"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



quarta-feira, 15 de maio de 2013

SANATÓRIO (OU SANITÁRIO) DA 'POLÍTICA' BRASILEIRA

Doutor em gente


“Ele não é um monstro e não deve ser demonizado pela mídia”.

Jaye Schlachet, advogado de Ariel Castro, acusado de estuprar e sequestrar três mulheres e mantê-las como reféns por 10 anos em Cleveland, nos Estados Unidos, preparando terreno para garantir que seu cliente é gente fina.

Servidores da nação

“A data deve ser comemorada anualmente, já que trouxe a libertação do Corinthians e merece entrar no calendário oficial”.

Goulart (PSD), David Soares (PSD) e Juscelino Gadelha (PSB), vereadores paulistanos, na justificativa do projeto de lei, aprovado nesta quarta-feira, que incluiu o 4 de julho no calendário oficial da cidade como “Dia da Independência Corintiana”.

Camelô de empreiteiro

“Os ricos não precisam de governo”.

Lula, revelando que resolveu instalar um poste na Presidência da República porque, depois de ter virado camelô de empreiteiro, entrou no clube dos que não precisam de governo.

Mãos dadas

“Mostrei que é possível um governante governar de forma republicana, sem odiar quem me odiava”.

Lula, na pajelança dos dez anos de governo do PT, explicando que uma das lições de ética que ministrou ao Brasil foi provar que é possível governar de mãos dadas (e sem algemas) com gente como José Sarney, Fernando Collor e Paulo Maluf.

Sem vergonha

“É normal ter a liberação de emendas”.

Ideli Salvatti, um berreiro à procura de uma ideia e ministra das Relações Institucionais, sobre a troca de verbas parlamentares por votos a favor da Medida Provisória dos Portos, confirmando que a tropa de choque do governo Dilma no Congresso agora faz às claras o que a quadrilha do mensalão achou que fazia escondido.

Palco e plateia

“Lula veio como espectador”.

Emir Sader, pensador federal, durante a pajelança sobre os dez anos de governo do PT, informando que Lula não faria discursos pouco antes de o palanque ambulante começar um palavrório de quase 40 minutos.
 

É, mas não é (2)

“Cobro caro e não digo quanto cobro. Se quiserem saber quanto eu cobro, me contratem”.

Lula, na pajelança sobre os dez anos de governo do PT, ao revelar que, embora não seja lobista, cobra caro para fazer lobby para empreiteiras.

É, mas não é

“Tem um jornal que está tentando me transformar em lobista. É fantástico. Não sou lobista, não sou conferencista, não sou consultor. Sou um divulgador das coisas que fiz neste governo”.

Lula, no debate sobre os dez anos de governo do PT, explicando que a definição de lobby (grupo de pessoas ou organização que tem como atividade profissional buscar influenciar, aberta ou veladamente, decisões do poder público em favor de determinados interesses privados) não pode ser empregada para definir suas viagens ao exterior, bancadas por empreiteiras que tiveram seus interesses com governos locais atendidos por causa da influência do ex-presidente.

Começou o ensaio

“O político ideal que vocês desejam, aquele cara sabido, aquele cara probo, irretocável do ponto de vista do comportamento ético e moral, aquele político que a imprensa vende que existe, mas que não existe, quem sabe esteja dentro de vocês”.

Lula, durante a pajelança dos dez anos de governo petista, ensaiando o que vai recitar quando tiver de responder a perguntas sobre o escândalo em que se meteu ao lado da segunda-dama Rose Noronha.

Faz sentido

“Eu odeio a classe média. A classe média é fascista, terrorista”.

Marilena Chauí, professora de Filosofia e sacerdotisa da seita lulopetista, confessando que se odeia.
 
15 de maio de 2013
Augusto Nunes

O RETORNO À MÃO INVISÍVEL


          Artigos - Economia 
Não resta mais remédio do que reduzir o gasto público, particularmente o que se refere à burocracia estatal que, além disso, gera uma grande corrupção.


