"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



sábado, 13 de julho de 2013

AO CONTRÁRIO DE DILMA, PAPA OPTA POR SUÍTE SIMPLES, IGUAL AO DE CARDEAIS

Papa dormirá em suíte de 45 metros quadrados no Rio
 

Pontífice tinha a opção de ocupar um aposento de 77 metros quadrados, mas preferiu quarto igual ao de cardeais durante a Jornada Mundial da Juventude

 
Nas seis noites que passará no Rio de Janeiro, em sua primeira viagem internacional, o papa Francisco dormirá em uma suíte de 45 metros quadrados, com cama de solteiro, uma pequena mesa de trabalho, cadeira de balanço, poltrona de linho, mesinha de cabeceira, frigobar e um pequeno banheiro, todo branco e recém reformado. O quarto é cercado por uma varanda, com vista de parte do jardim do Centro de Estudos do Sumaré, na zona norte.
Francisco ficará no quarto nas seis noites em que visita o Rio - Wilton Júnior/AE
Wilton Júnior/AE
Francisco ficará no quarto nas seis noites em que visita o Rio
O pontífice tinha a opção de ocupar um aposento de 77 metros quadrados, com escritório, televisão e estante de livros, mas, em abril, durante a visita da equipe responsável pelas viagens do papa, a Arquidiocese do Rio foi avisada de que Francisco queria um quarto semelhante ao dos sete cardeais que ficarão no casarão em estilo clássico construído nos anos 1950, chamado residência Assunção.
"Preparamos tudo bonito e dentro da simplicidade. O papa é muito simples, quer tudo igual para todo mundo", diz Irmã Terezinha Fernandes, de 46 anos, superiora do Sumaré, onde está acostumada a receber grupos que alugam o espaço para retiros, seminários e também para o encontro anual dos bispos brasileiros. Em 25 anos de trabalho no centro de estudos, Irmã Terezinha preparou a recepção ao papa João Paulo II, em 1997, e, sete anos antes, ao cardeal Joseph Ratzinger, depois papa Bento XVI.
Foram necessários três meses de obras para trocar toda a estrutura hidráulica e elétrica, pintar a casa Assunção e reformar o jardim interno. Empresas de telefonia reforçaram a rede, na tentativa de fazer telefones celulares funcionarem - coisa rara no Sumaré. A rede Wi-Fi costuma funcionar bem, diz Irmã Terezinha. "Mas a gente tem que conversar um pouquinho com São Pedro, porque se vier chuva de vento a gente fica sem internet", brinca ela, no refeitório do Sumaré, depois de preparar um prato de pães de queijo iguais aos que serão servidos a Francisco, assados em forminhas de empada.
O cardápio das refeições principais ainda não está fechado. "Mas vai ter arroz, feijão e um suflê de milho que deixa todos que vêm aqui maravilhados", diz Irmã Terezinha, que normalmente trabalha com mais quatro freiras e terá o reforço de outras 15, todas do Instituto Nossa Senhora do Bom Conselho, durante a estada do papa. A louça em que serão servidas as refeições do papa e sua comitiva e as toalhas de banho terão o símbolo da Arquidiocese do Rio, e não da Santa Sé. "Foi outra recomendação do Vaticano", conta Terezinha.
Por causa das tarefas para atender Francisco e sua comitiva de 40 pessoas, as freiras do Sumaré não poderão assistir aos eventos da Jornada Mundial da Juventude, na Praia de Copacabana (zona sul) e em Guaratiba (zona oeste). "Nossa Jornada é aqui mesmo", diz Terezinha,que se considera privilegiada por organizar a recepção de dois papas.
Na residência Assunção, o papa terá à disposição uma pequena capela,no térreo. As missas matinais serão rezadas na capela Esplendor da Glória do Pai. A maior parte das peças da igreja, inclusive um crucifixo em que Jesus não está com as mãos pregadas, mas em um gesto de acolhimento, foi feita pela Irmã Cenira Bicalho, artista plástica do Rio Grande do Sul.
No gramado em frente à casa que o abrigará, o pontífice vai plantar uma muda de pau-brasil, que já está em um vaso, à espera de Francisco.
Ficará entre outras duas árvores, uma frondosa e outra que não vingou direito, plantadas por João Paulo II nas duas vezes em que se hospedou no Sumaré, em 1980 e em 1997. Ao chegar à residência Assunção, o pontífice passará por um portão de 270 anos, que pertenceu à antiga Igreja de São Pedro dos Clérigos, no centro, demolida em 1944 para a construção da avenida Presidente Vargas. Em madeira escura, contrasta com o branco que domina o casarão.
13 de julho de 2013
Luciana Nunes Leal - O Estado de S. Paulo
 
 

PAPA PODE

Corrupção no Brasil é como novelo. Puxa-se um fio e vem o novelo todo junto. De repente, não mais que de repente, descobriu-se que o presidente do Senado, Renan Calheiros, usou um jatinho da FAB para ir a um casamento da filha de um senador na Bahia. O ministro da Previdência Social, Garibaldi Alves, por sua vez usou outro jatinho para ir do Ceará ao Rio de Janeiro, onde assistiu ao jogo da final da Copa das Confederações. O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves, por sua vez, se aproveitou de outro avião da FAB para levar familiares para assistir ao jogo da seleção brasileira.

A farra é tamanha que sobrou até para o novel presidenciável emerso da Revolução de Junho de 2013 (isto é, a revolução do mês passado), o impoluto ministro do STF, Joaquim Barbosa. Segundo o Estadão, o candidato sem partido voou, a custas do Erário, para assistir a um jogo de futebol no Rio, no camarote de um tal de Huck, potestade da rede Globo, empresa que acaba de dar um gordo emprego ao filho do juiz, justo aquele por cuja guarda o ministro espancou a consorte. O vôo de altas autoridades para assistir a festas, casamentos e jogos, com dinheiro do contribuinte, já está virando parte dos usos e costumes nacionais, a ponto de nos perguntarmos que mal tem o ministro ter aderido à prática.

O STF negou que o ministro tenha voado para ver um jogo de futebol. Irá Joaquim Barbosa representar contra os repórteres do Estadão e pedir indenização por danos morais? Acho que não.

O presidente do Senado disse que não ia pagar, porque ele é chefe de um dos poderes da República – o legislativo – e, por isso, tem o direito de usar os aviões da Força Aérea. No dia seguinte mudou de idéia e decidiu devolver R$ 32 mil pelos gastos com o vôo entre Maceió, Porto Seguro e Brasília, como se 32 mil reais pagasse o vôo de um jato. Garibaldi Alves e Henrique Alves também falam em devolver. O ministro Joaquim Barbosa, acima de qualquer suspeita, não devolve não.

