Um painel político do momento histórico em que vivem o país e o mundo. Pretende ser um observatório dos principais acontecimentos que dominam o cenário político nacional e internacional, e um canal de denúncias da corrupção e da violência, que afrontam a cidadania. Este não é um blog partidário, visto que partidos não representam idéias, mas interesses de grupos, e servem apenas para encobrir o oportunismo político de bandidos. Não obstante, seguimos o caminho da direita. Semitam rectam.
"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)
"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)
domingo, 9 de outubro de 2011
PIOR DO QUE ESTÁ, FICA
Desculpe-me, Francisco Everardo Oliveira Silva, o Tiririca, palhaço e deputado federal, mas pior do que está fica. Acabo de ler na Folha de S. Paulo que seu filho, Everson Silva, o Tirulipa, também palhaço, vai concorrer pelo PSB a uma cadeira de vereador em Fortaleza (CE) nas eleições do próximo ano. Pai e filho dão o que pensar sobre partidos políticos e outros temas como democracia, liberdade, cidadania.
Tiririca foi o deputado mais votado na eleição de 2010, com 1.353.820 votos. Disputou no Estado de São Paulo pelo PR, partido do Waldemar da Costa Neto. Dizia que não sabia o que fazia um deputado, mas que chegando lá prometia contar como era o “coiso”.
Até hoje não contou e nunca discursou. Talvez, por se sentir inadaptado ao novo “picadeiro”, bem diferente daquele circense e ingênuo, onde a função do palhaço é a de fazer rir principalmente as crianças. Talvez, por não conseguir decifrar o “coiso”, cujos embates por mais poder pessoal, a corrupção deslavada, os estonteantes privilégios e facilidades demandam certo tempo para serem assimilados e incorporados a partir da deterioração moral do indivíduo.
Na campanha, enviando um raio de esperança aos seus eleitores, disse Tiririca: “pior do que está não fica”. Pois está ficando.
Com relação aos partidos políticos, se no período anterior às eleições de 1986 já se achavam descaracterizados como representantes da opinião pública ou de segmentos sociais, agora o processo de degradação se acentuou. Aumentam a criação e troca de siglas que sugerem o oportunismo da caça às vagas nas convenções e o acerto de interesses eminentemente pessoais de poder pelo poder. Exacerba-se o fisiologismo partidário. Evidencia-se a ausência de qualquer ideologia, princípio ou disciplina.
Pior, minguam as oposições na medida em que o PSDB enfraqueceu depois ter servido de linha auxiliar do PT durante os oito anos do governo Lula da Silva e o DEM encolhe com a migração de muitos de seus próceres para o partido de Gilberto Kassab, o PSD, um partido oportunista que bem ilustra a vulgarização e o comércio da política brasileira.
Nascido para servir ao governo petista, o PSD poderá garantir a sonhada hegemonia do PT a vigorar, como disse certa vez José Dirceu, por vinte anos. Ou mais, visto que Fidel Castro, Hugo Chávez, Evo Morales, Ahmadinejad e muitos outros ditadores mundo afora são companheiros diletos e exemplos para Lula da Silva e a classe dominante petista que comanda o espetáculo do poder.
Portanto, com exceção de uma voz ou outra que ainda se levanta no Congresso, seja do PSDB, seja do DEM, para denunciar as falcatruas e os desmandos do Executivo, a ausência de oposições partidárias e também institucionais reforça o domínio petista que em sua tática de perder, recuar, atacar, vai ganhando cada vez mais espaços, interferindo cada vez mais na vida da população.
Não será, pois, absurdo dizer, que o governo bifronte de Lula da Silva e Dilma Rousseff acabe por atingir, por exemplo, uma das metas já propostas pelo PT, que é a de acabar com a liberdade de imprensa, aspiração antiga que vem disfarçada em belo palavrório, mas que na verdade traduz o vezo autoritário de um partido que no fundo sonha como o modelo chinês para o Brasil: capitalista na economia, comunista na política.
A situação político partidária no Brasil não é, como se nota, de pouca monta. Coloca em jogo a democracia e inerentes liberdades civis. Demonstra como é rasa nossa cultura cívica. Afinal, quando não existe oposição resta a ditadura.
Ao mesmo tempo, a deterioração partidária conduz à banalização da política, ao nivelamento por baixo. Tirulipa que ser vereador em Fortaleza e certamente o será, confirmando assim a dinastia Tiririca. Nada demais depois que o Brasil elegeu e reelegeu Lula da Silva para a presidência da República.
A partir daí tudo se transformou na ilusão da propaganda, tudo foi permitido, tudo foi corrompido, tudo foi vulgarizado, tudo foi comprado de modo nunca antes havido nesse país.
Lula da Silva, sem dúvida, fez escola, mas, o exemplo mais cabal de lulite crônica em forma aguda se apresenta na sucessora Dilma Rousseff. Recentemente na ONU Rousseff destilou a mesma arrogância lulista, o mesmo discurso pretencioso de quem quer ser professor do mundo e, quem sabe, de Deus. Na Europa, a fala entrecortada da presidente traiu sua dificuldade em se expressar, sua inaptidão para o cargo. A mesma lulite crônica acomete também ministros, como o do Esporte que integrava a comitiva, Ele não consegue dizer coisa com coisa.
É verdade que o povo vota no candidato e não no partido, mesmo porque, não temos partidos na concepção clássica, mas clubes de interesses. Isto denota nossa indigência política, porque sem partidos bem estruturados que sejam elos entre povo e governo resta o domínio do partido único e a bandalheira generalizada.
Ainda teremos muito a caminhar no Brasil rumo a uma autêntica democracia. Na atualidade, pior do que está fica.
Maria Lucia Victor Barbosa é socióloga.
09/10/2011
EXCESSO DE IMAGINAÇÃO, TEORIA DA CONSPIRAÇÃO OU ESTRATÉGIA CRIMINOSA?
Antes de expor para que a oligarquia financeira mandou destruir as Torres Gêmeas (WTC), em Nova York, e avariar o Pentágono, em Washington, vamos adicionar detalhes às demonstrações de que os autores desses crimes só podiam ser dos aparelhos de segurança e militar do governo dos EUA.
Isso emerge de dezenas de documentos. Em um filme de 49’, produzido na Itália, de que participa o prêmio Nobel Dario Fo, falam peritos, na maioria estadunidenses, em engenharia, física, materiais, aeronáutica e segurança.
Um sobrevivente, que trabalhava no 84º andar da Torre Sul, quando do impacto de um avião poucos andares abaixo, conseguiu descer ao térreo, passando pelos andares com fumaça, e diz que tudo parecia normal, até com luzes e sistema de ar.
Muitas testemunhas, como o heróico porteiro William Rodriguez, ouviram as explosões da implosão, 55 minutos após o choque do avião. O Prof. Ray Griffin refere pessoas que ouviram “bangs” das explosões e foram atiradas ao solo.
Quando do choque, a Torre sacudiu, mas voltou ao lugar. Foi desenhada e edificada para suportar impactos, como confirma o construtor dela, Frank de Martin.
Ademais, o filme mostra a Torre Windsor, em Madrid, que, em 2005, ardeu, durante 30 horas, tendo as estruturas metálicas ficado de pé após o incêndio.
Tudo isso evidencia o ridículo da versão oficial, o relatório do NIST, segundo o qual as Torres desabaram em função do calor do incêndio causado pelo avião.
Não bastasse, o professor emérito de física, Steven Jones, e outros experts esclarecem que só a 1.000 graus de calor se derretem estruturas metálicas, enquanto a queima do combustível de avião não gera sequer 300 graus.
Kevin Ryan, ex-diretor do Underwriters Labs, foi demitido por ter provado que as amostras salvas de andar atingido pelo incêndio tinham temperaturas muito baixas, e que o NIST fraudou os parâmetros da análise, dobrando o tempo de exposição ao fogo.
O perito em metalurgia Paolo Marin atesta que a Torre caiu “como se não houvesse sequer resistência do ar”: se ela não tivesse sido pulverizada, não poderia desabar na vertical e em 7 segundos. Isso ocorreu devido a explosivos de uso militar, a ponto de não terem sobrado nem pedaços de móveis, computadores e corpos das vítimas.
O governo fez retirar os destroços antes de qualquer investigação, e pedacinhos do aço das estruturas derretidas foram exportados à China. Mas, três semanas depois, foi retirado do local material com thermite, explosivo composto por alumínio, óxido de ferro e enxofre, capaz de causar a fusão de colunas de aço, comprovando a implosão controlada e acionada por rádio, como confirma William Cristison, ex-CIA.
