de civilização supõe a existência do infanticídio. Não, não é o que eu penso, mas não vou abrir aqui uma polêmica nova. Fica para outra hora.
 
Da mesma sorte, o pensamento politicamente correto já produziu milhares de textos sobre o suposto preconceito dos cristãos contra os islâmicos, que seriam vistos com olhos negativos no Ocidente porque, no fundo, insistiríamos em ver a sua fé segundo a nossa própria ótica. Isso revelaria uma incapacidade de ver o outro… Sempre que me deparo com coisas assim, a minha primeira resposta é esta: “Acho bom esse choque de valores; só é uma pena que não possamos levar os nossos para os países islâmicos porque, não raro, resultaria em pena de morte…”. Mas esse também é outro debate, para outra hora.
 
Lembro esses dois casos porque acho notável a facilidade com que o pensamento politicamente correto pode defender até o infanticídio ou a eliminação de deficientes físicos, quando é o caso de falar em nome da “preservação de uma cultura”, ou nos convida a olhar sem preconceitos o islamismo — e, por exemplo, a evidente discriminação da mulher (dos homossexuais, então…) —, mas acha inconcebível que a Igreja Católica defenda seus próprios valores não por meio da eliminação física (é evidente!) do elemento indesejado, não por meio da imposição de valores e costumes a quem, se pudesse, escolheria outro caminho. Nada disso! A Igreja Católica defende o seu credo falando àqueles que a ele aderiram por livre e espontânea vontade, no exercício da plena liberdade, na expressão mais pura do livre-arbítrio.
 
À diferença do que parece, os que estão atacando a Igreja Católica em razão desse episódio é que não suportam a diferença — ao menos esta diferença em particular: a dos valores católicos. Podem achar justificável o assassinato de criancinhas; podem achar justificável a imposição do véu; podem achar justificável qualquer “orientalismo” (como diria Fernando Pessoa) em nome da afirmação da identidade. Só não podem aceitar que católicos, em suma, se afirmem como… católicos, ou, não é menos verdadeiro, evangélicos como evangélicos.
 
A verdade está no oposto. Intolerante é Beto, que havia dado um ultimato (!?) à Igreja: ou ela mudava, ou ele não voltaria!!! Intolerantes são aqueles que acham absurdo que a Igreja Católica tenha os seus valores num mundo em que se é católico por opção. Noto, para encerrar, que nascer deficiente numa tribo ianomâmi não é uma escolha. Não ignoro que a valorização do poder de escolha também é expressão de uma cultura. É a minha. E eu a considero superior a todas as outras.
 
30 de maio de 2013
Por Reinaldo Azevedo

OS CAMPEÕES DO ABSURDO! VOCÊ ESCOLHE O MELHOR.

Lula, Dilma, Cristina Kirchner e Maduro: veja em ação os campeões do absurdo e escolha o palavrório mais espantoso do século




O vídeo de dois minutos e meio agrupa os quatro finalistas do torneio que apontará o palavrório mais absurdo do século. Representantes do Brasil, Lula concorre com a Teoria da Terra Quadrada e Dilma Rousseff busca a vitória com O Milagre da Rede Cegonha. Também estão no páreo a argentina Cristina Kirchner, autora de Diabetes é Coisa de Rico, e o venezuelano Nicolás Maduro, que chegou à etapa decisiva com Chávez agora é um Passarinho.
Confira e decida.

30 de abril de 2013
Augusto Nunes

E NA INAUGURAÇÃO DE MEIO MARACANÃ...


O tupiniquismo rastaquera se fez presente mais uma vez na primeira parte da festa de inauguração do estádio do Maracangalha.
 
E como era de se esperar, alguns Brasucas sem noção cismaram em ir fantasiados de idiotas para comemorar a meia abertura do mais caro estádio superfaturado da Copa na Pocilga.

Mas, que puta mania idiota que os Brazucas tem de sairem mais enfeitados que penteadeiras de puta em qualquer festa popular que apareça?
Tudo bem que era apenas a meia festa de inauguração, então a FIFA nada tem a ver com o ZÉ Carioca da imagem, já que o personagem pertence a empresa do falecido gringo Waldisney. Aquele que tem um parque de diversões lá Nuzestaduzunidus, onde até os filhos de ditadores da esquerda anti imperialista costumam se divertir.

