Um painel político do momento histórico em que vivem o país e o mundo. Pretende ser um observatório dos principais acontecimentos que dominam o cenário político nacional e internacional, e um canal de denúncias da corrupção e da violência, que afrontam a cidadania. Este não é um blog partidário, visto que partidos não representam idéias, mas interesses de grupos, e servem apenas para encobrir o oportunismo político de bandidos. Não obstante, seguimos o caminho da direita. Semitam rectam.
"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)
"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)
sábado, 1 de outubro de 2011
UMA QUESTÃO DE BRAÇOS CRUZADOS
"para que o mal triunfe, basta que os bons fiquem de braços cruzados".
O filósofo britânico Edmund Burke decretou, com sabedoria:
para que o mal triunfe, basta que os bons fiquem de braços cruzados.
Ainda bem que, no caso do Judiciário brasileiro, único poder que ainda não passou por uma expiação com apreço popular, alguns bons estão agindo.
É inegável que atos jurídicos, como sentenças, não devem ser pautados pela variante da aceitação da maioria. Mas, num país como o Brasil, os juízes devem sempre tirar a venda para ver, e eventualmente compensar, as estúpidas desigualdades que produzimos desde Pedro Álvares Cabral.
E outra:
eles, como servidores públicos diferenciados, devem mais do que parecer honestos; precisam provar, cotidianamente, que são dignos de vestir toga — e, como tais, justos o suficiente para jamais serem questionados nesse aspecto.
Esta semana, por exemplo, tornou-se público que a CBF, "dona" do futebol brasileiro e ré em vários processos, patrocina um torneio organizado, pasmem, por juízes federais.
Aliás, a CBF costuma ser gentil com magistrados:
em duas Copas do Mundo levou até desembargadores do Rio, com as respectivas mulheres, para assistir a jogos.
Esse comportamento é, no mínimo, eticamente inaceitável.
Por isso, causa desconfortável espanto a reação de magistrados para derrubar as atribuições legais do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que pune, ainda que parcialmente, alguns poucos deles que fogem do propósito de bem servir.
Digo parcialmente porque, em pouco mais de cinco anosde existência, o CNJ só puniu 49 magistrados. E boa parte aposentada compulsoriamente, recebendo salários integrais — tornando a punição bem suave, digamos assim.
Há, nesse instante, 35 desembargadores acusados de crimes que poderiam ser beneficiados caso o STF resolva reduzir a força do CNJ. Dessa forma, a medida parece ser motivada por interesse ou conveniência específicos.
Mas, tomando-se os devidos cuidados, pois quem generaliza, vulgariza, é pior: ela servirá para manter intocada uma casta que, hoje, está imune a qualquer influxo do meu desejo, da sua expectativa, caro leitor, ou da aspiração de qualquer brasileiro que queira apenas honestidade.
Renato Ferraz Correio Braziliense
ELIANA CALMON FOI INDAGADA SE TERIA PADRINHOS POLÍTICOS. RESPONDEU: "SE NÃO TIVESSE NÃO ESTARIA AQUI".
Sabatinada para o Superior Tribunal de Justiça, na condição de primeira mulher a ascender à cúpula da magistratura, a então desembargadora da justiça baiana, Eliana Calmon, foi indagada se teria padrinhos políticos.
"Se não tivesse não estaria aqui".
Quiseram saber quem eram seus padrinhos.
A futura ministra do STJ respondeu na lata:
"Edison Lobão, Jader Barbalho e Antonio Carlos Magalhães".
Corria o ano de 1999.
Os senadores eram os pilares da aliança que havia reeleito o governo Fernando Henrique Cardoso. A futura ministra contou ao repórter Rodrigo Haidar as reações: "Meu irmão disse que pulou da cadeira e nem teve coragem de assistir ao restante da sabatina. Houve quem dissesse que passei um atestado de imbecilidade".
Estava ali a sina da ministra que, doze anos depois, enfrentaria o corporativismo da magistratura. "Naquele momento, declarei totalmente minha independência. Eles não poderiam me pedir nada porque eu não poderia atuar em nenhum processo nos quais eles estivessem. Então, paguei a dívida e assumi o cargo sem pecado original."
De lá pra cá, Eliana Calmon tem sido de uma franqueza desconcertante sobre os males do Brasil. Muita toga, pouca justiça são.
Num tempo em que muito se fala da judicialização da política, Eliana não perde tempo em discutir a politização do judiciário. É claro que a justiça é política. A questão, levantada pela ministra em seu discurso de posse no CNJ, é saber se está a serviço da cidadania.
A "rebelde que fala", como se denominou numa entrevista, chegou à conclusão de que a melhor maneira de evitar o loteamento de sua toga seria colocando a boca no trombone.
Aos 65 anos, 32 de magistratura, Eliana Calmon já falou sobre quase tudo.
- Filhos de ministros que advogam nos tribunais superiores: "Dizem que têm trânsito na Corte e exibem isso a seus clientes. Não há lei que resolva isso. É falta de caráter" (Veja, 28/09/2010).
- Corrupção na magistratura: "Começa embaixo. Não é incomum um desembargador corrupto usar um juiz de primeira instância como escudo para suas ações. Ele telefona para o juiz e lhe pede uma liminar, um habeas-corpus ou uma sentença. Os que se sujeitam são candidatos naturais a futuras promoções". (Idem)
- Morosidade:
"Um órgão esfacelado do ponto de vista administrativo, de funcionalidade e eficiência é campo fértil à corrupção. Começa-se a vender facilidades em função das dificuldades. E quem não tem um amigo para fazer um bilhetinho para um juiz?" (O Estado de S. Paulo, 30/09/2010).
Era, portanto, previsível que não enfrentasse calada a reação do Supremo Tribunal Federal à sua dedicação em tempo integral a desencavar o rabo preso da magistratura.
Primeiro mostrou que não devia satisfações aos padrinhos. Recrutou no primeiro escalão da política maranhense alguns dos 40 indiciados da Operação Navalha; determinou o afastamento de um desembargador paraense; e fechou um instituto que, por mais de 20 anos, administrou as finanças da justiça baiana.
No embate mais recente, a ministra foi acusada pelo presidente da Corte, Cezar Peluso, de desacreditar a justiça por ter dito à Associação Paulista de Jornais que havia bandidos escondidos atrás da toga. Na réplica, Eliana Calmon disse que, na verdade, tentava proteger a instituição de uma minoria de bandidos.
Ao postergar o julgamento da ação dos magistrados contra o CNJ, o Supremo pareceu ter-se dado conta de que a ministra, por mais encurralada que esteja por seus pares, não é minoritária na opinião pública.
A última edição da pesquisa nacional que a Fundação Getúlio Vargas divulga periodicamente sobre a confiança na Justiça tira a ministra do isolamento a que Peluso tentou confiná-la com a nota, assinada por 12 dos 15 integrantes do CNJ, que condenou suas declarações.
Na lista das instituições em que a população diz, espontaneamente, mais confiar, o Judiciário está em penúltimo lugar. Entre aqueles que já usaram a Justiça a confiança é ainda menor.
A mesma pesquisa indica que os entrevistados duvidam da honestidade do Judiciário (64%), o consideram parcial (59%) e incompetente (53%).
O que mais surpreende no índice de confiança da FGV é que o Judiciário tenha ficado abaixo do Congresso, cujo descrédito tem tido a decisiva participação da Corte Suprema - tanto por assumir a função de legislar temas em que julga haver omissão parlamentar, quanto no julgamento de ações de condenação moral do Congresso, como a Lei da Ficha Limpa.
A base governista está tão desconectada do que importa que foi preciso um senador de partido de fogo morto, Demóstenes Torres (DEM-TO), para propor uma Emenda Constitucional que regulamenta os poderes do CNJ e o coloca a salvo do corporativismo dos togados de plantão.
"Só deputado e senador têm que ter ficha limpa?", indagou o senador.
Ao contrário do Judiciário, os ficha suja do Congresso precisam renovar seus salvo-conduto junto ao eleitorado a cada quatro anos.
O embate Peluso-Calmon reedita no Judiciário o embate que tem marcado a modernização das instituições. Peluso tenta proteger as corregedorias regionais do poder do CNJ.
Nem sempre o que é federal é mais moderno. O voto, universal e em todas as instâncias, está aí para contrabalancear. Mas no Judiciário, o contrapeso é o corporativismo. E em nada ajuda ao equilíbrio. Em seis anos de existência, o CNJ já puniu 49 magistrados. A gestão Eliana Calmon acelerou os processos. Vinte casos aguardam julgamento este mês.
Aliomar Baleeiro, jurista baiano que a ministra gosta de citar, dizia que a Justiça não tem jeito porque "lobo não come lobo".
A loba que apareceu no pedaço viu que dificilmente daria conta da matilha sozinha, aí decidiu uivar alto.
Maria Cristina Fernandes é editora de Política.
GASTOS COM OS JUROS SERÃO OS MAIORES DA HISTÓRIA: DÍVIDA CONSUMIRÁ R$ 200 BILHÕES EM 2011
Apesar de o governo ter arcado com o pagamento de juros em níveis astronômicos, em agosto, os dispêndios não foram suficientes para aumentar a proporção da dívida pública em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) do país.
Graças à elevação do dólar em relação ao real de cerca de 2% no período, a relação entre o endividamento líquido e o PIB caiu de 39,4% para 39,2%.
