Criado em 1999 pelo governo FHC, o fator previdenciário - por bom tempo - virou bandeira do gaúcho Paulo Paim. Dilma assumiu, fincou pé na manutenção da medida que rouba dinheiro dos aposentado e, bancando seu divino mestre, fez Paulo Paim engavetar o pendão e comer em tranca. Agora, o senador tucano paulista Aloysio Nunes quer saber por que o governo do PT ainda não agiu para alterar ou acabar com esse mecanismo, após nove anos no poder.
Nunes desfraldou a bandeira: "Há exatos nove anos, um mês e 27 dias que esse partido, que sempre disse que era contra o mecanismo, não faz absolutamente nada".
E remexe o mastro: "O atual governo diz que é contra o fator e que este é perverso. Então é preciso mudar, não é? Por que não mandam um projeto com esse objetivo? Eu estou pronto para votar a favor dessa mudança".
28 de fevereiro de 2012
sanatório
O fator previdenciário é uma equação utilizada para calcular a aposentadoria do segurado do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) levando em consideração a idade ao se aposentar, o tempo de contribuição e a expectativa de vida.
Quem se aposentou em 99 ganhando o equivalente a dez salários mínimos, hoje não ganha mais do que três salários e meio. E a Constituição-Cidadã diz, desde 1988, que não se mexe em salário se for para diminuí-lo.
Um painel político do momento histórico em que vivem o país e o mundo. Pretende ser um observatório dos principais acontecimentos que dominam o cenário político nacional e internacional, e um canal de denúncias da corrupção e da violência, que afrontam a cidadania. Este não é um blog partidário, visto que partidos não representam idéias, mas interesses de grupos, e servem apenas para encobrir o oportunismo político de bandidos. Não obstante, seguimos o caminho da direita. Semitam rectam.
"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)
"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)
terça-feira, 28 de fevereiro de 2012
OS PAÍSES EUROPEUS VIVEM UMA TRAGÉDIA GREGA
Completamente fora do futebol que é esse Brasil no mundo do carnaval, eis aqui Carlos Edurado Behrensodrf, de novo!!! Bola pra frente que atrás vem gente.
Não há como fazer de conta que a Europa continua um sonho. Ao contrário, a maioria dos países que integram a União Européia vive uma crise sem precedentes, respingando em outros continentes.
Os veículos de comunicação mostram que o treme-treme é abrangente: atinge os que afundam e a Alemanha, provavelmente a única que se fortaleceu há anos, num processo gradativo pós-guerra e pós-reunificação, agora sofrendo fortes críticas dentro e fora de suas fronteiras.
Do lado de fora chegam violentas manifestações, segundo as quais a Alemanha interfere na política interna de outros países. Internamente, a chanceler Angela Merkel é criticada por usar recursos gerados com o trabalho do povo alemão, para socorrer países que dificilmente pagarão o investimento recebido.
Há quem diga que o garçom que deu um banho de cerveja na chanceler, derrubando uma bandeja com copos cheios de cerveja sobre ela (e põe copos nisso...) é descendente de gregos, o que é maldade pura.
Fiz um breve apanhado do que dizem os principais jornais alemães. Leia e divirta-se, pelo menos enquanto o pega-pra-capar europeu não atinja com suas tesouras econômicas a América do Sul.
Dito isso, vamos ao que interessa.
O ministro do Interior Hans-Peter Friedrich, integrante da coalizão de centro-direita da chanceler Angela Merkel, disse que Grécia deveria ser estimulada a deixar o euro. A declaração pipocou na imprensa germânica.
Der Spiegel transcreveu: “As chances da Grécia se regenerar e se tornar competitiva certamente são maiores fora da união monetária do que se permanecer na zona do euro. Não estou falando em expulsar a Grécia, e sim em criar incentivos irrecusáveis para sua saída”.
Pesquisa de opinião publicada no “Bild am Sonntag” mostrou que a maioria dos alemães concorda com Friedrich, que é membro da União Social Cristã (CSU), partido da Bavária associado ao partido conservador de Merkel, a União Democrática Cristã.
Em seu editorial, o “Bild” diz: “A Europa está jogando dinheiro em um poço sem fundo. A Europa só pode dominar esta crise se fizer o que a maior parte dos especialistas está pedindo há muito tempo.
A economia grega só pode se tornar competitiva e voltar a crescer com sua própria moeda, não com o euro forte.
O ministro de relações exteriores, Guido Westerwelle, membro do Partido Democrático Livre (FDP), que é voltado para os empresários e é parceiro júnior da coalizão de Merkel, disse ao jornal “Die Welt”: “Não entendo a especulação política sobre a Grécia sair da zona do euro. O que foi negociado e concordado deve ser aplicado, dos dois lados”.
O líder da oposição parlamentar do Partido Verde, Jürgen Trittin, chamou os comentários de Friedrich de “absurdos” e pediu que Merkel restaurasse a ordem em suas fileiras. “Me pergunto quanto tempo a chanceler vai ficar olhando o que acontece em sua coalizão”, disse ele à rádio pública “Deutschlandfunk”.
Os Sociais Democratas emitiram uma declaração dizendo: “O CSU está completamente fora de controle”.
O “Berliner Zeitung”, de esquerda, escreve: “Sejamos realistas. A Grécia não vai conseguir andar com as próprias pernas com o segundo pacote de resgate. O corte da dívida planejado não será suficiente, as reformas não estão sendo feitas, e o país está quebrando sob o peso dos programas de austeridade.”
Nem mesmo o ministro das finanças, Wolfgang Schäuble, elimina a possibilidade de novos pacotes de resgate ser necessários em breve. “A Grécia não tem um instrumento importante para restaurar sua saúde: sua própria moeda. Se Atenas tivesse sua moeda, o país poderia desvalorizar seu dinheiro para se tornar mais barato no mercado mundial. Uma moeda fraca pode funcionar como um enorme estímulo econômico.”
O conservador “Frankfurter Allgemeine Zeitung” escreve: “Se a Grécia partir vai retroceder 12 anos, para o ano 2000 e quantos anos os outros membros da zona do euro voltarão no tempo?
Seria uma prova de que não são capazes de objetivamente avaliar o pedido de ingresso de um país na zona do euro (o que tornaria qualquer futura expansão da zona do euro questionável); que são incapazes de ajudar até mesmo um pequeno parceiro (muito menos um país maior) e que não podem tornar irreversível a realização de suas visões políticas.”
“Isso não apenas causaria 'Schadenfreude' (palavra de origem alemã usada também em outras línguas para designar o sentimento de alegria ou prazer pelo sofrimento ou infelicidade dos outros) entre os competidores mundiais, mas levantaria a questão se o ingresso na UE é final ou se alguns países não seriam mais sábios em buscar outra direção, como Moscou ou Teerã.”
“Se a permanência na UE fosse abalada em sua fundação, essa parte do mundo não voltaria para 2011 ou 2001, mas para os anos 90, ou 80, ou até mais para trás.”
Mesmo entendendo que a situação é séria e preocupa países nos cinco continentes, não resisto a dizer uma bobagem para concluir “à brasileira”: tudo isso é grego pra mim!
28 de fevereiro de 2012
Carlos Eduardo Behrensdorf
Não há como fazer de conta que a Europa continua um sonho. Ao contrário, a maioria dos países que integram a União Européia vive uma crise sem precedentes, respingando em outros continentes.
Os veículos de comunicação mostram que o treme-treme é abrangente: atinge os que afundam e a Alemanha, provavelmente a única que se fortaleceu há anos, num processo gradativo pós-guerra e pós-reunificação, agora sofrendo fortes críticas dentro e fora de suas fronteiras.
Do lado de fora chegam violentas manifestações, segundo as quais a Alemanha interfere na política interna de outros países. Internamente, a chanceler Angela Merkel é criticada por usar recursos gerados com o trabalho do povo alemão, para socorrer países que dificilmente pagarão o investimento recebido.
Há quem diga que o garçom que deu um banho de cerveja na chanceler, derrubando uma bandeja com copos cheios de cerveja sobre ela (e põe copos nisso...) é descendente de gregos, o que é maldade pura.
Fiz um breve apanhado do que dizem os principais jornais alemães. Leia e divirta-se, pelo menos enquanto o pega-pra-capar europeu não atinja com suas tesouras econômicas a América do Sul.
Dito isso, vamos ao que interessa.
O ministro do Interior Hans-Peter Friedrich, integrante da coalizão de centro-direita da chanceler Angela Merkel, disse que Grécia deveria ser estimulada a deixar o euro. A declaração pipocou na imprensa germânica.
Der Spiegel transcreveu: “As chances da Grécia se regenerar e se tornar competitiva certamente são maiores fora da união monetária do que se permanecer na zona do euro. Não estou falando em expulsar a Grécia, e sim em criar incentivos irrecusáveis para sua saída”.
Pesquisa de opinião publicada no “Bild am Sonntag” mostrou que a maioria dos alemães concorda com Friedrich, que é membro da União Social Cristã (CSU), partido da Bavária associado ao partido conservador de Merkel, a União Democrática Cristã.
Em seu editorial, o “Bild” diz: “A Europa está jogando dinheiro em um poço sem fundo. A Europa só pode dominar esta crise se fizer o que a maior parte dos especialistas está pedindo há muito tempo.
A economia grega só pode se tornar competitiva e voltar a crescer com sua própria moeda, não com o euro forte.
O ministro de relações exteriores, Guido Westerwelle, membro do Partido Democrático Livre (FDP), que é voltado para os empresários e é parceiro júnior da coalizão de Merkel, disse ao jornal “Die Welt”: “Não entendo a especulação política sobre a Grécia sair da zona do euro. O que foi negociado e concordado deve ser aplicado, dos dois lados”.
O líder da oposição parlamentar do Partido Verde, Jürgen Trittin, chamou os comentários de Friedrich de “absurdos” e pediu que Merkel restaurasse a ordem em suas fileiras. “Me pergunto quanto tempo a chanceler vai ficar olhando o que acontece em sua coalizão”, disse ele à rádio pública “Deutschlandfunk”.
Os Sociais Democratas emitiram uma declaração dizendo: “O CSU está completamente fora de controle”.
O “Berliner Zeitung”, de esquerda, escreve: “Sejamos realistas. A Grécia não vai conseguir andar com as próprias pernas com o segundo pacote de resgate. O corte da dívida planejado não será suficiente, as reformas não estão sendo feitas, e o país está quebrando sob o peso dos programas de austeridade.”
Nem mesmo o ministro das finanças, Wolfgang Schäuble, elimina a possibilidade de novos pacotes de resgate ser necessários em breve. “A Grécia não tem um instrumento importante para restaurar sua saúde: sua própria moeda. Se Atenas tivesse sua moeda, o país poderia desvalorizar seu dinheiro para se tornar mais barato no mercado mundial. Uma moeda fraca pode funcionar como um enorme estímulo econômico.”
O conservador “Frankfurter Allgemeine Zeitung” escreve: “Se a Grécia partir vai retroceder 12 anos, para o ano 2000 e quantos anos os outros membros da zona do euro voltarão no tempo?
Seria uma prova de que não são capazes de objetivamente avaliar o pedido de ingresso de um país na zona do euro (o que tornaria qualquer futura expansão da zona do euro questionável); que são incapazes de ajudar até mesmo um pequeno parceiro (muito menos um país maior) e que não podem tornar irreversível a realização de suas visões políticas.”
“Isso não apenas causaria 'Schadenfreude' (palavra de origem alemã usada também em outras línguas para designar o sentimento de alegria ou prazer pelo sofrimento ou infelicidade dos outros) entre os competidores mundiais, mas levantaria a questão se o ingresso na UE é final ou se alguns países não seriam mais sábios em buscar outra direção, como Moscou ou Teerã.”
“Se a permanência na UE fosse abalada em sua fundação, essa parte do mundo não voltaria para 2011 ou 2001, mas para os anos 90, ou 80, ou até mais para trás.”
Mesmo entendendo que a situação é séria e preocupa países nos cinco continentes, não resisto a dizer uma bobagem para concluir “à brasileira”: tudo isso é grego pra mim!
28 de fevereiro de 2012
Carlos Eduardo Behrensdorf
EM DEFESA DO JUIZ ESPANHOL BALTASAR GARZÓN
A professora Margarida Genevois, ex-presidente da Comissão de Justiça e Paz de São Paulo, figura de extraordinário relevo na defesa dos direitos humanos no continente, autora de numerosas ações de proteção a perseguidos, tanto durante a ditadura, como nos anos posteriores, várias vezes reconhecida por sua extrema defesa de dignidade humana, vinha solicitando colaboração para a luta do juiz espanhol Baltasar Garzón, que acaba de ser absolvido no Supremo da Espanha, pondo fim à perseguição política que vinha sofrendo.
Pedia que fosse lidas as informações existentes na internet sobre Baltasar Garzón, e caso estivessem de acordo, assinassem uma petição em favor de Garzón, que estava sendo condenado na Espanha por seu esforço para julgar os criminosos ainda vivos ou relacionados com os crimes do franquismo (1936-1975). O Franquismo, embora seja menos conhecido e espetacular que o nazismo, talvez tenha sido o mais brutal e sádico de todos os movimentos repressivos da Idade Moderna.
Apesar da indignação mundial após a derrota do fascismo em 1945, os aliados se recusaram a invadir a Espanha, como fizeram com a Itália e a Alemanha, pois o fascismo espanhol serviria para perseguir o marxismo em toda Europa.
Garzón estava sendo perseguido por pretender que um dos três maiores genocídios do século 20 seja punido, ou, pelo menos, qualificado como crime contra a humanidade. As instituições espanholas, dominadas pelos Opus Dei, com um fascismo ainda vivo, dirigidas por sádicos supersticiosos e inquisitoriais, querem punir não os culpados, mas a quem, como Garzón, defende os que foram vítimas.
Garzón foi também o primeiro magistrado europeu que tratou os crimes de lesa humanidade como crimes de jurisdição planetária, não hesitando em processar qualquer criminoso contra os direitos humanos, de qualquer nacionalidade.
Foi o único que tentou e quase conseguiu capturar o insano multigenocida Augusto Pinochet, que só escapou graças a infame cumplicidade da direita britânica. E foi um dos poucos que teve sucesso numa tarefa que muitos juízes europeus tentaram sem sucesso: capturar criminosos de lesa humanidade da ditadura argentina.
Garzón conseguiu condenar ao torturador e genocida Adolfo Scilingo, oficial da Marinha Argentina, culpável de 30 assassinatos, 93 lições graves, 255 atos de terrorismo and 286 aplicações de tortura.
O esforço de Garzón contra o franquismo deve ser especialmente apreciado no Brasil, pois vários dois mais infames elementos de nossa política são membros do movimento criado pelo ditador Franco. O Franquismo, que se originou inicialmente no Falangismo (literalmente, a versão espanhol do fascismo) adoptou, nos anos 40, uma nova ideologia, a do Opus Dei, uma das mais aberrantes, desumanas e patológicas doutrinas místico-políticas, que assolou a Humanidade, e que ainda hoje gera movimentos de terrorismo de estado e extermínio em muitos países, incluído o Brasil, onde há governadores e altos dignitários que pertencem a suas infames fileiras.
A absolvição de Garzón é uma grande vitória da democracia
28 de fevereiro de 2012
Carlos Alberto Lungarzo
Pedia que fosse lidas as informações existentes na internet sobre Baltasar Garzón, e caso estivessem de acordo, assinassem uma petição em favor de Garzón, que estava sendo condenado na Espanha por seu esforço para julgar os criminosos ainda vivos ou relacionados com os crimes do franquismo (1936-1975). O Franquismo, embora seja menos conhecido e espetacular que o nazismo, talvez tenha sido o mais brutal e sádico de todos os movimentos repressivos da Idade Moderna.
Apesar da indignação mundial após a derrota do fascismo em 1945, os aliados se recusaram a invadir a Espanha, como fizeram com a Itália e a Alemanha, pois o fascismo espanhol serviria para perseguir o marxismo em toda Europa.
Garzón estava sendo perseguido por pretender que um dos três maiores genocídios do século 20 seja punido, ou, pelo menos, qualificado como crime contra a humanidade. As instituições espanholas, dominadas pelos Opus Dei, com um fascismo ainda vivo, dirigidas por sádicos supersticiosos e inquisitoriais, querem punir não os culpados, mas a quem, como Garzón, defende os que foram vítimas.
Garzón foi também o primeiro magistrado europeu que tratou os crimes de lesa humanidade como crimes de jurisdição planetária, não hesitando em processar qualquer criminoso contra os direitos humanos, de qualquer nacionalidade.
Foi o único que tentou e quase conseguiu capturar o insano multigenocida Augusto Pinochet, que só escapou graças a infame cumplicidade da direita britânica. E foi um dos poucos que teve sucesso numa tarefa que muitos juízes europeus tentaram sem sucesso: capturar criminosos de lesa humanidade da ditadura argentina.
Garzón conseguiu condenar ao torturador e genocida Adolfo Scilingo, oficial da Marinha Argentina, culpável de 30 assassinatos, 93 lições graves, 255 atos de terrorismo and 286 aplicações de tortura.
O esforço de Garzón contra o franquismo deve ser especialmente apreciado no Brasil, pois vários dois mais infames elementos de nossa política são membros do movimento criado pelo ditador Franco. O Franquismo, que se originou inicialmente no Falangismo (literalmente, a versão espanhol do fascismo) adoptou, nos anos 40, uma nova ideologia, a do Opus Dei, uma das mais aberrantes, desumanas e patológicas doutrinas místico-políticas, que assolou a Humanidade, e que ainda hoje gera movimentos de terrorismo de estado e extermínio em muitos países, incluído o Brasil, onde há governadores e altos dignitários que pertencem a suas infames fileiras.
A absolvição de Garzón é uma grande vitória da democracia
28 de fevereiro de 2012
Carlos Alberto Lungarzo
O RACISMO QUE DÁ LUCRO
Deixem que eu lhes diga uma coisa: não sou hiena, não ataco em bando. Eu não faço parte de grupo nenhum — de “progressistas”, “reacionários”, “centristas”, o que for… Sou católico, por exemplo. A esmagadora maioria me apóia na minha crítica severa, sem concessões, ao abortismo. Quando me digo, no entanto, favorável à união civil de homossexuais — o que não quer dizer que concorde com a absurda decisão do Supremo, tomada contra a letra da Constituição —, muitos lamentam e dizem que minhas convicções são fracas. Fazer o quê? Defendo até mesmo que pares homossexuais (e não “casais”, né?) adotem crianças, satisfeitas algumas condições (que considero também exigíveis dos héteros), mas acho a tal lei que pune a homofobia facistóide. O mundo não é plano. Eu escolho, em suma, um mundo de liberdades individuais sem violação da ordem legal e institucional — que tem, quando é o caso, de ser mudada.
Alguns cretinos do que passei a chamar JEG (vou mudar a definição: de agora em diante, “Jornalismo da Esgotosfera Governista”) acusam-me de integrar a tal imprensa golpista. Pois é… Se o JEG ataca sempre em bando, e ataca, não somos assim. Há gente demonizada pelos “jeguistas” que também me detesta — e a recíproca é verdadeira. Se existe um fato sobre os jornalistas que não estão submetidos ao tacão governista, o fato é este: CADA UM É LIVRE À SUA MANEIRA. Ou liberdade não há.
Se um dia resolver contar a minha vida sem importância, um fato merecerá destaque. Uma professora disse que eu levava jeito pra escrever quando, ainda menino, fiz uma redação contestando o slogan publicitário: “Liberdade é uma calça velha, azul e desbotada”. Argumentei que, se liberdade era aquilo, então liberdade não era. Afinal, as pessoas deveriam ser livres para não usar a calça. A mestra gostou. Huuummm… Comprei o meu primeiro jeans há uns quatro anos, já aos 46! Antes disso, só usava calça de alfaiataria, mesmo quando era pobre pra chuchu. Uma tia costurava. Tenho uma foto, num dia meio frio, posando (Emir Sader escreveria “pousando”) numas pedras no meio de um riacho, em Visconde de Mauá, no estado do Rio. Aquela maconheirada meio esculhambada à volta, e eu ali, de calça de tecido e… botina!!! Deixei de usar colarinho fechado, sempre sem gravata, mesmo em casa, não faz muito tempo. A gente tem de ser livre até pra ser ridículo se é essa a nossa vontade. Avanço.
Tenho amigos com quem comungo, por exemplo, a visão sobre política interna; se o assunto é, no entanto, Oriente Médio, aí, sem trocadilho, a discordância pode ser explosiva. Com outros, o bicho pega quando o assunto é Obama. Com outros ainda, a coincidência é quase total, mas basta que se debata o tal “aquecimento global” — aquela religião estranha —, e a confusão se instaura. Há até aquele que beira os 100% de concordância… Ocorre que ele é bicicleteiro, e eu o acuso de achar que está ajudando a salvar o mundo com suas pedaladas. Na última altercação, afirmei que, “se selim fosse categoria de pensamento, ficaria na cabeça, não perto da bunda”. Era um chiste. Ele se zangou e está sem falar comigo há uns 15 dias (deixe disso, ô sensível!!!). Espero que esteja andando de bicicleta no Ibirapuera, não nas ruas. Zelo pela segurança dos meus amigos, hehe (lá vai ele ficar ainda mais bravo…).
O mundo não é plano. O mundo só é plano para mentalidades intelectualmente delinqüentes, que pretendem lucrar com teorias conspiratórias, oferecidas, muitas vezes, a poderosos que não tiveram tempo de elaborar uma leitura consistente do mundo. Assim, agarram-se a algumas facilidades e pagam por elas. Adiante.
Abaixo, reproduzo um trecho de um post publicado no Blog do Pannunzio, do jornalista Fábio Pannunzio. Não é meu amigo. Não o conheço. Jamais nos falamos. Já li coisas dele de que discordei radicalmente — e tenho a certeza absoluta de que a inversa é verdadeira.
Ele não é o representante do “meu grupelho” atacando o representante do “grupelho adversário”.
Reproduzo aqui parte do seu post porque as palavras me parecem sensatas. Quando gosto, digo “sim”; se não, então “não”.
Ao texto, notavelmente bem-escrito, o que, hoje em dia, já é uma distinção.
O racismo que dá lucro
Paulo Henrique Amorim, blogueiro autoproclamado progressista e apresentador da TV do bispo Edir Macedo, teve lucro com suas injúrias racistas. No blog dele está estampada a manchete “Heraldo aumenta a audiência do CAf em 42%”. O blogueiro “progressista” se ufana de sua obra: “Tem publicidade melhor do que essa?”
Para o caso dele, não deve haver.