Como a Torre foi atingida por um avião, e a manobra é impossível com Boeings 757, não se sabia o que a tocou. O filme mostra um avião da Força Aérea, certamente teleguiado.
Em 12/07/2006, o general Albert Stubblebine, ex-Comandante-Geral do Comando de Inteligência e Segurança do Exército dos EUA (INSCOM) definiu o 09/11 como farsa: “o buraco no Pentágono teve 5 metros de largura, e a envergadura de um Boeing tem 38 metros: simplesmente não encaixa!” “Nem sequer restos de motores foram encontrados”.
Para quê
Demonstrado como e quem, falta para que. A oligarquia financeira tem um só objetivo: concentrar poder, e a guerra é um dos meios para isso. Assim, inventou a estória do sequestro dos Boeings para inculpar “terroristas islâmicos” e justificar as agressões ao Afeganistão e ao Iraque.
Havia planos para controlar o Afeganistão, rota de hidrocarburantes da Ásia Central, e o Iraque, dono de enormes reservas de petróleo, além de estender as intervenções militares a mais países islâmicos.
As potências anglo-americanas, a França, a Rússia etc. haviam, anos antes, fornecido ao Iraque todo tipo de armamentos, inclusive armas químicas, para a guerra contra o Irã, que, mesmo assim, não foi vencido.
Depois, os anglo-americanos fizeram a intervenção genocida sobre o Iraque, em 1990/91, usando quantidade incrível de bombas com pontas de urânio.
Apesar da terrível destruição sofrida, Saddam Hussein não perdeu o controle do Iraque e adotou políticas favoráveis a seu país, inclusive deixando de vender petróleo por dólares.
Em seguida ao 11/09/2001, os EUA e seus aliados realizaram agressões imperiais ao Afeganistão e ao Iraque, abusando de mais mentiras, como acusar esse país de ter “armas de destruição de massa” (que as potências imperiais têm em doses inimagináveis). Tal falsidade prevaleceu até contra as verificações de inspetores das Nações Unidas.
O golpe das Torres Gêmeas serviu para anular a resistência dentro dos EUA - e reações em outros países - àquelas agressões, que completaram a destruição das instituições, inclusive culturais e milenares do Iraque, além de causar vítimas na casa dos milhões.
Rememorados a cada ano com enorme dramatização pela mídia, os “ataques” de 11/09 permitiram, ainda, radicalizar o Estado policial nos EUA e continuam servindo de pretexto para mais intervenções: na Somália, no Iêmen e em outros países. Faz também que desinformados aplaudam o latrogenocídio cometido contra a Líbia.
Ao final dos mandatos de Bush, os EUA mantinham tropas especiais em 60 países, como planejado antes de 2001. Com Obama, esse número chega a 75. O desastre na economia é acompanhado por crescente belicismo.
A oligarquia não lança guerras para dinamizar a economia - o que aconteceu, provavelmente por acaso - na época da 2ª Guerra Mundial. Ademais, hoje, a guerra emprega muito mais equipamento que gente.
O objetivo da oligarquia é implantar sua tirania em âmbito mundial. Para isso tem concentrado poder financeiro em grau inimaginável, o que acarreta a depressão da economia produtiva e acentua as dificuldades e a impotência dos dominados. Calcula que quanto maior essa impotência, mais poderá avançar na escravização da humanidade.
Nesse processo, a oligarquia tirânica assenhoreia-se, com exclusividade, também dos recursos reais: minérios preciosos e estratégicos, energia, água e terras agricultáveis.
A busca do controle sobre a energia explica a escolha dos “terroristas” islâmicos como objeto da demonização, já que o petróleo abunda sob terras muçulmanas.
As monarquias totalitárias inventadas pelos britânicos (Arábia Saudita, Coveite, Catar, EAU, Bahrein etc.) não são problema para a oligarquia anglo-americana, uma vez que entregam petróleo em troca de dólares e os aplicam principalmente no exterior. Não são sequer países: não têm população assentada em terras, mas só cidades entre o deserto e o mar, urbanizadas com dinheiro do petróleo, técnicos e trabalhadores importados.
Nesses lugares a CIA, o M-16 e outros serviços secretos não fomentam, nem financiam nem armam “rebeldes”, cuja proteção “humanitária” serve de pretexto para intervenções, como sucedeu com a Líbia.
O Irã é um país de verdade, e por isso os imperiais o consideram do “Eixo do Mal”. Saddam Hussein, no Iraque, e Muamar Gaddafi, na Líbia, investiram internamente recursos do petróleo, além de pretender vendê-lo em moedas que não o dólar.
A guerra, no caso, serve aos objetivos de assegurar acesso ao petróleo, em condições coloniais, e de assegurar sobrevida ao dólar, moeda que, de outro modo, já estaria fora de uso como divisa internacional, devido ao caos financeiro e orçamentário dos EUA.
Visa também a fomentar a indústria de armamentos e investir nesta como instrumento de poder e gerador de divisas, o único setor com balança comercial positiva, outra ajuda ao dólar em vias de colapso.
O Brasil é o país mais bem dotado em minérios preciosos e estratégicos, energia, água e terras agricultáveis. Econômica e politicamente controlado, de modo cada vez mais intenso, desde 1954, seus inestimáveis recursos vão sendo saqueados sob os olhares negligentes ou benignos dos três Poderes da República.
Por isso, a intervenção permanente que sofre dos serviços secretos das potências imperiais prescinde, desde 1964, da participação direta de forças militares norte-americanas.
Fica o Brasil sem perspectiva de independência real, enquanto não se liberar do subdesenvolvimento programado que lhe é imposto através do domínio de empresas transnacionais sobre sua economia. Está, assim, destituído do controle sobre tecnologias estratégicas, como os chips da eletrônica.
Sem indústria nacional, manietada e dizimada desde a instituição de subsídios às transnacionais, desde 1954, o Brasil carece de armamentos essenciais à sua defesa. Apesar de seu tamanho territorial e populacional, está tão sujeito a intervenções militares imperiais, como o Afeganistão ou a Líbia. Se isso não está em pauta é porque não há resistência ao saqueio dos recursos do País.
Adriano Benayon é Doutor em Economia
e autor de "Globalização versus Desenvolvimento"
A INFLAÇÃO ESTÁ AÍ, QUER QUEIRAM OU NÃO...
NOVO CICLO DE DESENVOLVIMENTO COM A "PRESIDENTA 1,99" : Custo de vida não dá trégua aos brasileiros. Inflação chega a 7,3% e castiga consumidor.
A disparada dos preços não tem dado trégua para o bolso dos brasileiros. A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) avançou 0,53% em setembro e acumulou alta de 4,97% desde janeiro.
O resultado deixou para trás a meta central de 4,5% e ampliou as chances de a inflação encerrar 2011 acima do limite estabelecido, de 6,5%. A despeito do sacrifício dos consumidores, o governo jogou a toalha.
O IPCA subiu 7,31% nos últimos 12 meses — maior valor desde maio de 2005 — e, embora o Banco Central mantenha o discurso otimista, esperando uma desaceleração até o fim do ano, o Palácio do Planalto e o Ministério da Fazenda já não veem problemas em a carestia ficar acima do teto.
Desde que seja garantido, no mínimo, um crescimento de 3,5% do Produto Interno Bruto (PIB).
Apesar da piora no cenário da inflação, endossada inclusive pelo próprio BC no último relatório trimestral sobre o tema, a preocupação maior da presidente Dilma Rousseff é garantir empregos e expansão econômica nos próximos anos.
Mesmo que não sejam alcançados números exuberantes, a ordem é crescer sempre. Desta vez, com impulso da política monetária — diferentemente de 2008, quando o lado fiscal ditou o avanço do país.
Segundo analistas, o papel de instigador caberá ao presidente do BC, Alexandre Tombini, que, sob a batuta de Dilma, patrocinará uma redução da taxa básica de juros (Selic) "moderada", segundo ele próprio.
Para o Itaú Unibanco, o país caminha em direção a uma alíquota de um dígito — para 9% — ao fim de 2012. "O governo tem enfatizado o papel central da política monetária na reação à crise, anunciando uma intenção de não recorrer a estímulos adicionais de política fiscal", destacou Ilan Goldfajn, economista-chefe do Itaú Unibanco.
"A inflação, entretanto, seguirá relativamente alta", completou.
Diante da certeza de que a inflação deste ano está praticamente perdida, o mercado colocou o BC contra a parede e, na bolsa de apostas, acredita-se que, nem em 2012, o IPCA ficará no centro da meta de 4,5%. Apenas em 2013 esse objetivo teria chances de ser alcançado.