O indicador serve de parâmetro para investidores e agências de classificação de risco, para medir a saúde fiscal das contas públicas. Os dados foram divulgados ontem pelo Banco Central.
O chefe do Departamento Econômico do Banco Central (Depec), Túlio Maciel, chamou a atenção para o fato de que, em setembro, o recuo será ainda mais expressivo. Este mês, a cotação da moeda norte-americana avançou pelo menos 14,46%, de R$ 1,59 para R$ 1,82.
É este o valor que o BC está levando em conta para projetar uma queda da relação dívida/PIB para 37,6%. Esse patamar, no entanto, não durará muito. Para o final do ano o BC prevê que a relação dívida/PIB retorne aos 38,5%.
A valorização da divisa favorece a redução da dívida porque o Brasil é credor em moeda estrangeira. Por isso quando o dólar sobe, a dívida diminui ou, pelo menos, não aumenta tanto.
Para fechar o ano com a proporção estimada, o BC considera o crescimento do PIB de 3,5% e o cumprimento da meta de superavit fiscal — a economia que o governo consegue fazer para pagar os juros da dívida — de R$ 127,9 bilhões, o equivalente a 3,1% do PIB.
Recorde
No mês passado, o Banco Central registrou o pior desempenho para agosto em termos de pagamento de juros. Foram R$ 21,6 bilhões no mês. No ano, a apropriação de encargos ultrapassa R$ 160,2 bilhões, resultado mais elevado da série histórica, que começa em 2001, para o período de oito meses do ano.
Segundo o BC, a soma deve encerrar 2011, pela primeira vez na história, acima de R$ 200 bilhões.
Maciel explicou que o crescimento dos dispêndios nessa rubrica é fruto da inflação mais elevada no período, assim como da alta da taxa Selic, aplicada sobre um estoque de dívida cada vez maior.
A soma contribuiu para que o rombo nominal nas contas alcançasse R$ 17,1 bilhões, também o pior resultado para meses de agosto.
No ano, o deficit bateu em R$ 63,6 bilhões.
O crescimento do deficit em relação aos R$ 5 bilhões aferidos em julho, se deu porque a economia que o governo conseguiu fazer também foi muito baixa. O superavit primário foi de apenas R$ 4,5 bilhões, ante R$ 13,7 bilhões, o mais baixo para o mês desde agosto de 2003.
O chefe do Depec não se mostrou preocupado com a queda do superavit primário. Ele disse que, entre os meses, a variação é grande. "É melhor olharmos para o acumulado no ano", observou. Nos oito meses de 2011, o superavit primário chega a R$ 96,5 bilhões.
Indicadores
Veja as novas projeções do Banco Central para o setor fiscal neste ano
» Relação dívida líquida /PIB: cai de 39% para 38,5%
» Relação dívida bruta/PIB : permanece em 55%
» Deficit nominal: cai de 2,5% do PIB para 2,4%
» Pagamento de juros: sobe de 5,4% do PIB para 5,6%
» Superávit primário: meta de R$ 127,9 bilhões ou 3,1% do PIB
Fonte: Banco Central.
UnB HOMENAGEIA O RESPONSÁVEL PELO ATRASO EDUCACIONAL BRASILEIRO...
A UnB faz uma semana universitária toda ela dedicada a homenagear Paulo Freire.
Trata-se de um caso extraordinário de homenagem prestada ao principal responsável pelo atraso educacional brasileiro.
Enfim, combina com a UnB atual: cultivar o atraso, a ideologia, o besteirol.
Tem tudo a ver com seus atuais dirigentes.
Enfins, como diria uma professorinha de Letras da UnB, está totalmente conforme ao que ela representa hoje, no panorama (des)educacional brasileiro: cultivar a mediocridade, para continuar caminhando para trás.
Estou sendo muito pessimista?
Paulo Roberto de Almeida
Trata-se de um caso extraordinário de homenagem prestada ao principal responsável pelo atraso educacional brasileiro.
Enfim, combina com a UnB atual: cultivar o atraso, a ideologia, o besteirol.
Tem tudo a ver com seus atuais dirigentes.
Enfins, como diria uma professorinha de Letras da UnB, está totalmente conforme ao que ela representa hoje, no panorama (des)educacional brasileiro: cultivar a mediocridade, para continuar caminhando para trás.
Estou sendo muito pessimista?
Paulo Roberto de Almeida
AUTORITARISMO E SUBMISSÃO
Você conhece a ministra-chefe da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres?
Iriny Nicolau Corres Lopes (Lavras, 12 de fevereiro de 1956) está envolvida na política há nove anos, ou seja, seu prazo de validade já está vencido, pois todos sabemos que político é como fralda de criança: precisa ser trocado constantemente, por motivos óbvios. Não é à toa que Brasília tem um ar irrespirável.
Filha de pai grego, nasceu em Lavras, mas se mudou, em 1975, para o Espírito Santo. Com ensino médio completo, é casada com Flávio Lopes com quem teve três filhas. Ligada a movimentos sociais, é filiada ao PT capixaba desde 1983, tendo presidido o diretório estadual por três vezes.
Eleita deputada federal em 2002, foi reeleita em 2006 e em 2010. Na Câmara dos Deputados presidiu a Comissão de Direitos Humanos e Minorias em 2005 e 2010.
Ligada à corrente "Articulação de Esquerda" do PT, foi indicada pela presidente eleita Dilma Roussef para comandar, com status de ministra, a Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres.
***
A ministra de um daqueles ministérios criados por L.I. - totalmente dispensável - resolveu que um comercial de Gisele Bündchen deve ser tirado do ar, porque aparece usando seu charme e sensualidade usando calcinha e sutiã. Não sabemos até hoje qual a diferença entre aparecer em público de calcinha e sutiã ou na praia de biquine, na maioria das vezes bem mais ''demonstrativo" que as roupas consideradas íntimas. Mas deixa isso prá, pois se trata de um problema imoral muito complicado para mentes limitadas à obviedade.
Algumas mulheres apanham e outras batem nos maridos ("se revidar, te denuncio"); umas são estupradas, enquanto outras assediam (de forma angelical, é claro); há aquelas que são traídas pelos maridos que se traem ao trair, mas jamais são descobertas quando cometem infidelidade... Há também as que trabalham para se sustentar com orgulho, enquanto muitas se orgulham de serem sustentadas por 'maridos'.
Enquanto isso, a ministra escolhe um simples problema para atacar: a suposta submissão feminina num comercial onde uma bela mulher, sem aparecer num biquine fio dental, usa sua sensualidade, qualidade que já é colocada 'no automático' desde a hora em que a menininha nasce, olha para o médico e dá seu gritinho inicial.
Pois é... quem nasceu para rastejar no meio político,
jamais desfilará nos palcos.
Iriny Nicolau Corres Lopes (Lavras, 12 de fevereiro de 1956) está envolvida na política há nove anos, ou seja, seu prazo de validade já está vencido, pois todos sabemos que político é como fralda de criança: precisa ser trocado constantemente, por motivos óbvios. Não é à toa que Brasília tem um ar irrespirável.
Filha de pai grego, nasceu em Lavras, mas se mudou, em 1975, para o Espírito Santo. Com ensino médio completo, é casada com Flávio Lopes com quem teve três filhas. Ligada a movimentos sociais, é filiada ao PT capixaba desde 1983, tendo presidido o diretório estadual por três vezes.
Eleita deputada federal em 2002, foi reeleita em 2006 e em 2010. Na Câmara dos Deputados presidiu a Comissão de Direitos Humanos e Minorias em 2005 e 2010.
Ligada à corrente "Articulação de Esquerda" do PT, foi indicada pela presidente eleita Dilma Roussef para comandar, com status de ministra, a Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres.
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A ministra de um daqueles ministérios criados por L.I. - totalmente dispensável - resolveu que um comercial de Gisele Bündchen deve ser tirado do ar, porque aparece usando seu charme e sensualidade usando calcinha e sutiã. Não sabemos até hoje qual a diferença entre aparecer em público de calcinha e sutiã ou na praia de biquine, na maioria das vezes bem mais ''demonstrativo" que as roupas consideradas íntimas. Mas deixa isso prá, pois se trata de um problema imoral muito complicado para mentes limitadas à obviedade.
Algumas mulheres apanham e outras batem nos maridos ("se revidar, te denuncio"); umas são estupradas, enquanto outras assediam (de forma angelical, é claro); há aquelas que são traídas pelos maridos que se traem ao trair, mas jamais são descobertas quando cometem infidelidade... Há também as que trabalham para se sustentar com orgulho, enquanto muitas se orgulham de serem sustentadas por 'maridos'.
Enquanto isso, a ministra escolhe um simples problema para atacar: a suposta submissão feminina num comercial onde uma bela mulher, sem aparecer num biquine fio dental, usa sua sensualidade, qualidade que já é colocada 'no automático' desde a hora em que a menininha nasce, olha para o médico e dá seu gritinho inicial.
Pois é... quem nasceu para rastejar no meio político,
jamais desfilará nos palcos.
A DEGENERESCÊNCIA DE UM PARTIDO
"Quando conheci Lula, ele era um pau mandado de Paulo Vidal", diz Nêumane em seu livro.