Se o que PHA queria era ficar estigmatizado como o último racista assumido da imprensa brasileira, conseguiu. Se seu objetivo era a auto-desmoralização, ele conseguiu. Se o objetivo era sanar dúvidas sobre seu caráter, também conseguiu. E, no fim das contas, ainda saiu lucrando 42%.
Não foram poucas tentativas de produzir esse resultado. Ele já havia lançado mão do jargão racista quando chamou Paulo Preto de “Paulo Afro-Descendente”. Heraldo foi a segunda vítima do estratagema.
PHA já havia pedido perdão a Bóris Casoy numa situação humilhante - e, da mesma forma, zombou do acordo assinado às pressas para evitar uma condenação. O arauto da nova censura, chamada agora de Ley de Medios, desconhece o Código Civil e o Código Penal. E faz troça do que ele mesmo propôs e acordou em juízo.
Nos delírios veiculados em seu Der Angriff eletrônico, PHA não tem o menor constrangimento de inventar e repetir inverdades escancaradas - com aquela em que afirmou que Heraldo havia dito que ele não é racista (se não leu, clique aqui e aumente o lucro do blogueiro). Na Ata de Sentença que encerrou esse capítulo do caso, é ele quem declara que foi “infeliz” ao usar a expressão negro de alma branca, e que não teve intenções racistas. O ofendido jamais declarou a ninguém que PHA não é racista. Até porque ele não pensa assim.
Se PHA é ou não racista quem vai decidir é a Quinta Vara Criminal do DF. É onde tramita o processo crime aberto pelo Ministério Público para apurar e punir as mesmas ofensas. Condenado, Paulo Henrique, que se gaba de figurar como réu em mais 40 processos, pode pegar de dois a cinco anos de reclusão. Se vai ou não para a cadeia é outra história. Mas, nessas circunstâncias, perder a condição de réu primário seria desastroso para ele.
Enquanto contabiliza o lucro de seu retumbante sucesso de audiência na internet, PHA certamente não considera o passivo que só faz aumentar no capital volátil de sua desgastada reputação. Jornalistas, salvo algumas exceções indecentes, vivem do que apuram e publicam. Vivem, enfim, de sua capacidade de informar de maneira correta e honesta. Nesse caso, a deplorável atuação do blogueiro pôs a nu um profissional que, na ausência de fatos, inventa; na ausência de argumentos, injuria; quando faltam palavras para injuriar, recorre ao jargão abjeto dos racistas. Para arrematar, ainda tem a coragem e a cara de pau de alardear que lucrou com o episódio. Faça-me o favor!
(…)
28 de fevereiro de 2012
Por Reinaldo Azevedo
Alguns cretinos do que passei a chamar JEG (vou mudar a definição: de agora em diante, “Jornalismo da Esgotosfera Governista”) acusam-me de integrar a tal imprensa golpista. Pois é… Se o JEG ataca sempre em bando, e ataca, não somos assim. Há gente demonizada pelos “jeguistas” que também me detesta — e a recíproca é verdadeira. Se existe um fato sobre os jornalistas que não estão submetidos ao tacão governista, o fato é este: CADA UM É LIVRE À SUA MANEIRA. Ou liberdade não há.
Se um dia resolver contar a minha vida sem importância, um fato merecerá destaque. Uma professora disse que eu levava jeito pra escrever quando, ainda menino, fiz uma redação contestando o slogan publicitário: “Liberdade é uma calça velha, azul e desbotada”. Argumentei que, se liberdade era aquilo, então liberdade não era. Afinal, as pessoas deveriam ser livres para não usar a calça. A mestra gostou. Huuummm… Comprei o meu primeiro jeans há uns quatro anos, já aos 46! Antes disso, só usava calça de alfaiataria, mesmo quando era pobre pra chuchu. Uma tia costurava. Tenho uma foto, num dia meio frio, posando (Emir Sader escreveria “pousando”) numas pedras no meio de um riacho, em Visconde de Mauá, no estado do Rio. Aquela maconheirada meio esculhambada à volta, e eu ali, de calça de tecido e… botina!!! Deixei de usar colarinho fechado, sempre sem gravata, mesmo em casa, não faz muito tempo. A gente tem de ser livre até pra ser ridículo se é essa a nossa vontade. Avanço.
Tenho amigos com quem comungo, por exemplo, a visão sobre política interna; se o assunto é, no entanto, Oriente Médio, aí, sem trocadilho, a discordância pode ser explosiva. Com outros, o bicho pega quando o assunto é Obama. Com outros ainda, a coincidência é quase total, mas basta que se debata o tal “aquecimento global” — aquela religião estranha —, e a confusão se instaura. Há até aquele que beira os 100% de concordância… Ocorre que ele é bicicleteiro, e eu o acuso de achar que está ajudando a salvar o mundo com suas pedaladas. Na última altercação, afirmei que, “se selim fosse categoria de pensamento, ficaria na cabeça, não perto da bunda”. Era um chiste. Ele se zangou e está sem falar comigo há uns 15 dias (deixe disso, ô sensível!!!). Espero que esteja andando de bicicleta no Ibirapuera, não nas ruas. Zelo pela segurança dos meus amigos, hehe (lá vai ele ficar ainda mais bravo…).
O mundo não é plano. O mundo só é plano para mentalidades intelectualmente delinqüentes, que pretendem lucrar com teorias conspiratórias, oferecidas, muitas vezes, a poderosos que não tiveram tempo de elaborar uma leitura consistente do mundo. Assim, agarram-se a algumas facilidades e pagam por elas. Adiante.
Abaixo, reproduzo um trecho de um post publicado no Blog do Pannunzio, do jornalista Fábio Pannunzio. Não é meu amigo. Não o conheço. Jamais nos falamos. Já li coisas dele de que discordei radicalmente — e tenho a certeza absoluta de que a inversa é verdadeira.
Ele não é o representante do “meu grupelho” atacando o representante do “grupelho adversário”.
Reproduzo aqui parte do seu post porque as palavras me parecem sensatas. Quando gosto, digo “sim”; se não, então “não”.
Ao texto, notavelmente bem-escrito, o que, hoje em dia, já é uma distinção.
O racismo que dá lucro
Paulo Henrique Amorim, blogueiro autoproclamado progressista e apresentador da TV do bispo Edir Macedo, teve lucro com suas injúrias racistas. No blog dele está estampada a manchete “Heraldo aumenta a audiência do CAf em 42%”. O blogueiro “progressista” se ufana de sua obra: “Tem publicidade melhor do que essa?”
Para o caso dele, não deve haver.
Se o que PHA queria era ficar estigmatizado como o último racista assumido da imprensa brasileira, conseguiu. Se seu objetivo era a auto-desmoralização, ele conseguiu. Se o objetivo era sanar dúvidas sobre seu caráter, também conseguiu. E, no fim das contas, ainda saiu lucrando 42%.
Não foram poucas tentativas de produzir esse resultado. Ele já havia lançado mão do jargão racista quando chamou Paulo Preto de “Paulo Afro-Descendente”. Heraldo foi a segunda vítima do estratagema.
PHA já havia pedido perdão a Bóris Casoy numa situação humilhante - e, da mesma forma, zombou do acordo assinado às pressas para evitar uma condenação. O arauto da nova censura, chamada agora de Ley de Medios, desconhece o Código Civil e o Código Penal. E faz troça do que ele mesmo propôs e acordou em juízo.
Nos delírios veiculados em seu Der Angriff eletrônico, PHA não tem o menor constrangimento de inventar e repetir inverdades escancaradas - com aquela em que afirmou que Heraldo havia dito que ele não é racista (se não leu, clique aqui e aumente o lucro do blogueiro). Na Ata de Sentença que encerrou esse capítulo do caso, é ele quem declara que foi “infeliz” ao usar a expressão negro de alma branca, e que não teve intenções racistas. O ofendido jamais declarou a ninguém que PHA não é racista. Até porque ele não pensa assim.
Se PHA é ou não racista quem vai decidir é a Quinta Vara Criminal do DF. É onde tramita o processo crime aberto pelo Ministério Público para apurar e punir as mesmas ofensas. Condenado, Paulo Henrique, que se gaba de figurar como réu em mais 40 processos, pode pegar de dois a cinco anos de reclusão. Se vai ou não para a cadeia é outra história. Mas, nessas circunstâncias, perder a condição de réu primário seria desastroso para ele.
Enquanto contabiliza o lucro de seu retumbante sucesso de audiência na internet, PHA certamente não considera o passivo que só faz aumentar no capital volátil de sua desgastada reputação. Jornalistas, salvo algumas exceções indecentes, vivem do que apuram e publicam. Vivem, enfim, de sua capacidade de informar de maneira correta e honesta. Nesse caso, a deplorável atuação do blogueiro pôs a nu um profissional que, na ausência de fatos, inventa; na ausência de argumentos, injuria; quando faltam palavras para injuriar, recorre ao jargão abjeto dos racistas. Para arrematar, ainda tem a coragem e a cara de pau de alardear que lucrou com o episódio. Faça-me o favor!
(…)
28 de fevereiro de 2012
Por Reinaldo Azevedo
ASSALTO AO BANCO DO BRASIL
O Banco do Brasil tornou-se o exemplo mais vistoso da forma como o governo petista ocupa as estruturas de poder.
A bicentenária instituição está no centro de uma disputa em que se digladiam grupos do PT. O que menos parece importar aos contendedores é o interesse público.
Desde a semana passada, a Folha de S.Paulo vem desnudando o clima de guerra que se instalou no maior banco público do país. "No governo, há o temor de que uma guerra de dossiês cause crise sem precedente e respingue em outras áreas", informou o jornal na sexta-feira. A tônica é a disputa de facções petistas pelo comando do BB e da Previ, seu bilionário fundo de pensão.
Mais especificamente, debatem-se o atual presidente do banco, Aldemir Bendine, e Ricardo Flores, que comanda a Previ, e seus respectivos grupos de apoiadores. Um tenta derrubar o outro. Nenhum deles apresentou qualquer indício de que haja em favor do bem público. Na realidade, brigam pelo controle de muito, muito dinheiro.
O BB avizinha-se de ser o primeiro banco brasileiro a dispor de R$ 1 trilhão em ativos. Seu lucro em 2011 bateu em R$ 12,1 bilhões. Já a Previ é uma das principais investidoras do país - está, inclusive, no consórcio que assumirá o aeroporto de Guarulhos - e tem patrimônio na casa de R$ 152 bilhões, conforme números de seu balanço de 2010.
Não é de agora que a diretoria do BB tem sido usada como moeda de troca na gestão petista. Já serviu para abrigar aliados de outros partidos, derrotados em eleições e militantes problemáticos. Mas o epicentro das disputas no banco têm sido mesmo petistas sedentos por poder.
Hoje, a Folha revela mais um episódio desta triste saga:
depósitos suspeitos feitos na conta bancária do ex-diretor Allan Toledo.
Foram quase R$ 1 milhão creditados ao longo de 2011, época em que ele dirigia a área de Atacado, Negócios Internacionais e Private Banking do BB.
"O BB abriu sindicância para apurar o caso por suspeita de lavagem de dinheiro, notificou a Polícia Federal e trocou informações sobre o caso com ela", informa o jornal. A investigação teve início depois da demissão de Toledo e originou-se de relatório do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras), do Ministério da Fazenda.
O dinheiro veio de uma aposentada, que, por sua vez, recebeu igual quantia de um empresário que é sócio do dono do frigorífico Marfrig. Teria sido fruto de venda de um imóvel, que, no entanto, continua habitado e em nome dos mesmos antigos proprietários um ano e dois meses depois da transação financeira. Ou seja, tudo na operação sugere uma mera triangulação de valores.
Vale ter presente que o Marfrig foi uma das empresas mais bem aquinhoadas pela política de escolha de "campeões nacionais" tocada pelo BNDES na gestão petista. O banco de fomento é hoje o segundo maior acionista individual do frigorífico, com 14%, só atrás das famílias fundadoras.
O BNDES aportou R$ 715 milhões na empresa. Foi, em tudo, um mau negócio: o frigorífico só gera prejuízo, está superendividado e vê-se obrigado atualmente a fechar unidades e demitir funcionários. Até meados do ano passado, o Marfrig tinha rendido perda de R$ 201,4 milhões para o banco oficial.
Petistas sempre viram no Banco do Brasil uma espécie de galinha dos ovos de ouro. Desde o início do governo Lula, o comando da instituição foi disputado por capas-pretas do partido, como Luiz Gushiken, Ricardo Berzoini e João Vaccari, ambos com larga militância no sindicalismo bancário paulista.
O banco também esteve no ápice do escândalo do mensalão. A Visanet, mantida pelo BB e por outras instituições financeiras, foi uma das fontes comprovadas de recursos desviados para o esquema de compra de votos mantido pelo PT no Congresso - conforme mostraram investigações do Ministério Público Federal e da Polícia Federal.
O novo escândalo no Banco do Brasil é apenas o mais recente na seara do Ministério da Fazenda de Guido Mantega.
Ao lado da Casa da Moeda e da Caixa Econômica Federal, desponta como parte de um esquema cujo maior objetivo parece ser drenar dinheiro público para benefícios privados e, principalmente, partidários.
Fonte: Instituto Teotônio Vilela
Assalto ao Banco do Brasil
A bicentenária instituição está no centro de uma disputa em que se digladiam grupos do PT. O que menos parece importar aos contendedores é o interesse público.
Desde a semana passada, a Folha de S.Paulo vem desnudando o clima de guerra que se instalou no maior banco público do país. "No governo, há o temor de que uma guerra de dossiês cause crise sem precedente e respingue em outras áreas", informou o jornal na sexta-feira. A tônica é a disputa de facções petistas pelo comando do BB e da Previ, seu bilionário fundo de pensão.
Mais especificamente, debatem-se o atual presidente do banco, Aldemir Bendine, e Ricardo Flores, que comanda a Previ, e seus respectivos grupos de apoiadores. Um tenta derrubar o outro. Nenhum deles apresentou qualquer indício de que haja em favor do bem público. Na realidade, brigam pelo controle de muito, muito dinheiro.
O BB avizinha-se de ser o primeiro banco brasileiro a dispor de R$ 1 trilhão em ativos. Seu lucro em 2011 bateu em R$ 12,1 bilhões. Já a Previ é uma das principais investidoras do país - está, inclusive, no consórcio que assumirá o aeroporto de Guarulhos - e tem patrimônio na casa de R$ 152 bilhões, conforme números de seu balanço de 2010.
Não é de agora que a diretoria do BB tem sido usada como moeda de troca na gestão petista. Já serviu para abrigar aliados de outros partidos, derrotados em eleições e militantes problemáticos. Mas o epicentro das disputas no banco têm sido mesmo petistas sedentos por poder.
Hoje, a Folha revela mais um episódio desta triste saga:
depósitos suspeitos feitos na conta bancária do ex-diretor Allan Toledo.
Foram quase R$ 1 milhão creditados ao longo de 2011, época em que ele dirigia a área de Atacado, Negócios Internacionais e Private Banking do BB.
"O BB abriu sindicância para apurar o caso por suspeita de lavagem de dinheiro, notificou a Polícia Federal e trocou informações sobre o caso com ela", informa o jornal. A investigação teve início depois da demissão de Toledo e originou-se de relatório do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras), do Ministério da Fazenda.
O dinheiro veio de uma aposentada, que, por sua vez, recebeu igual quantia de um empresário que é sócio do dono do frigorífico Marfrig. Teria sido fruto de venda de um imóvel, que, no entanto, continua habitado e em nome dos mesmos antigos proprietários um ano e dois meses depois da transação financeira. Ou seja, tudo na operação sugere uma mera triangulação de valores.
Vale ter presente que o Marfrig foi uma das empresas mais bem aquinhoadas pela política de escolha de "campeões nacionais" tocada pelo BNDES na gestão petista. O banco de fomento é hoje o segundo maior acionista individual do frigorífico, com 14%, só atrás das famílias fundadoras.
O BNDES aportou R$ 715 milhões na empresa. Foi, em tudo, um mau negócio: o frigorífico só gera prejuízo, está superendividado e vê-se obrigado atualmente a fechar unidades e demitir funcionários. Até meados do ano passado, o Marfrig tinha rendido perda de R$ 201,4 milhões para o banco oficial.
Petistas sempre viram no Banco do Brasil uma espécie de galinha dos ovos de ouro. Desde o início do governo Lula, o comando da instituição foi disputado por capas-pretas do partido, como Luiz Gushiken, Ricardo Berzoini e João Vaccari, ambos com larga militância no sindicalismo bancário paulista.
O banco também esteve no ápice do escândalo do mensalão. A Visanet, mantida pelo BB e por outras instituições financeiras, foi uma das fontes comprovadas de recursos desviados para o esquema de compra de votos mantido pelo PT no Congresso - conforme mostraram investigações do Ministério Público Federal e da Polícia Federal.
O novo escândalo no Banco do Brasil é apenas o mais recente na seara do Ministério da Fazenda de Guido Mantega.
Ao lado da Casa da Moeda e da Caixa Econômica Federal, desponta como parte de um esquema cujo maior objetivo parece ser drenar dinheiro público para benefícios privados e, principalmente, partidários.
Fonte: Instituto Teotônio Vilela
Assalto ao Banco do Brasil
55 BILHÕES DE CORTE PARA O BRASIL... E DOAÇÕES MILIONÁRIAS PARA FORA!
O carnaval acabou, mas o "samba" dos deslumbrados de Cuba não!
O BNDES, a mando de Dilma, vai despejar ainda mais MILHÕES de dólares para a inacabável (corrupta) obras de INFRAESTRUTURA da Cuba de Fidel castro , o ditador comunista, assassino de mais de 100 mil cubanos e de centenas de milhares de presos politicos, sem falar que transformou a ilha em um imenso presidio, onde o povo não pode sair para lugar nenhum, nem tampouco tem liberdade nenhuma para nada!
Que o diga a nossa colega blogueira Yoana.
Dilma e sua "escola de samba" comunista ama e se dedica muito mais ao regime de Fidel castro e outras ditaduras e sacrifica o pobre povo brasileiro com um CORTE DE 55 BILHÕES do orçamento....
Isso é que é "governar"!!! Tira do seu povo e dá a Cuba, Venezuela, Bolivia, Paraguay sem falar que o Brasil do PT vai DAR MILHÕES de dolares para ALIMENTAR 5 PAISES AFRICANOS (acredite se quizer!}; aqui temos 34% da população em total INSEGURANÇA ALIMENTAR!
55 BILHÕES a menos para a EDUCAÇÃO,SAÚDE,SEGURANÇA... Ou seja, TOME MERDA PARA A RALÉ BRASILEIRA!!!
Mas para CUBA e demais parasitas vai nosso suado dinheiro publico, nossos carissimos IMPOSTOS, para o deleite dos corruptos de fora...
É o samba da BANDALHEIRA sem fim ORQUESTRADO PELO PT E TOCADO PELOS SEUS CUPINS!
27 de fevereiro de 2012
AlaricoTrombeta
SE NÃO QUISER MORRER ENVENENADO, LEIA E ASSISTA AO DOCUMENTÁRIO
Às vésperas da votação do Código Florestal uma questão importante que foi esquecida - o uso de agrotóxicos - um negócio que engorda os cofres dos gringos que produzem esses venenos em cerca de 6 trilhões de dólares a cada ano. E pasmem! Conta com incentivo fiscal de 60% e em alguns Estados de até 100%. Quer dizer, incentivo para envenenar o cidadão.
Fatos como este só ocorrem num país que detém todos os recordes de coisas negativas como corrupção, índice de analfabetismo, renda per capita de país de quarto mundo, Índice de Desenvolvimento Humano incompatível para quem diz ostentar o título de sexta economia do mundo, etc. É tudo balela, é tudo filminho bonitinho exibido na TV sob encomenda para enganar você.
A minha recomendação é: continuem assim. Nada melhor do que um BBB com sexo embaixo de um cobertor, uma boa novelinha cuja trama é sempre a mesma, um programinha de auditório vendendo emoções baratas e músicas chulas para você consumir e um bom jogo de futebol. Se todos estão felizes com essa vidinha, mudar para quê, né?
Leia a historinha que segue e assista ao documentário "O Veneno Está na Mesa". É mais uma grande sacanagem, é...é sacacagem mesmo feita contra a população escravizada em todos os sentidos.
É a tal história Zé Mané "se correr o bicho pega, ficar o bicho come". Estamos fritos, meu cumpadre. Das duas uma: ou você só consome orgânicos ou vai morrer envenenado.
Você sabia que o brasileiro é o povo que mais ingere agrotóxicos e pesticidas em todo o mundo?
Isto equivale a mais de 5 quilos por cidadão por ano. Isto é o que revela o filme “O Veneno Está na Mesa“, produzido por Sílvio Tendler.
Realizado com o apoio da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio, da Fiocruz, o filme recupera as origens da revolução verde para apresentar a lógica insustentável do modelo agrícola que deu ao país esse título difícil de ostentar.
Aqui o destaque vai para grandes multinacionais da química, que viram na agricultura o mercado perfeito para substituir o uso bélico do agente laranja, napalm e outros.
A atualidade urgente do tema é retratada a partir de um recorte de reportagens exibidas recentemente em emissoras nacionais e regionais de TV e de rádio.
Do Rio Grande do Sul ao Ceará, passando pelo Mato Grosso e Espírito Santo, o que se vê é que o discurso das safras recordes ou da sustentação da balança comercial não mais dá conta de esconder seu lado nefasto.
Os principais especialistas em saúde ambiental e toxicologia trazem casos e dados dos prejuízos causados por um modelo de agricultura que não cresce sem agrotóxicos, e que hoje, em claros sinais de saturação, usa mais agrotóxicos do que cresce. Contudo, está no ar uma nova investida de marketing que diz que é esse “o Brasil que cresce forte e saudável”.
Mas a agricultura orgânica não daria conta de alimentar a população, dizem. Se a agricultura orgânica for entendida como aquela em que se tira a química e pronto, isto é fato, conforme resume Ana Maria Primavesi, referência mundial em manejo ecológico dos solos. Porém, se o solo for vivo e alimentado para sustentar grande diversidade de organismos, este produzirá plantas saudáveis, em quantidade, ao mesmo tempo que dispensará os agrotóxicos.
A conclusão de Primavesi, que também é produtora, é confirmada na prática pelo depoimento do agricultor do interior paulista que tira 15 toneladas de alimentos por ano de cada um dos 20 hectares que cultiva sem venenos e adubos químicos.
Do Rio Grande do Sul vem o exemplo do produtor familiar que recriou sua própria semente de milho crioulo após ter perdido as variedades tradicionais que cultivava, substituídas pelas híbridas.
Esse caminho cada vez mais confirma sua viabilidade. Faltam agora as políticas certas que farão crescer a agricultura que vai tirar o veneno da mesa.
