"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



sábado, 16 de junho de 2012

TUDO PODE ACONTECER

A que seria a CPI do Século parece que virou bagunça, ainda não apresentou nada de relevante e está sendo somente uma briga inócua entre o PT (situação) e o PSB (oposição), esquecendo que a Comissão foi criada para esclarece a relação do contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, com políticos dos poderes executivo e legislativo.

Todavia, no andar dos trabalhos isso foi esquecido e a CPMI se transformou numa briga entre as duas facções.
Os protagonistas passaram a ser os governadores de Goiás Marconi Perillo e do Distrito Federal Agnelo Queiroz.


Ambos tem muito a explicar, todavia, por orientação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, dono do partido, os petistas assentaram todas suas baterias contra Perillo, haja vista que este, ao contrario do que afirma Lula, pode provar que o “mensalão” existiu.

Ele havia avisado em 2004 ao então presidente da República sobre o mensalão e pensa que agora está sendo vítima por esse motivo, como disse num desabafo: “Nunca imaginei na minha vida que um aviso iria gerar tanto ódio e tanta perseguição”.

Contudo essa afirmativa perde sua seriedade quando Perillo se recusa a falar sobre o “mensalão”, quer dizer, começou e não quer acabar. Quando teve a oportunidade, covardemente omitiu-se: “O foco é outro. E não vou, em hipótese alguma, tratar desse assunto numa sessão como essa. Isso são águas passadas”.
Águas passadas é o “cazzo”, haja vista, que os mensaleiros irão a julgamento pelo Supremo Tribunal em agosto.
Escreve Ricardo Setti: A atitude de Perillo é incompreensível. Suas declarações, no âmbito de uma CPI de repercussão nacional, reavivariam fortemente a memória do escândalo do mensalão e poderiam esclarecer, no mínimo, a omissão do deus supremo do lulalato diante da bandalheira denunciada pelo Ministério Público.

Perillo continua tendo que explicar suas relações com o malfeitor Carlinhos Cachoeira. A partir de agora, precisará, também, explicar seu silêncio sobre algo tão relevante. Será que quis proteger Lula?”.

Não se sabe, nesse país dominado pelo PT, tudo tornou-se possível, especialmente as imoralidades.
(*) Foto: Perillo e Lula em outros tempos.

16 de junho de 2012
giulio sanmartini

DIRCEU TENTA PINTAR A PRÓPRIA CARADURA

Réu em processo penal pelo crime comum de furto, ex-chefe da Casa Civil de Lula convoca estudantes às ruas para desafiarem autonomia da Justiça no Estado Democrático de Direito



O ex-chefe da Casa Civil no governo Lula José Dirceu é acusado de ter chefiado uma quadrilha para desviar recursos públicos e privados para recompensar financeiramente o apoio de parlamentares de bancadas de partidos aliados do governo federal petista. A acusação não foi feita pelo líder de uma bancada de oposição, mas pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel. E foi recebida pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e não pelos militantes da organização “reacionária” do que os blogueiros progressistas e companheiros de jornada chamam de Partido da Imprensa Golpista (PIG – porco em inglês).

A Corte vai julgar um crime que não é político, ou seja, de posição ou opinião, mas está capitulado em todos os códigos penais conhecidos, inclusive um que foi gravado em pedra no deserto e entregue ao profeta Moisés, os dez mandamentos da Lei de Deus – no caso o sétimo, “não furtarás”. E seus membros não podem ser acusados de antipatia pelo maior defensor público dos 38 réus, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que alçou a maioria ao topo da carreira e à glória em vida.

O que leva, então, o escaldado militante de extrema esquerda, cuja vida foi salva em troca da libertação do então embaixador americano no Brasil, Charles Elbrick, a percorrer o País em cruzada para pregar a mobilização dos devotos de sua doutrina para ir às ruas pressionar os juízes que decidirão seu destino? O desespero? Desesperar-se por esperar que a sentença lhe seja desfavorável se tem certeza da própria inocência é, no mínimo, insensato. O episódio batizado de mensalão não teria sido mentira inventada pela “mídia” e por seus adversários?

Neste fim de semana, em ousadia que jamais um réu de crime comum, o que é estritamente seu caso, jamais exibiu, Dirceu teve a pretensão de provocar episódio similar ao das “caras pintadas”, que ajudaram a derrubar seu atual aliado Fernando Collor de Mello da Presidência da República, em sua defesa pessoal. Ele conclamou os participantes do 16º Congresso Nacional da União da Juventude Socialista (UJS), ligada ao Partido Comunica do Brasil (PCdoB), a participarem do que chamou a “batalha final”.

Mais do que uma ousadia a conclamação configurou-se um acintoso desafio à ordem democrática instituída. A garantia de autonomia do Poder Judiciário não é um privilégio de juízes togados, mas um direito do cidadão comum. O STF é a última instância para garantir as prerrogativas da cidadania e impedir a ação solerte da violência estatal contra ela. Propor-se a estimular hordas de militantes partidários do socialismo totalitário a subordinarem o Poder Judiciário a pretensões de impunidade de um dirigente político, sobrepondo seu ideário político às obrigações comezinhas que o gestor público tem de respeitar é um grotesco ato fascistoide.

