"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



domingo, 12 de agosto de 2012

EVOLUÇÃO



12 de agosto de 2012

O BRASIL RURAL MERECE AMOR, CUIDADO E RESPEITO

O produtor rural brasileiro cuida da sua propriedade da porteira para dentro, com extrema competência. Se o resto do Brasil fosse como essa grande fazenda, que ocupa apenas 27,7% do território, seríamos o país mais poderoso do mundo. No entanto, não é isso que ocorre. O Brasil Rural enfrenta todo o tipo de problema e dificuldade para trabalhar e produzir.
 
O Brasil Rural é perseguido. É rotulado. Existe contra ele uma campanha sistemática de difamação comandada, por exemplo, por Marina Silva, que corre o mundo denegrindo a imagem do país e o seu principal setor econômico. E ela não está sozinha.A imprensa ataca os "ruralistas" sempre que pode, transformando-os em desmatadores e destruidores do meio ambiente. É aquele Brasil kamikase que, em vez de valorizar as suas forças, trabalha para exterminá-las.

O IBAMA, corrupto e assecla dos ditos movimentos sociais e das ongs internacionais, leva a mais completa insegurança jurídica para a zona de produção, perseguindo de forma implacável os pequenos produtores,com exigências absurdas e multas milionárias, com o objetivo de trasformar áreas produtivas em terras arrasadas, em termos econômicos.

A FUNAI, Fundação do Ìndio, em conluio criminoso com o Conselho Indigenista Missionário, o famigerado CIMI, que prefere índios morrendo de diarréia do que vivendo como cidadãos, incita as invasões e a violência no campo, em busca de mais terra, apesar de 600 mil índios ocuparem espantosos 12,5% do território brasileiro.

O Ministério do Trabalho e os seus fiscais venais caçam e montam situações de trabalho escravo, que ocorrem em número muito maior na zona urbana, apoiados pela esquerda delirante, tendo como grande objetivo o confisco das propriedades para uma reforma agrária assassina que amontoa seres humanos debaixo da bandeira de lona preta da guerrilha rural do MST.

Uma ala xiita do Ministério Público confronta, 24 horas por dia, decisões do STF em relação à propriedade privada e às leis, servindo de suporte institucional para os inimigos do país, que querem destruir a nossa agropecuária. Impõe termos de ajustamento de conduta impossíveis de cumprir, espalhando terror e medo no campo brasileiro.

Mesmo assim, com todos estes inimigos na entrada da fazenda, a nossa agricultura gera praticamente todo o superavit da balança comercial do país, já que o setor de serviços e a indústria são deficitários. Hoje o Brasil Rural garante, anualmente, U$ 70 bilhões de lucro para o Tesouro Nacional, sem sacrificios para a população. A importação de alimentos, que há 20 anos chegava a 50% do consumo, virou uma exportação de 30% de excedente produzido. E se a comida engolia 40% da renda do trabalhador, hoje é paga usando apenas 18% do salário do brasileiro. Os números são extraordinários e emocionantes para quem ama o país.

Mas não pensem que os problemas param por aí. Produzindo cada vez mais dentro da fazenda, o Brasl Rural escancara a falência da infra-estrutura do país real. Não há rodovias. Não há ferrovias. Não há hidrovias. Não há armazéns. Não há portos. Querem um exemplo? Os Estados Unidos, maior produtor do mundo de alimentos, teve uma grande perda de produção de milho neste ano. O preço vai subir no mercado internacional. O Brasil, por sua vez, teve uma super safra no Centro-Oeste, mas não tem onde armazenar os grãos.
 
Segundo a Folha de São Paulo, em Lucas do Rio Verde (MT), toneladas de milho armazenadas a céu aberto aguardam uma janela logística para seguir aos principais portos e centros de consumo. A falta de silos para guardar grãos, que põe em risco a colheita -por deixar o cereal sujeito a influências externas, como o clima-, não é um fato inédito. Ficou, porém, mais evidente neste ano. Pudera, a região produz 60% do grão, mas tem escoamento para apenas 20%. Os demais cruzam o país em caminhões com uma média de 20 anos de uso, em estradas esburacadas, o que encarece e tira competitividade da nossa produção diante de outros países.

Mesmo assim o Brasil acaba de ultrapassar o Estados Unidos na produção de soja. Somos o maior produtor de soja do mundo! Como diz o editorial do Estadão de hoje, com exportações de US$ 44,8 bilhões e saldo comercial de US$ 36,8 bilhões no primeiro semestre deste ano, o agronegócio continua sendo um importantíssimo fator de segurança para o setor externo da economia brasileira. Os bons resultados foram obtidos em 2012 mesmo com a queda de preços de vários produtos básicos.
 
Poucos preços, incluídos os da soja, ficaram imunes à crise global. A China se manteve como a principal compradora de produtos agropecuários, apesar de sua desaceleração econômica. Espera-se uma reativação da economia chinesa, embora o ritmo de crescimento deva manter-se abaixo de 9%. Essa reativação ajudará a sustentar os preços dos alimentos.

Por fim, vejam o que ocorre com o Código Florestal. O que os produtores rurais querem é manter o que já têm. Não estão pedindo um metro a mais de terra. Aí os ecologistas patrocinados por ongs internacionais querem transformar as várzeas, áreas mais produtivas em qualquer lugar do mundo, usadas em todos os países para produzir alimentos, em áreas de preservação permanente. Querem inviabilizar a piscicultura e a irrigação, proibindo a construção de tanques às margens de rios.
 
Querem tirar a terra de quem a utiliza desde que Cabral chegou aqui. Não importa que 62% do país esteja coberto por vegetação nativa, o que não existe em nenhum país do mundo. Não importa que os índios já ocupem 12,5% do território.
Não importa que 11% do país esteja ocupado por assentamentos de reforma agrária que não funcionam, que são verdadeiros gulags. Parece que o objetivo é destruir o Brasil rico, o Brasil que funciona, sendo que para isso inventa-se até mesmo a categoria de rio temporário, para que inventem-se margens virtuais onde os produtores serão obrigados a plantar árvores, em vez se soja, trigo, milho.

Nesta semana, o governo federal vai lançar um plano nacional de logística. O Brasil Rural, especialmente no Centro-Oeste e o Norte, precisa de apenas R$ 6 bilhões em investimentos em transporte, um décimo do que custará o trem-bala. para baratear em 15% o preço da produção. Meia dúzia de obras estruturantes tornarão o Brasil ainda mais competitivo lá fora, além de reduzir o preço dos alimentos no mercado interno.
 
É hora de defender o Brasil dos maus brasileiros. Da Miriam Leitão que, por ser casada com um ambientalista, virou uma feroz inimiga do setor que sustenta a nossa economia. Da Marina Silva, que defende florestas aqui e fazendas lá, sempre escondendo que o Brasil é o maior exemplo de produção com preservação do mundo. Da verdadeira quadrilha composta pelas ongs internacionais financiadas pelo agronegócio dos seus países.
 