Assista ao filme na íntegra abaixo:
Fonte:
REDESCOBRINDO RELIGIÕES, CIÊNCIAS E HISTÓRIA – TEORIAS DA CONSPIRAÇÃO E NOVA ORDEM MUNDIAL CAPITALISMO, CODEX ALIMENTARIUS E DEPOPULAÇÃO
Fatos como este só ocorrem num país que detém todos os recordes de coisas negativas como corrupção, índice de analfabetismo, renda per capita de país de quarto mundo, Índice de Desenvolvimento Humano incompatível para quem diz ostentar o título de sexta economia do mundo, etc. É tudo balela, é tudo filminho bonitinho exibido na TV sob encomenda para enganar você.
A minha recomendação é: continuem assim. Nada melhor do que um BBB com sexo embaixo de um cobertor, uma boa novelinha cuja trama é sempre a mesma, um programinha de auditório vendendo emoções baratas e músicas chulas para você consumir e um bom jogo de futebol. Se todos estão felizes com essa vidinha, mudar para quê, né?
Leia a historinha que segue e assista ao documentário "O Veneno Está na Mesa". É mais uma grande sacanagem, é...é sacacagem mesmo feita contra a população escravizada em todos os sentidos.
É a tal história Zé Mané "se correr o bicho pega, ficar o bicho come". Estamos fritos, meu cumpadre. Das duas uma: ou você só consome orgânicos ou vai morrer envenenado.
Você sabia que o brasileiro é o povo que mais ingere agrotóxicos e pesticidas em todo o mundo?
Isto equivale a mais de 5 quilos por cidadão por ano. Isto é o que revela o filme “O Veneno Está na Mesa“, produzido por Sílvio Tendler.
Realizado com o apoio da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio, da Fiocruz, o filme recupera as origens da revolução verde para apresentar a lógica insustentável do modelo agrícola que deu ao país esse título difícil de ostentar.
Aqui o destaque vai para grandes multinacionais da química, que viram na agricultura o mercado perfeito para substituir o uso bélico do agente laranja, napalm e outros.
A atualidade urgente do tema é retratada a partir de um recorte de reportagens exibidas recentemente em emissoras nacionais e regionais de TV e de rádio.
Do Rio Grande do Sul ao Ceará, passando pelo Mato Grosso e Espírito Santo, o que se vê é que o discurso das safras recordes ou da sustentação da balança comercial não mais dá conta de esconder seu lado nefasto.
Os principais especialistas em saúde ambiental e toxicologia trazem casos e dados dos prejuízos causados por um modelo de agricultura que não cresce sem agrotóxicos, e que hoje, em claros sinais de saturação, usa mais agrotóxicos do que cresce. Contudo, está no ar uma nova investida de marketing que diz que é esse “o Brasil que cresce forte e saudável”.
Mas a agricultura orgânica não daria conta de alimentar a população, dizem. Se a agricultura orgânica for entendida como aquela em que se tira a química e pronto, isto é fato, conforme resume Ana Maria Primavesi, referência mundial em manejo ecológico dos solos. Porém, se o solo for vivo e alimentado para sustentar grande diversidade de organismos, este produzirá plantas saudáveis, em quantidade, ao mesmo tempo que dispensará os agrotóxicos.
A conclusão de Primavesi, que também é produtora, é confirmada na prática pelo depoimento do agricultor do interior paulista que tira 15 toneladas de alimentos por ano de cada um dos 20 hectares que cultiva sem venenos e adubos químicos.
Do Rio Grande do Sul vem o exemplo do produtor familiar que recriou sua própria semente de milho crioulo após ter perdido as variedades tradicionais que cultivava, substituídas pelas híbridas.
Esse caminho cada vez mais confirma sua viabilidade. Faltam agora as políticas certas que farão crescer a agricultura que vai tirar o veneno da mesa.
Assista ao filme na íntegra abaixo:
Fonte:
REDESCOBRINDO RELIGIÕES, CIÊNCIAS E HISTÓRIA – TEORIAS DA CONSPIRAÇÃO E NOVA ORDEM MUNDIAL CAPITALISMO, CODEX ALIMENTARIUS E DEPOPULAÇÃO
BOLÍVIA E EUA ACERTAM RESTABELECER EMBAIXADORES
Uma comissão integrada por membros dos governos de Bolívia e dos Estados Unidos acertou nesta terça-feira, em La Paz, restabelecer seus respectivos embaixadores, após três anos de ausência.
"No reconhecimento a sua decisão de renovar e avançar nas relações bilaterais, Bolívia e Estados Unidos confirmaram sua intenção de restabelecer seus embaixadores, tanto em Washington como em La Paz", assinala a declaração conjunta.
28 de fevereiro de 2012
Pedro Bougleux
"No reconhecimento a sua decisão de renovar e avançar nas relações bilaterais, Bolívia e Estados Unidos confirmaram sua intenção de restabelecer seus embaixadores, tanto em Washington como em La Paz", assinala a declaração conjunta.
28 de fevereiro de 2012
Pedro Bougleux
SOBRE O "MANIFESTO" DOS CLUBES MILITARES, O PRONUNCIAMENTO DA ACADEMIA BRASILEIRA DE DEFESA
Liberdade discutível
Inicialmente cheguei a pensar se deveria ou não colocar isso aqui, por não estar autorizada a envolver nomes de outros. Mas não colocar seria uma forma de abaixar a cabeça e acatar a censura. Portanto, nenhum de nós deve calar a boca, pois estamos num país 'democrático'.
Que a censura vá se desnudando cada dia mais até ficar provado que vivemos numa ditadura disfarçada.
A seguir o "Manifesto dos Clubes Militares" - Apreciação da Academia Brasileira de Defesa assinada pelo Ten Brig do Ar Ivan Moacyr da Frota (Presidente da ABD).
ACADEMIA BRASILEIRA DE DEFESA
O “MANIFESTO” DOS CLUBES MILITARES
Temos todos que lamentar o triste espetáculo protagonizado pelos mais elevados escalões militares, ativos e inativos, do País no acontecimento do excelente e controvertido manifesto que “teria sido” elaborado e divulgado pelas, historicamente, dignas associações de oficiais das Forças Armadas, posteriormente alegado como apócrifo em inexplicável recuo dos seus atuais presidentes.
Vazado em sensata, oportuna e inquestionável argumentação, o referido documento expõe a respeitável figura da Presidente da República a uma delicada posição de inegável incoerência e de faltas à palavra empenhada, “vis-à-vis” às declarações feitas em época de campanha e no seu discurso de posse.
Consta pela imprensa, que a deplorável mudança de posição dos seus autores teria sido feita sob pressão, ante a ameaça de punição por transgres-sões regulamentares contra superiores hierárquicos.
Talvez não soubessem os envolvidos, Governo e Clubes, que a Lei nº 7.524 de 17/Jul/1986, de maneira cristalina, confere aos militares inativos (reserva ou reformado) o direito de externarem opiniões políticas individuais ou em grupos.Assim, as ameaças de sanções disciplinares (se as houve) foram abso-lutamente inócuas, ingênuas e, mesmo, ridículas, desprovidas de qualquer respaldo regulamentar, em face do diploma legal que confere aos autores do pronunciamento público, confortável garantia de legalidade.
De qualquer forma, as alegações constantes do documento não significam desrespeito à autoridade presidencial e, sim, implicam a constatação do desvio de conduta do Supremo Magistrado da Nação, o que compromete, inapelavelmente, os nomes do País e da própria sociedade nacional como sua garantidora.
Portanto, como Presidente da Academia Brasileira de Defesa, com respaldo em suas disposições estatutárias e, em seu nome, manifesto intenso pesar pelos prejuízos morais causados a todos os entes envolvidos em tais fatos.
Da Comandante-em-Chefe até a integridade da Instituição castrense, todos, foram envolvidos em tal pantomima, que acarretou enorme desrespeito ao Povo Brasileiro e um indesejável enfraquecimento estratégico do Brasil, ante os olhos atentos da comunidade internacional.
Ivan Frota - Rio de Janeiro, 27 de fevereiro de 2012.
Presidente da ABD
Inicialmente cheguei a pensar se deveria ou não colocar isso aqui, por não estar autorizada a envolver nomes de outros. Mas não colocar seria uma forma de abaixar a cabeça e acatar a censura. Portanto, nenhum de nós deve calar a boca, pois estamos num país 'democrático'.
Que a censura vá se desnudando cada dia mais até ficar provado que vivemos numa ditadura disfarçada.
A seguir o "Manifesto dos Clubes Militares" - Apreciação da Academia Brasileira de Defesa assinada pelo Ten Brig do Ar Ivan Moacyr da Frota (Presidente da ABD).
ACADEMIA BRASILEIRA DE DEFESA
O “MANIFESTO” DOS CLUBES MILITARES
Temos todos que lamentar o triste espetáculo protagonizado pelos mais elevados escalões militares, ativos e inativos, do País no acontecimento do excelente e controvertido manifesto que “teria sido” elaborado e divulgado pelas, historicamente, dignas associações de oficiais das Forças Armadas, posteriormente alegado como apócrifo em inexplicável recuo dos seus atuais presidentes.
Vazado em sensata, oportuna e inquestionável argumentação, o referido documento expõe a respeitável figura da Presidente da República a uma delicada posição de inegável incoerência e de faltas à palavra empenhada, “vis-à-vis” às declarações feitas em época de campanha e no seu discurso de posse.
Consta pela imprensa, que a deplorável mudança de posição dos seus autores teria sido feita sob pressão, ante a ameaça de punição por transgres-sões regulamentares contra superiores hierárquicos.
Talvez não soubessem os envolvidos, Governo e Clubes, que a Lei nº 7.524 de 17/Jul/1986, de maneira cristalina, confere aos militares inativos (reserva ou reformado) o direito de externarem opiniões políticas individuais ou em grupos.Assim, as ameaças de sanções disciplinares (se as houve) foram abso-lutamente inócuas, ingênuas e, mesmo, ridículas, desprovidas de qualquer respaldo regulamentar, em face do diploma legal que confere aos autores do pronunciamento público, confortável garantia de legalidade.
De qualquer forma, as alegações constantes do documento não significam desrespeito à autoridade presidencial e, sim, implicam a constatação do desvio de conduta do Supremo Magistrado da Nação, o que compromete, inapelavelmente, os nomes do País e da própria sociedade nacional como sua garantidora.
Portanto, como Presidente da Academia Brasileira de Defesa, com respaldo em suas disposições estatutárias e, em seu nome, manifesto intenso pesar pelos prejuízos morais causados a todos os entes envolvidos em tais fatos.
Da Comandante-em-Chefe até a integridade da Instituição castrense, todos, foram envolvidos em tal pantomima, que acarretou enorme desrespeito ao Povo Brasileiro e um indesejável enfraquecimento estratégico do Brasil, ante os olhos atentos da comunidade internacional.
Ivan Frota - Rio de Janeiro, 27 de fevereiro de 2012.
Presidente da ABD
CAI CONFIANÇA DOS BRASILEIROS EM RELAÇÃO À ECONOMIA DO PAÍS
Brasil recua do 1º para o 12º lugar em ranking com 25 nações
Folha de São Paulo
Os brasileiros estão mais céticos em relação à economia do país. É o que mostra um estudo global de confiança, com 25 países, feito pela agência de relações públicas Edelman, que vai ser divulgado no próximo dia 7.
O Brasil, que estava no topo do ranking no ano passado, como o país com maior índice de confiança, caiu para o 12º lugar em 2012, atrás de mercados como China-que assumiu a liderança-, Índia, México e Argentina.
"O resultado reflete um esfriamento do ânimo dos brasileiros depois da euforia de 2010 e 2011", disse Rodolfo Araújo, gerente de conhecimento da Edelman Significa.
Para chegar a esse resultado, o estudo fez 5.600 entrevistas no mundo com pessoas de 25 a 64 anos, formadas em curso superior e que acompanham o noticiário.
Esse mesmo público, identificado pela pesquisa como "informado", mostrou globalmente queda de confiança no governo, nas empresas e nas ONGs. Apenas em relação à mídia houve ligeiro aumento do percentual de confiantes: de 49% para 52%.
Considerando só os números referentes ao Brasil -500 entrevistados-, houve queda de confiança em todas as instituições de 2011 para 2012.
A redução mais expressiva foi em relação ao governo (32%, queda de 53 pontos percentuais). Em seguida, quanto à confiança nas ONGs (queda de 31 pontos, para 49%).
A menor queda foi a da confiança na mídia (12 pontos, para 61%). E as empresas privadas detêm a maior parcela de confiantes: 63%.
Em relação aos setores produtivos do Brasil, o de tecnologia lidera em termos de confiança dos entrevistados, com 86%, e também é o que teve menor redução dessa parcela entre 2011 e 2012: sete pontos percentuais.
A maior queda foi observada em telecomunicações -35 pontos, para 55%-, seguida pela redução do setor de energia (25 pontos, para 67%).
Folha de São Paulo
Os brasileiros estão mais céticos em relação à economia do país. É o que mostra um estudo global de confiança, com 25 países, feito pela agência de relações públicas Edelman, que vai ser divulgado no próximo dia 7.
O Brasil, que estava no topo do ranking no ano passado, como o país com maior índice de confiança, caiu para o 12º lugar em 2012, atrás de mercados como China-que assumiu a liderança-, Índia, México e Argentina.
"O resultado reflete um esfriamento do ânimo dos brasileiros depois da euforia de 2010 e 2011", disse Rodolfo Araújo, gerente de conhecimento da Edelman Significa.
Para chegar a esse resultado, o estudo fez 5.600 entrevistas no mundo com pessoas de 25 a 64 anos, formadas em curso superior e que acompanham o noticiário.
Esse mesmo público, identificado pela pesquisa como "informado", mostrou globalmente queda de confiança no governo, nas empresas e nas ONGs. Apenas em relação à mídia houve ligeiro aumento do percentual de confiantes: de 49% para 52%.
Considerando só os números referentes ao Brasil -500 entrevistados-, houve queda de confiança em todas as instituições de 2011 para 2012.
A redução mais expressiva foi em relação ao governo (32%, queda de 53 pontos percentuais). Em seguida, quanto à confiança nas ONGs (queda de 31 pontos, para 49%).
A menor queda foi a da confiança na mídia (12 pontos, para 61%). E as empresas privadas detêm a maior parcela de confiantes: 63%.
Em relação aos setores produtivos do Brasil, o de tecnologia lidera em termos de confiança dos entrevistados, com 86%, e também é o que teve menor redução dessa parcela entre 2011 e 2012: sete pontos percentuais.
A maior queda foi observada em telecomunicações -35 pontos, para 55%-, seguida pela redução do setor de energia (25 pontos, para 67%).
IRRITADIÇA
Questionada nesta terça-feira sobre os desdobramentos políticos da entrada do tucano José Serra na disputa pela Prefeitura de São Paulo, a presidente Dilma Rousseff procurou demonstrar que não se envolverá no tema.
"Essa questão deve ser tratada em nível municipal. Eu participo do governo federal. Sou presidente da República e não prefeita de São Paulo. Não tenho nenhum pronunciamento a fazer a esse respeito", resumiu a presidente. (Do Valor Econômico)
Pode baixo do pano, está devolvendo o Ministério dos Transportes para os corruptos... por uns segundos de TV a mais para o Haddad.
28 de fevereiro de 2012
coroneLeaks
"Essa questão deve ser tratada em nível municipal. Eu participo do governo federal. Sou presidente da República e não prefeita de São Paulo. Não tenho nenhum pronunciamento a fazer a esse respeito", resumiu a presidente. (Do Valor Econômico)
Pode baixo do pano, está devolvendo o Ministério dos Transportes para os corruptos... por uns segundos de TV a mais para o Haddad.
28 de fevereiro de 2012
coroneLeaks
LIBERDADE DE IMPRENSA DUPLAMENTE VIOLADA
É de ontem o conflito instaurado entre a chefe do governo argentino e a imprensa daquele país ou com a parte que se insurgiu contra a unanimidade jornalística, que se pretendeu impor em relação aos meios de comunicação.
A situação de bom convívio se manteve até o chamado “tarifaço agrário” decretado pelo governo de Cristina Kirchner; não há quem ignore a importância do segmento agrícola, abrangente do pecuário, naquele país e o relevo da questão criada; o complexo capitaneado pelo jornal Clarín, o mais importante da Argentina, tomou o partido do mundo rural e daí o seu afastamento do governo.
A partir desse momento, o Grupo Clarín passou a ser estigmatizado e, não tardou o dia, foi em fins de dezembro, que 200 fiscais fazendários, de inopino, invadiram a TV a cabo do grupo, levando consigo documentos da empresa.
Não durou muito, o Senado aprovou projeto declarando de “interesse público” a fabricação, comercialização e distribuição de papel-jornal. Ocorre que o papel-imprensa era fabricado por uma só empresa que abastece 75% dos consumidores, 172 jornais em todo o país.
Vale salientar que dessa empresa o Grupo Clarín possuía 49% das ações, o La Nación era titular de 22%, a República Argentina, 27,5%, e o restante 1,5%, pequenos acionistas.
Mas, com a iniciativa de batizar o papel-imprensa como de “interesse público”, proibiu que empresas jornalísticas possuíssem ações do Papel-Prensa. Ora, o mais acanhado observador não custaria a concluir que o Grupo Clarín ficava com seus dias contados e, faz dias, foi divulgada a notícia de que o maior jornal da nação suspendera dois suplementos em suas edições dominicais por falta de papel… O caso não é novo.
A própria Argentina já conheceu coisa parecida; quando o peronismo começava também sua guerra contra a imprensa e seus grandes jornais, La Nación e La Prensa figuravam entre os maiores e melhores do mundo; o resultado está à vista de qualquer do povo.
O que está acontecendo na Argentina, mutatis mutandis, aconteceu também no Equador; um no sul do continente, de costas para os Andes e voltado para o Atlântico, outro, voltado para o Pacífico, deixando os Andes para o lado, ou seja, um fenômeno no Sul, outro de igual natureza no Norte.
Ambos antológicos. No Equador, uma ou duas pessoas, referindo-se ao presidente Correa, disseram-no ditador. Certa ou equivocada, tratava-se de mera opinião, errônea ou luminosa.
Ora, entre milhares de pessoas, dificilmente não haveria algumas centenas a dizer o mesmo, com ou sem a intenção de ferir o bom nome do alvo, mas com o propósito de caracterizar a atuação de um governante, e com cujos atos não concordam. Procedimentos correntes em uma sociedade democrática. Pois bem, a pessoa ou pessoas que tenham assim se expressado foram condenadas a três anos de prisão e à condenação por danos morais da ordem de US$ 40 milhões!
Não conheço nação democrática que tenha legislação semelhante. Os presidentes Obama e Sarkozy são assim tratados uma vez por ano, senão mais, ou por mês, ou por semana, ou por dia, ou por hora, por motivos concludentes ou por meros preconceitos; quem não lembra de Churchill, até chegar a primeiro-ministro em 1940, era um dos homens mais malquistos da Inglaterra, e jamais se lembrou ele de ocupar-se dos que o desestimavam. E era Churchill.
Por falar em Churchill, não resisto em lembrar livro recente do professor Nigel Knight intitulado Churchill Desmascarado. Ao longo de 450 páginas, sustenta ele que nada fez de bom, de útil ou de belo. Tudo errado. As derradeiras palavras dizem tudo: “Foi Hitler que tornou Churchill uma figura histórica” da qual “nos lembramos de Churchill, acima de todo o resto, pela derrota de Hitler. Hitler, entretanto, é lembrado por si mesmo”!!!
Ora, a todas as luzes, o que está ocorrendo na Argentina e no Equador, pela desproporção das penas impostas, criminal e indenizatória, deixando de concluir que não são sanções dotadas de um mínimo de razoabilidade, e porejam sentimentos próprios de uma inimizade capital com a liberdade de imprensa. Os maus exemplos também se reproduzem e, quiçá, com abundância maior do que os bons. Este é o mal que, depois de tantos erros a propósito, começa a aparecer e deitar sementes, o que é perigoso para todos, e até de onde menos se espera. A liberdade de imprensa, escreveu Rui Barbosa, é a primeira das liberdades, só que há alguns que não a estimam.
28 de fevereiro de 2012
Paulo Brossard
Fonte: Zero Hora
A situação de bom convívio se manteve até o chamado “tarifaço agrário” decretado pelo governo de Cristina Kirchner; não há quem ignore a importância do segmento agrícola, abrangente do pecuário, naquele país e o relevo da questão criada; o complexo capitaneado pelo jornal Clarín, o mais importante da Argentina, tomou o partido do mundo rural e daí o seu afastamento do governo.
A partir desse momento, o Grupo Clarín passou a ser estigmatizado e, não tardou o dia, foi em fins de dezembro, que 200 fiscais fazendários, de inopino, invadiram a TV a cabo do grupo, levando consigo documentos da empresa.
Não durou muito, o Senado aprovou projeto declarando de “interesse público” a fabricação, comercialização e distribuição de papel-jornal. Ocorre que o papel-imprensa era fabricado por uma só empresa que abastece 75% dos consumidores, 172 jornais em todo o país.
Vale salientar que dessa empresa o Grupo Clarín possuía 49% das ações, o La Nación era titular de 22%, a República Argentina, 27,5%, e o restante 1,5%, pequenos acionistas.
Mas, com a iniciativa de batizar o papel-imprensa como de “interesse público”, proibiu que empresas jornalísticas possuíssem ações do Papel-Prensa. Ora, o mais acanhado observador não custaria a concluir que o Grupo Clarín ficava com seus dias contados e, faz dias, foi divulgada a notícia de que o maior jornal da nação suspendera dois suplementos em suas edições dominicais por falta de papel… O caso não é novo.
A própria Argentina já conheceu coisa parecida; quando o peronismo começava também sua guerra contra a imprensa e seus grandes jornais, La Nación e La Prensa figuravam entre os maiores e melhores do mundo; o resultado está à vista de qualquer do povo.
O que está acontecendo na Argentina, mutatis mutandis, aconteceu também no Equador; um no sul do continente, de costas para os Andes e voltado para o Atlântico, outro, voltado para o Pacífico, deixando os Andes para o lado, ou seja, um fenômeno no Sul, outro de igual natureza no Norte.
Ambos antológicos. No Equador, uma ou duas pessoas, referindo-se ao presidente Correa, disseram-no ditador. Certa ou equivocada, tratava-se de mera opinião, errônea ou luminosa.
Ora, entre milhares de pessoas, dificilmente não haveria algumas centenas a dizer o mesmo, com ou sem a intenção de ferir o bom nome do alvo, mas com o propósito de caracterizar a atuação de um governante, e com cujos atos não concordam. Procedimentos correntes em uma sociedade democrática. Pois bem, a pessoa ou pessoas que tenham assim se expressado foram condenadas a três anos de prisão e à condenação por danos morais da ordem de US$ 40 milhões!