José Nêumanne Pinto
16 de junho de 2012

O "NOVO HOMEM" HADDAD

O “novo homem” Haddad, não obstante, foi buscar uma “velha mulher” para vice, a ex-companheira Luíza Erundina (PSB), que faz 78 anos em novembro

O “novo homem” Haddad tenta juntar no mesmo palanque os velhos adversários Erundina e MalufO PT resolveu dar uma roupagem virtuosa àquilo que é um preconceito — e isso não é novidade na campanha eleitoral do partido em São Paulo. Fernando Haddad é apresentado como um “novo homem para um novo tempo”.Um dos objetivos, é evidente, é chamar o tucano José Serra de “velho”. Ele está com 68 anos. Dilma, que tem a mesma idade de Lula, estará com 67 quando disputar a reeleição, daqui a dois anos. Serra é de 1945; ambos são de 1942. A diferença é de apenas três anos.
Não obstante, o petismo acha lícito associar, de forma malandra, a “velhice” ao adversário. A tirada preconceituosa atingiu Marta Suplicy, também de 1945. No Programa do Ratinho, Lula acabou tratando a“companheira”, alguns meses mais jovem (ela é de março; ele, de outubro; Dilma, de dezembro), como coisa do passado. Foi grosseiro. A ex-prefeita ficou de tal sorte irritada que não entrou até agora na campanha. Se vai resistir à pressão, não sei.
O “novo homem” Haddad, não obstante, foi buscar uma“velha mulher” para vice, a ex-companheira Luíza Erundina (PSB), que faz 78 anos em novembro. Pretende, com ela, emprestar um pouco de “experiência” à chapa e conferir à sua candidatura o que até agora ela não tem: um viés popular.
Mas não é só essa “experiência” que os petistas buscam, não! Outro macaco velho da política paulistana está sendo atraído “pelo novo homem” Fernando Haddad: Paulo Maluf, que completa em setembro 81 anos de pura, como posso dizer?, esperteza. Dilma acaba de lhe dar uma secretaria do Ministério das Cidades, conforme ele reivindicava, em troca do seu 1min30s de tempo na TV. O apoio não está ainda sacramentado, mas é muito possível. Eis o aspecto mais perverso do horário eleitoral gratuito: virou mera moeda de troca. Bem, uma excrescência autoritária como essa não poderia mesmo dar em boa coisa.
Assim, o “novo homem” Haddad pretende construir “um novo tempo” com dois passados tão conflitantes como os dos adversários históricos Erundina e Maluf. Se o deputado do PP aderir mesmo à campanha de Haddad, vamos ver como se comporta Marta Suplicy, que já o chamou de “o nefasto” em passado nem tão distante.
Por Reinaldo Azevedo - Veja Online
16 de junho de 2012

EQUAÇÃO DO APOCALIPSE

Um relatório de dar calafrios sobre uma chamada telefônica mantida pelos Presidentes Obama e Medvedev, antes do anúncio público de que Osama bin Laden tinha sido morto, informa que eles também discutiram que a hora mais temida para ser executada a pavorosa "equação do Apocalipse" já pode ter chegado, e não mais tarde.
 
"Equação do Apocalipse" refere-se a um relatório produzido por uma das mulheres que participa dos círculos de inteligência mais secretos dos EUA chamada Audrey Tomason, que é diretora de Contra-Terrorismo do governo Obama e que ao cursar a Kennedy School of Government de Harvard escreveu uma tese de mestrado (agora classificada como "ultra-secreta"), sugerindo que seria muito mais humano para o nosso mundo passar por um "genocídio planejado e controlado" em vez de vê-lo cair no abismo do caos que já está acontecendo.
 
De acordo com a "equação do Apocalipse" da Senhorita Tomason, a "população sustentável" do nosso mundo pode ser de apenas 1,5 bilhão de pessoas, em comparação com o cálculo das Nações Unidas de que chegará a 7 bilhões em 31 de outubro deste ano (2011) e que se afigura ainda pior com os 10 bilhões esperados para 2100.
 
A Senhorita Tomason argumenta em sua tese que a população do nosso planeta tem sido "artificialmente inflada" nos últimos 100 anos por uma economia baseada na petroquímica e de combustível com base em fósseis "não-sustentável" que se for deixada "sem controle" poderia muito bem destruir toda a vida sobre a Terra e não apenas os seres humanos.
 
Relatórios independentes, infelizmente, apoiam fortemente as terríveis advertências da Srtª. Tomason com um dos gráficos mais perturbadores produzido pelo grupo de pesquisa PostPeakLiving.com que mostra, de fato, que a população mundial cresceu mais a partir do uso de produtos petroquímicos do que em toda a história anterior.
É importante frisar que o petróleo (também conhecido como óleo cru), que é um líquido natural, inflamável, composto por uma mistura complexa de hidrocarbonetos, está segurando com alfinetes toda a economia global, e sem o qual a vida como a conhecemos hoje não existiria.
 
A maioria das pessoas acredita que o uso mais importante do petróleo é como combustível para veículos, embarcações e aeronaves por meio de sua destilação em vários tipos de combustíveis, como gasolina, diesel, querosene de aviação e assim por diante, mas não podem estar mais errados, pois o uso mais importante do petróleo está na agricultura, já que quase todos os pesticidas e muitos fertilizantes são derivados do petróleo.
 