O Negócio da FIFA é o nosso Fuleco, e na Copa certamente personagens que tenham outros direitos autorais serão barrados.

Na imagem ainda vemos uma Paquita da Dercy, vestida de Carmem Miranda da terceira idade em uma total indigenização do comportamento bobinho de parcela da população que adora sair às ruas fantasiados seja do que for.

Tem alguns que adoram sair fantasiados de "botão de elevador" só para levarem umas..."dedadas", se é que vocês me entendem..

Duro mesmo vai ser mostrar ao mundo que o povo da pocilga vive em ritmo de carnaval 365 dias por ano, e não perderão a oportunidade de sairem fantasiados de idiotas para deleite da turistada chegada em animais exóticos.

E viva o Brasil, dos bocós, um verdadeiro picadeiro a céu aberto!!!
 
30 de maio de 2013
omascate

O MINISTÉRIO DA CULTURA E O SERMÃO DO BOM LADRÃO


Depois de vir à tona no voto de Celso de Mello no julgamento do mensalão, eis que o Sermão do Bom Ladrão, do padre Antônio Vieira, deve voltar às manchetes – ou melhor – aos palcos, e ainda por cima com a ajuda de Marta Suplicy. 
O Ministério da Cultura aprovou a captação de 259 237 reais para a produção do Projeto Sermão, que fará 60 exibições de um monólogo do Sermão do Bom Ladrão em palcos do Rio de Janeiro.

30 de abril de 2013

PARTICIPE! AJUDE A DIVULGAR!!!

 

A força dos maus está na inércia dos bons, A impunidade e arrogância dos corruptos e bandidos tem como causa o comodismo dos honestos.
Se você se indigna com a corrupção, com condenados pela Justiça fazendo leis no Congresso Nacional, e querendo tirar o poder daqueles (STF) que os condenaram, levante-se, erga sua voz, diga não à corrupção.
 
Espero por vocês dia 1º de maio no Masp (Paulista) e nas cidades/estados marcados no link abaixo para mostrarmos que há no Brasil uma força desconhecida, desprezada, mas viva: a indignação de um povo ludibriado e roubado por políticos que se dizem seus representantes.Faça sua parte.
 
Compareça! Não permita que aqueles que te roubam continuem a rir da sua cara.
 
Proteste em seu Estado e Cidade Juntos Somos mais FortesSeja um agente atuante que exerce seus direitos e deveres.
Quarta, 1 de maio de 201315:00 até 18:00 Em São Paulo, no MASP, e principais locais das cidades do BrasilLINK DO EVENTO ## https://www.facebook.com/events/577676018933745/

30 de abril de 2013
MOVCC

ODIOSO PRECONCEITO


          Artigos - Desinformação 
       
À margem dos grandes jornais, uma operação gigantesca de desinformação a respeito se desenvolve em livros escolares, programas de TV e sites da internet, a começar pela maldita Wikipedia, concebida precisamente para ser levada a sério só por meninos de ginásio.

O célebre historiador britânico George Macaulay Trevelyan, que ninguém dirá ter sido um conservador, escreveu em 1947: “A mais odiosa forma de preconceito moral está na historiografia que condena em voz alta os crimes e perseguições de um lado, e esconde ou defende os do outro.”

Ele não imaginava que um dia, num país do Terceiro Mundo, haveria de aparecer uma comissão subsidiada com dinheiro público para dar cunho oficial precisamente a esse tipo de historiografia.

Talvez ele imaginasse que semelhante aberração só poderia existir nas ditaduras comunistas, onde a mentira histórica, imposta à população interna para fins de controle social e distribuída no restante do mundo como arma de guerra psicológica, era a norma em vez da exceção.

Como membros do esquema revolucionário tricontinental montado por Fidel Castro, que os recrutou, treinou, equipou, comandou e protegeu, nossos guerrilheiros e terroristas dos anos 60-70 foram cúmplices do morticínio espalhado pela ditadura cubana na América Central, na América do Sul e na África, o qual não fez menos de cem mil vítimas (v. http://cubaarchive.org/home/).