Não conheço nação democrática que tenha legislação semelhante. Os presidentes Obama e Sarkozy são assim tratados uma vez por ano, senão mais, ou por mês, ou por semana, ou por dia, ou por hora, por motivos concludentes ou por meros preconceitos; quem não lembra de Churchill, até chegar a primeiro-ministro em 1940, era um dos homens mais malquistos da Inglaterra, e jamais se lembrou ele de ocupar-se dos que o desestimavam. E era Churchill.
Por falar em Churchill, não resisto em lembrar livro recente do professor Nigel Knight intitulado Churchill Desmascarado. Ao longo de 450 páginas, sustenta ele que nada fez de bom, de útil ou de belo. Tudo errado. As derradeiras palavras dizem tudo: “Foi Hitler que tornou Churchill uma figura histórica” da qual “nos lembramos de Churchill, acima de todo o resto, pela derrota de Hitler. Hitler, entretanto, é lembrado por si mesmo”!!!
Ora, a todas as luzes, o que está ocorrendo na Argentina e no Equador, pela desproporção das penas impostas, criminal e indenizatória, deixando de concluir que não são sanções dotadas de um mínimo de razoabilidade, e porejam sentimentos próprios de uma inimizade capital com a liberdade de imprensa. Os maus exemplos também se reproduzem e, quiçá, com abundância maior do que os bons. Este é o mal que, depois de tantos erros a propósito, começa a aparecer e deitar sementes, o que é perigoso para todos, e até de onde menos se espera. A liberdade de imprensa, escreveu Rui Barbosa, é a primeira das liberdades, só que há alguns que não a estimam.
28 de fevereiro de 2012
Paulo Brossard
Fonte: Zero Hora
A HORA DA VERDADE
Indicadores econômicos favoráveis no Brasil, EUA, China e até Europa alimentam expectativas de que a crise europeia e seus impactos globais ficaram para trás. Bolsas e matérias primas em alta e dólar em queda mostram que a esperança dominou o medo.
Podemos relaxar e gozar as alegrias da recuperação? Inegavelmente, duas medidas importantes foram tomadas para postergar o pior na Europa. O Banco Central Europeu ofereceu €450 bilhões em empréstimos de 3 anos ao custo de 1% ao ano aos bancos da região. Com este dinheiro, e recebendo taxas de cerca de 7%, eles voltaram a comprar títulos da Espanha e Itália, que antes não conseguiam se financiar. O BCE imprimiu ainda €200 bilhões, que injetados no FMI, financiaram parte dos pacotes de resgate à Grécia, Portugal e Irlanda.
Em resumo, a Europa adotou o caminho brasileiro da década de 80. Para evitar um calote, optou por rodar a máquina de imprimir dinheiro. As consequências inflacionárias e cambiais a médio e longo prazo nós brasileiros conhecemos bem, mas a curto prazo a Europa ganhou fôlego. Uma recessão branda na região é quase uma certeza em 2012, mas se ela não vier acompanhada de uma nova crise financeira global causada por calotes, a recuperação econômica nos EUA e China pode sustentar a economia global.
No entanto, os riscos ainda são muitos:
1. Eventual calote grego que atinja o FMI e o BCE limitará a capacidade de ambos de conseguir novos recursos para pacotes para Espanha, Itália e bancos europeus.
2. Tal calote grego criaria precedentes que podem levar Portugal também ao calote, gerando preocupações se Espanha e Itália seguiriam o mesmo caminho.
3. Possível saída da Grécia e, eventualmente, de outros países europeus da Zona do Euro, pode gerar crise financeira, jurídica e de confiança significativa.
4. A recuperação nos países ricos continua totalmente dependente do estímulo monetário de seus respectivos bancos centrais. Com o balanço do FED e do BCE atingindo 30% do PIB, preocupações com inflação e exaustão dos estímulos monetários são inevitáveis.
5. A fragmentação política europeia e situações econômicas díspares continuam gerando dificuldades de coordenação política e aprovação de medidas corretivas na União Europeia; eleições e polarização política nos EUA, idem.
6. Se a recuperação econômica na Europa e EUA não acontecer logo, o risco de revoltas sociais violentas crescerá bastante.
7. Idem no Oriente Médio, onde já começou a frustração com a democratização pós Primavera Árabe. Uma eventual quebra no fornecimento e alta significativa do preço do petróleo abortaria recuperações ainda incipientes nos EUA, Europa e Japão, grandes importadores de combustível.
8. Um eventual ataque militar ao Irã teria um impacto brutal sobre os preços do petróleo, gerando uma recessão global.
9. A atividade e os preços imobiliários estão em queda na China. Muitos acreditam que haja uma bolha imobiliária prestes a estourar.
Conclusão, é possível que forte crescimento do consumo nos países emergentes, inovações tecnológicas nos EUA e integração política e fiscal na Europa se materializem e garantam um crescimento global robusto em 2012. No entanto, como palmeirense, aprendi que quando tudo tem que dar certo para algo acontecer, é bom botar as barbas de molho.
28 de fevereiro de 2012
Ricardo Amorim
Fonte: revista “Istoé”
Podemos relaxar e gozar as alegrias da recuperação? Inegavelmente, duas medidas importantes foram tomadas para postergar o pior na Europa. O Banco Central Europeu ofereceu €450 bilhões em empréstimos de 3 anos ao custo de 1% ao ano aos bancos da região. Com este dinheiro, e recebendo taxas de cerca de 7%, eles voltaram a comprar títulos da Espanha e Itália, que antes não conseguiam se financiar. O BCE imprimiu ainda €200 bilhões, que injetados no FMI, financiaram parte dos pacotes de resgate à Grécia, Portugal e Irlanda.
Em resumo, a Europa adotou o caminho brasileiro da década de 80. Para evitar um calote, optou por rodar a máquina de imprimir dinheiro. As consequências inflacionárias e cambiais a médio e longo prazo nós brasileiros conhecemos bem, mas a curto prazo a Europa ganhou fôlego. Uma recessão branda na região é quase uma certeza em 2012, mas se ela não vier acompanhada de uma nova crise financeira global causada por calotes, a recuperação econômica nos EUA e China pode sustentar a economia global.
No entanto, os riscos ainda são muitos:
1. Eventual calote grego que atinja o FMI e o BCE limitará a capacidade de ambos de conseguir novos recursos para pacotes para Espanha, Itália e bancos europeus.
2. Tal calote grego criaria precedentes que podem levar Portugal também ao calote, gerando preocupações se Espanha e Itália seguiriam o mesmo caminho.
3. Possível saída da Grécia e, eventualmente, de outros países europeus da Zona do Euro, pode gerar crise financeira, jurídica e de confiança significativa.
4. A recuperação nos países ricos continua totalmente dependente do estímulo monetário de seus respectivos bancos centrais. Com o balanço do FED e do BCE atingindo 30% do PIB, preocupações com inflação e exaustão dos estímulos monetários são inevitáveis.
5. A fragmentação política europeia e situações econômicas díspares continuam gerando dificuldades de coordenação política e aprovação de medidas corretivas na União Europeia; eleições e polarização política nos EUA, idem.
6. Se a recuperação econômica na Europa e EUA não acontecer logo, o risco de revoltas sociais violentas crescerá bastante.
7. Idem no Oriente Médio, onde já começou a frustração com a democratização pós Primavera Árabe. Uma eventual quebra no fornecimento e alta significativa do preço do petróleo abortaria recuperações ainda incipientes nos EUA, Europa e Japão, grandes importadores de combustível.
8. Um eventual ataque militar ao Irã teria um impacto brutal sobre os preços do petróleo, gerando uma recessão global.
9. A atividade e os preços imobiliários estão em queda na China. Muitos acreditam que haja uma bolha imobiliária prestes a estourar.
Conclusão, é possível que forte crescimento do consumo nos países emergentes, inovações tecnológicas nos EUA e integração política e fiscal na Europa se materializem e garantam um crescimento global robusto em 2012. No entanto, como palmeirense, aprendi que quando tudo tem que dar certo para algo acontecer, é bom botar as barbas de molho.
28 de fevereiro de 2012
Ricardo Amorim
Fonte: revista “Istoé”
QUE DECEPÇÃO,,,
Resolvi escrever esse pequeno texto devido ao e-mail abaixo que recebi. Fica a critério de quem assistiu o programa Roda Viva de ontem, pensar, questionar, duvidar do comportamento do apresentador e jornalista Mario Sergio Conti.
Não é esse tipo de jornalismo que o Brasil precisa. É um assunto bastante denso que rouba a energia da gente, porém, estamos ajudando a limpar nosso Brasil, nem que seja um metro quadro de lucidez e justiça.
Ontem, anunciamos a entrevista do Bruno Daniel no Roda Viva, e imaginei que o irmão de Celso Daniel, ex-prefeito de Santo André, assassinado em 2002, teria liberdade de expressar tudo que sabe e muito mais.
No decorrer da entrevista ficou visível que o apresentador do programa e jornalista Mario Sergio Conti, praticou o abominável modelo ideológico de comandar a entrevista, deixando claro os modos defeituosos de procurar desqualificar todas as evidências a que Bruno Daniel se referia.
O jornalista e apresentador do Roda Viva, mostrava-se intolerante com as respostas e as afirmações que Bruno levava ao telespectador, tentando mostrar a trama formada diante de um crime que tudo leva a crer que foi um crime político.
Pois bem, em certo momento pensei que o tal apresentador estava fazendo papel de juiz inquisidor. Os demais jornalistas buscaram perguntas que talvez desse a chance ao irmão de Celso Daniel de lançar um elo entre o crime e a companheirada que arrecadava dinheiro para a campanha do PT. Enfim, todas as testemunhas morreram, mas o juiz inquisidor desqualificava todo o embate.
Nunca mais quero assistir esse programa de entrevistas. Achei um jornalismo vendido, aquele que nada esclarece e que busca constranger o entrevistado em nome da " ideologia" , sei lá de quem!!
Amigos, recebi nesta manhã de terça-feira, e-mail de um visitante do nosso BLOG, que diz o seguinte:
Escrevo aos senhores para dizer que compreendi perfeitamente, ao assistir o programa Roda Viva na noite de ontem, porque o entrevistador foi muito
anti-ético com o entrevistado, Bruno Daniel.
Almocei no mesmo restaurante onde estavam conversando animadamente Mario Sérgio Conti e o advogado do PT, aquele que força a barra para que
o assassinato do prefeito seja um crime comum, Luiz Eduardo Greenhalgh.
Será que é costume deste entrevistador, almoçar com inimigo de seu futuro entrevistado ?
Que tipo de atitude é essa?
Não assistirei mais este programa, pelo menos enquanto este Mario Sérgio Conti for o entrevistador. Ideologia pura, protegendo bandidos petistas.
Por razões óbvias, não me identificarei. Sou um industrial e não estou a fim de sofrer perseguição.
Saudações
WIKILEAKS PUBLICA MILHÕES DE E-MAILS DA STRATFOR
Empresa de inteligência e análise estratégica condena vazamento de dados
Fundador do WikiLeaks, Julian Assange, fala a jornalistas sobre vazamento (Finbarr O'Reilly / Reuters)
A rede WikiLeaks, que abalou a diplomacia mundial em 2010, anunciou nesta segunda-feira que começou a publicar mais de cinco milhões de emails confidenciais da Stratfor, empresa americana privada de inteligência e análise estratégica. As mensagens eletrônicas, datadas entre julho de 2004 e dezembro de 2011, revelaram o uso de "redes de informantes, estruturas de suborno, técnicas de lavagem de dinheiro e o emprego de métodos de cunho psicológico", afirma um comunicado do WikiLeaks.
"Os documentos mostram como trabalha uma empresa privada de informação e como bloqueia os indivíduos para seus clientes privados e governamentais", acrescenta o comunicado. O WikiLeaks afirma ter provas da existência de vínculos confidenciais entre a Stratfor e firmas como a Indienne Bhopal's Dow Chemical Co. e a Lockheed Martin, assim como organizações governamentais, entre elas o Departamento de Estado, o de Segurança Interior (Homeland Security), o Corpo de Fuzileiros Navais e o órgão de informação para Defesa.
O WikiLeaks, em seu comunicado, promete também que essa nova publicação vai provar a intenção da Stratfor de "subverter" a web e vai mostrar como os americanos tentaram "atacar" Julian Assange, fundador do site. A Stratfor, fundada em 1996 por George Friedman, define-se como "provedora de um serviço de análise geopolítica por assinatura".
Segundo a página da companhia texana, "ao contrário dos canais tradicionais de notícia, a Stratfor utiliza os serviços de inteligência para coletar informações graças a um rigoroso software de escutas e uma rede global de fontes humanas". A empresa privada promete a seus assinantes "conhecimento profundo dos assuntos internacionais, que abrange o que acontece, por que acontece e o que ainda vai acontecer".
De acordo com o WikiLeaks, a dimensão dessas mensagens só será entendida em algumas semanas, quando os meios de comunicação associados e o público examinarem as mensagens. Entre esses associados estão a revista Rolling Stone, o italiano La Repubblica e o site francês owni.fr.
Acusações - O WikiLeaks também afirma ter a prova de que a Stratfor deu assinatura ao general paquistanês Hamid Gul, ex-chefe dos serviços secretos do país, que segundo documentos diplomáticos dos Estados Unidos, preparava um ataque com uma bomba artesanal contra membros das forças internacionais no Afeganistão em 2006.
O grupo WikiLeaks diz ainda que tem evidências de que a Stratfor escutou a movimentação online de ativistas que buscavam reparações para a catástrofe de Bhopal (Índia). Esse acidente, o pior da história da indústria mundial, deixou milhares de mortos depois de uma nuvem de gás tóxico escapar da fábrica de pesticidas do grupo Dow Chemical/Union Carbide.
Manning - O jovem soldado americano Bradley Manning, suspeito de ser a "toupeira" do portal, foi acusado formalmente na sexta-feira por um tribunal por "conspiração com o inimigo". Bradley Manning é acusado de ter vazado para o WikiLeaks, entre novembro de 2009 e maio de 2010, documentos militares dos Estados Unidos sobre as guerras no Iraque e no Afeganistão, assim como 260 mil comunicados diplomáticos do Departamento de Estado, desencadeando uma tempestade nas chancelarias de todo o mundo.
Em comunicado, a Stratfor condenou o que chamou de "deplorável, lamentável e ilegal violação de privacidade". A companhia ainda lembra um ataque hacker que sofreu em dezembro e assegurou que não se trata de um mesmo incidente e que os dados de seus assinantes permanecem seguros.
Assange - O fundador do WikiLeaks, Julian Assange, atualmente está na Grã-Bretanha e tenta evitar uma extradição para a Suécia, país que quer interrogá-lo por quatro supostos crimes sexuais, incluindo um estupro. O WikiLeaks teme que, caso Assange seja extraditado para a Suécia, Estocolmo o envie aos Estados Unidos. Washington espera impacientemente pela oportunidade de por as mãos em cima do fundador da ciberempresa, que difundiu centenas de milhares de documentos diplomáticos americanos.
28 de fevereiro de 2012
(Com agência France-Presse)
Fundador do WikiLeaks, Julian Assange, fala a jornalistas sobre vazamento (Finbarr O'Reilly / Reuters)
A rede WikiLeaks, que abalou a diplomacia mundial em 2010, anunciou nesta segunda-feira que começou a publicar mais de cinco milhões de emails confidenciais da Stratfor, empresa americana privada de inteligência e análise estratégica. As mensagens eletrônicas, datadas entre julho de 2004 e dezembro de 2011, revelaram o uso de "redes de informantes, estruturas de suborno, técnicas de lavagem de dinheiro e o emprego de métodos de cunho psicológico", afirma um comunicado do WikiLeaks.
"Os documentos mostram como trabalha uma empresa privada de informação e como bloqueia os indivíduos para seus clientes privados e governamentais", acrescenta o comunicado. O WikiLeaks afirma ter provas da existência de vínculos confidenciais entre a Stratfor e firmas como a Indienne Bhopal's Dow Chemical Co. e a Lockheed Martin, assim como organizações governamentais, entre elas o Departamento de Estado, o de Segurança Interior (Homeland Security), o Corpo de Fuzileiros Navais e o órgão de informação para Defesa.
O WikiLeaks, em seu comunicado, promete também que essa nova publicação vai provar a intenção da Stratfor de "subverter" a web e vai mostrar como os americanos tentaram "atacar" Julian Assange, fundador do site. A Stratfor, fundada em 1996 por George Friedman, define-se como "provedora de um serviço de análise geopolítica por assinatura".
Segundo a página da companhia texana, "ao contrário dos canais tradicionais de notícia, a Stratfor utiliza os serviços de inteligência para coletar informações graças a um rigoroso software de escutas e uma rede global de fontes humanas". A empresa privada promete a seus assinantes "conhecimento profundo dos assuntos internacionais, que abrange o que acontece, por que acontece e o que ainda vai acontecer".
De acordo com o WikiLeaks, a dimensão dessas mensagens só será entendida em algumas semanas, quando os meios de comunicação associados e o público examinarem as mensagens. Entre esses associados estão a revista Rolling Stone, o italiano La Repubblica e o site francês owni.fr.
Acusações - O WikiLeaks também afirma ter a prova de que a Stratfor deu assinatura ao general paquistanês Hamid Gul, ex-chefe dos serviços secretos do país, que segundo documentos diplomáticos dos Estados Unidos, preparava um ataque com uma bomba artesanal contra membros das forças internacionais no Afeganistão em 2006.
O grupo WikiLeaks diz ainda que tem evidências de que a Stratfor escutou a movimentação online de ativistas que buscavam reparações para a catástrofe de Bhopal (Índia). Esse acidente, o pior da história da indústria mundial, deixou milhares de mortos depois de uma nuvem de gás tóxico escapar da fábrica de pesticidas do grupo Dow Chemical/Union Carbide.
Manning - O jovem soldado americano Bradley Manning, suspeito de ser a "toupeira" do portal, foi acusado formalmente na sexta-feira por um tribunal por "conspiração com o inimigo". Bradley Manning é acusado de ter vazado para o WikiLeaks, entre novembro de 2009 e maio de 2010, documentos militares dos Estados Unidos sobre as guerras no Iraque e no Afeganistão, assim como 260 mil comunicados diplomáticos do Departamento de Estado, desencadeando uma tempestade nas chancelarias de todo o mundo.
Em comunicado, a Stratfor condenou o que chamou de "deplorável, lamentável e ilegal violação de privacidade". A companhia ainda lembra um ataque hacker que sofreu em dezembro e assegurou que não se trata de um mesmo incidente e que os dados de seus assinantes permanecem seguros.
Assange - O fundador do WikiLeaks, Julian Assange, atualmente está na Grã-Bretanha e tenta evitar uma extradição para a Suécia, país que quer interrogá-lo por quatro supostos crimes sexuais, incluindo um estupro. O WikiLeaks teme que, caso Assange seja extraditado para a Suécia, Estocolmo o envie aos Estados Unidos. Washington espera impacientemente pela oportunidade de por as mãos em cima do fundador da ciberempresa, que difundiu centenas de milhares de documentos diplomáticos americanos.
28 de fevereiro de 2012
(Com agência France-Presse)
ESTÃO DERRUBANDO O ESTADO DE DIREITO
Internacional - América Latina
Todas as facções de esquerda do país sofreram as pressões, ameaças e violências das FARC e do PCC, para que caminhem a seu lado e executem as tarefas que estas lhes ditam. Essas facções, ao não ser autônomas nem independentes, não podem ser catalogadas como “esquerda democrática”.
A sentença do Tribunal Superior de Bogotá (TSB) que condena o Coronel Plazas em segunda instância, desatou uma grande onda de comentários e protestos na imprensa e de críticas até em altos centros de poder. Essa decisão não recebeu uma só defesa propriamente dita, enquanto a diatribe e a cólera alcançam numerosos periódicos e páginas web do país.
A sentença iníqua do TSB, rechaçada até pelo chefe de Estado colombiano, Juan Manuel Santos, marca uma época. É como se estivéssemos no começo de uma importante ruptura: saindo de um período de descontentamento marcado da sociedade ante a atuação do poder judicial, e entrando em uma fase de forte radicalização contra as manifestações mais desafiantes dessa justiça que vai de escândalo em escândalo e que agora, em 2012, já não trata sequer de esconder o caráter ultra arbitrário de certas sentenças e que debocha cinicamente da Constituição e das leis colombianas.
Por outro lado, a opinião pública rechaça cada vez com mais força o insuportável triunfalismo e a soberba de alguns dirigentes do M-19, organização que assaltou e destruiu o Palácio da Justiça em 1985, que se felicitam ao ver no cárcere os militares que defenderam o Palácio da Justiça e o Estado de Direito. Essa inversão e perversão total da justiça é inaceitável. O clamor dos cidadãos aumenta para ver se esses ex-terroristas serão finalmente julgados.
Os excessos da justiça politizada estão levando o poder judiciário a um fase de perigoso isolamento. Os que acreditam que a ditadura judicial colombiana é invulnerável, podem estar cometendo um grande erro.
A sentença que desatou a nova onda de protestos revela uma intenção ilegal de seus autores: condenar um inocente (o Coronel Alfonso Plazas) sem provas, sancionar um ex-presidente da República que não figurava nesse processo (Belisario Betancur), e humilhar uma instituição que tampouco era parte no processo do Coronel Plazas: o Estado e as Forças Militares da Colômbia. Dias depois da proclamação dessa sentença, apareceram novos elementos de juízo sobre as motivações e conseqüências da mesma.
Enumeremos alguns:
1. Alberto Poveda Perdomo e Fernando Pareja, os operadores judiciais que assinaram a sentença de 608 páginas contra o Coronel Plazas, estão no TSB para realizar umas tarefas políticas precisas e não para distribuir justiça. Teria que se revisar as atuações anteriores no TSB dessa pessoas.
2. Esses dois operadores judiciais são, como alguns meios de comunicação revelaram em fevereiro de 2012, sem ser desmentidos, militantes disciplinados de um partido extremista, o Pólo Democrático. Não se pode descartar que essa condição fosse conhecida pelos que atuaram para cooptá-los ao TSB. Poveda Perdomo foi candidato à Câmara de Representantes em 2002, por uma coalizão de extrema esquerda. A chegada desse tipo de funcionários ao TSB é o resultado de uma atitude de descontrole e frouxidão no sistema de cooptação dos magistrados da Colômbia.
3. Ao redigir essa sentença, para a qual tiveram que passar por cima da realidade do processo, eles cometeram vários delitos, entre eles o de prevaricação, pelo qual serão investigados algum dia.