Dos políticos demagogos, escumalha do sindicalismo industrial ou das ligas canpesinas, que querem impedir que a agricultura familiar se transforme em agronegócio familiar, pois querem que o pequeno agricultor continue algemado às políticas públicas e a outros artifícios de dominação.
 
Do mundo acadêmico que vê a produtividade e modernidade da agropecuária destruindo as suas teses com fatos, dados e números. Da mídia, concentrada nas zonas urbanas, que tapa o nariz e os olhos para a destruição do meio-ambiente nas cidades, mas que aponta o dedo acusador para a área rural, mesmo que a cada ano o desmatamento seja reduzido e produção seja aumentada, no mesmo pedaço de Brasil.

Da porta da fazenda para dentro, onde o nosso homem do campo tem domínio, tudo funciona e viceja um Brasil rico. Da porta para fora, este herói precisa vencer todos os obstáculos para transformar produção em riqueza. O campo merece respeito, amor e cuidado. Chega de mentiras. Precisamos levar a verdade para os brasileiros. A verdade verde da floresta junto com a verdade amarela do trigo, da soja, do milho. Uma não pode matar a outra, sob pena de matarmos o Brasil.
 
12 de agosto de 2012
CoroneLeaks

PARA O BRASIL SEGUIR "MUDANDO"

             CADÊ O DINHEIRO QUE ESTAVA AQUI ?

O crescimento do Brasil em ritmo mais lento e as intervenções do governo na economia - como nas margens dos bancos, na valorização do câmbio e na taxação da renda fixa - foram um balde de água fria na euforia dos investidores estrangeiros.
Com uma contribuição da crise europeia, o dinheiro trazido por esses investidores - de fundos de investimento e fundos de pensão até fortunas de famílias e de empresas - para a compra de ações e títulos de renda fixa no país encolheu 40% no primeiro semestre, frente ao mesmo período de 2011:
de US$ 12,4 bilhões para US$ 7,5 bilhões, segundo dados do Banco Central (BC).
Para os grandes bancos de investimento, o Brasil que ilustrou a capa da revista inglesa "The Economist", em novembro de 2009, com o Cristo Redentor literalmente decolando, ficou sem combustível.

Ou "Lento e sem medalhas", como classificou o banco americano Morgan Stanley em relatório na semana passada. Se havia euforia demais, o pessimismo agora se tornou extremo.
- O investidor está sempre de olho nas regras do jogo.
E houve mudança de regra, como na atuação do governo no câmbio, o que corroeu o ganho dos estrangeiros. Isso afeta o humor do mercado - afirma o americano Alexander Gorra, estrategista-chefe do BNY Mellon ARX, a gestora do banco de Nova York.
- Quando o estrangeiro olha o Brasil, ele olha de maneira relativa. A curto prazo, o país cresce menos.E assim, os fundos globais de ações dedicados ao Brasil sofreram saques de US$ 1,5 bilhão neste ano por seus cotistas. Os fundos de ações tiveram resgates de US$ 1,4 bilhão, e os de títulos, de US$ 100 milhões.
Os dados são da consultoria americana EPFR Global. Cameron Brandt, analista da consultoria, diz que os investidores têm "agressivamente" sacado do Brasil.

- O país é visto como uma peça da demanda chinesa por produtos básicos. E a economia chinesa está desacelerando - avalia Brandt.


México atrai capital brasileiro
Uma das maiores gestoras globais de recursos, a Franklin Templeton viu investidores sacarem recursos de seus fundos de ações dedicados ao Brasil, oferecidos exclusivamente na Coreia do Sul e Japão, conta Marco Freire, chefe de Investimento da área de renda fixa e multimercados.

- No mercado de ações, essa preocupação tem origem na desaceleração do Brasil e no ceticismo do mercado sobre a intervenção do governo em setores como o bancário e na própria Petrobras, no caso dos combustíveis - diz Freire. - Isso somou-se ao cenário externo ruim, o que afasta investidores de aplicações de risco.

A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) registra saídas de estrangeiros há quatro meses. São R$ 3,6 bilhões a menos na Bolsa brasileira desde maio passado. O Ibovespa, principal índice de ações do país, apresentava na sexta-feira uma queda de 4,15% em dólares no ano.

Segundo gestores de recursos, o temido tsunami monetário não passou pelo Brasil. O capital estrangeiro buscou outros emergentes, que crescem mais. Chamado de "novo Brasil" por uma parte do mercado, o México é um dos destinos desse dinheiro.

A Bolsa de Valores mexicana avança 17,03% este ano, em dólares, no embalo do setor manufatureiro e de uma lua de mel entre investidores e o novo governo do país.

O diretor de Pesquisa para Emergentes do banco japonês Nomura, Tony Volpon, diz que clientes americanos e japoneses estão trocando o Brasil por apostas no México.

- O crescimento do Brasil apoiado em commodities valorizadas e aumento de consumo não vai sustentar uma expansão do país em 4% ao ano, como aconteceu na média dos últimos anos. O potencial de crescimento é menor do que se imaginava. É preciso fazer reformas e investir mais - afirma Volpon. - O mercado financeiro segue o sucesso.

E, nesse momento, a economia do Brasil tem tudo, menos isso.

Além do México, Indonésia, Coreia do Sul e Turquia também entraram no foco do mercado. E, claro, esses países foram agrupados e ganharam um nome:
Mist, algo como "névoa" em inglês.

O autor do acrônimo é Jim O"Neill, economista do banco Goldman Sachs que também criou o termo Brics, grupo de emergentes formado por Brasil, Rússia, Índia e China. A África do Sul foi mais tarde integrada ao grupo.

Volpon frisa, contudo, que o desalento de investidores não se resume ao "B" dos Brics.

- A China vive um processo de desaceleração econômica; a Índia sofreu recentes apagões de energia elétrica; a Rússia passou por eleições questionadas internacionalmente. Os Brics ficaram, em geral, menos atraentes.

Para os ex-presidentes do Banco Central Arminio Fraga e Gustavo Franco, os investidores estrangeiros exageram em suas avaliações. Segundo Arminio, sócio da gestora Gávea Investimentos, o Brasil passa por uma "desaceleração cíclica e influenciada pela crise europeia". Para ele, no entanto, "nada mudou aqui".

- O que mudou foi a percepção externa, que foi de muito otimista para muito pessimista - avalia Fraga. - O Brasil vai bem, mas tem desafios para sustentar um crescimento mais elevado: investir mais, educar melhor.

Gustavo Franco, sócio da Rio Bravo, usa a mesma analogia da capa da "Economist" para criticar os excessos.

