"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



domingo, 27 de janeiro de 2013

UMA NOVA FORÇA POLÍTICA

 


Almoçando na Granja do Torto
Almoçando na Granja do Torto

Havia um DEE, mas a eleição fora ganha, surpreendentemente, por uma chapa de direita. Então convocaram uma eleição para outro Diretório, o livre.

Na ocasião os estudantes que não eram de esquerda ou tinham um fino humor lançaram um candidato para essa eleição. O Bode Asdrúbal. Este declarava desde o início que não viera para competir e sim para divertir, tanto que os votos nele seriam os votos que não estivessem na urna. O Bode Asdrúbal apareceu em desfiles pelos campi e em comícios, seus porta vozes prometendo nada fazer o que já era algo de progressivo.

Pois bem, os apoiadores de Asdrúbal alegam até hoje que ele venceu as eleições, pois não teve nenhum voto colocado nas urnas.

Agora foi descoberto um descendente desse Bode Asdrúbal. Trata-se de Asdrúbal Bisneto que está chegando para ocupar seu lugar na história. Pretende candidatar-se a presidente do Brasil nas próximas eleições.

Sua plataforma é muito simples: Deputados ou senadores que tiverem sido fotografados com barba ou cavanhaque nos últimos dez anos deverão substituir os bodes brancos nas cerimônias e ritos afro-brasileiros.

Independente disto fecham-se a câmara, o senado e todos os ministérios. O Palácio da Alvorada passa a ser um local para tertúlias musicais uma espécie de Centro Para as Artes Performáticas.

O Presidente Asdrúbal se limitará a residir na Granja do Torto com um harém de cabras. Quer ser conhecido como Asdrúbal – o Mujica (Presidente do Uruguay) Brasileiro. Quanto a encontros internacionais, se quiserem a presença do Brasil os encontros terão de ser no Brasil mesmo.

Asdrúbal declara que uma vez que deixe de existir Poder Federal no Brasil os estados e municípios passarão a um processo de autofagia uma espécie de processo darwiniano de sobrevivência do melhor.

Consta que Asdrúbal tem apresentado suas teses em universidades europeias e já conta com adesões de intelectuais de peso. Os russos estão preparando um urso-candidato, os franceses uma ovelha e os suíços um antílope.
Parte dos franceses cogita lançar um javali. Chama-se Obelix.

27 de janeiro de 2013
Ralph J. Hofmann

IL NOME DELLA ROSA

 

o nome da rosa
Um jovem noviço chegou ao mosteiro e deram-lhe a tarefa de ajudar os outros monges a transcrever os antigos cânones e regras da Igreja.

Ele ficou surpreso ao ver que os monges faziam o seu trabalho a partir de cópias e não dos manuscritos originais.
Foi falar com o abade e explicou que, se alguém houvesse cometido um erro na primeira cópia, esse erro propagar-se-ia em todas as cópias posteriores.

O abade respondeu-lhe que há séculos copiavam da cópia anterior, mas que achava bem relevante a observação do noviço.

Na manhã seguinte, o abade desceu até as profundezas da caverna na cave do mosteiro, onde eram conservados os manuscritos e pergaminhos originais que não eram manuseados há muitos séculos.

Passou-se a manhã, a tarde e depois a noite, sem que o abade desse sinais de vida. Preocupado, o jovem noviço decidiu descer e ver o que tinha acontecido.
Encontrou o abade completamente descontrolado, com as vestes rasgadas, a bater com a cabeça ensanguentada nas veneráveis paredes do mosteiro.

Espantado, o jovem monge perguntou:

– Abade, o que aconteceu?

- Aaaaaaaahhhhhhhhhh!
CARIDADE!
CARIDADE!
Eram votos de “CARIDADE” que tínhamos de fazer.
E não de “CASTIDADE”!


27 de janeiro de 2013
Marc Aubert
(*) O nome da rosa.

QUANDO O HUMOR DESENHA A REALIDADE

CHARGE WALMIR


mami

27 de janeiro de 2013 

A QUE PONTO CHEGAMOS


Muçulmanos suspeitos de "patrulha religiosa" detidos em Londres Polícia britânica prendeu hoje um quinto muçulmano suspeito de fazer "patrulha religiosa" com objetivo de implantar a sharia, conjunto de leis islâmicas, na capital do Reino Unido.

Muçulmanos defendem implantação em Londres de zonas controladas pelas leis islâmicas
Cinco muçulmanos estão detidos em Londres, suspeitos de realizarem perseguições nas ruas de Londres e recriminarem as pessoas por serem gays, estarem a consumir bebidas alcóolicas ou usarem minissaias. O quinto suspeito foi preso hoje, pela Scotland Yard.

O grupo, que se descrevia como uma espécie de "patrulha religiosa", advertia as vítimas de que o seu comportamento não era aceitável em áreas do leste de Londres, onde reside um grande número de muçulmanos.

As ações eram filmadas e colocadas na Internet.

Recorde-se que em 2011, de acordo com o blogue belga Talpa Brusseliensis Christiana, o grupo islâmico "A Call to Islam" pretendia estabelecer, na capital da Dinamarca, zonas controladas pela sharia.

"Liderados pelo imã Abu Ahmed, que possui ligações com atividades terroristas, um grupo de 50 integrantes patrulha os bairros de Copenhaga para repreender os muçulmanos que estiverem a jogar ou a beber. A punição para o consumo de bebidas alcoólicas, segundo a lei islâmica, é de 40 chicotadas", dizia o texto escrito no blogue em 25/10/2011.

Também em Londres, os líderes muçulmanos querem implantar essas áreas controladas pela sharia, alegando que a sociedade britânica está "destruída por drogas, crime e prostituição".


27 de janeiro de 2013
janer cristaldo

LÁ DAS BANDAS DO SANATÓRIO

                                      Em nome de quê?!?

Reprodução

Ele não se aguentou. Lula mandou editar nota de profundo sentimento pela tragédia na Boate Kiss que matou por pânico, asfixia e atropelamento 232 pessoas e feriu mais de 100, em Santa Maria: "O Brasil inteiro está triste e de luto pelas mortes ocorridas no incêndio em Santa Maria. Nesse momento difícil, expressamos nossa solidariedade aos amigos e familiares das vítimas e à toda a população da cidade, mas em especial aos pais e mães por essas perdas irreparáveis. Nossos sentimentos".