4. Para aceitar cometer essa infâmia eles tiveram que ter recebido garantias no mais alto nível, pois sabiam que tal atuação é passível de sanções administrativas e penais. Entretanto, nos próximos meses terão que se descobrir seus padrinhos, quando as demandas chegarem e estes tenham que sair da sombra para frear as ações. A imprensa deverá estar muito atenta aos detalhes de tal evolução.
5. No dia em que El Tiempo publicou a notícia de que o TSB confirmaria a condenação, os operadores deram a entender que, com efeito, estavam exigindo “garantias”. Que tipo de garantias? Quem as outorgaria? Em troca de quê?
6. O Pólo Democrático é uma organização particular. Ele não encarna a esquerda democrática na Colômbia. Essa formação está dominada por chefes de duas organizações que dispuseram de aparatos armados: o M-19 e o Partido Comunista. Nenhuma desta duas formações rompeu politicamente com esse passado criminoso. Historicamente, todas as facções de esquerda do país sofreram as pressões, ameaças e violências das FARC e do PCC, para que caminhem a seu lado e executem as tarefas que estas lhes ditam. Essas facções devem servir, em última instância, aos planos das FARC e do PCC. Essas facções, ao não ser autônomas nem independentes, não podem ser catalogadas como “esquerda democrática”.
7. Nessas condições é perfeitamente lógico que os citados operadores judiciais tenham ratificado a condenação do Coronel Plazas Vega, um inocente, e tenham tratado de golpear a honra de um ex-presidente, do Exército e do Estado colombiano.
8. O país não pode esperar que membros, ativistas e chefes do Pólo Democrático distribuam justiça. Se são militantes, como a imprensa denunciou, eles estão na impossibilidade moral e intelectual de sentenciar em Direito. Para um militante marxista a prioridade é levar adiante suas tarefas políticas. O Direito e a lei são postos a serviço destas e não o contrário. Para eles é impossível operar de outra maneira.
9. A conseqüência objetiva da atuação desses operadores no TSB foi minar ainda mais a moral do Exército e impedir que se faça justiça ao Coronel Alfonso Plazas Vega, pois sua inocência foi demonstrada várias vezes: pelo mesmo magistrado expositor, Herminsul Lara, do TSB, assim como pelo Ministério Público, pelos advogados da defesa e pelo jornalismo independente.
10. Poveda e Pareja impuseram seu ponto de vista na sentença sem penetrar racionalmente no processo, sem apreciar a sentença de primeira instância, e sem valorizar a exposição de segunda instância do magistrado Herminsul Lara. Como demonstrou Jaime Granados, advogado do Coronel Plazas, a prova de tais abusos é que esses dois operadores pretendem dar o caráter de provas válidas aos falsos testemunhos invalidados por dois juízes (Jara e Trejos), nas sentenças de junho de 2010 e de dezembro de 2011, e pelo magistrado expositor Herminsul Lara.
11. Poveda e Pareja assinaram esse texto para realizar outra tarefa não menos chocante: levantar uma muralha de desconfiança entre a justiça civil e as Forças Militares.
12. As Forças Armadas colombianas são o único recurso de que dispõem o Estado e o povo colombiano em sua luta contra seu inimigo depredador histórico, as FARC, e contra o narcoterrorismo e contra os desígnios imperialistas do Estado venezuelano-chavista no continente.
13. Com sua sentença, Poveda e Pareja tratam de excluir toda possibilidade de julgamento aos dirigentes sobreviventes do M-19 que, como Gustavo Petro e Antonio Navarro, nada fizeram em 1985 dentro do M-19 contra a ordem de receber dinheiro de Pablo Escobar para derrubar o governo de Belisario Betancur, massacrar as Cortes, seus magistrados e empregados, para destruir seus arquivos e assassinar a quem fosse necessário para cumprir esses abjetos desígnios.
14. Poveda e Pareja trataram de criar um precedente que abriria a via a sucessivos atos ilegais de humilhação das Forças Militares e do Estado colombiano, apesar de que o ordenamento jurídico colombiano exclui esse tipo de sanção.
15. Os dois operadores trataram de legitimar o uso de provas falsas e dos mais extravagantes truques ilegais para desviar a instrução do processo do Coronel Plazas Vega, para que esse processo sirva de modelo a seguir nos outros processos penais aonde estão envolvidos altos militares, policiais e personalidades políticas e membros da sociedade que lutam contra as ameaças subversivas que ameaçam a democracia colombiana.
16. Como o M-19 e Pablo Escobar não puderam derrocar Belisario Betancur, a sentença dos operadores quer que essa obra de destruição física, política e moral seja executada, 26 anos depois, pela Corte Penal Internacional (CPI), ignorando que esse tribunal não tem competência para julgar este assunto nem os eventos ocorridos antes de sua criação, e prescindindo do fato de que a CPI não foi criada para servir de instrumento vingativo dos narcoterroristas.
17. A sentença dos senhores Poveda e Pareja põe a Colômbia ante um dilema. Se o feito por esses dois operadores não for repudiado, e se a justiça não recuperar a confiança que perdeu no coração dos colombianos mediante uma sábia decisão da próxima sala de cassação, o devido processo e, mais precisamente, o Estado de Direito colombiano terá deixado de existir. Deixar em pé a sentença de Poveda e Pareja equivaleria a dizer que os inimigos do Direito lhe abriram uma caçapa e que os colombianos poderão ser julgados mediante os métodos mais baixos, ilegais e fraudulentos. Já ninguém poderá aspirar a ser tratado com eqüidade e honradez nos tribunais colombianos. É o que constata o Procurador Geral, Alejandro Ordoñez, quando diz: “Não há General, não há oficial que vá sair ileso desta guerra jurídica e política. [...] Não haverá ex-presidente que consiga ficar fora dessa tese jurídica que faz parte de uma guerra jurídica contra o Estado. [...] O Presidente Santos também está correndo os riscos de que se lhe aplique essa tese jurídica. É uma guerra jurídica dentro de uma guerra política contra o Estado colombiano”.
18. Na Colômbia não haverá esquerda democrática leal à Constituição até que o PCC e as FARC não sejam excluídas da vida política. Essas duas organizações exerceram um severo controle sobre os agrupamentos que se dizem de esquerda, mediante a propaganda mas também mediante a chantagem e a violência. O PCC e seu braço armado desmantelaram o PSR de María Cano em 1929 e, desde então, infiltraram com êxito díspar todas as formações políticas, de direita e de esquerda, para se servir delas.
Escrito por Eduardo Mackenzie
28 Fevereiro 2012
Tradução: Graça Salgueiro
Todas as facções de esquerda do país sofreram as pressões, ameaças e violências das FARC e do PCC, para que caminhem a seu lado e executem as tarefas que estas lhes ditam. Essas facções, ao não ser autônomas nem independentes, não podem ser catalogadas como “esquerda democrática”.
A sentença do Tribunal Superior de Bogotá (TSB) que condena o Coronel Plazas em segunda instância, desatou uma grande onda de comentários e protestos na imprensa e de críticas até em altos centros de poder. Essa decisão não recebeu uma só defesa propriamente dita, enquanto a diatribe e a cólera alcançam numerosos periódicos e páginas web do país.
A sentença iníqua do TSB, rechaçada até pelo chefe de Estado colombiano, Juan Manuel Santos, marca uma época. É como se estivéssemos no começo de uma importante ruptura: saindo de um período de descontentamento marcado da sociedade ante a atuação do poder judicial, e entrando em uma fase de forte radicalização contra as manifestações mais desafiantes dessa justiça que vai de escândalo em escândalo e que agora, em 2012, já não trata sequer de esconder o caráter ultra arbitrário de certas sentenças e que debocha cinicamente da Constituição e das leis colombianas.
Por outro lado, a opinião pública rechaça cada vez com mais força o insuportável triunfalismo e a soberba de alguns dirigentes do M-19, organização que assaltou e destruiu o Palácio da Justiça em 1985, que se felicitam ao ver no cárcere os militares que defenderam o Palácio da Justiça e o Estado de Direito. Essa inversão e perversão total da justiça é inaceitável. O clamor dos cidadãos aumenta para ver se esses ex-terroristas serão finalmente julgados.
Os excessos da justiça politizada estão levando o poder judiciário a um fase de perigoso isolamento. Os que acreditam que a ditadura judicial colombiana é invulnerável, podem estar cometendo um grande erro.
A sentença que desatou a nova onda de protestos revela uma intenção ilegal de seus autores: condenar um inocente (o Coronel Alfonso Plazas) sem provas, sancionar um ex-presidente da República que não figurava nesse processo (Belisario Betancur), e humilhar uma instituição que tampouco era parte no processo do Coronel Plazas: o Estado e as Forças Militares da Colômbia. Dias depois da proclamação dessa sentença, apareceram novos elementos de juízo sobre as motivações e conseqüências da mesma.
Enumeremos alguns:
1. Alberto Poveda Perdomo e Fernando Pareja, os operadores judiciais que assinaram a sentença de 608 páginas contra o Coronel Plazas, estão no TSB para realizar umas tarefas políticas precisas e não para distribuir justiça. Teria que se revisar as atuações anteriores no TSB dessa pessoas.
2. Esses dois operadores judiciais são, como alguns meios de comunicação revelaram em fevereiro de 2012, sem ser desmentidos, militantes disciplinados de um partido extremista, o Pólo Democrático. Não se pode descartar que essa condição fosse conhecida pelos que atuaram para cooptá-los ao TSB. Poveda Perdomo foi candidato à Câmara de Representantes em 2002, por uma coalizão de extrema esquerda. A chegada desse tipo de funcionários ao TSB é o resultado de uma atitude de descontrole e frouxidão no sistema de cooptação dos magistrados da Colômbia.
3. Ao redigir essa sentença, para a qual tiveram que passar por cima da realidade do processo, eles cometeram vários delitos, entre eles o de prevaricação, pelo qual serão investigados algum dia.
4. Para aceitar cometer essa infâmia eles tiveram que ter recebido garantias no mais alto nível, pois sabiam que tal atuação é passível de sanções administrativas e penais. Entretanto, nos próximos meses terão que se descobrir seus padrinhos, quando as demandas chegarem e estes tenham que sair da sombra para frear as ações. A imprensa deverá estar muito atenta aos detalhes de tal evolução.
5. No dia em que El Tiempo publicou a notícia de que o TSB confirmaria a condenação, os operadores deram a entender que, com efeito, estavam exigindo “garantias”. Que tipo de garantias? Quem as outorgaria? Em troca de quê?
6. O Pólo Democrático é uma organização particular. Ele não encarna a esquerda democrática na Colômbia. Essa formação está dominada por chefes de duas organizações que dispuseram de aparatos armados: o M-19 e o Partido Comunista. Nenhuma desta duas formações rompeu politicamente com esse passado criminoso. Historicamente, todas as facções de esquerda do país sofreram as pressões, ameaças e violências das FARC e do PCC, para que caminhem a seu lado e executem as tarefas que estas lhes ditam. Essas facções devem servir, em última instância, aos planos das FARC e do PCC. Essas facções, ao não ser autônomas nem independentes, não podem ser catalogadas como “esquerda democrática”.
7. Nessas condições é perfeitamente lógico que os citados operadores judiciais tenham ratificado a condenação do Coronel Plazas Vega, um inocente, e tenham tratado de golpear a honra de um ex-presidente, do Exército e do Estado colombiano.
8. O país não pode esperar que membros, ativistas e chefes do Pólo Democrático distribuam justiça. Se são militantes, como a imprensa denunciou, eles estão na impossibilidade moral e intelectual de sentenciar em Direito. Para um militante marxista a prioridade é levar adiante suas tarefas políticas. O Direito e a lei são postos a serviço destas e não o contrário. Para eles é impossível operar de outra maneira.
9. A conseqüência objetiva da atuação desses operadores no TSB foi minar ainda mais a moral do Exército e impedir que se faça justiça ao Coronel Alfonso Plazas Vega, pois sua inocência foi demonstrada várias vezes: pelo mesmo magistrado expositor, Herminsul Lara, do TSB, assim como pelo Ministério Público, pelos advogados da defesa e pelo jornalismo independente.
10. Poveda e Pareja impuseram seu ponto de vista na sentença sem penetrar racionalmente no processo, sem apreciar a sentença de primeira instância, e sem valorizar a exposição de segunda instância do magistrado Herminsul Lara. Como demonstrou Jaime Granados, advogado do Coronel Plazas, a prova de tais abusos é que esses dois operadores pretendem dar o caráter de provas válidas aos falsos testemunhos invalidados por dois juízes (Jara e Trejos), nas sentenças de junho de 2010 e de dezembro de 2011, e pelo magistrado expositor Herminsul Lara.
11. Poveda e Pareja assinaram esse texto para realizar outra tarefa não menos chocante: levantar uma muralha de desconfiança entre a justiça civil e as Forças Militares.
12. As Forças Armadas colombianas são o único recurso de que dispõem o Estado e o povo colombiano em sua luta contra seu inimigo depredador histórico, as FARC, e contra o narcoterrorismo e contra os desígnios imperialistas do Estado venezuelano-chavista no continente.
13. Com sua sentença, Poveda e Pareja tratam de excluir toda possibilidade de julgamento aos dirigentes sobreviventes do M-19 que, como Gustavo Petro e Antonio Navarro, nada fizeram em 1985 dentro do M-19 contra a ordem de receber dinheiro de Pablo Escobar para derrubar o governo de Belisario Betancur, massacrar as Cortes, seus magistrados e empregados, para destruir seus arquivos e assassinar a quem fosse necessário para cumprir esses abjetos desígnios.
14. Poveda e Pareja trataram de criar um precedente que abriria a via a sucessivos atos ilegais de humilhação das Forças Militares e do Estado colombiano, apesar de que o ordenamento jurídico colombiano exclui esse tipo de sanção.
15. Os dois operadores trataram de legitimar o uso de provas falsas e dos mais extravagantes truques ilegais para desviar a instrução do processo do Coronel Plazas Vega, para que esse processo sirva de modelo a seguir nos outros processos penais aonde estão envolvidos altos militares, policiais e personalidades políticas e membros da sociedade que lutam contra as ameaças subversivas que ameaçam a democracia colombiana.
16. Como o M-19 e Pablo Escobar não puderam derrocar Belisario Betancur, a sentença dos operadores quer que essa obra de destruição física, política e moral seja executada, 26 anos depois, pela Corte Penal Internacional (CPI), ignorando que esse tribunal não tem competência para julgar este assunto nem os eventos ocorridos antes de sua criação, e prescindindo do fato de que a CPI não foi criada para servir de instrumento vingativo dos narcoterroristas.
17. A sentença dos senhores Poveda e Pareja põe a Colômbia ante um dilema. Se o feito por esses dois operadores não for repudiado, e se a justiça não recuperar a confiança que perdeu no coração dos colombianos mediante uma sábia decisão da próxima sala de cassação, o devido processo e, mais precisamente, o Estado de Direito colombiano terá deixado de existir. Deixar em pé a sentença de Poveda e Pareja equivaleria a dizer que os inimigos do Direito lhe abriram uma caçapa e que os colombianos poderão ser julgados mediante os métodos mais baixos, ilegais e fraudulentos. Já ninguém poderá aspirar a ser tratado com eqüidade e honradez nos tribunais colombianos. É o que constata o Procurador Geral, Alejandro Ordoñez, quando diz: “Não há General, não há oficial que vá sair ileso desta guerra jurídica e política. [...] Não haverá ex-presidente que consiga ficar fora dessa tese jurídica que faz parte de uma guerra jurídica contra o Estado. [...] O Presidente Santos também está correndo os riscos de que se lhe aplique essa tese jurídica. É uma guerra jurídica dentro de uma guerra política contra o Estado colombiano”.
18. Na Colômbia não haverá esquerda democrática leal à Constituição até que o PCC e as FARC não sejam excluídas da vida política. Essas duas organizações exerceram um severo controle sobre os agrupamentos que se dizem de esquerda, mediante a propaganda mas também mediante a chantagem e a violência. O PCC e seu braço armado desmantelaram o PSR de María Cano em 1929 e, desde então, infiltraram com êxito díspar todas as formações políticas, de direita e de esquerda, para se servir delas.
Escrito por Eduardo Mackenzie
28 Fevereiro 2012
Tradução: Graça Salgueiro
FALTA DO QUE FAZER
MPF pede retirada de circulação do Houaiss pela definição de “cigano”
Sem mais o que fazer de útil, o Ministério Público Federal (MPF) em Minas Gerais ajuizou ação civil pública pedindo a retirada de circulação do Dicionário Houaiss, por considerar que o livro contém “expressões pejorativas e preconceituosas” sobre ciganos.
Duas das oito definições da palavra citadas no dicionário se referem ao povo como “aquele que trapaceia, velhaco, burlador” e “apegado a dinheiro, agiota e sovina”.
As expressões são mencionadas como as definições “depreciativas” do termo.
O processo foi motivado por uma representação de um cidadão de origem cigana em 2009, ocasião em que denunciou discriminação e preconceito contra sua etnia.
“Ainda que se deixe expresso que é uma linguagem pejorativa, ou, ainda, que se trata de acepções carregadas de preconceito ou xenofobia, fica claro o caráter discriminatório assumido pela publicação”, escreveu o procurador da República em Uberlândia (MG), Cléber Eustáquio Neves, autor da ação.
Por entender que a definição agride “de maneira absolutamente injustificável o patrimônio moral da nação cigana”, o MPF pediu a condenação da editora a pagamento de indenização por dano moral coletivo de R$ 200 mil, além da retirada imediata de circulação das edições do Houaiss que contêm as definições pejorativas do verbete. Para o MPF, a significação viola o artigo 20 da Lei 7.716/89, que tipifica o crime de racismo.
A bem da verdade, nas edições que eu tenho, é o Aurélio em livro que apresenta tais definições pejorativas, mas o Houaiss Eletrônico não as contém. Ele diz que cigano é:
adjetivo
1: relativo ao ou próprio do povo cigano; zíngaro
Exs.: música c., vida c., esperteza c.
adjetivo e substantivo masculino
2: relativo a ou indivíduo dos ciganos, povo itinerante que emigrou do Norte da Índia para o oeste (antiga Pérsia, Egito), de onde se espalhou pelos países do Ocidente; calom, zíngaro
3: Derivação: por extensão de sentido.
que ou aquele que tem vida incerta e errante; boêmio
Exs.: família c.,viver como c.
4: Derivação: por analogia.
vendedor ambulante de quinquilharias; mascate
5: Uso: pejorativo.
que ou aquele que faz barganha, que é esperto ao negociar
6: que ou o que serve de guia ao rebanho (diz-se de carneiro)
7: Rubrica: linguística.
m.q. romani
Mas o que fazer então com o judeu usurário?
substantivo masculino
8: Uso informal, pejorativo.
pessoa usurária.
E com o mulato sonso de quatro patas?
substantivo masculino
3: Uso informal.
indivíduo cheio de manhas; inzoneiro, sonso
Etimologia: esp. mulato ‘macho jovem’, por comparação da geração híbrida do mulato com a do mulo, de mulo ‘macho’
E com o capadócio burro e trapaceiro?
adjetivo e substantivo masculino
1: relativo à Capadócia, província central da Ásia Menor, ou o que é seu natural ou habitante; capádoce
2: Uso: pejorativo.
que ou aquele que é pouco inteligente; ignorante; burro
3: Regionalismo: Brasil.
que ou quem é impostor; trapaceiro, charlatão
4: Regionalismo: Brasil. Uso: pejorativo.
que ou quem tenta enganar os outros dando-se ares importantes; cabotino, espertalhão
5: Regionalismo: Brasil. Uso: pejorativo.
que ou o que tem modos de canalha
Isso me fez lembrar a ridícula “Cartilha do Politicamente Correto” que Nilmário Miranda tentou emplacar e que, entre outras pérolas dizia que devíamos evitar a expressão barbeiro porque “o uso da expressão, no sentido de motorista inábil, obviamente é ofensiva ao profissional especializado em cortar cabelo e aparar barba”.
Na certa ele iria adorar a expressão criada pelo Batista, meu barbeiro há 30 anos, que se define como um “cirurgião capilar”.
A verdade é que, não satisfeitos com a esculhambação e o empobrecimento da língua falada, os novos detentores do poder também querem detonar a escrita.
Pobre Brasil.
28 de fevereiro de 2012
Por Ricardo Froes
Sem mais o que fazer de útil, o Ministério Público Federal (MPF) em Minas Gerais ajuizou ação civil pública pedindo a retirada de circulação do Dicionário Houaiss, por considerar que o livro contém “expressões pejorativas e preconceituosas” sobre ciganos.
Duas das oito definições da palavra citadas no dicionário se referem ao povo como “aquele que trapaceia, velhaco, burlador” e “apegado a dinheiro, agiota e sovina”.
As expressões são mencionadas como as definições “depreciativas” do termo.
O processo foi motivado por uma representação de um cidadão de origem cigana em 2009, ocasião em que denunciou discriminação e preconceito contra sua etnia.
“Ainda que se deixe expresso que é uma linguagem pejorativa, ou, ainda, que se trata de acepções carregadas de preconceito ou xenofobia, fica claro o caráter discriminatório assumido pela publicação”, escreveu o procurador da República em Uberlândia (MG), Cléber Eustáquio Neves, autor da ação.
Por entender que a definição agride “de maneira absolutamente injustificável o patrimônio moral da nação cigana”, o MPF pediu a condenação da editora a pagamento de indenização por dano moral coletivo de R$ 200 mil, além da retirada imediata de circulação das edições do Houaiss que contêm as definições pejorativas do verbete. Para o MPF, a significação viola o artigo 20 da Lei 7.716/89, que tipifica o crime de racismo.
A bem da verdade, nas edições que eu tenho, é o Aurélio em livro que apresenta tais definições pejorativas, mas o Houaiss Eletrônico não as contém. Ele diz que cigano é:
adjetivo
1: relativo ao ou próprio do povo cigano; zíngaro
Exs.: música c., vida c., esperteza c.
adjetivo e substantivo masculino
2: relativo a ou indivíduo dos ciganos, povo itinerante que emigrou do Norte da Índia para o oeste (antiga Pérsia, Egito), de onde se espalhou pelos países do Ocidente; calom, zíngaro
3: Derivação: por extensão de sentido.
que ou aquele que tem vida incerta e errante; boêmio
Exs.: família c.,viver como c.
4: Derivação: por analogia.
vendedor ambulante de quinquilharias; mascate
5: Uso: pejorativo.
que ou aquele que faz barganha, que é esperto ao negociar
6: que ou o que serve de guia ao rebanho (diz-se de carneiro)
7: Rubrica: linguística.
m.q. romani
Mas o que fazer então com o judeu usurário?
substantivo masculino
8: Uso informal, pejorativo.
pessoa usurária.