- O Cristo nunca teve turbinas, jamais decolaria, tampouco se desfaria como no filme "2012". Nesses termos, a normalidade do ciclo econômico fica parecendo uma alternância esquizofrênica entre céu e inferno - diz.
Nessa esquizofrenia, o Investimento Estrangeiro Direto (IED), destinado à atividade produtiva, caiu 8,5%, para US$ 29,7 bilhões entre os semestres. O fluxo segue acima da média dos últimos anos.
Bruno Villas Bôas e Gabriela Valente
O Globo
12 de agosto de 2012

 

DESCENDENTES DE ALEMÃES QUEREM USUFRUIR DOS MESMOS DIREITOS DOS NEGROS E GAYS

Circula na internet um bem-humorado pedido de equiparação dos descendentes de alemães, que querem ser tratados como negros ou gays

Em resposta à concessão de direitos especiais para afrodescendentes e homossexuais pelo Supremo Tribunal Federal, circula na internet uma bem-humorada mensagem à presidente Dilma Rousseff em que os descendentes de alemães se dizem vítimas de discriminação e pedem igualdade de direitos aos negros e aos gays.

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MINORIA SEGREGADA

Como minoria segregada no Brasil, nós, descendentes de alemães, solicitamos providências do governo federal para sermos igualados aos negros, perdão, afrodescendentes, no que tange aos direitos dos cidadãos.
Para tanto, pacificamente reivindicamos seja aprovada Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que contemple os seguintes pontos:

01 – Fica estabelecida a cota de 5% para alemães e seus descendentes nas universidades públicas brasileiras;

02 – Fica proibido chamar descendentes de alemães, ucranianos, holandeses e outros europeus de polaco, galego, branquela, etc e tal;

03 – Fica proibido chamar um indivíduo de “alemão”, pois o termo é pejorativo e denigre a imagem deste como ser humano;

04 – Fica estabelecido que os descendentes de alemães devem sem chamados de “germanodescendentes”;

05- Chamar alemão de alemão passa a ser considerado crime de racismo – inafiançável – a despeito do fato de a raça humana ser uma só;

06 – Fica proibido o uso de expressões de cunho pejorativo associadas aos descendentes de alemães. Ex: “Coisa de alemão!”, “Alemão porco….”, “Só podia ser alemão”, ” alemão batata” , ” comedor de chucrute”, “porco chauvinista”, “português que sabe matemática” etc;

07 – Fica estabelecido o dia 25 de julho como “Dia Nacional da Consciência Germânica”, feriado nacional;

08 – Fica estabelecido o dia 25 de novembro como “Dia Nacional do Orgulho Alemão”, com feriado nacional, mesmo que não se possa chamar alemão de alemão;

09 – Fica criada a Subsecretaria Especial de Políticas para Promoção da Igualdade Alemã, subordinada à Secretaria Especial de Políticas para a Promoção da Igualdade Racial;

10 – Fica estabelecido o prazo de 2 anos para a Subsecretaria Especial de Políticas para Promoção da Igualdade Alemã virar Ministério dos Alemães, juntando-se aos outros 38 ministérios brasileiros já existentes, mesmo que não se possa chamar alemão de alemão;

11 – Passa a ser crime de “germanofobia” qualquer agressão deliberada contra um descendente de alemães, mesmo que não possa chamar alemão de alemão;

12 – Em caso de um negão chamar um alemão de alemão, este adquire o direito de chamar o negão de negão sem aplicação das sanções já previstas em lei;

13 – Ficam estabelecidos como Centros Nacionais da Cultura Alemã o bairro Buraco do Raio em Ivoti/RS, a zona central de Blumenau/SC e o bairro “ Drei Parrulho” em Santa Cruz do Sul.

Blumenau, 18 de maio de 2012.

PS: Caso italianos, portugueses, espanhois, siriolibaneses, japoneses, bolivianos, paraguaios, poloneses e tantos outros também se unirem em projetos similares, haverá dificuldades para aqueles que fazem questão de ser apenas brasileiros conseguir vagas em universidades e direitos especiais.

FILHO DE EX-MINISTRO DO STF DESMENTE NOBLAT SOBRE DIAS TOFFOLI

Eduardo Pertence, filho do ex-ministro do STF Sepúlveda Pertence, desmente blogueiro da Globo Ricardo Noblat, que acusa ministro do mesmo STF José Antônio Dias Tóffoli de tê-lo insultado com palavrões”.
“Caro Noblat,

Aprendi a lhe respeitar e admirar desde criança, por consequência do meu pai, Sepúlveda Pertence, seu amigo e admirador.
Contudo, não posso deixar de demonstrar meu espanto com essa leviana notícia.
Estava eu, junto ao meu pai, nessa mesma festa.
Você foi recebido na mesa dele com todas as loas e elogios.
Fiquei na festa até o final, chegando a acompanhar o Min. Toffoli até seu carro, quando ele foi embora.
Afirmo não ter presenciado nada aparecido com o que você noticiou aqui.
Não vi, nem ouvi dele, nada assemelhado as loucuras aqui mencionadas.
De minha parte, testemunho que não houve.
De sua parte, espero que o Mensalão não esteja alterando sua noção de realidade.
Continue, fora isso, sendo o grande e admirável jornalista que sempre foi.

Com respeito, mas espanto.
Eduardo Pertence”.

SOCIEDADE REFÉM DAS GREVES QUE O PT SEMPRE APOIOU

O partido político que cresceu e criou fama, décadas atrás, pelo uso estratégico das reivindicações da massa trabalhadora, na luta por aumentos salariais e melhores de condições de trabalho, e que adorava ver o circo pegar fogo, agora enfrenta a mesma ferramenta de pressão: o direito de greve, que coloca neste momento a coletividade como refém das reivindicações das diferentes classes de servidores federais, ao que parece unidas num só protesto.

Algumas categorias de servidores já estão paralisadas há mais de 80 dias, como os professores universitários, e o governo do PT alega que não há mais o que oferecer. Já chega a consideráveis bilhões de reais o somatório dos reajustes exigidos pelas diferentes categorias de servidores e o momento, ante a grave crise econômica mundial, é de fechar o cofre e de conter as contas públicas, e alguns países europeus demitem servidores e reduzem drasticamente até aposentadorias, como metas econômicas que terão que ser cumpridas para equilibrar as contas públicas de economias seriamente combalidas.

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MÁQUINA FEDERAL

No Brasil, o peso da máquina administrativa federal, com salários de servidores, ativos e inativos, cresceu assustadoramente nos últimos dez anos. De R$ 75 bilhões em 2003 para R$ 200 bilhões em 2012. Algumas categorias de servidores em estado de greve (utilizam-se agora como meio de pressão a chamada operação-padrão) têm em verdade salários privilegiados em relação a grande maioria das classes trabalhadoras brasileiras.

Algumas categorias de servidores federais têm no início da carreira vencimentos superiores a R$ 7 mil, enquanto alguns aposentados do INSS, após 35 anos de contribuição previdenciária, recebem o máximo de 10 salários-referência, nem chega a R$ 4 mil reais.
Registre-se que servidores, além de salários absurdos e desproporcionais pelo nível básico que ostentam (motoristas e ascensoristas inclusos) ainda se aposentam com salários do topo da carreira.
Alguns, com aposentadorias astronômicas e acima do teto-salarial permitido. Detalhe: servidor público (estatutário) tem estabilidade assegurada. Trabalhador do setor privado, não.

