"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



sexta-feira, 23 de setembro de 2011

REFORMA POLÍTICA DE LULA: BALAIO DE VIGARICES


A reforma política de Lula é um balaio de vigarices que torna o país mais primitivo

Nove meses depois de deixar o Palácio do Planalto, o ex-presidente Lula apareceu no Palácio do Jaburu, nesta quarta-feira, para combinar com a base alugada como deve ser feita a reforma política que não fez em oito anos. Se pensasse nas próximas gerações, teria comandado já nos primeiros meses de governo a implantação de mudanças que tornariam o Brasil mais moderno e o mundo político menos cafajeste. Como só pensa nas próximas eleições, preferiu piorar o que já era péssimo para atender aos próprios interesses. Acertou-se com os 300 picaretas que pareciam incomodá-lo nos tempos de deputado, ampliou assustadoramente a bancada dos vigaristas, virou parceiro dos pastores do atraso e esqueceu a reforma prometida durante a campanha.

Continua o mesmo, informou neste 21 de setembro a reportagem do site de VEJA sobre a reunião matutina na residência oficial do vice Michel Temer. A pedido do ex-presidente, lá estavam líderes do PMDB que podem ajudá-lo a remover as pedras no caminho do entendimento com o PT. Uma delas é a fórmula que deve reger as eleições parlamentares. O PT prefere o voto em lista fechada ─ malandragem que permite à cúpula da seita decidir quem será deputado. O PMDB defende o “distritão”, uma deformação marota do voto distrital forjada para eternizar o poder dos coronéis de grotão. Embora distintas, as duas patifarias são filhas da mesma abjeção resumida na frase decorada por 10 em 10 prontuários disfarçados de pais-da-pátria: numa eleição, só é feio perder.

Todos perseguem um objetivo comum: prorrogar o prazo de validade da era do primitivismo. É natural que Lula seja o escolhido para ofender o país que presta com outro balaio de vigarices. Ninguém melhor que o inventor do Brasil Maravilha para apadrinhar uma reforma política que não reforme nada.

Augusto Nunes

CONSELHO DE UMA JUÍZA ÀS FORÇAS ARMADAS

Os militares precisam descobrir a força que a instituição tem. Há anos venho acompanhando as notícias sobre o desmantelamento das Forças Armadas e sobre a relutância dos governos de FHC e de Lula em reajustar dignamente os salários dos militares.

O cidadão ingênuo até pensaria que os sucessivos cortes no orçamento do Ministério da Defesa e a insistência em negar os reajustes salariais à categoria poderiam, mesmo, decorrer de uma contenção de gastos, dessas que as pessoas honestas costumam fazer para manter em equilíbrio o binômio receita/despesa, sem comprometer a dignidade de sua existência.

Mas, depois de tanto acompanhar o noticiário nacional, certamente já ficou fácil perceber que não é esse o motivo que leva o governo a esmagar a única instituição do país que se pauta pela ampla, total e irrestrita seriedade de seus integrantes e que, por isso mesmo, goza do respaldo popular, figurando sempre entre as duas ou três primeiras colocadas nas pesquisas sobre credibilidade.

A alegação de falta de dinheiro é de todo improcedente ante os milhões (ou bilhões?) de reais que se desviaram dos cofres públicos para os ralos da corrupção política e financeira, agora plenamente demonstrada pelas CPIs em andamento no Congresso Nacional.

O reajuste salarial concedido à Polícia Militar do Distrito Federal, fazendo surgir discrepâncias inadmissíveis entre a PM e as Forças Armadas para os mesmos postos, quando o dinheiro provém da mesma fonte pagadora - a União - visa criar uma situação constrangedora para os que integram uma carreira que sempre teve entre suas funções justamente a de orientar todas as Polícias Militares do país, consideradas forças auxiliares e reserva do Exército (art. 144, § 6º da Constituição Federal).

Mas agora a charada ficou completamente desvendada. E se você, leitor, quer mesmo saber por que raios o governo vem massacrando as Forças Armadas e os militares, a ponto de o presidente da República sequer receber seus Comandantes para juntos discutirem a questão, eu lhe digo sem rodeios: é por pura inveja e por medo da comparação que, certamente, o povo já começa a fazer entre os governos militares e os que os sucederam. Eis algumas das razões dessa inveja e desse medo:

1) Porque esses políticos (assim como os 'formadores de opinião'), que falam tão mal dos militares, sabem que estes passam a vida inteira estudando o Brasil - suas necessidades, os óbices a serem superados e as soluções para os seus problemas - e, com isso, acompanham perfeitamente o que se passa no país, podendo detectar a verdadeira origem de suas mazelas e também as suas reais potencialidades.

Já os políticos profissionais - salvo exceções cada vez mais raras - passam a vida tentando descobrir uma nova fórmula de enganar o eleitor e, quando eleitos, não têm a menor idéia de por onde começar a trabalhar pelo país porque desconhecem por completo suas características, malgrado costumem, desde a candidatura, deitar falação sobre elas como forma de impressionar o público. Sem falar nos mais desonestos, que, além de não saberem nada sobre a terra que pretendem governar ou para ela legislar, ainda não têm o menor desejo de aprender o assunto. Sua única preocupação é ficar rico o mais rápido possível e gastar vultosas somas de dinheiro (público, é claro) em demonstrações de luxo e ostentação.

2) Porque eles sabem que durante a 'ditadura' militar havia projetos para o país, todos eles de longo prazo e em proveito da sociedade como um todo, e não para que os governantes de então fossem aplaudidos em comícios (que, aliás, jamais fizeram) ou ganhassem vantagens indevidas no futuro.