E com o mulato sonso de quatro patas?
substantivo masculino
3: Uso informal.
indivíduo cheio de manhas; inzoneiro, sonso
Etimologia: esp. mulato ‘macho jovem’, por comparação da geração híbrida do mulato com a do mulo, de mulo ‘macho’
E com o capadócio burro e trapaceiro?
adjetivo e substantivo masculino
1: relativo à Capadócia, província central da Ásia Menor, ou o que é seu natural ou habitante; capádoce
2: Uso: pejorativo.
que ou aquele que é pouco inteligente; ignorante; burro
3: Regionalismo: Brasil.
que ou quem é impostor; trapaceiro, charlatão
4: Regionalismo: Brasil. Uso: pejorativo.
que ou quem tenta enganar os outros dando-se ares importantes; cabotino, espertalhão
5: Regionalismo: Brasil. Uso: pejorativo.
que ou o que tem modos de canalha
Isso me fez lembrar a ridícula “Cartilha do Politicamente Correto” que Nilmário Miranda tentou emplacar e que, entre outras pérolas dizia que devíamos evitar a expressão barbeiro porque “o uso da expressão, no sentido de motorista inábil, obviamente é ofensiva ao profissional especializado em cortar cabelo e aparar barba”.
Na certa ele iria adorar a expressão criada pelo Batista, meu barbeiro há 30 anos, que se define como um “cirurgião capilar”.
A verdade é que, não satisfeitos com a esculhambação e o empobrecimento da língua falada, os novos detentores do poder também querem detonar a escrita.
Pobre Brasil.
28 de fevereiro de 2012
Por Ricardo Froes
CRIANÇAS: INOCENTES PEÕES DA TIRANIA IDEOLÓGICA
Artigos - Governo do PT
Congresso Nacional estimula crianças a encarar homossexualismo como normalidade.
Na Alemanha nazista, as crianças, desde a escola, eram “ensinadas” a adorar os valores nazistas.
Na União Soviética, as crianças eram incentivadas a fazer trabalhos escolares elogiando os valores comunistas. Os melhores elogiadores ganhavam um prêmio.
A disposição estatal de produzir cidadãos bajuladores, desde a infância, é uma praga, com manifestações clínicas maiores em governos mais tirânicos.
No Brasil, a Câmara dos Deputados está promovendo um concurso para premiar crianças e adolescentes com idades entre 9 e 14 anos que escrevam o melhor roteiro de radionovela sobre o tema “Gênero”.
O objetivo é incentivar crianças e adolescentes a questionar a “tradição” de se considerar certas atividades como tipicamente masculinas e outras como exclusivamente femininas. Se você pensou que brincar de boneca é só para meninas e brincar de carrinho é só para meninos, o governo se incumbiu de jogar muitas dúvidas na mente das crianças.
Esse questionamento dos papéis sexuais, sob a ideologia de “gênero”, já vem ocorrendo nas escolas há um bom tempo. O site da Câmara diz: “É comum ver meninas que jogam bola e meninos que gostam de realizar tarefas domésticas receberem apelidos depreciativos, como forma de crítica à adoção de comportamentos considerados masculinos e femininos, respectivamente”.
Para eliminar, desde cedo, as diferenças entre o sexo masculino e feminino, o governo tem investido em campanhas anti-“bullying”. Com o concurso da Câmara, espera-se que alunos que já absorveram essa campanha e as mensagens das novelas possam expressar em suas próprias palavras suas críticas aos papéis sexuais tradicionais.
O site da Câmara mostra também que o fato de que existem crianças que ainda trazem esses papéis, aprendidos no lar, é “motivo de preocupação entre os especialistas da Organização das Nações Unidas… do Comitê para a Eliminação da Discriminação contra as Mulheres”, os quais querem reeducar as crianças do mundo inteiro a ver os papéis masculinos e femininos como invenção social.
O site da Câmara ainda diz: “A equipe do portal Plenarinho também quer estimular crianças e adolescentes brasileiros a refletir sobre o assunto. Para isso, está promovendo um concurso que vai selecionar o melhor roteiro de radionovela escrito por estudantes com idades entre 9 e 14 anos sobre a questão de ‘gênero’. O vencedor vai ter o texto adaptado para veiculação na Rádio Câmara e receber um jogo, DVD e livro como prêmio”.
Na União Soviética e na Alemanha nazista, as campanhas de doutrinação para as crianças atingiam toda a sociedade, e se os pais tentassem proteger os filhos, eles eram denunciados e acusados. No Brasil de tirania ideológica gay, os pais olham o próprio governo fazendo lavagem cerebral em seus filhos, sem nada poderem fazer. Governo e mídia andam de braços dados para impor a doutrinação gay das crianças.
Conselhos Tutelares, que se autointitulam de “protetores das crianças”, desprezam os clamores dos pais contra os abusos do governo na educação das crianças, que estão à mercê da doutrinação gay promovida nas escolas e meios de comunicação.
É a sociedade da lavagem cerebral, onde crianças treinadas para bajular os valores estatais são premiadas. Essas crianças brasileiras agora juntam-se às pobres crianças alemães e soviéticas premiadas por nazistas e comunistas, num jogo ideológico cósmico pela deformação de mentes e corações.
Não é de hoje que alerto sobre esses perigos. Em 1998, eu disse no meu livro “O Movimento Homossexual”:
No entanto, conforme a moderna teoria feminista, a palavra “gênero” (assim como preferência ou orientação sexual) pode expressar uma variedade sexual muito mais ampla do que o restritivo masculino/feminino da palavra sexo. Poderia ajudar a equiparar o homossexualismo, o lesbianismo e outras perversões ao tradicional relacionamento sexual entre homem e mulher.
O fato é que o movimento homossexual e o feminista estão tentando minimizar as diferenças entre os homens e as mulheres no trabalho, lazer e moda. A finalidade é demolir os padrões sexuais tradicionais e criar um ambiente favorável à homossexualização da sociedade.
Conforme diz o Dr. James Dobson:
“A tendência de misturar os papéis masculinos e femininos está em moda na sociedade atual.
As mulheres jogam futebol e usam calças. Os homens assistem a novelas e usam brincos. Vê-se pouca identidade sexual no comprimento de seus cabelos, em suas maneiras, interesses ou ocupações, e a tendência é se igualar ainda mais. Tal falta de distinção entre os homens e as mulheres causa muita confusão na mente das crianças com relação à sua própria identidade de papel sexual. Elas ficam sem um modelo claro para imitar e acabam tendo de andar sozinhas como que cegas, à procura da conduta e atitudes apropriadas para elas. É quase certo que esse obscurecimento dos papéis sexuais está contribuindo para a explosão do homossexualismo e da confusão sexual que enfrentamos hoje. A História mostra que as atitudes unissex sempre apareceram antes da deterioração e destruição das sociedades que se deixaram levar por essa tendência. O Dr. Charles Winick, professor de Antropologia na Universidade Municipal de Nova Iorque, estudou duas mil culturas diversas e encontrou cinqüenta e cinco que se caracterizavam pela ambigüidade sexual. Nenhuma delas sobreviveu...”
A eliminação das diferenças entre o sexo masculino e o feminino é extremamente prejudicial à saúde psicológica das crianças. Foi o que notou, por exemplo, certa mãe cuja filha de dez anos voltava da escola com atitudes cada vez mais hostis em relação ao trabalho doméstico como função da mulher. Depois de muito pesquisar, ela acabou descobrindo algo. Na sala de aula, a professora, sem o conhecimento dos pais, apresentava uma boneca e um boneco de papel nus. Os estudantes deveriam vestir-lhes uma roupa masculina de trabalho a fim de mostrar que ambos os sexos podem escolher qualquer profissão. Além disso, os livros didáticos só apresentavam figuras opostas aos papéis tradicionais, como a de um pai dando mamadeira ao bebê e a de uma mãe trabalhando como bombeiro. Tudo feito em nome da “igualdade sexual”.
A sociedade como um todo sente-se impotente diante das mudanças comportamentais que o feminismo e o homossexualismo tentam impor. Nesse clima, muitos cristãos, assim como Ló, simplesmente se acomodam, achando que pouco ou nada podem fazer.
Ló não era homossexual. O simples fato de viver numa sociedade onde o homossexualismo era aceito não o tornou um deles. Ele nem mesmo gostava do que faziam. “Todos os dias esse homem bom, que vivia entre eles, sofria no seu bom coração, ao ver e ouvir as coisas más que aquela gente fazia.” (2 Pe 2.8 – BLH.) Mas a sua passividade e inércia lhe custaram caro.
Primeiro perdeu seus valores morais e espirituais, depois ficou sem a esposa e, por último, sobreveio-lhe a ruína moral e espiritual de seu lar e filhas.
Para adquirir o livro “O Movimento Homossexual”, clique aqui.
Distribua esta mensagem a todos os pais que precisam conhecer os perigos contra seus filhos.
Escrito por Julio Severo
28 Fevereiro 2012
Congresso Nacional estimula crianças a encarar homossexualismo como normalidade.
Na Alemanha nazista, as crianças, desde a escola, eram “ensinadas” a adorar os valores nazistas.
Na União Soviética, as crianças eram incentivadas a fazer trabalhos escolares elogiando os valores comunistas. Os melhores elogiadores ganhavam um prêmio.
A disposição estatal de produzir cidadãos bajuladores, desde a infância, é uma praga, com manifestações clínicas maiores em governos mais tirânicos.
No Brasil, a Câmara dos Deputados está promovendo um concurso para premiar crianças e adolescentes com idades entre 9 e 14 anos que escrevam o melhor roteiro de radionovela sobre o tema “Gênero”.
O objetivo é incentivar crianças e adolescentes a questionar a “tradição” de se considerar certas atividades como tipicamente masculinas e outras como exclusivamente femininas. Se você pensou que brincar de boneca é só para meninas e brincar de carrinho é só para meninos, o governo se incumbiu de jogar muitas dúvidas na mente das crianças.
Esse questionamento dos papéis sexuais, sob a ideologia de “gênero”, já vem ocorrendo nas escolas há um bom tempo. O site da Câmara diz: “É comum ver meninas que jogam bola e meninos que gostam de realizar tarefas domésticas receberem apelidos depreciativos, como forma de crítica à adoção de comportamentos considerados masculinos e femininos, respectivamente”.
Para eliminar, desde cedo, as diferenças entre o sexo masculino e feminino, o governo tem investido em campanhas anti-“bullying”. Com o concurso da Câmara, espera-se que alunos que já absorveram essa campanha e as mensagens das novelas possam expressar em suas próprias palavras suas críticas aos papéis sexuais tradicionais.
O site da Câmara mostra também que o fato de que existem crianças que ainda trazem esses papéis, aprendidos no lar, é “motivo de preocupação entre os especialistas da Organização das Nações Unidas… do Comitê para a Eliminação da Discriminação contra as Mulheres”, os quais querem reeducar as crianças do mundo inteiro a ver os papéis masculinos e femininos como invenção social.
O site da Câmara ainda diz: “A equipe do portal Plenarinho também quer estimular crianças e adolescentes brasileiros a refletir sobre o assunto. Para isso, está promovendo um concurso que vai selecionar o melhor roteiro de radionovela escrito por estudantes com idades entre 9 e 14 anos sobre a questão de ‘gênero’. O vencedor vai ter o texto adaptado para veiculação na Rádio Câmara e receber um jogo, DVD e livro como prêmio”.
Na União Soviética e na Alemanha nazista, as campanhas de doutrinação para as crianças atingiam toda a sociedade, e se os pais tentassem proteger os filhos, eles eram denunciados e acusados. No Brasil de tirania ideológica gay, os pais olham o próprio governo fazendo lavagem cerebral em seus filhos, sem nada poderem fazer. Governo e mídia andam de braços dados para impor a doutrinação gay das crianças.
Conselhos Tutelares, que se autointitulam de “protetores das crianças”, desprezam os clamores dos pais contra os abusos do governo na educação das crianças, que estão à mercê da doutrinação gay promovida nas escolas e meios de comunicação.
É a sociedade da lavagem cerebral, onde crianças treinadas para bajular os valores estatais são premiadas. Essas crianças brasileiras agora juntam-se às pobres crianças alemães e soviéticas premiadas por nazistas e comunistas, num jogo ideológico cósmico pela deformação de mentes e corações.
Não é de hoje que alerto sobre esses perigos. Em 1998, eu disse no meu livro “O Movimento Homossexual”:
No entanto, conforme a moderna teoria feminista, a palavra “gênero” (assim como preferência ou orientação sexual) pode expressar uma variedade sexual muito mais ampla do que o restritivo masculino/feminino da palavra sexo. Poderia ajudar a equiparar o homossexualismo, o lesbianismo e outras perversões ao tradicional relacionamento sexual entre homem e mulher.
O fato é que o movimento homossexual e o feminista estão tentando minimizar as diferenças entre os homens e as mulheres no trabalho, lazer e moda. A finalidade é demolir os padrões sexuais tradicionais e criar um ambiente favorável à homossexualização da sociedade.
Conforme diz o Dr. James Dobson:
“A tendência de misturar os papéis masculinos e femininos está em moda na sociedade atual.
As mulheres jogam futebol e usam calças. Os homens assistem a novelas e usam brincos. Vê-se pouca identidade sexual no comprimento de seus cabelos, em suas maneiras, interesses ou ocupações, e a tendência é se igualar ainda mais. Tal falta de distinção entre os homens e as mulheres causa muita confusão na mente das crianças com relação à sua própria identidade de papel sexual. Elas ficam sem um modelo claro para imitar e acabam tendo de andar sozinhas como que cegas, à procura da conduta e atitudes apropriadas para elas. É quase certo que esse obscurecimento dos papéis sexuais está contribuindo para a explosão do homossexualismo e da confusão sexual que enfrentamos hoje. A História mostra que as atitudes unissex sempre apareceram antes da deterioração e destruição das sociedades que se deixaram levar por essa tendência. O Dr. Charles Winick, professor de Antropologia na Universidade Municipal de Nova Iorque, estudou duas mil culturas diversas e encontrou cinqüenta e cinco que se caracterizavam pela ambigüidade sexual. Nenhuma delas sobreviveu...”
A eliminação das diferenças entre o sexo masculino e o feminino é extremamente prejudicial à saúde psicológica das crianças. Foi o que notou, por exemplo, certa mãe cuja filha de dez anos voltava da escola com atitudes cada vez mais hostis em relação ao trabalho doméstico como função da mulher. Depois de muito pesquisar, ela acabou descobrindo algo. Na sala de aula, a professora, sem o conhecimento dos pais, apresentava uma boneca e um boneco de papel nus. Os estudantes deveriam vestir-lhes uma roupa masculina de trabalho a fim de mostrar que ambos os sexos podem escolher qualquer profissão. Além disso, os livros didáticos só apresentavam figuras opostas aos papéis tradicionais, como a de um pai dando mamadeira ao bebê e a de uma mãe trabalhando como bombeiro. Tudo feito em nome da “igualdade sexual”.
A sociedade como um todo sente-se impotente diante das mudanças comportamentais que o feminismo e o homossexualismo tentam impor. Nesse clima, muitos cristãos, assim como Ló, simplesmente se acomodam, achando que pouco ou nada podem fazer.
Ló não era homossexual. O simples fato de viver numa sociedade onde o homossexualismo era aceito não o tornou um deles. Ele nem mesmo gostava do que faziam. “Todos os dias esse homem bom, que vivia entre eles, sofria no seu bom coração, ao ver e ouvir as coisas más que aquela gente fazia.” (2 Pe 2.8 – BLH.) Mas a sua passividade e inércia lhe custaram caro.
Primeiro perdeu seus valores morais e espirituais, depois ficou sem a esposa e, por último, sobreveio-lhe a ruína moral e espiritual de seu lar e filhas.
Para adquirir o livro “O Movimento Homossexual”, clique aqui.
Distribua esta mensagem a todos os pais que precisam conhecer os perigos contra seus filhos.
Escrito por Julio Severo
28 Fevereiro 2012
SOBRE A ANTIGUIDADE DO POLITICAMENTE CORRETO
Olá Janer!
Em seu último texto você escreveu que o politicamente correto é "um cacoete ideológico, surgido nas universidades americanas nos anos 80", e que "a linguagem PC - politicamente correta - é o stalinismo aplicado à linguagem. Stalinismo curiosamente oriundo de uma nação que se jacta de defender a liberdade".
Isto me fez lembrar de um livro que comprei em um sebo em 2010 e que li no ano passado. Ao pesquisar sobre a "linguagem PC" na internet, eu quase sempre topava com este tipo de informação, qual seja, a de que o "politicamente correto" surgiu em tempos recentes, como as décadas de 1970 ou 1980, nas universidades americanas. Mas aí, veio o tal livro que eu comprei. O título é Child of the Revolution, e o autor é Wolfgang Leonhard. Velhinho, papel amarelado, algumas páginas soltas, me custou só R$ 5,00, mas prendeu minha atenção do início ao fim. Foi escrito em alemão na década de 1950, traduzido para o inglês e publicado em Chicago em 1958, pela Henry Regnery Company.
O livro é um relato autobiográfico. O autor era um menino em 1935, e sua mãe era comunista havia anos, participante da Spartakusbund e membro do partido comunista desde 1918. Em 1935, podendo escolher entre o exílio no Ocidente ou na URSS, ela escolheu o inferno de Stálin, e para lá carregou seu filho. O resto do livro é um relato da vida de um jovem emigrado no inferno stalinista. Ele foi separado da mãe (que foi presa, como acontecia frequentemente), mais tarde foi enviado a uma escola do Komintern em um lugar remoto no fim do mundo, e foi treinado para ser uma das lideranças naquilo que viria a ser a Alemanha Oriental após a guerra. No fim das contas, o autor foi ficando desgostoso com o stalinismo (mas não com o socialismo), e resolveu fugir para a Iugoslávia. O livro termina com sua fuga para o país de Tito. Pesquisando depois, eu soube que posteriormente ele foi para os Estados Unidos e tornou-se professor em uma universidade norte-americana.
Voltando ao politicamente correto, eu fiquei surpreso quando cheguei à página 227 do livro (no capítulo que relata sua vida na escola do Komintern) e me deparei com esta afirmação: "We had to learn how to compose, within an hour, a 'politically correct' leaflet on any subject set us. The subjects chosen for the purpose were by no means easy" (as aspas na expressão "politically correct" estão no original, mostrando que o autor quis enfatizar o termo). E aí ele passa a dar exemplos de assuntos que deveriam ser "traduzidos" para o jargão politicamente correto e distribuídos em panfletos para os comunistas fora da Rússia, como uma declaração de Goering de 1942 sobre racionamento de alimentos.
Na há dúvidas, portanto, que a expressão "politicamente correto" já existia pelo menos desde o início da década de 1940, e fazia parte do jargão do regime stalinista. A função do "politicamente correto" na URSS também era muito parecida com a ideia atual, pois era basicamente a adaptação de qualquer informação (o autor diz que eles analisavam até encíclicas papais) ao linguajar que os comunistas consideravam "aceitável".
Se esta praga da linguagem PC ganhou a notoriedade que tem hoje a partir de trabalhos feitos em universidades estadunidenses na década de 1980, eu acho que podemos dizer que ela não surgiu nos Estados Unidos, mas provavelmente na Rússia. Os ianques apenas fizeram um trabalho de atualização de mais uma porcaria criada pelos comunistas na época de Stálin.
Um grande abraço!
Humberto Quaglio
28 de fevereiro de 2012
Em seu último texto você escreveu que o politicamente correto é "um cacoete ideológico, surgido nas universidades americanas nos anos 80", e que "a linguagem PC - politicamente correta - é o stalinismo aplicado à linguagem. Stalinismo curiosamente oriundo de uma nação que se jacta de defender a liberdade".
Isto me fez lembrar de um livro que comprei em um sebo em 2010 e que li no ano passado. Ao pesquisar sobre a "linguagem PC" na internet, eu quase sempre topava com este tipo de informação, qual seja, a de que o "politicamente correto" surgiu em tempos recentes, como as décadas de 1970 ou 1980, nas universidades americanas. Mas aí, veio o tal livro que eu comprei. O título é Child of the Revolution, e o autor é Wolfgang Leonhard. Velhinho, papel amarelado, algumas páginas soltas, me custou só R$ 5,00, mas prendeu minha atenção do início ao fim. Foi escrito em alemão na década de 1950, traduzido para o inglês e publicado em Chicago em 1958, pela Henry Regnery Company.
O livro é um relato autobiográfico. O autor era um menino em 1935, e sua mãe era comunista havia anos, participante da Spartakusbund e membro do partido comunista desde 1918. Em 1935, podendo escolher entre o exílio no Ocidente ou na URSS, ela escolheu o inferno de Stálin, e para lá carregou seu filho. O resto do livro é um relato da vida de um jovem emigrado no inferno stalinista. Ele foi separado da mãe (que foi presa, como acontecia frequentemente), mais tarde foi enviado a uma escola do Komintern em um lugar remoto no fim do mundo, e foi treinado para ser uma das lideranças naquilo que viria a ser a Alemanha Oriental após a guerra. No fim das contas, o autor foi ficando desgostoso com o stalinismo (mas não com o socialismo), e resolveu fugir para a Iugoslávia. O livro termina com sua fuga para o país de Tito. Pesquisando depois, eu soube que posteriormente ele foi para os Estados Unidos e tornou-se professor em uma universidade norte-americana.
Voltando ao politicamente correto, eu fiquei surpreso quando cheguei à página 227 do livro (no capítulo que relata sua vida na escola do Komintern) e me deparei com esta afirmação: "We had to learn how to compose, within an hour, a 'politically correct' leaflet on any subject set us. The subjects chosen for the purpose were by no means easy" (as aspas na expressão "politically correct" estão no original, mostrando que o autor quis enfatizar o termo). E aí ele passa a dar exemplos de assuntos que deveriam ser "traduzidos" para o jargão politicamente correto e distribuídos em panfletos para os comunistas fora da Rússia, como uma declaração de Goering de 1942 sobre racionamento de alimentos.
Na há dúvidas, portanto, que a expressão "politicamente correto" já existia pelo menos desde o início da década de 1940, e fazia parte do jargão do regime stalinista. A função do "politicamente correto" na URSS também era muito parecida com a ideia atual, pois era basicamente a adaptação de qualquer informação (o autor diz que eles analisavam até encíclicas papais) ao linguajar que os comunistas consideravam "aceitável".
Se esta praga da linguagem PC ganhou a notoriedade que tem hoje a partir de trabalhos feitos em universidades estadunidenses na década de 1980, eu acho que podemos dizer que ela não surgiu nos Estados Unidos, mas provavelmente na Rússia. Os ianques apenas fizeram um trabalho de atualização de mais uma porcaria criada pelos comunistas na época de Stálin.