Conta, também, como o sindicalista Paulo Vidal passou o bastão para o Lula, justamente por vê-lo como uma figura insignificante que o deixaria continuar mandando por trás dos panos. Exatamente o que Lula fez ao escolher a insignificante desconhecida Dilma para sucedê-lo na presidência do país.
Paulo Vidal acabou sendo engolido pela esperteza de seu pupilo.
Como está acontecendo agora com o próprio Lula e sua pupila Dilma Rousseff.
Ao engolir o frustrado manipulador Paulo Vidal , Lula se apoderou da criação de um novo sindicato e, consequentemente, da criação de um partido sindicalista. Da mesma forma que se apoderou das alterações na economia feitas por seu antecessor FHC.
Ao ver, em tão pouco tempo, como a história das criaturas devorando seus criadores sempre se repete, é aconselhável que aprendam a escolher os sucessores que pretendem manipular.
Futuro do PT - (Lúcia Hippólito)
“Nascimento” do PT:
O PT nasceu de cesariana, há 29 anos. O pai foi o movimento sindical, e a mãe, a Igreja Católica, através das Comunidades Eclesiais de Base.
Os orgulhosos padrinhos foram, primeiro, o general Golbery do Couto e Silva, que viu dar certo seu projeto de dividir a oposição brasileira.
Da árvore frondosa do MDB nasceram o PMDB, o PDT, o PTB e o PT... Foi um dos únicos projetos bem-sucedidos do desastrado estrategista que foi o general Golbery.
Outros orgulhosos padrinhos foram os intelectuais, basicamente paulistas e cariocas, felizes de poder participar do crescimento e um partido puro, nascido na mais nobre das classes sociais, segundo eles: o proletariado.
“Crescimento” do PT:
O PT cresceu como criança mimada, manhosa, voluntariosa e birrenta. Não gostava do capitalismo, preferia o socialismo. Era revolucionário. Dizia que não queria chegar ao poder, mas denunciar os erros das elites brasileiras.
O PT lançava e elegia candidatos, mas não "dançava conforme a música". Não fazia acordos, não participava de coalizões, não gostava de alianças. Era uma gente pura, ética, que não se misturava com picaretas.
O PT entrou na juventude como muitos outros jovens: mimado, chato e brigando com o mundo adulto.
Mas nos estados, o partido começava a ganhar prefeituras e governos, fruto de alianças, conversas e conchavos. E assim os petistas passaram a se relacionar com empresários, empreiteiros, banqueiros.
Tudo muito chique, conforme o figurino.
“Maioridade” do PT:
E em 2002 o PT ingressou finalmente na maioridade. Ganhou a presidência da República. Para isso, teve que se livrar de antigos companheiros, amizades problemáticas. Teve que abrir mão de convicções, amigos de fé, irmãos camaradas.
Pessoas honestas e de princípios se afastam do PT. A primeira desilusão se deu entre intelectuais. Gente da mais alta estirpe, como Francisco de Oliveira, Leandro Konder e Carlos Nelson Coutinho se afastou do partido, seguida de um grupo liderado por Plínio de Arruda Sampaio Junior.
Em seguida, foi a vez da esquerda. A expulsão de Heloisa Helena em 2004 levou junto Luciana Genro e Chico Alencar, entre outros, que fundaram o PSOL.
Os militantes ligados a Igreja Católica também começaram a se afastar, primeiro aqueles ligados ao deputado Chico Alencar, em seguida, Frei Betto.
E agora, bem mais recentemente, o senador Flávio Arns, de fortíssimas ligações familiares com a Igreja Católica.
Os ambientalistas, por sua vez, começam a se retirar a partir do desligamento da senadora Marina Silva do partido.
Quem ficou no PT?
Afinal, quem do grupo fundador ficará no PT? Os sindicalistas.
Por isso é que se diz que o PT está cada vez mais parecido com o velho PTB de antes de 64.
Controlado pelos pelegos, todos aboletados nos ministérios, nas diretorias e nos conselhos das estatais, sempre nas proximidades do presidente da República.
Recebendo polpudos salários, mantendo relações delicadas com o empresariado. Cavando benefícios para os seus. Aliando-se ao coronelismo mais arcaico, o novo PT não vai desaparecer, porque está fortemente enraizado na administração pública dos estados e municípios. Além do governo federal, naturalmente.
É o triunfo da pelegada.
Lucia Hippolito
EUROPA QUEBRADA, SONHO ACABADO
Escrito por Gary North | 01 Outubro 2011
Artigos - Globalismo
Os promotores da New World Order estão apertando as mãos e pedindo: "Nós trabalhamos tanto para passar este acordo. Nós ainda não terminamos nossos planos. Agora eleitores estão tentando matá-lo. Não é justo!"
A União Monetária Européia (UME) vai quebrar. Isto será seguido por um desmembramento da União Européia.
Este fato é negado pelos promotores da New World Order (NWO) da unificação internacional. Eles têm planejado isso desde o fim da primeira Guerra mundial. Eles vêm implementando isso ativamente, em segredo, desde os anos 50. Eles usaram tratados para passar essa unificação política. Eles usaram a unificação econômica como isca. O gancho da unificação política sempre esteve na isca.
A ameaça que a NWO enfrenta é que a isca se tornou um veneno. A UME é baseada em um banco central comum e em uma moeda comum. Mas sem um sistema de governo comum, não pode haver união fiscal. Não pode haver um plano centralizado por meios keynesianos.
O nacionalismo implícito pela manipulação fiscal keynesiana levou à crise grega. A UME paira sobre uma premissa improvável: a sabedoria dos banqueiros comerciais europeus (BCE), que passaram suas carreiras nos altamente regulados mercados domésticos. Antes, banqueiros de grandes bancos poderiam sempre contar com seus bancos centrais nacionais para socorrê-los. Mas, nesta nova ordem bancária mundial, o banco central europeu não tem a flexibilidade para salvar todos os grandes bancos nacionais que estão vivendo turbulência. Alguns membros do conselho do BCE são parte do eixo germano-holandês, o que favorece a redução monetária e os preços estáveis. O conselho deve acalmá-los a certo ponto. Isto reduz o tempo de resposta do BCE.
A linha de pensamento da UE e do BCE é de que não há nenhum problema ou série de problemas enfrentados pelo governo central. Eles insistem que os problemas atuais são temporários.
Nos já ouvimos tudo isso anteriormente.
O colapso do comunismo
O maior acontecimento da minha vida foi o suicídio da União Soviética em 31 de dezembro de 1991. O império comunista caiu sem que um tiro fosse disparado. Oficiais superiores do partido comunista saquearam os fundos do partido e enviaram o dinheiro para contas em bancos suíços. Em seguida, eles privatizaram os principais ativos econômicos do estado para que eles e seus comparsas se tornassem incrivelmente ricos.
O segundo maior acontecimento foi à decisão de Deng Xiaoping em 1978 de liberar a agricultura chinesa. Isto levou ao crescimento econômico mais rápido da história. Nada como isso já aconteceu com tamanho número de pessoas. O crescimento da economia per capita da Coréia do Sul de 1950 a 1990, foi maior, mas a Coréia do Sul era uma nação muito menor.
O comunismo foi à ideologia tirânica mais poderosa na história do homem. O comunismo falhou operacionalmente na União Soviética em menos de 75 anos. A China comunista falhou em menos de 30 anos.
A lógica do dinheiro seduziu a vanguarda do proletariado. A inevitável vitória socialista foi exposta como uma fraude gigante. A religião messiânica do marxismo afundou com os dois navios comunistas.
Hoje, o exército esfarrapado de professores marxistas nas universidades do ocidente tem como modelos de sobrevivência apenas Cuba e a Coréia do Norte. A foto de satélite das duas Coréias — luzes brilhantes no sul, uma luz no norte — é o epitáfio mais poderoso que existe do comunismo.
Agora mais uma vitoria da liberdade sobre as políticas centralizadas está em andamento. Isto está acontecendo no oeste europeu, e isto não será revertido. O garoto propaganda da New World Order — a União Européia — começou a desmoronar. Nada irá reverter este fato.
Existem alguns no ocidente que irão negar. Também existem aqueles que de 1992 até hoje insistem que o colapso da União Soviética foi na verdade um grande engano. Os comunistas ainda estão no controle, dizem eles. Essas pessoas não admitem que o comunismo perdeu a batalha. Como os comunistas originais, eles acreditam na soberania absoluta do poder político. Eles acreditam que o ocidente não poderia ter ganhado, porque os comunistas eram melhores na intriga e no poderio militar. Mas o ocidente ganhou, porque os líderes comunistas desistiram do sonho de um mundo socialista e decidiram seguir o dinheiro.
Vou contar como que eu sei que os comunistas fracassaram completamente. Primeiro, o novo governo russo mudou o nome das cidades principais de volta para os seus nomes pré-Bolchevique. Leningrado se tornou São Petersburgo. Stalin mudou o nome de Volgagrado para Stalingrado em 1925. Khrushchev mudou de volta em 1961 como parte do seu programa de "de-Stalinização". Ambas as mudanças revelaram a natureza dos políticos na Rússia. Os nomes das cidades eram testemunhas do poder dominante. Por isso que as mudanças de nome depois de 1991 foram significantes.