Este é o fio do novelo. Agora vem o novelo. Segundo os jornais de hoje, somente no primeiro semestre deste ano autoridades federais fizeram 1.664 solicitações de uso de aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB), um aumento de quase 39% em relação aos pedidos feitos no primeiro semestre do governo Dilma Rousseff, em 2011. Em média, nove autoridades decolaram por dia em jatinhos oficiais de janeiro a junho. Antes mesmo que os jovens revolucionários da gloriosa Revolução de Junho de 2013 reivindicassem o passe livre, este já era usufruído pelas autoridades do Planalto. Só que pelos céus da pátria.

Mas o novelo está longe de ser desfiado. Enquanto senador, deputado e ministro fingem pagar seus vôos privilegiados, anuncia-se para o 22 próximo a vinda ao Rio do vice-deus argentino. União, estado e município gastarão R$ 118 milhões durante a passagem do Papa pelo país. Só o governo federal desembolsará R$ 62 milhões, sendo R$ 30 milhões com ações de segurança e defesa. Estado e município darão R$ 28 milhões cada.

Enquanto o Papa estiver em território brasileiro, a segurança terá um efetivo de 10.700 homens, sendo 9 mil das Forças Armadas e 1.700 da Força Nacional. Só em Guaratiba, onde acontecerá uma vigília e a missa campal, haverá 1.500 homens da Força Nacional. A Igreja vai entrar com a contratação de 2 mil seguranças privados.

Ontem, em Roma, foram embarcados em um Hércules C-130 da FAB, dois papamóveis que servirão como meio de transporte do papa Francisco, durante sua visita ao Brasil. A aeronave deve pousar na Base Aérea do Galeão, no Rio de Janeiro, na tarde da próxima segunda-feira. Os papamóveis são dois, para o caso de um quebrar.

Nesta semana que entra, será lançado o livro com citações do vice-deus, Papa Francisco em suas Próprias Palavras, (Editora Record, 19,90 reais). Sobre o transporte público, disse Sua Santidade: “Uso o metrô quase sempre pela rapidez, mas gosto mais de ônibus, porque vejo a rua”.

Os dois papamóveis serão transportados do Rio para Aparecida, onde o vice-deus celebrará uma missa no Santuário Nossa Senhora da Conceição de Aparecida, de novo será usado um avião Hércules, e só esta operação custará à União R$ 1 milhão. Homem simples, o papa ficará hospedado na residência oficial da arquidiocese do Rio, na zona norte, num quarto simples. Segundo a Folha de São Paulo, o local tem um crucifixo de madeira na parede, um cabideiro, uma poltrona de descanso de linho claro, uma mesa de escritório e um frigobar. Há ainda uma varanda com vista para a mata.

Como se não bastasse, a Câmara dos Deputados prepara um "voo do papa" para levar parlamentares à recepção oficial no Rio de Janeiro. Pelo menos 20 deputados já pediram ao presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves, aquele mesmo que usa a FAB para ver jogos de futebol, para entrar na comitiva que vai recepcionar o papa. Os líderes partidários, por sua vez, foram convidados por Alves e aguardam ainda mais informações para saber se será possível a carona em um avião da FAB para todos.

Que vem fazer no Brasil o papa Paco? Proselitismo, como fazem todos os papas. Demagogo, fará uma visita a uma favela para demonstrar seu apreço pelos pobres. Depois volta para o fausto do Vaticano. Ao mesmo tempo em que busca conter os abusos dos vôos pela FAB das autoridades do Planalto, o governo encarrega a FAB de trazer o transporte particular do papa a este país que se pretende laico.

Papa pode. Você, contribuinte, se sentia esbulhado ao financiar vôos privilegiados de deputados, ministros e senadores? Você era feliz e não sabia. As esbórnias dos deputados e ministros são argent de poche diante do despilfarro do vice-deus. Agora você está financiando um vôo, desde Roma, de um padre argentino.


13 de julho de 2013
janer cristaldo

A COALIZÃO NO DIVÃ DO 'PSICANALISTA' TEMER


Esta semana, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva teve uma conversa de quatro horas com a presidente Dilma Rousseff. Deixou o Palácio da Alvorada às 23 horas.

Pouco transpirou desta a conversa – a primeira, presidencial, depois de três semanas – exceto o fato de Lula estar preocupado com os rumos da coalizão governista.

No dia seguinte, o vice-presidente Michel Temer recebeu, individualmente, dezenas de deputados do PMDB, avaliando a disposição de cada um em relação ao Governo.

Não há dúvida de que a aliança entre os maiores partidos da coalizão que apoia Dilma vive sua mais grave crise desde que ela foi eleita. Ela já contamina outros partidos da base. No final de março, em entrevista ao jornal Valor Econômico, Lula afirmou que, para a reeleição de Dilma, o PT não poderia trincar sua aliança com o PMDB.

Depois disso, vieram os problemas na economia, as manifestações de junho e a reação do PMDB e de outros aliados às iniciativas unilaterais de Dilma, como as propostas de Constituinte exclusiva e plebiscito.

Tudo isso diluído num caldo de reclamações sobre a coordenação política e o mau atendimento de pleitos dos deputados, que engrossou depois da eleição do deputado Eduardo Cunha como líder da bancada peemedebista na Câmara, na qual tem uma aguerrida tropa de choque. Em maio, na votação da MP dos Portos, Cunha decidiu medir forças com o Planalto e acabou derrotado em oito votações.

PERGUNTA INDISCRETA

O cristal trincou e para evitar que a jarra quebre de vez é que Temer deflagrou sua atuação psicanalítica, aparentemente por conta própria, não a pedido da presidente. Antes de falar com Temer, cada deputado ouviu do assessor político do vice-presidente, o ex-ministro Eliseu
Padilha, o pedido para que respondesse a um questionário, onde são perguntados sobre indicações feitas para cargos no governo, liberação de emendas e questões eleitorais no estado de origem. Muitos deles, entretanto, disseram não ter respondido a todas as perguntas por
considerá-las intempestivas. No final, a pergunta crucial: você apoiaria a reedição da chapa Dilma-Temer para a eleição presidencial de 2014?


Como vou responder, se nem sabemos se ela será mesmo candidata?, disseram dois deputados à coluna. Lembrados de que ela já foi lançada como tal pelo PT, dizem que depois dos protestos de junho e da queda nos índices de aprovação do Governo, a candidatura será reavaliada até
pelo próprio PT, que não correrá o risco de mantê-la na disputa com apenas 30% de aprovação. A conversa de cada um com Temer foi rápida e previsível: queixas de Dilma, do Governo
e do PT, especialmente o da Câmara, onde os petistas, sob o comando do deputado Ricardo Berzoini, conseguiram impedir, na Comissão de Orçamento, que o PMDB aprovasse o orçamento impositivo.

Dilma já foi ao fundo do poço e agora começará a recuperar a popularidade, dizem os governistas, lembrando que o recesso vem aí, que no segundo semestre não estão previstas votações dramáticas, exceto a do orçamento e que o2014 seré engolido pela campanha.