3) Porque eles sabem que os militares, por força da profissão, passam, em média, dois anos em cada região do Brasil, tendo a oportunidade de conhecer profundamente os aspectos peculiares a cada uma delas, dedicando-se a elaborar projetos para o seu desenvolvimento e para a solução dos problemas existentes. Projetos esses, diga-se de passagem, que os políticos, é lógico, não têm o mínimo interesse em conhecer e implementar.

4) Porque eles sabem que dados estatísticos são uma das ciências militares e, portanto, encarados com seriedade pelas Forças Armadas e não como meio de manipulação para, em manobra tipicamente orwelliana, justificar o injustificável em termos de economia, educação, saúde, segurança, emprego, índice de pobreza, etc.

5) Porque eles sabem que os militares tratam a coisa pública com parcimônia, evitando gastos inúteis e conservando ao máximo o material de trabalho que lhes é destinado, além de não admitirem a negligência ou a malícia no trabalho, mesmo entre seus pares. E esses políticos porto não suportariam ter os militares como espelho a refletir o seu próprio desperdício e a sua própria incompetência.

6) Porque eles sabem que os militares, ao se dirigirem ao povo, utilizam um tom direto e objetivo, falando com honestidade, sem emprego de palavras difíceis ou de conceitos abstratos para enganá-lo.

7) Porque eles sabem que os militares trabalham duro o tempo todo, embora seu trabalho seja excessivo, perigoso e muitas vezes insalubre, mesmo sabendo que não farão jus a nenhum pagamento adicional, que, de resto, jamais lhes passou pela cabeça pleitear.

8) Porque eles sabem que para os militares tanto faz morar no Rio de Janeiro ou em Picos, em São Paulo ou em Nioaque, em Fortaleza ou em Tabatinga porque seu amor ao Brasil está acima de seus anseios pessoais.

9) Porque eles sabem que os militares levam uma vida austera e cultivam valores completamente apartados dos prazeres contidos nas grandes grifes, nas mansões de luxo ou nas contas bancárias no exterior, pois têm consciência de que é mais importante viver dignamente com o próprio salário do que nababescamente com o dinheiro público.

10) Porque eles sabem que os militares têm companheiros de farda em todos os cantos do país, aos quais juraram lealdade eterna, razão por que não admitem que deslize algum lhes retire o respeito mútuo e os envergonhe.

11) Porque eles sabem que, por necessidade inerente à profissão, a atuação dos militares se baseia na confiança mútua, vez que são treinados para a guerra, onde ordens emanadas se cumpridas de forma equivocada podem significar a perda de suas vidas e as de seus companheiros, além da derrota na batalha.

12) Porque eles sabem que, sofrendo constantes transferências, os militares aprendem, desde sempre, que sua família é composta da sua própria e da de seus colegas de farda no local em que estiverem, e que é com esse convívio que também aprendem a amar o povo brasileiro e não apenas os parentes ou aqueles que possam lhes oferecer, em troca, algum tipo de vantagem.

13) Porque eles sabem que os militares jamais poderão entrar na carreira pela 'janela' ou se tornar capitães, coronéis ou generais por algum tipo de apadrinhamento, repudiando fortemente outro critério de ingresso e de ascensão profissional que não seja baseado no mérito e no elevado grau de responsabilidade, enquanto que os maus políticos praticam o nepotismo, o assistencialismo, além de votarem medidas meramente populistas para manterem o povo sob o seu domínio.

14) Porque eles sabem que os militares desenvolvem, ao longo da carreira, um enorme sentimento de verdadeira solidariedade, ajudando-se uns aos outros a suportar as agruras de locais desconhecidos - e muitas vezes inóspitos -, além das saudades dos familiares de sangue, dos amigos de infância e de sua cidade natal.

15) Porque eles sabem que os militares são os únicos a pautar-se pela grandeza do patriotismo e a cultuar, com sinceridade, os símbolos nacionais notadamente a nossa bandeira e o nosso hino, jamais imaginando acrescentar-lhes cores ideológico-partidárias ou adulterar-lhes a forma e o conteúdo.

16) Porque eles sabem que os militares têm orgulho dos heróis nacionais que, com a própria vida, mantiveram íntegra e respeitada a terra brasileira e que esses heróis não foram fabricados a partir de interesses ideológicos, já que, não dependendo de votos de quem quer que seja, nunca precisaram os militares agarrar-se à imagem romântica de um guerrilheiro ou de um traidor revolucionário para fazer dele um símbolo popular e uma bandeira de campanha.

17) Porque eles sabem que para os militares, o dinheiro é um meio, e não um fim em si mesmo. E que se há anos sua situação financeira vem se degradando por culpa de governos inescrupulosos que fazem do verbo inútil - e não de atos meritórios - o seu instrumento de convencimento a uma população em grande parte ignorante, eles ainda assim não esmorecem e nem se rendem à corrupção.

18) Porque eles sabem que se alguma corrupção existiu nos Governos Militares, foi ela pontual e episódica, mas jamais uma estratégia política para a manutenção do poder ou o reflexo de um desvio de caráter a contaminá-lo por inteiro.

19) Porque eles sabem que os militares passam a vida estudando e praticando, no seu dia-a-dia, conhecimentos ligados não apenas às atividades bélicas, mas também ao planejamento, à administração, à economia o que os coloca em um nível de capacidade e competência muito superior ao dos políticos gananciosos e despreparados que há pelo menos 20 anos nos têm governado.

20) Porque eles sabem que os militares são disciplinados e respeitam a hierarquia, ainda que divirjam de seus chefes, pois entendem que eles são responsáveis e dignos de sua confiança e que não se movem por motivos torpes ou por razões mesquinhas.