E o fato mais crítico que nosso planeta está enfrentando hoje, como indicado pela Srtª. Tomason, é que "boom do petróleo" do século passado não somente já acabou, mas que a luta das Nações-Estados para preservar para si mesmas as fontes minguantes, está ameaçando iniciar uma guerra global numa escala nunca vista na história e, de fato, já começou, porque o Ocidente esfomeado por energia está desencadeando novas guerras para se proteger do colapso econômico. [A invasão do Kuweit pelo Iraque foi o estopim da intervenção do ocidente, devido à ameaça de corte no fornecimento do petróleo.]
 
O mais surpreendente sobre a situação atual do nosso mundo em relação ao petróleo é que é um dos "descarrilamentos em câmera lenta" de maior duração na história, porque desde 1956 está sendo alertado sobre o fim do petróleo.
 
Na verdade, foi em 1956, quando o cientista Marion King Hubbert (1903-1989) da Royal Dutch Shell alertou em sua apresentação para o American Petroleum Institute que o nosso mundo estava ficando sem petróleo e que os EUA iriam chegar à produção "pico" em 1970 e que para o resto do mundo isso ocorreria na primeira década do século 21.
 
Para ilustrar isso visualmente, ele criou a agora famosa "curva de Hubbert", que desde a sua publicação em 1956 provou a sua exatidão de 100% sobre a ocorrência do pico de descobertas globais de petróleo em 1963, e os Estados Unidos, de fato, alcançou seu pico de produção em 1970.
 
Neste ponto, é importante compreender que quase todos os governos ocidentais seguem propagando entre os seus cidadãos seu engano de toda a década sobre o grave estado de nosso mundo com respeito ao petróleo e aos recursos energéticos, sobretudo em relação à ilusão de que os projetos da chamada "energia verde" pode sustentar-nos.
 
 
Nada poderia estar mais longe da verdade, pois essas fontes de "energia verde" (solar, eólica, geotérmica, etc.) representam atualmente 0,05% da produção total de energia mundial, e não ajudam em nada a agricultura (que é o principal uso do petróleo). Combiná-los para fornecer a energia total do nosso mundo custaria mais dinheiro do que o mundo possui e vai exigir quase 200 anos para ser concluído.
 
 
A Srtª. Tomason continua com sua terrível tese de que junto com os "impactos" da falta de energia e de alimentos, os sistemas monetários mundiais também chegarão ao colapso, pois, da mesma forma, têm sido "artificialmente inflados" para além da capacidade de "todas as medidas sustentáveis" devido a sua relação com a produção de petróleo.
 
Para piorar a situação, diz a Srtª. Tomason, que como os Estados Unidos atingiu o seu pico de produção petrolífera em 1970, não "contrabalanceou" sua economia para refreá-la, optando por manter sua economia "artificialmente inflada", ao separar o dólar americano do padrão do ouro em 1972 (chamado "Impacto Nixon") e permitindo que sua moeda se tornasse, em essência, "um pedaço de papel sem valor".
 
Durante o século 20, o dólar dos EUA perdeu quase 80% do seu poder de compra, deixando dezenas de milhões de americanos sem emprego, pois sua base industrial outrora poderosa foi mudada para mercados de baixo custo no exterior, uma situação que a Srtª. Tomason descreve como "catastrófica", porque a moeda americana também é a única moeda do mercado petrolífero, cuja deflação causará a destruição de "tudo".
 
Para entender o quão grande e perigosa se tornou essa complexa situação econômica, é preciso perceber que o PIB (Produto Interno Bruto) do mundo inteiro está um pouco acima de US$ 55 trilhões por ano, em vez dos mais de US$ 2,000 trilhões da dívida total pendente de pagamento levando ao que se chama de "A Grande Contração do Crédito" que, literalmente, evaporará toda a riqueza do mundo praticamente da noite para o dia.
 
 
Os economistas "importantes" não vão dizer nada sobre o que com certeza será o maior colapso econômico na história da humanidade, e a razão é porque ele é chocante, para dizer o mínimo. Após o colapso econômico global de 2008, o professor de economia, Dirk Bezemer, da Universidade de Gröningen, na Holanda, realizou uma pesquisa com quase todos os economistas do mundo para descobrir por que os economistas "importantes" (até os ganhadores do Prêmio Nobel) falharam em prever o que iria acontecer. O que ele descobriu foi que 11 pesquisadores previram com exatidão a crise econômica de 2008 e que todos tinham uma coisa em comum, quando criaram seus modelos econômicos: eles incluíram a dívida.
 
Assim, quase todos os economistas do mundo NÃO levam em conta o fator de dívida ao criarem seus modelos econômicos deixando-os inúteis para prever o que vai acontecer, especialmente aqueles que trabalham para os governos por terem motivações políticas.
A Srtª. Tomason, no entanto, inclui, sim, a dívida em sua tese e também alertou que em 2011 o dólar dos EUA "poderia muito bem sofrer um colapso" e que uma reportagem da CNBC está dizendo que isso já "está em processo".
 
Quando ocorrer o colapso do dólar, diz a Srtª. Tomason em sua tese, toda a economia global cairá, atirando bilhões de pessoas, incluindo centenas de milhões de pessoas nos países ocidentais, ao nível mais baixo da "Hierarquia das Necessidades de Maslow".
 