Ou seja, ela não teria, daqui para a parente, tanta dependência do apoio parlamentar do PMDB. Tal como Cunha, ela também está esticando a corda. Mas, para ser candidata, precisará do partido inteiro, e na da metade.

13 de julho de 2013
Tereza Cruvinel (Correio Braziliense)

FALTAM 33 VOTOS PARA O GOLPE

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O golpe do “Plebiscito já” continua andando. E rápido!

PT, PDT e PC do B convocaram, sexta-feira, os chefes das centrais sindicais das passeatas fracassadas para consolá-los dizendo que estão mobilizando suas bancadas no Congresso onde é mais fácil juntar gente para propósitos como esse que nas ruas.

Pelas contas feitas entre Rui Falcão, o mais alto encarregado da articulação do golpe, e Jose Guimarães, o da cueca, irmão de Genoíno o condenado, reunidos sexta no Congresso, o golpe já conta com os 138 votos das bancadas somadas dessas três “agremiações democráticas” que fecharam questão no “Plebiscito já” que pode salvar o PT do desastre quase certo em 2014 a que Dilma o condenou.

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Para os 171 votos requeridos para um “Decreto Legislativo” impondo o “Plebiscito já” (figura jurídica que é uma contradição em termos, mas vá lá, isto é o Brasil…) faltam só 33, a serem colhidos entre sólidos baluartes da legitimidade democrática como Valdemar da Costa Neto, Paulo Salim Maluf, Fernando Collor de Mello, José Sarney e outros sócios preferenciais deste governo, só pra mencionarmos alguns dos mais interessados em que o poder jamais troque de mãos e a “caixa preta” da verdade inteira sobre a roubalheira na “Era PT”, que poderá leva-los à prisão perpétua, jamais venha a ser aberta.

Na terça-feira que vem os presidentes dos três partidos reúnem-se com a mais recente aquisição do peleguismo nacional, nada menos que a Ordem dos Advogados do Brasil. Este antigo baluarte da democracia hoje está que é “cu e cueca” com Rui Falcão e José Guimarães…

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Não esquecer, finalmente, que a missão da “Jornada de Luta” sem lutadores desta última quinta-feira era explicitamente essa: reviver o “Plebiscito já“. E que quando não conseguiram quórum, partiram para o quebra-quebra que se viu no Rio.

Quanto mais isolados se virem, quanto mais notoriamente sem apoio, quanto mais ameaçados de perder o poder, portanto, mais esse pessoal “fecha” com a idéia de um golpe.

Essa é a turma que “cutumô” com jatinho da FAB e o mais que vem junto. Foram 1664 vôos neste primeiro semestre, 9 por dia, 39% a mais que no ano passado. Um monte deles passou por cima das manifestações de massa com massa onde o povo bradava nas ruas do país inteiro pelo fim do deboche no uso do dinheiro público.

Só o Alexandre Padilha, Ministro da Saúde, voou 110 vezes nestes seis meses. Quase todo dia, portanto. Só o jatinho dele e mais esses vôos valem duas, três vezes mais que o pacote de míseros 12 bi que dona Dilma magnanimamente e com o estardalhaço de sempre concedeu pra todo o sistema nacional de saúde publica na semana passada.

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Gente desse nível de cara de pau é capaz de tudo!

É tudo legal“, reagem em coro os nossos novos “jet-setters“. Legal segundo o decreto real, digo presidencial, nº 4244 que estabeleceu que assim é, e quem não gostar que coma bolos.

Não se engane, prezado leitor: assim como fazer o povão andar pra traz, por pouco que seja, depois de experimentar o melado é razão suficiente para a derrubada da Bastilha, não perder futebol na Tribuna de Honra, Trancoso de graça, carona pra corte em jatinho particular, puxação de saco e segurança perpétua sem ter de trabalhar num mundo cada vez mais instável é mais que suficiente pra motivar qualquer golpe.

TQ SAO PAULO 27.02.2012 OE NACIONAL POLITICA ELEI‚ÍES 2012 Entrevista coletiva com Rui Falc‹o, Presidente Nacional do Partido dos Trabalhadores (PT) na

Por muito menos que isso centenas de milhões de litros de sangue têm sido derramados e Gulags inteiros têm sido erguidos e mantidos pra calar a boca dos descontentes ao longo da História da Humanidade.

De modo que é hora de voltar pra rua e não sair mais dela até que esse plebiscito esteja definitivamente enterrado.

PS.: A Polícia Federal “concluiu” após “exaustiva investigação” que não houve crime no boato sobre o fim do Bolsa Família. Do que decorre que houve crime no modo como o PT tentou explorá-lo pra confundir a sua proverbial incompetência com uma tentativa de golpe da oposição.

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VOTO DISTRITAL COM "RECALL": COMO FUNCIONA

 

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Leitores do Vespeiro, do Estado de S. Paulo e ouvintes da Radio Jovem Pan pediram mais informações sobre o voto distrital com recall, no espírito mais didático possível. Lá vão.

Na eleição distrital cada município, cada estado da federação e, nas eleições envolvendo o Congresso Nacional, a União inteira são divididos em distritos eleitorais cada um mais ou menos com o mesmo numero de eleitores e cada candidato só pode concorrer aos votos de um único distrito.

Uma vez definidos os distritos eles continuam os mesmos em todas as eleições. Hoje um distrito eleitoral de âmbito nacional teria cerca de 200 mil eleitores inscritos. Os censos de população são a base para alterar os distritos eleitorais.

Assim a gente fica sabendo exatamente qual grupo de eleitores cada candidato eleito representa.
O voto distrital não é um fim em si mesmo. O que é decisivo é o recall, o poder de cada grupo de eleitores de retirar a qualquer momento o mandato de representação condicional e temporariamente concedido ao seu representante eleito.

A eleição tem de se tornar distrital apenas para abrir a possibilidade do recall em áreas delimitadas do organismo político, isto é, para permitir “intervenções cirúrgicas pouco invasivas” para remover representantes indignos do seu mandato sem que o resto do sistema sofra interferências desnecessárias ou tenha de parar de funcionar. Em outras palavras, isso permite que “o avião vá sendo concertado enquanto voa“.

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Qualquer eleitor de um distrito eleitoral tem o direito de iniciar uma petição para cassar, a qualquer momento, o mandato do seu representante. Se três, quatro ou cinco por cento dos eleitores daquele distrito – depende só de se definir a regra – assinarem essa petição, convoca-se uma votação só naquele distrito em torno de uma pergunta simples: nosso representante segue nos representando ou perde o mandato e elegemos outro?

Sem o recall o voto distrital só serviria para aumentar a frustração do eleitor violentado pelo representante indigno. Ele ficaria sabendo exatamente quem o está violentando mas continuaria desarmado para tomar qualquer providência a respeito.

