"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



sexta-feira, 26 de outubro de 2012

DOIS PESOS E TRÊS MEDIDAS


 


Ninguém aguenta mais falar do mensalão. Então pouparei os leitores de mais um mergulho na lama — não só das condenações do julgamento, mas dos gigabytes de lixo digital que provocaram, de um lado e de outro, nivelados pelo ódio irracional, a ignorância e a covardia. Decisões judiciais não se discutem, cumprem-se.

Se o Supremo Tribunal Federal não for a garantia máxima dos direitos individuais e da Constituição, quem os garantirá? As Forças Armadas, a polícia ou as milícias?

É mais interessante aguardar o julgamento dos mensalões de Minas e de Brasília, já com jurisprudência firmada pelo STF e sob a vigilância da imprensa e da opinião publica.

Quem ainda vai querer discutir se os julgamentos serão políticos ou técnicos? Se os critérios que a maioria do Supremo usou para condenar petistas e petebistas não foram justos, como podem servir para condenar tucanos e demos? O “moralismo udenista” que condenou uns será menos moralista, ou udenista, para condenar outros?

Espero que todos esses, chamados pelo ministro Celso de Mello de delinquentes e conspiradores, paguem por seus crimes contra a democracia, assim como seus colegas de outros partidos, porque está provado que a desonestidade, a sem-vergonhice e a ganância de poder são suprapartidárias — a honestidade, a decência e a ética são qualidades individuais e ninguém detém seu monopólio.

Só espero que os condenados de Minas e de Brasília não sejam transformados pelos seus partidos em heróis da democracia, ou vítimas do sistema eleitoral. Mas que assumam suas responsabilidades e convivam democraticamente com seus adversários políticos, e agora colegas de crime, no pátio da cadeia.


 
Também estou esperançoso que esses julgamentos tenham no Brasil o efeito que a Operação Mãos Limpas teve na Itália, mudando a cultura politica e habituando o povo a ver banqueiros, empresários e políticos poderosos respondendo pelos seus crimes como qualquer cidadão.

Mas aí é esperar demais: nada garante que eles vão melhorar, o mais provável é que inventem novos esquemas ilegais, mais discretos e eficientes, para fazer caixa e manter o poder.

26 de outubro de 2012
Nelson Motta é jornalista

PREOCUPAÇÃO SAUDÁVEL

 

Mesmo que demonstrem estar aprendendo na prática a fazer dosimetrias, sem conseguir assim deslanchar a conclusão do julgamento do mensalão, os ministros do STF vêm dando demonstração pública de suas preocupações com a coerência de seus votos, sempre no sentido de não atribuir aos réus penas que não correspondam à real participação de cada um no esquema de corrupção.

Os desacordos a que estamos assistindo ao vivo e em cores aconteceriam do mesmo modo se as reuniões fossem realizadas nos bastidores do STF. Só não saberíamos o que se passou, e o acórdão com penas e demais decisões seria divulgado já escoimado de todos os erros e incoerências verificados nas discussões da dosimetria.

Este é um dos problemas da decisão de transmitir as sessões ao vivo pela TV. O que pode parecer a nós leigos desencontro impensável entre ministros que deveriam saber o que fazer numa hora dessas é, na verdade, discussão normal sobre a aplicação de penas em processo atípico, que reúne vários réus e vários crimes, com alguns dos réus acusados de diversos crimes.

Como disse ontem o presidente do Supremo, Ayres Britto, a dosimetria é tarefa muito mais simples para um juiz singular do que para um colegiado como o do STF, visto como uma reunião de 11 ilhas, cada qual com seu próprio ponto de vista.

Saber voltar atrás em decisões pessoais para se adaptar ao voto majoritário é uma tarefa árdua para muitas daquelas personalidades, que estão aprendendo a fazer isso diante dos olhos da opinião pública, os telespectadores.

O que aconteceu ontem foi muito diferente dos primeiros dias da dosimetria, quando houve erros claros no uso de legislação e aplicação de pena que não existia na lei. O que se viu ontem foi a preocupação saudável de todos os ministros de dar coerência às penas, mesmo que seja preciso revisitar algumas das penas já dadas a Marcos Valério.

Precisamos de critérios e premissas, bradou a certa hora Luiz Fux. Há evidentemente uma diferença conceitual entre o que pensa o relator Joaquim Barbosa e o revisor Lewandowski sobre a aplicação das penas, mas ambos concordam em que é preciso tomar cuidado para que as penas de todos os réus guardem coerência entre si.

E, para isso, se dispuseram a rever seus critérios em relação a Ramon Hollerbach, para que sua punição no caso de lavagem de dinheiro seja menor que a dada a Marcos Valério.

Lewandowski continua insistindo em que é preciso olhar o conjunto da pena de cada réu, para aplicar a dose certa. Barbosa mostra-se irritado com essa tese, pois acredita que, com as brechas que existem na legislação penal brasileira, é preciso ser rigoroso para que a pena não acabe sendo anulada pelos abrandamentos nela contidos.

Foi por isso que ele se insurgiu contra o pedido do advogado de Hollerbach para que o voto do ex-ministro Cezar Peluso, que deu pena mínima para o réu na questão de lavagem de dinheiro, fosse levado em conta na hora da definição total da pena. “Pena mínima que certamente fará com que o crime esteja prescrito”, comentou ironicamente o relator.

É possível que o julgamento não chegue ao fim antes da aposentadoria compulsória de Ayres Britto, a 18 de novembro. Mesmo que isso aconteça, não haverá grandes problemas porque, como ele comentou, os critérios já estarão definidos na retomada do julgamento em 7 de novembro, e ele deixará seus votos por escrito.

A questão a resolver é se o relator Joaquim Barbosa deve assumir a presidência acumulando as duas funções.

Embora não exista nada no regimento interno que proíba, como a votação está ancorada nos votos do relator e do revisor, seria razoável que outro ministro presidisse as poucas sessões que restarão, para que não pairem dúvidas sobre a condução do julgamento. Especialmente se o núcleo político for o último a ter as penas definidas.

Ao contrário do que escrevi ontem, o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares está condenado em apenas dois crimes, formação de quadrilha e corrupção ativa, não podendo, portanto, ser condenado a tantos anos quanto o lobista Marcos Valério.

26 de outubro de 2012
Merval Pereira, O Globo

MOMENTOS INESQUECÍVEIS DA POLÍTICA BRASILEIRA

FRASE DO DIA


"Desempregados do mensalão, se o PT ganhar, já terão emprego aqui em SP."


José Serra, candidato do PSDB a prefeitura de São Paulo

26 de outubro de 2012

IMAGEM DO DIA

Uma escultura de 13 metros de Gollum, personagem de 'O Senhor dos Anéis' é colocada no aeroporto de Wellington, na Nova Zelândia
Uma escultura de 13 metros de Gollum, personagem de 'O Senhor dos Anéis' é colocada no aeroporto de Wellington, na Nova Zelândia - AFP
 
26 de outubro de 2012

"EM PRAÇA PÚBLICA"

 
Beira a mais completa ligeireza a insistência de se reduzirem os debates entre os ministros do Supremo Tribunal Federal a meros bate-bocas entre pessoas nervosas.

Não há no plenário "vozerio de briga" ou "conversa simples, despretensiosa", conforme definição daquele termo no Aurélio.

O que existe, desde o primeiro dia, é um exame de mérito de um processo complicado que fala de legalidade, que diz respeito à liberdade de pessoas, que contém implicações institucionais e sinaliza balizas futuras para o trato de crimes contra a administração pública.