A realidade é que atual onda de greves no país vem perigosa e constantemente colocando a população brasileira como refém. Vejam o caos ocorrido recentemente nas estradas com a paralisação dos caminhoneiros, assim como a manifestação dos motoboys no Rio e em São Paulo.
O governo do Partido dos Trabalhadores está agora numa encruzilhada sem saída. Inúmeras classes de servidores vão aos poucos paralisando o país num só movimento e não há como atender, de uma só vez, todas as reivindicações de aumento salarial, plano de carreira e melhores condições de trabalho.

Alunos sem aula, calendários acadêmicos paralisados, formaturas adiadas (não se sabe até quando), passeatas com trânsito parado, direito de ir e vir comprometido, operações pente-fino em aeroportos e rodovias, problemas com desabastecimento de alguns produtos e mercadorias, queda em arrecadação de impostos, atos de vandalismo e sabotagem como fechamento de vias de circulação com pneus queimados, ameaça à ordem pública, emissão de passaportes suspensa para viagens de lazer, perda de conexões aeroviárias, compromissos sociais e profissionais suspensos, emergências médicas sob risco, remédios em falta e doação de sangue afetada.

Detalhe: os 26 dias de greve dos servidores da Anvisa já afetam os laboratórios e causa retenção de 30% dos remédios que chegam, por exemplo, no Estado do Rio de Janeiro.
Ou seja, todo um cenário caótico. A pergunta é: até quando a grande maioria da sociedade brasileira ficará refém de movimentos grevistas, sejam eles justos ou não? Visível chantagem no desempenho ou na paralisação de atividades essenciais, sob o manto do direito de greve, são atos de insensatez plena. O direito constitucional de reivindicar não pode se contrapor à ordem pública e à ordem institucional.

A PERCEPÇÃO DE NERY, QUE TEM A OUSADIA DE EXPOR POR ESCRITO O ÓBVIO

Apesar das paixões políticas que norteiam o jornalista Sebastião Nery, sua aguçada percepção nunca se embota e a ousadia de expor por escrito o óbvio, apenas “sugerido” por tantos outros, é muito útil para que, neste mar de prestidigitadores mequetrefes, não nos confundamos, a ponto de perder a referência sobre a realidade, tantas as “abstrações” sugeridas no debate levado a cabo na mais alta Corte do País, sobre o esquema criminoso mais ousado de todos os tempos para tungar a Nação, eufemismo delicado para roubo.


No mandamento “não roubar” – que figura no Decálogo respeitado (pelo menos em tese) nas religiões cristãs e no judaísmo – está implicado que se apossar do que não é nosso, seja “desviar” dinheiro público, “misturar os bolsos”, é pecado mortal, passível de punição severa pela divindade e pelas leis dos homens.

Continuo perseguindo a resposta para esta questão até agora irrespondível: Qual a fonte da dinheirama que circulou à vontade, em malas, carros forte, lingerie masculina, ante a cegueira das instituições encarregadas de controlar impostos e as finanças da nação?
A destinação bem sabemos, mas o cerne do imbróglio é a fonte. O resto é o resto.


Repetirei até a exaustão: dinheiro de impostos tem destinação pública, é do povo, para receber em serviços dignos que permitam educação e saúde, sobretudo.

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E AS PRIORIDADES?

Antes de se comprarem aviões de última geração, e helicópteros espetaculares, para rivalizar com os EUA, o básico precisa ser respeitado. Há uma ordem de prioridades que é cinicamente ignorada pelos donos do poder.

A Ministra Belchior não cora de vergonha com a exibição de seus ganhos, mas é pródiga em conselhos e teses sobre a “crise” que está para nos atingir e a “necessidade” de economizar… E a tal de “marolinha”???

Brasil grande é Brasil de um povo educado e alimentado, com oportunidade de trabalho para todos, respeitadas as capacidades individuais.

Políticos são funcionários públicos, regiamente pagos (no Brasil) para representar quem lhes financia os gordos salários, a manutenção dos palácios e privilégios que todos conhecemos, desde as toneladas de acepipes consumidos até a gasolina dos meios de transporte.

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NOME$ $AGRADO$

Não compreendo o “pisar em ovos” para ousar mencionar “nome$ sagrado$”, entronizados no inconsciente tupiniquim por arte$ que agora conhecemos o preço e me produzem náusea.

Tentei inúmeras vezes assistir a um trechinho das inspiradas defesas dos douto$$$$, inclusive a do “homem que ri”. Não consegui, sobretudo pelo ataque ao vernáculo, em alguns casos, e também pelo desrespeito aos juízes, com várias alegações pífias, de mau gosto e uso de termos vulgares. Por ato falho, imagino cá com minha sombra, houve uma alusão a “cafetina”.

Invocando a lógica cartesiana: para haver cafetinas, há necessidade de prostitutas. Aí desliguei a TV.
Estudava-se tanto em tempos idos para entrar numa Faculdade de Direito e era necessário conhecer latim e familiarizar-se com Cícero e Ovídio.

Um casamento precoce entrou em minha vida e segui rumos incompatíveis com a prática da profissão para a qual me preparava, mas me esforcei muito a vida inteira para não perder conhecimentos duramente adquiridos, com esforço, dedicação e gastos com livros e bons professores particulares.

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“TEATRALIDADE”

Não dá para desperdiçar tempo precioso desaprendendo, assistindo à “teatralidade” fajuta que faz os ministros cochilarem. As fotos indiscretas foram amplamente divulgadas na mídia.

Os dois tópicos da coluna de Nery – “Mensalão” e “José Dirceu” – expressam concisa e exemplarmente o que transcorreu nos idos de 2003.

Um amazônida conhece bem a diferença entre uma tartaruga e um tracajá. São bem parecidos, mas há sutilezas em sua conformação.

Nós, pobres assistentes deste circo de horrores, precisamos urgentissímamente aprender a conhecer as diferenças entre cafetinas e prostitutas, antes de votar.

A MENSAGEM QUE A CHINA TRANSMITIU NO JULGAMENTO MAIS SENSACIONAL EM DÉCADAS

Começou o julgamento mais esperado da China em muitos anos. E terminou. Em sete horas, numa admirável demonstração de eficiência, a justiça chinesa cuidou do caso de Gu Kailai, mulher de Bo Xilai, um carismático líder chinês que parecia se encaminhar para o topo do poder na China até um crime sensacional surgir em seu caminho. Foi por este crime – o assassinato de um homem de negócios britânico, Neil Heywood, no final do ano passado – que Gu foi julgada.

Ela foi declarada assassina. A sentença será divulgada em breve. Os especialistas em China apostam que ela vai escapar da morte para passar uma temporada de talvez quarenta anos na prisão.

A razão para que ela não seja executada é uma informação que surgiu nos últimos dias. Gu, segundo sua defesa, matou Heywood para defender seu filho. Ela temia, de acordo com a mídia chinesa, que Heywood o matasse. Heywood, Gu e seu filho tinham uma sociedade em negócios obscuros, e em determinado momento emergiram conflitos em torno da divisão dos lucros. Até aqui, Heywood era tratado apenas como uma vítima. Não mais.