"As previsões para o indicador em 2012 relutam em cair devido à rigidez da inflação, oriunda, por exemplo, do aumento nos preços de serviços", explicou Octavio de Barros, economista-chefe do Bradesco.
O salto do IPCA em 2011, segundo Barros, causará grande impacto na carestia do próximo ano.
As pressões sobre o custo de vida vêm de todos os lados. Os serviços têm sido um dos vilões para o orçamento familiar. O cabeleireiro subiu 6,08% no ano, enquanto os serviços bancários avançaram 12,25%.
As passagens aéreas foram responsáveis pelo avanço do grupo transporte, ao dispararem 31,48%.
Itens indispensáveis na mesa do brasileiro também estão em escalada, como o feijão carioca (6,14%) e o arroz (1,97%).
Até a cervejinha ficou 1,34% mais cara.
Victor Martins Vera Batista Ana Carolina Dinardo Correio Braziliense
A disparada dos preços não tem dado trégua para o bolso dos brasileiros. A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) avançou 0,53% em setembro e acumulou alta de 4,97% desde janeiro.
O resultado deixou para trás a meta central de 4,5% e ampliou as chances de a inflação encerrar 2011 acima do limite estabelecido, de 6,5%. A despeito do sacrifício dos consumidores, o governo jogou a toalha.
O IPCA subiu 7,31% nos últimos 12 meses — maior valor desde maio de 2005 — e, embora o Banco Central mantenha o discurso otimista, esperando uma desaceleração até o fim do ano, o Palácio do Planalto e o Ministério da Fazenda já não veem problemas em a carestia ficar acima do teto.
Desde que seja garantido, no mínimo, um crescimento de 3,5% do Produto Interno Bruto (PIB).
Apesar da piora no cenário da inflação, endossada inclusive pelo próprio BC no último relatório trimestral sobre o tema, a preocupação maior da presidente Dilma Rousseff é garantir empregos e expansão econômica nos próximos anos.
Mesmo que não sejam alcançados números exuberantes, a ordem é crescer sempre. Desta vez, com impulso da política monetária — diferentemente de 2008, quando o lado fiscal ditou o avanço do país.
Segundo analistas, o papel de instigador caberá ao presidente do BC, Alexandre Tombini, que, sob a batuta de Dilma, patrocinará uma redução da taxa básica de juros (Selic) "moderada", segundo ele próprio.
Para o Itaú Unibanco, o país caminha em direção a uma alíquota de um dígito — para 9% — ao fim de 2012. "O governo tem enfatizado o papel central da política monetária na reação à crise, anunciando uma intenção de não recorrer a estímulos adicionais de política fiscal", destacou Ilan Goldfajn, economista-chefe do Itaú Unibanco.
"A inflação, entretanto, seguirá relativamente alta", completou.
Diante da certeza de que a inflação deste ano está praticamente perdida, o mercado colocou o BC contra a parede e, na bolsa de apostas, acredita-se que, nem em 2012, o IPCA ficará no centro da meta de 4,5%. Apenas em 2013 esse objetivo teria chances de ser alcançado.
"As previsões para o indicador em 2012 relutam em cair devido à rigidez da inflação, oriunda, por exemplo, do aumento nos preços de serviços", explicou Octavio de Barros, economista-chefe do Bradesco.
O salto do IPCA em 2011, segundo Barros, causará grande impacto na carestia do próximo ano.
As pressões sobre o custo de vida vêm de todos os lados. Os serviços têm sido um dos vilões para o orçamento familiar. O cabeleireiro subiu 6,08% no ano, enquanto os serviços bancários avançaram 12,25%.
As passagens aéreas foram responsáveis pelo avanço do grupo transporte, ao dispararem 31,48%.
Itens indispensáveis na mesa do brasileiro também estão em escalada, como o feijão carioca (6,14%) e o arroz (1,97%).
Até a cervejinha ficou 1,34% mais cara.
Victor Martins Vera Batista Ana Carolina Dinardo Correio Braziliense
HÁ MAIS COISAS ENTRE O CÉU E A TERRA DO QUE A SIMPLES COMPRA DE UM SATÉLITE
Em 2008, Lula botou quase R$ 5 bilhões do BNDES e mudou o Plano Geral de Outorgas para que a Oi-Telemar, sócia do seu filho, virasse uma "supertele verde-amarela", o que daria mais soberania ao país na área das comunicações. Com as burras cheias, a Oi ampliou o seu péssimo atendimento e, agora, nem mesmo vai precisar levar banda larga para os confins do país.
O satélite que teria que ser construído pela operadora para atender as suas obrigações de fornecimento para o Plano da Banda Larga, a um custo de R$ 710 milhões, que também atenderia o Exército Brasileiro, não precisará ser mais construído.
É que o Exército decidiu ter um satélite para chamar de seu, a um custo de R$ 720 milhões(R$ 10 milhões a mais do que o da Oi), que será construído pela Telebras.
Vejam que maravilha. A estatal vai criar uma subsidiária (mais um cabide de empregos) para construir e gerir o equipamento. Isso tem cheiro de quê? De uma grande negociata. O Exército está dizendo que precisa ter um satélite exclusivo.
Depois, é claro, o tal satélite ficará ocioso. Em seguida, com certeza, será compartilhado com a Oi-Telemar, sócia do filho do Lula, a preços subsidiados, porque ela precisa de "mais satélite".
Resultado: o Brasil gastará R$ 720 milhões, ganhará mais uma estatal e quem levará vantagem será a Oi, que deveria construir o próprio satélite gastando R$ 720 milhões do próprio bolso.
Não é isso? Estamos ficando loucos? Então alguém responda:
por que o Brasil criou uma supertele verde-amarela, financiada pelo BNDES, para que o Exército forneça banda larga para os confins do Brasil?
Desde quando o Exército é operadora de telefonia?
A justificativa econômica do Exército, dada por um general imbecil, é que as FFAA pagam R$ 60 milhões por ano de aluguel para a Star One, por uma faixa exclusiva em satélite de propriedade da empresa mexicana.
E que em pouco mais de 10 anos o investimento estará pago. O que o general imbecil não calcula é o custo da mão-de-obra, da manutenção, da pesquisa, da gestão que virá junto com o satélite.
Não duvidemos que a tal estatal terá um custo de R$ 5 milhões mensais, o que totalizaria os mesmos R$ 60 milhões anuais pagos pela locação.
Aí tem coisa. Aí tem gente levando algum. Aí tem mais uma negociata lulopetista.
coroneleaks
O satélite que teria que ser construído pela operadora para atender as suas obrigações de fornecimento para o Plano da Banda Larga, a um custo de R$ 710 milhões, que também atenderia o Exército Brasileiro, não precisará ser mais construído.
É que o Exército decidiu ter um satélite para chamar de seu, a um custo de R$ 720 milhões(R$ 10 milhões a mais do que o da Oi), que será construído pela Telebras.
Vejam que maravilha. A estatal vai criar uma subsidiária (mais um cabide de empregos) para construir e gerir o equipamento. Isso tem cheiro de quê? De uma grande negociata. O Exército está dizendo que precisa ter um satélite exclusivo.
Depois, é claro, o tal satélite ficará ocioso. Em seguida, com certeza, será compartilhado com a Oi-Telemar, sócia do filho do Lula, a preços subsidiados, porque ela precisa de "mais satélite".
Resultado: o Brasil gastará R$ 720 milhões, ganhará mais uma estatal e quem levará vantagem será a Oi, que deveria construir o próprio satélite gastando R$ 720 milhões do próprio bolso.
Não é isso? Estamos ficando loucos? Então alguém responda:
por que o Brasil criou uma supertele verde-amarela, financiada pelo BNDES, para que o Exército forneça banda larga para os confins do Brasil?
Desde quando o Exército é operadora de telefonia?
A justificativa econômica do Exército, dada por um general imbecil, é que as FFAA pagam R$ 60 milhões por ano de aluguel para a Star One, por uma faixa exclusiva em satélite de propriedade da empresa mexicana.
E que em pouco mais de 10 anos o investimento estará pago. O que o general imbecil não calcula é o custo da mão-de-obra, da manutenção, da pesquisa, da gestão que virá junto com o satélite.
Não duvidemos que a tal estatal terá um custo de R$ 5 milhões mensais, o que totalizaria os mesmos R$ 60 milhões anuais pagos pela locação.