O grau de divergência entre os ministros expressa a complexidade das decisões a serem tomadas. Nada mais natural - vale dizer, desejável até - que haja altercações.

Não há o que temer quando se estabelece o embate de posições. Antes a tensão dos confrontos que a paz dos cemitérios.

Preocupante seria se o Supremo examinasse um processo dessa magnitude na ausência do contraditório, de forma asséptica, inacessível à compreensão do público.

Ou, como parecem preferir alguns, ao molde de caixa-preta a fim de se fugir do "espetáculo".

Se a regra inédita aplicada aos julgamentos da Corte Suprema brasileira é a da transparência, o STF está sendo absoluto: não atua no pressuposto do prato feito nem das combinações prévias como seria da natureza de uma Justiça feita na base da "exceção".

Tudo ocorre à vista e ao escrutínio da sociedade que ao fim e ao cabo é o melhor juiz da causa.

Os ministros fazem o mais difícil, se expõem. Por isso mesmo é maior o compromisso deles em relação à coerência e à consistência dos votos.

Em um dos embates da sessão de quarta-feira, o relator Joaquim Barbosa teve de recuar várias vezes, ficou vencido na discussão sobre aplicação de lei com maior ou menor rigor a Marcos Valério no caso da propina paga a Henrique Pizzolato, do Banco do Brasil, foi corrigido e mais adiante precisou pedir desculpas ao revisor por ter ultrapassado o limite da civilidade ao acusar Ricardo Lewandowski de atuar como advogado dos réus.

Tudo isso e muito mais de maneira aberta, oferecendo-se o tribunal ao julgamento público enquanto julga.
Pela ótica do bom senso - algo que deveria ser reconhecido como positivo. Entre outros motivos, porque é a própria vacina contra a exorbitância que apontam os críticos.

Ainda que saudável, a forma é secundária. Prioritário é o conteúdo. E este dirime qualquer dúvida sobre a questão da impunidade, centro das aflições nacionais. Confirmada a ocorrência dos crimes, só resta saber o tamanho da punição.

Fica, com isso, introduzido para o futuro um fator de risco a ser levado em conta por quem acha que a administração pública é terra de ninguém.

Chumbo trocado. Passada a eleição municipal, iniciados os primeiros movimentos concretos rumo à disputa presidencial de 2014, vai se explicitar uma ofensiva do PT contra o governador de Pernambuco, Eduardo Campos.
Principalmente se conseguirem derrotar o PSDB em São Paulo, os petistas vão se preocupar menos com os tucanos e muito mais em fazer de Campos um alvo. Pelo que anda dizendo o governador pernambucano dos petistas, digamos que será plenamente verdadeira.

Debaixo do pano. No oficial está mantido o acordo PT-PMDB de rodízio na presidência da Câmara, com a eleição do pemedebista Henrique Eduardo Alves em fevereiro de 2013. No paralelo, parte da bancada petista incentiva o lançamento do deputado Júlio Delgado (PSB) como alternativa.
Se for indispensável, o PT até engole o sapo, mas preferia não ver Câmara e Senado sob o comando do PMDB. No crucial ano de 2014.

26 de outubro de 2012
Dora Kramer, O Estado de S.Paulo

"A LUTA PELO CÉREBRO VERMELHO"

Quando o eloquente Adlai Stevenson disputava a presidência dos EUA com Dwight Eisenhower, uma mulher entusiasmada disse ao candidato Democrata, depois de um comício: “Todo ser pensante vai votar em você”, ao que Stevenson supostamente respondeu: “Senhora, isso nao é suficiente. Preciso da maioria”.

O filósofo David Hume reconheceu três séculos atrás que a razão é escrava da emoção, e não o contrário.

No livro “O Cérebro Político” (editora Unianchieta), que nao por acaso é prefaciado pelos agora ministros Aloizio Mercadante e José Eduardo Cardozo, o neurocientista norte-americano Drew Westen, professor de psicologia e psiquiatria da Universidade de Emory, e que também trabalhou como conselheiro de marketing em campanhas presidenciais do Partido Democrata, mostra como funcionam os circuitos neurais que controlam as emoções e as decisões dos eleitores.

Drew fala em experiências científicas comprovadas, e não trata a emoção como qualquer espécie de sentimentalismo rasteiro. A emoção não é tango. É ciência.

Drew parte dos estudos do neurocientista português Antonio Damásio, que dissecou o papel da emoção e da razão no cérebro humano, e trabalhou para comprovar tudo em experiências laboratoriais conduzidas através de ressonância magnética, que mapeou as áreas do cérebro e o funcionamento dos respectivos circuitos neurais.

Para facilitar o entendimento, Drew simplificou dividindo o córtex pré-frontal do cérebro em duas áreas, o “cérebro vermelho”, no centro do córtex, onde se localizam os circuitos emocionais, e o “cérebro azul”, na periferia do córtex, onde se localizam os circuitos racionais.

Resumindo um pouco grosseiramente: numa campanha política, quem trabalha para ativar os circuitos do “cérebro vermelho” tem mais chance de sucesso de quem trabalha para ativar os circuitos do “cérebro azul”.

Afirma Drew: “O cérebro gravita em torno de soluções concebidas para corresponder não apenas a dados, mas a desejos, por disseminação da ativação de redes que levam a conclusões associadas a emoções positivas, inibindo redes que levariam a emoções negativas”.

Em outras palavras: o cérebro de quem tem um partido político definido descarta as chamadas “emoções negativas” e tende a ativar apenas as emoções positivas já previamente definidas.
Assim, os petistas descartariam o mensalão, como se não tivesse existido, como os tucanos descartariam seus supostos escândalos ou a quebra da promessa de Serra de permanecer na prefeitura durante os 4 anos de mandato,como se também nao tivessem existido.

Discussões racionais sobre os temas não influenciam decisões no “cérebro vermelho”.
Assim, quem é petista permanece petista, quem é tucano permanece tucano, e é no centro flutuante e indefinido que os marqueteiros vão buscar aprisionar o “cérebro vermelho” que define quem ganha a eleição.

26 de outubro de 2012
Sandro Vaia

"NÃO TROQUE O CERTO PELO DUVIDOSO"

 





Essas são palavras do maior e mais experiente palanqueiro que este país já viu. Quando se trata de escolher em quem votar, concordo inteiramente com Lula. Aliás, devo essa lição a ele. Votei no novo em 2002.

Acreditei que era obrigação de quem tivera todas as chances na vida aceitar e apoiar um homem que vinha das camadas mais baixas da sociedade, que muito lutara para chegar onde chegou e que era abalizado por intelectuais que eu respeitava.

Deu no que deu.

E deu no que está dando.

O Julgamento do Mensalão, breve intervalo em nossas vidas, uma lição de cidadania, se não abrirmos os olhos se transformará, sim, na infame piada de salão do extravagante Delúbio.

Ou essas manifestações de desagravo a José Dirceu não são um ensaio para a grande piada?

Por que não o homenagearam quando Lula o demitiu da Casa-Civil? O que impediu ‘Os Amigos de 68’ de se reunirem quando Dirceu teve seu mandato de deputado cassado? Por que só agora essa demonstração de amor?

Será para frisar sua surpresa ao ver que os juízes nomeados pela dupla petista não eram vassalos, mas Juízes que mereciam a Toga?

Ou para deixar claro que na opinião deles corrupção, lavagem de dinheiro, formação de quadrilha, não são crimes e sim meras infrações?