Gu, o marido Bo e Heywood

O crime foi espetacular. O cenário foi um hotel numa região que fora governada por Bo, Chongqing. Ali ele criara fama de um político modernizador — e enérgico o suficiente para derrotar as máfias que dominavam Chongqing.

A versão mais crível dos acontecimentos parece saída da mente de Agata Christie. Heywood recebeu a visita de Gu no quarto em que estava hospedado. Ela estava acompanhada de um empregado da família – também julgado e declarado assassino. Heywood bebeu além da conta, provavelmente induzido. Bêbado, pediu água. Gu e seu empregado aproveitaram a ocasião para forçá-lo a engolir veneno.

Inicialmente, a polícia afirmou que a morte se dera por excesso de bebida. Depois, sob pressão britânica, a investigação foi retomada – e então vieram os fatos que puseram fim sensacionalmente à carreira de Bo Xilai.

Em vídeos, vi depoimentos de diversos chineses que formam a chamada voz rouca das ruas. O ponto destacado por muitos é que ficou claro que ninguém está acima da lei no país.
Era provavelmente esta a mensagem que o governo da China queria transmitir aos chineses – e ao mundo. Conseguiu.

PENSAMENTO DO DIA

Livre pensar é só pensar (Millôr Fernandes)


12 de agosto de 2012

QUE O DIGAM OS TOGADOS...


12 de agosto de 2012

COMO PAUL NEWMAN PERSONIFICOU A NOBREZA (E NÃO APENAS NO CINEMA)

A primeira vez em que vi Paul Newman foi numa Sessão Coruja, da TV Globo, nos anos 1980. Passava Rebeldia Indomável, no qual ele fazia um presidiário tentando fugir de uma colônia penal rural. Numa cena, Newman aposta com o colega interpretado por George Kennedy qual dos dois conseguia engolir o maior número de ovos cozidos.

O que poderia ser uma sequência de mau gosto, caricatural e estúpida tomou uma dimensão épica por causa daquele sujeito de olhos azuis claros, feições nobres, que segurou a tensão dramática com uma elegância tirada sabe-se lá de onde. Essa aura especial de Newman esteve presente em cada longa-metragem de que participou. “Sempre que peguei um script foi uma questão de ver o que eu poderia fazer com ele. Eu vejo cores e imagens. Tem de haver um cheiro. É como se apaixonar. Você não consegue entender por quê.”

Nascido em Ohio numa família de origem judaica, ele foi expulso do colégio em que estudava por mau comportamento. Nos anos 1950, participou de programas sem importância na televisão e fez peças de teatro no off-Broadway. Numa delas, Picnic, conheceu a segunda mulher, Joanne Woodward, sua companheira para o resto da vida. Foi aluno do famoso Método de Lee Strassberg, que formou seu ídolo Marlon Brando, seu rival James Dean, a linda atormentada Marilyn Monroe e, depois, tantos outros (Al Pacino, Dustin Hoffman, Robert De Niro, Jane Fonda etc).

Com a morte de Dean, a década seguinte se mostrou, praticamente, dele. Nenhum outro conseguiria encarnar, daquela maneira, uma galeria de rebeldes, foras da lei e desajustados. Seu grande momento como outlaw aconteceu com o papel do bandido gente fina Butch Cassidy. A dupla de caubóis que desafia o sistema capturava perfeitamente o espírito da contracultura dos anos 1960, e Newman, já quarentão, virou ídolo juntamente com seu seguidor Robert Redford, que fazia o pistoleiro Sundance Kid.

Essa consistência, talento e estilo eram tirados de sua vida. Apaixonado por velocidade, teve carros de corrida, disputou provas, profissionalizou-se. Conseguiu a segunda colocação nas 24 Horas de Le Mans, a mítica prova disputada na França, com um Porsche. Em 1995, aos 70 anos, correu em Daytona, nos Estados Unidos.

Nunca se preocupou com moda (queimou um tuxedo numa ocasião), mas também sempre deixou claro que se vestia como alguém que não queria passar em branco. O terno carvão justo com gravata escura e abotoaduras de seu Eddie Felson em Desafio à Corrupção e a camisa denim de Rebeldia Indomável são clássicos. Ele consegue ficar cool em qualquer situação, até na companhia de uma gangue de assassinos ou sujo de graxa (coisa que não serve para todo mundo, ok, mas você pode tentar sempre).

Com o passar do tempo, Newman teve papéis menores, mais adequados à sua idade, ainda marcantes, como em O Veredito. Em vez de perseguir eternamente a juventude perdida, fazer uma plástica nas bolsas dos olhos azuis, um implante de cabelo e casar-se pela trigésima terceira vez com uma loira peituda de passado remoto, passou a se dedicar à sua fábrica de molhos e condimentos, Newman’s Own.

Ganhou mais dinheiro com isso do que com o cinema (Newman é de uma geração anterior ao salário surreal de gente bonita, sem talento e que faz filmes ruins). A grana foi revertida para suas obras de caridade. A mais famosa delas é o acampamento Hole in The Wall para crianças com necessidades especiais. Ele fundou a instituição, batizada com o nome da gangue de Butch Cassidy. Hoje, é uma rede que cuida de 13 mil crianças por ano, de graça. Em junho de 1999, Newman doou 250 mil dólares para o campo de refugiados de Kosovo.

Em 2008, foi nomeado a celebridade mais generosa por ceder mais de 20 milhões de dólares para a benemerência. Paul Leonard Newman morreu naquele mesmo ano, em decorrência de um câncer no pulmão (foi um fumante inveterado). O jornal L’Osservatore Romano, editado no Vaticano, escreveu que ele era “um coração generoso e um ator de dignidade e estilo raros em Hollywood”.

Se ele era um santo? Não. “Um homem sem inimigos é um homem sem caráter”, disse certa vez. Paul Newman teve diversos inimigos. Mas sempre foi um homem e um ator maior do que eles.

(Texto publicado na revista Alfa)
12 de agosto de 2012
Kiko Nogueira

FICÇÃO E ESPIONAGEM

Os serviços secretos só se justificam na defesa da integridade territorial e política das nações contra seus inimigos externos, sobretudo em tempo de guerra e em situações internacionais de grande instabilidade e perigo. A experiência histórica demonstra, no entanto, que a coleta de informações por esses agentes, mesmo nessas situações, é precária.

Os relatórios dos mais importantes serviços do mundo, como os britânicos, norte-americanos e franceses, de acordo com as revelações conhecidas, demonstram que, em sua maior parte, as informações eram absolutamente falsas. No caso brasileiro, costumam ser ridículas as informações dos agentes da Ditadura sobre algumas pessoas.


Os agentes precisam mostrar serviço, e, quando não há o que informar, valem-se da ficção, ou se baseiam em boatos, em denúncias absolutamente falsas, de desafetos dos monitorados. Qualquer pessoa que tenha acesso aos registros dos vários serviços secretos, aqui e em qualquer país do mundo, sobre si mesma, encontrará absurdos espantosos. E – o que é curioso – na maioria das vezes, esses serviços não conseguem registrar as atividades reais dos investigados contra os governos ditatoriais.