21) Porque eles sabem que os militares não se deixaram abater pelo massacre constante de acusações contra as Forças Armadas, que fizeram com que uma parcela da sociedade (principalmente a parcela menos esclarecida) acreditasse que eles eram pessoas más, truculentas, que não prezam a democracia, e que, por dá cá aquela palha, estão sempre dispostos a perseguir e a torturar os cidadãos de bem, quando na verdade apenas cumpriram o seu dever, atendendo ao apelo popular para impedir a transformação do Brasil em uma ditadura comunista como Cuba ou a antiga União Soviética, perigo esse que já volta a rondar o país.

22) Porque eles sabem que os militares cassaram muitos dos que hoje estão envolvidos não apenas em maracutaias escabrosas como também em um golpe de Estado espertamente camuflado de 'democracia' (o que vem enfim revelar e legitimar, definitivamente, o motivo de suas cassações), não interessando ao governo que a sociedade perceba a verdadeira índole desses guerrilheiros-políticos aproveitadores, que não têm o menor respeito pelo povo brasileiro. Eles sabem que a comparação entre estes últimos e os governantes militares iria revelar ao povo a enorme diferença entre quem trabalha pelo país e quem trabalha para si próprio.

23) Porque eles sabem que os militares não se dobraram à mesquinha ação da distorção de fatos que há mais de vinte anos os maus brasileiros impuseram à sociedade, com a clara intenção de inculcar-lhe a idéia de que os guerrilheiros de ontem (hoje corruptos e ladrões do dinheiro público) lutavam pela 'democracia', quando agora já está mais do que evidente que o desejo por eles perseguido há anos sempre foi - e continua sendo - o de implantar no país um regime totalitário, uma ditadura mil vezes pior do que aquela que eles afirmam ter combatido.

24) Porque eles sabem que os militares em nada mudaram sua rotina profissional, apesar do sistemático desprezo com que a esquerda sempre enxergou a inegável competência dos governos da 'ditadura', graças aos quais o país se desenvolveu a taxas nunca mais praticadas, promovendo a melhoria da infra-estrutura, a segurança, o pleno emprego, fazendo, enfim, com que o país se destacasse como uma das mais potentes economias do mundo, mas que ultimamente vem decaindo a olhos vistos.

25) Porque eles sabem que os militares se mantêm honrados ao longo de toda a sua trajetória profissional, enquanto agora nos deparamos com a descoberta da verdadeira face de muitos dos que se queixavam de terem sido cassados e torturados, mas que aí estão, mostrando o seu caráter abjeto e seus pendores nada democráticos.

26) Porque eles sabem que os militares representam o que há de melhor em termos de conduta profissional, sendo de se destacar a discrição mantida mesmo frente aos atuais escândalos, o que comprova que, longe de terem tendências para golpes, só interferem - como em 1964 - quando o povo assim o exige.

27) Porque eles sabem que os militares, com seus conhecimentos e dedicação ao Brasil, assim como Forças Armadas bem equipadas e treinadas são um estorvo para quem deseja implantar um regime totalitarista entre nós, para tanto se valendo de laços ilegítimos com ditaduras comunistas como as de Cuba e de outros países, cujos povos vêem sua identidade nacional se perder de forma praticamente irrevogável, seu poder aquisitivo reduzir-se aos mais baixos patamares e sua liberdade ser impiedosamente comprometida.

28) Porque eles sabem que os militares conhecem perfeitamente as causas de nossos problemas e não as colocam no FMI, nos EUA ou em qualquer outro lugar fora daqui, mas na incompetência, no proselitismo e na desonestidade de nossos governantes e políticos profissionais.

29) Porque eles sabem que ninguém pode enganar todo mundo o tempo todo, o governo temia que esses escândalos, passíveis de aflorar a qualquer momento, pudessem provocar o chamamento popular da única instituição capaz de colocar o país nos eixos e fazer com que ele retomasse o caminho da competência, da segurança e do desenvolvimento.

30) Porque eles sabem, enfim, que todo o mal que se atribui aos militares e às Forças Armadas - por maiores que sejam seus defeitos e limitações – não tem respaldo na Verdade histórica que um dia há de aflorar.

Marli Nogueira é Juíza do Trabalho em Brasília.

SEM DISCUSSÃO, APROVADO!

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, numa sessão meteórica, de pouco mais de três minutos, aprovou, na manhã de ontem, 118 projetos. O deputado Luiz Couto (PT-PB), o único presente, foi chamado com urgência à comissão para ter, pelo menos, um parlamentar no plenário da CCJ. Quem presidiu a sessão foi o deputado Cesar Colnago (PSDB-ES), terceiro vice-presidente.
Quando Couto chegou, Colnago declarou: "Havendo número regimental, declaro aberta a reunião". Para abrir uma sessão na CCJ, a mais numerosa e mais importante da Câmara, são necessárias assinaturas de 36 deputados. Esse quórum existia, mas todos assinaram e foram embora, como ocorre às quintas-feiras.Os projetos foram votados em quatro blocos: de 38 (concessão de radiodifusão), de 9 (projetos de lei), de 65 (renovação de concessão de radiodifusão) e de 6 (acordos internacionais).

A cada rodada de votação, Colnago consultava o plenário, como se estivesse lotado:
- Os deputados que forem pela aprovação, a favor da votação, permaneçam como se encontram.
Sentado na primeira fileira, Luiz Couto nem se mexia. Em outro momento, Colnago fez outra consulta ao plenário da Câmara:
- Em discussão. Não havendo quem queira discutir, em votação. Aprovado!
Declarada encerrada a sessão, o deputado do PSDB dirigiu-se a Couto:
- Um coroinha com um padre, podia dar o quê?!
Couto é padre, e Colnago revelou ter sido coroinha na infância. A secretária da CCJ também fez um comentário:
- Votamos 118 projetos!
E Colnago continuou, falando com Couto:
- Depois dizem que a oposição não ajuda.