Essa ferramenta dá a cada cidadão a sua pequena porção de poder sem dar a ninguém poder demais. Garante a cada um o direito de contestar o que lhe parecer errado e receber obrigatoriamente uma resposta e arma-o com um poder efetivo para forçar novas reformas sempre que elas lhe parecerem necessárias.

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O instrumento do voto distrital com recall organiza e dá consequência à “voz das ruas” com a vantagem de traduzir-lhe todas as nuances. Seu exercício é educativo e conduz a um recorrente ajuste fino do sistema.

Dá ao país a agilidade necessária para se adaptar rapidamente e sem amarras a um mundo em permanente mudança.

O recall põe um patrão em cima de cada deputado, vereador ou ocupante de cargo executivo e submete-os à mesma lei que vale aqui fora: ou trabalham, e trabalham a favor da “empresa”, ou rua.
Isso inverte a relação de poder entre representante e representado. Faz o seu deputado ter medo de você. Arma o povo para forçá-los a promover reformas sempre que quiser sem necessidade de agitações ou comoções.

É a mais poderosa arma institucional já utilizada contra a corrupção. Nos Estados Unidos, onde variações desse sistema foram adotadas na virada do século 19 para o 20, a redução foi de mais de mais de 80% da roubalheira, o que os transformou em poucos anos no país mais rico e mais livre que a humanidade já produziu.

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13 de julho de 2013
vespeiro

REFORMA POLÍTICA: CETICISMO E DESCRENÇA


 
Até agora, não consegui compreender a obsessão da sra. presidente da República em torno do processo escolhido para encaminhar a sua proposta de reforma política.

Ao adotar descabida iniciativa sobre matéria de exclusiva competência do Legislativo (Art. 49, inciso XV, da Constituição Federal), violou-a por arrogar-se atribuição que não lhe concerne.

Já não há mais conselheiros e juristas de escol que, no passado, prestando valioso aconselhamento ao chefe do Estado brasileiro, lhe diriam: “Chassez le naturel, il revient en galop”.

O que seria o natural e, portanto, mais simples de ser entendido pelo próprio eleitor? Está na Constituição e na tradição parlamentar: negociações oficiosas com as lideranças na Câmara e no Senado, elaboração e envio da proposta de emenda constitucional, se necessária, de legislação complementar ou ordinária cabíveis e o encaminhamento do pedido formal de autorização do referendo, com a devida exposição de motivos.

Submetido e acolhido este pelo corpo eleitoral, as reformas seriam promulgadas.
O referendo é instrumento mais adequado do que o plebiscito porque originário de duas fontes de poder: o Parlamento e o povo (Maurice Duverger). É de lembrar que ditadores, tiranos populistas, chefes de governos totalitários usaram e abusaram do plebiscito para massacrar a liberdade.

FASCISMO

O fascismo se implantou na Itália por seus favores; para consumar uma das piores tragédias da humanidade, Hitler convocou-o, em busca de legitimação, para fundir os cargos de presidente da Alemanha e chanceler do Reich, mal tinha sido enterrado o presidente Paul von Hindenburg, falecido em agosto de 1934.

O velho e combalido marechal, apesar de detestar Hitler, restou lembrado por nomeá-lo chanceler da Alemanha, em janeiro de 1933. Naquele mesmo ano, cedendo a pressões nazistas, assinou Hindenburg a Lei de Concessão de Plenos Poderes, que outorgou irrestritos poderes legislativos à administração do líder austríaco.

Morto o marechal, Hitler declarou vago o cargo de presidente e, como “Fuhrer und Reichskanzler”, implantou no país, até o suicídio, a barbárie. O plebiscito serviu-lhe de arma de grande valia para violentar o povo.

A reforma política, aparentemente desejada pela sra. presidente em termos democráticos, bem poderia aproveitar a oportunidade, acrescentando ao direito brasileiro o instituto do recall e o princípio da “accountability” para melhor estaquear o edifício constitucional.

O recall, muito usado nos Estados Unidos, notadamente nas esferas de poder de menor alcance, foi usado, pela primeira vez, no princípio do século passado, na Califórnia, e se revelou utilíssimo à prática democrática.

A existência dessas três estacas no edifício constitucional do Brasil induziria notável avanço institucional no nosso sistema jurídico-político e ético, que reclama controles eficazes do aparelho público.

Entretanto, sou cético. Nada funciona quando não há verdadeira vontade política. É a nossa sina, vinda de longe, no tempo, diria Proust.

(transcrito do jornal O Tempo)

13 de julho de 2013
Márcio Garcia Vilela

UM LIQUIDANTE PARA A MASSA FALIDA BRASILEIRA



As manifestações de rua cresceram e crescem à medida que engrossa o contingente de incomodados com a decadência moral, e de consequências institucionais e econômicas, do país.

Assustaram-se os governantes, cresceu o medo de ser arrancados à força ou deixados sem outra saída que não seja a renúncia.

No disposto da Constituição de 1988, é prevista a cassação de mandato presidencial, como aconteceu em 1992 com Fernando Collor, determinada pela maioria qualificada da Câmara dos Deputados e do Senado.
Não é prevista outra fórmula. Cabe eventualmente ao governante unilateralmente renunciar, caso não tenha mais condições, como renunciou Fernando Collor antecipando-se à votação do Senado, depois de ter perdido amplamente na Câmara.

Uma revolta popular, uma desobediência civil que quebre a governabilidade, poderia ser outra hipótese não prevista. Pode-se imaginar um movimento de “legítima defesa” do interesse maior da nação quando o Parlamento não respondesse ao clamor das ruas.
No caso Collor, o Parlamento se moveu pressionado pelas manifestações.
Em seguida, emparedado, optou pela cabeça do presidente antes que rolassem aquelas dos parlamentares.

Diferentemente de Collor, Dilma tem um partido que ainda está fechado com ela. É admissível, entretanto, que o constrangimento insurgente de uma prolongada e extenuante paralisação da normalidade nacional, provavelmente dos principais aeroportos, vias, portos etc., associada a uma clássica gota d’água – como foi a compra de um carro Fiat Elba por Collor, pago com cheque irregular –, leve Dilma ao desespero.

Caso a hipótese Lula faça vislumbrar ao PT a permanência no poder, realmente Dilma seria fritada. Resta ver como, sem fritar o próprio PT e qualquer candidatura que ele possa vir a lançar.
O pragmatismo ainda poderia levar o PT a apoiar um “cristão-novo”, que lhe garantisse seu quinhão, não tão amplo mas expressivo.

RENÚNCIA

No presidencialismo, a população, revoltada com a atuação do governo e dos Poderes, poderia forçar a renúncia usando a força da desobediência e da quebra da normalidade.

Nesse caso, o presidente, abandonado e esvaziado, de fato, de sua autoridade, poderia se sentir instado à renúncia, deixando, em linha sucessória, suas funções ao vice-presidente, nesse caso, Michel Temer.