A Hierarquia das Necessidades de Maslow é uma teoria da psicologia, proposta por Abraham Maslow (1908-1970) em seu artigo de 1943 intitulado "Uma Teoria da Motivação Humana" que, basicamente, afirma que os seres humanos buscarão primeiro satisfazer suas "necessidades básicas" (sobrevivência) antes de buscarem "as necessidades de segurança" (conforto); e uma vez que essas necessidades estejam satisfeitas buscarão satisfazer suas "necessidades psicológicas", as de "auto-atualização" e, finalmente, buscarão as "experiências de pico".
 
A Srtª. Tomason observou em sua tese que toda a população que está sofrendo um colapso econômico e que busca atender as suas "Necessidades Básicas" fica "ingovernável" e representa um "enorme risco" para o Estado, levando a um "desrespeito generalizado da lei e da ordem".
 
A Srtª. Tomason adiciona em sua "Equação do Apocalipse" que como o colapso da civilização tal como a conhecemos é "inevitável", os líderes mundiais devem considerar a possibilidade de "genocídio em massa" para reduzir a população global a um nível "mais sustentável e mais compatível com os recursos do nosso planeta."
 
O arrepiante cenário genocida imaginado pela Srtª. Tomason começa com um "conflito nuclear limitado" dirigido aos grandes centros populacionais, mas planejados para limitar a chuva radiativa. O passo seguinte seria a liberação de agentes químicos e biológicos tóxicos que ela sugere sejam culpadas as "entidades terroristas". Isso seria seguido pela migração forçada [controlada pelas forças de segurança] das populações para "ambientes mais sustentáveis para a vida."
 
A Srtª. Tomason imagina esses "ambientes sustentáveis para a vida" como grandes centros populacionais com sistemas de transporte de massa onde os veículos pessoais não serão permitidos, e as áreas rurais ficarão completamente despovoadas, sendo destinadas para os "sistemas" agrícolas operados pelo governo.
 
Antes do início desses eventos apocalípticos, a Srtª. Tomason defende o estabelecimento de "campos de concentração" operados e protegidos pelo governo para proteger "as pessoas de valor", enquanto as massas de seus concidadãos morrem aos milhões e bilhões. Essas "pessoas de valor" incluem cientistas, médicos, técnicos, etc. Infelizmente, para a maioria dos seres humanos, a "equação do Apocalipse" da Srtª. Tomason já parece ser o paradigma aceito pelos líderes do nosso planeta, que não vêem outra opção se é que se deseja que a Terra sobreviva. Isso leva alguns a terem a esperança de que os "deuses" retornem o mais breve possível, se quiserem salvar alguma coisa.
 
Fonte: A Verdade no Mundo
 
COMENTÁRIO: transcrevo a apresentação do texto, feito na fonte:
...
Leiam este documento e tirem as suas próprias conclusões! Muitos dizem que a Eugenia planejada pelos Illuminati é uma hipótese remota de ser realizada mas pelo que podemos ler aí vemos que é um assunto tratado até em Tese de Mestrado em Havard.
 
A fonte do artigo está citada no final do mesmo, mas infelizmente, o blog foi suspenso por ter violado os termos de serviço da Wordpress.com (sem maiores explicações). A norma violada deve ter sido revelar uma verdade inconveniente!
 
Mas tudo bem aí segue outra fonte que explica muito bem quem é Audrey Tomason (imagem ao lado ampliada da foto no fim da postagem) e o cargo exercido na Segurança do EUA.
 
http://freedomswingspolitics.com/2011/05...y-tomason/
 
É espantoso se verificar a frieza com que tratam o extermínio de grande parte da população mundial. Como se pode ver no artigo isto vem sendo levado a sério pelo pessoal da alta cúpula no Governo Americano, pois ao se contratar esta mulher para exercer cargo de alta confiança no planejamento da estratégia de segurança americana, concede-se um aval à sua Tese de Mestrado, ou seja, à Equação do Apocalipse.
Anúncio da morte de Bin-Laden
 
Moacir Sarroche
16 de junho de 2012
in mujahdin cucaracha

CIN O BRASILEIROS APARECEM EM LISTA DE CORRUPTOS COMPILADA POR BANCO MUNDIAL E ONU





Cinco brasileiros estão no banco de dados que reúne grandes casos de corrupção pelo mundo, organizado por meio de parceria entre o Banco Mundial e o órgão das Nações Unidas para combate ao crime organizado e às drogas.