Além das centenas de concessões e renovações de radiodifusão, a CCJ aprovou, neste pacote, acordos bilaterais do Brasil com Índia, Libéria, Congo, Belize, Guiana e República Dominicana. Entre os projetos de lei, há um que trata de carteira de habilitação especial para portadores de diabetes e até a regulamentação da profissão de cabeleireiro, manicure, pedicure e "profissionais de beleza em geral". ( De O Globo)

coturno noturno

FHC BATE E ASSOPRA


As manifestações contra a corrupção começam, felizmente, a ganhar corpo. Pena que o objetivo proposto pela última delas, no Rio de Janeiro, possa ser enganoso, qual seja, considerar como crime hediondo o delito de corrupção. Não é de agora que a sociedade a cada surto de criminalidade pede isso. Mas, de que adianta aumentar as penas se ninguém é condenado?

Atualmente, além da corrupção como desvio pessoal de conduta, estamos diante de algo muito grave: pouco a pouco se foi montando um sistema político que tem a corrupção como pressuposto e condição para a “governabilidade”. Trata-se, portanto, de uma corrupção institucionalizada.
Ela não absolve de culpa pessoal os infratores, utilizem eles ou não os recursos obtidos fraudulentamente para fins eleitorais-partidários ou para enriquecimento pessoal. Freqüentemente, aliás, usam-nos para os dois propósitos. Mas requere medidas corretivas que cheguem às causas (ou pretextos) para a roubalheira: o elevado custo das campanhas eleitorais.

Portanto, o combate à corrupção implica também na tentativa de reduzir tais custos. Esta é uma das razões pelas quais eu apoio decididamente o voto distrital, com todas as dificuldades que possam existir para sua implantação.

Mas isso não basta: é preciso ter maior controle e transparência nos contratos públicos e uma atitude firme de repúdio às práticas desonestas. Por isso, quando a Presidente Dilma reitera não aceitar a corrupção impune (mesmo que as circunstâncias políticas a forcem a fazer novas nomeações duvidosas), isso é melhor do que as permanentes tentativas de minimizar os alegados casos de corrupção como o fazia e ainda agora o fez novamente o ex-presidente Lula, lamentando que os ministros recém demitidos não tivessem “casca dura” suficiente para resistir às pressões da sociedade.

Quando os dirigentes não têm força suficiente para acabar com o sistema distorcido em que vivemos, que ao menos por suas palavras e, mais, pelo exemplo, demonstrem que não são lenientes com o crime da malversação. É o mínimo que se pode esperar de quem tem responsabilidades públicas, esteja ou não no exercício de mandatos.

De Fernando Henrique Cardoso, publicado no Observatório Político

O PAÍS DOS FERIADOS

Lendo os jornais hoje para escolher um tema para este comentário, a lista de opções pareceu vasta: o agravamento da crise mundial com a queda abrupta dos mercados acionários; a “comissão da verdade” que busca revanchismo ideológico e não a verdade histórica; o discurso repleto de clichês da presidente Dilma na ONU; a questão Israel x Palestina que está na ordem do dia; o descaso dos hospitais públicos enquanto o governo demanda mais recursos para o setor. Todos eles assuntos sérios, que merecem comentários.

Mas fiquei com uma alternativa mais suave, talvez por ser sexta-feira. O editorial do jornal O Globo fala sobre a Lei Geral da Copa, que foi enviada pelo governo federal para o Congresso. Entre as providências para o país receber milhares de pessoas de forma razoavelmente organizada, consta a possibilidade de a União, o Distrito Federal, estados e municípios decretarem feriado nos dias de jogos. Como diz o editorial, a medida causa apreensão, pois sinaliza o “reconhecimento prévio de inaptidão do poder público, notadamente o governo federal, diante de um compromisso assumido com a sociedade”.

Este compromisso, vale lembrar, seria “aproveitar a chance histórica de utilizar o fantástico aporte de recursos no país, carreados pelo Mundial, para enfrentar com ações duradouras demandas urbanísticas e administrativas”. Claro que, em se tratando de Brasil, isso era apenas sonho. Eis o que teremos, na verdade: obras tocadas em cima da hora, com pouco escrutínio e muito roubo; elefantes brancos que ficarão sem grande utilidade após os eventos; e uma pesada conta pública para ser paga pelos “contribuintes”.

Ah sim, já ia me esquecendo: e teremos também os feriados, que o povo adora! Ao ler o editorial, pensei imediatamente em Nelson Rodrigues. O dramaturgo dizia que “o brasileiro é um feriado, temos alma de feriado”. E quem pode negar? Brasileiro gosta mesmo é disso: samba, futebol, domingão do Faustão e praia. Pelo brasileiro típico, o ano teria uns cem feriados! E não faltaria um economista keynesiano, com PhD e tudo, para afirmar que isso gera riqueza, pois estimula o comércio dos shoppings.

Era apenas esta a mensagem de hoje: o brasileiro é um feriado. E fico por aqui, pois milhares de brasileiros estão eufóricos com a abertura hoje a tarde do Rock in Rio, que tem de tudo, até mesmo um pouquinho de rock. Segundo Roberto Medina, organizador do evento, o público pode ficar tranqüilo, pois não deve chover. Quem afirma é o cacique Cobra Coral, que presta serviços até para a Prefeitura. O que me remete a Nelson Rodrigues novamente, para finalizar. Ele também dizia que o brasileiro é um povo extremamente religioso. Tão religioso que é capaz de manter umas cinco religiões simultâneas.

Façamos então uma macumba e uma reza para que o feriado nos dias de jogos seja aprovado, sem chuva graças às danças do cacique, e tudo com muito samba, se Deus quiser! Amém.