Aí tem coisa. Aí tem gente levando algum. Aí tem mais uma negociata lulopetista.
coroneleaks
FORA DE FOCO
O colunista Cláudio Humberto(clique para ampliar e ler) deveria abordar outro ângulo da notícia: o fato de um ex-presidente, poucos meses depois de sair do cargo, andar por aí fazendo palestras milionárias para empresários que favoreceu com a sua caneta ou que receberam financiamentos de bancos estatais. Sobre o Imposto de Renda, é uma bobagem. Lula registrou uma empresa, a LILS, estando, certamente, recolhendo apenas 15% ao leão, em cima de lucro presumido. Isso fora o valor que recebeu lá fora, que pode estar sendo depositado diretamente no exterior. É o tipo da notinha que só serve para desqualificar o trabalho da imprensa, escrita em cima de uma improvável suposição.
O PODER DAS REDES SOCIAIS
O mundo anda perplexo com a Primavera Árabe. O mundo anda perplexo com as mobilizações via Internet. Na Espanha e Inglaterra, as manifestações convocadas pelas redes sociais foram capazes de organizar protestos que degeneraram em incêndios e ocupações de praças. Os governos discutem a possibilidade de criminalizar o ativismo digital.
A pergunta que se coloca, entretanto, tem outra natureza: trata-se de saber até que ponto o fenômeno das redes sociais pode melhorar ou piorar a democracia. Precisamos olhar os dois lados da questão para avaliar suas possibilidades.
Do ponto de vista positivo, sabemos que a mentira sempre tem uma vigência histórica que depende do resto do mundo em desmascará-la. Às vezes a vigência histórica da mentira é curta, outras vezes dura algumas décadas, mas no fim a verdade prevalece, ainda que muitas vezes ofuscada pelas conveniências. Mesmo parcialmente, a verdade tem se sobreposto à mentira. E, sob este ponto de vista, as redes sociais possuem uma vantagem considerável.
Devemos também levar em conta que a mentira é freqüentemente utilizada durante curto período, como tem sido a fábrica de dossiês para fins eleitorais no Brasil. E, mesmo assim, consegue ser desmascarada em poucas horas.
Se considerarmos os entes coletivos como poderes sociais, podemos dizer que as redes são o sétimo poder. Depois dos três poderes do Estado, temos o quarto poder representado pela imprensa, o quinto poder representado pelos sindicatos e organizações sociais, e o sexto poder pelo crime organizado representado pelo tráfico de drogas e lavagem de dinheiro.
O sétimo poder das redes sociais tem privilegiado a organização de grupos de interesse coletivos, de caráter predominantemente apartidário (embora com a presença de militantes), em um debate não focado em programas e opiniões de partidos políticos, mas nos acontecimentos políticos gerados pelos grandes portais da imprensa, juntamente com questões existenciais e cotidianas de seus membros.
Em todos os lados do espectro político, vemos os mesmos grupos organizados. Mas, o que tem crescido substancialmente – e é aí que a diferença conta –, é a mobilização do público passivo transformado em agente ativo, através do ativismo digital propiciado pelas redes sociais.
Se de um lado do espectro, a militância por si só caracterizava a presença de ativistas estridentes, do outro lado, contingentes cada vez maiores da chamada “maioria silenciosa”, que não desejam o enfrentamento, mas que estão atentos à ponderação e à inteligência, são mobilizados pelas redes sociais.
O principal papel das redes sociais deverá ser a disseminação de conhecimentos, dentro de um quadro de sociabilidade e enlevo estético criado pela convivência, se levarmos em conta a crescente participação simultânea das pessoas em grupos de discussão, e também de poesia e literatura. Nunca esquecendo os fatos políticos que envolvem a comunidade em que se vive, essa disseminação de conhecimentos exige a presença constante dos intelectuais na interpretação dos eventos mundiais e nacionais. Trata-se, portanto, do mais democrático e participativo meio de difusão e debate de ideias jamais existente em outro momento histórico.
O lado negativo das redes sociais pode ser a formação de grupos com tendências totalitárias, e até mesmo terroristas, ou então com desvios sociopáticos comuns. Como demonstrei em meu livro “Um dia na vida o diabo duvida”, o totalitarismo se origina basicamente de três vertentes principais: a alienação e a idolatria, na versão socialista, e o altruísmo, na versão liberal. Essas três fontes precisam ser amplamente entendidas pelo cidadão globalizado do século XXI como condição de evitarmos que o totalitarismo possa ter uma vigência dominante na Internet. O altruísmo totalitário parte de meias-verdades com a finalidade de servir de instrumento de recrutamento e termina se consolidando como movimento de intimidação e degradação da ordem social.
Considere, por exemplo, o germe do “novo” movimento estudantil – a luta por mais verbas para a educação. Esta reivindicação é tão velha quanto o próprio movimento estudantil, e, no entanto, voltou com a nova geração de estudantes como panacéia para explicar a falência do ensino. Não conheço nenhum setor da vida social onde o aumento de verbas não o melhoraria em algum aspecto. Mas achar que o problema da qualidade está no aumento de verbas revela uma falácia intelectual sem precedentes. E, no entanto, durante décadas, essa é uma estratégia totalitária recorrente, baseada na criação de uma causa justa com a finalidade de recrutamento de militantes para grupos totalitários, como tem sido o histórico do movimento estudantil, hoje em dia turbinado pelo proselitismo conduzido pela cátedra.
O que as redes sociais podem fazer para neutralizar movimentos totalitários germinativos com a finalidade de arregimentação social de parcela considerável do corpo discente das escolas? Simplesmente neutralizando-os com um ativismo digital bem fundamentado. Se as redes sociais estão conseguindo isso, só o tempo dirá. Tenho a impressão que a vitória da verdade acabará por se impor.
Se levarmos em conta que o totalitarismo é uma doença do caráter humano, e que seus representantes são sempre saqueadores sociais que exploram seus semelhantes em nome da ‘justiça’ autodeclarada de suas causas, podemos concluir que esses movimentos têm grande fragilidade. Sua força só se consolida com a supressão da liberdade, condição necessária no momento em que o altruísmo de seus propósitos bater de cara com a impossibilidade de sua realização. E, enquanto houver liberdade nas redes sociais, o totalitarismo estará cercado por contingentes cada vez maiores de pessoas dispostas a desafiar seus princípios e argumentos.
Evidentemente, nem tudo pode ser creditado na conta do otimismo. Sabemos que o totalitarismo avança cada vez mais através da mudança de alguns paradigmas favorecidos pela ancestralidade oligárquica corporificada na Constituição de 1988, e pela debilidade institucional que permitiu uma migração de princípios democráticos para uma ‘subornocracia’ sem precedentes na história republicana. Anualmente, a ‘subornocracia’ distribui mais de 3 bilhões de reais para sindicatos, organizações sociais e culturais. Esse dinheiro tem dado o tom do oficialismo e da cooptação de setores importantes das classes populares e médias do país.
Além disso, ainda não assistimos a guerrilhas nas redes sociais. As difamações e calúnias ainda são dirigidas para candidatos de oposição ao status quo nos períodos eleitorais, e não a intelectuais independentes. Também não tenho conhecimento de roubo de identidade e de disseminação de informações falsas com nomes igualmente roubados de pessoas célebres na vida civil do país. Mas isso logo chegará. Precisamos estar alerta para o fato de subitamente aparecerem pessoas que conhecemos na Internet com opiniões devassas, grotescas ou opostas a toda circunspecção que lhes são características. Esse será o terreno onde as guerrilhas totalitárias, perdidas na argumentação, derrotadas no uso da palavra, estarão dispostas a manchar a reputação alheia a qualquer preço, naturalmente sendo ‘remuneradas’ para isso, direta, ou indiretamente.
Em qualquer caso, o sétimo poder das redes sociais favorece a integração social ao estabelecer novos núcleos coletivos, difusão cultural, aumento do nível intelectual dos ativistas digitais, e preparação dos ‘espíritos cultivados’ para a ordenação democrática, em oposição à delinquência intelectual que tudo faz para impor suas cretinices congênitas.
Hoje em dia é ponto pacífico entendermos a tecnologia como um instrumento que, além de melhorar a vida humana, também favorece a disseminação do saber e das virtudes cívicas. Agora que os cidadãos comuns já foram “amansados” na operação de um computador ou celular, e se resignaram com a angústia de ter que aprender novas tecnologias ainda que provectos, precisamos nos conscientizar de que ser pacífico não é ser passivo, e de que o ser humano sem vida intelectual fica espiritualmente estagnado.
Isso determina o momento em que as redes sociais oferecem o ambiente ideal onde os gostos, aspirações e interesses comuns representam uma nova sociabilidade nas relações humanas, tanto quanto os salões, saraus e clubes do passado. E, melhor, sem ingresso de entrada e sem limite físico de participação.