E ainda vem a Folha de S. Paulo (25/10/2012) e publica um editorial que envergonha nossa Imprensa?

O coração do editorial é perfeito: precisamos de melhores cadeias e presídios, não é possível o Brasil, que se quer um país civilizado, ter masmorras infectas como as nossas.

Mas porque o Governo Federal – sob a direção do PT há 10 anos - deixou de cumprir sua obrigação, não vamos prender os colarinhos brancos? Só vamos trancafiar os pobres e os pretos? Para os 'educados', punições severas, mas em liberdade? É isso, Folha?

Sinceramente, concordo que criminosos de sangue são muito mais perigosos do que corruptos no meio da rua. É verdade. Não vejo nenhum desses infelizes com um AK-47 fuzilando crianças e velhos, nem sequer matando-se uns aos outros.

Mas se formos acreditar neles e em seus admiradores, alguns quando jovens, com sangue na guelra, bem acharam que uns tirinhos não fariam mal a ninguém...

Então, é o que dirão, era em nome de algo maior, de um projeto de governo para acabar com uma ditadura fascista; erradicar a pobreza no Brasil; fazer desta nação um exemplo para o mundo. Tal qual a União Soviética, que Deus a tenha!

Pois bem, chegaram ao Planalto e o que fizeram? Corromperam e foram corrompidos. E não me venham com enredo de novela: ‘o mensalão é uma farsa. Essa gente não roubou’.

Ah, é? Então me digam: quem pagou seus advogados?

Foto: Implicante/blog
 
26 de outubro de 2012
Maria Helena RR de Sousa

DEMOCRATAS ATRIBUI APAGÃO A APARELHAMENTO DE CARGOS PELO PT

 
Para o partido, governo petista abandonou a meritocracia, ocupou de forma desenfreada cargos estratégicos, desorganizou estatais e não investiu

O senador José Agripino Maia: chapa única para demonstrar união no DEM
Senador José Agripino Maia: estatais, desorganizadas, estão no limite (Elza Fiúza/Agência Brasil)

O presidente do DEM, senador José Agripino (RN), responsabilizou o aparelhamento dos cargos públicos pelo governo do PT pelos apagões ocorridos no país. Em nota divulgada nesta sexta-feira, Agripino lembra que, desta vez, a falta de energia atingiu o Nordeste e o Norte. "A origem do novo apagão de Dilma está no abandono da meritocracia pelo governo do PT, nas estatais e na ocupação desenfreada e inconsequente de cargos estratégico por critérios exclusivamente partidários", acusa.

Na avaliação do partido Democratas, a desorganização das empresas de energia nos governos petistas "fragiliza a manutenção e a operação do sistema". "Some-se a isso a falta de investimento", acrescenta. A nota lembra que os apagões ocorreram em várias regiões do Brasil, onde as estatais operam no limite da capacidade.

"O alívio de carga não funciona. É o retrato do desprezo pela qualidade técnica", reitera. "Esses apagões não acontecem por causas naturais ou simples falhas, como procura sistematicamente justificar o governo do PT. Há o uso das empresas estatais de forma irresponsável pelo governo", afirma a nota.

Marco regulatório – O texto destaca ainda que a sequência de fatos lamentáveis de suprimento de energia elétrica de Norte a Sul no Brasil decorre de um marco regulatório defeituoso que minimizou novos investimentos no setor. "Esse marco foi proposto e pessoalmente defendido pela então ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff, hoje presidente da República", lembra ainda a nota do DEM.

O deputado Arnaldo Jardim (PPS-SP) anunciou que pedirá a realização de audiência pública na Câmara dos Deputados para debater a "sequência de apagões". "Quando incidentes como esse acontecem com frequência, fica evidente a fragilidade do sistema", disse o deputado, que é membro da Comissão de Minas e Energia da Câmara. Ele lembra que, em pouco mais de um mês, o Nordeste foi atingido por dois apagões de grande proporção.

26 de outubro de 2012
Veja Online
(com Agência Estado)

DIRCEU, DELÚBIO, VALÉRIO E GENOÍNO AGORA LUTAM PARA TENTAR SOBREVIVER...

Quadrilheiros
Condenados pelo STF por formação de quadrilha, Dirceu, Delúbio, Marcos Valério e Genoino agora lutam para tentar sobreviver financeira e politicamente


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Na segunda-feira 22, após 39 sessões, os ministros do Supremo Tribunal Federal confirmaram a denúncia da Procuradoria-Geral da República ao condenar o ex-ministro José Dirceu, o publicitário Marcos Valério, o ex-presidente do PT José Genoino e o ex-tesoureiro do partido Delúbio Soares pelo crime de formação de quadrilha. Não bastasse serem enquadrados como quadrilheiros pelo STF, os réus do núcleo político petista sofreram outro revés na última semana.

O anúncio, na quarta-feira 24, da pena de 40 anos de prisão imposta a Marcos Valério mostrou que a corte será rigorosa com os demais réus condenados no processo do mensalão, o que fatalmente levará muitos outros deles para a prisão.

Como os critérios utilizados para punir o empresário servirão de parâmetro, tanto Dirceu como Genoino e Delúbio já avaliam os estragos que uma possível condenação em regime fechado trará.

Conforme apurou ISTOÉ, a preocupação dos réus com o futuro passa pela sobrevivência financeira e política. Hoje atuando como consultor, Dirceu, por exemplo, acredita que irá perder clientes internacionais, até então dispostos a pagar uma fortuna por seus serviços. Nos próximos dias, o ex-ministro pretende concluir trabalhos já iniciados. Mas não tem previsão de novos contratos.

Outro petista condenado, José Genoino deixou o cargo de assessor especial do Ministério da Defesa e amigos próximos temem pela sua saúde. Ao menos do ponto de vista financeiro Genoino provavelmente não será abalado. Seus seis mandatos de deputado federal lhe garantirão uma aposentadoria de R$ 19 mil paga pela Câmara dos Deputados. Delúbio, por sua vez, diz oficialmente que seguirá sobrevivendo da imobiliária virtual que abriu.

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Na seara política, os réus petistas montam estratégias para tentar disseminar a imagem de que são pessoas injustiçadas, punidas em nome de uma causa. Mesmo que esse discurso seja aceito apenas entre a militância petista e alguns amigos da época da ditadura, eles sabem que resta pouco a fazer. “É preciso buscar a redenção, nem que seja dentro dos grupos que favoreceram”, diz um cardeal petista. Nos últimos dias, a estratégia começou a ser posta em prática. Diante da iminência da prisão, Dirceu e Genoino começaram a frequentar eventos de apoio a eles organizados por correligionários.

Também já estudam os termos de uma carta aberta para ser divulgada na internet logo que as penas forem definidas. Os textos serão elaborados com a ajuda dos advogados e seguirão o padrão do memorando que já vinha sendo divulgado por Delúbio Soares, o ex-tesoureiro do partido, antes do início do julgamento. A ideia dos antigos caciques do governo Lula é transformar a ida para a cadeia em um ato político e dar publicidade às reações dos críticos à decisão do STF.

Na semana passada, Dirceu foi recebido com festa por petistas de Osasco, em um jantar organizado pelo prefeito Emídio de Souza (PT). Ao lembrar sua conduta como guerrilheiro e sua “fidelidade ao partido”, o ex-ministro recebeu apoio dos convidados e se mostrou resignado. Sorriu algumas vezes, mas era impossível disfarçar o semblante tenso. Houve alguns momentos em que parecia aéreo, como se estivesse ausente, contam alguns dos comensais presentes ao evento.