Rodrigo Constantino

ISSO É PAÍS?!


E simbólico e sintomático. O Estadão estampa, lado a lado, o chefe da sofisticada organização criminosa do mensalão e um dos maiores empresários do país. Ambos falam de impostos. Com o mesmo peso e destaque. O mensaleiro quer combater a sonegação do imposto. Logo ele, que comandou o esquema mais escandaloso de caixa dois já ocorrido no Brasil. Que país é este que coloca bandidos na página de economia? E que faz com que empresários tenham que conviver com quadrilheiros?

AQUARELA DO BRASIL

NOTAS BRASILEIRAS!

1. Dívida Pública subiu para 1 trilhão 760 bilhões de reais.

2. Bolsa caiu 5,36%.

3. Órgãos internacionais passam a reduzir o PIB brasileiro em dólares em 18%.

4. Dólar a 1,90 apesar de o governo ter comprado 2,5 bilhões de dólares.

5. Taxa de inadimplência do crédito consignado incluindo as rolagens é de 20%.

6. Governo Federal excluiu da lei, sua obrigação de aplicar 10% em Saúde. Ficaram os municípios com 15% e os estados com 12%.

7. Mantega não tem lastro para liderar o enfrentamento a crise (de um economista top sênior).

8. Discurso de Dilma na ONU foi percebido como de presidente da ONG Brasil.

9. Lula está com complexo do galo francês, que acreditava que o sol raiava porque ele cacarejava.

Fonte Cesar Maia

THOMAS MANN HOJE

Artigos - Cultura
Thomas Mann foi único que compreendeu o que estava em jogo, desde sua origem, quando o processo todo estava em marcha e as potências do Ocidente ainda falavam em desarmamento voluntário. Por isso Thomas Mann nunca fez concessões aos nazistas.

Nos últimos meses mergulhei na obra de Thomas Mann e de seus comentaristas, com o objetivo de apresentar um curso sobre o autor agora em outubro (A Música do Apocalise - Thomas Mann e a lenda do Doutor Fausto). Eu tinha clareza do que queria, mas esse mergulho me permitiu ir além: ver o autor alemão em sua plenitude, seu lento processo de amadurecer para ser a consciência crítica do seu povo. A obra de Thomas Mann é o fecundo diálogo com as obras de Goethe e Nietzsche, especialmente estes dois. O decorrer da sua vida permitiu que ele partisse do deslumbramento inicial da juventude para a crítica mais implacável e corrosiva.

No Doutor Fausto essa crítica se mostra por inteiro. É o mesmo Fausto de Goethe reescrito sob a pele de Nietzsche que lá aparece. O livro é um apogeu. Com as guerras e a subida dos nazistas ao poder Thomas Mann não teve dúvida de que estava diante do mal mefistofélico integral, encarnado na saga de seu povo, a amada Alemanha. A história da Alemanha então se confundiu com a história de todo o mundo, pela guerra, pela ânsia opressora dos nazistas e pela violência sem tamanho que perpetrava. Mann percebeu onde foi dar aquele conceito de germanidade que ele próprio havia abraçado com firmeza ingênua em 1918, ao publicar o livro mais ridículo que poderia ter feito: o Considerações de um Apolítico. A germanidade é desses conceitos alucinados que só intelectuais fáusticos poderiam fabricar. Propunha um abismo entra os germânicos – a Alemanha –, tida por berço da cultura, em oposição e contra a civilização, identificada difusamente com a França, mas que na verdade é o cristianismo e o catolicismo. Foi abase para a política racista e genocida de Hitler. Certamente Thomas Mann descobriu que ele também contribui para a explosão de violência louca dos anos trinta e quarenta, ainda que de forma inconsciente.

Thomas Mann, todavia, era grande demais e ético demais para cair nessa estreiteza caricata de forma permanente. Na verdade, não obstante as idéias idiotas contidas no Considerações de um Apolítico, a exegese da obra dele mostra que, desde o início, ele colocou reservas severas a essas idéias. Tomemos o livro A Morte em Veneza. Ali está o esticismo em seu esplendor, apresentado de maneira bela e sofisticada, uma obra digna de um Platão. O que nos diz? Que o esteticismo é morte, é louco, é o Mal. Sem tirar e nem pôr. Viu o real, embora estivesse integralmente mergulhado no quadro da cultura do início do século XX. Essa grandeza ética vai explodir em 1922, ano em que proferiu o famoso discurso que, no espaço de duas laudas, negou tudo que escreveu em 1918. E repudiou violentamente o bestseller da época, o livro de Spengler A Decadência do Ocidente. Motivo: trabalhar com o ingênuo e mortal conceito de cultura x civilização.

Em 1924 veio à luz o livro A Montanha Mágica, o melhor dos seus livros. É um superlativo de símbolos, de psicologia, de religiosidade, de inconformismo com a modernidade. Hans Castorp, o personagem, concluiu os seus dias nas trincheiras da I Guerra Mundial. O próprio ambiente do romance é um asilo para tuberculosos, quando a doença não tinha cura. Seu diagnóstico continha algo como que uma sentença de morte. Uma doença pulmonar, do pneuma, do espírito. Tinha gente de toda Europa e do resto do mundo buscando tratamento. A humanidade inteira infectada pela pestilência espiritual. Aqui também a herança de Goethe está presente. O próprio Mefistófeles atua naquele ambiente infernal.