São eles o ex-prefeito de São Paulo Paulo Maluf;
os banqueiros Edemar Cid Ferreira e Daniel Dantas;
a irmã de Dantas, Verônica;
e Rodrigo Silveirinha, ex-subsecretário de Administração Tributária do Rio e tido como responsável pelo esquema que resultou no escândalo do Propinoduto.
O banco de dados da Iniciativa de Recuperação de Ativos Roubados (StAR, na sigla em inglês) compila casos de corrupção que movimentaram a partir de US$ 1 milhão. A lista abrange mais de 150 esquemas ocorridos entre 1980 e maio do ano passado. Os casos não estão classificados em um ranking e podem ser pesquisados por ano e por países. O site não cita apenas casos em que tenha havido condenação, mas também processos em andamento.
Maluf aparece duas vezes no banco de dados. O primeiro caso se refere a um escândalo de desvio de dinheiro da Prefeitura de São Paulo. Maluf foi acusado pela procuradoria de Nova York em 2007 de desviar US$ 140 milhões por meio do Banco Safra para os EUA e, posteriormente, para paraísos fiscais. Segundo o relatório disponível no site, o dinheiro desviado do projeto de construção da Avenida Água Espraiada entre 1993 e 1996.
O outro caso citado é de um processo de 2011 e também tem relação com o escândalo da Avenida Água Espraiada. De acordo com o banco de dados, mais de US$ 10 milhões foram descobertos em nome de uma empresa que pertenceria a Paulo Maluf e a seu filho Flávio Maluf no paraíso fiscal da Ilha de Jersey.
A assessoria de imprensa de Paulo Maluf limitou-se a dizer, nesta sexta-feira, que o político não tem nem nunca teve conta no exterior.
Daniel Dantas e Verônica Dantas são citados pela suposta participação no esquema de corrupção envolvendo o Grupo Opportunity, investigado pela operação Satiagraha, da Polícia Federal, em 2008.
O Grupo Opportunity se defendeu dizendo, em nota enviado por sua assessoria de imprensa, que esse relatório é datado de 2008 e está desatualizado e que em 2008, a farsa da Satiagraha ainda não havia sido desmascarada em toda a sua extensão
Por conta de possíveis erros como esse, o Banco Mundial expressamente não garante a veracidade das informações, acrescenta o comunicado.
A reportagem do GLOBO entrou em contato com as outras pessoas citadas e está aguardando resposta.
O banqueiro Edemar Cid Ferreira aparece por causa do escândalo de suspeita de gestão fraudulenta na administração do Banco Santos, em que seus credores perderam cerca de US$ 1 bilhão aplicado.
Já Rogério Silveirinha consta como o operador do esquema de corrupção conhecido como Propinoduto. Revelado em 2002, o esquema cobrava propina de empresas em troca de benefícios fiscais. Cerca de US$ 30 milhões do Propinoduto estavam depositados em bancos suíço e foram repatriados em 2011.
O Brasil aparece em uma sexta referência, sobre uma fraude envolvendo doleiros no país descoberta em 2004 e que fez mais de US$ 20 milhões em remessas ilegais para contas bancárias em Nova York. No banco de dados, o caso aparece em nome de Maria Carolina Nolasco, uma portuguesa naturalizada americana que operava uma das contas bancárias envolvidas no caso.
O Globo
16 de junho de 2012

 

SECRETÁRIO DE JUSTIÇA DE DILMA PREGA REVISÃO DA LEI DA ANISTIA

Na contramão das leis e do discurso presidencial — Secretário de Justiça de Dilma prega revisão da Lei da Anistia e diz que Comissão da Verdade será útil para isso

A Comissão da Verdade não será o último passo no processo da chamada Justiça de transição que está em curso no País, segundo o secretário nacional de Justiça, Paulo Abrão.
Na avaliação do advogado, que também preside a Comissão Nacional de Anistia, o resultado do trabalho iniciado agora para esclarecer fatos ocorridos na ditadura deverá estimular ações judiciais contra agentes de Estado acusados de violações de direitos humanos.
Ele também defende a ideia de se rever a atual interpretação da Lei da Anistia, que teria sido imposta ao País pelos militares.

“A Comissão da Verdade não veio para botar uma pedra em cima da história. Muito pelo contrário. A Comissão da Verdade poderá gerar novos efeitos no campo da reparação, novas memórias e, quem sabe, potencializar os mecanismos de Justiça”, disse. “Ninguém poderá impedir que o Ministério Público Federal, no exercício de suas funções, tenha acesso à documentação produzida pela comissão para ingressar com ações.”

Abraão fez essas afirmações na quinta-feira à noite, na Assembleia Legislativa de São Paulo, na abertura do seminário Direito à Verdade, Informação, Memória e Cidadania. Lembrou que as tentativas já feitas pelo MPF para responsabilizar policiais e militares sempre foram baseadas em documentos das comissões de Anistia e de Mortos e Desaparecidos.
“Eles tiraram dali as provas de que precisavam”, afirmou. “A Comissão da Verdade foi engendrada nesse mesmo processo.”
(…)

Por Roldão Arruda, no Estadão:
16 de junho de 2012
Reinaldo Azevedo

1.000.000 DE HECTARES PARA 117 ÍNDIOS

Em algum país do mundo 70 indígenas ocupam 117 mil hectares de terra? Achou muito? Se não fosse a Justiça Federal, esta área estaria sendo aumentada para 1 milhão de hectares, no coração produção agrícola do país.
 
Tudo por culpa da Funai, um órgão corrupto. Tudo por culpa de um governo petista que desobedece a Constituição de 1988, que determinou que a partir da sua promulgação não haveria mais demarcação de terras indígenas. Um hectare de terra produz 3 toneladas de soja, por exemplo.
Gera empregos. Gera divisas. Gera riqueza. Um índio tendo apenas terra gera destruição da natureza, extinção de espécies e miséria.
Para ele e para a sociedade. Que recebam tratamento especial do estado em saúde e educação, especialmente.
Que tenham o espaço correto para fazer as suas dancinhas para o Globo Repórter e para extorquir turistas. Mas que não estejam acima da lei. Vejam notícia abaixo da Folha de São Paulo.
Na foto, Ianuculá Kaiabi Suia, um dos selvagens que querem mais terra, roubando-as da produção e de quem trabalha.