Sem o constrangimento do “com que roupa eu vou”, as redes sociais deverão alavancar a cultura humana de uma forma jamais pensada pelos gurus, futurólogos e profetas de todos os tempos. O resultado disso já está aparecendo na forma de uma espécie de cão-de-guarda da democracia, um poder com peso específico próprio no debate democrático.
9 de outubro de 2011
Carlos U. Pozzobon
A pergunta que se coloca, entretanto, tem outra natureza: trata-se de saber até que ponto o fenômeno das redes sociais pode melhorar ou piorar a democracia. Precisamos olhar os dois lados da questão para avaliar suas possibilidades.
Do ponto de vista positivo, sabemos que a mentira sempre tem uma vigência histórica que depende do resto do mundo em desmascará-la. Às vezes a vigência histórica da mentira é curta, outras vezes dura algumas décadas, mas no fim a verdade prevalece, ainda que muitas vezes ofuscada pelas conveniências. Mesmo parcialmente, a verdade tem se sobreposto à mentira. E, sob este ponto de vista, as redes sociais possuem uma vantagem considerável.
Devemos também levar em conta que a mentira é freqüentemente utilizada durante curto período, como tem sido a fábrica de dossiês para fins eleitorais no Brasil. E, mesmo assim, consegue ser desmascarada em poucas horas.
Se considerarmos os entes coletivos como poderes sociais, podemos dizer que as redes são o sétimo poder. Depois dos três poderes do Estado, temos o quarto poder representado pela imprensa, o quinto poder representado pelos sindicatos e organizações sociais, e o sexto poder pelo crime organizado representado pelo tráfico de drogas e lavagem de dinheiro.
O sétimo poder das redes sociais tem privilegiado a organização de grupos de interesse coletivos, de caráter predominantemente apartidário (embora com a presença de militantes), em um debate não focado em programas e opiniões de partidos políticos, mas nos acontecimentos políticos gerados pelos grandes portais da imprensa, juntamente com questões existenciais e cotidianas de seus membros.
Em todos os lados do espectro político, vemos os mesmos grupos organizados. Mas, o que tem crescido substancialmente – e é aí que a diferença conta –, é a mobilização do público passivo transformado em agente ativo, através do ativismo digital propiciado pelas redes sociais.
Se de um lado do espectro, a militância por si só caracterizava a presença de ativistas estridentes, do outro lado, contingentes cada vez maiores da chamada “maioria silenciosa”, que não desejam o enfrentamento, mas que estão atentos à ponderação e à inteligência, são mobilizados pelas redes sociais.
O principal papel das redes sociais deverá ser a disseminação de conhecimentos, dentro de um quadro de sociabilidade e enlevo estético criado pela convivência, se levarmos em conta a crescente participação simultânea das pessoas em grupos de discussão, e também de poesia e literatura. Nunca esquecendo os fatos políticos que envolvem a comunidade em que se vive, essa disseminação de conhecimentos exige a presença constante dos intelectuais na interpretação dos eventos mundiais e nacionais. Trata-se, portanto, do mais democrático e participativo meio de difusão e debate de ideias jamais existente em outro momento histórico.
O lado negativo das redes sociais pode ser a formação de grupos com tendências totalitárias, e até mesmo terroristas, ou então com desvios sociopáticos comuns. Como demonstrei em meu livro “Um dia na vida o diabo duvida”, o totalitarismo se origina basicamente de três vertentes principais: a alienação e a idolatria, na versão socialista, e o altruísmo, na versão liberal. Essas três fontes precisam ser amplamente entendidas pelo cidadão globalizado do século XXI como condição de evitarmos que o totalitarismo possa ter uma vigência dominante na Internet. O altruísmo totalitário parte de meias-verdades com a finalidade de servir de instrumento de recrutamento e termina se consolidando como movimento de intimidação e degradação da ordem social.
Considere, por exemplo, o germe do “novo” movimento estudantil – a luta por mais verbas para a educação. Esta reivindicação é tão velha quanto o próprio movimento estudantil, e, no entanto, voltou com a nova geração de estudantes como panacéia para explicar a falência do ensino. Não conheço nenhum setor da vida social onde o aumento de verbas não o melhoraria em algum aspecto. Mas achar que o problema da qualidade está no aumento de verbas revela uma falácia intelectual sem precedentes. E, no entanto, durante décadas, essa é uma estratégia totalitária recorrente, baseada na criação de uma causa justa com a finalidade de recrutamento de militantes para grupos totalitários, como tem sido o histórico do movimento estudantil, hoje em dia turbinado pelo proselitismo conduzido pela cátedra.
O que as redes sociais podem fazer para neutralizar movimentos totalitários germinativos com a finalidade de arregimentação social de parcela considerável do corpo discente das escolas? Simplesmente neutralizando-os com um ativismo digital bem fundamentado. Se as redes sociais estão conseguindo isso, só o tempo dirá. Tenho a impressão que a vitória da verdade acabará por se impor.
Se levarmos em conta que o totalitarismo é uma doença do caráter humano, e que seus representantes são sempre saqueadores sociais que exploram seus semelhantes em nome da ‘justiça’ autodeclarada de suas causas, podemos concluir que esses movimentos têm grande fragilidade. Sua força só se consolida com a supressão da liberdade, condição necessária no momento em que o altruísmo de seus propósitos bater de cara com a impossibilidade de sua realização. E, enquanto houver liberdade nas redes sociais, o totalitarismo estará cercado por contingentes cada vez maiores de pessoas dispostas a desafiar seus princípios e argumentos.
Evidentemente, nem tudo pode ser creditado na conta do otimismo. Sabemos que o totalitarismo avança cada vez mais através da mudança de alguns paradigmas favorecidos pela ancestralidade oligárquica corporificada na Constituição de 1988, e pela debilidade institucional que permitiu uma migração de princípios democráticos para uma ‘subornocracia’ sem precedentes na história republicana. Anualmente, a ‘subornocracia’ distribui mais de 3 bilhões de reais para sindicatos, organizações sociais e culturais. Esse dinheiro tem dado o tom do oficialismo e da cooptação de setores importantes das classes populares e médias do país.
Além disso, ainda não assistimos a guerrilhas nas redes sociais. As difamações e calúnias ainda são dirigidas para candidatos de oposição ao status quo nos períodos eleitorais, e não a intelectuais independentes. Também não tenho conhecimento de roubo de identidade e de disseminação de informações falsas com nomes igualmente roubados de pessoas célebres na vida civil do país. Mas isso logo chegará. Precisamos estar alerta para o fato de subitamente aparecerem pessoas que conhecemos na Internet com opiniões devassas, grotescas ou opostas a toda circunspecção que lhes são características. Esse será o terreno onde as guerrilhas totalitárias, perdidas na argumentação, derrotadas no uso da palavra, estarão dispostas a manchar a reputação alheia a qualquer preço, naturalmente sendo ‘remuneradas’ para isso, direta, ou indiretamente.
Em qualquer caso, o sétimo poder das redes sociais favorece a integração social ao estabelecer novos núcleos coletivos, difusão cultural, aumento do nível intelectual dos ativistas digitais, e preparação dos ‘espíritos cultivados’ para a ordenação democrática, em oposição à delinquência intelectual que tudo faz para impor suas cretinices congênitas.
Hoje em dia é ponto pacífico entendermos a tecnologia como um instrumento que, além de melhorar a vida humana, também favorece a disseminação do saber e das virtudes cívicas. Agora que os cidadãos comuns já foram “amansados” na operação de um computador ou celular, e se resignaram com a angústia de ter que aprender novas tecnologias ainda que provectos, precisamos nos conscientizar de que ser pacífico não é ser passivo, e de que o ser humano sem vida intelectual fica espiritualmente estagnado.
Isso determina o momento em que as redes sociais oferecem o ambiente ideal onde os gostos, aspirações e interesses comuns representam uma nova sociabilidade nas relações humanas, tanto quanto os salões, saraus e clubes do passado. E, melhor, sem ingresso de entrada e sem limite físico de participação.
Sem o constrangimento do “com que roupa eu vou”, as redes sociais deverão alavancar a cultura humana de uma forma jamais pensada pelos gurus, futurólogos e profetas de todos os tempos. O resultado disso já está aparecendo na forma de uma espécie de cão-de-guarda da democracia, um poder com peso específico próprio no debate democrático.
9 de outubro de 2011
Carlos U. Pozzobon
REMEMORANDO...