Um grande abraço!
Humberto Quaglio
28 de fevereiro de 2012
O TEÓRICO DOS PAMPAS
Artigos - Movimento Revolucionário
É preciso atentar para os delírios de Tarso Genro, pois esse será o caminho a ser trilhado: a tal radicalização da democracia direta e a integração ao governo mundial.
A esquerda doutrinária gosta muito de falar em teoria e de teorizar. Para ela, a teoria é o mapa do caminho para o poder e para nele se manter. Mas acontece que não conseguem teorizar, pois a sua ciência política não passa do saco de maldades inaugurado por Maquiavel e levado às últimas consequências por Marx e Lênin. Seus livros e artigos não passam de carta de má intenção, declarações solenes do mal que praticarão enquanto estiverem no poder de Estado.
Tem sido assim desde sempre. Nenhum grupo político revolucionário chegou ao poder sem ser precedido de múltiplos escritos, que seus membros procuram cumprir. Mas há sempre uma versão exotérica, "para ganhar as eleições", e uma esotérica, que procura orientar a militância e os dirigentes partidários. Os que cultuam o marxismo-leninismo são os mais disciplinados nessa coerência entre a teoria e a práxis. O verdadeiro revolucionário não improvisa, é portador de disciplina e segue fielmente os manuais "teóricos".
Ao ler o artigo de Tarso Genro no site Carta Maior (Uma agenda para a esquerda só pode ser mundial) pude constatar que, embora seja tão mau escritor quanto teórico, ele continua sendo sincero, como costumam ser os revolucionários.
Não escondeu nada da agenda do seu grupo político. O delírio pseudoteórico é de dar pena e medo.
Já no primeiro parágrafo podemos ler:
"Conceber a obtenção de conquistas reais dentro do regime capitalista da selvageria financeira, implica considerar que o capitalismo – ele próprio – pode ser mais democrático, política e economicamente. Isso supõe aceitar que ele também pode sair da "enrascada" em que se encontra - sem que haja uma revolução - ainda mais forte, mais agressivo e ainda mais autoritário do que no presente. E que, via de consequência, essa saída pode e deve ser disputada, mesmo que não haja uma ruptura, pois dela podem resultar coisas piores, ou melhores para a humanidade. Nesta última hipótese, para perspectivas de menos guerras, menos injustiças e desigualdades, com a criação de um ambiente mundial política e culturalmente mais favorável aos ideais democráticos do socialismo: ou seja, criar condições fora da antítese do "quanto pior, melhor", pois a vida tem demonstrado que "quanto pior, pior"."
Tarso Genro sabe mais do que ninguém que a crise atual é do modelo socialista e o colapso que vemos na Grécia é aqueles que se espera para os Estados socialistas, que mais não fizeram que não endividar seus países e emitir moeda falsa além da irresponsabilidade.
Isso nada tem a ver com o capitalismo, que é uma forma espontânea de organização social, mas tem a ver com o voluntarismo coletivista que preside a mente de todo revolucionário socialista. Para melhor malhar o inimigo imaginário, Tarso Genro se refere sempre ao capitalismo como algo personificado, pensando que este maquina contra as "conquistas" dos socialistas, quando na verdade o socialismo está apanhando da realidade, da simples e eterna lei da escassez.
Partir desse falso ponto é que lhe permite "teorizar" sobre a ação do seu grupo político. Fazer do capitalismo personificado uma espécie de Judas a ser malhado é condição sine qua non para se manter na Segunda Realidade revolucionária.
Vejamos sua primeira "tese":
“O presente artigo, não tem o propósito de apresentar uma agenda “unitária” para a esquerda mundial, mas visa chamar atenção para a necessidade de construí-la, a partir das forças políticas de “dentro” de cada país. Este “dentro” contém “em si”, o “fora”, o mundo globalizado por inteiro na sua política e na sua economia. A repressão, o constrangimento, a repressão de “dentro”, no próprio sistema democrático, contém o “fora” sistemicamente. O “dentro” e o “fora” integram a mesma totalidade. O que implica dizer que não existem mais estratégias políticas “contra o fora”, como no período de formação dos estados nacionais, mas somente estratégias “com o fora”, ou seja, a transformação nacional e internacional está contida no mesmo processo transformador”.
Tarso Genro defende explicitamente que o caminho é o governo mundial. É provável que, na sua cabeça, a América do Sul tenha a capital em Brasília, mas isso é só uma hipótese. Friamente o que vemos é um governador de Estado importante, ex-ministro, trair os interesses nacionais de forma explícita, colocando a subordinação do país sem qualquer pudor ou temor de críticas. É como se só seus seguidores estivessem lendo o seu texto.
Seu besteirol conclusivo: "A internacionalização radical da política outorgada pela teoria ao proletariado universal foi realizada pelo anti-humanismo universal do capital financeiro, que capturou os estados e suprimiu soberanias".
A desonestidade é que a proposta do governo mundial é tese esquerdista desde a origem, mas está colocada como uma ação má do capitalismo. Não esperemos coerência do teórico dos pampas.
Depois de perorar sobre a mudança na divisão internacional do trabalho e suas consequências para os trabalhadores, usando os velhos clichês marxistas e inovações dignas de riso, como o tal trabalho "imaterial", Tarso Genro escreveu: "Tal contexto abarca a natureza do consumo, a redução do espaço público para a fruição livre, a uniformização de uma indumentária que integra, pela aparência, os setores assalariados com os padrões das classes privilegiadas".
Ele é incapaz de reconhecer que os ganhos de produtividade verificados nas últimas décadas simplesmente elevaram os padrões gerais de consumo, graças aos mecanismos de mercado, que transferem aos preços os tais ganhos.
Na sequência, coloca a sua segunda "tese":
"É o capítulo da disputa pela a hegemonia, portanto, para instituir políticas de desenvolvimento e políticas públicas de coesão social, que apontem para um novo Contrato Social, cuja bases não são somente as instituições republicanas clássicas, mas as combinações destas instituições com as formas de democracia direta, presenciais e virtuais".
O sonho jacobino de Tarso Genro é fazer referendo a cada 24 horas, com as hordas politicamente controladas legitimando a ditadura em que possivelmente ele seria um dos mandatários. É o sonho de Rousseau, fecundado pelos delírios de Marx.
Completou a sua retórica jacobina:
"Só a democracia política exercida de forma plena, sobre a gestão do Estado e na definição das suas políticas globais, é capaz de expor a desumanidade das contradições que separam, cada vez mais, regime democrático e capitalismo".
Sua terceira "tese":
"A crise emendou a vitória do tatcherismo sobre a esquerda européia com o fim da URSS; a crise do "sub-prime" com o "euro"; a ocupação do Iraque com o fracasso do Presidente Obama; a emergência do Brasil no cenário mundial com a "flexibilização" da social-democracia européia. O que pode, neste contexto, unificar distintas matizes da "nova" e da "velha" esquerda -contra as políticas de decomposição das funções públicas do Estado- é o exercício, pelo Estado, de políticas antagônicas às ditadas pelas agências privadas, que hoje orientam as políticas de Estado e são responsáveis pela crise. Não é a derrubada do Estado para a instalação de uma nova ordem, que, de resto sequer tem suporte social para configurá-la, que está na ordem do dia".
Bem interessante a expressão "funções públicas do Estado", como se pudesse haver alguma função privada do mesmo. Retórica vazia de quem não tem o que dizer.
Sua conclusão:
"Trata-se de um período não revolucionário e de reação política, de falência tanto dos modelos socialistas dito marxistas, como dos modelos da social-democracia clássica: o neoliberalismo está com a sua hegemonia abalada, mas ainda não sucumbiu".
É bem típico do teorizar pampeiro: usar toda a retórica marxista, suas categorias, para afinal declarar que os modelos socialistas estão falidos. Ora, é de se perguntar por que ele os usa. Implicitamente Tarso Genro recorre à prevalência do modelo do marxismo cultural, que tanto tem dado certo no Brasil, na esteira da revolução gramsciana, que afinal o pôs no poder. Daí o autor perorar, na sequência: "A integração, portanto, das "lutas sociais" com as "lutas políticas" tradicionais, promovidas pelas esquerdas modernas e pós-modernas, pode ser baseada numa agenda comum, que remeta para a recuperação das funções públicas do Estado".
Tarso Genro se declara um esquerdista pós-moderno, seja lá o que isso signifique.
Sua grande conclusão é que os partidos de esquerda devem radicalizar: "Se os partidos de esquerda não reduzirem as suas taxas de pragmatismo e não se unificarem numa agenda política avançada, inclusive em termos de reforma política, não atentarem para esta nova etapa estratégica -que deverá ser enfrentada pelo nosso Estado Democrático e suas instituições políticas- tudo que obtivemos até agora poderá ser perdido. O fortalecimento democrático, financeiro, político e militar, do Estado brasileiro (combinado com ousadas políticas de combate às desigualdades sociais e regionais), é a grande contribuição que o nosso país pode dar ao mundo para uma saída da crise por fora da tragédia grega.
O ato falho aqui é a exteriorização do temor de perder "tudo", ou seja, o poder que alcançaram. Teme uma contra revolução. É como se dissesse: - "Camaradas revolucionários, cuidem para seguir minhas orientações teóricas, sob pena de perecer". É preciso atentar para os delírios de Tarso Genro, pois esse será o caminho a ser trilhado: a tal radicalização da democracia direta e a integração ao governo mundial. Tarso Genro sabe que é essa a garantia de que precisa para se perpetuar no poder.
Escrito por Nivaldo Cordeiro,
28 Fevereiro 2012
É preciso atentar para os delírios de Tarso Genro, pois esse será o caminho a ser trilhado: a tal radicalização da democracia direta e a integração ao governo mundial.
A esquerda doutrinária gosta muito de falar em teoria e de teorizar. Para ela, a teoria é o mapa do caminho para o poder e para nele se manter. Mas acontece que não conseguem teorizar, pois a sua ciência política não passa do saco de maldades inaugurado por Maquiavel e levado às últimas consequências por Marx e Lênin. Seus livros e artigos não passam de carta de má intenção, declarações solenes do mal que praticarão enquanto estiverem no poder de Estado.
Tem sido assim desde sempre. Nenhum grupo político revolucionário chegou ao poder sem ser precedido de múltiplos escritos, que seus membros procuram cumprir. Mas há sempre uma versão exotérica, "para ganhar as eleições", e uma esotérica, que procura orientar a militância e os dirigentes partidários. Os que cultuam o marxismo-leninismo são os mais disciplinados nessa coerência entre a teoria e a práxis. O verdadeiro revolucionário não improvisa, é portador de disciplina e segue fielmente os manuais "teóricos".
Ao ler o artigo de Tarso Genro no site Carta Maior (Uma agenda para a esquerda só pode ser mundial) pude constatar que, embora seja tão mau escritor quanto teórico, ele continua sendo sincero, como costumam ser os revolucionários.
Não escondeu nada da agenda do seu grupo político. O delírio pseudoteórico é de dar pena e medo.
Já no primeiro parágrafo podemos ler:
"Conceber a obtenção de conquistas reais dentro do regime capitalista da selvageria financeira, implica considerar que o capitalismo – ele próprio – pode ser mais democrático, política e economicamente. Isso supõe aceitar que ele também pode sair da "enrascada" em que se encontra - sem que haja uma revolução - ainda mais forte, mais agressivo e ainda mais autoritário do que no presente. E que, via de consequência, essa saída pode e deve ser disputada, mesmo que não haja uma ruptura, pois dela podem resultar coisas piores, ou melhores para a humanidade. Nesta última hipótese, para perspectivas de menos guerras, menos injustiças e desigualdades, com a criação de um ambiente mundial política e culturalmente mais favorável aos ideais democráticos do socialismo: ou seja, criar condições fora da antítese do "quanto pior, melhor", pois a vida tem demonstrado que "quanto pior, pior"."
Tarso Genro sabe mais do que ninguém que a crise atual é do modelo socialista e o colapso que vemos na Grécia é aqueles que se espera para os Estados socialistas, que mais não fizeram que não endividar seus países e emitir moeda falsa além da irresponsabilidade.
Isso nada tem a ver com o capitalismo, que é uma forma espontânea de organização social, mas tem a ver com o voluntarismo coletivista que preside a mente de todo revolucionário socialista. Para melhor malhar o inimigo imaginário, Tarso Genro se refere sempre ao capitalismo como algo personificado, pensando que este maquina contra as "conquistas" dos socialistas, quando na verdade o socialismo está apanhando da realidade, da simples e eterna lei da escassez.
Partir desse falso ponto é que lhe permite "teorizar" sobre a ação do seu grupo político. Fazer do capitalismo personificado uma espécie de Judas a ser malhado é condição sine qua non para se manter na Segunda Realidade revolucionária.
Vejamos sua primeira "tese":
“O presente artigo, não tem o propósito de apresentar uma agenda “unitária” para a esquerda mundial, mas visa chamar atenção para a necessidade de construí-la, a partir das forças políticas de “dentro” de cada país. Este “dentro” contém “em si”, o “fora”, o mundo globalizado por inteiro na sua política e na sua economia. A repressão, o constrangimento, a repressão de “dentro”, no próprio sistema democrático, contém o “fora” sistemicamente. O “dentro” e o “fora” integram a mesma totalidade. O que implica dizer que não existem mais estratégias políticas “contra o fora”, como no período de formação dos estados nacionais, mas somente estratégias “com o fora”, ou seja, a transformação nacional e internacional está contida no mesmo processo transformador”.
Tarso Genro defende explicitamente que o caminho é o governo mundial. É provável que, na sua cabeça, a América do Sul tenha a capital em Brasília, mas isso é só uma hipótese. Friamente o que vemos é um governador de Estado importante, ex-ministro, trair os interesses nacionais de forma explícita, colocando a subordinação do país sem qualquer pudor ou temor de críticas. É como se só seus seguidores estivessem lendo o seu texto.
Seu besteirol conclusivo: "A internacionalização radical da política outorgada pela teoria ao proletariado universal foi realizada pelo anti-humanismo universal do capital financeiro, que capturou os estados e suprimiu soberanias".
A desonestidade é que a proposta do governo mundial é tese esquerdista desde a origem, mas está colocada como uma ação má do capitalismo. Não esperemos coerência do teórico dos pampas.
Depois de perorar sobre a mudança na divisão internacional do trabalho e suas consequências para os trabalhadores, usando os velhos clichês marxistas e inovações dignas de riso, como o tal trabalho "imaterial", Tarso Genro escreveu: "Tal contexto abarca a natureza do consumo, a redução do espaço público para a fruição livre, a uniformização de uma indumentária que integra, pela aparência, os setores assalariados com os padrões das classes privilegiadas".
Ele é incapaz de reconhecer que os ganhos de produtividade verificados nas últimas décadas simplesmente elevaram os padrões gerais de consumo, graças aos mecanismos de mercado, que transferem aos preços os tais ganhos.
Na sequência, coloca a sua segunda "tese":
"É o capítulo da disputa pela a hegemonia, portanto, para instituir políticas de desenvolvimento e políticas públicas de coesão social, que apontem para um novo Contrato Social, cuja bases não são somente as instituições republicanas clássicas, mas as combinações destas instituições com as formas de democracia direta, presenciais e virtuais".
O sonho jacobino de Tarso Genro é fazer referendo a cada 24 horas, com as hordas politicamente controladas legitimando a ditadura em que possivelmente ele seria um dos mandatários. É o sonho de Rousseau, fecundado pelos delírios de Marx.
Completou a sua retórica jacobina:
"Só a democracia política exercida de forma plena, sobre a gestão do Estado e na definição das suas políticas globais, é capaz de expor a desumanidade das contradições que separam, cada vez mais, regime democrático e capitalismo".
Sua terceira "tese":
"A crise emendou a vitória do tatcherismo sobre a esquerda européia com o fim da URSS; a crise do "sub-prime" com o "euro"; a ocupação do Iraque com o fracasso do Presidente Obama; a emergência do Brasil no cenário mundial com a "flexibilização" da social-democracia européia. O que pode, neste contexto, unificar distintas matizes da "nova" e da "velha" esquerda -contra as políticas de decomposição das funções públicas do Estado- é o exercício, pelo Estado, de políticas antagônicas às ditadas pelas agências privadas, que hoje orientam as políticas de Estado e são responsáveis pela crise. Não é a derrubada do Estado para a instalação de uma nova ordem, que, de resto sequer tem suporte social para configurá-la, que está na ordem do dia".
Bem interessante a expressão "funções públicas do Estado", como se pudesse haver alguma função privada do mesmo. Retórica vazia de quem não tem o que dizer.
Sua conclusão:
"Trata-se de um período não revolucionário e de reação política, de falência tanto dos modelos socialistas dito marxistas, como dos modelos da social-democracia clássica: o neoliberalismo está com a sua hegemonia abalada, mas ainda não sucumbiu".
É bem típico do teorizar pampeiro: usar toda a retórica marxista, suas categorias, para afinal declarar que os modelos socialistas estão falidos. Ora, é de se perguntar por que ele os usa. Implicitamente Tarso Genro recorre à prevalência do modelo do marxismo cultural, que tanto tem dado certo no Brasil, na esteira da revolução gramsciana, que afinal o pôs no poder. Daí o autor perorar, na sequência: "A integração, portanto, das "lutas sociais" com as "lutas políticas" tradicionais, promovidas pelas esquerdas modernas e pós-modernas, pode ser baseada numa agenda comum, que remeta para a recuperação das funções públicas do Estado".
Tarso Genro se declara um esquerdista pós-moderno, seja lá o que isso signifique.
Sua grande conclusão é que os partidos de esquerda devem radicalizar: "Se os partidos de esquerda não reduzirem as suas taxas de pragmatismo e não se unificarem numa agenda política avançada, inclusive em termos de reforma política, não atentarem para esta nova etapa estratégica -que deverá ser enfrentada pelo nosso Estado Democrático e suas instituições políticas- tudo que obtivemos até agora poderá ser perdido. O fortalecimento democrático, financeiro, político e militar, do Estado brasileiro (combinado com ousadas políticas de combate às desigualdades sociais e regionais), é a grande contribuição que o nosso país pode dar ao mundo para uma saída da crise por fora da tragédia grega.
O ato falho aqui é a exteriorização do temor de perder "tudo", ou seja, o poder que alcançaram. Teme uma contra revolução. É como se dissesse: - "Camaradas revolucionários, cuidem para seguir minhas orientações teóricas, sob pena de perecer". É preciso atentar para os delírios de Tarso Genro, pois esse será o caminho a ser trilhado: a tal radicalização da democracia direta e a integração ao governo mundial. Tarso Genro sabe que é essa a garantia de que precisa para se perpetuar no poder.
Escrito por Nivaldo Cordeiro,
28 Fevereiro 2012
CHÁVEZ SE RECUPERA DE CIRURGIA PARA RETIRADA DE UM CÂNCER
Mensagem de consultoria divulgada pelo site WikiLeaks, diz presidente tem um ou dois anos de vida.
Notícia
AE - Agência Estado
Fernando Llano/AP.
Chávez passou por cirurgia na noite de 2ª feira em Cuba
NOVA YORK - O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, passou por uma cirurgia de 90 minutos para retirar um câncer em Cuba, na noite de segunda-feira, 27, e agora se recupera no hospital Cimeq, em Havana, informou a agência Reuters nesta terça-feira, 28.
A agência citou com fonte pessoas próximas ao presidente, mas autoridades do governo venezuelano não comentaram o fato. Ainda não há informações detalhadas sobre o estado de saúde do presidente.
Entre milhares de mensagens internas da consultoria de risco Stratfor divulgadas ontem pelo site WikiLeaks, uma diz que médicos russos que examinaram Chávez deram ao presidente "um ou dois anos de vida" e criticaram seu tratamento.
As informações são da Dow Jones.
28 de fevereiro de 2012
Notícia
AE - Agência Estado
Fernando Llano/AP.
Chávez passou por cirurgia na noite de 2ª feira em Cuba
NOVA YORK - O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, passou por uma cirurgia de 90 minutos para retirar um câncer em Cuba, na noite de segunda-feira, 27, e agora se recupera no hospital Cimeq, em Havana, informou a agência Reuters nesta terça-feira, 28.
A agência citou com fonte pessoas próximas ao presidente, mas autoridades do governo venezuelano não comentaram o fato. Ainda não há informações detalhadas sobre o estado de saúde do presidente.
Entre milhares de mensagens internas da consultoria de risco Stratfor divulgadas ontem pelo site WikiLeaks, uma diz que médicos russos que examinaram Chávez deram ao presidente "um ou dois anos de vida" e criticaram seu tratamento.
As informações são da Dow Jones.
28 de fevereiro de 2012
O ESTRANHO SILÊNCIO SOBRE LULA
Pouca gente deu bola para este vídeo em HD de Luiz Inácio Lula da Silva justificando por que não poderia desfilar pela Escola de Samba Gaviões da Fiel, no recente carnaval.
Curioso também é o silêncio midiático sobre a evolução do estado de saúde do ex-Presidente, submetido a torturantes e violentas Químio e radioterapias para acabar com o imenso tumor maligno na laringe.
É tão ou mais inquietante que o silêncio sobre o escândalo denunciado pela revista Veja, ligando uma advogada implicada com a Máfia do Distrito Federal ao poderoso ministro Gilberto Carvalho e ao ministro do Supremo Tribunal Federal, José Dias Toffoli.
A petralhada continua fazendo seu carnaval. Até quando?
Por Jorge Serrão
28 de fevereiro de 2012
COERÊNCIA E INTEGRIDADE
Artigos - Cultura
A coerência do discurso, objeto da lógica, é decerto importante, mas apenas como expressão exteriorizada de uma coerência mais profunda: a consistência da percepção do mundo, manifestação, por sua vez, da unidade e integridade da alma.
Meu artigo anterior poderia dar ocasião a inumeráveis outros, tantas são as consequências que anuncia e as perguntas que sugere. Uma destas é: qual a importância da lógica na formação do filósofo? De certo modo essa pergunta já foi respondida pelo próprio desenrolar dos fatos históricos: existiu filosofia, e grande filosofia – a maior delas –, uma geração antes de que Aristóteles formulasse pela primeira vez as regras da lógica.
O pensamento lógico é, decerto, uma capacidade natural do ser humano, e desde os tempos mais remotos a especulação filosófica faz uso dele quase que por instinto, mas a lógica enquanto técnica explícita só apareceu quando a filosofia, sem ela, já havia alcançado seus mais altos cumes, nunca ultrapassados pela evolução posterior.