O STJ (Superior Tribunal de Justiça) suspendeu a ampliação de uma reserva indígena caiabi que seria feita pelo Exército neste mês, na divisa entre Mato Grosso e Pará.
O início da demarcação estava marcado para o dia 22, depois de uma portaria do Ministério da Justiça determinar a ampliação da reserva.
 
Com a expansão, a área ocupada pelos índios passaria de 117 mil hectares para mais de 1 milhão de hectares.Caso a liminar seja derrubada, o município de Apiacás (MT) pode ter 75% de sua área cedida aos índios.
"A população está apreensiva, preocupada e revoltada", disse o prefeito Sebastião Trindade (DEM).Segundo o prefeito, 50% do território já foi cedido para um parque indígena.Ao todo, 300 produtores rurais, entre pecuaristas e agricultores, podem perder terras.
 
A Funai (Fundação Nacional do Índio) disse que recorrerá da decisão do STJ, divulgada no último dia 13.A área onde vivem os produtores foi cedida pela União ao Estado na década de 50 e logo foi comprada pelos produtores.
O advogado João Agripino Maia, que representa os produtores, reclama que os proprietários não foram ouvidos.Um dos argumentos dos produtores é que na área vivem somente 70 índios caiabi -já a Funai diz que o espaço deve ser aproveitado por cerca de 800 deles, incluindo outras etnias.
 
16 de junho de 2012
coroneLeaks

O QUE ACONTECEU COM OS PROFESSORES, SERVE DE EXEMPLO

É um bom argumento: Educação melhor para todos. Todos devemos cobrar do Estado. Mas é apenas “um bom argumento”, usam exclusivamente como argumentação, na verdade não dão a mínima.

O que aconteceu com os professores é um bom exemplo: até os anos 80 “todos os jornalistas e toda a grande imprensa” apoiavam as greves dos professores (é claro, da rede pública). Usavam os professores ( da rede pública, é claro) como “bucha de canhão para ajudar a derrubar o que restava da ditadura”.

Posteriormente, e principalmente em Estados nos quais ganharam o poder governadores apoiados pela grande imprensa, passaram a atacar e humilhar os professores. O nome disso é traição. Salário maior aos professores já não faz parte do “discurso” para se ter “boa educação para todos”.

Silvio Miguel Gomes

UMA PARÓDIA INTELIGENTE!


FAZ SUCESSO NA INTERNET UM ARTIGO DE ALEXANDRE GARCIA SOBRE A BOLHA DA ECONOMIA BRASILEIRA

Não sei se torço para que seja verdade ou para que seja engano… O Rei Juan Carlos esteve com a presidente Dilma. Fico imaginando a chefe de estado do Brasil a dizer ao chefe de estado da Espanha: “Eu sou você, amanhã”, tal como na propaganda de vodka.

Não é difícil chegar a essa conclusão. A crise na Espanha começou quando se decidiu que a expansão imobiliária seria uma solução maravilhosa para o crescimento do país: criaria emprego na construção civil ao mesmo tempo em que resolveria do problema da habitação.

Empregou-se muita gente e estrangeiros começaram a chegar aos milhares para atender à demanda de mão-de-obra. Tijolo e concreto se tornaram sinônimos de riqueza. Áreas verdes foram cobertas por construções, assim como o cinturão verde de muitas cidades.

Em poucos anos, o preço do metro quadrado disparou e o boom da construção atraiu especuladores. O metro quadrado da habitação subiu, mas os salários não. Os bancos, para manter a roda circulando, baixaram exigências para financiamentos, não se importando com a renda do financiado nem com as garantias.

Imaginaram que se o imóvel estava se valorizando tanto, se o devedor não pudesse pagar, venderia o imóvel por mais preço e ainda sobraria dinheiro. E ofereceram crédito para comprar casa, carro, móveis, eletrodomésticos, viagens… A dívida se tornou fator de crescimento.

Mas aí, estourou a bolha dos Estados Unidos. Os espanhóis se retraíram, o consumo caiu, vieram as demissões e se descobriu que o país se sustentava tirando do futuro; nunca houve realmente riqueza nem subida na escala social.

Você que me lê, e percebe as semelhanças, bata na madeira para torcer que por aqui não aconteça o mesmo. Os sinais são alarmantes: o PIB brasileiro do primeiro trimestre deste ano, segundo o IBGE, aumentou apenas dois décimos por cento(0,2%). A inflação vai crescer o dobro do PIB neste ano.

Na Veja , a excelente Lya Luft chama de “ilusão” o que está acontecendo no Brasil. Ela mostra como também estamos sacando do futuro. “Palavras de ordem nos impelem a comprar, autoridades nos pedem para consumir, somos convocados a adquirir o supérfluo, até danoso, como botar mais carros em nossas ruas atravancadas ou em nossas péssimas estradas…Estamos enforcados em dívidas impagáveis, mas nos convidam a gastar ainda mais, de maneira impiedosa, até cruel.”- escreveu ela. Nossa bolha está inchada.
E é de sabão.