Tá todo mundo bobo. Ninguém sabe ainda se Lula falou como presidente de honra do PT, dono do Instituto Lula, ou como presidente do governo Série-B de Dilma que funcionava em São Paulo, sob a direção de Rosemary, a primeira-dama paralela. Ela, por sinal, ainda não deu o ar da graça a respeito da mais recente desgraça.

O vice Michel Temer e o presidente de saída da Câmara, Marco Maia, também deram os seus pitacos. Espera-se agora os pronunciamentos de Renan Calheiros e de Henrique Eduardo Alves, em nome de suas respectivas candidatura à presidência do Senado e da Câmara, desnecessariamente nessa ordem.
 
VIOLÊNCIA URBANA
Continua a epidemia de crimes que se alastram pelas ruas de São Paulo. Nesta madrugada 7 pessoas foram alvejadas por dois motoqueiros que fugiram lépidos e faceiros. Uma delas morreu. É o troco do PCC inconformado pela ameaça de perder o controle dentro dos presídios para os mensaleiros condenados pelo STF.

DE BANDEJA
Igrejas arrecadaram mais de R$ 20 bilhões no Brasil em apenas um ano. A Receita não permite que se saiba qual delas é a campeã da bandejinha. Com 64% de adeptos, a religião católica é a mais rica em fiéis, mas isso quer dizer apenas contas de rosário, nos números de bufunfa as evangélicas andam se dando muito bem, obrigado. Apenas 8% dos brasileiros dizem que não têm religião. Isso quer dizer coisa assim de 15 ou 16 milhões de viventes que não pagam dízimo. Esse prejuízo é o maior pecado.
 
BEIJO DA MORTE
Tragédia em Santa Maria, no coração do Rio Grande do Sul. Pelo menos 245 pessoas morreram no incêndio da boate Kiss. O fogo teria começado com o uso de um disparador de sinais usado durante o show. A maioria morreu sufocada pela fumaça. Na realidade, há duas outras grandes causas para o inacreditável número de vítimas na Kiss - o Beijo da Morte: o pânico e a distância entre o cuidado dos proprietários com as portas na hora da entrada e o descuido donos com as saídas de emergência.

ESCARRO
O procurador-geral da República, Roberto Gurgel está sendo criticado pelos que defendem malfeitores nesse país, por ter apresentado a denúncia dos "Bois de Alagoas" contra Renan Calheiros, só agora a uma semana da eleição para a presidência do Senado. Eles acham um descalabro que a denúncia venha em hora tão oportuna. Não acham, no entanto, que a mera candidatura de Renan ao cargo seja um escarro na cara do povo. Pena que esse processo não tenha corrido há mais de dois anos. O novo presidente do Senado - Renan vai ser eleito - estaria hoje na iminência de ceder a sua cela numa prisão de conforto máximo para Zé Dirceu e seus mensaleiros, ainda sem residência fixa no sistema prisional brasileiro
 
27 de janeiro de 2013
sanatório da notícia

TUDO PACIFICADO, OU TUDO DOMINADO?!

Rio: Cabral e Beltrame já pacificaram bandidos o bastante; chegou a hora de prendê-los, excelências! Ou: Imaginem o quiproquó se isto tivesse acontecido em SP…
 
A VEJA desta semana traz uma reportagem espantosa sobre a crime organizado no Rio. Na VEJA.com, há uma vídeo de assustar. Antes que trate dos detalhes, algumas considerações importantes.
 
Entre todas as opiniões que já emiti neste blog em seis anos e meio, a mais estupidamente incompreendida e distorcida é o que penso sobre as tais UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora) do Rio.
Não raro, respondem ao que não escrevi para que possam ignorar o que escrevi. Alguns tolos insistem em me acusar de ser contra as ditas-cujas. É uma mentira e uma vigarice. É claro que elas são necessárias.
Até porque a UPP nada mais é do que o policiamento comunitário. Reagi a alguns estúpidos, inclusive do governo federal, que sustentaram que São Paulo precisava copiar o modelo do Rio. Trata-se de uma tolice e de uma fraude política.
 
O que o governo Cabral fez foi levar um pouco de segurança a locais onde os policiais não pisavam porque não podiam. Inexistem áreas assim em São Paulo.
 
A polícia chega aonde quiser. Então, meus caros, atenção para a primeira e relevante questão sobre as UPPs:
 
1) ELAS PODEM SER UMA NOVIDADE EM VÁRIAS ÁREAS DO RIO, MAS NÃO SÃO UMA INOVAÇÃO. Absurdo é haver territórios na cidade onde a polícia não entra. Fiquem agora com a segunda questão relevante:
2) a maior parte da área dominada pelos tráfico quando Cabral chegou ao poder continua… dominada pelo tráfico! A UPP é a exceção, não a regra. Ainda há extensões imensas da capital fluminense e cidades adjacentes imunes ao estado de direito.
Sigamos.
 
Não gosto, é certo, do nome “Unidade de Polícia Pacificadora” porque revela má consciência. A “paz”, por óbvio, é um vocabulário que pertence à guerra e, pois, à noção de que existe uma contenda entre dois ou mais litigantes legítimos que decidiram abrir mão de algumas de suas exigências. Os policias que chegam ao morro foram “pacificar” quem exatamente?
Por certo, não se está falando da população local. Polícia que “pacifica” bandido se torna cúmplice dele.
Sim, aqui vai a minha 3) terceira questão relevante sobre as UPPs de Cabral: transformar os bandidos numa espécie de força beligerante legítima.
 
Notem bem: não estou acusando os policiais dessas unidades de serem, em regra, coniventes com o crime por determinação pessoal — há casos, mas prefiro pensar que sejam exceções. Estou, isto sim, afirmando que há uma política de segurança pública, comandada por José Mariano Beltrame — transformando em Demiurgo pela imprensa mistificadora —, que, sob o pretexto da “pacificação”, evita o confronto com os marginais.
 
E aqui está a minha 4) quarta objeção relevante não precisamente às UPPs, mas a essa política: ao evitar o choque com os bandidos, a Polícia do Rio também não os prende — há um caso ou outro que servem ao espetáculo.
Os bandidos mais perigosos deixaram as áreas ditas “ocupadas” e se mandaram para as zonas que continuam “liberadas” — e elas ainda são a maioria.
 
Ora, cabe uma pergunta óbvia a esta altura: qual é a relação de causa e efeito entre a chegada das UPPs e essa política que chamo de “espalha-bandido”? Resposta: nenhuma! Até hoje ninguém conseguiu me explicar por que o policiamento comunitário não pode chegar com a efetiva prisão dos vagabundos que estavam dando as ordens no terreiro.
Cabral não tem resposta para isso. Beltrame não tem resposta para isso. A imprensa adoradora de mitos não tem resposta para isso.
 