Quanto mais informação recebo, mais sinto a confusão existente a respeito da natureza, das causas e das possíveis soluções à crise econômica atual, e em especial da crise européia. Basta ouvir a respeito de que se trata da crise do capitalismo, palavra primitiva para a esquerda como a essência mesma dos pecados capitais. Em particular, supostamente a cobiça, a avareza e a concupiscência. Esquece-se que foi graças a esse sistema mal chamado capitalismo, que não é sistema econômico, senão ético, político e jurídico que surgiu a liberdade e a criação de riqueza pela primeira vez na história.
Todas as vozes que se ouviram na última reunião do FMI e do Banco Mundial, inclusive a da diretora do FMI, a Srª Christine Lagarde, se expressaram na necessidade de mover o mundo para uma rápida recuperação (sic). Não se ouviu ninguém explicar qual é a política a implementar para conseguir a recuperação, nem tampouco quais são as causas pelas quais não se estão implementando nos principais países industriais. Eu diria que toda a aparente preocupação pela necessidade do crescimento, parece ou pretende ignorar qual foi a verdadeira causa da crise. E eu poderia argüir que ela deve-se à suposta virtude do altruísmo, que no fundo resgata o pecado capital da inveja. 
Portanto, todos os ministros que se manifestaram lá parecem não ter consciência de que existe uma correlação inversa entre o crescimento econômico e o nível do gasto público. Assim podemos ver que a inflação parece ser a maior preocupação na zona e a respeito referiu-se Angela Merkel, pedindo taxas de juros mais elevadas. Não obstante, a Srª Lagarde propôs que que o BCE poderia atuar de maneira positiva para a recuperação. Nessa mesma tendência se manifestou o Sr. Davis Lipton (Segundo diretor do FMI) e a respeito disse: “O BCE provavelmente necessita fazer mais para apoiar a economia da Euro Zona, facilitando a política e ser mais ativo em enfrentar a fragmentação dos mercados financeiros da união monetária”.
Ao nosso juízo, essa posição foi destinada à Srª Merkel que, como já dissemos, pretende taxas de juros mais altas. Indubitavelmente que na Alemanha existe uma preocupação maior pela inflação, que como bem sabemos na Argentina, produz efeitos deletérios na economia. Porém, vou insistir em que parece ignorar-se que a causa determinante do processo recessivo foi o elevado nível do gasto público. Nos Estados Unidos pela primeira vez em sua história o gasto público alcançou 40% do PIB. Porém, a situação européia, encerrada no Estado de Bem-Estar, ao qual pretendem se aproximar dos Estados Unidos, é muito pior.
Não há um exemplo melhor para mostrar a validade da correlação inversa entre o crescimento econômico e o nível do gasto público do que os principais países europeus. Como bem disse George Gilder: “O gasto público não forma parte do produto, senão do custo de produzir”. Assim podemos ver que na década de sessenta a Alemanha cresceu 4,1% ao ano, a França 5,6% e a Itália 5,7%. Nesse período o gasto público desses países flutuava entre 15% e 22% do PIB. Na década de dois mil, os respectivos crescimentos foram: 0,9%, 1,1% e 0,2%.
Neste período considerado a inflação foi relativamente baixa, não obstante que todos esses países tiveram déficits fiscais superiores a 3,0% em violação dos limites impostos pelo acordo de Mashtrich. O caso da Inglaterra não é muito diferente dos anteriores, com a exceção de que já na década de sessenta o crescimento alcançou só 3% ao ano. A conseqüência desses déficits fiscais foi a criação de níveis de dívida impagável, que nos países mencionados alcançam entre 80% e 120% do PIB. Certamente o caso da Grécia é ainda pior, pois a dívida alcança 168% do PIB, mas a realidade é que a crise européia supera os problemas maiúsculos da Grécia e do Chipre.
Então a pergunta pendente é: quais são as políticas de crescimento específicas recomendadas pelo FMI para superar a crise e conseguir o crescimento necessário para reduzir o desemprego? Evidentemente a resposta não parece se encontrar nas recomendações da Srª Lagarde. A respeito, lembro sempre as sábias palavras de Sêneca: “Para o que não sabe aonde vai, não há vento favorável”. E a situação é mais grave, pois aparentemente não sabemos porquê estamos aonde estamos.
A realidade dessa ignorância se estabelece na suposta alternativa entre crescimento e austeridade, enquanto que a aparente sabedoria é que o suposto crescimento se conseguiria mediante a política Keynesiana de aumentar o gasto público ou, no melhor dos casos, não reduzi-lo a fim de aumentar a demanda. Ignora-se que quando Keynes fez aquela recomendação o gasto público nos Estados Unidos alcançava tão só 8% do PIB, e a economia havia caído 35%. Portanto, havia capacidade produtiva ociosa, enquanto que hoje o problema é que não há produção suficiente para pagar o gasto. E mais ainda: não existe o interesse em produzir ou trabalhar frente ao Estado de Bem-Estar.
Já deveríamos saber, certamente, que o nível do gasto foi e continua sendo o fator determinante da crise. Portanto, me atrevo a assinalar que a única forma de resolver o problema no longo prazo, é reduzindo o gasto público e por conseguinte, o nível de impostos. Só uma maior disponibilidade de ingressos do setor privado, baseado no respeito ao direito de propriedade, pode provocar um incremento na investimento privado, que é a única via para a criação de riqueza, ou seja, o crescimento proposto. Essa política deve ser seguida por uma política monetária expansiva do BCE. Certamente essa expansão monetária haverá de ter um efeito inflacionário, porém já deveríamos saber que não elegemos as alternativas senão que elegemos entre alternativas disponíveis. Essa é a única forma de pagar o elevado nível da dívida e salvar o sistema financeiro, para evitar o ocorrido durante a crise de trinta.
Portanto, podemos concluir que o crescimento não é uma alternativa política, senão o resultado de uma política adequada que o produza. Então, como disse antes, não resta mais remédio do que reduzir o gasto público, particularmente o que se refere à burocracia estatal que, além disso, gera uma grande corrupção, tal como destacou um recente artigo do instituto CATO. Igualmente se requer baixar os impostos a fim de que se incremente o investimento privado, e lembremos as palavras de Adam Smith a respeito: “Um imposto injusto oferece uma grande tentação para evadi-lo. Porém, as penas pela evasão aumentam na proporção da tentação. A Lei contrária a todos os princípios ordinários da justiça primeiro cria a tentação, e depois castiga os que caem nela”.
Para concluir então, tomemos consciência uma vez mais das virtudes da mão invisível e dos vícios que engendra a mão visível do Estado na pretensão de que a burocracia superaria a burguesia. Ou seja, como reconheceu Adam Smith: “O indivíduo perseguindo seu próprio interesse, freqüentemente promove o da sociedade mais eficientemente do que quando realmente tenta promovê-lo. Eu não soube jamais de muito bem feito por aqueles que pretendem atuar pelo bem público”. Remeto-me aos fatos.
15 de maio de 2013
Armando Ribas
Tradução: Graça Salgueiro

AS FARC, INIMIGAS DO GÊNERO HUMANO


          Artigos - Terrorismo 
Não há um só governo no mundo que que se diga nazista. Em compensação, ainda existem partidos, ativistas e governos comunistas que reivindicam esse passado abominável o qual, para eles, só esteve “a serviço da paz e do progresso”.
 As FARC cometeram crimes de guerra e crimes contra a humanidade. Tudo isso deve ser esquecido e transformado em fumaça, em virtude do “marco jurídico para a paz”?
Não querem que lhes digam, que lhes recordem, que são criminosos da pior espécie. Os chefes das FARC em Havana dizem que, ao contrário, são inocentes, puros como a neve, não julgáveis e que, além disso, são “vítimas do capitalismo” e do “imperialismo”.
 