Em seguida e por ordem, se apresentariam habilitados o presidente da Câmara, Henrique Alves, o presidente do Senado, Renan Calheiros, e, se nenhum desses atendesse o clamor das ruas, em último lugar, a Constituição reserva o cargo ao presidente do STF, Joaquim Barbosa.

Ninguém ousa dizer isso, mas a constante lembrança do relator do processo do mensalão como candidato à Presidência da República, em 2014, se apresenta agora como uma remota brecha constitucional, nada convencional, para ir adiante em caso de impasse total. Para tanto, bastaria que quem o precede abdicasse de seu direito sucessório, obviamente forçado pelo clamor das ruas, por movimento com ímpeto “revolucionário”.

Essa hipótese faz gelar o sangue nas veias da quase totalidade dos políticos, entretanto é uma hipótese que um caos emergente deixará na mesa de discussão.

“Golpe”? Quem está no poder certamente dará a essa saída a conotação de subversiva, mas uma eventual decisão, em agosto do STF, favorável ao abrandamento de pena dos condenados do mensalão pode ser a gota a transbordar a paciência da nação, que começou e ainda terá que pesar a inutilidade de 39 ministérios, centenas de embaixadas em paraísos tropicais, aparelhamento de estatais, inchaço da máquina pública, aumento acintoso e descabido de despesas e custeios, super e hipersalários, privilégios e mordomias, burocracia corrosiva, num conjunto de irritantes situações que se chocam com a extrema pobreza, a indecente qualidade dos serviços públicos e da estrutura viária do país.
E quem, em dez anos, não se incomodou de conviver com tantos absurdos passa a ser visto como desabilitado a fornecer alternativas.

INTOLERÂNCIA

Pesa, ainda, severamente no prato da intolerância de um contingente que cresce entre a população a inversão de prioridades de um governo perdulário convicto, preocupado com obras faraônicas e sem qualquer utilidade: trem-bala, transposição, estádios para Copa.
Exatamente o que começa a ser enxergado como fator de abandono de metrôs, rodovias, ferrovias, redes hospitalar e educacional.

Enquanto se ergueram 12 estádios bilionários, o programa de 6.000 creches, cada uma de R$ 1,4 milhão, não alcançou uma dezena de realizações em 30 meses.

A rejeição a Dilma pode piorar ainda, entendendo-se a proposta de plebiscito como uma tentativa de sair pela tangente, de repautar, num campo insosso e frívolo, a resposta ao clamor por justiça, diminuição de gastos e adequação de prioridades.
Dilma, refém de seus erros passados, da falta de autonomia em relação aos caprichos de quem a rodeia, arrisca ser entendida como surda ao clamor da sociedade, que já não é mais minoritária e impotente.

Daqui para frente, o processo de digestão dos eventos poderá deixar mais claros os problemas, que não dependem tanto do sistema político, nem de leis ou de regras em vigor, mas da péssima qualidade dos agentes políticos que ocupam o poder e ainda se esbaldam de impunidade e irresponsabilidade.

Talvez pela primeira vez nos últimos dez anos estejam convergindo a sensação de inconformismo do cidadão intelectualizado e a do não intelectualizado, ambos ameaçados por um sistema desequilibrado e, em muitos aspectos, injusto.

Caso a governabilidade de Dilma seja colocada em xeque, apresenta-se a hipótese, ainda remota, de se convocar um liquidante judicial da massa falida brasileira, durante um hiato necessário à recuperação.

13 de julho de 2013
Vittorio Medioli

QUANDO O HUMOR DESENHA A REALIDADE




13 de julho de 2013

LUPA NA MÃO

Deputado oposicionista quer abrir a caixa preta do grupo EBX, mas caso JBS Friboi também merece atenção

Deputado federal pelo PSDB de São Paulo, Vaz de Lima, que integra a Comissão de Fiscalização Financeira e Controle (CFFC), trabalha para que o BNDES e a Caixa Econômica Federal detalhem as respectivas participações nas empresas de Eike Batista.

Em requerimento, o parlamentar solicita a convocação dos ministros da Fazenda, Guido Mantega, do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, além dos presidentes do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico, Luciano Coutinho e da Caixa Econômica Federal, Jorge Hereda.

O castelo de areia erguido por Eike Batista começou a desmoronar recentemente, o que fez com que suas empresas derretessem na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), causando enorme apreensão no mercado financeiro e principalmente aos que apostaram suas economias no grupo EBX.

A chance de o requerimento do tucano Vaz de Lima ser aprovado pela Câmara é quase remota, pois a chamada base aliada deve barrar o pedido que abriria a caixa preta do Partido dos Trabalhadores e colocaria as duas instituições financeiras (Caixa e BNDES) em situação difícil.

Contudo, não é apenas a relação do BNDES e da Caixa com as empresas “X” que deve ser detalhada aos brasileiros.
O frigorífico JBS Friboi conseguiu, nos últimos anos, benesses iguais ou maiores com ambas as instituições, apesar de toda a polêmica que gravita na órbita da empresa comandada pela família Batista.
Como se não bastasse, cresce a cada dia, na região Centro-Oeste, a desconfiança sobre eventuais sócios ocultos do JBS Friboi.

13 de julho de 2013
ucho.info

JOGO RASTEIRO

Editor do ucho.info é ameaçado de morte por causa de matérias sobre o “Dia Nacional de Lutas”

O jornalismo torna-se uma operação de risco quando exercido sob o manto corroído da ditadura, que simplesmente ignora o direito à livre manifestação do pensamento, tão bem acolhido na Carta Magna brasileira e de inúmeras nações livres e democráticas.

No Brasil, que cambaleia no meio fio do esquerdismo chicaneiro, ter opinião própria é crime ou pode significar o passaporte para a morte quando os interesses dos poderosos são contrariados.

Horas depois de o ucho.info publicar matérias sobre o fracasso do Dia Nacional de Lutas, protestos encomendados pelo lobista-fugitivo Lula para salvar o PT e sua sucessora, o editor do site foi ameaçado de morte por um criminoso que não aceita a crise ronda a ditadura sindical que se instalou no País há anos.

Os muitos sindicatos que se espalham do Oiapoque ao Chuí passam por grave e profunda crise de representatividade, cenário que pode ser considerado como o primeiro ato de uma derrocada do sindicalismo pelego que só sabe bater a carteira dos incautos filiados.

É fato que na extensa maioria das vezes aquele que ameaça não cumpre a promessa, mas a mensagem eletrônica recebida pelo editor foi devidamente identificada e repassada às autoridades policiais, que agora cuidam do caso. De nada adianta a intimidação desses proxenetas da ditadura comunista, pois a missão do ucho.info, estabelecida de forma clara desde a primeira edição, será mantida independentemente do que venham a fazer.

Ameaças não mais assustam o editor do site, que interpreta atos criminosos dessa natureza, que atentam contra a democracia, como um sinal de desespero de quem começa a perceber os primeiros sinais de fracasso de um projeto totalitarista de poder.