Os arquivos estão aí. O que venho afirmando desde que teve início essa política é que a sua consequência óbvia seria provocar a migração da bandidagem mais barra-pesada, especialmente os chefões do tráfico.
Que se note: em todas as áreas em que há UPPs, a venda de drogas opera normalmente, sem dificuldades — e agora sem risco de invasão de facções inimigas ou das milícias. Acabou, no entanto, aquele desfile acintoso de armas. A presença da polícia força o crime a ser mais discreto.
É claro que já é um ganho. Só isso já justificaria a medida — que, insisto, é a regra. São raros os territórios do país realmente dominados pelo crime, como essas áreas do Rio.
 
A reportagem

A VEJA desta semana traz uma reportagem espantosa de Leslie Leitão — um repórter que certamente torce pela paz no Rio, sem, no entanto, perder a objetividade. Bandidos que Beltrame não prendeu nas favelas ditas “pacificadas” foram parar, entre outros destinos, no Complexo do Lins, hoje um dos QGs do narcotráfico. Um vídeo (clique aqui) traz o desfile do exército de Paulo César Souza dos Santos, 41 anos, o “Paulinho Muleta”. À luz do dia, exibem fuzis, pistolas e munição pesada.

Até o fim do ano, consta, uma UPP chegará também ao Complexo do Lins. Tudo será feito conforme o decoro que tanto encanta os “amigos da paz”. Cabral e Beltrame anunciarão a data da “ocupação”. Paulinho Muleta e seus seguidores terão tempo se escafeder e de se aboletar em uma das quase 1200 favelas (deve-se falar “comunidades”, na linguagem político-cariocamente correta) aonde a Polícia ainda não chegou. Digamos que essa política se universalizasse e se estendesse a todo o estado… Bem, num raciocínio puramente lógico, deve-se inferir que o Rio passaria a ser exportador de bandidos…
 
Não! Eu não sou contra as UPPs. UPPs nada mais são do que o velho e bom policiamento comunitário. Não! Eu não acho que uma polícia deva ser pacificadora de bandidos. Sou daqueles que acreditam que ela tem de prender bandidos.
Não! O Rio não é modelo se segurança pública para ninguém — ainda que conseguisse levar essas unidades a todas as favelas, o que não vai acontecer porque não há contingente pra isso.
E, convenham, se o que se viu por lá tivesse ocorrido em São Paulo, os “especialistas” inundariam os jornais e sites para denunciar uma segurança pública está fora do controle.
“Isso é chute, Reinaldo! Como você sabe o que diriam?” Com base na lógica! Mata-se no Rio mais do que o dobro do que se mata em São Paulo.
Mas se diz por aí que Alckmin tem muito a aprender com Sérgio Cabral. Talvez na área de marketing…
 
Sim, eu torço por uma UPP no Complexo do Lins. E torço ainda mais para que Beltrame, este santo, comece a prender bandidos.
Segue o texto de Leslie Leitão. Volto para encerrar.

*
 
O Complexo do Lins, um conjunto de onze favelas encravado na banda mais pobre da Zona Norte carioca, está sob o domínio da bandidagem há quatro décadas. Até recentemente, cumpria papel apenas secundário na organização da principal facção criminosa do Rio de Janeiro, o Comando Vermelho.
 
Mas os tempos agora são outros – e ainda mais nefastos. Um vídeo gravado no início do mês pela polícia e obtido com exclusividade por VEJA mostra que o lugar se converteu em um grande bunker do tráfico, servindo de abrigo a marginais refugiados de vários morros do Rio.
Eles se bandearam para o Complexo do Lins justamente depois que o estado fincou em seus enclaves bases permanentes – as chamadas Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) -, dificultando suas atividades. Preferiram assim se encastelar em um naco da cidade onde os bandidos é que dão as ordens.
 
As cenas trazidas a público espantam pela naturalidade com que a quadrilha perambula pelas vielas do novo QG do crime à luz do dia, promovendo um desfile de pistolas, granadas e fuzis, e espalhando o terror por onde passa.
No vídeo, de cinco minutos e quarenta segundos, um dos bandidos ainda deixa entrever em um saco de lixo papelotes de cocaína, evidência inconteste de que as atividades da gangue só mudaram mesmo de endereço.
Em outro trecho, o comboio armado cruza com um morador da favela, que não desgruda os olhos de uma pipa, obedecendo com disciplina à regra elementar da convivência com os criminosos: jamais encará-los.
A cena, segundo a polícia, mostra a escolta de um dos chefões do tráfico na cidade, Paulo César Souza dos Santos, 41 anos, o PL, também conhecido como Paulinho Muleta, por ser manco da perna esquerda.
Foragido desde 2009, esse marginal alastrou seu raio de poder por sete morros, entre a Zona Norte e a Baixada Fluminense. Mesmo longe de sua favela de origem, o Morro da Formiga (ocupado pela polícia em 2010), Muleta continua na ativa, agora reinando no Complexo do Lins, como revela de forma inequívoca o vídeo obtido por VEJA.
 
As imagens foram captadas a distância pelo Serviço Reservado do Batalhão de Choque da Polícia Militar e chegaram às mãos da Secretaria Estadual de Segurança, que determinou a instauração de um inquérito na delegacia da região.
Nas últimas semanas, o Complexo do Lins foi palco de uma dezena de operações policiais – uma delas logo depois do Natal, quando uma menina de 10 anos foi atingida na cabeça por uma bala perdida e acabou morrendo no hospital por falta de atendimento médico.
Nenhuma dessas ações recentes, no entanto, pôs um ponto final na farra da bandidagem. A geografia da área é um grande obstáculo, com seu emaranhado de becos e vielas e uma infinidade de acessos que se descortinam por matagais que só os bandidos conhecem como a palma da mão.
A polícia está convicta de que muitas outras quadrilhas egressas de favelas com UPPs estão entocadas ali. “Essas imagens são apenas a ponta do iceberg. Sabemos que há um enxame de bandidos refugiado naquele complexo de favelas”, afirma um inspetor da 26ª DP, envolvido nas investigações.
 
O governo do estado já inaugurou trinta UPPs desde 2008. Se o cronograma for seguido à risca, as favelas do Lins também serão ocupadas pela polícia até o fim do ano. É boa notícia.
A retomada de territórios do tráfico vem cumprindo o essencial papel de levar serviços básicos a cidadãos de bem que viviam à margem do poder público.
Mas o atual vídeo deixa claro que essa é apenas uma de muitas etapas a ser percorridas.
A estratégia oficial de não manter segredo sobre as ocupações, com o objetivo de reduzir os riscos de confrontos sangrentos, produz como efeito colateral a fuga maciça de traficantes que escapam com seus arsenais.
 