A iniciativa do prefeito de Osasco foi elogiada pela cúpula nacional do partido e pelo ex-presidente Lula. “Somos amigos e foi um encontro entre amigos”, resumiu Souza. Dias antes, Dirceu e Genoino já haviam participado de um almoço com um grupo de colegas de 1968, que incluía escritores e militantes sociais.

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Apesar das buscas por apoio, o cenário para os comandantes do mensalão é sombrio. Dirceu, Genoino e Delúbio são corréus de Marcos Valério nos crimes de formação de quadrilha e corrupção ativa. A soma das penas pelos dois delitos somou dez anos e sete meses para o empresário e deve ser a mesma para a antiga e poderosa cúpula petista. Valério também terá de pagar R$ 2,8 milhões de multa aos cofres públicos, além da possibilidade de ser condenado a devolver à União os R$ 37 milhões distribuídos aos parlamentares.

O que pode servir de alento para o núcleo petista, na atual circunstância, é a possibilidade de os personagens do mensalão terem uma sobrevida antes da execução das penas. O julgamento ficará suspenso por dez dias para que o relator Joaquim Barbosa faça tratamento de coluna em Düsseldorf, na Alemanha. Em novembro, os ministros devem acabar de definir as punições, e a prisão dependerá da publicação do acórdão, que é o resumo da decisão.

A elaboração desse texto final do julgamento é outro obstáculo burocrático que pode favorecer os réus. Em média, os ministros levam três meses para revisar os votos e liberá-los para publicação. Desta vez, a expectativa é que esse processo leve cinco meses. Nos bastidores, há preocupação com o tempo que o revisor Ricardo Lewandowski levará para terminar o trabalho.

O prazo até a execução das penas será ampliado ainda mais com a sequência de recursos que os advogados dos condenados já começaram a preparar. “Vamos esgotar o direito de defesa que o réu faz jus, apresentando embargos”, admite Luiz Fernando Pacheco, que defende Genoino.

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Sob a ótica da sobrevivência política, outra notícia deixou os petistas condenados menos preocupados. Eles já foram informados pela cúpula do PT que as chances de expulsão da legenda são nulas. Apesar de o estatuto do partido prever a saída de réus condenados em última instância e que tenham praticado crimes infamantes, o presidente da legenda, Rui Falcão, deve se pronunciar ao final do julgamento para explicar que esse não seria o caso dos mensaleiros.

Por incrível que possa parecer, no entendimento dos petistas, usar dinheiro público do Fundo Visanet, do Banco do Brasil, e fazer empréstimos fraudulentos para comprar apoio de parlamentares ao governo não seria uma conduta reprovada pela sociedade.

26 de outubro de 2012
Izabelle Torres - IstoE

"DE APAGÃO EM APAGÃO, O PT VAI ESCURECENDO O BRASIL INTEIRO"

 
 
De apagão em apagão, o país vai vivendo na escuridão. Poderia ser só uma rima paupérrima, mas se tornou rotina no Brasil: as quedas de energia têm sido cada vez mais frequentes, cada vez mais prolongadas e têm prejudicado cada vez mais pessoas.

Nesta madrugada, mais uma vez, um apagão atingiu todo o Nordeste e parte das regiões Norte e Centro-Oeste do país. Ficaram no escuro Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Alagoas, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe, além de porções de Pará, Tocantins e Distrito Federal.

A população destas regiões ficou cerca de quatro horas na escuridão. Mais de 50 milhões de pessoas podem ter sido atingidas, já que o apagão não se limitou a áreas isoladas: foi uma escuridão completa, maciça, disseminada. Nos estados de Pernambuco, Bahia e Paraíba, por exemplo, todos os municípios ficaram às escuras.

Este foi o quarto apagão ocorrido no país desde setembro, numa triste rotina que se acentuou no governo Dilma. Em 22 de setembro, oito dos nove estados nordestinos já haviam ficado sem luz. No início do mês, a falta de energia afetara Paraná, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Acre e Rondônia, além de parte da região Centro-Oeste. É escuridão de norte a sul.

A situação é bem distinta do que a presidente Dilma Rousseff e seus assessores gostariam que fossem simples "apaguinhos", como um deles se referiu à ocorrência de 3 de outubro. A gestão petista pode até ser boa para fabricar eufemismos, mas é bastante ruim para solucionar problemas.

Na realidade, as condições do parque elétrico nacional vêm se deteriorando há alguns anos. É consenso entre especialistas que falta manutenção no sistema, que é gigantesco e muito sujeito a riscos. Mas faltam também investimentos em modernização e expansão.

Desde setembro, ocorreu em média um corte de energia a cada dois dias no país. Ao longo de 2012, até o último dia 15, haviam sido registradas 63 ocorrências. No ano passado, foram 97 cortes, com alta de quase 30% em relação a 2007, informou O Estado de S.Paulo há uma semana.

Em cada um dos últimos três anos, o país ficou mais de 18 horas sem energia. É bem mais que o limite estabelecido pela Agência Nacional de Energia Elétrica, que é de 16,23 horas, revelou O Globo.

O problema é generalizado. De acordo com a Aneel, pelo menos 15 das 33 distribuidoras de grande porte extrapolaram as metas contratuais de cortes no ano passado. "O pior caso é o da Celpa, no Pará, que registrou 99,5 horas de cortes no fornecimento", segundo o Valor Econômico.

Nesta manhã, diante de mais um apagão cujas explicações não convencem - desta vez, a razão da queda generalizada de energia em 12 estados teria sido um incêndio em um equipamento localizado entre duas subestações - o diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico admitiu: "Dizer que não vai ter [novo apagão] é impossível".

É justamente o contrário do que Dilma Rousseff vem afirmandoem diferentes ocasiões - para ser mais preciso, a cada vez que um novo apagão a desmente. Com a autoridade de quem esteve à frente do Ministério de Minas e Energia e acompanhou com mão de ferro as ações da pasta desde então, seja na Casa Civil, seja já como presidente da República, ela parece não ter ideia do que está falando ou fazendo.

O país está encurralado pelos apagões e também refém da geração de energia por termelétricas, mais caras e poluentes. Sem conseguir gerar energia suficiente em suas hidrelétricas por causa da estiagem, a partir deste sábado todas as usinas movidas a óleo combustível e a diesel disponíveis no sistema elétrico nacional entrarão em operação ao mesmo tempo, a fim de tentar recuperar o volume de água dos reservatórios, destaca hoje o Estadão.
Mais preocupante é que, com toda esta fragilidade evidenciada, a presidente Dilma lançou-se agora numa cruzada que está desorganizando o setor elétrico e pondo em risco bilhões de reais em investimentos que, efetivamente, poderiam livrar o país da escuridão. Num setor em que as ações se planejam com décadas de antecedência, com a insegurança que se abateu sobre as concessões de energia ninguém sabe ao certo se haverá luz amanhã.

Lula disse recentemente que "de poste em poste o PT está iluminando o Brasil", numa referência a candidatos inexperientes e incapazes que, com sua lábia, ele tem ajudado a eleger por aí afora. Quando se observa o que está acontecendo de verdade no país, mais adequado é dizer que, de apagão em apagão, o PT está escurecendo o país.
26 de outubro de 2012
Fonte: Instituto Teotônio Vilela

PEQUENA LAVADA D`ALMA

Juro a vocês que fiz ingentes esforços para não escrever sobre a sentença dos mensaleiros. Mas a voz do decano do STF, Celso de Mello, sobrepôs-se aos meus pruridos.