Segundo, multidões derrubaram estátuas de lideres soviético. Uma das estátuas que desapareceram foi a de Pavlik Morozov, o garoto de 13 anos que denunciou seu pai. Ele foi transformado em herói por Stalin depois de seu assassinato aos 15 anos. Ele executou os parentes do garoto pelo crime, apesar de todos terem negado envolvimento no crime. A história de Morozov era ensinada as crianças soviéticas até o fim do regime. Sua estátua desapareceu do parque público construído em sua homenagem.
A queda da União Soviética não foi um engano. Foi real. Aconteceu há duas décadas.
Há outra queda se aproximando.
Do colapso à separação
Eu vou dizer novamente. O colapso da União Monetária Européia vai ser seguido pela separação da União Européia.
A UME está se rompendo. Alguns colunistas do ocidente estão agora admitindo isso. No geral, entretanto, o caminho seguido pelas linhas de comunicação é o mesmo seguido pelos burocratas da UE: "A crise na Grécia é uma aberração temporária. Ela será resolvida pela UE, FMI, e pelas políticas dos banqueiros europeus."
O problema com esta afirmação é que a Grécia continua a queimar. Taxas de juros de curto-prazo estão acima de 100%, indicando a perda de confiança por parte dos investidores na capacidade do governo grego em pagar seus juros em euros. Se a UE, o FMI, e o BCE tivessem um plano para lidar com o problema na Grécia — sua incapacidade iminente para fazer pagamentos de juros em euro — eles o teriam implantado. Eles continuam anunciando "empréstimos-ponte" temporários. Estes "empréstimos-ponte" são na realidade empréstimos sem fundos. É presumido que todos sabem disso, porém eles não investem adequadamente. Os vários giros nos mercados de ações europeus indicam que a esperança e o medo estão equilibrados, ao contrário de qualquer orçamento do governo.
A esperança vai se transformar em medo enquanto a realidade aparece. O que é realidade? Que grandes bancos europeus compraram títulos do governo grego, porque eles assumiram que nenhum membro da UME iria sair em omissão a dívida em euro. Mas é claro que isto é exatamente o que a Grécia fará. O calote é estatisticamente inevitável. O buraco é um poço sem fundo.
O euro foi o garoto propaganda da unificação européia, assim como a unificação européia era o garoto propaganda da NWO para a unificação mundial, o sonho da Comissão Trilateral. O euro foi empurrado goela abaixo dos bancos centrais europeus em 1999. Eles desfrutavam de uma autonomia considerável. Políticos nacionais também ressentiam o fato de que eles não teriam mais muita influência nos negócios monetários domésticos. Eles passaram a ter que convencer os banqueiros do Banco Central Europeu a seguir políticas que sustentariam o estado de bem-estar social.
Este mundo se foi, mas existem políticos nas nações PIIGS (Portugal, Itália, Irlanda, Grécia e Espanha) que gostariam muito de restaurá-lo. Eles estão sendo pressionados por eleitores para se libertarem dos programas de "austeridade" que estão sendo enfiados em suas gargantas pelo FMI e pelo BCE.
A Bíblia ensina, "O rico domina o pobre, e quem pede emprestado é servente de quem empresta" (Provérbios 22:7). Isso incomoda os devedores. A Bíblia também ensina, "O ímpio toma emprestado e não paga" (Salmo 37:21a). Isso incomoda muito os devedores. "Isto é um insulto a nossa integridade!" Então, quando seus governos anunciam cortes limitados no gasto doméstico, os trabalhadores ameaçados tomam as ruas. "Você nos deve o que você nos prometeu!"
Resumindo, eleitores querem impor austeridade nos credores. Eles não querem credores impondo austeridade nos seus governos de bem-estar social.
Alguns grupos interessados vão ser inflexíveis. Na opinião da UE, BCE, FMI os funcionários de países com grande dívida serão inflexíveis. Na opinião dos sindicatos gregos os burocratas da BCE, FI, UE vão ser inflexíveis. Políticos das nações PIIGS alegam que ninguém vai ser inflexível se o BCE, FMI, e a UE emprestarem mais dinheiro. Os banqueiros querem que a UE e o BCE sirvam de provedores de última instância para os bancos, para que, quando os PIIGS derem calote, os banqueiros não percam seus bônus. Eleitores na Alemanha não querem ficar presos com as contas a pagar dos PIIGS ou bancos. Investidores no mercado de ações da Europa parecem Rodney King ao dizer. "Não é possível todo mundo se dar bem?"
Os promotores da New World Order estão apertando as mãos e pedindo: "Nós trabalhamos tanto para passar este acordo. Nós ainda não terminamos nossos planos. Agora eleitores estão tentando matá-lo. Não é justo!" Eu penso em uma cena clássica que melhor descreve o atual predicamento da NWO.
Os melhores planos
O Wall Street Journal publicou um relatório sobre a repartição da EMS. Eu gostei da maneira que este começou:
Quando a história da ascensão e da queda do oeste europeu pós-guerra for algum dia escrito, ela será lançada em três volumes. Vamos chamá-los de "Fatos Concretos," "Ficção Conveniente" e — o volume que ainda está sendo escrito — "Fraude."
O autor diz que os fatos concretos foram necessidades militares do pós-guerra. A Guerra fria começa.
O próximo fato concreto foi o dinheiro. Ele corretamente identifica este como "o presente de Ludwig Erhard, autor das reformas econômicas que criaram o marco alemão, aboliu o controle de preços, e colocou a inflação em controle por gerações." Erhard foi um discípulo de Wilhelm Roepke, que foi um discípulo de Ludwig von Mises. Em junho de 1948, Erhard unilateralmente aboliu inteiramente o sistema militar aliado de controle de preços, moeda fiduciária, e racionamento. No dia seguinte — literalmente — o "milagre econômico alemão" começou.
O autor continua: "O terceiro fato concreto foi a criação do mercado comum de Jean Monnet que deu a Europa uma economia compartilhada — não política — idêntica." O autor foi enganado pela última fraude. Monnet estava trabalhando para a unificação política desde que ele e Raymond Fosdick, agente de John D. Rockefeller Jr., sentaram-se juntos na conferência da paz de Versailles em 1919. Em 1919, Fosdick enviou uma carta a sua esposa. Ele disse a ela que ele e Monnet estavam trabalhando diariamente para lançar as bases "do quadro de governo internacional." [31 de julho de 1919; em Fosdick, ed., Letters on the League of Nations (Princeton, New Jersey: Princeton University Press, 1966), p. 18.] Fosdick retornou a Nova York em 1920, onde ele assumiu a Fundação Rockefeller pelos próximos 30 anos.
Monnet era o homem de frente para a New World Order. Ele promoveu unificação política envolvendo-a em princípios de unificação econômica.
O autor precisamente descreve o suicídio do oeste europeu.
Em 1965, gastos do governo como percentual do PIB eram em média 28% no oeste europeu. Hoje paira há um pouco menos de 50%. Em 1965, a taxa de fertilidade na Alemanha era um saudável 2.5 crianças por mãe. Hoje é um catastrófico 1.35. Durante os anos pós-guerra, o crescimento anual do PIB na Europa era em média 5.5%. Depois de 1973, raramente excedeu 2.3%. Em 1973, europeus trabalhavam 102 horas para cada 100 trabalhadas por um americano. Em 2004 eles trabalharam apenas 82 horas para cada 100 trabalhadas por um americano.
Ele argumentou que "Foi durante esta desaceleração geral que a Europa entrou na conveniente fase de ficção." Uma ficção de que adicionando novos membros a UE iria permitir a economia européia a rivalizar com a produção Americana. Outra ficção era de que havia um núcleo central de visões e valores que unificariam a nova coletividade. Aqui, ele é terrivelmente ingênuo. Que tinha sido a hipótese da Organização das Nações Unidas desde o começo, e da Liga das Nações antes dele. Este era o coração da visão de Monnet. Isso não começou em 1973.
E houve, finalmente, a ficção gritante que a Europa tinha seu próprio "modelo," distinto e superior ao modelo americano, que a imunizou de correntes internacionais: globalização, Islamismo, demografia. Os europeus amam seus feriados e eles pensaram que tinham direito a um longo feriado da história também.
Ele acertou essa!
Depois ele listou as fraudes. Primeiro, a Grécia foi autorizada na União Monetária Européia. Mas isso não era uma fraude. Os críticos nos anos noventa disseram que todas as nações do Club Med teriam déficit. Eles alertaram que o euro não conseguiria aguentar.
Não houve fraude ao deixarem os PIIGS entrarem no bloco. Isto era fundamental para a visão de Monnet de 1919. Isto tinha que funcionar. Isto é ordenado a funcionar. Esta é a religião da NWO.
Os banqueiros não PIIGS pensaram que iria funcionar. Eles se sobrecarregaram de dívidas dos PIIGS.
Isso não era uma fraude. Isto era uma implementação de uma religião profundamente política. Este foi um autoengano em escala continental.
No entanto, ele está certo sobre este ponto.
Houve a fraude do chamado critério de Maastricht — as leis fiscais que deveriam governar o euro apenas para serem rapidamente desrespeitadas pela França e Alemanha e depois jogadas na crise atual. Houve a fraude da Constituição Européia, esmagadoramente rejeitada sempre que um voto nela fosse permitido, apenas para ser revisada e imposta por decreto parlamentar.