“É preciso investir mais pesadamente na área de inteligência para rastrear os esconderijos dos traficantes, minar seu poderio bélico e capturá-los”, enfatiza o antropólogo e especialista em segurança Paulo Storani.
Sem o cerco implacável à bandidagem, os cartões-postais do crime só vão mudar de cenário.
 
Encerro
 
Cabral e Beltrame já pacificaram bandidos o bastante; chegou a hora de prendê-los, ainda que também eles se deixem contaminar pelo barquinho que vai e pela tardinha que cai.
 
27 de janeiro de 2013

Por Reinaldo Azevedo

MONOBLOCO

 

Normalmente governos governam e oposição faz campanha para vir a governar.
Por aqui é diferente: o governo faz campanha e a oposição, em sua extrema delicadeza, ajuda a governar. De vez em quando leva umas pancadas - na última foi acusada de traição à pátria, mas nem assim fica esperta.

Por campanha eleitoral entenda-se não só o tom do pronunciamento em que a presidente Dilma Rousseff anunciou a redução das tarifas de energia elétrica, mas todo o gestual do ex-presidente Lula, do PT e da assessoria palaciana.

Fala-se na reeleição de Dilma como se o pleito fosse depois de amanhã. Fala-se em desentendimentos entre ela e Lula como se fossem adversários, ou houvesse a mais pálida hipótese de virem a ser. Fala-se que o governador Eduardo Campos não será candidato a presidente como quem tem a posse do destino alheio. Fala-se que Aécio Neves só disputará o Planalto para valer em 2018, como quem se dá o direito de traçar o destino do vizinho.

Nada do que se diz, no entanto, tem a menor relevância porque as nuvens da política estão hoje de um jeito, amanhã de outro e daqui a dois anos sabe-se lá como estarão.

O que existe de concreto é só um jogo de ocupação de espaço e geração de uma atmosfera de continuidade inevitável, a fim de evitar que os ventos da expectativa de poder tomem outra direção: seja de Eduardo Campos, Aécio Neves, Marina Silva ou de quem quer que se apresente como alternativa.

A reafirmação contundente da candidatura de Dilma em 2014 cumpre o objetivo de impedir o esvaziamento político do mandato daqui até lá. A insinuação de que Lula pode vir a ser candidato no lugar dela ou até mesmo em 2018 tem a finalidade de sinalizar impossibilidade de alternância.

Já as supostas divergências entre o ex-presidente e a sucessora são apenas suposições. Eles podem até pensar diferente nessa ou naquela questão, mas o projeto tem um arquiteto chefe em cujas mãos estão a régua e o compasso.

Há o "lulismo", mas não há o "dilmismo". A não ser como expressão de um desejo - inútil, note-se - de separar criador e criatura.
Dilma e o PT farão o que Lula disser que deve ser feito e certeza sobre o que fazer só haverá quando 2013 chegar ao fim e disser a que veio.

Por enquanto o que existe é uma governante com direito a concorrer à reeleição - o que só não acontecerá em situação excepcional - e o líder de um partido em seu mais confortável papel.
Como ex-presidente Lula transita em toda parte, é reverenciado, gera fatos, continua como protagonista, distribui ordens e é obedecido. Tudo isso sem precisar disputar eleição nem correr o risco de perder.
Ou pior: ganhar e pôr em jogo o patrimônio conquistado em dois mandatos que o levaram ao topo.

Efeito colateral. O governo dá sorte para o azar quando faz da redução do preço da energia uma bandeira política. Desenha cenário feliz de preços mais baixos, sem se preocupar com o possível aumento do consumo que amanhã ou depois pode obrigá-lo a pedir moderação aos consumidores.

Dois senhores. Até outro dia mesmo ouvia-se no PSDB que o partido só aguardava a oficialização da entrega de um ministério ao PSD para formalizar o rompimento com o ex-prefeito Gilberto Kassab.

Mantida a decisão, vai se configurar uma situação inusitada, caso se confirme a indicação de Guilherme Afif Domingos para a pasta e, ainda assim, ele permaneça como vice-governador do tucano Geraldo Alckmin. Ou o PSDB recua ou convence Afif a renunciar ou se submete à esquisitice dessa dupla militância em nome dos acertos eleitorais para 2014.

27 de janeiro de 2013
DORA KRAMER - O Estado de S.Paulo

CASA DE TOLERÂNCIA


Não deu outra. O procurador-geral da República denunciou o senador Renan Calheiros por apresentar supostas notas fiscais frias, na tentativa de justificar os valores pagos a ex-amante a título de pensão alimentícia.
Renan se utilizou desse expediente porque ficou claro que sua renda como senador não comportava a quantia que pagava de pensão para uma filha fora do casamento.
Quando veio a público que um lobista de empreiteira era quem - na realidade - custeava as despesas da sua filha, Renan Calheiros se viu em apuros e a saída foi a de apresentar algumas notas sobre a venda de uma boiada.
 
No curso dos acontecimentos ficou evidente, à época, que não havia venda nenhuma de bois, tampouco que as notas apresentadas pelo senador tinham algum valor fiscal.
 
O faz-de-conta não pegou e Renan, depois da pressão de seus pares, da mídia e da sociedade civil, decidiu renunciar à presidência do Senado para não ter seu mandato cassado.
Foi por pouco, mas os votos dos seus colegas senadores permitiram que um suposto prevaricador continuasse dando as cartas no legislativo federal. Constrangidos, senadores petistas, que gostam de posar de vestais, votavam pela absolvição de Renan no processo de cassação.
Senado, como instituição, ficou totalmente exposto com as estripulias praticadas com o dinheiro público por um dos seus membros, aliás o mais importante deles que, em última análise, caberia substituir o presidente da República quando dos seus afastamentos.
O ridículo da situação não poupou ninguém, pois jamais se imaginaria que partidos que passaram a vida toda pregando a ética na politica se locupletassem com a bandalheira, e que parlamentares se curvassem aos interesses mais mesquinhos da política brasileira.
Entenda-se esses interesses como sendo os do ex-presidente Lula, que por motivos inconfessáveis queria porque queria a absolvição de Renan Calheiros. Agora, com o término do mandato de Sarney, Renan apresenta-se, com um cinismo nunca visto antes, como candidato à sucessão de Joé Ribamar da Costa.
Desconheço maior deboche com o contribuinte brasileiro o que os senadores da República pretendem infligir aos homens de bem deste país.
Nada mais asqueroso do que o cidadão comum saber que aquele que se encontra na posição de terceiro na sucessão da presidente Dilma não passa de um denunciado pelo Ministério Público Federal por falcatruas, que está sendo acusado de receber propina de uma empreiteira com interesses na administração pública.
Está mais do que na hora de pedir ao povo organizado que dê um basta na podridão que tomou conta dos poderes. O lixo que se encontra nos entornos das relações políticas deste país tem que ser triturado, pois seria uma temeridade para a saúde pública levá-lo para a reciclagem.
Corre-se o risco de o Senado Federal se transformar num valhacouto de delinquentes, caso o povo não tome posições contra essa promiscuidade.
O senado não tem o direito de ser tolerante com esse estado de coisas.
 