Todas as intimidações, colecionadas ao longo dos doze anos de existência do ucho.info, mostram que estamos no caminho correto e não por acaso é cada vez maior o reconhecimento do jornalismo verdadeiro, coerente e responsável que fazemos incansavelmente, que nesses tempos de esquerdismo boquirroto tem funcionado como trincheira da cidadania e bastião da resistência.

Essa ação covarde e pequena, típica de quem se alimenta da valentia dos bastidores, nos permite recordar o brilhante e genial Mario Quintana, que certa vez escreveu: “Todos estes que aí estão atravancando o meu caminho, eles passarão. Eu passarinho!”

13 de julho de 2013
ucho.info

HISTÓRIAS DO BRASIL - CAP. 1/10

APLAUDINDO A "CUMPANHERADA"...

    Acho que foi um sucesso! Muitos balões desfilaram, que lindo!

     
     
    13 de julho de 2013

    CADÊ O EBRIOSO PARLAPATÃO VELHACO PARA EXPLICAR ESSA HERANÇA MALDITA? RECESSÃO A CAMINHO! PIB APONTA PARA RECESSÃO.


     
    Os indicadores de atividade dão sinais cada vez mais claros de que a economia brasileira se aproxima de uma recessão, ainda que leve e passageira.
    Ontem, essa hipótese foi reforçada pelo Banco Central, que registrou, em maio, retração de 1,4% no Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), considerado uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB). Foi o maior tombo mensal desde dezembro de 2008, quando o Brasil sentiu o impacto do estouro da bolha imobiliária dos Estados Unidos.

    Naquele mês, a queda foi de 4,3% e o país mergulhou na recessão, como quase todo o mundo.

    Mesmo pessimista, nem o mercado acreditava em um recuo tão grande do IBC-Br em maio. Os analistas apostavam em retração de, no máximo, 1,2%. Com o resultado captado pelo BC, no acumulado de 12 meses, o indicador aponta alta de 1,89%, sinalizando que o Brasil terá de conviver com pibinhos por um bom período.
    Nas contas dos especialistas, tudo leva a crer que, no segundo trimestre do ano, o PIB oficial, calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), avançou entre 0,5% e 0,8%, abaixo, portanto, da estimativa de 1% alardeada pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega.


    A se confirmar mais esse resultado fraco — entre janeiro e março, o salto foi de frustrante 0,6% —, o crescimento da economia neste ano será inferior a 2%, mais para 1,5% do que para 1,8%. Mantega, porém, manterá o discurso de que é possível um incremento de 3%.
    A queda no IBC-Br ocorreu um mês depois de o BC iniciar o ciclo de alta dos juros, com o objetivo de combater a disparada da inflação, que, em março, havia estourado o teto da meta de 6,5%. Em abril, a taxa básica (Selic) passou de 7,25% para 7,5% ao ano e, em maio, atingiu 8%.
    Nesta semana, com os juros pulando para 8,5% ao ano, o mercado sacramentou que o governo tinha perdido a guerra para o crescimento do PIB deste ano. O objetivo do arrocho monetário, agora, é tentar salvar 2014, quando a presidente Dilma Rousseff buscará a reeleição. Mas os especialistas veem um ano ainda mais difícil do que 2013, com PIB minguado, inflação na casa dos 6% e desemprego em alta.
    Confusão
    As mudanças bruscas dos indicadores, sempre para pior, têm assustado os analistas e técnicos do governo. “Nossa aposta era de avanço de 2,2% para o PIB neste ano. Mas esse número, agora, adquiriu viés de baixa.

    Estou ressabiado em fazer uma análise para o segundo trimestre, porque a confusão é tanta que está difícil entender os indicadores”, disse José Francisco de Lima Gonçalves, economista-chefe do Banco Fator. Na avaliação do economista-chefe do Espírito Santo Investment Bank (BES), Jankiel Santos, independentemente da instabilidade dos números, o certo é que o IBC-Br “jogou um balde de água fria em todo mundo”.
    Para os analistas, tudo está pesando contra a economia brasileira.
    Não bastasse o mercado externo estar ruim, com a Europa ainda em recessão, a China desacelerando rapidamente e os Estados Unidos se recuperando a passos lentos, há uma desconfiança generalizada em relação ao governo, que tem cometido uma sucessão de erros — o mais grave deles, ter sido leniente no combate à inflação que corroeu o poder de compra das famílias já muito endividadas.
    As empresas suspenderam os investimentos produtivos, o dólar disparou, criando mais pressões sobre o custo de vida, e as contas públicas estão desmoralizadas.
    “Em meio a tudo isso, a indústria caiu 2% em maio e as vendas do varejo ficaram estagnadas”, disse o economista-chefe do INVX Global, Eduardo Velho.13 de julho de 2013
    SIMONE KAFRUNI Correio Braziliense

    ENQUANTO ISSO NO "GUVERNU" ... MAIS SAÚDE PARA VOCÊ? NECA DE PITIBIRIBA! MAIS MAQUIAGEM NO SUS!



    A saúde detém um dos maiores índices de reprovação do governo Dilma.

    Praticamente três em cada quatro brasileiros (74%) desaprovam as medidas de atendimento na rede pública, segundo pesquisa CNI/Ibope divulgada em março. Na tentativa de reverter esse quadro, o governo federal lançou o programa Mais Médicos, com o objetivo de ampliar o número de profissionais brasileiros e estrangeiros em cidades do interior e na periferia dos grandes centros.

    O plano, totalmente inconsistente, não passa de uma maquiagem no sistema. Os médicos não vão para o interior por total falta de estrutura para trabalhar. De que adianta instalar um profissional num puxadinho de madeira improvisado às margens do Rio Amazonas, sem água potável, sem fio para sutura, sem seringa, sem maca?

    Médico estuda para salvar vidas, não para assistir pessoas morrerem por falta de condições de fazer uma cirurgia, por falta de medicamentos ou de exames. Hoje, infelizmente, os profissionais que trabalham com atenção básica no Brasil fazem isso por vocação, não por reconhecimento.

    A melhor forma de assegurar a presença de médicos nas cidades pequenas é garantindo a estrutura necessária, por meio de mais recursos para o SUS (um mínimo de 10% da receita bruta da União), e criando uma carreira de Estado para a categoria, como a de juízes, por exemplo, na qual o profissional começa a trabalhar no interior e vai migrando para os médios e grandes centros, de acordo com a progressão na carreira.

    Mas, em vez de incentivar, o governo prefere adotar medidas austeras, como a que obriga recém-formados a trabalhar dois anos no SUS, após a conclusão dos seis anos de faculdade de medicina. Se for assim, engenheiros deveriam ser forçados a construir casas populares e advogados a trabalhar na defensoria pública.

    O Brasil é uma democracia ou uma ditadura?