BASTA! O BRASIL NÃO É SACO DE PANCADAS DE NINGUÉM

Quem bem estudou a matéria História do Brasil sabe que a penúltima vez que um país ousou tomar algum patrimônio do Brasil foi o Paraguai, que, por ordem do ditador Francisco Solano Lopez, em 12 de novembro de 1864, tomou à força – manu militari – o navio imperial Marquês de Olinda. A consequência por este ato insano foi imediata, com a declaração de guerra do Brasil ao Paraguai, pois o imperador dom Pedro II não permitiu que a nossa soberania fosse vilipendiada.

Quase 142 anos depois, no dia 1º de maio de 2006, Evo Morales, ex-presidente do sindicato de produtores de coca, agora alçado a presidente da República da Bolívia, mandou as tropas do Exército ocupar e confiscar os campos de gás e instalações da Petrobras naquele país. Recordemos que a estatal brasileira já havia investido mais de US$ 1,5 bilhão na Bolívia e, como resultado do seu esforço, viabilizou não só a extração do gás natural naquele país como a construção do Gasoduto Bolívia-Brasil.

Não obstante a Petrobras sempre ter trabalhado dentro das mais rigorosas normas internacionais, o ex-cocaleiro teve a tremenda cara de pau de acusar nossa empresa petrolífera de fazer contrabando, de sonegar impostos e de operar ilegalmente. Tamanhas ofensas atingiram não só a Petrobras mas, também, o povo brasileiro, já que a empresa tem como sócio majoritário o governo brasileiro e milhões de acionistas minoritários, no número dos quais me incluo.

O governo boliviano, ao usurpar o patrimônio dos brasileiros, humilhou o nosso país. E qual foi a reação das autoridades brasileiras? Uma pífia e vergonhosa nota do Itamaraty, que naquela época era comandado por Celso Amorim, através da qual reconhecia que a decisão boliviana era um “ato inerente à sua soberania”.

Passados seis anos, precisando o presidente cocaleiro criar mais um factoide para reverter o seu baixo prestígio, voltou a atacar o Brasil. Como já não tinha a Petrobras para servir de bode expiatório, partiu com tudo para cima da construtora brasileira OAS, que, no dia 10 de abril, teve anulado um contrato — estimado em US$ 415 milhões (sendo US$ 332 milhões financiados pelo BNDES) — para a construção de uma estrada de 325 quilômetros naquele país.

Segundo a matéria “Presidente da Bolívia cancela contrato com a construtora brasileira OAS”, publicada pelo Jornal do Brasil (10/04), o presidente boliviano, ao valer-se da mesma lenga-lenga para cometer as suas arbitrariedades, como fez com a Petrobras em 2006 (procedimento típico dos tiranetes), alegou “que há uma fraude ou algo suspeito” e que a construtora havia descumprido várias obrigações contratuais.

E qual foi a reação do governo? De acordo com o jornal Valor (27/04), a senhora presidente Dilma Rousseff declarou que o governo brasileiro “não é advogado da OAS” e que “não podemos dar a impressão de que somos porta-vozes da empresa. Mas achamos que o governo boliviano foi além nesse caso”.

Segundo o citado jornal, uma fonte ligada ao governo declarou que “medidas como essa são muito mais marketing político do que intenção de dar uma pancada no Brasil. Não nos interessa ter um conflito com o vizinho”.

É triste dizer, mas, uma vez mais, o Brasil se dobrou aos caprichos da Bolívia. Não foi por acaso que Evo declarou em seguida que “Dilma era uma mãe para a Bolívia”.

Como o governo, eu não sou advogado (nem consultor) da OAS, mas, acima de tudo, temos que defender os interesses dos nossos cidadãos e de nossas empresas que trabalham no exterior. Para um bom entendedor, o recado da presidente Dilma foi claro: a OAS e outras empresas que se virem, pois, se depender do governo brasileiro, vão ficar “a ver navios” na Bolívia e em outros países.

Talvez, por saber como seria a reação do governo brasileiro, no dia 3 de abril, a província argentina de Neuquén cancelou de forma arbitrária a concessão da Petrobras no campo de Veta Escondida, obviamente sob as ordens da contumaz rompedora de contratos, a presidente Cristina Kirchner.

Até quando o governo vai permitir que o Brasil continue sendo saco de pancadas dos seus vizinhos? A nossa dignidade e soberania não são moedas de troca por alguns milhões de metros cúbicos de gás e outros produtos.

Quem é do ramo conhece um texto intitulado “Geisel avisava”, no qual se lê: “E quando aqueles bolivianos fecharem a válvula, o que é que eu faço? Mando o Exército lá abrir?” Respeitosamente, pergunto à presidente Dilma: se um dia Evo Morales resolver fechar as válvulas que abastecem o gasoduto Bolívia-Brasil, qual será a reação de Vossa Excelência.