Pelos critérios do Julgamento de Nuremberg, José Dirceu, Dilma Rousseff, José Genoíno e tutti quanti têm muito mais crimes pelos quais responder do que cento e poucos assassinatos praticados no Brasil, que são o máximo que a mídia paternal lhes atribui, desculpando-os aliás, implícita ou explicitamente, como reação ao golpe de 1964, embora as guerrilhas começassem em 1962.

O que torna essa obviedade invisível não é só a deformação do julgamento histórico, mas a completa falsificação geográfica do cenário onde os fatos se desenrolaram. Quando falam da violência militar, jornalistas e historiadores universitários jamais se esquecem de inseri-la no quadro internacional, descrevendo-a como manifestação local da articulação anticomunista montada entre vários governos do continente, com o apoio dos EUA.

Nessa perspectiva, nossos militares aparecem como cúmplices de todos os crimes praticados contra os comunistas em escala continental. Já as guerrilhas são invariavelmente mostradas como fenômeno apenas local, sem conexão internacional significativa nem portanto culpa nenhuma pelas misérias que o governo cubano andava aprontando em três continentes.

Essa dupla geografia baseia-se, por sua vez, numa falsificação radical da escala cronológica, pois os governos militares só se articularam para um combate conjunto às guerrilhas em 1975 – a chamada “Operação Condor” --, ao passo que o comando unificado das guerrilhas no continente já existia desde 1962, quando Fidel Castro fundou a OLAS, Organização de Solidariedade Latino-Americana, reforçada pela Conferência Tricontinental de Havana em 1966.

Ou seja: a reação militar ao avanço comunista ocorreu de início sob a forma de iniciativas nacionais independentes, só tardiamente se articulando em escala maior, ao passo que as guerrilhas surgiram desde o início como um empreendimento transnacional organizado. Na nossa mídia, tanto a escala geográfica quanto a cronologia dos fatos são sistematicamente invertidas há pelo menos duas décadas.

Acrescente-se a isso que, à margem dos grandes jornais, uma operação gigantesca de desinformação a respeito se desenvolve em livros escolares, programas de TV e sites da internet, a começar pela maldita Wikipedia, concebida precisamente para ser levada a sério só por meninos de ginásio, onde o início da Operação Condor aparece removido para datas muito anteriores, às vezes até para os tempos de João Goulart na presidência, levando a falsificação ao extremo da mitologia propagandística mais torpe e descarada. Produzido com entusiasmo feroz e renitente por uma militância multitudinária, o volume desse material já ultrapassou de há muito, pela quantidade inabarcável, qualquer possibilidade de contestação racional.

O advento da “Comissão da Verdade” foi preparado com bastante antecedência pela intoxicação goebbelsiana da opinião pública.

***

Se você estranha o descaramento com que os apóstolos do “mundo melhor” mentem, trapaceiam, metem a mão no bolso dos outros e ainda se acham as encarnações supremas da virtude, fique sabendo que isso não é nenhum desvio, nenhuma perversão do espírito revolucionário: é o próprio espírito revolucionário.

Eis como Hippolyte Taine, o grande historiador da Revolução Francesa, descrevia em 1875 a mente dos jacobinos:

“Segundo o jacobino, a coisa pública é dele, e, a seus olhos, a coisa pública abrange todas as coisas privadas, corpos e bens, almas e consciências. Assim, tudo lhe pertence. Pelo simples fato de ser jacobino, ele se acha legitimamente tzar e papa... Sendo o único esclarecido, o único patriota, ele é o único digno de comandar, e seu orgulho imperioso julga que toda resistência é um crime...
No entanto, resta-lhe pôr em acordo seus próximos atos com suas palavras recentes.
A operação parece difícil, pois as palavras que ele pronunciou condenam de antemão os atos que ele planeja. Ontem, ele exagerava os direitos dos governados, ao ponto de suprimir os dos governantes; amanhã ele vai exagerar os dos governantes até suprimir os dos governados.
A dar-lhe ouvidos, o povo é o único soberano, e ele vai tratar o povo como escravo. A dar-lhe ouvidos, o governo não é mais que um criado de quarto, e ele vai dar ao governo as prerrogativas de um sultão. Ontem mesmo ele denunciava o menor exercício da autoridade pública como um crime, agora ele vai punir como um crime a menor resistência à autoridade pública.”

30 de abril de 2013

Olavo de Carvalho

Publicado no Diário do Comércio.