    Alegar que não há médicos suficientes no país é uma falácia. O estudo Demografia médica no Brasil, divulgado no fim de 2011, mostra que, em termos absolutos, o Brasil é o quinto país do mundo com o maior número de médicos.

    São 371.788 profissionais, 4,05% da população médica mundial e 19,2% dos médicos das Américas.
    Está atrás apenas da China (1.905.436), dos Estados Unidos (793.648),
    da Índia (640.801)
    e da Rússia (614.183).

    Com base nessa inverdade, o governo quer trazer médicos formados em outros países para trabalharem aqui sem serem aprovados pelo Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos Expedidos por Instituições Estrangeiras (Revalida). Esse exame é a garantia da manutenção dos padrões de qualidade da medicina brasileira.

    Afinal, se a Constituição Federal não estipulou cidadãos de segunda categoria, o país não pode admitir que moradores de cidades do interior sejam atendidos por pessoas cuja formação profissional suscite dúvidas.

    No entanto, ao que tudo indica, para o governo do PT, vale à pena colocar milhões de vidas em risco por uma medida eleitoreira. Vale até criar regras alternativas, como descartar o Revalida e criar uma especialização de três semanas em universidades brasileiras para que os novos médicos se adequem ao nosso método de trabalho.

    Além de não medir a competência desses profissionais, o Conselho Federal de Medicina (CFM) considera ilegal a concessão provisória e vai questionar o mérito na Justiça.

    Resta saber quem vai se responsabilizar pelas mortes que, eventualmente, esses médicos produzirão.
    O Ministério da Saúde alega que, se os médicos estrangeiros forem submetidos e aprovados pelo Revalida, eles poderão atuar em qualquer lugar do Brasil, migrando para as capitais. Porém, a verdade por trás desse argumento é que, se esses médicos forem submetidos ao Revalida, o plano do governo acaba, pois, dos 884 candidatos inscritos para a edição de 2012, apenas 77 passaram.
    Contra os que argumentam que o Revalida é excessivamente rigoroso, basta verificar que o exame foi aplicado na Universidade Federal do Rio Grande do Norte e teve 70% de aprovação

    A saúde está doente, sim.
    A única forma de recuperá-la é tratando a causa e não protelando o problema com medidas paliativas e ineficazes como o programa Mais Médicos e nenhuma quali
    dade.

    Hilton Medeiros Correio Braziliense
    Ex-presidente da Sociedade Brasiliense de Oftalmologia, membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia
    13 de julho de 2013

    PARA REGISTRO! APRENDIZ DE DÉSPOTA FRUSTRADO, CACHACEIRO, PARLAPATÃO, ABJETO, UM TAL FILHO... DO BRASIL, UM VELHACO, ENFIM.



    O homem que esteve à frente desta nação e não teve coragem, nem competência, nem vontade para implantar reforma alguma neste país, pois as reformas tributárias e trabalhistas nunca saíram do papel, e a educação, a saúde e a segurança ficaram piores do que nunca.
    O homem que mais teve amigos safados e aliados envolvidos, da cueca ao pescoço, em corrupção e roubalheira, gastando com os cartões corporativos e dentro de todos os tipos de esquemas.

    https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiqZDecfBm1vVrZYWUUvDZBhuWcZFJxHPsNAczHWb9TRP9aAd5X5u9ovRrGyDZan0Qcp_aRXAPfq1CM1GbIxl1WlPARGPIRPrhGM2blBUmhZ-_eLdwjwgyYhyphenhyphenk_lOcQBD9lDE28q0onaydo/s640/OS+MENSALEITOS+DO+PT.jpg
    O homem que conseguiu inchar o Estado brasileiro e as empresas estatais com tantos e tantos funcionários, tão vagabundos quanto ele, e ainda assim fazê-lo funcionar pior do que antes.
    O homem que tem uma mulher medíocre, inútil, vulgar e gastadeira, que usava, indevidamente e desbragadamente, um cartão corporativo, ao qual ela não tinha direito constitucional, que ia de avião presidencial para São Paulo “fazer escova” no cabelo e retornar a Brasília.
    O homem que ajudou seu filho a enriquecer, tornando-o milionário do dia para a noite, sem esforço próprio algum, só às custas de conchavos com empresas interessadas em mamar nas “tetas” do governo.E depois ainda disse para a nação que “esse garoto é um fenômeno”, e lhe concedeu um passaporte diplomático.
    https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEghdzVpi6odUUOS68QLStKI7ECDZa2diKblYu4OmdDT_91qtmEwl4Q_AVrMOEpaBElYygUXJipVJGL-TasdigbxDAwfE9lY_3jnKlzFDR_dxm0WG_3zvQDxbC48QEVeg6bIx219wQ5YVWw/s1600/lulinha1.jpg
     
    O homem que mais viajou inutilmente, quando presidente deste país, comprando um avião caríssimo só para viajar pelo mundo e hospedar-se às custas da nação brasileira nos mais caros hotéis, tão futilmente e às custas dos impostos que extorquiu do povo.
    O homem que aceitou passivamente todas as ações e humilhações contra o Brasil e contra os brasileiros diante da Argentina, Bolívia, Equador, Paraguai.
    O homem que, perdulária e irresponsavelmente, e debochando da nossa inteligência, perdoou dívidas de países também corruptos, cujos mandatários são “esquerdistas”, e enviou dinheiro a título de doação para eles, esquecendo-se que no Brasil também temos miseráveis, carentes de bons hospitais, de escolas decentes e de um lugar digno para viver.
    https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjFxXlQE0FEi4du9YFz8zbzBuxpZjsBrUvlYylpllOvdI3bCDDj0jSbhjLNw4p1tUOqp-sfbx1O0iyJcdf6ydts3zCvjWOrz9aqFmKa040AYQhFUuYSVop6YZuWOFduotJy9P6WjFVG/s400/not60246.jpg
     
    O homem que, por tudo isso e mais um elenco de coisas imorais e absurdas, transformou este país num chiqueiro libertino e sem futuro para quem não está no seu “grande esquema”.
    O homem que transformou o Brasil em abrigo de marginais internacionais, FARC’anos etc., negando-se, por exemplo, a extraditar um criminoso vagabundo, para um país democrático que o julgou e condenou democraticamente. Esse homem representa o que mais nos envergonha pelo Mundo afora!!

     
     
    O homem que transformou corruptos e bandidos do passado em aliados de primeira linha.
    O homem que transformou o Brasil num país de parasitas e vagabundos, com o Bolsa Família, com o repasse sem limite de recursos ao MST, o maior latifúndio improdutivo do mundo e abrigo de bandidos e vagabundos e que manipulam alguns ingênuos e verdadeiros colonos.
    Para se justificar a estes novos vagabundos, o homem lhes afirma ser desnecessário ESTUDAR e que, para se “dar bem” neste País, basta ser vagabundo, safado, esquerdista e esperto.
    Aliás, neste caso, o homem fez inverter uma das mais importantes Leis da Física, que é a Lei da Atração e repulsão; significa que força de idênticos sinais se repelem e as de sinais contrários se atraem.Mas esse homem inventou que forças do mesmo sinal se atraem.