O que esta acontecendo agora na Europa não é bem uma crise como é uma exposição: um evento do tipo Madoff ao invés de um Lehman. O choque é que é um choque. A Grécia nunca que seria socorrida e irá, cedo ou tarde, dar calote. Os bancos detentores da dívida grega serão, cedo ou tarde, recapitalizados. A recapitalização virá de contribuintes alemães, e isso irá colocá-los — mais cedo do que tarde — no limite de sua paciência. Os chineses não irão ao resgate: Eles sabem que não se deve gastar bom dinheiro em mau dinheiro.
E depois a Itália será a nova Grécia. A crise européia chegará as costas dos EUA, e os problemas econômicos americanos vão para as costas europeias — um tsunami de mão-dupla.
Ele vê que esta fraude não vai se segurar. Há uma razão para isso.
A "união fiscal" que está sendo debatida nunca irá passar: Eleitores alemães não a querem, assim como nenhum outro país que quer manter independência fiscal — o que quer dizer, o principal atributo da soberania democrática.
Ele faz uma previsão: "O que vem a seguir é a explosão do projeto europeu." Então ele faz uma avaliação: "Dado o que os líderes europeus fizeram deste projeto nos últimos 30 e poucos anos, isto não é uma coisa totalmente ruim." Eu digo não. Isto é ótimo. Isto é, em fato, a melhor coisa que provavelmente vai acontecer nas primeiras duas décadas do século XXI. Isto é a extensão das duas separações do século XX.
Mas isso chegará com um custo altíssimo. Os distúrbios de Atenas tornar-se-ão os de Milão, Madrid e Marselha. Partidos a margem ganharão forças. Postos de fronteira irão voltar, moedas serão ressuscitadas, e depois desvalorizadas. Países escolherão decadência ao invés de reforma. Isto é um longo desfile de horrores.
Conclusão
O preço da separação do BCE, da UME, e da EU será alto por causa das fraudes e ficções convenientes que a precederam. Se eleitores europeus não tivessem criado um estado de bem estar social, se eles não tivessem consentido com uma moeda comum, mas ao invés tivessem abolido todos os bancos centrais e tivessem permitido a competição entre moedas, e se eles tivessem abolido tarifas e não criado uma monstruosidade burocrática de agências não governamentais com poder de governo — a WTO e seus amigos — o preço de transição seria baixo. Mas eles escutaram a Monnet. Eles agora pagaram o preço.
Assim como todos os seus parceiros comerciais. Assim como os grandes bancos americanos que venderem seguros de inadimplência de crédito para bancos europeus.
Tradução: Diego Santos
Gary North , ex-membro adjunto do Mises Institute, é o autor de vários livros sobre economia, ética e história. Visite seu website.
Gary North, 01 Outubro 2011
Artigos - Globalismo
Artigos - Globalismo
Os promotores da New World Order estão apertando as mãos e pedindo: "Nós trabalhamos tanto para passar este acordo. Nós ainda não terminamos nossos planos. Agora eleitores estão tentando matá-lo. Não é justo!"
A União Monetária Européia (UME) vai quebrar. Isto será seguido por um desmembramento da União Européia.
Este fato é negado pelos promotores da New World Order (NWO) da unificação internacional. Eles têm planejado isso desde o fim da primeira Guerra mundial. Eles vêm implementando isso ativamente, em segredo, desde os anos 50. Eles usaram tratados para passar essa unificação política. Eles usaram a unificação econômica como isca. O gancho da unificação política sempre esteve na isca.
A ameaça que a NWO enfrenta é que a isca se tornou um veneno. A UME é baseada em um banco central comum e em uma moeda comum. Mas sem um sistema de governo comum, não pode haver união fiscal. Não pode haver um plano centralizado por meios keynesianos.
O nacionalismo implícito pela manipulação fiscal keynesiana levou à crise grega. A UME paira sobre uma premissa improvável: a sabedoria dos banqueiros comerciais europeus (BCE), que passaram suas carreiras nos altamente regulados mercados domésticos. Antes, banqueiros de grandes bancos poderiam sempre contar com seus bancos centrais nacionais para socorrê-los. Mas, nesta nova ordem bancária mundial, o banco central europeu não tem a flexibilidade para salvar todos os grandes bancos nacionais que estão vivendo turbulência. Alguns membros do conselho do BCE são parte do eixo germano-holandês, o que favorece a redução monetária e os preços estáveis. O conselho deve acalmá-los a certo ponto. Isto reduz o tempo de resposta do BCE.
A linha de pensamento da UE e do BCE é de que não há nenhum problema ou série de problemas enfrentados pelo governo central. Eles insistem que os problemas atuais são temporários.
Nos já ouvimos tudo isso anteriormente.
O colapso do comunismo
O maior acontecimento da minha vida foi o suicídio da União Soviética em 31 de dezembro de 1991. O império comunista caiu sem que um tiro fosse disparado. Oficiais superiores do partido comunista saquearam os fundos do partido e enviaram o dinheiro para contas em bancos suíços. Em seguida, eles privatizaram os principais ativos econômicos do estado para que eles e seus comparsas se tornassem incrivelmente ricos.
O segundo maior acontecimento foi à decisão de Deng Xiaoping em 1978 de liberar a agricultura chinesa. Isto levou ao crescimento econômico mais rápido da história. Nada como isso já aconteceu com tamanho número de pessoas. O crescimento da economia per capita da Coréia do Sul de 1950 a 1990, foi maior, mas a Coréia do Sul era uma nação muito menor.
O comunismo foi à ideologia tirânica mais poderosa na história do homem. O comunismo falhou operacionalmente na União Soviética em menos de 75 anos. A China comunista falhou em menos de 30 anos.
A lógica do dinheiro seduziu a vanguarda do proletariado. A inevitável vitória socialista foi exposta como uma fraude gigante. A religião messiânica do marxismo afundou com os dois navios comunistas.
Hoje, o exército esfarrapado de professores marxistas nas universidades do ocidente tem como modelos de sobrevivência apenas Cuba e a Coréia do Norte. A foto de satélite das duas Coréias — luzes brilhantes no sul, uma luz no norte — é o epitáfio mais poderoso que existe do comunismo.
Agora mais uma vitoria da liberdade sobre as políticas centralizadas está em andamento. Isto está acontecendo no oeste europeu, e isto não será revertido. O garoto propaganda da New World Order — a União Européia — começou a desmoronar. Nada irá reverter este fato.
Existem alguns no ocidente que irão negar. Também existem aqueles que de 1992 até hoje insistem que o colapso da União Soviética foi na verdade um grande engano. Os comunistas ainda estão no controle, dizem eles. Essas pessoas não admitem que o comunismo perdeu a batalha. Como os comunistas originais, eles acreditam na soberania absoluta do poder político. Eles acreditam que o ocidente não poderia ter ganhado, porque os comunistas eram melhores na intriga e no poderio militar. Mas o ocidente ganhou, porque os líderes comunistas desistiram do sonho de um mundo socialista e decidiram seguir o dinheiro.
Vou contar como que eu sei que os comunistas fracassaram completamente. Primeiro, o novo governo russo mudou o nome das cidades principais de volta para os seus nomes pré-Bolchevique. Leningrado se tornou São Petersburgo. Stalin mudou o nome de Volgagrado para Stalingrado em 1925. Khrushchev mudou de volta em 1961 como parte do seu programa de "de-Stalinização". Ambas as mudanças revelaram a natureza dos políticos na Rússia. Os nomes das cidades eram testemunhas do poder dominante. Por isso que as mudanças de nome depois de 1991 foram significantes.
Segundo, multidões derrubaram estátuas de lideres soviético. Uma das estátuas que desapareceram foi a de Pavlik Morozov, o garoto de 13 anos que denunciou seu pai. Ele foi transformado em herói por Stalin depois de seu assassinato aos 15 anos. Ele executou os parentes do garoto pelo crime, apesar de todos terem negado envolvimento no crime. A história de Morozov era ensinada as crianças soviéticas até o fim do regime. Sua estátua desapareceu do parque público construído em sua homenagem.
A queda da União Soviética não foi um engano. Foi real. Aconteceu há duas décadas.
Há outra queda se aproximando.
Do colapso à separação
Eu vou dizer novamente. O colapso da União Monetária Européia vai ser seguido pela separação da União Européia.
A UME está se rompendo. Alguns colunistas do ocidente estão agora admitindo isso. No geral, entretanto, o caminho seguido pelas linhas de comunicação é o mesmo seguido pelos burocratas da UE: "A crise na Grécia é uma aberração temporária. Ela será resolvida pela UE, FMI, e pelas políticas dos banqueiros europeus."
O problema com esta afirmação é que a Grécia continua a queimar. Taxas de juros de curto-prazo estão acima de 100%, indicando a perda de confiança por parte dos investidores na capacidade do governo grego em pagar seus juros em euros. Se a UE, o FMI, e o BCE tivessem um plano para lidar com o problema na Grécia — sua incapacidade iminente para fazer pagamentos de juros em euro — eles o teriam implantado. Eles continuam anunciando "empréstimos-ponte" temporários. Estes "empréstimos-ponte" são na realidade empréstimos sem fundos. É presumido que todos sabem disso, porém eles não investem adequadamente. Os vários giros nos mercados de ações europeus indicam que a esperança e o medo estão equilibrados, ao contrário de qualquer orçamento do governo.