Na verdade, um grito de um daqueles, esses sim, que nos representam, a nós, a minoria consciente e honesta da população, porque não vende seu voto por uma bolsa, que esperava ansiosamente uma punição, um recado loud and clear (alto e claro), como dizem os ingleses, que pelo menos uma parcela dos eleitores se incomodam profundamente com o estado de coisas que o glorioso partido™ inseriu nos escaninhos da nação, a contrario sensu do discurso da ética que usaram para ascender ao poder.
Evidente que não pretendo postar todo o voto do ínclito magistrado. Mas não resisti a pinçar pedaços da peça, até literária, que lançou flechas flamejantes e ardentes, devendo ser inscrita nos anais históricos da República e nos ânus dos sentenciados.


E o mérito não deve ser creditado apenas a ele. O gigante negro Barbosa, tal qual um paladino da justiça, fez descer a lâmina da guilhotina decepando os pescoçudos.
Coisa que eu já tinha alvitrado em artigo passado. E o outro ministro Mello, Marco Aurélio, nome de um dos imperadores do antigo império romano, resume em poucas palavras, ditas em 2006, que ficaram para a posteridade, sim, e ele as lembrou no encaminhamento de seu voto atual:

  ...houve a formação de uma quadrilha das mais complexas, envolvendo, na situação concreta, o núcleo dito político, o núcleo financeiro e o núcleo operacional, mostrando-se os integrantes em número de 13. É sintomático” o número de integrantes da suposta quadrilha. Treze é também o número do Partido dos Trabalhadores (PT).

Como cadeia é apenas para os PPP (lembrem-se que usei isto antes da Eliana Cantanhede), pode até ser que eles não a verão, uma vez que a pusilânimidade dos incomuns encravados nos poderes, a começar pela nossa senhora dona ”presidenta”, que pode indultá-los, e não duvido muito que o fará, ou daquela Casa da Maria Joana chamada de congresso pode preparar alguma ação urgente que os livre do xadrez. Vamos ao que interessa:

“Senhores ministros,

Na denúncia que ofereceu, o Ministério Público expôs eventos delituosos impregnados de extrema gravidade e imputou aos réus ora em julgamento ações moralmente inescrupulosas e penalmente ilícitas que culminaram, a partir de um projeto criminoso por eles concebido e executado, em verdadeiro assalto à administração pública.
É preciso afirmar a todo momento que o ato de corrupção constitui um gesto de perversão da ética do poder e da ordem jurídica. Isso se reflete no próprio sistema jurídico que entre nós prevalece porque se impõe a todos os cidadãos da República um dever muito claro: que o Estado brasileiro não tolera o poder que corrompe e nem admite o poder que se deixa corromper.
Quem transgride tais mandamentos, não importando a sua posição, expõe-se à severidade das leis penais. E, por tais atos, corruptores e corruptos devem ser punidos…
…Esses vergonhosos atos de corrupção parlamentar, profundamente lesivos à dignidade do ofício legislativo e à respeitabilidade do Congresso Nacional, atos de corrupção alimentados por transações obscuras, idealizadas e implementadas em altas esferas governamentais, com o nítido e claro objetivo de fortalecer a base de apoio político de sustentação legislativa do Poder Executivo no Parlamento brasileiro, devem ser condenados e punidos com o peso e o rigor das leis dessa República.

Esses vergonhosos atos de corrupção governamental que afetam o cidadão comum, privando-o de serviços essenciais, colocando-o à margem da vida, esses atos significam tentativa imoral e ilícita de manipular criminosamente, à margem do sistema constitucional, o processo democrático.
Esse quadro de anomalia revela as gravíssimas consequências que derivam dessa aliança profana entre corruptos e corruptores, desse gesto infiel e indigno de agentes corruptores, tanto públicos quanto privados, e de parlamentares corruptos em comportamentos criminosos, devidamente comprovados, que só fazem desqualificar e desautorizar, perante as leis criminais do país, a atuação desses marginais do poder…


…A ordem jurídica não pode permanecer indiferente a condutas de membros do Congresso Nacional, ou de quaisquer outras autoridades da República, que ajam incidindo em censuráveis desvios éticos e em reprováveis transgressões criminosas no desempenho da elevada função de representação política do povo brasileiro. O cidadão tem o direito de exigir que o Estado seja dirigido por administradores íntegros, por legisladores probos e por juizes incorruptíveis. Quem tem o poder e a força do Estado em suas mãos não tem o direito de exercer em seu próprio benefício a autoridade que lhe é conferida pelas leis da República. O direito ao governo honesto, nunca é demasiado reconhecê-lo, traduz uma prerrogativa insuprimível da cidadania. A imputação a qualquer membro do Congresso Nacional de atos que importem em transgressão ao decoro parlamentar revela-se fato que assume perante o corpo de cidadãos a maior gravidade, a exigir, por isso mesmo, por efeito de imposição ética emanada de um dos dogmas essenciais da República, repulsa por parte do Estado…


Sentimos apenas que a condenação foi clara, indiretamente ao glorioso partido™. Infelizmente, como mostra o resultado das eleições municipais, e as pesquisas para o 2º turno, o zé povinho não se importa que o PT tenha tido suas vísceras expostas. Lhe interessa apenas que a bolsa continue chegando. Por isso me referi à minoria consciente e honesta, no início deste texto.

26 de outubro de 2012
Magu
(1) Fotomontagem: Os Mello do STF, Celso e Marco Aurélio

OH! LULA!!! TUA BATATA TÁ ASSANDO...


Marcelo Leonardo, advogado no condenado mensaleiro Marcos Valério, enviou um memorial aos ministros do Supremo Tribunal Federal STF, mencionado em letras garrafais, o ex-presidente Lula
como um “interessado” no suporte político “comprado” com a intermediação do PT. E mais, que em todas as peças, cada referência ao “governo federal” é uma referência ao ex-presidente Lula.
Deixa ver nas entrelinhas que seu cliente não vai pagar o pato sozinho e que é injusto que Lula esteja fora desse julgamento.

Esse fato deve ser juntado a outro: os partidos da oposição já estão preparando um requerimento ao Ministério Público (MP) pedindo a retomada de investigações contra esquema do mensalão. A idéia é que as denúncias de envolvimento do ex-presidente Lula sejam devidamente observadas pelo MP. “O tribunal fez a sua parte, deu um passo importante no combate à impunidade no País”, disse o líder do PSDB, senador Álvaro Dias (PR). “Mas todos sabem que o mensalão não é só o que foi julgado, é muito mais e precisamos alargar o processo para alcançar a totalidade dos responsáveis pelo esquema”, justificou

O que na realidade se planeja, é requerer ao Ministério Público nova investigação sobre o esquema de comprar parlamentares com dinheiro público mas, desta vez, abrangendo denúncias que envolveriam o ex-presidente Lula. Segundo líderes do PSDB, a medida não foi tomada antes para “não tumultuar” o processo do mensalão.

Portanto não exagero pensar que a hora de Lula também chegará, pois não será aceito, que fique de fora o principal responsável do mar de lama em que o país se transformou.