O povo sofrido, aquele sem emprego, sem escola de qualidade e sem um sistema hospitalar decente merece, já que nada recebe do Estado, pelo menos um mínimo de respeito.
27 de janeiro de 2013Nilson Borges Filho é mestre, doutor e pós doutor em Direito e articulista colaborador deste blog.

VÍCIOS E DEPENDÊNCIAS


          Artigos - Governo do PT 
Para o governo, centralizador e autoritário, o cabresto sobre o parlamento transformado em dependente é o melhor dos mundos.

O rapaz que fez soar a campainha era magro como a fome. Aproximei-me para ver o que desejava. De perto, descamisado, pele sobre osso, parecia um raio-x.
Enquanto exibia um papel com assinaturas e carimbos, disse-me que estava em deslocamento para uma fazenda de recuperação de dependentes químicos. "Mas não tenho o dinheiro para a passagem", arrematou com olhar súplice.
Pelo sim, pelo não, dei-lhe dez reais e lhe desejei uma boa internação, proveitosa à sua recuperação.
Dias depois, reapareceu-me à porta com o mesmo ar de sofrida determinação em buscar a cura. Identifiquei-o pelas costelas.

O rapaz curtia tanto suas pedras de crack que fumava até o dinheiro da comida. E, com isso, fumava e descarnava o próprio corpo.
O caminho da recuperação só é percorrido quando o viciado percebe a extensão do mal que a droga já lhe causou. A desgraça terá superado, então, o prazer.
À falta dessa consciência, o viciado permanece em trânsito, dizendo que vai, mas não vai. Anunciando a busca de uma cura que não deseja ou não tem forças para enfrentar.

***

O Congresso Nacional está doente. A instituição, eivada de vícios, mal se apruma. Sua imagem perante a opinião pública é péssima. Lembra o rapaz com cara de raio-x. Membros do Poder, feitas as honrosas exceções, tornaram-se dependentes de algo que parece muito bom - as emendas parlamentares. E a elas sacrificaram sua autonomia.
"Fumaram", no cachimbo das emendas, muitas convicções, credos e valores. Em torno delas, como acontece com as famílias dos dependentes químicos, estabeleceu-se uma rede de sujeições que envolve prefeituras e comunidades inteiras. Isso está destruindo a política.

Explico. Na votação do orçamento da União, é permitido aos congressistas, todo ano, mediante emendas ao projeto do governo, destinar recursos para fins específicos, de interesse das suas comunidades. Um total de R$ 15 milhões em números de 2012. Como se sabe, na prática administrativa brasileira, o orçamento é mera autorização ao governo para gastar.
Assim, as emendas parlamentares ao orçamento se tornaram moeda de troca, liberadas ou não pelo governo segundo a relação que os proponentes mantenham com ele. É o governo que abre, se e quando quer, a porta do Tesouro.
Pois mesmo sob tal garrote, imposto pelo Palácio do Planalto, esse instrumento de liberação de recursos se tornou tão importante que a expressão "emenda parlamentar" virou sinônimo de proposta de recursos para fins específicos indicados por congressista. São recursos muito bem-vindos a pequenas prefeituras, instituições comunitárias e serviços de atenção à saúde, principalmente. Viabilizam obras e serviços que, sem elas não seriam prestados.

No entanto, a mistura dos dois elementos - a possibilidade de emendar para atender as comunidades e a possibilidade de não ser autorizada a liberação - é letal. O governo atua como traficante e a maioria dos parlamentares se comporta como dependente. Enquanto isso, uns poucos lutam, sem muita esperança, por mudanças de rumo.
Bastaria, por exemplo, reduzir o montante das emendas (já que o governo libera, mesmo, apenas uma parte delas) e tornar compulsória a autorização dos recursos por elas destinados. Mas para o governo, centralizador e autoritário, o cabresto sobre o parlamento transformado em dependente é o melhor dos mundos. Nossa democracia já está com as costelas de fora.

27 de janeiro de 2013
Percival Puggina
Publicado no jornal Zero Hora.

VENEZUELA E COLÔMBIA, SOB O JUGO DOS DITADORES CASTRO

    
          Notícias Faltantes - Foro de São Paulo 
Tudo está sendo controlado desde Havana, das ordens emanadas dos irmãos Castro. Dos Castro é que vêm documentos assinados por um Chávez enfermo de UTI.

Em 9 de dezembro de 2012, o ditador Hugo Chávez fez um pronunciamento informando que deveria voltar a Cuba para realizar outra cirurgia, uma vez que o câncer que o acometia há alguns anos havia regressado. Nesse pronunciamento, Chávez admite a possibilidade de não voltar em condições de tomar posse do seu novo mandato ou de morrer antes disso. Pede aos seus seguidores que, se isto ocorrer, elejam Nicolás Maduro para que a “revolução bolivariana” possa seguir seu curso.
 
Chávez sabia, como todos na Venezuela, que seu então mandato se extinguiria em 10 de janeiro de 2013, assim como a vice-presidência, todos os ministérios e cargos do poder judiciário, e que nesta data ele deveria se juramentar para o novo período ante a Assembléia Nacional (AN) ou, em caso de impossibilidade, ante o Tribunal Supremo de Justiça (TSJ). Isto é o que reza a Constituição.
Reza também na Carta Magna que, se o presidente eleito não estiver em condições físicas ou psicológicas de tomar posse, ou ainda renunciar, o presidente da AN assume a presidência da República e convoca novas eleições para 30 dias depois.
 