Será no Doutor Fausto que esse amadurecimento espiritual será exposto com todas as letras. Hitler é a conseqüência lógica da Reforma, de Goethe, do germanismo em sua batalha contra a civilização. De tal modo o livro é importante que arrisco dizer que Thomas Mann foi único que compreendeu o que estava em jogo, desde sua origem, quando o processo todo estava em marcha e as potências do Ocidente ainda falavam em desarmamento voluntário. Por isso Thomas Mann nunca fez concessões aos nazistas. Esse ponto de sua biografia o enobrece e exalta. Um gesto assim peremptório – que lhe custou dinheiro, bens, a própria nacionalidade – mostra como a sua consciência história foi aguda. E como jamais recuou na denúncia do Mal. Coragem e verdade combinadas, como em um Goethe renascido.

Os paralelos com os tempos de hoje são óbvios. O mundo em crise; a Europa em crise. Entender o que se passa exige o resgate de Thomas Mann, a voz que continua a ser a consciência critica do povo europeu.

*
Assista ao vídeo “E agora, Europa?”, no qual Nivaldo Cordeiro comenta a história das idéias políticas intervencionistas na Europa ao longo do século XX, responsáveis pelas grandes guerras mundiais e pela atual derrocada econômica do Velho Continente.



Escrito por Nivaldo Cordeiro, 21 Setembro 2011

PELA LEGALIZAÇÃO DO HOMESCHOOLING

Tramitam na Câmara dos Deputados, desde 2008, os Projeto de Lei (PL) 3518/2008, de autoria dos Deputados Henrique Afonso (PT-AC) e Miguel Martini (PHS-MG), e 4122/2008, de autoria do Dep. Walter Brito Neto (PRB-PB). Esses projetos, que estão tramitando juntos, propõem a legalização explícita do ensino domiciliar ou homeschooling no Brasil.

Eles começaram a sua tramitação pela Comissão de Educação e Cultura (CEC) da Câmara, onde estão até hoje. Para quem não sabe, a Câmara se divide em comissões temáticas, que são grupos de deputados que se especializam em certos assuntos. Todos os projetos que dizem respeito à educação e à cultura passam pela CEC.

Quando um projeto de lei passa por qualquer comissão da Câmara, um dos deputados-membros é escolhido como relator e tem a tarefa de examinar o projeto e produzir um relatório a seu respeito, explicando-o aos demais membros da comissão e recomendando a aprovação ou rejeição do projeto. A comissão é livre para acatar ou não o relatório do deputado relator, mas em geral a tendência é acatá-lo.

Em junho de 2009, a então deputada relatora, Bel Mesquita (PMDB-PA), apresentou à CEC um relatório propondo a rejeição dos projetos sobre homeschooling, alegando que eles violariam a Constituição e as leis brasileiras, que a socialização escolar é imprescindível e que há países desenvolvidos que proíbem ou restringem o ensino domiciliar.

Em julho de 2009, o Dep. Lobbe Neto (PSDB-SP) sugeriu à CEC que, antes que ela tomasse alguma decisão acerca do relatório da Dep. Bel Mesquita e dos projetos sob análise, fosse realizada uma audiência pública, na qual a CEC convidaria especialistas no assunto a apresentarem palestras e discutirem o tema perante a Comissão. Essa audiência de fato foi realizada em outubro de 2009, com a participação dos seguintes palestrantes:

(a) o Sr. Carlos Artexes Simões, diretor de Concepções e Orientações Curriculares para a Educação Básica, da Secretaria de Educação Básica do Ministério da Educação;

(b) o Sr. Cláudio Ferraz Oliver, escritor, mestre em educação pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná, em Curitiba, e residente nessa cidade;

(c) o Sr. Cléber de Andrade Nunes, designer, residente em Timóteo (MG), pai de dois adolescentes que estão sendo educados em casa por ele próprio e por sua mulher, e que por causa disso está enfrentando ações judiciais divulgadas na imprensa de todo o país;

(d) o Prof. Luiz Carlos Faria da Silva, doutor em educação pela Universidade Estadual de Campinas e professor da Universidade Estadual de Maringá (PR);

(e) o Prof. Alexandre Magno Fernandes Moreira Aguiar, procurador do Banco Central do Brasil, professor de Direito na Universidade Paulista e em vários cursos preparatórios para concursos em Brasília.

O representante do MEC posicionou-se contrário aos projetos; todos os demais, contudo, se pronunciaram favoravelmente e apresentaram com brilho vários argumentos relevantes.

Em consequência dessa audiência, o deputado que a presidiu, Wilson Picler (PDT-PR), convenceu-se do mérito do ensino domiciliar e preparou uma proposta de emenda constitucional (PEC) destinada a consagrar na Constituição Federal o direito ao ensino domiciliar. Ele conseguiu o apoio de dezenas de outros deputados para apresentar essa proposta. Trata-se da PEC 444/2009, que também está tramitando no Congresso. Não se deve confundir a PEC 444/2009 com os dois projetos de lei que estou comentando aqui; enquanto a PEC pretende alterar a Constituição Federal, os PLs pretendem modificar a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) e o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Para os interessados na prática do ensino domiciliar, é muito importante a aprovação tanto da PEC quanto destes PLs.

Pois bem: depois dessa audiência pública, a tramitação dos PLs na CEC da Câmara parou por um longo tempo. O relatório da Dep. Bel Mesquita foi arquivado sem ser votado. A deputada, por sua vez, não foi reeleita e saiu da Câmara dos Deputados.

Até que agora, em 15/09/2011, o novo relator, o Dep. Waldir Maranhão (PP-MA), apresentou um novo relatório à CEC sobre esses projetos. E esse segundo relatório também recomenda a rejeição dos dois projetos, com base em argumentos idênticos aos da antiga relatora Bel Mesquita.