Xeque (2)
Lembram destas declarações de Lula, em 13 de agosto de 2009?
"Se o (Henrique)Meirelles disser pra mim que quer ser governador [de Goiás], primeiro vou dizer para ele que nós precisamos saber por qual partido e saber quais são os nossos aliados, porque nós precisamos construir uma aliança política para ganhar as eleições. O Meirelles não pode ser candidato para perder as eleições. Se ele quiser ser candidato, é um processo a ser construído."
"Se o Meirelles conduzir a economia de Goiás como ele conduziu o Banco Central, Goiás só tem a ganhar, vai ter um administrador excepcional, porque o Meirelles é muito competente."
"Ele fez um esforço, abandonou o cargo de deputado federal para ser presidente do Banco Central, quando ele era do PSDB. Portanto, eu tenho uma dívida de gratidão com ele, por conta do gesto dele."
Como é que o Lula vai falar alguma coisa contra Meirelles em 2012?
UM STF MOLDADO PARA ABSOLVER OS MENSALEIROS DO PT
Cotada para ocupar a vaga de Ellen Gracie, a procuradora federal concursada, Maria Elizabeth Rocha deslanchou na sua carreira quando foi cedida para o Congresso Nacional, onde atuou na liderança do PT.
“Foi ali que eu conheci os parlamentares do partido e foi o que, de certa maneira, me abriu as portas para ir para a Casa Civil”, declarou em entrevista para o Consultor Jurídico, explicando sobre o convite para atuar na subchefia para assuntos jurídicos, ao lado de José Antonio Dias Toffoli, hoje ministro do Supremo Tribunal Federal, e na época subchefe da Casa Civil.
Os bons serviços a levaram ao Superior Tribunal Militar, aos 47 anos. Agora ela é cotada para ir para o STF e julgar o Caso do Mensalão, vendo companheiros e colegas de trabalho no banco dos réus, assim como Toffoli, hoje ministro, que em entrevista à Folha de São Paulo, em 2007, afirmou:
"requerer a anistia é um direito político de qualquer pessoa condenada. A anistia é um instituto previsto na Constituição. O Congresso é que vai decidir se o José Dirceu ou qualquer pessoa que tenha sido condenada, em qualquer situação, pode ou não ser anistiada."
Tem gente que acha que o STF é quem deve fazer o que bem entende com a Constituição Federal e que uma Constituinte é um perigo. Já pensaram no STF com maioria indicada pelo José Dirceu mexendo na Carta Magna ao seu bel prazer?
Eles não precisam correr. Toffoli tem 44 anos, Elisabeth tem 52 anos...
coroneleaks
DILMA TIPO EXPORTAÇÃO
ESSE BRASIL É UMA PARADA!!!
Copacabana, outubro de 2011. A célula radical que organiza e comanda as marchas e paradas gays, tem a força para reunir milhão de pessoas que agitam suas bandeiras e símbolos, com carros carnavalescos, 15 trios elétricos, fantasias, numa luta destemida pela qual exigem direitos. Nâo compreendi até hoje o objeto fundamental das suas reivindicações - inclua-se nessas reivindicações exigências absurdas, muito além do casamento, do estatuto de "normalidade", mas agredindo os valores de uma maioria, usando os poderes públicos, manipulando a sociedade, exigindo respeito e transgredindo os padrões essenciais da sociedade, afrontando valores tradicionais.
Seguem reunindo multidões de gays e curiosos que engrossamo cordão da parada. O que ouço na TV, entrevistando os curiosos, os que acompanham o "show" é o comentário de que corso é divertido, colorido, sem estresse, sem brigas... O direito a diversidade.
Quando a cruzada é contra a corrupção, os mensalões, os assaltantes dos cofres públicos, dos nossos impostos, a defesa dos direitos da nossa cidadania, comparecem três mil cidadãos.
A sociedade caminha anestesiada, indiferente a tragédia da corrupção, da extorsão, do descaramento, que empurra esse país para o abismo da miséria moral, da indiferença ao atraso social, ao analfabetismo, às péssimas condições da saúde pública, e por aí afora...
Há algo de podre no reino de Banânia.
QUE PAÍS É ESSE?!
m.americo
Seguem reunindo multidões de gays e curiosos que engrossamo cordão da parada. O que ouço na TV, entrevistando os curiosos, os que acompanham o "show" é o comentário de que corso é divertido, colorido, sem estresse, sem brigas... O direito a diversidade.
Quando a cruzada é contra a corrupção, os mensalões, os assaltantes dos cofres públicos, dos nossos impostos, a defesa dos direitos da nossa cidadania, comparecem três mil cidadãos.
A sociedade caminha anestesiada, indiferente a tragédia da corrupção, da extorsão, do descaramento, que empurra esse país para o abismo da miséria moral, da indiferença ao atraso social, ao analfabetismo, às péssimas condições da saúde pública, e por aí afora...
Há algo de podre no reino de Banânia.
QUE PAÍS É ESSE?!
m.americo
A DEPENDÊNCIA DOS PARLAMENTARES
Os arrogantes parlamentares - vaidosos sabe-se lá de quê! - vêem o povo brasileiro, principalmente as pessoas de classes mais baixas, como seres subservientes. Uma gente condescendente e bajuladora que segue ordens enfeitadas de donativos. Em troca de esmolas apresentadas como 'projetos sociais', a sub-raça de ignorantes não exige uma vida decente, pois acreditam que estão recebendo o que merecem. Talvez estejam mesmo!
Políticos voltados para o ""social"", pois perceberam ser esta a melhor maneira de arrecadar, criaram uma dependência difícil de ser derrubada, após descobrirem que, além das bolsas, quaisquer R$ 35,00 poderiam encantar os plebeus menos favorecidos.
Mas existe o outro lado, pois em qualquer situação só existe um se houver o outro. Há traficante porque há drogados, cassinos porque existem jogadores, fortes porque há fracos e vai por aí... até chegar aos que alimentam dependentes porque existem famintos (cuja fome é cultivada com todo carinho e de maneira dissimulada para enganar trôxa).
Embora não percebam, políticos se submetem a diversos tipos de dependência. Não enxergam mas estão presos, atrelados, são dependentes compulsivos da vaidade obscura que os leva à necessidade de se manterem "poderosos", de se manterem nos cargos. Precisam viver pendurados em palanques ou microfones para pedir votos, pois sem eles os incapazes não teriam emprego rentável.
Não podem se livrar de conchavos e mutretas para sobreviver no meio político. Enfim, estão algemados ao dinheiro desonesto e à própria situação que consideram vantajosa.
Não apenas os pobres dependem de benesses políticas,
os políticos também precisam dos pobres.
jurema capelletti
GISELE, O SEXISMO E O TOTALITARISMO
Artigos - Governo do PT
Fosse para algum sexo casual, estaria tudo bem. Fosse para uma mulher, melhor ainda, Gisele ganharia medalha de honra das políticas de gênero. Mas no Brasil do politicamente correto, enfeitar-se para o marido virou dominação machista.
Nunca, nem em sonhos, despreze qualquer bandeira esquisita desenrolada e exibida como politicamente correta. Ela pode parecer frango congelado, coisa sem pé nem cabeça, mas atenção: não importa o tempo que leve nem os meios requeridos, cedo ou tarde, haverá militantes em número suficiente para mobilizar ingênuos e a bandeira vai em frente.
Ou vai pela via do Congresso, ou pela do Judiciário, ou pelo aparelhamento de movimentos e conselhos criados e controlados pelos que a conceberam. E, quando nada disso funciona, sempre há alguma instituição internacional bem alinhada com os projetos de poder onde ela será cravada.
A lista de antecedentes é imensa! Sem esgotá-la, lembro alguns. Durante anos, por exemplo, tentaram criar a tal Comissão da Verdade, cujos redatores sagrados definirão o que é verdadeiro e o que é falso em quatro décadas da nossa história. Algo tão ridículo quanto parece. Mas cresceu e já deu cria. Começam a pipocar filhotes da comissão em todo o país. Trazer as uniões homossexuais para o Direito de Família demorou um pouco mais.
Mas os ministros do STF saíram do armário, substituiram-se ao Congresso, legislaram e pronto. Reduzir o embrião humano à condição de coisa dispensável pelo ralo da pia foi mais rápido, pela mesma trilha.
Embrião não faz passeata. Como se vê, a coisa vem de longe e está apenas começando. Foi assim com os exageros do ECA, com a lei de quotas raciais, com as políticas de gênero, com as manipulações ideológicas dos concursos públicos e do ENEM, com os escandalosos livros didáticos do MEC, com o fim do ensino religioso. E anote aí: cedo ou tarde, como feto não vota, também estará aprovado o Estatuto que disciplinará sua extração em vida, aos pedaços.