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NA ERA FHC

Segundo revelou o site Carta Maior, o serviço secreto da União monitorou, durante o governo do sociólogo Fernando Henrique Cardoso, as atividades dos intelectuais e políticos de esquerda que se opuseram à sua adesão ao Consenso de Washington, ao neoliberalismo e à globalização da economia. Na realidade, esses intelectuais, políticos nacionalistas, e militantes de esquerda, se opunham, de maneira clara, transparente, nunca clandestina, à entrega dos ativos públicos, representados pelas empresas estatais, e à desnacionalização da economia e do sistema financeiro, em benefício dos capitalistas estrangeiros.

Foi uma luta de peito aberto, dentro das regras democráticas, mediante documentos públicos, entre eles vários manifestos, como o assinado por personalidades respeitáveis da República, contra a privatização da Vale do Rio Doce, que tive o privilégio e a honra de redigir em Juiz de Fora, no escritório do honrado presidente Itamar Franco.

Como muitos outros homens que transitaram pela esquerda na juventude, o presidente se converteu, com a mente e o coração, à direita. De formação, e profissão acadêmica, fascinou-se pela inteligência técnica dos jovens economistas que o cercaram no Ministério da Fazenda, e genuflectiu diante de Wall Street.
Ele agiu como um arrependido de seus ideais antigos, e saudou o neoliberalismo como uma nova era na História. Mas não foram poucos os que se aproveitaram de sua guinada a fim de se enriquecer com o processo. E há gestos seus que ainda incomodam a muitos de nós – como as suas relações muito próximas com alguns banqueiros e sua visível preferência por alguns consórcios licitantes, como no caso do Banco Opportunity.

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OS ARAPONGAS…

Descobrimos agora que os serviços secretos não foram devidamente usados durante os oito anos dos tucanos paulistas na direção da República. Em lugar de seguir e monitorar os agentes estrangeiros que agiam em nosso país, sob o pretexto de combater o tráfico de drogas, e de acompanhar as atividades de autoridades brasileiras que colocavam em risco os interesses permanentes da nação, os arapongas investigavam os patriotas brasileiros que defendiam o nosso desenvolvimento autônomo.

Nada de espantar: a Ditadura aprimorou o incipiente serviço secreto e o transformou no poderoso SNI para se alinhar aos norte-americanos na luta contra os comunistas, dentro do maniqueísmo da guerra fria. Como não há mais comunismo a combater, foi preciso encontrar outra causa, a causa dos novos liberais.

Teriam feito melhor se houvessem investigado como foi o enriquecimento rápido e tranqüilo de alguns daqueles que participaram do processo de privatização.

Teriam feito melhor se houvessem acompanhado a evasão de recursos mal havidos, como os bilhões que atravessavam a fronteira do Paraguai, em caminhões fechados e autorizados, por portaria do Banco Central, para o ir e vir, sem a devida fiscalização da Receita Federal, em uma evasão calculada em 80 bilhões de dólares.

Teriam, se assim agissem, justificado seus vencimentos, suas diárias, seus privilégios funcionais, na defesa dos interesses permanentes do nosso povo.
Atuando, como atuaram, sob a ordem direta, ou não, do Presidente da República, eles se aliaram aos inimigos de nosso povo, que hoje estão sendo internacionalmente desmascarados, com a revelação de que a maior quadrilha de gangsters da História se encontra no conglomerado de Wall Street.

O SONHO ACABOU E O VOLEI MASCULINO FICA NA PRATA

Um jogo emocionante, em que os russos fizeram dois a zero, o Brasil reagiu e empatou. Parecia um sonho, mas o quinto set, do tie-break, virou pesadelo. E os russos deram um passeio.

12 de agosto de 2012

O PAI, NA VISÃO DO GENIAL PABLO NERUDA

Felicidades a todos os pais e avôs no dia de hoje!
Parabéns a nós, que criamos nossas famílias e podemos receber o abraço de filhos e netos nesta data tão especial.

Nada se equivale ao abraço afetuoso e o carinho que nos dão, sendo este o maior presente porque é diário, e faz parte de forma tão importante às nossas vidas que, a cada afago, sgnifica mais tempo de existência, mais força para viver, mais alegria e satisfação.
Somos homens abençoados por Deus, pois temos quem nos ame, quem se importa conosco, quem gosta de nos abraçar e beijar.

Neste domingo, lembremo-nos também de agradecer pela graça de ser pai e, a outros amigos meus também avôs, duplicando esta felicidade inigualável de sermos pais duplamente, o Super Duplo, quando digo às minhas netas o que o avô delas se sente diante de tanta beleza, afeto e amor!

Um forte abraço a todos.
(Francisco Bendl)

FELIZ DIA DOS PAIS!
Hoje, Dia dos Pais, vamos mostrar uma obra do poeta Nobel chileno Pablo Neruda (1904 // 1973) , que tanto gostava do Brasil e dos brasileiros. E fechamos a homenagem com um poemeto de Paulo Peres, que comanda o festejado site Poemas e Canções.

Pablo Neruda

O PAI
Pablo Neruda

Terra de semente inculta e bravia,
terra onde não há esteiros ou caminhos,
sob o sol minha vida se alonga e estremece.

Pai, nada podem teus olhos doces,
como nada puderam as estrelas
que me abrasam os olhos e as faces.

Escureceu-me a vista o mal de amor
e na doce fonte do meu sonho
outra fonte tremida se reflecte.

Depois… Pergunta a Deus porque me deram
o que me deram e porque depois
conheci a solidão do céu e da terra.

Olha, minha juventude foi um puro
botão que ficou por rebentar e perde
a sua doçura de seiva e de sangue.

O sol que cai e cai eternamente
cansou-se de a beijar… E o outono.
Pai, nada podem teus olhos doces.

Escutarei de noite as tuas palavras:
… menino, meu menino…

E na noite imensa
com as feridas de ambos seguirei.

Tradução de Rui Lage
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DIA DOS PAIS
Paulo Peres

Festejai, pai material,
Este dia especial.
Receba o carinho celestial
- Família, luz e amor -
Através à bênção do Pai Maior,
O Nosso Deus-Pai Espiritual

O BRASIL PRECISA APRENDER COM A CHINA COMO SE TRANSFORMA RAPIDAMENTE INVESTIMENTOS EM MEDALHAS

O corpo fala primeiro. Termina hoje a Olimpíada. Mesmo que ganhe mais de 15 medalhas, será pouco para o Brasil, pelos enormes gastos. Em Pequim, foram 15. Os dirigentes dizem que, no Rio de Janeiro, em 2016, o Brasil deve chegar a 30 medalhas.
Será? Sugiro a ida de especialistas à China para aprender como se transforma, rapidamente, investimentos em medalhas.

Ainda não aprendi as regras e os detalhes técnicos do badminton, do tae-kwon-do e de outros esportes. Assim como Antônio Prata, que lamentou “ter ficado muito tempo peregrinando de prova em prova, sempre com a angustiante sensação de que o melhor acontecia justo onde não estava”, eu não deveria ter trocado tanto de canal. Estou cansado. Ainda bem que terminou.