A esperança vai se transformar em medo enquanto a realidade aparece. O que é realidade? Que grandes bancos europeus compraram títulos do governo grego, porque eles assumiram que nenhum membro da UME iria sair em omissão a dívida em euro. Mas é claro que isto é exatamente o que a Grécia fará. O calote é estatisticamente inevitável. O buraco é um poço sem fundo.
O euro foi o garoto propaganda da unificação européia, assim como a unificação européia era o garoto propaganda da NWO para a unificação mundial, o sonho da Comissão Trilateral. O euro foi empurrado goela abaixo dos bancos centrais europeus em 1999. Eles desfrutavam de uma autonomia considerável. Políticos nacionais também ressentiam o fato de que eles não teriam mais muita influência nos negócios monetários domésticos. Eles passaram a ter que convencer os banqueiros do Banco Central Europeu a seguir políticas que sustentariam o estado de bem-estar social.
Este mundo se foi, mas existem políticos nas nações PIIGS (Portugal, Itália, Irlanda, Grécia e Espanha) que gostariam muito de restaurá-lo. Eles estão sendo pressionados por eleitores para se libertarem dos programas de "austeridade" que estão sendo enfiados em suas gargantas pelo FMI e pelo BCE.
A Bíblia ensina, "O rico domina o pobre, e quem pede emprestado é servente de quem empresta" (Provérbios 22:7). Isso incomoda os devedores. A Bíblia também ensina, "O ímpio toma emprestado e não paga" (Salmo 37:21a). Isso incomoda muito os devedores. "Isto é um insulto a nossa integridade!" Então, quando seus governos anunciam cortes limitados no gasto doméstico, os trabalhadores ameaçados tomam as ruas. "Você nos deve o que você nos prometeu!"
Resumindo, eleitores querem impor austeridade nos credores. Eles não querem credores impondo austeridade nos seus governos de bem-estar social.
Alguns grupos interessados vão ser inflexíveis. Na opinião da UE, BCE, FMI os funcionários de países com grande dívida serão inflexíveis. Na opinião dos sindicatos gregos os burocratas da BCE, FI, UE vão ser inflexíveis. Políticos das nações PIIGS alegam que ninguém vai ser inflexível se o BCE, FMI, e a UE emprestarem mais dinheiro. Os banqueiros querem que a UE e o BCE sirvam de provedores de última instância para os bancos, para que, quando os PIIGS derem calote, os banqueiros não percam seus bônus. Eleitores na Alemanha não querem ficar presos com as contas a pagar dos PIIGS ou bancos. Investidores no mercado de ações da Europa parecem Rodney King ao dizer. "Não é possível todo mundo se dar bem?"
Os promotores da New World Order estão apertando as mãos e pedindo: "Nós trabalhamos tanto para passar este acordo. Nós ainda não terminamos nossos planos. Agora eleitores estão tentando matá-lo. Não é justo!" Eu penso em uma cena clássica que melhor descreve o atual predicamento da NWO.
Os melhores planos
O Wall Street Journal publicou um relatório sobre a repartição da EMS. Eu gostei da maneira que este começou:
Quando a história da ascensão e da queda do oeste europeu pós-guerra for algum dia escrito, ela será lançada em três volumes. Vamos chamá-los de "Fatos Concretos," "Ficção Conveniente" e — o volume que ainda está sendo escrito — "Fraude."
O autor diz que os fatos concretos foram necessidades militares do pós-guerra. A Guerra fria começa.
O próximo fato concreto foi o dinheiro. Ele corretamente identifica este como "o presente de Ludwig Erhard, autor das reformas econômicas que criaram o marco alemão, aboliu o controle de preços, e colocou a inflação em controle por gerações." Erhard foi um discípulo de Wilhelm Roepke, que foi um discípulo de Ludwig von Mises. Em junho de 1948, Erhard unilateralmente aboliu inteiramente o sistema militar aliado de controle de preços, moeda fiduciária, e racionamento. No dia seguinte — literalmente — o "milagre econômico alemão" começou.
O autor continua: "O terceiro fato concreto foi a criação do mercado comum de Jean Monnet que deu a Europa uma economia compartilhada — não política — idêntica." O autor foi enganado pela última fraude. Monnet estava trabalhando para a unificação política desde que ele e Raymond Fosdick, agente de John D. Rockefeller Jr., sentaram-se juntos na conferência da paz de Versailles em 1919. Em 1919, Fosdick enviou uma carta a sua esposa. Ele disse a ela que ele e Monnet estavam trabalhando diariamente para lançar as bases "do quadro de governo internacional." [31 de julho de 1919; em Fosdick, ed., Letters on the League of Nations (Princeton, New Jersey: Princeton University Press, 1966), p. 18.] Fosdick retornou a Nova York em 1920, onde ele assumiu a Fundação Rockefeller pelos próximos 30 anos.
Monnet era o homem de frente para a New World Order. Ele promoveu unificação política envolvendo-a em princípios de unificação econômica.
O autor precisamente descreve o suicídio do oeste europeu.
Em 1965, gastos do governo como percentual do PIB eram em média 28% no oeste europeu. Hoje paira há um pouco menos de 50%. Em 1965, a taxa de fertilidade na Alemanha era um saudável 2.5 crianças por mãe. Hoje é um catastrófico 1.35. Durante os anos pós-guerra, o crescimento anual do PIB na Europa era em média 5.5%. Depois de 1973, raramente excedeu 2.3%. Em 1973, europeus trabalhavam 102 horas para cada 100 trabalhadas por um americano. Em 2004 eles trabalharam apenas 82 horas para cada 100 trabalhadas por um americano.
Ele argumentou que "Foi durante esta desaceleração geral que a Europa entrou na conveniente fase de ficção." Uma ficção de que adicionando novos membros a UE iria permitir a economia européia a rivalizar com a produção Americana. Outra ficção era de que havia um núcleo central de visões e valores que unificariam a nova coletividade. Aqui, ele é terrivelmente ingênuo. Que tinha sido a hipótese da Organização das Nações Unidas desde o começo, e da Liga das Nações antes dele. Este era o coração da visão de Monnet. Isso não começou em 1973.
E houve, finalmente, a ficção gritante que a Europa tinha seu próprio "modelo," distinto e superior ao modelo americano, que a imunizou de correntes internacionais: globalização, Islamismo, demografia. Os europeus amam seus feriados e eles pensaram que tinham direito a um longo feriado da história também.
Ele acertou essa!
Depois ele listou as fraudes. Primeiro, a Grécia foi autorizada na União Monetária Européia. Mas isso não era uma fraude. Os críticos nos anos noventa disseram que todas as nações do Club Med teriam déficit. Eles alertaram que o euro não conseguiria aguentar.
Não houve fraude ao deixarem os PIIGS entrarem no bloco. Isto era fundamental para a visão de Monnet de 1919. Isto tinha que funcionar. Isto é ordenado a funcionar. Esta é a religião da NWO.
Os banqueiros não PIIGS pensaram que iria funcionar. Eles se sobrecarregaram de dívidas dos PIIGS.
Isso não era uma fraude. Isto era uma implementação de uma religião profundamente política. Este foi um autoengano em escala continental.
No entanto, ele está certo sobre este ponto.
Houve a fraude do chamado critério de Maastricht — as leis fiscais que deveriam governar o euro apenas para serem rapidamente desrespeitadas pela França e Alemanha e depois jogadas na crise atual. Houve a fraude da Constituição Européia, esmagadoramente rejeitada sempre que um voto nela fosse permitido, apenas para ser revisada e imposta por decreto parlamentar.
O que esta acontecendo agora na Europa não é bem uma crise como é uma exposição: um evento do tipo Madoff ao invés de um Lehman. O choque é que é um choque. A Grécia nunca que seria socorrida e irá, cedo ou tarde, dar calote. Os bancos detentores da dívida grega serão, cedo ou tarde, recapitalizados. A recapitalização virá de contribuintes alemães, e isso irá colocá-los — mais cedo do que tarde — no limite de sua paciência. Os chineses não irão ao resgate: Eles sabem que não se deve gastar bom dinheiro em mau dinheiro.
E depois a Itália será a nova Grécia. A crise européia chegará as costas dos EUA, e os problemas econômicos americanos vão para as costas europeias — um tsunami de mão-dupla.
Ele vê que esta fraude não vai se segurar. Há uma razão para isso.
A "união fiscal" que está sendo debatida nunca irá passar: Eleitores alemães não a querem, assim como nenhum outro país que quer manter independência fiscal — o que quer dizer, o principal atributo da soberania democrática.
Ele faz uma previsão: "O que vem a seguir é a explosão do projeto europeu." Então ele faz uma avaliação: "Dado o que os líderes europeus fizeram deste projeto nos últimos 30 e poucos anos, isto não é uma coisa totalmente ruim." Eu digo não. Isto é ótimo. Isto é, em fato, a melhor coisa que provavelmente vai acontecer nas primeiras duas décadas do século XXI. Isto é a extensão das duas separações do século XX.
Mas isso chegará com um custo altíssimo. Os distúrbios de Atenas tornar-se-ão os de Milão, Madrid e Marselha. Partidos a margem ganharão forças. Postos de fronteira irão voltar, moedas serão ressuscitadas, e depois desvalorizadas. Países escolherão decadência ao invés de reforma. Isto é um longo desfile de horrores.