Não será diferente com o controle da imprensa. Lula assumiu a presidência em 2003 e já em 2004 o Ministério da Cultura apareceu com o projeto de lei dos audiovisuais, nascido do “diálogo com alguns segmentos sociais”. Foi a primeira tentativa de impor esse controle. E a primeira inútil rejeição, porque é só uma questão de tempo e de achar o jeito. O recente Congresso da legenda que manda no país deixou bem claro o quanto é intolerável a opinião de quem se lhe opõe.
Ao mencionar a corrupção, o partido proclamou que a combaterá "sem esvaziar a política ou demonizar os partidos, sem transferir, acriticamente, para setores da mídia que se erigem em juízes da moralidade cívica, uma responsabilidade que é pública, a ser compartilhada por todos os cidadãos". Os “setores da mídia” não perdem por esperar.
Agora foi a vez da feminista que Dilma pôs na Secretaria Especial de Política para Mulheres. Do alto de suas tamancas de ministra, dona Iriny Lopes denunciou ao Conar o anúncio da Hope estrelado por Gisele Bündchen.
Na opinião daquela autoridade federal, a peça reforça “o estereótipo equivocado da mulher como objeto sexual e ignora os grandes avanços alcançados para desconstruir práticas e pensamentos sexistas”. Estamos diante do mesmo tema - o desejo de controlar tudo. Até o pensamento!
O totalitarismo é assim mesmo, voraz. Intolerável uma mulher enfeitar-se para seduzir o marido! Fosse para algum sexo casual, estaria tudo bem. Fosse para uma mulher, melhor ainda, Gisele ganharia medalha de honra das políticas de gênero.
Mas no Brasil do politicamente correto, enfeitar-se para o marido virou dominação machista. Pára com isso, Gisele! Bota um camisolão comprido, de florzinhas. Roxas. Dona Iriny e o governo federal agradecem.
Percival Puggina, 09 Outubro 2011
Fosse para algum sexo casual, estaria tudo bem. Fosse para uma mulher, melhor ainda, Gisele ganharia medalha de honra das políticas de gênero. Mas no Brasil do politicamente correto, enfeitar-se para o marido virou dominação machista.
Nunca, nem em sonhos, despreze qualquer bandeira esquisita desenrolada e exibida como politicamente correta. Ela pode parecer frango congelado, coisa sem pé nem cabeça, mas atenção: não importa o tempo que leve nem os meios requeridos, cedo ou tarde, haverá militantes em número suficiente para mobilizar ingênuos e a bandeira vai em frente.
Ou vai pela via do Congresso, ou pela do Judiciário, ou pelo aparelhamento de movimentos e conselhos criados e controlados pelos que a conceberam. E, quando nada disso funciona, sempre há alguma instituição internacional bem alinhada com os projetos de poder onde ela será cravada.
A lista de antecedentes é imensa! Sem esgotá-la, lembro alguns. Durante anos, por exemplo, tentaram criar a tal Comissão da Verdade, cujos redatores sagrados definirão o que é verdadeiro e o que é falso em quatro décadas da nossa história. Algo tão ridículo quanto parece. Mas cresceu e já deu cria. Começam a pipocar filhotes da comissão em todo o país. Trazer as uniões homossexuais para o Direito de Família demorou um pouco mais.
Mas os ministros do STF saíram do armário, substituiram-se ao Congresso, legislaram e pronto. Reduzir o embrião humano à condição de coisa dispensável pelo ralo da pia foi mais rápido, pela mesma trilha.
Embrião não faz passeata. Como se vê, a coisa vem de longe e está apenas começando. Foi assim com os exageros do ECA, com a lei de quotas raciais, com as políticas de gênero, com as manipulações ideológicas dos concursos públicos e do ENEM, com os escandalosos livros didáticos do MEC, com o fim do ensino religioso. E anote aí: cedo ou tarde, como feto não vota, também estará aprovado o Estatuto que disciplinará sua extração em vida, aos pedaços.
Não será diferente com o controle da imprensa. Lula assumiu a presidência em 2003 e já em 2004 o Ministério da Cultura apareceu com o projeto de lei dos audiovisuais, nascido do “diálogo com alguns segmentos sociais”. Foi a primeira tentativa de impor esse controle. E a primeira inútil rejeição, porque é só uma questão de tempo e de achar o jeito. O recente Congresso da legenda que manda no país deixou bem claro o quanto é intolerável a opinião de quem se lhe opõe.
Ao mencionar a corrupção, o partido proclamou que a combaterá "sem esvaziar a política ou demonizar os partidos, sem transferir, acriticamente, para setores da mídia que se erigem em juízes da moralidade cívica, uma responsabilidade que é pública, a ser compartilhada por todos os cidadãos". Os “setores da mídia” não perdem por esperar.
Agora foi a vez da feminista que Dilma pôs na Secretaria Especial de Política para Mulheres. Do alto de suas tamancas de ministra, dona Iriny Lopes denunciou ao Conar o anúncio da Hope estrelado por Gisele Bündchen.
Na opinião daquela autoridade federal, a peça reforça “o estereótipo equivocado da mulher como objeto sexual e ignora os grandes avanços alcançados para desconstruir práticas e pensamentos sexistas”. Estamos diante do mesmo tema - o desejo de controlar tudo. Até o pensamento!
O totalitarismo é assim mesmo, voraz. Intolerável uma mulher enfeitar-se para seduzir o marido! Fosse para algum sexo casual, estaria tudo bem. Fosse para uma mulher, melhor ainda, Gisele ganharia medalha de honra das políticas de gênero.
Mas no Brasil do politicamente correto, enfeitar-se para o marido virou dominação machista. Pára com isso, Gisele! Bota um camisolão comprido, de florzinhas. Roxas. Dona Iriny e o governo federal agradecem.
Percival Puggina, 09 Outubro 2011
A VERDADE SEGUNDO O PT
O Congresso Nacional do PT, em Brasília, apontou o grande problema do país no momento: a imprensa.
Faz sentido. Se não fosse a imprensa, não haveria necessidade de faxina. A sujeira estaria muito bem acomodada debaixo do tapete, que a toda hora é levantado por esses agentes sádicos da mídia burguesa.
A resolução aprovada pelo partido é bem clara:
“O PT deve repelir com firmeza as manobras da mídia conservadora e da oposição de promover uma espécie de criminalização generalizada da conduta da base de sustentação do governo.”
Fora a criminalização do português (“manobras de promover”), é isso aí.
Os companheiros do PR, por exemplo, estavam em paz no Dnit, superfaturando suas obras sem incomodar ninguém, quando veio a mídia criminalizá-los.
O companheiro ex-ministro da Agricultura, fiel aliado do PMDB, também estava na dele, “utilizando como carona” jatinhos de empresários do setor. Se a imprensa não viesse criminalizá-lo, ele ainda estaria no cargo, voando cada vez mais alto.
Foi a mídia também quem criminalizou os companheiros Palocci e Erenice, atrapalhando suas taxas de sucesso no balcão do palácio.
Por que a imprensa burguesa insiste em torpedear essa rede solidária que sustenta o governo popular? Só pode ser inveja.
Seja o que for, isso não vai ficar assim. O PT decidiu retomar sua proposta de regulação da mídia – decisão imediatamente encampada por dois ministros de Dilma. Agora vai.
Está de novo em cartaz o jeitinho petista de fazer a verdade chegar ao povo. Sem intermediários.
Dilma defendia a plenos pulmões a autonomia do Banco Central. Nos bastidores, deu uma canelada na taxa de juros e acabou com 18 anos de soberania técnica. Esses técnicos não entendem nada de juros populares.
Na comunicação também há de ser assim. Em público, vivas à liberdade de imprensa. Nos bastidores, até mordaça contrabandeada na lei de direitos humanos já se tentou.
Agora, surge mais uma investida pela “democratização dos meios de comunicação”. Ouçam uma das justificativas do PT:
“Os políticos corruptos agem cada vez mais corruptamente. A opinião pública, instruída pela cantilena liberal, conforma-se ceticamente.”
Basta ver os sorrisos radiantes de Delúbio e Dirceu no congresso do PT para imaginar o que vem por aí.
guilherme fiuza
OS PADRINHOS DO ATRASO
Está difícil segurar. As baratas vão voar. Se aposenta, Sarney! Desencarna, Lula!