Nada mais natural que eles falem assim. As ideologias totalitárias sempre disseram ter uma essência filantrópica. Os nazistas queriam o bem do povo alemão e empreenderam o extermínio dos judeus da Europa.
 
O comunismo leninista queria salvar a humanidade. Empreendeu o extermínio da aristocracia, da burguesia e usaram os Gulags para construir uma sociedade igualitária, pletórica e livre. O que fez foi destruir a Rússia e a Europa Oriental, como os nazistas destruíram seu próprio país e quase toda a Europa.
 
Esses dois sistemas totalitários gêmeos, ambos surgidos do socialismo, obcecados por chegar à “sociedade perfeita”, haviam descoberto o remédio para todos os males do mundo: o direito, e o dever, de matar.
 
De matar não só indivíduos, senão imensos conglomerados humanos, raças completas, classes completas, sociedades completas, países completos. E o fizeram. A humanidade ainda não se repôs do que eles fizeram.
 
Hoje sabemos que são dois sistemas criminosos, igualmente criminosos. Com uma diferença: os crimes dos nazistas foram julgados e condenados pela humanidade, em Nüremberg. Desde 1946 até hoje, esses crimes são objeto de processos, estudos, investigações, denúncias e repúdios legítimos e permanentes.
 
Ninguém (ou muito poucos) se dizem membros de um partido nazista. Não há um só governo no mundo que que se diga nazista. Em compensação, ainda existem partidos, ativistas e governos comunistas que reivindicam esse passado abominável o qual, para eles, só esteve “a serviço da paz e do progresso”.
 
Lamentavelmente, a memória histórica trata os crimes comunistas com negligência, temor e covardia. Pois as ditaduras e os partidos comunistas continuam matando em muitos países e não houve, até hoje, um processo de Nüremberg do comunismo. O único país que julgou e condenou um regime comunista foi Kampuchea, com os processos contra os líderes dos Khmer Vermelhos.
 
Como a URSS fez parte do campo vencedor na Segunda Guerra Mundial, o comunismo foi visto como um adversário do nazismo quando, na realidade, a URSS e a Alemanha de Hitler se uniram em 1939, para desatar pouco depois a Segunda Guerra Mundial, a qual levou 60 milhões de pessoas à morte. Stalin e seus sucessores, depois, continuaram matando na URSS e nos cinco continentes. E continuam fazendo na Colômbia.
 
Tratando de explorar essa memória truncada do que foi o comunismo, os senhores Santrich, Márquez, Catatumbo e Granda, dizem em Havana que sua miserável passagem pela vida não deixou vítimas, que todo julgamento sobre eles será nulo. Nos ordenam a que aceitemos o não-pagamento de nem um minuto de cárcere pelas abominações que cometeram e fizeram seus seguidores cometer.
 
Por isso as conversações de Havana são uma operação estranhíssima, e não podem ser uma negociação de paz. A paz não pode ser construída sobre uma base de impunidade e cegueira de todo um país frente aos inimigos da humanidade.
 
As negociações de Havana, entre os enviados de Santos e os enviados de Timochenko, são mais uma forma de opressão e de humilhação que as FARC impõem a suas vítimas e a todos os colombianos.
 
As FARC estão provando que elas, em só alguns meses de contatos, puderam se dar o luxo de fazer o presidente Santos, o senador Barreras, os grupos que os apóiam e até uma parte dos meios de comunicação e alto aparato de justiça, engolir a saída mais abjeta e injusta.
 
Acaso não é isso que significa a utilização do chamado “marco jurídico para a paz”, que é uma anistia encoberta que privilegia o verdugo e sacrifica as vítimas? 
 
As FARC cometeram crimes de guerra e crimes contra a humanidade. Tudo isso deve ser esquecido e transformado em fumaça, em virtude do “marco jurídico para a paz”? Uma paz que não trará a paz à Colômbia senão uma nova ditadura, quer dizer, a chamada “paz armada com as FARC”.
 
Não vimos nesses dias o próprio promotor geral, Eduardo Montealegre, disposto a esquecer todo o Direito que aprendeu nas universidades? Não é ele quem nos explica agora que as gravíssimas violações dos direitos humanos e do direito penal internacional, podem ser isentas de sanção penal na Colômbia, pois se trata de chegar, “desta vez sim”, à paz com as FARC? Ele não nos disse que é justo que os chefes farianos escapem da judicialização mediante a via de penas simbólicas, contra o qual diz o resto do mundo, como as convenções de Genebra e os pactos internacionais que a Colômbia subscreveu e, sobretudo, o Estatuto de Roma, criador em 1998 da Corte Penal Internacional? 
 
Tudo isso é algo que o promotor Montealegre nem predicava, nem explicava, nem defendia há alguns meses. A magia de Havana e dos feitiços dos Santrich mostra-se em todo o seu esplendor. Tudo graças ao velho truque leninista de mudar o mundo mudando o nome das coisas do mundo.
 
A Colômbia está, pois, exposta a essa nova tragédia - uma mais - de ver que seu governo, e que uma parte de sua classe política e de suas elites intelectuais, se deixaram entorpecer mediante o embuste da paz fariana.
 