Ocorre que a saúde de Chavez piorou muito - ou ele morreu - e no dia 10, mesmo sem apresentar um boletim médico oficial atestando sua incapacidade física de juramentar-se, Nicolás Maduro, que naquele dia também encerrava suas funções como vice-presidente, convoca uma mega manifestação na AL, convida mandatários dos países aliados da ALBA e do Foro de São Paulo e anuncia perante uma multidão em histeria coletiva que o TSJ endossara seu pedido de “adiar” a posse, alegando que a prescrição da data era apenas um “formalismo” e que Chávez se juramentaria “quando estivesse em condições”.
 
Assim, a nomenklatura chavista deixou bem claro que as leis são meros “formalismos burgueses” e que a Constituição, escrita pelo próprio chavismo, não necessita ser cumprida ou respeitada por eles. A presidente do TSJ, Luisa Estella Morales, que já fora exonerada do cargo três vezes por “vender sentenças”, apressou-se em assinar a aposentadoria de 6 magistrados para que não pudessem interferir na decisão inconstitucional, e ela mesma, que deveria deixar o cargo em 10 de janeiro, pudesse seguir usurpando o cargo e validar a ilegalidade.
 
A oposição fez uma denúncia à OEA sobre a violação ocorrida mas seu Secretário Geral, o comunista José Miguel Insulza, lavou as mãos e convocou uma assembléia ordinária. Nesta reunião, apenas o embaixador do Panamá apontou a irregularidade e exigiu que se cumprisse a Constituição, o que lhe rendeu uma demissão do cargo.
O embaixador do Canadá sugeriu enviar uma comissão à Venezuela mas foi voto vencido e todos os demais, dependentes dos petro-dólares de Chávez, acataram a usurpação coletiva de funções de todos os que hoje mandam na Venezuela.
 
E de onde vêm todas estas decisões? Tudo está sendo controlado desde Havana, das ordens emanadas dos irmãos Castro. Dos Castro é que vêm documentos assinados por um Chávez enfermo de UTI. Foi deles que veio a nomeação de Elías Jaua como novo Chanceler e Maduro como vice-presidente de um cargo que não foi efetivado.
É dos Castro a decisão de enviar mais de 4.500 militares para controlar tudo o que ocorre na Venezuela. Mas é dos Castro, também, o controle sobre os “acordos de paz” entre as FARC e o governo da Colômbia.
 
Quando Honduras e Paraguai depuseram seus presidentes, rigorosamente dentro do estabelecido por suas Constituições, o Brasil encabeçou a condenação desses países punindo-os com o não-reconhecimento dos novos presidentes. Naquela ocasião, como hoje na Venezuela, as leis foram violadas para favorecer seus camaradas.
Entretanto, no encontro do CELAC que ocorre este fim de semana no Chile, um dos maiores violadores de leis e desrespeito à dignidade da pessoa humana, que é Cuba, recebeu o ditador Raúl Castro com honras de chefe de Estado e no domingo o presidente Sebastián Piñera passa a presidência pró-tempore da organização ao ditador cubano. Ao Paraguai, entretanto, foi vetada a participação.
 
Como se pode ver, o poder dos irmãos Castro segue de vento em popa em toda a região, fazendo com que até democracias como Colombia e Chile se curvem reverentes ante suas botas e mãos manchadas com o sangue de milhares de vítimas.

27 de janeiro de 2013
Graça Salgueiro

http://notalatina.blogspot.com

CERTIDÃO FALSA DE OBAMA: UM DESAFIO DOS "BIRTHERS" A COLIN POWEL

    
          Internacional - Estados Unidos 
“Quando Powel, e outros capangas da facção elitista, humilha as pessoas que exigem seriedade no cumprimento da Constituição, seu objetivo é minar o respeito à Lei Suprema deste país.”

O investigador oficial de Maricopa, Arizona, Michael Zullo, assessor do xerife Joe Arpaio no caso da veracidade da certidão de nascimento do presidente Obama, convidou o ex-secretário de defesa dos Estados Unidos, Colin Powel, para verificar pessoalmente os documentos oficiais depois que Powel falou aos republicanos, contestadores da nacionalidade do presidente, os “birthers”, que as preocupações deles eram sem sentido e baseadas em acusações idiotas. “Eu não sei qual é o problema dele” – disse Michael.


Eu o convidaria às minhas custas para vir ao escritório do xerife do condado de Maricopa, sentaria com ele e lhe mostraria as evidencias que temos acumulado, as quais nos levam à única conclusão lógica – que este documento (a certidão de nascimento de Obama) é fabricada. Se é fabricada, o presidente dos Estados Unidos, neste momento, deve uma explicação ao povo americano. Diga-nos por quê... é simples assim” – continuou.

Zullo foi indicado por Arpaio para liderar as investigações sobre a eligibilidade do presidente Obama após um contingente de eleitores pedirem ao xerife para abrir uma investigação. Os cidadãos apresentaram evidências de que Obama não é elegível de acordo com as exigências da Constituição, que permite ser eleito apenas “cidadão nascido em solo americano”.

O investigador fez diversas viagens ao Havaí como parte da investigação. Ele descobriu que não somente a certidão de nascimento apresentada pelo presidente é uma fraude, mas que o estado está encobrindo algo num ato de cumplicidade criminosa.

O xerife Arpaio concluiu que não há causa provável para que o documento apresentado por Obama seja verdadeiro, mas sim totalmente forjado e que até o Formulário de Registro de Obama é fraudulento. As implicações são pesadas.

O colunista do Washington Times, Jeffrey Kuhner, comentou:

Uma certidão de nascimento fraudulenta significaria que o presidente Obama é inelegível para servir como Comandante em Chefe. A presidência estaria legal e constitucionalmente em situação de ilegitimidade. Significa que ele deve ser imediatamente removido do cargo por impedimento. Mais ainda, cada lei e ordem executiva assinada sob sua administração – Obamacare, estímulos econômicos, reforma financeira Dodd-Frank, a aquisição da General Motor e da Chrysler pelo governo, a anistia para os quase um milhão de imigrantes ilegais, a lei de Reautorização de Defesa Nacional (que permite prender qualquer cidadão americano sem o devido processo legal e sem possibilidade de habeas corpus), além de outras tantas, tudo é totalmente nulo”.