26 de outubro de 2012
Giulio Sanmartini
(1) Texto de apoio: Cláudio Humberto

QUANDO O HUMOR DESENHA A REALIDADE

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26 de outubro de 2012

A INCOMPETÊNCIA ESCANCARADA

Dilma já deveria ter demitido Edison Lobão e Márcio Zimmermann do Ministério de Minas e Energia


Olho da rua – Em um país minimamente sério, o que não é o caso do Brasil o ministro de Minas e Energia e o secretário-executivo da pasta já estariam demitidos.
Nesta sexta-feira, depois do blecaute que deixou às escuras todos os estados do Nordeste e outros nas regiões Norte e Centro-Oeste, o secretário Márcio Zimmermann, disse que apagões “não são normais”.
Por questões mais do que óbvias a interrupção de energia elétrica em decorrência do desleixo de um governo corrupto e fanfarrão não é normal.

Zimmermann, que comanda interinamente o ministério por causa da licença médica de Edison Lobão, reconheceu que a confiabilidade do sistema elétrico interligado está abalada. “Nós temos uma sequência de reuniões e diversos procedimentos vêm sendo adotados nas últimas semanas justamente por causa dos eventos que ocorreram em sequência neste mês.
O sistema elétrico brasileiro é um dos maiores sistemas de transmissão do mundo. Ele sempre trabalha com um nível de confiabilidade bom.
E nós tivemos no último mês, nesses eventos, uma diminuição dessa confiabilidade que ainda não se tem as razões, sempre se inicia com equipamento falhando e a proteção primária não atuando e aí levando para a proteção secundária alternada e provocando eventos de grandes proporções. Isso que está sendo avaliado”, disse o ainda secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia.

É sabido que o governo do PT pouco investiu em infraestrutura e deixou o Brasil em situação de vulnerabilidade, fato facilmente comprovado pelos recentes apagões, ou blecaute, como quer a impetuosa Dilma Vana Rousseff, que não consegue compreender que ambas as palavras são sinônimas.

Quando o ucho.info* insiste em afirmar que o governo petista desconhece por completo o significado da palavra planejamento, muitos esquerdistas torcem o nariz e afirmam ser implicância de nossa parte.
Na verdade, no momento em que o boquirroto Lula empurrou os brasileiros ao consumo, que partiram às compras no vácuo da redução do IPI, o governo já deveria ter solucionado os conhecidos problemas do sistema de transmissão de energia.
Entupir os lares verde-louros com eletrodomésticos novos sem a devida e antecipada cautela só poderia terminar no caos que aí está.

Os brasileiros devem se preparar, pois o verão ainda não começou e o consumo de energia será maior do que a capacidade de transmissão e distribuição. Como disse certa feita o messiânico Lula, “nunca antes na história deste país”.

26 de outubro de 2012
ucho.info

MAIS CINCO DE MINHAS "N" RAZÕES PARA NÃO VOTAR NO PT

 

Poucos dias atrás, expliquei aqui algumas de minhas “n” razões para não votar no PT. Abordei três delas, assim intituladas:
(1) Um partido impregnado pela corrupção;
(2) O ranço totalitário do partido;
(3) O hábito de mentir como uma segunda natureza.
 
A respeito dos meus dois primeiros pontos, eu posteriormente me referi a conceitos coincidentes que vieram a ser usados por ministros do STF a respeito dos mensaleiros condenados: uma “sociedade de delinquentes” e um grupo empenhado na conquista do poder “de forma duradoura e ilimitada”.

Sobre o candidato da sigla a prefeito de São Paulo, me abstive de qualquer comentário, explicando que por enquanto eu o vejo “… como um apparatchik comum, tão obediente ao Chefe e tão devotado a sua mitologia soi-disant progressista como a grande maioria dos integrantes da sigla”.

Hoje eu vou tratar das cinco razões listadas abaixo, cada uma acompanhada de um breve comentário:

COMO GESTOR DA MÁQUINA PÚBLICA, o PT É UM DESASTRE; no setor de infraestrutura, por exemplo, o resultado dos 8 anos de Lula e dos dois primeiros de Dilma Rousseff foi zero multiplicado por zero. Levada pela ‘força das coisas’, Dilma finalmente balbuciou algo sobre a necessidade de privatizar algumas atividades, mas sua incapacidade de fazer acontecer é um verdadeiro espanto.

A POLÍTICA ECONÔMICA DO GOVERNO DILMA parece um keynesianismo de fundo de quintal: renúncias fiscais para animar a indústria, subsídios para animar a indústria e empréstimos de pai para filho através do Bndes para animar a indústria, mas ela continua “desanimada”. Ameaças e mais ameaças de intervir deixam potenciais investidores com o pé atrás, como é óbvio: empresário não é tatu. Reformas estruturais – tributária, trabalhista e outras, nem pensar.

NO QUE TOCA À FORMAÇÃO DE CAPITAL HUMANO, ninguém sabe, ninguém ouviu falar das realizações petistas. Mas isto não é um mau resultado: nada fazer deve ser melhor que tentar fazer algo com base nas ideias do partido.

A CONCEPÇÃO PETISTA DE POLÍTICA.
Há nos quadros políticos do PT uma evidente super-representação de um certo tipo social: aquele sujeito que cursou a universidade, mas pouco ou nada aprendeu, porque seu objetivo era exclusivamente a política estudantil. Nisso ele se tornou exímio. De posse do diploma, ele foi trabalhar num ministério, numa estatal ou no que seja, mas continuou a fazer o que aprendeu: política estudantil. É o que parece condenado a fazer pelo resto da vida.

LULA E A ELEIÇÃO PAULISTANA.
Qual é o objetivo de Lula em São Paulo? Ora, isso não é o óbvio ululante? Ele quer levar seu pupilo e o PT à vitória; o que mais poderia querer? Sim, em termos simples e imediatos, é disso que se trata. Mas é evidente que esse “isso” não se esgota aí.
Lula se empenha em conquistar a prefeitura da capital com dois objetivos estreitamente interligados. Primeiro, quer controlar os recursos financeiros, políticos e outros que a administração paulistana concentra. Esse é o primeiro degrau para em seguida tentar conquistar o governo de SP e firmar a hegemonia petista em todo o país. Zé Dirceu, seu sócio nessa empreitada, foi condenado por corrupção e periga de ser preso, mas engana-se quem pensar que Lula desinteressou-se de seu objetivo hegemônico.

Segundo, ele vê a vitória em São Paulo como o modo mais simples de destruir a única resistência séria a tal projeto, o PSDB. Conseguindo isso, ele terá afastado a última pedra que antevê em seu caminho e, de quebra, cobrirá de satisfação aquele órgão que o motiva e orienta na vida política: seu fígado.

26 de outubro de 2012
(*) Bolívar Lamounier é sociólogo e cientista político. Bacharel em Sociologia e Política pela UFMG (1964) e Ph.D. em Ciência Política pela Universidade da Califórnia, Los Angeles (1974), foi membro da Comissão de Estudos Constitucionais (“Comissão Afonso Arinos”) nomeada pela Presidência da República em 1985 para preparar o anteprojeto da Constituição.

INADIMPLÊNCIA EM ALTA, JURO ELEVADO, INFLAÇÃO RESISTENTE E SALÁRIO BAIXO, MAS LULA É DOUTOR HONORIS CAUSA

 



Caminho sem volta – A taxa de inadimplência das pessoas físicas e jurídicas, que mede o atraso de pagamento superior a noventa dias, permaneceu estável em 5,9% em setembro deste ano, informou nesta sexta-feira (26) o Banco Central. É o mesmo patamar de julho e agosto, assim como o maior nível já registrado em toda a série histórica da autoridade monetária, iniciada em junho de 2000.

O dado do BC contraria o discurso ufanista do governo, em especial do ainda ministro Guido Mantega (Fazenda), de que a inadimplência recuaria ao longo de deste ano.
 