No processo de Nüremberg, os hierarcas nazistas foram acusados de três tipos de delitos: 1. Crimes de guerra, por atos contrários às leis da guerra, como assassinatos fora de combate, matanças, torturas, violações, etc. 2. Crimes contra a humanidade, pelo extermínio e a morte em massa, por atos de genocídio, por exterminar grupos sociais, étnicos e raças. 3. Guerra de agressão, pela premeditação na alteração da paz e por atentar contra a segurança interior de um Estado soberano.
 
As FARC cometeram não um, senão os três tipos de crimes. Porém, elas esperam que esqueçamos isso e que lhes abramos o Congresso, o governo, a justiça, e que lhes entreguemos as universidades, a economia, as terras, a cultura, a juventude e a infância, para que façam o que elas sabem fazer.
Porém, a Colômbia vai se opor a esses planos. Uma vasta frente começa se levantar contra o governo de Santos e sua subordinação alucinada ante os desígnios do eixo Cuba-Venezuela.
 
Nesse sentido, o Procurador Geral Ordóñez Maldonado rechaça o “marco jurídico para a paz”, por ser um texto que zomba dos padrões internacionais em matéria de justiça. O ex-presidente Uribe e o povo uribista estão se organizando. Eles propõem um processo de paz com os pés na terra, e não como o de Santos, com a cabeça no chão. O Partido Centro Democrático acaba de lançar seu “Decálogo para uma paz com eficácia, justiça e dignidade” que rechaça a falsa divisão “que alguns pretendem, entre radicais militaristas e amigos do diálogo”, e anuncia que os diálogos “não podem se realizar de qualquer maneira nem a qualquer preço”. É necessário apoiar este bloco se não queremos ver a Colômbia dentro de pouco tempo sob a palmatória de Nicolás Maduro.

15 de maio de 2013
Eduardo Mackenzie  
Tradução: Graça Salgueiro

OS IRMÃOS... E AS MÃOS!




15 de maio de 2013
movcc 

"TODOS JUNTOS CHEGAMOS LÁ" E OUTRAS NOTAS PERTINENTES DE CARLOS BRICKMANN

 
Em sua excelente propaganda eleitoral, em 1989, Guilherme Afif Domingos prometia aos eleitores: “Juntos chegaremos lá”. Demorou, mas metade da promessa foi cumprida: ele chegou lá. Talvez a promessa inteira se tenha realizado, dependendo de como for interpretada. Juntos, nas fartas tetas do Governo Federal, estão muitos dos protagonistas daquela campanha: os candidatos Collor, Afif, Lula e Maluf, o então presidente Sarney, o PDT de Brizola, o PMDB de Ulysses, parte do PFL de Aureliano, ex-adversários inconciliáveis, hoje unidos. O poder, o poder! Como o poder transforma ódios eternos em ternura!
E como é que Guilherme Afif transformou sua opinião sobre Dilma, Lula e o PT a ponto de servi-los como ministro?
Explica o próprio Afif que é servidor de Governo, não de partido. Como servidor de Governo, quer ocupar o máximo de espaço. Ministro de Dilma, vice-governador de São Paulo, tudo ao mesmo tempo. E se o governador Alckmin se licenciar, ele assume? Depende: num dia, disse que não, que bastaria Alckmin avisá-lo antes para que saísse do país e o presidente da Assembleia ocupasse o cargo; no outro dia, disse que poderia ser exonerado do Ministério, assumir o Governo e, terminada a licença do titular, voltar a Brasília e ser nomeado de novo. Sua agenda pessoal passa a comandar o país.
Triste – porque Afif tem preparo, competência e – até agora – coerência. Triste – porque agora diz que suas críticas a Dilma eram “retórica de campanha”. Ou seja, o que ele diz não se escreve. Aliás, não se escreve sequer o que ele escreve.
Oi ele aí tra veiz
Não, caro leitor, não é nenhum engano: quem apareceu na propaganda do PT, na televisão, foi mesmo o deputado João Paulo Cunha, condenado no Mensalão.
Depois se queixam
Os irmãos Cravinhos, condenados por assassinar a pauladas o pai e a mãe de Suzanne Richtofen, foram autorizados a passar o Dia das Mães em liberdade.
Palavras, palavras
De Dilma, sobre o déficit de US$ 994 milhões: “Qualquer oscilação na balança é apenas uma oscilação”. E uma crise nas contas externas é apenas uma crise.
O tempo passa
Já faz mais de cinco meses que um dos maiores cultores do microfone no país, o ex-presidente Lula, não dá entrevistas. O início do silêncio de Lula coincide com a revelação de que Rose Noronha tinha os poderes da Mulher Maravilha.
O tempo voa
O ministro Carlos Ayres Britto se aposentou em novembro, há cerca de sete meses, e até hoje a presidente Dilma Rousseff não escolheu seu substituto. A demora sobrecarrega os demais dez ministros (que têm de realizar o trabalho de onze), cria a possibilidade de empate nas votações, e não tem motivo. Nunca foi segredo o dia em que Ayres Britto completaria 70 anos e teria de se aposentar compulsoriamente; as consultas poderiam ter-se iniciado em tempo hábil.
Que é que está ocorrendo que não contaram para a gente, com a demora na nomeação?
Dinheiro…
Informação do colunista Lauro Jardim: o chefe da Segurança do Conselho Nacional de Justiça, o tenente-coronel PM Marley Elysio dos Santos, recebeu em setembro R$ 15.190; em outubro, R$ 13.296; em novembro, R$ 12.123; em dezembro, R$ 18.593; em janeiro, R$ 19.675. Seu contrato prevê salário de R$ 5.919. Ele também continua recebendo o soldo da PM fluminense, de R$ 12.370.
É o PM mais bem pago do país.
… pra que dinheiro
Um fiel leitor desta coluna informa que o caso do contribuinte que foi cobrado por carta em R$ 0,10, sendo que o custo da carta de cobrança foi muito maior que o da dívida (e que, a propósito, segundo a própria carta, não deveria ser paga, por ter valor inferior a R$ 10), não é único: seu próprio pai recebeu, há alguns anos, por carta, a cobrança de R$ 0,01 – um centavo. E a mesma carta dizia que não seria preciso pagar nada. Quantos casos haverá de cobranças em que papel e selo custam mais que a dívida?
De gota em gota o Tesouro se esvazia.