Michael Zullo desafiou o ex-secretário para rever as evidências durante uma entrevista a Mark Gillar no programa “Tea Party Power Hour”.
O colunista do jornal eletrônico World Net Daily e embaixador Alan Keyes também manifestou-se:

Powel também saiu da trilha para falar com desprezo dos cidadãos que ele desconsidera chamando-os de ‘birthers’. Como tenho repetidamente avisado, a questão da eligibilidade de Obama está sobre bases legais da República Americana e sobre o pensamento racional que justifica as pessoas de se auto governarem. Quando Powel, e outros capangas da facção elitista, humilha as pessoas que exigem seriedade no cumprimento da Constituição, seu objetivo é minar o respeito à Lei Suprema deste país. A diminuição da autoridade da Constituição levará esse país à tirania. A cumplicidade de Powel com Obama mostra que a facção elitista do Partido Republicano (GOP – Great Old Party) é a quinta coluna que planeja um golpe de estado, dando aos Democratas a possibilidade de varrer a República Constitucional Americana para o monte de cinzas da história.”


Michael Zullo disse ainda que o efeito cascata do documento falso apresentado por Obama é problemático. Ele afirmou que o documento não é nem mesmo uma falsificação de outro original, mas uma imagem gerada em computador de um documento que deveria ser original e bem mais antigo.
Sentindo-se ofendido por Powel, por ter sido chamado de “birther”, disse:

Nós não somos ‘birthers’. Eu nem mesmo sei o que isso significa. É uma palavra que a mídia inventou para qualquer um que questione o primeiro mandato desse indivíduo. Isso é verdadeiro nonsense. Nós estamos falando sobre um documento que foi criado fora dos limites da lei e usado em representações fraudulentas.

O ex-secretário respondeu às acusações:

Os republicanos precisam parar de comprar coisas que demonizam o presidente. Quero dizer, por que a liderança republicana não está gritando sobre todo esse disparate ‘birther’ e todas as outras coisas? Eles deveriam gritar. Este é o tipo de intolerância de que tenho falado, essas apresentações idiotas continuam a ser feitas e você não vê o líder do partido dizer ‘Não, isso está errado!’


O xerife Arpaio ainda esclarece que o único caminho é chegar ao fundo do problema. “Alguém, e eu não sei quem, tem que olhar isso com atenção e fazer uma investigação de pleno direito, levando tudo que nós conseguimos adiante. Quem vai? O governo americano? Eu estou de mãos atadas. Precisamos que o Congresso inicie um inquérito, contrate um procurador especial e nós vamos seguir com isso”, finalizou.

27 de janeiro de 2013
Oliveira Jr.

ELEIÇÕES DE UM POVO IGNORANTE POR VONTADE PRÓPRIA


Nenhum político servirá, não importa as propostas que ele tenha ou planos de melhoria ou mesmo sua intenção real de fazer diferente. Nenhum político será suficientemente bom para atender as carências, demandas e interesses pessoais de milhões pessoas. Não há governo que dê conta de arcar com a responsabilidade (que não lhe cabe) de milhões de pessoas.

Na minha concepção, político seria aquele cara que se disponibiliza para deliberar demandas, algo totalmente logístico como automatizar processos já existentes, maximizar bem estar, auxiliar a propagar demandas positivas. Não vejo político como um "agente de mudança", tipo: "vou limpar a corrupção!", "comigo haverá educação" e muitos etcs idiotas. O sentido sintático dessas frases não fazem o menor sentido, pois não há pronome pessoal EU que dê jeito em NÓS, pelo simples motivo de que NÓS somos o agente de mudança da sociedade. Sempre seremos NÓS.

É claro que ainda precisamos de liderança, porém, a qualidade de liderança que temos hoje é o espelho fiel do egoísmo e vitimismo de um povo que negocia seu voto e se ausenta da sua parte no contrato social.

O que faz um político achar que sabe mais das nossas necessidades do que nós mesmos? O fato é que, embora tenhamos cérebro, 2 braços e 2 pernas, nos portamos cidadãnicamente (acabei de criar essa palavra, rs) como bebês reclamões. No conforto de nossos dedos indicadores delegamos essa tarefa para seres humanos tão imperfeitos quanto nós, afim de que eles façam aquilo que nós NÃO FAZEMOS. Além dessa dinâmica não ter como dar certo, eles cobram um preço ($$$) bem alto para isso, você não acha?

O povo não tem educação porque gosta de ser burro! Te indignou essa afirmação? Fica indignado não amigo, usa teu cérebro para algo além de assistir novela ou publicar indiretas no facebook, tem coisa melhor. Óbvio que é uma escolha coletiva ainda inconsciente, mas é real e tem consequências. E não venha me falar em desigualdade social, isso para mim é distração mental para amortecer nossa força de vontade, nos levando a achar que as soluções estão sempre fora, quando todos, a qualquer momento, podem se mobilizar para fazer diferença em seu universo pessoal.

Ter mais educação é, ao mesmo tempo, ter mais clareza e responsabilidade pela parcela que te cabe. Que eu saiba, ninguém tá muito afim de se responsabilizar por nada, nem mesmo pelo próprio voto, caso contrário, o ato de votar teria um sentido e peso muito maior do que o simples apertar de botões numa maquininha. Acredito que esse seja um item básico no entendimento da auto responsabilidade de um cidadão.
"Fazemos uma coisa, como fazemos todas as coisas" T. Harv Eker
Nenhum de nós tem o direito de reclamar do Governo, nem de roubos, nem das merdas que ele faz ou deixa de fazer. Somos todos coniventes, quer prova?

- Como você educa seu filho? Ou você acha que o político é parido já adulto com aquele sorriso plastificado na cara, trabalhado na mentira como aperto de mão? Não, todos eles têm mãe. E pai, e família, e todos receberam educação e valores (acredita-se). Quais valores gostaria que seu filho tivesse caso fosse presidente do Brasil? "Vou dar uma mamadinha nas tetas do povo, empregar toda minha família e fazer minha aposentadoria", é isso? Se não for, é necessário trabalhar duro na educação e nos valores das crianças, se não faz isso, não reclame do que está lá agora, você só está propagando o que já existe;

- Você limpa seu lixo? O lixo físico fala muito sobre a mentalidade humana. Hoje em dia, as pessoas tem tv de plasma em casa comprada em 50x nas Casas Bahia, mas não pintam sua fachada, nem conseguem acertar a mira do latão do lixo, transformando o lugar que vivem num chiqueiro a céu aberto. Sei lá, problema cognitivo-coletivo deve ser. Se você não consegue manter o local que vive limpo, como quer escolher alguém para governar?;