Esse relatório ainda não foi votado pela CEC, mas pode vir a ser votado a qualquer momento. Caso a CEC aceite o relatório, os projetos serão rejeitados definitivamente e nós perderemos uma oportunidade histórica de legalizarmos o ensino domiciliar no Brasil. É fundamental, portanto, que todos aqueles que apoiam o homeschooling escrevam aos deputados que integram a CEC, manifestando seu apoio aos projetos e sua desaprovação do relatório do Dep. Waldir Maranhão -- e, naturalmente, solicitando aos deputados que rejeitem o relatório do Dep. Maranhão e aprovem os projetos.

Os e-mails dos deputados que integram a CEC são:

cec@camara.gov.br

dep.fatimabezerra@camara.gov.br

dep.lelocoimbra@camara.gov.br

dep.arturbruno@camara.gov.br

dep.aliceportugal@camara.gov.br

dep.biffi@camara.gov.br

dep.nazarenofonteles@camara.gov.br

dep.paulopimenta@camara.gov.br

dep.pedrouczai@camara.gov.br

dep.reginaldolopes@camara.gov.br

dep.waldenorpereira@camara.gov.br

dep.gabrielchalita@camara.gov.br

dep.joaquimbeltrao@camara.gov.br

dep.professorsetimo@camara.gov.br

dep.raulhenry@camara.gov.br

dep.maragabrilli@camara.gov.br

dep.pintoitamaraty@camara.gov.br

dep.waldirmaranhao@camara.gov.br

dep.luizcarlossetim@camara.gov.br

dep.nicelobao@camara.gov.br

dep.professoradorinhaseabrarezende@camara.gov.br

dep.izalci@camara.gov.br

dep.paulofreire@camara.gov.br

dep.tiririca@camara.gov.br

dep.dr.ubiali@camara.gov.br

dep.luiznoe@camara.gov.br

dep.paulorubemsantiago@camara.gov.br

dep.antonioroberto@camara.gov.br

dep.stepannercessian@camara.gov.br

dep.alexcanziani@camara.gov.br

dep.alessandromolon@camara.gov.br

dep.angelovanhoni@camara.gov.br

dep.elianerolim@camara.gov.br

dep.emilianojose@camara.gov.br

dep.josedefilippi@camara.gov.br

dep.newtonlima@camara.gov.br

dep.ruicosta@camara.gov.br

dep.eliseupadilha@camara.gov.br

dep.maurobenevides@camara.gov.br

dep.osmarserraglio@camara.gov.br

dep.pedrochaves@camara.gov.br

dep.renanfilho@camara.gov.br

dep.rogeriopeninhamendonca@camara.gov.br

dep.bonifaciodeandrada@camara.gov.br

dep.eduardobarbosa@camara.gov.br

dep.jorginhomello@camara.gov.br

dep.nelsonmarchezanjunior@camara.gov.br

dep.esperidiaoamin@camara.gov.br

dep.joselinhares@camara.gov.br

dep.eleusespaiva@camara.gov.br

dep.joaobittar@camara.gov.br

dep.onyxlorenzoni@camara.gov.br

dep.ariostoholanda@camara.gov.br

dep.romario@camara.gov.br

dep.ozieloliveira@camara.gov.br

dep.penna@camara.gov.br

dep.rosaneferreira@camara.gov.br

dep.danrleidedeushinterholz@camara.gov.br

dep.pastormarcofeliciano@camara.gov.br

dep.jandirafeghali@camara.gov.br

dep.ivanvalente@camara.gov.br

Basta copiar todos os e-mails acima e colar de uma só vez no campo do destinatário. Mandem a sua mensagem para todos eles, independentemente do partido a que pertençam (há simpatizantes do ensino domiciliar em todos eles) e independentemente do fato de serem membros titulares ou suplentes da CEC (nunca se sabe quais serão os deputados efetivamente presentes à seção em que os projetos serão votados).

Para quem quiser acompanhar melhor os projetos e sua tramitação, esta é a página do PL 3518/2008:

http://www.camara.gov.br/proposicoesWeb/fichadetramitacao?idProposicao=398589

e esta é a do PL 4122/2008:

http://www.camara.gov.br/proposicoesWeb/fichadetramitacao?idProposicao=412025

Cliquem em "inteiro teor", logo do lado dos números dos projetos, e vocês poderão lê-los.

Na página do PL 3518/2008, lá embaixo, vocês encontram uma referência ao parecer do Dep. Waldir Maranhão. Cliquem em "inteiro teor" e vocês poderão ler o relatório que ele escreveu.

Nessas páginas vocês também encontram outros documentos relevantes.

Por favor, encaminhem esta mensagem para qualquer pessoa que possa se interessar pelo tema.

Obrigado.
Atenciosamente,
Felipe Ortiz
23 de setembro de 2011

DILMA NO CIRCO DA ONU

O Brasil é a maior diversão. Na pantomima da Assembléia Geral da ONU, o país apareceu de novo com uma novidade.

Depois do presidente-operário, a presidente-mulher. Mais um número infalível. Nunca antes na história da ONU uma mulher abriu a sessão da Assembléia Geral etc etc.

E quem é esse grande ícone feminino que entrou para a história da diplomacia internacional?

Segundo a revista “Newsweek”, em matéria de capa, Dilma Rousseff é uma comandante tão severa que já teria feito burocratas do Estado caírem no choro.

A revista americana diz também que a temida presidente brasileira espanou os corruptos e os substituiu por pessoas de sua confiança, sempre lideradas por outras mulheres.

“Não mexam com Dilma” é o título da reportagem. Mas poderia ser também: “A Mulher Maravilha da Newsweek”.

Melhor não contrariar. Não daria para botar a super Dilma na capa se a história fosse contada direito: os corruptos demitidos eram as “pessoas de sua confiança”, ou da confiança de seu padrinho.