Quando Alfred N. Whitehead disse que a história da filosofia não passa de uma coleção de notas de rodapé aos escritos de Platão, incluía nisso, é claro, a filosofia inteira de Aristóteles. Assim como esta é apenas a exploração avançada de sendas já abertas pelo platonismo (e o filósofo de Estagira é o primeiro a reconhecê-lo, ao referir-se a si próprio como um de "nós, os platônicos"), a tekhne logike não passa de um ramo especial da filosofia aristotélica, que a transcende infinitamente e não é de maneira alguma determinada por ela nem na sua forma expositiva, nem no seu sentido íntimo.
A coerência do discurso, objeto da lógica, é decerto importante, mas apenas como expressão exteriorizada de uma coerência mais profunda: a consistência da percepção do mundo, manifestação, por sua vez, da unidade e integridade da alma – o equilíbrio interno do spoudaios, o homem maduro e maximamente desenvolvido, consciente de si, dominador do seu universo interior, capacitado a buscar, se me permitem citar-me a mim mesmo, "a unidade do conhecimento na unidade da consciência (cognitiva e moral) e vice-versa".
Separado desse fundo, o culto do discurso coerente torna-se apenas um fetichismo, hipnoticamente atraente como todos, arriscando erguer as mais sofisticadas construções intelectuais em cima de uma base perceptiva pobre ou deformada.
Que tantos filósofos notáveis pelas suas contribuições à lógica tenham descido ao nível da mais acachapante puerilidade quando abandonaram os domínios do puro formalismo e se aventuraram a tratar de problemas substantivos da história, da moral, da religião e da política (Wittgenstein e Russell são casos exemplares), não é um detalhe marginal das suas biografias, mas o sinal de que a busca da integridade do discurso pode ser às vezes a camuflagem usada para encobrir uma consciência fragmentária e dispersa, incapaz de responder por si mesma ante as realidades da vida.
Aristóteles sempre esteve consciente de que o discurso lógico não surge no ar, mas se ergue em cima de todo um caleidoscópio de percepções e recordações que não cede ao impulso da formalização lógica senão após uma série de depurações muito trabalhosas, que vão passando da linguagem poética (muitíssimo bem definida por Benedetto Croce como expressão de impressões), através das escolhas retóricas e confrontações dialéticas, até o formalismo da demonstração lógica, incapaz de abranger senão um fragmento mínimo da experiência humana.
Quando se perdem de vista as raízes que o raciocínio lógico tem nas modalidades menos abstratas de discurso (e estas na complexidade da alma vivente), os progressos da formalização arriscam tornar-se pretextos de uma irresponsabilidade cognitiva quase demencial, tanto mais danosa quanto mais adornada de perfeições técnicas imponentes.
Não por coincidência, as escolas filosóficas que privilegiam acima de tudo a análise lógica concentraram-se no idioma padronizado das ciências e na "linguagem cotidiana" (muitas vezes constituída de frases banais inventadas ad hoc pelo próprio filósofo, do tipo "a vassoura está atrás da porta"), fugindo de enfrentar a linguagem da grande literatura e da revelação, as únicas em que se expressam as potencialidades máximas da fala e, portanto, nas quais transparece a verdadeira natureza da linguagem.
Foi por isso que, nos seus célebres confrontos com Ludwig Wittgenstein, o genial crítico literário F. R. Leavis, que só enfocava a linguagem com base em exemplos reais colhidos na complexidade da trama social e da herança literária dos séculos, acabou por se definir como um "antifilósofo". No sentido grego, seria um filósofo até maior do que aquele seu amigo e antagonista. Num ambiente de filósofos "profissionais" apegados ao formalismo lógico, só podia ser mesmo um "anti".
Uma certa dificuldade no aprendizado da lógica moderna (nada, no entanto, que não se possa superar com um pouco de paciência) ameaça dar ao estudante a impressão de que ali se encontra o máximo de "seriedade" que a inteligência humana pode alcançar. Mas a integridade do discurso lógico só é verdadeiramente séria quando arraigada na integridade de uma visão pessoal responsável, de uma percepção abrangente e madura da realidade, estendida para muito além das possibilidades acessíveis da prova lógica.
A disciplina do pensamento lógico não é, definitivamente não é, o padrão máximo da honestidade filosófica, ela é apenas a sua expressão mais externa, mais "visível" e menos essencial. O filósofo que descura da disciplina da alma e capricha ao máximo na coerência lógica é como um capomafioso, que, vivendo da jogatina, da exploração do lenocínio e do assassinato dos concorrentes, se achasse muito honesto por manter seus livros de contabilidade na mais perfeita ordem.
Olavo de Carvalho
28 de fevereiro de 2012
Publicado no Diário do Comércio.
A coerência do discurso, objeto da lógica, é decerto importante, mas apenas como expressão exteriorizada de uma coerência mais profunda: a consistência da percepção do mundo, manifestação, por sua vez, da unidade e integridade da alma.
Meu artigo anterior poderia dar ocasião a inumeráveis outros, tantas são as consequências que anuncia e as perguntas que sugere. Uma destas é: qual a importância da lógica na formação do filósofo? De certo modo essa pergunta já foi respondida pelo próprio desenrolar dos fatos históricos: existiu filosofia, e grande filosofia – a maior delas –, uma geração antes de que Aristóteles formulasse pela primeira vez as regras da lógica.
O pensamento lógico é, decerto, uma capacidade natural do ser humano, e desde os tempos mais remotos a especulação filosófica faz uso dele quase que por instinto, mas a lógica enquanto técnica explícita só apareceu quando a filosofia, sem ela, já havia alcançado seus mais altos cumes, nunca ultrapassados pela evolução posterior.
Quando Alfred N. Whitehead disse que a história da filosofia não passa de uma coleção de notas de rodapé aos escritos de Platão, incluía nisso, é claro, a filosofia inteira de Aristóteles. Assim como esta é apenas a exploração avançada de sendas já abertas pelo platonismo (e o filósofo de Estagira é o primeiro a reconhecê-lo, ao referir-se a si próprio como um de "nós, os platônicos"), a tekhne logike não passa de um ramo especial da filosofia aristotélica, que a transcende infinitamente e não é de maneira alguma determinada por ela nem na sua forma expositiva, nem no seu sentido íntimo.
A coerência do discurso, objeto da lógica, é decerto importante, mas apenas como expressão exteriorizada de uma coerência mais profunda: a consistência da percepção do mundo, manifestação, por sua vez, da unidade e integridade da alma – o equilíbrio interno do spoudaios, o homem maduro e maximamente desenvolvido, consciente de si, dominador do seu universo interior, capacitado a buscar, se me permitem citar-me a mim mesmo, "a unidade do conhecimento na unidade da consciência (cognitiva e moral) e vice-versa".
Separado desse fundo, o culto do discurso coerente torna-se apenas um fetichismo, hipnoticamente atraente como todos, arriscando erguer as mais sofisticadas construções intelectuais em cima de uma base perceptiva pobre ou deformada.
Que tantos filósofos notáveis pelas suas contribuições à lógica tenham descido ao nível da mais acachapante puerilidade quando abandonaram os domínios do puro formalismo e se aventuraram a tratar de problemas substantivos da história, da moral, da religião e da política (Wittgenstein e Russell são casos exemplares), não é um detalhe marginal das suas biografias, mas o sinal de que a busca da integridade do discurso pode ser às vezes a camuflagem usada para encobrir uma consciência fragmentária e dispersa, incapaz de responder por si mesma ante as realidades da vida.
Aristóteles sempre esteve consciente de que o discurso lógico não surge no ar, mas se ergue em cima de todo um caleidoscópio de percepções e recordações que não cede ao impulso da formalização lógica senão após uma série de depurações muito trabalhosas, que vão passando da linguagem poética (muitíssimo bem definida por Benedetto Croce como expressão de impressões), através das escolhas retóricas e confrontações dialéticas, até o formalismo da demonstração lógica, incapaz de abranger senão um fragmento mínimo da experiência humana.
Quando se perdem de vista as raízes que o raciocínio lógico tem nas modalidades menos abstratas de discurso (e estas na complexidade da alma vivente), os progressos da formalização arriscam tornar-se pretextos de uma irresponsabilidade cognitiva quase demencial, tanto mais danosa quanto mais adornada de perfeições técnicas imponentes.
Não por coincidência, as escolas filosóficas que privilegiam acima de tudo a análise lógica concentraram-se no idioma padronizado das ciências e na "linguagem cotidiana" (muitas vezes constituída de frases banais inventadas ad hoc pelo próprio filósofo, do tipo "a vassoura está atrás da porta"), fugindo de enfrentar a linguagem da grande literatura e da revelação, as únicas em que se expressam as potencialidades máximas da fala e, portanto, nas quais transparece a verdadeira natureza da linguagem.
Foi por isso que, nos seus célebres confrontos com Ludwig Wittgenstein, o genial crítico literário F. R. Leavis, que só enfocava a linguagem com base em exemplos reais colhidos na complexidade da trama social e da herança literária dos séculos, acabou por se definir como um "antifilósofo". No sentido grego, seria um filósofo até maior do que aquele seu amigo e antagonista. Num ambiente de filósofos "profissionais" apegados ao formalismo lógico, só podia ser mesmo um "anti".
Uma certa dificuldade no aprendizado da lógica moderna (nada, no entanto, que não se possa superar com um pouco de paciência) ameaça dar ao estudante a impressão de que ali se encontra o máximo de "seriedade" que a inteligência humana pode alcançar. Mas a integridade do discurso lógico só é verdadeiramente séria quando arraigada na integridade de uma visão pessoal responsável, de uma percepção abrangente e madura da realidade, estendida para muito além das possibilidades acessíveis da prova lógica.
A disciplina do pensamento lógico não é, definitivamente não é, o padrão máximo da honestidade filosófica, ela é apenas a sua expressão mais externa, mais "visível" e menos essencial. O filósofo que descura da disciplina da alma e capricha ao máximo na coerência lógica é como um capomafioso, que, vivendo da jogatina, da exploração do lenocínio e do assassinato dos concorrentes, se achasse muito honesto por manter seus livros de contabilidade na mais perfeita ordem.
Olavo de Carvalho
28 de fevereiro de 2012
Publicado no Diário do Comércio.
A PROPAGANDA ENGANOSA GOVERNA O BRASIL
De vez em quando alguém se dá conta de que, eleição após eleição, os partidos governistas se engalfinham à frente de seus candidatos com os candidatos dos partidos oposicionistas.
Parece uma luta ideológica. Trata-se, no entanto, de um esforço concentrado de ambos os lados para realizar suas necessidades fisiológicas. Ninguém acredita em ninguém; nada é o que parece.
Quando o metalúrgico atabalhoado que trouxe na própria extremidade do corpo o espírito de sua competência como trabalhador de porta de fábrica, dizia que era ele o candidato à Presidência da República, quem estava sendo eleito era um marqueteiro que gostava das brigas de galos de rinha, o Duda Mendonça que após cada programa de TV, relaxava e gozava em ilhas fiscais caribenhas.
Pois, ganhando mais espaço em televisão do que Luiz Gonzáles, marqueteiro de FHC e de Zé Serra, Duda Mendonça foi eleito presidente do Brasil em 2002 e governou sob o disfarce de Luiz Erário Lula da Silva, até se meter a cantar de galo e abrir o bico quando não devia. Aí, quem passou a presidir o Brasil foi João Santana, Alter Ego de Dilma Rousseff.
Agora, a briga pela prefeitura de São Paulo não tem nada de ideologia. Todos continuam acreditando em nada. Apenas no Poder, é claro. O Paço Municipal de São Paulo é apenas um primeiro passo para a conquista do Palácio do Planalto em 2014.
E a batalha é, outra vez, entre João Mendonça, marqueteiro do PT de Hahahadd e Luiz Gonzáles, dimensão em carne e osso do PSDB de Serra e o PSD de Kassab. Mas, não se iluda. Nenhum deles vale nada em termos de espírito político, em questões de consciência social. Todos esses que, se não se elegem hoje, amanhã acabam chegando ao Poder, não valem nada como políticos de verdade.
João Mendonça, Luiz Gonzáles, Lula, Dilma, Kassab, Serra, Hahahaddad só valem quanto pesam em termos de tempo de exposição na TV. O Brasil continua elegendo o que vê na TV.
Ou você acha que a Xuxa ou a Hebe Camargo perderiam uma eleição para qualquer Marta Suplicy, ou Dilma Russeff? Você é capaz de imaginar um desses paranóicos do Big Brother Brasil perdendo para Hahahaddad ou Zé Serra?!?
Já é tempo do Conab - Conselho Nacional de Propaganda - mandar tirar do ar, prender a rrebentar, por uso e abuso de propaganda enganosa, esses artistas de horários políticos gratuitos de TV que massacram a nação e elegem marqueteiros disfarçados de políticos.
Em outubro, todos saberão que será o prefeito de São Paulo: João Santa, atual presidente submerso da República, ou Luiz Gonzáles, ex-presidente com o nome de FHC e agora também conhecido por Serra ou Kassab.
28 de fevereiro de 2012
sanatório da notícia
Parece uma luta ideológica. Trata-se, no entanto, de um esforço concentrado de ambos os lados para realizar suas necessidades fisiológicas. Ninguém acredita em ninguém; nada é o que parece.
Quando o metalúrgico atabalhoado que trouxe na própria extremidade do corpo o espírito de sua competência como trabalhador de porta de fábrica, dizia que era ele o candidato à Presidência da República, quem estava sendo eleito era um marqueteiro que gostava das brigas de galos de rinha, o Duda Mendonça que após cada programa de TV, relaxava e gozava em ilhas fiscais caribenhas.
Pois, ganhando mais espaço em televisão do que Luiz Gonzáles, marqueteiro de FHC e de Zé Serra, Duda Mendonça foi eleito presidente do Brasil em 2002 e governou sob o disfarce de Luiz Erário Lula da Silva, até se meter a cantar de galo e abrir o bico quando não devia. Aí, quem passou a presidir o Brasil foi João Santana, Alter Ego de Dilma Rousseff.
Agora, a briga pela prefeitura de São Paulo não tem nada de ideologia. Todos continuam acreditando em nada. Apenas no Poder, é claro. O Paço Municipal de São Paulo é apenas um primeiro passo para a conquista do Palácio do Planalto em 2014.
E a batalha é, outra vez, entre João Mendonça, marqueteiro do PT de Hahahadd e Luiz Gonzáles, dimensão em carne e osso do PSDB de Serra e o PSD de Kassab. Mas, não se iluda. Nenhum deles vale nada em termos de espírito político, em questões de consciência social. Todos esses que, se não se elegem hoje, amanhã acabam chegando ao Poder, não valem nada como políticos de verdade.
João Mendonça, Luiz Gonzáles, Lula, Dilma, Kassab, Serra, Hahahaddad só valem quanto pesam em termos de tempo de exposição na TV. O Brasil continua elegendo o que vê na TV.
Ou você acha que a Xuxa ou a Hebe Camargo perderiam uma eleição para qualquer Marta Suplicy, ou Dilma Russeff? Você é capaz de imaginar um desses paranóicos do Big Brother Brasil perdendo para Hahahaddad ou Zé Serra?!?
Já é tempo do Conab - Conselho Nacional de Propaganda - mandar tirar do ar, prender a rrebentar, por uso e abuso de propaganda enganosa, esses artistas de horários políticos gratuitos de TV que massacram a nação e elegem marqueteiros disfarçados de políticos.
Em outubro, todos saberão que será o prefeito de São Paulo: João Santa, atual presidente submerso da República, ou Luiz Gonzáles, ex-presidente com o nome de FHC e agora também conhecido por Serra ou Kassab.
28 de fevereiro de 2012
sanatório da notícia
ACHO QUE DESCOBRI POR QUE O BRASIL ESTÁ DESSE JEITO ...
Eleitores do Brasil
1. Um sujeito comprou uma geladeira nova e, prá se livrar da velha, colocou-a em frente à casa com o aviso: "De graça. Se quiser, pode levar". A geladeira ficou três dias, sem receber um olhar dos passantes. Ele chegou à conclusão que as pessoas não acreditavam na oferta. Parecia bom demais prá ser verdade, e ele mudou o aviso: "Geladeira à venda por R$ 50,00".
No dia seguinte, ela tinha sido roubada!
Cuidado! Esse tipo de gente vota!
2. Olhando uma casa para alugar, meu irmão perguntou à corretora de imóveis de que lado era o Norte, porque não queria que o sol o acordasse todas as manhãs. A corretora perguntou: "O sol nasce no norte?". Quando meu irmão explicou que o sol nasce no Leste (aliás, há um bom tempo isso acontece), ela disse:
"Eu não me mantenho atualizada a respeito desse tipo de coisa".
Ela também vota!
3. Antigamente, eu trabalhava em suporte técnico num centro de atendimento a clientes em Manaus. Um dia, recebi um telefonema de um sujeito que perguntou em que horário o centro de atendimento estava aberto. Eu disse a ele: "O número que o senhor discou está disponível 24 horas por dia, 7 dias por semana."Ele perguntou: "Pelo horário de Brasília ou pelo horário de Manaus ?".
Prá acabar logo com o assunto, respondi: "Horário de Manaus".
Ele vota!
4. Meu colega e eu estávamos almoçando no restaurante self-service da empresa, quando ouvimos uma das assistentes administrativas falando a respeito das queimaduras de sol que ela havia tido, ao ir de carro ao litoral. Estava num conversível, por isso "não pensou que ficaria queimada, pois o carro estava em movimento".
Ela também vota!
5. Minha cunhada tem uma ferramenta salva-vidas no carro, projetada para cortar o cinto de segurança, se ela ficar presa nele.
Ela guarda a ferramenta no porta malas!
Minha cunhada também vota!
6. Meus amigos e eu fomos comprar cerveja para uma festa, e notamos que os engradados tinham desconto de 10%. Como era uma festa grande, compramos 2 engradados.
O caixa multiplicou 10% por 2 e nos deu um desconto de 20%.
Ele também vota!
7. Saí com um amigo e vimos uma mulher com um aro no nariz, atrelado a um brinco, por meio de uma corrente. Meu amigo disse: "Será que a corrente não dá um puxão a cada vez que ela vira a cabeça?".
Expliquei que o nariz e a orelha de uma pessoa permanecem à mesma distância, independente da pessoa virar a cabeça ou não.
Meu amigo também vota!
8. Eu não conseguia achar minhas malas na área de bagagens do aeroporto. Fui então até o setor de bagagem extraviada e disse à mulher que minhas malas não tinham aparecido. Ela sorriu e me disse para não me preocupar, porque ela era uma profissional treinada e eu estava em boas mãos...
"Apenas me informe: o seu avião já chegou?".
Ela também vota!
9. Esperando ser atendido numa pizzaria, observei um homem pedindo uma pizza para viagem. Ele estava sozinho e o pizzaiolo perguntou se ele preferia que a pizza fosse cortada em 4 pedaços ou em 6. Ele pensou algum tempo, antes de responder:
"Corte em 4 pedaços... Acho que não estou com fome suficiente para comer 6 pedaços".
Adivinha?? Isso mesmo, ele também vota!
Pronto!
Agora você já sabe QUEM elege esses políticos
Pois é, falta educação, e muita, em todos os ambientes que são responsáveis por dar educação, a começar pela família, pelas escolas/professores e por todos os relacionamentos sociais.
28 de fevereiro de 2012
Enviado por Gracialavida
1. Um sujeito comprou uma geladeira nova e, prá se livrar da velha, colocou-a em frente à casa com o aviso: "De graça. Se quiser, pode levar". A geladeira ficou três dias, sem receber um olhar dos passantes. Ele chegou à conclusão que as pessoas não acreditavam na oferta. Parecia bom demais prá ser verdade, e ele mudou o aviso: "Geladeira à venda por R$ 50,00".
No dia seguinte, ela tinha sido roubada!
Cuidado! Esse tipo de gente vota!
2. Olhando uma casa para alugar, meu irmão perguntou à corretora de imóveis de que lado era o Norte, porque não queria que o sol o acordasse todas as manhãs. A corretora perguntou: "O sol nasce no norte?". Quando meu irmão explicou que o sol nasce no Leste (aliás, há um bom tempo isso acontece), ela disse:
"Eu não me mantenho atualizada a respeito desse tipo de coisa".
Ela também vota!
3. Antigamente, eu trabalhava em suporte técnico num centro de atendimento a clientes em Manaus. Um dia, recebi um telefonema de um sujeito que perguntou em que horário o centro de atendimento estava aberto. Eu disse a ele: "O número que o senhor discou está disponível 24 horas por dia, 7 dias por semana."Ele perguntou: "Pelo horário de Brasília ou pelo horário de Manaus ?".
Prá acabar logo com o assunto, respondi: "Horário de Manaus".
Ele vota!
4. Meu colega e eu estávamos almoçando no restaurante self-service da empresa, quando ouvimos uma das assistentes administrativas falando a respeito das queimaduras de sol que ela havia tido, ao ir de carro ao litoral. Estava num conversível, por isso "não pensou que ficaria queimada, pois o carro estava em movimento".
Ela também vota!
5. Minha cunhada tem uma ferramenta salva-vidas no carro, projetada para cortar o cinto de segurança, se ela ficar presa nele.
Ela guarda a ferramenta no porta malas!
Minha cunhada também vota!
6. Meus amigos e eu fomos comprar cerveja para uma festa, e notamos que os engradados tinham desconto de 10%. Como era uma festa grande, compramos 2 engradados.
O caixa multiplicou 10% por 2 e nos deu um desconto de 20%.
Ele também vota!
7. Saí com um amigo e vimos uma mulher com um aro no nariz, atrelado a um brinco, por meio de uma corrente. Meu amigo disse: "Será que a corrente não dá um puxão a cada vez que ela vira a cabeça?".
Expliquei que o nariz e a orelha de uma pessoa permanecem à mesma distância, independente da pessoa virar a cabeça ou não.
Meu amigo também vota!
8. Eu não conseguia achar minhas malas na área de bagagens do aeroporto. Fui então até o setor de bagagem extraviada e disse à mulher que minhas malas não tinham aparecido. Ela sorriu e me disse para não me preocupar, porque ela era uma profissional treinada e eu estava em boas mãos...
"Apenas me informe: o seu avião já chegou?".
Ela também vota!
9. Esperando ser atendido numa pizzaria, observei um homem pedindo uma pizza para viagem. Ele estava sozinho e o pizzaiolo perguntou se ele preferia que a pizza fosse cortada em 4 pedaços ou em 6. Ele pensou algum tempo, antes de responder:
"Corte em 4 pedaços... Acho que não estou com fome suficiente para comer 6 pedaços".
Adivinha?? Isso mesmo, ele também vota!
Pronto!
Agora você já sabe QUEM elege esses políticos
Pois é, falta educação, e muita, em todos os ambientes que são responsáveis por dar educação, a começar pela família, pelas escolas/professores e por todos os relacionamentos sociais.
28 de fevereiro de 2012
Enviado por Gracialavida
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