Pessoas físicas e empresas
 
No caso das pessoas físicas, a inadimplência ficou em 7,9% em setembro, mesmo índice de agosto e maior patamar desde novembro de 2009 (8%). No acumulado do ano, a inadimplência de pessoas físicas subiu meio ponto percentual, uma vez que ao final de 2011 estava em 7,4%.
Já a taxa de inadimplência das pessoas jurídicas recuou de 4,1% em agosto para 4% em setembro. Nos nove primeiros meses deste ano houve crescimento de 0,1 ponto percentual, já que a inadimplência das empresas somou 3,9% no encerramento do ano passado.
 
Alerta
 
No final de 2008, quando o então presidente Lula ocupou os meios de comunicação para pedir aos incautos brasileiros a manutenção do consumo interno em níveis elevados, o ucho.info, apesar das críticas palacianas, alertou para o perigo do endividamento recorde das famílias e a disparada na inadimplência.
Avesso a críticas, Lula preferiu acusar-nos de torcer contra o Brasil, o que não é verdade. Em seguida, o messiânico petista veio com o muxoxo de que as elites não queriam que o povo comprasse. Afirmação absurda que justificaria a imediata internação de Lula em uma casa de repouso ou coisa assemelhada.
 
Alta de juros
 
A continuidade da inadimplência em níveis elevados obrigou os bancos a subirem as taxas de juro no crédito ao consumidor. Em setembro, a taxa subiu de 35,6% ao ano, em agosto, para 35,8%, em setembro.
Mesmo cedendo à pressão do Palácio do Planalto para reduzir o juro ao consumidor, os bancos encontraram na cobrança de taxas a saída ideal para surrupiar o dinheiro dos clientes.
 
Bomba-relógio
 
Enquanto a presidente Dilma Rousseff e o ministro Mantega garantem que a economia brasileira está bem e melhorará ainda mais nos próximos meses, a realidade é bem diferente e assustadora. Com taxas de juro elevadas, inadimplência em alta, endividamento crescente e inflação resistente, a economia verde-loura em breve sofrerá algum revés.
Para se ter ideia da gravidade da situação, o ucho.info contatou vendedores de algumas concessionárias de automóveis, em São Paulo, para saber a repercussão do anúncio de prorrogação do IPI reduzido para o setor. Em uma das grandes concessionárias Volkswagen da capital paulista, a vendedora que atendeu a nossa reportagem está acostumada a vender vinte carros novos todos os meses, mas até esta sexta-feira (26) tinha vendido apenas quatro.
Quando decidir acabar com a redução do IPI, o governo deve se preparar para o efeito negativo e devastador da medida, pois uma onda de demissões deve acontecer no setor automotivo.
 
Receita explosiva
 
O Brasil caminha na contramão da lógica, mas Dilma e seus ministros insistem em salvar a economia empurrando mais uma vez o brasileiro ao consumismo. Trata-se de solução inimaginável, pois é no mínimo sandice falar em consumo em um país em que 70% da população recebem mensalmente menos de dois salários mínimos.
Considerando que o custo de vida está cada vez mais nas alturas e o minguado salário do trabalhador vale R$ 622, não há como apostar em consumo como saída para a crise. A situação torna-se ainda mais preocupante quando analisado o fato de que o salário mínimo é pouco para quem recebe e muito para quem paga.
 
Falácias oficiais
 
Para ter índices absurdos de aprovação e ser recebido por autoridades mundiais como a derradeira solução para os terráqueos, Lula se valeu de uma bolha de virtuosismo que começa a estourar no colo de cada cidadão que acreditou em suas profecias mentirosas e embusteiras.
Lula continua afirmando que deixou o governo pela porta da frente, mas por todo o estrago que patrocinou, que demandará cinquenta anos para ser reparado, o ex-metalúrgico deveria ser banido da história, mas sempre lembrado como o protagonista principal do período mais corrupto da história nacional.

26 de outubro de 2012
ucho.info

APAGÃO NO NORDESTE E O "BOLSA VELA"


 
E de apagão em apagão, o DESgoverno da PresidANTA Dilmarionete Ducheff, acaba de lançar o programa "Bolsa Vela".
O programa consiste basicamente em distribuir pacotes de velas, preferencialmente de Sete Dias, para a população que está entregue à propria sorte por este DESgoverno criativo, vagabundo e corrupto. Sem falar incomPTente.
A preferência por velas de Sete Dias é por conta da dupla função das mesmas. Além, é claro, de iluminar as residências, ainda tem a função espiritual que faz com que os assistidos pelo programa ao acenderem as velas possam orar, fazer ou pagar promessas, e ainda agradecerem as almas.

Inovando como sempre, o DESgoverno já está estudando a possibilidade de lançar o "Bolsa Gelo".
Onde o desgoverno distribuirá geladeiras de isopor para as famílias e também fará o abastecimento de gelo social, feito com água do Pré Sal para a conservação dos alimentos.
E mais uma vez pensando no bem estar da população, o uso de água salgada na fabricação de gelo também irá proporcionar um ítem da cesta básica do Fome Zero.
Com a evaporação da água salgada, sobrará o sal que as famílias poderão juntar para temperar o pirão.
Assim economizando uns caraminguás que certamente irão ajudar a alavancar a produção de cachaça no país.
Brasil, país rico é país criativo!
 
26 de outubro de 2012
omascate

DESCOBRINDO A FARSA

O vídeo do Implicante desmonta a farsa forjada em parceria por Lula e Haddad



Em apenas 2:37, o vídeo produzido pelo Implicante e reproduzido na seção História em Imagens diz sobre Fernando Haddad muito mais do que disseram, somados, todos os programas eleitorais de José Serra. Lula vive recitando que o candidato do PT a prefeito de São Paulo foi “o melhor ministro da Educação que o Brasil já teve”. A fantasia fica em frangalhos depois do cortejo de imagens e informações que resumem a obra devastadora do Terror dos Estudantes.

26 de outubro de 2012
 

NOTAS POLÍTICAS DO JORNALISTA JORGE SERRÃO

Dirceu posará de preso político de um julgamento de exceção para ter direito a asilo e carimbar ministros do STF como analfabetos funcionais em doutrina democrática



Especialista histórico em se passar por vítima, o mega-consultor José Dirceu de Oliveira e Silva pretende posar de “perseguido político”. Seu objetivo é conseguir que algum país otário ou algum desinformado defensor transnacional dos direitos humanos lhe consiga um asilo político – que pode ou não ser usado. Já se especula que a Venezuela, de Hugo Chávez, aceitaria abrigar os “exiláveis” José Dirceu, José Genoíno, João Paulo Cunha e Delúbio Soares.

Dirceu já avisou que, se for mesmo para a cadeia por causa do Mensalão, vai se declarar um "prisioneiro político de um julgamento de exceção". O certo é que, a partir de segunda-feira, com o resultado do segundo turno eleitoral para ser celebrado ou lamentado, a nazipetralhada inicia uma campanha de desmoralização do Judiciário, sob a desculpa de defender o “injustamente condenado” companheiro José Dirceu de Oliveira e Silva. Atacar a Justiça é uma das etapas mais importantes para a ampliação do esquema de aparelhamento do Estado Capimunista.