E a mulher escolhida por Dilma para liderar seu governo era Erenice, a rainha do tráfico de influência.


A comandante durona que, na literatura da “Newsweek”, leva marmanjos às lágrimas, na vida real é a presidente desnorteada, que dedica seu primeiro ano de governo à partilha de cargos entre os companheiros – e nas horas vagas demite os que a imprensa desmascara.

Em Brasília, Dilma declarou que a limpeza não seria pautada pela imprensa. Em Nova York, declarou que a imprensa é vital para a limpeza.

No Brasil, seu partido ruge pelo “controle social” da mídia e ela se cala. Na ONU, se apresenta como militante da liberdade de expressão.


É um conto de fadas que o circo da diplomacia internacional adora.

Dilma Rousseff se encaixou com perfeição na Assembléia Geral da ONU. Numa reunião tradicionalmente inútil, fez seu discurso tradicionalmente insípido.

Dentre as pérolas de estadista-mulher estava um diagnóstico, por assim dizer, sensível da crise mundial: a falta de soluções “não é por falta de recursos financeiros” dos países ricos, “é por falta de recursos políticos”.

Era a idéia que faltava para o mundo deixar de bobagem e espantar a crise.

Sobre economia brasileira, disse à “Newsweek” que foi possível baixar os juros porque o país tem “um Banco Central rígido”.

Sabendo que o “Banco Central rígido” foi estuprado pelo populismo e obrigado a baixar os juros na marra, a revista poderia ter publicado a declaração de Dilma como piada.

Mas preferiu fingir que acreditou, para não atrapalhar o mito da capa.

Dilma foi um sucesso na ONU. Não disse nada de relevante e saiu com o figurino de Margareth Thatcher da esquerda que puseram nela.

O show tem que continuar. Deixem as agruras da vida real para os palhaços e os contribuintes, ou vice-versa.

Blog de Guilherme Fiuza, 23/9/011

CARISMA: SIGNIFICADO. ORIGEM DA PALAVRA

O termo carisma é usado no Cristianismo para indicar um dos diversos dons ou graças especiais concedidos pelo Espírito Santo, àqueles desejosos de servir a Deus. Segundo o Compêndio do Catecismo da Igreja Católica, os carismas "são dons especiais do Espírito, concedidos a alguém para o bem dos homens, para as necessidades do mundo e, em particular, para a edificação da Igreja".

Continuando as explicações do wikipédia sobre a origem da palavra carisma: Os Carismas se enraizam em 7 dons de santificação:

Sabedoria - usar as necessidades dos outrros não é sabedoria, é um oportunismo que pode, no máximo, ser visto como esperteza, usada de forma desonesta.
Entendimento - compreensão, juízo, razão, concordância. São qualidades que dependem do interesse em se ajustar e entrar em sintonia e acordo com os outros, mas não de maneira venal.
Conselho - conselho deveria ter um único objetivo, que seria ajudar o outro, não a si próprio.

Fortaleza - quanto mais as pessoas precisam se auto-promover, mais evidenciam sua insegurança. Inseguros não são pessoas fortes.
Ciência - só quem estuda tem algum conhecimento sobre ciência e adquire capacidade de passá-la adiante.

Piedade - quem não respeita os outros jamais sentirá piedade por algúem.
Temor de Deus - nem seria preciso temer a justiça divina para não cometer qualquer tipo de pecado ou crime; escrúpulos e honestidade seriam suficientes.

***

Nome dado a certos dons espirituais extraordinários, que, de acordo com a religião católica, podem ser outorgados pelo Espírito Santo a grupos ou a indivíduos, em favor do bem comum da igreja cristã.

Fanatismo dos reformadores sociais que se julgam iluminados pela graça divina. Conjunto de qualidades de liderança política tidas como excepcionais ou sobrenaturais e que, por isso, levam ao fanatismo popular.
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Carisma = Dom do céu. Graça divina. Os mais carismáticos são os que usam o material que Deus deu. Todos nascem com dons, só que algumas pessoas usam esses talentos pessoais com mais abundância do que outros.

O segredo do sucesso nas relações pessoais é isso: Você dá o seu melhor e recebe o melhor do outro. Você dá seu sorriso, seu abraço, sua informação, seu respeito, sua atenção. O outro é seu espelho.

Colhemos nos outros o que plantamos. Se um agricultor plantar quiabos, certamente colherá quiabos. Um outro planta nabos e a colheita é de nabos. Se eu estou feliz, meus filhos estão felizes. Se estou zangada, todos ficam imediatamente zangados. Se estou de bem com a vida, semeio coisas positivas e animadas ao meu redor.

Se tudo o que faço para os outros, é o que outros fazem para mim, a pessoa carismática é aquela que sempre dá o melhor de si, o tempo todo, e portanto todos gostam dela o tempo todo.
Análise de Thais Alves , Personal Trainer de Comunicação e Imagem

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PARA RECORDAR

Em 2010, L.I. foi escolhido para receber o prêmio Indira Gandhi para a paz por reforçar as relações entre países em desenvolvimento.
O presidente L.I. vai receber o prêmio Indira Gandhi para a Paz, o Desarmamento e o Desenvolvimento de 2010, na Índia, por trabalhar para reforçar as relações entre os países em desenvolvimento. De acordo com a agência Ansa, a decisão de premiar L.I. foi tomada por um júri internacional, presidido pelo primeiro-ministro da Índia, Manmohan Singh.

O próprio escritor jornalista Nêumane se refere a L.I. como se ele fosse um ser carismático. Basta ler algumas de suas antigas entrevistas para perceber como ele próprio se enaltece. E, pior ainda, como seus entrevistadores 'assimilam' a informação falsa que lhes é passada.

Líderes só existem porque algumas pessoas precisam ser conduzidas.