15 de maio de 2013
CARLOS BRICKMANN

DESEJAMOS UM BRASIL LIMPO E LONGE DA QUADRILHA DE LULA/DILMA. REPASSEM AOS AMIGOS

 
 
 
REPASSEM!

15 de maio de 2013
movcc
 

DEVOTOS DE UM VIGARISTA

                    
          Artigos - Cultura        

 
folhacomuna
Longe de ampliar o horizonte dos problemas filosóficos, o que Karl Marx fez foi restringi-lo com um dogmatismo acachapante, instituindo aquilo que Eric Voegelin caracterizou como “proibição de perguntar”.


A Folha de S. Paulo (v. http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/1234518-intelectuais-brasileiros-explicam-porque-ainda-e-importante-ler-marx.shtml) perguntou a quatro dos seus mais típicos mentores por que é ainda importante ler Karl Marx. Nenhum deles deu a resposta certa: porque ninguém pode ignorar, sem grave risco, as idéias que mataram mais seres humanos do que todos os terremotos, furacões, epidemias e desastres aéreos do último século, mais duas guerras mundiais. Infringindo a regra elementar do próprio Karl Marx, de que a verdadeira substância de uma idéia é a sua prática e não a sua mera formulação conceitual, três deles mostraram enxergar o marxismo como pura teoria, separada da ação que exerceu no mundo, e incorreram assim no delito de “formalismo burguês”, o mais abominável para um cérebro marxista. Eu não tomaria aulas de marxismo com esses sujeitos nem se eles me pagassem.

O quarto, prof. Delfim Neto, na ânsia de redimir-se ante a intelectualidade esquerdista do pecado de ter servido à ditadura militar, caprichou no hiperbolismo e atribuiu a Karl Marx o dom da eternidade, que numa perspectiva marxista não faz o menor sentido.

O prof. José Arthur Gianotti recomendou reler Karl Marx cuidadosamente, porque “sua concepção da história foi adulterada, por ter sido colada, sem os cuidados necessários, a um darwinismo respingado de religiosidade.” Adulterada? Colada? Nenhum dos continuadores de Karl Marx revelou tanta dívida intelectual para com Charles Darwin quanto o próprio Karl Marx, que declarou sua filosofia nada mais que a interpretação darwinista da História e só não dedicou O Capital ao autor de A Origem das Espécies porque este não permitiu. Quanto à tonalidade religiosa, ou pseudo-religiosa, ela é mais do que notável nos Manuscritos de 1944 e ressoa em cada linha das verberações proféticas anticapitalistas espalhadas ao longo de toda a obra de Marx. O prof. Gianotti é que quer separar artificialmente aquilo que nasceu junto. “Reler cuidadosamente”? Não é preciso. Bastaria ter lido.

Mas o mais cômico dos quatro foi o sr. Leandro Konder, que intelectualmente já saiu do mundo dos vivos há três décadas e não precisaria ter abandonado seu estado de animação suspensa para confirmar, na Folha, aquilo que ele já provou centenas de vezes: sua prodigiosa incultura, seu total desconhecimento dos assuntos em que opina.

Disse ele: “Os grandes pensadores são grandes porque abordam problemas vastíssimos e o fazem com muita originalidade. A perspectiva burguesa, conservadora, evita discuti-los. E é isso o que caracteriza seu conservadorismo.”
Leandro Konder
Os conhecimentos que não só ele pessoalmente, mas toda a corriola de mentecaptos marxistas deste país tem daquilo que ele chama “perspectiva burguesa” podem ser avaliados pelo Dicionário Crítico do Pensamento da Direita, em que 104 dessas criaturas ridículas se encheram de dinheiro público para dar um show de ignorância como nunca se viu no mundo. Leia em http://www.olavodecarvalho.org/textos/naosabendo.htm e depois volte aqui.

Essa gente simplesmente não estuda os pensadores que parecem antipáticos ao seu partido. Adivinha ou cria suas idéias à distância, partindo de fofocas, piadas, fantasias preconcebidas e lendas urbanas que constituem, no seu ambiente mental sufocantemente provinciano, a única bibliografia requerida para quem deseje pontificar a respeito. Fazem isso até comigo, que tenho uma obra publicada relativamente escassa, por que não o fariam com os autores de muitas dezenas de volumes, como Leibniz, Husserl, Voegelin ou o nosso Mário Ferreira dos Santos?

A um boboca que desconhece tudo aquilo que despreza, é forçoso que o horizonte de problemas pensado por Karl Marx pareça, em comparação com o nada, “vastíssimo”. Mas Karl Marx, em verdade, pensou num único problema: a luta de classes. Todos os outros conceitos da sua filosofia foram recebidos prontos, como os de dialética, de alienação ou de comunismo, ou são apenas afirmados sem nenhuma discussão crítica, como o próprio “materialismo dialético”, ou derivam da luta de classes por mero automatismo, como os de ideologia, superestrutura etc. Longe de ampliar o horizonte dos problemas filosóficos, o que Karl Marx fez foi restringi-lo com um dogmatismo acachapante, instituindo aquilo que Eric Voegelin caracterizou como “proibição de perguntar”. Já nem falo dos grandes problemas clássicos como o fundamento do ser, o sentido da existência, o bem e o mal, etc. Nem o próprio conceito de “valor”, essencial na sua economia, ele discute. Postula-o no começo de O Capital e segue adiante, sem notar que disse uma tremenda asneira.