A idade avançada talvez cobre um preço alto a sua memória recente. Como o presidente do Senado, José Sarney, pôde endossar os supersalários, apenas dois meses depois de ser obrigado a limitá-los ao teto do funcionalismo público? A decisão é inconstitucional, ilegal, imoral. Beneficia uns 700 servidores, que poderão voltar a ganhar acima de R$ 26.723,15, mais que os ministros do STF. Vamos todos doar para a campanha “servidor-esperança”.
Entendi. Sarney escutou Dilma dizer que o foco de seu governo não é a ética, mas “a faxina contra a pobreza”. E resolveu seguir o conselho da presidente à risca. Seus servidores no Senado ameaçavam greve. Não conseguiriam viver dignamente com menos de R$ 26 mil por mês. Estavam com medo de não poder voar mais de primeira classe. Com a caça às bruxas até no ar, não são todos os que têm o direito de usar helicópteros da PM e jatinhos de empresários para lazer pessoal.
“É como na música do Caetano: é o avesso do avesso do avesso”, disse Ricardo Ferraço, do PMDB do Espírito Santo. Ferraço é relator da reforma administrativa do Senado. Mas que reforma é esta que não resiste à influência do padrinho maranhense sobre um tribunal de Brasília? “É inacreditável”, disse ele. “O teto está na Constituição.” O assombro de Ferraço é o mesmo de todos nós. Essa limitação salarial existe desde 1998. Com todo o respeito, alguém precisa chamar o presidente do Senado à razão.
Sarney consegue, no ocaso de sua vida política, personificar todo o atraso de um país. Lula um dia o chamou de ladrão e depois beijou sua mão. A rima é inofensiva. Mas a blindagem de Sarney é nociva. Ele é o líder de um clã que enriqueceu à custa do povo sofrido do Maranhão, um dos Estados mais miseráveis do Brasil. Imagino que, na faxina contra a pobreza da diarista Dilma, o Estado do sinhozinho Sarney seja uma das prioridades.
O episódio do helicóptero da PM, cedido por Roseana para levar o pai a sua ilha particular de Curupu, é até menor. Ministros do STF desaprovaram como “um desvio de finalidade” o uso pessoal de uma aeronave destinada à segurança e à saúde do povo. Mas a maior contribuição de Sarney para o atraso do Brasil é agir como se fosse o ditador líbio de uma capitania hereditária. É como se estivesse descolado do atual processo nacional. Vive num outro tempo.
Está difícil segurar. As baratas vão voar. Se aposenta, Sarney! Desencarna, Lula! “Tenho direito a transporte de representação, e não somente a serviço. É chefe de Poder.” E assim o intocável Sarney ignora a lei de improbidade. Políticos que usam bens públicos em “obra ou serviço particular” podem ser punidos com a perda da função e suspensão de direitos políticos. Sabemos, porém, que nada vai acontecer com o oligarca. Como disse Lula, ele “não é um homem comum”.
Os descaminhos levam ao padrinho-mor, Lula, que não consegue desencarnar do poder. Deveria ser inconstitucional um ex-presidente da República despachar com ministros para tratar assuntos de governo. É escandaloso que Lula crie um governo paralelo, com base em São Paulo, para cobrar ações de ministros de Dilma. Não satisfeito em montar um ministério bichado por escândalos, Lula aponta o candidato do PT à prefeitura de SP. E freia o combate presidencial à corrupção.
Coincidência? Na semana em que Lula volta ao palco como eminência nada parda, os ministros Negromonte, das Cidades, e Novais, do Turismo, ganham uma sobrevida. Esses dois estão por um peteleco. Exonerar Paulo Bernardo das Comunicações é mais complicado, por ser casado com Gleisi. E ele “só” pegou carona na farra aérea.
Com a guerra deflagrada entre congressistas que se chamam de “débil mental” e “safado”, a folha corrida de políticos continuará a vazar. A do PP está às claras: 18 deputados respondem por irregularidades. Os dois Cunha, Eduardo (PMDB) e João Paulo (PT), não vão mais comandar a reforma da Justiça, por serem réus. A OAB acaba de lançar o site Observatório da Corrupção.
Está difícil comprar briga com a sociedade. Vai ser difícil segurar. As baratas vão voar. Se aposenta, Sarney! Desencarna, Lula!
RUTH DE AQUINO é colunista de ÉPOCA
A idade avançada talvez cobre um preço alto a sua memória recente. Como o presidente do Senado, José Sarney, pôde endossar os supersalários, apenas dois meses depois de ser obrigado a limitá-los ao teto do funcionalismo público? A decisão é inconstitucional, ilegal, imoral. Beneficia uns 700 servidores, que poderão voltar a ganhar acima de R$ 26.723,15, mais que os ministros do STF. Vamos todos doar para a campanha “servidor-esperança”.
Entendi. Sarney escutou Dilma dizer que o foco de seu governo não é a ética, mas “a faxina contra a pobreza”. E resolveu seguir o conselho da presidente à risca. Seus servidores no Senado ameaçavam greve. Não conseguiriam viver dignamente com menos de R$ 26 mil por mês. Estavam com medo de não poder voar mais de primeira classe. Com a caça às bruxas até no ar, não são todos os que têm o direito de usar helicópteros da PM e jatinhos de empresários para lazer pessoal.
“É como na música do Caetano: é o avesso do avesso do avesso”, disse Ricardo Ferraço, do PMDB do Espírito Santo. Ferraço é relator da reforma administrativa do Senado. Mas que reforma é esta que não resiste à influência do padrinho maranhense sobre um tribunal de Brasília? “É inacreditável”, disse ele. “O teto está na Constituição.” O assombro de Ferraço é o mesmo de todos nós. Essa limitação salarial existe desde 1998. Com todo o respeito, alguém precisa chamar o presidente do Senado à razão.
Sarney consegue, no ocaso de sua vida política, personificar todo o atraso de um país. Lula um dia o chamou de ladrão e depois beijou sua mão. A rima é inofensiva. Mas a blindagem de Sarney é nociva. Ele é o líder de um clã que enriqueceu à custa do povo sofrido do Maranhão, um dos Estados mais miseráveis do Brasil. Imagino que, na faxina contra a pobreza da diarista Dilma, o Estado do sinhozinho Sarney seja uma das prioridades.
O episódio do helicóptero da PM, cedido por Roseana para levar o pai a sua ilha particular de Curupu, é até menor. Ministros do STF desaprovaram como “um desvio de finalidade” o uso pessoal de uma aeronave destinada à segurança e à saúde do povo. Mas a maior contribuição de Sarney para o atraso do Brasil é agir como se fosse o ditador líbio de uma capitania hereditária. É como se estivesse descolado do atual processo nacional. Vive num outro tempo.
Está difícil segurar. As baratas vão voar. Se aposenta, Sarney! Desencarna, Lula! “Tenho direito a transporte de representação, e não somente a serviço. É chefe de Poder.” E assim o intocável Sarney ignora a lei de improbidade. Políticos que usam bens públicos em “obra ou serviço particular” podem ser punidos com a perda da função e suspensão de direitos políticos. Sabemos, porém, que nada vai acontecer com o oligarca. Como disse Lula, ele “não é um homem comum”.
Os descaminhos levam ao padrinho-mor, Lula, que não consegue desencarnar do poder. Deveria ser inconstitucional um ex-presidente da República despachar com ministros para tratar assuntos de governo. É escandaloso que Lula crie um governo paralelo, com base em São Paulo, para cobrar ações de ministros de Dilma. Não satisfeito em montar um ministério bichado por escândalos, Lula aponta o candidato do PT à prefeitura de SP. E freia o combate presidencial à corrupção.
Coincidência? Na semana em que Lula volta ao palco como eminência nada parda, os ministros Negromonte, das Cidades, e Novais, do Turismo, ganham uma sobrevida. Esses dois estão por um peteleco. Exonerar Paulo Bernardo das Comunicações é mais complicado, por ser casado com Gleisi. E ele “só” pegou carona na farra aérea.
Com a guerra deflagrada entre congressistas que se chamam de “débil mental” e “safado”, a folha corrida de políticos continuará a vazar. A do PP está às claras: 18 deputados respondem por irregularidades. Os dois Cunha, Eduardo (PMDB) e João Paulo (PT), não vão mais comandar a reforma da Justiça, por serem réus. A OAB acaba de lançar o site Observatório da Corrupção.
Está difícil comprar briga com a sociedade. Vai ser difícil segurar. As baratas vão voar. Se aposenta, Sarney! Desencarna, Lula!
RUTH DE AQUINO é colunista de ÉPOCA
Assinar:
Postagens (Atom)