Assim, os ministros do Supremo Tribunal Federal que puniram os mensaleiros serão repetidamente classificados de “analfabetos funcionais em doutrina democrática” (definição dada pelo sociólogo Wanderley Guilherme dos Santos e encampada pela companheirada). O movimento de mobilização nacional será apoiado e tocado pelos seguidores gratuitos (ou pagos) do mundo político-midiático sub-chefiado por Dirceu. O chefão, todo mundo sabe, é Lula.

O capitão do time de Lula (Dirceu) e seus fanáticos torcedores já deixam evidente a adoção desta tática oportunista e golpista para tirar proveito da vergonhosa condenação por crimes de corrupção ativa e formação de quadrilha no Mensalão (esquema que continua em vigor, em suas outras variações de negociatas contra a administração pública). A Justiça brasileira – incluindo o Ministério Público – ainda são lentos e ineficientes demais para punir a corrupção em um País onde praticamente inexiste o controle da sociedade sobre as instituições públicas.

Dirceu e seu timinho de radicalóides vão tirar proveito da providencial desacelerada no julgamento do Mensalão, cuja dosimetria das penas só será retomada dia 7 de novembro. Na semana sem julgamento, a nazipetralhada aproveitará para fazer o “justiçamento” ideológico do STF. O partido ameaça divulgar um manifesto em tom duro, com críticas ao Judiciário, e cobrando agilidade no julgamento dos réus do chamado “Mensalão Tucano” (nova obsessão da petralhada).

Se os ministros do Supremo e demais membros do Poder Judiciário não reagirem contra tamanha guerra assimétrica, estarão formadas as pré-condições para que o esquema hoje hegemônico no Executivo consiga subjugar a Justiça e os demais poderes – tal como Hitlers, Mussolinis e Stalins da vida fizeram com os judiciários.

Patrulha da Justiça

O ex-ministro de Direitos Humanos, Paulo Vanucchi, amigão e seguidos de Dirceu, vai liderar uma das frentes de patrulhamento do partido sobre o Supremo Tribunal Federal.

Vanucchi avisou que, a partir de agora, o PT vai acompanhar "com lupa" cada voto dos ministros do STF.

O recado-ameaça foi dado em reunião da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais.

Guerra interna no time

O chefão Lula e seu capitão de time José Dirceu podem entrar em rota de colisão antes da próxima eleição, em 2014.

Lula já deixa claro para todos que pretende apoiar a candidatura de Luiz Marinho, prefeito reeleito da república sindicalista de São Bernardo do Campo, ao Palácio dos Bandeirantes.

Dirceu já sinaliza que o candidato dele é o ex-Prefeito de Osasco, Emídio de Souza, que cumprirá no PT o papel que o agora em desgraça Antônio Palocci cumpria de fazer articulação entre a esfera política e empresarial, para angariar apoios e recursos financeiros para as campanhas eleitorais.

Saindo na frente

Emídio foi logo o primeiro a prestar uma grande solidariedade pública e privada ao companheiro Dirceu – seu amigo de longa data.

Na terça-feira, organizou um jantar de “solidariedade e carinho”, regado a bacalhau e bom vinho, para levantar o astral de Dirceu e sua mulher Evanise Santos – que é diretora de marketing da Ejesa, empresa pertencente ao grupo português Ongoing Strategy Investments – que comanda nos Brasil os jornais Brasil Econômico e O Dia.

O Estadão informou que Emídio, auproclamado pré-candidato do PT ao governo do Estado em 2014, recebeu dez amigos para o jantar com Dirceu.

Entre eles o deputado federal Vicente Cândido (PT) e sua mulher, Eva, o advogado José Luis Oliveira Lima, o Juca, defensor do ex-ministro na ação penal 470, o prefeito eleito de Osasco, Jorge Lapas (PT), e Marco Aurélio Carvalho, coordenador do Setorial Jurídico do PT.

 
Quem mediará as brigas?

O ministro Joaquim Barbosa já deverá ser o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) quando for proclamado o resultado final do julgamento do Mensalão.

Retomados a partir de 7 de novembro, uma quarta-feira, os trabalhos de dosimetria de penas só devem terminar depois da aposentadoria do atual presidente, ministro Ayres Britto, marcada para 16 de novembro.

Barbosa só assume oficialmente o cargo no dia 22, mas nas sessões dos dias 19 e 21 – como é o atual vice-presidente da Corte – terá de acumular as funções presidenciais com as de relator.

O problema é Barbosa ser obrigado a ser o juiz de si mesmo na hora de mediar algum costumeiro embate com seu futuro vice Ricardo Lewandowski...

Milagre alemão

Barbosa só retorna ao Brasil no dia 3 de novembro – sábado da próxima semana.

Espera voltar curado ou bem tratado do sofisticado tratamento de coluna que fará na Alemanha.

Tomara que o geist germânico forneça também energia para que Barbosa, no retorno, consiga suportar a pressão nazipetralha que promete vigiar e patrulhar seus dois anos de gestão no comando do STF.

Vão ou ficam?

Além de definir as penas para um total de 108 condenações referentes a 25 réus, os ministros do STF têm outra parada dura para decidir.

A perda automática dos mandatos dos deputados federais condenados na Ação Penal 470.

João Paulo Cunha (PT-SP), Valdemar Costa Neto (PR-SP) e Pedro Henry (PP-MT) já agem nos bastidores para continuarem com “imunidade” e no emprego dado pelo voto, apesar da condenação.

Tiro no Jobim

O agora advogado, ex-ministro da Defesa e ex-presidente do Supremo Tribunal Federal, Nelson Jobim, negou ontem, em entrevista ao jornal italiano "La Stampa", a acusação de que teria negociado o recebimento de uma comissão para que o Brasil comprasse navios de fabricação italiana:

"Você acha que se eu tivesse recebido algo como 225 milhões de euros eu passaria meus dias entre papeladas e tribunais?".

A acusação contra Jobim foi feita por Lorenzo Borgoni, ex-funcionário da Finmeccanica (que fabricaria os navios), que revelou detalhes da suposta negociação entre Claudio Scajola, então ministro de Silvio Berlusconi, e Jobim:

"Se fechasse essa venda de 11 embarcações por um total de uns 5 bilhões euros, aproximadamente 11% deste valor seria destinado a Scajola, Massimo Nicolucci e inclusive a Jobim".

Cristina Titanic

Os militares argentinos acabam de ser submetidos a uma de suas maiores vergonhas da historia nunca antes vista naquele país desgovernado pela demagoga Cristina Kirchner.

A fragata Libertad, navio-escola de nacionalidade argentina, foi impedida, no último dia 2 de outubro, de deixar o porto africano de Tema, em Gana.

A justiça local arrestou o navio, acatando o pedido de um fundo de investimentos que reclama uma suposta dívida da Argentina na justiça internacional.

O barco só poderia ser liberado a partir do pagamento de fiança de US$ 20 milhões (R$ 40 milhões).

Dane-se a soberania?

Mas, em atitude nada soberana e covarde, a presidanta Cristina Kirchner ordenou que a embarcação símbolo da Marinha Argentina fosse evacuada e que os militares voltassem para Buenos Aires de avião:

"Enquanto eu for presidente, podem ficar com a fragata, mas com a liberdade, a soberania e a dignidade deste país não vai ficar nenhum fundo de especuladores".

Por isso, os gaiatos argentinos na internet lançaram a fotomontagem acima, com Cristina na proa imaginária do Libertad, tal qual na famosa cena do filme Titanic...

O problema é que, na vida real, quem afunda a Argentina é a Cristina – cuja gestão peronista é um iceberg de incompetência e corrupção...


Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus.

26 de outubro de 2012
Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor.
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