Comparado ao de Leibniz, de Aristóteles ou de Platão (ou mesmo ao de um Eric Voegelin, de um Max Weber, de um Christopher Dawson ou de um Pitirim Sorokin), o horizonte de problemas de Karl Marx é deploravelmente pobre. Sua cultura literária é a de um professor de ginásio, seus conhecimentos de história da pintura, da arquitetura e da música praticamente nulos, suas noções de teologia não fazem inveja a nenhum seminarista. Pergunto-me, por exemplo, qual a relevância do pensamento de Karl Marx para as ciências biológicas, para a física, para as matemáticas. Zero. A breve incursão do seu amigo Engels nesses domínios foi um vexame espetacular.

Em matéria de ética, então, o tratamento que Marx dá ao problema da felicidade humana é decerto o mais besta, o mais grosseiro de todos os tempos: tomemos o dinheiro da burguesia e todos serão felizes. Enfeitado o quanto seja, o argumento é esse. Só por esse detalhe o homem já mereceria o adjetivo com que o resumiu Eric Voegelin: “Vigarista”.
 
15 de maio de 2013
Olavo de Carvalho

NOVELAS E A ENGENHARIA SOCIAL


          Artigos - Cultura 
Vamos lutar pela libertação de muitas cristãs que sofrem de uma verdadeira dependência do lixo moral que são as novelas.

Ontem à tarde, enquanto aguardava minha médica, fiquei na sala de espera ouvindo, inevitavelmente, a novela da tarde da Rede Globo.


Esforcei-me de todas as maneiras para não prestar atenção ao episódio, mas era o mesmo que tentar não respirar na presença de um defunto: impossível. Por mais que tentasse ler - Gustavo tinha consigo "O livro das virtudes" - , buscar água, conversar, aquele volume altíssimo e aquelas falas toscas acabavam vencendo, aquela podridão invadia minhas narinas.

À exceção de mim e de meu marido, todas as demais pessoas estavam vidradas assistindo àquela trama surreal. Olhares crédulos, de censura, de identificação, um mundo de emoções mais ou menos disfarçadas presente em cada rosto na diminuta sala... E eu não conseguindo evitar o pensamento de que realmente, faz todo o sentido do mundo que o Brasil esteja como está.

Lembrei-me, então, de um vídeo do Padre Paulo Ricardo a respeito das novelas. Sei que a maioria das minhas leitoras deve ser proveninente da fé evangélica, assim como eu mesma, e sei também, portanto, o quanto de preconceito existe contra a Igreja Católica, em alguns casos mais justificado, em outros, menos. De todo modo, deixo aqui o meu apelo às leitoras evangélicas: por favor, assistam ao breve e importante vídeo, seguindo o conselho paulino de examinar a tudo e reter o que é bom. 

Padre Paulo não faz uma análise superficial da questão da influência das novelas no comportamento dos telespectadores, muito menos limita-se a mostrar a incompatibilidade daquilo que ali é apresentado com o que a fé cristã em geral professa, mas expõe, a partir de pesquisa documentada, o quanto tal "entretenimento" pretende e efetivamente tem conseguido destruir as famílias brasileiras e, em consequência, toda a sociedade.

Se achar oportuno, passe o link adiante. Vamos lutar pela libertação de muitas cristãs que sofrem de uma verdadeira dependência do lixo moral que são as novelas. Vamos lutar pela melhoria efetiva do ambiente que temos em casa. Vamos buscar novas e superiores formas de entretenimento, que não apenas nos divirtam, mas nos edifiquem, nos aproximem de Deus e nos tornem esposas, mães e filhas melhores.

15 de maio de 2013

Camila Hochmüller Abadie

ONU: COMER INSETOS PODE COMBATER A OBESIDADE





15 de maio de 2013

ELEIÇÃO OU MORTE!

 

dilma-brava


Com que então dona Dilma botou pra correr o único técnico abalizado e “não criativo” que restava no alto comando da sua equipe econômica e ainda sinalizou que pensa em Arno Augustin para o lugar dele.

Nelson Barboza, o ex-Secretário Executivo do Ministério da Fazenda estava atrapalhando.
Não é petista, entende a matemática pela lógica inexorável dos números, reconhece um fato quando ele surge no seu caminho.

O resto do time, a começar pelo ministro, não conta. São todos “simsenhoras”, paus mandados que juram ver nos fatos e na matemática apenas e tão somente o que sua mestra mandar que vejam.
Arno Augustin é mais que isto.

dilma-brava


Arno Augustin é um soldado pro-ativo da corrente “Democracia Socialista” do PT gaucho. Hoje já acumula a inacreditável dobradinha de funções de Secretário do Tesouro Nacional e principal articulador oficial da campanha presidencial de Dilma.

Agora pode vir a ser, também, o executor do que dona Dilma decretar que a economia brasileira seja, os fatos que se fodam, o Congresso que se foda, a matemática que se foda, como sempre.
Eleição ou morte!
Ah, O Poder!

Em que momento o torturador esquece a resposta que estava procurando e se apaixona pelo ato de torturar? Pelo poder de infligir a dor?

dilma-brava


Em que momento o guerrilheiro esquece “a causa” e entrega-se à vertigem da onipotência da escolha de quem vai viver e quem vai morrer? À volúpia de puxar o gatilho? Ao poder de ter esse poder?

Que tipo de processo leva os “partidos da ética na política” a passarem do assassinato moral dos paulo de tarsos venceslaus em nome da conquista do poder nacional para “a causa“, via caixa 2, para a eliminação física dos celsos daniel para que cada ex-idealista seduzido pelas delícias do poder aquisitivo possa seguir locupletando-se em paz?