- Como você cuida daquilo que É SEU? Você depreda, picha, quebra, rabisca ou deixa de fazer a sua parte na manutenção daquilo que é público? Não importa se é uma empresa privada que administra o metrô, o trem, os ônibus ou uma uma via expressa (obtendo lucros), alguém tem que fazê-lo e é nossa obrigação cuidar da manutenção de todos os locais públicos que usamos para bem comum. Foi o governo que poluiu as prais, as lagoas? Cada garrafa pet que está no fundo da Bahia de Guanabara, foi ele quem colocou lá? A verdade é que temos 80% de cidadãos-animais na cidade. E que a maioria não tem amor pela beleza que os cerca, caso contrário, se recusariam a degradar o belo, obrigando ou mesmo se auto obrigando a criar alternativas e soluções, antes que as coisas fiquem podres;

- Você reivindica seus direitos, ou só reclama compulsivamente que tudo está ruim? Até hoje as coisas correm frouxo porque temos ausência de hábito e excesso de preguiça em cair dentro do que nos é de direito, e se abrimos mão do que é nosso, logo, o "governo" faz o que lhe apraz. Observação importante, reivincar direito não é = a fazer escândalo e barraco como uma galinha, aliás, isso só mostra o quanto você é desinformado e mal educado;

- Você faz o que é correto ou o que todo mundo está fazendo? Já escutou que a unanimidade é burra? Então, a maioria das pessoas não fazem a sua parte justificando que o outro não vai fazer a dele, logo, se está todo mundo dizendo que beber mijo faz bem, então, você também vai beber?

- Todo mundo gosta de ser bem tratado, mas abrem mão da gentileza para usar esporas no traquejo com os outros. Meu amigo, se você não consegue pedir algo sem usar no mínimo um por favor, não merece ser servido, independente se está pagando ou não. As pessoas esquecem que estamos na posição dar e receber alternadamente e incessantemente, e que o respeito que se tem ao outro é equivalente ao respeito que temos por nós mesmos, como você será capaz de escolher um candidato que lhe respeite? Só reconhecemos aquilo que temos.

Essas são só algumas premissas, sem falar naquela parcela de auto-corrupção que permeia a toda nação brasileira.

A qualidade do voto de cada um de nós está mensurada no entendimento que temos a respeito da nossa responsabilidade pessoal em cuidar, manter e implementar transformações positivas no meio que nos cerca. Não é preciso mudar o mundo, essa é uma idéia megalomaníaca. É mais eficaz ser uma pessoal real, com um comportamento pró-ativo, honesta consigo e com os outros, que cuida do seu entorno (sem esperar retorno), assim você influencia crianças mediante exemplo, cria movimentos positivos na comunidade, implementa melhorias simples que juntas transformam tudo.

Nenhum político poderá fazer isso por nós.

Tudo isso se resume na eterna e sábia máxima: "Seja a mudança que deseja ver no mundo", só assim, num futuro próximo, votos valerão alguma coisa e políticos serão pessoas comuns que ajudam a organizar aquilo que já é organizado.
 
27 de janeiro de 2013
monik ornellas

QUANDO O HUMOR DESENHA A REALIDADE



http://www.sponholz.arq.br/charges/grd/charge_grd_050.jpg




27 de janeiro de 2013

PMDB MINEIRO (RACHADO) ADMITE ENTRAR PARA O GOVERNO DE ANASTASIA

 

O PMDB mineiro avalia a possibilidade de aderir à base do governador Antonio Anastasia (PSDB). Lideranças do partido admitem “conversas” com a cúpula tucana no Estado, e uma aproximação mudaria o cenário eleitoral para 2014, inclusive o nacional.



“É natural que o (senador) Aécio Neves queira que todos os partidos em Minas o apoiem. Conversamos algumas vezes a respeito de o PMDB caminhar junto com o PSDB. Vamos continuar conversando e vendo as possibilidades”, admitiu o presidente estadual da sigla, deputado federal
Antônio Andrade.


Na mesma linha, o deputado estadual José Henrique (PMDB) confirma que a participação no governo está em pauta. “Estive nesta semana na Assembleia e ouvi essa conversa entre os deputados”, contou.
Nos bastidores, o governador Antonio Anastasia teria convidado os peemedebistas a assumirem alguns espaços “nobres”: de acordo com o jornal “Folha de S. Paulo”, eles seriam as secretarias de Obras e de Saúde.
Anastasia teria negado a informação. Sem falar em cargos, contudo, um dirigente estadual, que pediu anonimato, confirmou que, caso os peemedebistas decidam compor o governo, duas pastas já estariam na mira.

OFERTA DE CARGOS

A oferta dos cargos seria uma forma de tentar atrair, pelo menos em âmbito local, o maior aliado do Planalto. Para o projeto de candidatura à Presidência da República do senador Aécio Neves (PSDB) seria uma forma de rachar a base de sua provável rival em 2014.

Caso o governo de Minas e os peemedebistas mineiros entrem em acordo, a direção nacional do partido precisará se posicionar. O PMDB ocupa a Vice-Presidência da República, cinco ministérios e é o maior aliado da presidente Dilma Rousseff (PT).

De antemão, a Executiva Nacional nega, inclusive, que exista a possibilidade de rompimento em Minas com o projeto de reeleição da petista. “Isso aí é para criar clima ruim com Brasília. Não vamos participar do governo Anastasia.
Não tem clima para isso”, assegurou o secretário geral do PMDB nacional, o deputado mineiro Mauro Lopes. “A direção estadual tem obediência à nacional. Isso não vai acontecer de jeito nenhum”.

RACHANDO DE VEZ

Um possível acordo com o governo de Minas provocará um racha no PMDB mineiro. O partido conta com integrantes simpáticos tanto ao PSDB quanto ao PT, legendas que serão adversárias tanto no cenário nacional quanto no estadual nas eleições de 2014.

“Não haveria problema nenhum em participar do governo Anastasia. Seria uma honra”, avaliou o deputado estadual José Henrique (PMDB).
“Todo mundo sabe minha posição. Se for chamado, faço toda a força e todo o empenho para ajudar a vingar um projeto dessa natureza”, acrescentou o também deputado peemedebista Vanderlei Miranda, em favor da adesão.

Derrotado por Antonio Anastasia (PSDB) nas eleições para o governo em 2010, o ex-ministro Hélio Costa aposta que o projeto não vai vingar. “Sou contra e acho que um partido que foi prejudicado como nós fomos pelo atual governo não pode tomar essa decisão”, defendeu.

Até 2009, o PMDB fazia parte da base de apoio do então governador Aécio Neves (PSDB). Após o rompimento, o partido se juntou ao bloco de oposição ao governo do Estado na Assembleia, composto por PT e PCdoB .

(Transcrito do jornal O Tempo)

27 de janeiro de 2013
Isabella Lacerda e Lucas Pavanelli