O comportamento das pessoas, diante da televisão, em uma Olimpíada, é bastante variável. Há os que assistem a tudo, mesmo se não gostarem ou compreenderem. Querem apenas passar o tempo. Existem também os que gostam e entendem e que tiram férias para ver tudo. Os mais numerosos são os que veem apenas o quadro de medalhas.

Pelos noticiários, Londres ficou mais vazia que o habitual. O número de turistas foi menor do que se previa, e muitos londrinos saíram da cidade. O mesmo ocorreu em Paris, na Copa do Mundo de 1998. Na época, encontrei uma torcedora brasileira, desesperada, decepcionada e surpresa. Para ela, haveria carnaval todos os dias na Avenida Champs-Elysées.

Para o Barão Pierre de Coubertin, um homem romântico e idealista, os Jogos Olímpicos deveriam ter funções educativas, morais e de união dos povos. Ele era bastante otimista. A maioria das pessoas que assiste aos Jogos quer apenas se divertir e/ou torcer. Os atletas quase só pensam nas medalhas.

A confraternização dos atletas de vários países é muito mais uma obrigação simbólica e bem educada.
Se no cotidiano, com tempo para pensar e racionalizar, o cidadão, com frequência, tenta levar vantagem em tudo, imagine um atleta, na emoção de uma disputa e tendo de decidir, em uma fração de segundos, entre a postura ética e o orgulho e o desejo de ficar rico, famoso e de ser um herói. Por isso, alguns atletas ainda se dopam, mesmo com o enorme risco de serem flagrados.

Existe um preconceito com o esporte, de que seria algo menor, não intelectual, instintivo e corporal. Não é por aí. O esporte é uma disputa técnica, científica, criativa e rica em emoções. Os sentimentos, antes de chegarem à consciência, passam pelo corpo, por meio de gestos e olhares. O corpo fala primeiro. O corpo não racionaliza nem mente. “O corpo é a sombra da alma” (Clarice Lispector).
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GALO FORTE

O Atlético continua vencendo, de todos os jeitos. Teve muita dificuldade contra o Coritiba e ganhou por 1 a 0. Ronaldinho está cada vez melhor. Além dos passes espetaculares, está correndo mais e participando da marcação.
Quando o jogo aperta, os dois zagueiros, bons e grandalhões, vão para a área adversária e decidem a partida. A dificuldade do Atlético, para ser campeão, é que os principais adversários também estão vencendo.

Hoje, contra o Vasco, vice-líder, o Galo, em casa, com um jogo a menos, tem uma grande chance de ficar quatro pontos na frente. Será um jogo difícil. O Atlético precisará de muito cuidado com a bola parada de Juninho e com as jogadas de velocidade de Eder Luis, pela direita.

MINISTROS DO SUPREMO NÃO AGUENTAM MAIS TANTA EXIBIÇÃO DOS ADVOGADOSI

Dois ministros do Supremo Tribunal Federal já foram apanhados cochilando em pleno julgamento do mensalão – Gilmar Dantas e o próprio relator Joaquim Barbosa. E não é para menos. à exceção de Dias Toffoli, os demais ministros são idosos, alguns já chegando aos 70 anos. Quem aguenta tanta falação, depois do almoço?

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E agora, com os julgamentos transmitidos ao vivo pela TV e acompanhados obrigatoriamente por milhares de jornalistas Brasil afora, os advogados se deixam consumir na fogueira das vaidades, os discursos chegam a ser constrangedores. Com raras exceções, os ilustres causídicos fazem questão de ocupar o tempo inteiro de que dispõem – uma hora para cada um…

E tome peroração, numa rotina implacável. Cada advogado quer brilhar mais do que o outro, comportam-se como se a sustentação oral fosse decisiva para o resultado do julgamento, quando na verdade pouco representa.

Os onze ministros vão julgar segundo os autos. Para eles, o que vale são as denúncias da Procuradoria e as defesas escritas dos réus. A sustentação oral funciona mais como uma forma de democratizar e dar transparência à Justiça.

Os cinegrafistas da TV Justiça, responsáveis pela cobertura do importante evento, evitam enquadrar os ministros aparentando cansaço no julgamento do mensalão. Mas acontece que o plenários está repleto de fotógrafos de jornais e revistas, que agem implacavelmente, prontos a documentar qualquer sinal de fraqueza, digamos assim.

Em artigo na Folha, Joaquim Falcão comenta que o regimento do Conselho Nacional de Justiça permite que conselheiros façam perguntas aos advogados. Como os ministros Dias Toffoli e Joaquim Barbosa já fizeram. A Suprema Corte americana também interroga advogados.

Falcão sustenta que sustentações orais deveriam ser diálogos esclarecedores entre ministros e advogados. E não monólogos de verdades solitárias. Ninguem aguenta mais tanta exibição dos advogados.

12 de agosto de 2012
Carlos Newton

ALPINO E A PRATA DA CASA

ENTRE GEISEL E OS IRMÃOS ANDRADA

Com todos os defeitos, alguns imensos, como o de se achar ministro de todos os ministérios, diretor de todos os departamentos e chefe de todas as seções do serviço público, o general Ernesto Geisel era um homem firme. Tão firme que em suas memórias ao CPDOC citou um único jornalista, para crucificá-lo: este que vos escreve. Não aceitou que durante todo o seu mandato, e depois, quando a censura deixava, eu o classificava de ditador.

Pois bem. É hora de fazer justiça. Shigeaki Ueki, ministro de Minas e Energia, levou-lhe certa manhã proposta para o Brasil investir na Bolívia, botando dezenas de milhões de dólares naquele país para garantir-nos o fornecimento de gás até o longínquo, naquela época, ano 2000. Geisel deu outro de seus costumeiros ataques de irritação e onipotência, encerrando o assunto ao dizer que, se aceita a sugestão, precisaria deixar o Exército de prontidão, porque mais cedo ou mais tarde teríamos de entrar no território de nossos vizinhos para garantir acordos não cumpridos.

Mesmo assim, o tonitruante presidente da República não conseguiu evitar o acordo com o Paraguai. Para nosso desenvolvimento, era essencial construir Itaipu, represando as águas do rio Paraná e até sacrificando espetáculos ímpares da natureza, como as Sete Quedas do Iguaçu e o Canal de São Simão, que a Humanidade jamais nos perdoará de haver extinto, ainda que imprescindível para a hidrelétrica. Mas havia o problema com o Paraguai, que dividia com o Brasil metade da corrente do rio Paraná. O governo do ditador Stroessner não dispunha de um centavo para investir na obra, mas tinha de ser condômino para sua viabilização.

Assim, nos comprometemos com a totalidade da implantação da maior usina geradora de energia do planeta, dividindo seus resultados com os paraguaios, que sem mover um dedo ficariam com metade da produção. Como não tinham uso para sequer dez por cento da energia que lhes caberia, estabeleceu-se o acordo para comprarmos de volta os quilowates a eles devidos, nem por sombra enviados. Careciam de falta de linhas de transmissão voltadas para seu território, como falta de uso em sua incipiente economia.