Em que altura do caminho o pecadilho dos “incentivos” a congressistas venais para passar reformas de interesse nacional se transforma numa industria e o antigo contestador se converte no parteiro de uma nova nobreza?

dilma-brava


Essa história dos meios e dos fins sempre foi complicada. O ovo e a galinha. Uma coisa se transforma na outra.

Começa que o autor do projeto nunca é quem executa a obra. O formulador da “causa” está sempre distante de quem vai, afinal, tomar com ela o poder. Entre uma coisa e outra é preciso abrir a porta aos brutos para fazer o serviço sujo, tornar-se cumplice … ou vitima deles…

O resto vem da natureza diabólica do poder que sempre corrompe, e que corrompe absolutamente quando é absoluto.

Mas, êpa! Lá vai o Rousseau que me tocaia sempre tentando alçar seu vôo…
Quem disse que é preciso um processo para alguém tornar-se ruim“?

dilma-brava


Quem disse que não é o contrário?
Não, não existe um direito natural à vida. Na Natureza ela tem de ser arrancada, minuto a minuto, dos braços da morte.

A civilização, a ética, o altruísmo são contraintuitivos. São a superação da lei do mais forte; a quebra da regra do “survival of the fittest”.

E “democracia” é só a tradução dessa ruptura para o “engenheirês social“.

Os direitos das minorias, o respeito à divergência, o culto à liberdade que implica as renuncias da responsabilidade, tudo isso são tentativas de escapar à escravização à lei da selva de que todos somos filhos e que, por si mesma, só puxa pelo aperfeiçoamento da brutalidade, esta que entre os animais racionais serve-se, em tempos de paz, principalmente da mentira e da perfídia.

dilma-brava


Fazer prevalecer essa anti-natureza requer um acordo, uma anuência geral em torno de objetivos comuns que, por sua vez, pressupõem uma sintonia de linguagem e um afinamento dos discursos.
Educação, enfim. Mais que isso, até. Requer uma cultura…
E renuncias. Muitas renuncias.

Quase todos os nossos atos; quase todas as nossas reações, continuam, afinal, sendo pautadas pela mesma velha lógica dos homens das cavernas. Em direção à opressão navega-se sempre a favor do vento. Literal ou figuradamente, seguimos caçando e sendo caçados; comendo ($) até explodir enquanto houver comida ($) ao alcance da boca, a menos que continuar a fazer isso é que passe a custar a vida porque a sociedade assim convencionou.

Há um livro recente muito interessante – The Caveman Logic, The Persistence of Primitive Thinking in a Modern World (aqui) – onde se demonstra isso de forma muito clara.

Bem que o Zé Dirceu avisou que com ela é que ia começar o governo do PT. Dona Dilma, seus soldadinhos e seus empresários amestrados são predadores que não escondem mais as garras.
É matar ou morrer.

ar11

15 de maio de 2013
vespeiro

NOTAS POLÍTICAS DO JORNALISTA HÉLIO FERNANDES

A MP da Privatização e da Corrupção contaminou a Câmara. Copiando Menem, que também era corrupto, Dona Kirchner quer o terceiro mandato. Alckmin elegeu o presidente da TV Cultura, muita ambição, pouca audiência. Sobrinha de Fidel ajuda os gays em Cuba.


Tenho sistemática e diariamente, evitado escrever, contra ou a favor, de chamada “MP dos Portos”. Não é a mais polêmica de todas as medidas que passaram pelo Congresso Brasileiro, pelo fato, simples e indiscutível, de que é a maior vergonha, a maior demonstração de corrupção, o grande e jamais ultrapassado escândalo desde que foi implantada a República.

Para início de conversa, tudo começa com um absurdo, que fere colossais interesses do país, destrói e desmonta tudo o que o PT apresenta como seu programa e sua história.

Querem PRIVATIZAR todos os portos estatais brasileiros, doando-os aos proprietários de portos privados, que ficariam donos de tudo, teriam o monopólio desses portos por onde transitam centenas de bilhões de dólares ou de reais, referentes a toda EXPORTAÇÃO e IMPORTAÇÃO do país.

É inegável citar ou relacionar pessoas ou empresas comprometidas, entrelaçadas ou interessadas nessa PRIVATIZAÇÃO dos portos. As digitais que não podem ser negadas de todos os que participam dessa fantástica negociata, são inapagáveis.

Surpreendentemente, os que “inventaram” essa MP e querem aprová-la, de qualquer maneira, e os que combatem a MP e querem derrubá-la, de qualquer maneira, são igualmente negocistas. Todos ganham fortunas combatendo a MP ou defendendo a MP.

A MODERNIZAÇÃO DOS PORTOS É INDISPENSÁVEL

É evidente que toda a estrutura do país está com 100 anos de atraso. E nada mais exige reforma total e rigorosa do que os portos. Junto com rodovias, ferrovias, aeroportos e todas as formas de transporte de pessoas e de mercadorias.

Mas nada pode ser feito, colocando tudo sob o crivo de interesses colossais, marcado pelo crivo da privatização.

Combati todas as vergonhosas privatizações do desgoverno FHC, por que iria aprovar esta privatização igualmente calamitosa de agora? Nem digo “privatização do PT”, porque não é isso. Os partidos, sejam os maiores (PT, PMDB e PSDB), estão totalmente divididos. Os partidos médios e os menores, igualmente rachados.
 
Todo esse espetáculo de baixaria vem exatamente da divisão dos partidos. Dentro da mesma legenda, gente contra e a favor da MP, igualmente “conspiradores” contra o interesse nacional.
 
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PS –Já se falava, tarde da noite, que mesmo que a MP fosse aprovada na Câmara, não chegaria a tempo (quinta-feira, amanhã), não daria para ser votada no Senado.
 