Conclusão
O preço da separação do BCE, da UME, e da EU será alto por causa das fraudes e ficções convenientes que a precederam. Se eleitores europeus não tivessem criado um estado de bem estar social, se eles não tivessem consentido com uma moeda comum, mas ao invés tivessem abolido todos os bancos centrais e tivessem permitido a competição entre moedas, e se eles tivessem abolido tarifas e não criado uma monstruosidade burocrática de agências não governamentais com poder de governo — a WTO e seus amigos — o preço de transição seria baixo. Mas eles escutaram a Monnet. Eles agora pagaram o preço.
Assim como todos os seus parceiros comerciais. Assim como os grandes bancos americanos que venderem seguros de inadimplência de crédito para bancos europeus.
Tradução: Diego Santos
Gary North , ex-membro adjunto do Mises Institute, é o autor de vários livros sobre economia, ética e história. Visite seu website.
Gary North, 01 Outubro 2011
Artigos - Globalismo
OPA, OBA, OLHA, QUE ÓTIMO: DILMA NÃO É SEPULCRO CAIADO, COMO DIZ A BIBLIA
Opa! Com essa fluência verbal, e essa clareza pedagógica, estamos sujeitos a descobrir o mapa da vida milionária. Quanta asnice num só café da manhã. E viva o primeiro grau incompleto! Com essa sabedoria toda, a dona Dilma terá muito a dizer. É só levantar a sobrancelha e mandar o "conteúdo ". MOVCC
Celso Arnaldo Araújo - Veja Online
Trechos da entrevista concedida nesta quinta-feira em Brasília por Dilma Rousseff aos jornalistas Celso Zucatelli e Chris Flores, do programa Hoje em Dia ─ onde foi estabelecida nova marca mundial na prova de levantamento de bola para a presidente nos Jogos Pan-americanos da TV Record, conforme a transcrição sem cortes do Blog do Planalto.
Jornalista (sobre o aumento da expectativa de vida da população): É excelente. Até 2050, a estimativa é que passe dos 80 anos. Como que o governo se prepara para isso?
Presidenta: Olha, o Brasil, ele, antes de chegar lá… de chegar lá, eu vou falar aonde. Antes de nós ficarmos um país com uma população mais velha, nós vamos ficar mais ricos.
Jornalista: Opa!
Presidenta: É muito importante a gente ficar mais rico antes de ficar um país dominantemente mais velho.
Jornalista: Dá tempo?
Presidenta: Dá tempo, e mais, tem uma outra boa notícia.
Jornalista: Oba!
Digite aqui o resto do post
(…)
Presidenta: Sabe que 65% dos pequenos empreendedores são mulheres?
Jornalista: Olha!
(…)
Presidenta: Eu não sou, como diz a Bíblia, sepulcro caiado, não sou. Por que eu não sou? Porque eu tenho obrigação de falar para a população o que ela tem direito de ouvir.
Jornalista: Eu sei, por isso que a gente pergunta para a senhora mais, porque eu sei que a senhora fala.
(…)
Presidente: Então, no Brasil, a gente vai ter de fazer duas coisas, por isso que eu não estou pedindo hoje um aumento de impostos. Nós vamos melhorar a gestão da Saúde neste país.
Jornalista: Que ótimo!
Animada com tantas interjeições da dupla, após cada cortada no raciocínio, só restou à presidente Dilma devolver à Record um saque Jornada nas Estrelas – descrevendo, como ninguém jamais fez, a emoção que será assistir aos Pan-Americanos.
Jornalista: Torcer, presidente?
Presidente: Olha, é algo, assim, que a gente… cada um de nós… eu acho que o esporte tem essa capacidade, tá, de te movime… de mexer contigo, de fazer com que ocê fique torcendo e, ao mesmo tempo… porque é muito bonito, né? Ao mesmo tempo, cê aprecia, e aí depois cê torce. Agora, eu acho que eu vou, também, sofrê, porque um pouquinho a gente sofre. Eu acredito que vai ser uma experiência muito importante a gente vê, com todas essas… esses avanços tecnológicos, o jogo. E tô impressionada: vocês vão mandar 250 pessoas?
Celso Arnaldo Araújo - Veja Online
Trechos da entrevista concedida nesta quinta-feira em Brasília por Dilma Rousseff aos jornalistas Celso Zucatelli e Chris Flores, do programa Hoje em Dia ─ onde foi estabelecida nova marca mundial na prova de levantamento de bola para a presidente nos Jogos Pan-americanos da TV Record, conforme a transcrição sem cortes do Blog do Planalto.
Jornalista (sobre o aumento da expectativa de vida da população): É excelente. Até 2050, a estimativa é que passe dos 80 anos. Como que o governo se prepara para isso?
Presidenta: Olha, o Brasil, ele, antes de chegar lá… de chegar lá, eu vou falar aonde. Antes de nós ficarmos um país com uma população mais velha, nós vamos ficar mais ricos.
Jornalista: Opa!
Presidenta: É muito importante a gente ficar mais rico antes de ficar um país dominantemente mais velho.
Jornalista: Dá tempo?
Presidenta: Dá tempo, e mais, tem uma outra boa notícia.
Jornalista: Oba!
Digite aqui o resto do post
(…)
Presidenta: Sabe que 65% dos pequenos empreendedores são mulheres?
Jornalista: Olha!
(…)
Presidenta: Eu não sou, como diz a Bíblia, sepulcro caiado, não sou. Por que eu não sou? Porque eu tenho obrigação de falar para a população o que ela tem direito de ouvir.
Jornalista: Eu sei, por isso que a gente pergunta para a senhora mais, porque eu sei que a senhora fala.
(…)
Presidente: Então, no Brasil, a gente vai ter de fazer duas coisas, por isso que eu não estou pedindo hoje um aumento de impostos. Nós vamos melhorar a gestão da Saúde neste país.
Jornalista: Que ótimo!
Animada com tantas interjeições da dupla, após cada cortada no raciocínio, só restou à presidente Dilma devolver à Record um saque Jornada nas Estrelas – descrevendo, como ninguém jamais fez, a emoção que será assistir aos Pan-Americanos.
Jornalista: Torcer, presidente?
Presidente: Olha, é algo, assim, que a gente… cada um de nós… eu acho que o esporte tem essa capacidade, tá, de te movime… de mexer contigo, de fazer com que ocê fique torcendo e, ao mesmo tempo… porque é muito bonito, né? Ao mesmo tempo, cê aprecia, e aí depois cê torce. Agora, eu acho que eu vou, também, sofrê, porque um pouquinho a gente sofre. Eu acredito que vai ser uma experiência muito importante a gente vê, com todas essas… esses avanços tecnológicos, o jogo. E tô impressionada: vocês vão mandar 250 pessoas?
UMA MINISTRA ASSOBERBADA DE TRABALHO
Iriny Lopes, uma das “Dilma’s Girls” (“meninas” da Dilma), ministra-chefe da Secretaria de Políticas para as Mulheres, ainda, como a grande maioria de seus colegas, não disse a que veio.
Certamente a dona Iriny deve ser seguidora de Abelardo Chacrinha Barbosa, que numa de suas máximas deixou ensinado: “Quem não se comunica se trumbica”. Apelando para o absurdo, afim de aparecer, atacou uma campanha comercial estrelada por Gisele Bündchen, que é modelo de fama mundial e de conduta irreprochável. Ela faz as vezes de garota-propaganda da fábrica de lingeries Hope.
De sutiã e calcinha, Gisele conta para o marido algum acontecimento que o desagradaria. (veja o vídeo – HOPE Ensina – Estourei o cartão).
A pasta dirigida por Iriny através de nota, diz: “A propaganda promove o reforço do esteriótipo equivocado da mulher como objeto sexual de seu marido e ignora os grande avanços que temos alcançado para desconstruir práticas e pensamentos sexistas. Também apresenta conteúdo discriminatório contra a mulher, infringindo os arts. 1° e 5° da Constituição Federal”.
Como dona Iriny é “muito ocupada” com os afazeres de seu ministério, teve que gastar algo de seu precioso tempo para expedir dois ofícios. Num, dirigido ao Conar (Conselho Brasilero de Auto-Regulamentação Publicitária), pediu a retirada da campanha do ar.
Noutro, endereçado a Sylvio Korytowski, diretor da Hope, Iriny manifesta seu “repúdio”.
Nesse momento resolvi, por pura curiosidade, ir ao meu arquivo e ver a fotografia de Iriny e Gisele, aí sim, entendi a verdadeira causa da ministra e o leitor também o fará, ao ver a fotomontagem das duas: “A inveja é uma merda”
Giulio Sanmartini
Certamente a dona Iriny deve ser seguidora de Abelardo Chacrinha Barbosa, que numa de suas máximas deixou ensinado: “Quem não se comunica se trumbica”. Apelando para o absurdo, afim de aparecer, atacou uma campanha comercial estrelada por Gisele Bündchen, que é modelo de fama mundial e de conduta irreprochável. Ela faz as vezes de garota-propaganda da fábrica de lingeries Hope.
De sutiã e calcinha, Gisele conta para o marido algum acontecimento que o desagradaria. (veja o vídeo – HOPE Ensina – Estourei o cartão).
A pasta dirigida por Iriny através de nota, diz: “A propaganda promove o reforço do esteriótipo equivocado da mulher como objeto sexual de seu marido e ignora os grande avanços que temos alcançado para desconstruir práticas e pensamentos sexistas. Também apresenta conteúdo discriminatório contra a mulher, infringindo os arts. 1° e 5° da Constituição Federal”.