    Por exemplo: 
    ele (o homem) atrai, para sua base, políticos como JOSÉ SARNEY, COLLOR, RENAN… que ficaram amiguinhos de seus comparsas JOSÉ DIRCEU, GENOÍNO, GUSCHIQUEN, e ainda agregaram o apoio de juristas como LEWANDOVSKI, TOFOLI, etc. …
    É, homem… Você é o cara… É o cara de pau mais descarado que o Brasil já conheceu.
    https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhR-PhBI6kePOc85MIdAc7JE491pkhijpjW_QkmpgD6NHEk8p9VakDf2HQeCTqEY2FhzwaVtBfAYMJgmtBLOCtUDfH10ABTfW5EfhxxaK9_osqNWaTluuMBXyoPpHTn6xAaXJ3-w7GyB9oE/s400/lula11.jpg
     
    É, homem, você é o cara…É o cara que não tem um pingo de vergonha na cara, não tem escrúpulos, é “o cara” mais nocivo que tivemos a infelicidade de ter como presidente do Brasil! Mas …como diz o velho ditado popular:NÃO HÁ MAL QUE SEMPRE DURE…

    https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiOy4Ln-mRrw9nIidYyCOxC686vKoOjlEVPWLFZeHPpxCljuFYKSzroXmrovBo78F43HuFKIiMbir2_FE_Tk7kkbnX3a78hgBzYodkulFfjGvX0ubADufZY1dDdqnZ2CK3I73UzevNRXXrA/s640/000blog.jpg
    Caio Lucas Macedo
    Advogado-OAB 4536-SPBR

    Extraído da área de comentários em : 
    Geração Facebook diz “não” 
     
    13 de julho de 2013

    O CLÁSSICO EXEMPLO DO QUE AS RUAS REJEITARAM NA MANIFESTAÇÃO: POLÍTICA SUBALTERNA! JOGO SUJO!

    Quanta maldade
     
    Sabem o que circula em Brasília? Que, em troca de Dilma lançar um candidato fraco do PT em São Paulo, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) faria corpo mole na campanha de Aécio Neves no maior colégio eleitoral do país.

    Nesta equação, Dilma se livraria da influência de Lula no estado e derrotaria os tucanos. Alckmin teria a sua reeleição facilitada e sairia fortalecido para disputar a presidência em 2018. Uma parceria ganha-ganha, segundo as más línguas.

    Faz sentido? Estaríamos diante do maior estelionato eleitoral contra a oposição já cometido na história deste país, com a conivência da própria? Impossível acreditar.

    13 de julho de 2013
    in coroneLeaks

    UM GESTO AMERICANO

     

    O governo dos Estados Unidos está disposto a fazer, nos próximos meses, uma revisão de seu sistema de monitoramento de informações no exterior.

    O gesto é um reconhecimento da dificuldade criada por seu país aos países da Europa e da América Latina que foram alvos de espionagem da Agência de Segurança Nacional dos EUA (National Security Agency — NSA, na sigla em inglês).

     O programa de acompanhamento de e-mails e ligações telefônicas foi denunciado pelo GLOBO, com base nas informações do ex-técnico da CIA Edward Snowden, que já havia denunciado o esquema a nível internacional.

    O embaixador dos Estados Unidos no Brasil ,Thomas Shannon, informou às autoridades brasileiras que um grupo de especialistas americanos virá ao Brasil e a outros países, citando diretamente a Alemanha, para iniciar essas conversações.

    Não houve a especificação sobre a missão americana, mas as autoridades brasileiras consideraram que uma reformulação desse sistema denunciado pelo ex-técnico da CIA Edward Snowden é necessária para que as relações bilaterais não sejam afetadas mais do que já foram no episódio.

    Um ministro chegou a comentar que seria desnecessário enviar especialistas para explicar às autoridades brasileiras como funciona o sistema de espionagem dos Estados Unidos, “pois isso a gente já sabe”. O governo americano estaria inclinado a um gesto desse tipo para dar aos países aliados razões para continuar agindo de maneira a não aumentar a crise internacional.

    A situação do Brasil, por exemplo, seria delicada devido ao Mercosul, que reúne países da região hostis, na sua maioria, aos Estados Unidos, e a reação negativa, como era esperado, ganhou tom acima do que vinha sendo utilizado pelo próprio governo brasileiro.

    Foi anotada pela diplomacia dos EUA a não adesão do governo brasileiro a sugestões drásticas feitas no calor da descoberta do esquema de espionagem, como dar asilo a Snowden ou cancelar a viagem de Estado que a presidente Dilma fará aos Estados Unidos brevemente.

    O exemplo contrário é o do governo de Nicolás Maduro na Venezuela, que vinha negociando nos bastidores uma reaproximação com os Estados Unidos, mas não resistiu a oferecer asilo a Snowden quando a oportunidade surgiu.

    O governo americano está ciente de que será necessário dar um tratamento especial ao Brasil nesses gestos de boa vontade justamente para permitir que o governo brasileiro tenha condições políticas de manter uma posição equilibrada na questão.

    O caso do presidente da Bolívia, Evo Morales, que, em 2 de julho, na volta de uma viagem oficial à Rússia, teve os espaços aéreos de França, Espanha, Portugal e Itália fechados a seu avião oficial devido à suspeita de que Snowden estivesse a bordo, é emblemático de como essas situações delicadas das relações internacionais têm diversas facetas.

    O fato de os governos europeus terem colaborado no cerco ao avião de Morales é ao mesmo tempo uma demonstração de que eles continuam apoiando os EUA, mesmo depois das denúncias de espionagem, mas também é combustível para aprofundar as divergências dos países da América Latina com a política externa americana.

    Os presidentes do Mercosul assinaram ontem documento em que deixam claro “o repúdio à espionagem por parte dos Estados Unidos nos países da região”. Também haverá ação conjunta contra os países europeus exigindo desculpas formais pelo constrangimento a que teriam submetido Evo Morales.

    É previsível que, depois da revelação desse esquema de monitoramento de dados, a questão da segurança cibernética ganhe relevo na região e em especial no Brasil, que tem informações importantes a proteger, desde o enriquecimento de urânio até a exploração do pré-sal.

    O ministro da Defesa, Celso Amorim, admitiu no Senado que o Brasil é vulnerável à ação de outros países e mesmo de hackers, e pretende aproveitar o episódio para transformar o tema da segurança cibernética em prioridade em sua área.

    O fato é que o governo brasileiro soube enfrentar as denúncias com uma atitude firme, mas sem transformá-las em uma crise institucional que impedisse a continuidade das relações com os EUA em bom nível, como hoje. O passo seguinte está com os Estados Unidos.

    13 de julho de 2013
    Merval Pereira, O Globo