PS2 – Antes do acordo com a Constituição, Dona Dilma mandaria um decreto para o Congresso, exigindo URGÊNCIA – URGENTÍSSIMA. Seria votada em 45 dias.
 
PS3 – Não adianta. No bojo de tudo, estão a PRIVATIZAÇÃO e a CORRUPÇÃO, visíveis a olho nu.
 
SENADOR REQUIÃO IRONIZA FHC
 
Numa entrevista na televisão, mandou um recado simples e claro para o ex-presidente: “FHC, sai de dentro desse corpo, ele não lhe pertence”. Tratava da nova postura do ex-presidente, como coordenador da candidatura Aecio. Quem perde é o mineiro.
 
GRANDES DEBATES NA ARGENTINA
 
Os “hermanos” discutem (e até apostam alto) dois grandes assuntos. 1 – Quem rouba ou roubou mais: a atual presidente Cristina Kirchner ou o ex-presidente Menem? 2 – O ex-presidente, corruptíssimo, conseguiu se reeleger, e tentou, de todas as maneiras, o terceiro mandato. Não conseguiu.
 
Dona Kirchner, já reeleita, corre desesperadamente para o mesmo objetivo de Menem, o terceiro mandato. “Hermanos” da Casa Rosada tentam convencê-la a não tentar, não ganha. Só que ela é muito mais audaciosa e violenta.
 
NELSON BARBOSA CANSOU DE ESPERAR
 
10 anos como segundo em 2 ministérios, não saiu do lugar, foi embora. O alegado “motivo particular” pode ser simplificado numa palavra: desesperança. Mantega esteve para sair várias vezes, não saiu.
Agora, pelo menos até o fim do primeiro mandato de Dona Dilma, ele não sai. Barbosa não tem mais paciência, esperar mais 19 meses? E se esperasse por uma certeza, vá lá. Mas Mantega, respondendo a jornalistas, alegre: “O ministro sou eu”.
 
A DERROCADA DE EIKE BATISTA
 
Amadorismo, exibicionismo e sensacionalismo arruinaram os negócios de Eike Batista. Sumiu das manchetes, até das páginas internas, os holofotes já não o iluminam tanto. O pai não esconde o desconforto, “deixei tudo para ele, aconteceu essa derrocada”. O pai está com a razão.
 
Se não fosse a Petrobras (leia-se: Dona Graça Foster), Eike estaria longe. Agora, a Petrobras anuncia: “Estamos conseguindo um empréstimo de 11 bilhões de dólares no exterior”. 1 bilhão, no mínimo, para cobrir “rombos” do Eike. Quem autoriza as maluquices do Eike com a Petrobras e com o BNDES (leia-se: Luciano Coutinho)?
 
A COMEMORAÇÃO DA ABOLIÇÃO, ESCONDIDA, ESQUECIDA POR TODOS
 
Embora não fosse o fim da escravidão sonhado pelo Brasil, pelo menos merecia uma lembrança. Foi lamentável, exatamente como a República. Os “abolicionistas” e os “propagandistas da República”, que lutavam há tanto tempo, miseravelmente derrotados.
 
Podíamos, pelo menos, ter festejado o fato do Brasil ter sido o último pais do mundo a se livrar dessa vergonha. Os últimos três a acabarem foram EUA (depois da guerra civil de 1860 e o assassinato de Lincoln, que assim mesmo aprovaram a emenda de 1866, com o fim da escravidão, Cuba e nós, lógico.
 
A SELEÇÃO: POUCAS SURPRESAS. A MAIOR É FELIPÃO, TÉCNICO
 
Não influirá em nada o fato de alguns jogadores ficarem de fora e outros aparecerem. O Atlético, como melhor time do momento, no centro da polêmica. Ronaldinho, dado como certíssimo, não foi chamado. O excelente Bernard, de 20 anos, em capo. Justiça para Jefferson, voltou, foi dos melhores do campeão Botafogo.
 
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PS – O presidente Marin e o Felipão, sem qualquer surpresa, “apelaram” para que todos se lembrem: NÃO É UM TIME, É O BRASIL.
 
PS2 – Felipão repetiu 9 vezes a palavra OBSERVAÇÃO, para justificar a visível hostilidade do público contra ele, e não contra jogadores.
 
PS3 – Dona Dilma, que gosta de se meter em tudo, ficou totalmente ausente, nesse mais de um ano que que Marin é que manda na CBF. Tem muitos meios para tirar esse execrável Marin.
 
PS4 – E Felipão é produto dessa complacência com o ex-servidor de Maluf e da ditadura. Marins é admirador público do torturador Fleury e ativo participante de tudo que aconteceu com Herzog.
 
PS5 -Não é dos meus hábitos assistir o programa “Bem amigos”. Mas sempre que dou uma passada, vejo quem está. Fiquei surpreendido que, na véspera da convocação, o único jogador convidado para o programa fosse o jovem (20 anos) Bernard, do Atlético.
 
PS6 – Registrei, não entrelacei com coisa. No dia seguinte, ontem, quando surgiu o nome do Bernard (excelente jogador), imediatamente lembrei da véspera e do Bernard no programa da Globo.
PS7 – Aí foi fácil concluir. Como a Globo é muito bem informada, principalmente em matéria de seleção, tudo estava combinado.
 
PS8 – Não fiquei aborrecido, gosto de boa informação, embora, aqui, a palavra mais adequada, fosse influente. Não perdoei a mim mesmo. E como estava sozinho, me recriminei em voz alta: “Hélio, você já teve mais velocidade como analista. Então, só foi perceber a armação no dia seguinte?”

15 de maio de 2013
Helio Fernandes