Como dona Iriny é “muito ocupada” com os afazeres de seu ministério, teve que gastar algo de seu precioso tempo para expedir dois ofícios. Num, dirigido ao Conar (Conselho Brasilero de Auto-Regulamentação Publicitária), pediu a retirada da campanha do ar.
Noutro, endereçado a Sylvio Korytowski, diretor da Hope, Iriny manifesta seu “repúdio”.
Nesse momento resolvi, por pura curiosidade, ir ao meu arquivo e ver a fotografia de Iriny e Gisele, aí sim, entendi a verdadeira causa da ministra e o leitor também o fará, ao ver a fotomontagem das duas: “A inveja é uma merda”
Giulio Sanmartini
11 DE SETEMBRO E OS EUA NA GUERRA ERRADA
Ciência e Humanidades - Demografia
Qual é a situação dos Estados Unidos da América (EUA) dez anos depois dos ataques de 11 de setembro de 2001? O mundo mudou? Quem venceu a guerra: EUA ou Al Qaeda?
Cresce a compreensão internacional de que tanto a Al Qaeda quanto os EUA saíram perdendo, pois a China foi a vencedora da competição internacional na primeira década do século XXI.
A Al Qaeda perdeu mesmo antes da morte de Bin Laden. A Primavera Árabe mostrou que o povo do Oriente Médio não deseja seguir os princípios do fundamentalismo muçulmano.
Mas os Estados Unidos também perderam, pois a resposta unilateral levou a duas guerras erradas (Afeganistão e Iraque). Só no Iraque, os EUA perderam mais americanos vítimas mortais dos conflitos do que o número de civis mortos na derrubada do World Trade Center (sem contar as vítimas civis no Afeganistão e no Iraque). Além dos custos humanos e do incentivo ao militarismo internacional, as duas guerras e as medidas de segurança foram responsáveis pela dragagem de cerca de 3 trilhões de dólares.
Esta quantia, para um país rico e líder destacado da comunidade mundial, poderia não parecer tão grande. Mas acontece que os EUA diminuiram de tamanho (em termos relativos) e enfrentam sérias dificuldades com seus enormes déficits (comercial e fiscal), sua enorme dívida pública, perda de competitividade econômica e suas deficiências em infra-estrutura e educação básica. Ou seja, os EUA lutaram a guerra errada e perderam o rumo na primeira década do século XXI. A guerra correta seria lutar pela melhoria da educação, da infra-estrutura e das relações antrópicas com o meio ambiente.
Os EUA vem perdendo espaço para a China, que nestes últimos dez anos, se dedicou ao crescimento acelerado, ao avanço da sua economia e na luta pela redução da pobreza.
De acordo com dados do FMI, o PIB americano (em poder de paridade de compra – ppp), em 2000, era de 10 trilhões de dólares, enquanto o PIB da China (em ppp) era de 3 trilhões de dólares. Portanto, na virada do milênio, a economia dos EUA era 3,3 vezes maior do que a chinesa. Mas, em 2011, o PIB dos EUA deve ficar em 15,2 trilhões de dólares, apenas 1,3 vezes maior do que o PIB da China, de 11,1 trilhões de dólares.
O FMI também projeta que a China será a maior economia do mundo (medida em ppp) já no ano 2016. Além de possuir a industria mais competitiva, a China acumula mais de 3 trilhões de dólares em reservas internacionais e é o maior credor financeiro dos Estados Unidos.
A participação da China na economia mundial passou de 7,1%, em 2000, para 13,6%, em 2011, enquanto a participação dos EUA caiu de 24% para 19,3%, no mesmo período.
Além disto, os EUA possuem mais de 14 milhões de pessoas desempregadas e as perspectivas não são boas para os próximos anos.
Vários economistas consideram alta a probabilidade de uma nova recessão econômica. O sonho americano está se transformando no pesadelo da mobilidade social descendente para as novas gerações. Pesadelo também em termos de aquecimento global e de degradação ambiental.
O mundo mudou neste início do século XXI e a China, a Índia e os países em desenvolvimento estão reconfigurando a economia internacional. Existe um processo de convergência e de redução das diferenças entre os países ricos e pobres.
Ao mesmo tempo, os Estados Unidos continuam atolados nos conflitos insolúveis do Afeganistão, do Iraque e, recentemente, da Líbia. Internamente, os partidos políticos estão se esforçando para mostrar que a democracia americana é uma ilusão, pois quem dá as cartas é o poder econômico que busca defender os seus interesses egoísticos e não se importa com o acelerado processo de aprofundamento das desigualdades sociais. A democracia americana está ficando “desfuncional”, em decorrência da radicalização política. A correção de rumo torna-se impraticável com o partido Republicano controlando a Câmara de Deputados e o partido Democrata controlando o Senado e a Casa Branca.
Enfim, o 11 de setembro realmente mudou o mundo. E, no novo cenário internacional, os EUA ficaram menores e com menos atrativos econômicos e políticcos. Se, em diversos momentos do passado, foram referência positiva para outros povos, atualmente, os EUA são um modelo a ser evitado.
José Eustáquio Diniz Alves
Qual é a situação dos Estados Unidos da América (EUA) dez anos depois dos ataques de 11 de setembro de 2001? O mundo mudou? Quem venceu a guerra: EUA ou Al Qaeda?
Cresce a compreensão internacional de que tanto a Al Qaeda quanto os EUA saíram perdendo, pois a China foi a vencedora da competição internacional na primeira década do século XXI.
A Al Qaeda perdeu mesmo antes da morte de Bin Laden. A Primavera Árabe mostrou que o povo do Oriente Médio não deseja seguir os princípios do fundamentalismo muçulmano.
Mas os Estados Unidos também perderam, pois a resposta unilateral levou a duas guerras erradas (Afeganistão e Iraque). Só no Iraque, os EUA perderam mais americanos vítimas mortais dos conflitos do que o número de civis mortos na derrubada do World Trade Center (sem contar as vítimas civis no Afeganistão e no Iraque). Além dos custos humanos e do incentivo ao militarismo internacional, as duas guerras e as medidas de segurança foram responsáveis pela dragagem de cerca de 3 trilhões de dólares.
Esta quantia, para um país rico e líder destacado da comunidade mundial, poderia não parecer tão grande. Mas acontece que os EUA diminuiram de tamanho (em termos relativos) e enfrentam sérias dificuldades com seus enormes déficits (comercial e fiscal), sua enorme dívida pública, perda de competitividade econômica e suas deficiências em infra-estrutura e educação básica. Ou seja, os EUA lutaram a guerra errada e perderam o rumo na primeira década do século XXI. A guerra correta seria lutar pela melhoria da educação, da infra-estrutura e das relações antrópicas com o meio ambiente.
Os EUA vem perdendo espaço para a China, que nestes últimos dez anos, se dedicou ao crescimento acelerado, ao avanço da sua economia e na luta pela redução da pobreza.
De acordo com dados do FMI, o PIB americano (em poder de paridade de compra – ppp), em 2000, era de 10 trilhões de dólares, enquanto o PIB da China (em ppp) era de 3 trilhões de dólares. Portanto, na virada do milênio, a economia dos EUA era 3,3 vezes maior do que a chinesa. Mas, em 2011, o PIB dos EUA deve ficar em 15,2 trilhões de dólares, apenas 1,3 vezes maior do que o PIB da China, de 11,1 trilhões de dólares.
O FMI também projeta que a China será a maior economia do mundo (medida em ppp) já no ano 2016. Além de possuir a industria mais competitiva, a China acumula mais de 3 trilhões de dólares em reservas internacionais e é o maior credor financeiro dos Estados Unidos.
A participação da China na economia mundial passou de 7,1%, em 2000, para 13,6%, em 2011, enquanto a participação dos EUA caiu de 24% para 19,3%, no mesmo período.
Além disto, os EUA possuem mais de 14 milhões de pessoas desempregadas e as perspectivas não são boas para os próximos anos.
Vários economistas consideram alta a probabilidade de uma nova recessão econômica. O sonho americano está se transformando no pesadelo da mobilidade social descendente para as novas gerações. Pesadelo também em termos de aquecimento global e de degradação ambiental.
O mundo mudou neste início do século XXI e a China, a Índia e os países em desenvolvimento estão reconfigurando a economia internacional. Existe um processo de convergência e de redução das diferenças entre os países ricos e pobres.
Ao mesmo tempo, os Estados Unidos continuam atolados nos conflitos insolúveis do Afeganistão, do Iraque e, recentemente, da Líbia. Internamente, os partidos políticos estão se esforçando para mostrar que a democracia americana é uma ilusão, pois quem dá as cartas é o poder econômico que busca defender os seus interesses egoísticos e não se importa com o acelerado processo de aprofundamento das desigualdades sociais. A democracia americana está ficando “desfuncional”, em decorrência da radicalização política. A correção de rumo torna-se impraticável com o partido Republicano controlando a Câmara de Deputados e o partido Democrata controlando o Senado e a Casa Branca.
Enfim, o 11 de setembro realmente mudou o mundo. E, no novo cenário internacional, os EUA ficaram menores e com menos atrativos econômicos e políticcos. Se, em diversos momentos do passado, foram referência positiva para outros povos, atualmente, os EUA são um modelo a ser evitado.
José Eustáquio Diniz Alves
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