Um negócio da China para nossos vizinhos, que cumprimos religiosamente, até mesmo com o presidente Lula, mais tarde, dobrando o preço do que pagávamos e ainda pagamos pela metade da água que o Criador fez correr no lado de nossos hermanos.

Pois não é que décadas depois de afastada, a questão boliviana torna-se paraguaia? O Solano Lopes em compota do lado de lá da fronteira, feito presidente por um golpe de estado, ameaça suspender a fictícia transferência da energia produzida e utilizada no Brasil a preço de ouro. Afirma que não vai vender nem ceder aquilo que não possui, reivindicando para o seu país uma fantasia incapaz de beneficiar o seu governo. Afinal, energia serve para mover indústrias, e o Paraguai precisa, primeiro, implantá-las. Assim como libertar sua população da escuridão.

O que acontecerá se esse tal de Federico Franco insistir em manipular a ficção e em guardar aquilo que não possui? Em especial se faz a mesma ameaça com a usina de Yaceretá, construída pela Argentina, em situação igual?

Nada. Simplesmente nada acontecerá, a não ser lembranças do que Antonio Carlos e Martim Francisco de Andrada e Silva comentaram depois de patrocinar a maioridade de D. Pedro II e formar um governo liberal, subitamente substituído por um gabinete conservador: “Viu? Quem dorme com criança amanhece molhado…”

Melhor assim. Ficar com os Andrada é preferível do que ouvir os vaticínios bélicos de Ernesto Geisel. A menos que…

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DESESPERO

Como estamos no Brasil, há pessimismo. Muita gente supõe que apesar de condenados, muitos mensaleiros venham no máximo a sofrer penas de multa e de prestação de serviço civil obrigatório. Cadeia, mesmo, para ninguém, ou no máximo para um ou outro bagrinho. Apesar disso, o clima é de desespero entre os réus. Quem garante que os ministros do Supremo Tribunal Federal serão tolerantes a ponto de livrar a cara dos chefes da quadrilha?

HISTÓRIAS DO JORNALISTA SEBASTIÃO NERY

O CABO JOSÉ JOÃO DO PT

Osvaldo Trigueiro, solteiro, governador da Paraíba de 47 a 51, pela UDN (procurador-geral da República depois do golpe de 64 e ministro do Supremo Tribunal de 65 a 75), tinha um ajudante-de-ordens discreto, calado, semianalfabeto, cabo Zé João, que toda manhã lhe levava os jornais.
Era a primeira pessoa que conversava com ele, mal ele acordava. Um dia, o desembargador Braz Baracuí, amigo de infância, o procurou:

- Oswaldo, você precisa tomar uma providência urgente. Há gente importante, muito importante, de dentro de seu gabinete, vendendo promoções, negociando favores, fazendo todo tipo de negócios. Uma hora dessas, a oposição cai em cima de você. É preciso apurar, e logo.

O governador caiu em campo e descobriu. Era o calado, discreto e semianalfabeto cabo Zé João que, toda manhã, entregava os jornais e ia direto às casas dos secretários levar as recomendações reservadas do governador. Cada recomendação virava ato no “Diário Oficial”. E o cabo Zé João faturando.

Waldomiro Diniz era o cabo Zé João do Palácio do Planalto, a bala perdida, que atirava para todo lado.

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PT SAUDAÇÕES

Eleito governador do Ceará pela UDN, o saudoso Virgílio Távora recebeu logo a visita de um chefe político udenista do sertão:
- Governador, como agora estamos no poder, venho reivindicar que a coletoria de Crato permaneça com os meus correligionários. Sempre foi assim.
- Vosmicê me perdoe, mas não pode ser. O secretário da Fazenda, ontem nomeado, é quem manda lá. Ponto final. PT.
Pediu a transferência de professores adversários. Virgílio negou de novo:
- Vosmicê me perdoe novamente. Mas não pode ser. O secretário da Educação é do PSD e onde é que vosmicê já viu Virgílio Távora meter a mão em cumbuca do PSD? Ponto final. PT.
- Escute, governador, que negócio é esse de PT?
- PT quer dizer ponto final, assunto encerrado.
- Pois para mim PT quer dizer PTB, para onde me transfiro agora.

12 de agosto de 2012
Sebastião Nery

MENSALÃO: PESQUISA DATAFOLHA REVELA QUE 82% QUER CONDENAÇÃO PARA A QUADRILHA DE MENSALEIROS QUE COMANDAVA O PT

Pesquisa revela que 82% ligam episódio a corrupção e rejeitam tese de caixa 2; metade não vê efeito na eleição.
 

A maioria dos brasileiros defende a condenação dos principais réus do mensalão, mas só um em cada dez acredita que eles serão presos ao fim do julgamento no STF (Supremo Tribunal Federal). Segundo pesquisa Datafolha, 73% da população acha que os acusados de participar do escândalo devem ser mandados para a cadeia. No entanto, só 11% dizem acreditar que isso acontecerá. Os números se invertem em relação à hipótese de absolvição dos réus. Apenas 5% torcem para que eles sejam inocentados, mas 43% estão convictos de que este será o resultado do julgamento. Outros 14% defendem que os réus sejam condenados, mas não recebam pena de prisão. Este resultado é esperado por 37% dos entrevistados.

Se o tribunal julgar que os acusados são culpados pelos crimes apontados na denúncia, eles correm risco de prisão. Entretanto, o STF pode condená-los a penas mais brandas, como a prestação de serviços comunitários. Em outra hipótese, os réus podem ser condenados à prisão e permanecer em liberdade, caso os crimes já estejam prescritos. Isso ocorrerá se a corte aplicar penas mínimas, de até dois anos de cadeia.

De acordo com o levantamento, quatro em cada cinco brasileiros (82%) acreditam que o mensalão foi um caso de corrupção que envolveu o uso de dinheiro público para comprar votos no Congresso. Isso demonstra amplo apoio popular à tese sustentada pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel. Só 7% dizem confiar na linha de defesa dos réus, que negam a prática de corrupção e sustentam que houve apenas caixa dois de campanha.

Metade dos entrevistados afirma que o julgamento não terá influência na definição do seu voto para prefeito nas eleições deste ano. Outros 41% dizem que o resultado terá influência, seja grande (21%) ou pequena (20%). A pesquisa também mediu o nível de informação sobre o caso. A maioria (81%) diz que tomou conhecimento do mensalão, mas só 18% se consideram bem informados. A fatia que está a par do julgamento no STF é de 75%.

A opinião sobre a cobertura da imprensa está dividida: 45% a consideram completa, e 42%, incompleta. Para 46%, o trabalho dos meios de comunicação é parcial. Para outros 39%, é imparcial. A cobertura é "séria" para 46% e "sensacionalista" para 38%. O Datafolha entrevistou 2.562 pessoas na quinta. A margem de erro é de dois pontos para mais ou para menos.
(Folha de São Paulo)
 
12 de agosto de 2012
in coroneLeaks