(Matéria transcrita do JB Online,
enviada pelo comentarista Paulo Peres)

A DIVA BIBI FERREIRA, AOS 90 ANOS, ENSINA A VIVER



O título que dou a este artigo nos evoca a adorável comédia teatral de Colin Higgins. Tive a feliz oportunidade de assistir a essa peça em um palco carioca, com a inesquecível e talentosa Henriette Morineau no papel de “Maude”. Essa peça mudou a minha vida. Valho-me dessa lembrança para relatar outra lição de vida que tive, há poucos dias, também em um teatro do Rio de Janeiro. Dessa vez, pela maestria de outra atriz igualmente maravilhosa: Bibi Ferreira.

Bibi completou 90 anos na semana que passou. Ainda totalmente lúcida, firme e genial. Capaz de magnetizar o público por mais de uma hora, cantando músicas que marcaram a sua longa carreira. Indizível.

O ponto alto do espetáculo se dá quando Bibi canta as músicas que Chico Buarque fez para “Gota d’’Água”, que ele escreveu em parceria com o então companheiro de Bibi, o dramaturgo autodidata Paulo Pontes. Para quem não sabe, foi Paulo Pontes quem, juntamente com Oduvaldo Viana Filho, nos idos dos anos 1970, criou “A Grande Família”, que até hoje nos entretém com as peripécias de Lineu, Nenê e agregados.

Bibi viveu com ele o mesmo romance de Maude e Harold. Porém, diferentemente do que ocorre na peça de Higgins, quem morre, na vida real, é o Harold de Bibi. Paulo Pontes faleceu acometido de um câncer devastador, aos 37 anos, no auge do sucesso de “Gota d’’Água”, a maior peça jamais feita na dramaturgia brasileira.

Por uma dádiva do destino, pude ver Bibi cantar “Basta um Dia”, como protagonista daquela peça. Não sabíamos se ela chorava por causa de sua própria dor ou a de Joana, a magnífica Medeia dos miseráveis brasileiros. Inesquecível.

Assistir ao espetáculo me fez voltar à minha juventude em Diamantina. Em uma visita à sua cidade natal, JK foi acompanhado por Procópio Ferreira, pai de Bibi, para uma encenação da qual não me recordo, mas que provocou em mim uma comichão incontrolável: ser atriz. Não sei como, mas fui apresentada ao diretor Vitor Berbara, que havia sido o primeiro a conduzir Bibi em cena. Após ensaio de algum “sketch”, Berbara quis que eu fosse estudar artes cênicas. Ecoam ainda dentro de mim as suas palavras: “Você deveria estar em Nova York”. Isso aconteceu mesmo!

Meu pai, juiz de direito da comarca, abortou essa “sandice”, conforme suas palavras. Como em uma canção de Chico Buarque, “segui a minha jornada”, que me levou para bem longe do teatro…

Nesses tempos em que o tsunami da crise econômica mundial vai se avolumando, e a política continua marcada pela hipocrisia e o total rebaixamento ético, assistir a uma apresentação de Bibi Ferreira é um verdadeiro bálsamo para a alma.

Ela se encontra e se reencontra no palco. Altiva, serena, brinca com a plateia e brinca consigo mesma. Os espectadores, em plena senectude, saem do espetáculo, certamente, com a mesma sensação de arrebatamento que eu tive. Todos, naquele pequeno intervalo de tempo, totalmente mágico, apesar da idade, ainda aprendem a viver. Viva a eterna diva do teatro brasileiro!

Sandra Starling (O Tempo, de Belo Horizonte)
16 de junho de 2012

OS DOIS PTs


Como o julgamento do mensalão, as acusações contra a Delta na CPI do Cachoeira e as eleições municipais dividiram o partido entre a turma de Lula e a turma de Dilma

Uma linha divide a estrela do PT. Seu nome: mensalão. De um lado, estão os acusados no maior escândalo de corrupção do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, como José Dirceu e José Genoino. De outro, os integrantes do governo de Dilma Rousseff, que querem distância da banda enrolada do partido. Alguns membros do Partido dos Trabalhadores já levantam a tese dos “dois PTs”. O PT de Lula e o PT de Dilma.

O primeiro lado é o defendido pelo ex-presidente, que, no afã de proteger seu legado, operou nos bastidores para adiar o julgamento do mensalão. Agora que foi marcado, ele tenta minimizar os prejuízos dos “réus companheiros”. Na outra ponta, a presidente Dilma e seu governo sabem que só têm a perder com o envolvimento com o “outro lado”. O PT de Lula, afinal, é o passado. O de Dilma é o futuro.


O PT de Dilma... (Foto: Ruy Baron/Valor/Folhapress, Ueslei Marcelino/Reuters e Valterci Santos/Ag. Gazeta do Povo) (Foto: Ruy Baron/Valor/Folhapress, Ueslei Marcelino/Reuters e Valterci Santos/Ag. Gazeta do Povo)
Há outros sinais da divisão no PT. A atitude da senadora Marta Suplicy na campanha eleitoral deste ano em São Paulo expôs as fragilidades do centralismo nas decisões petistas. Preterida em favor de Fernando Haddad, Marta decidiu enfrentar Lula. Assim, deixava claro a Dilma com qual dos dois PTs pretende ficar. Outro indício foi o desconforto de Lula com a atitude do governo federal, que deixou que a CPI do Cachoeira – incentivada por Lula contra os interesses da presidente da República – quebrasse os sigilos da empreiteira Delta.

O PT, com isso, quase perdeu o controle da comissão. O cochilo, segundo ÉPOCA apurou, embute a estratégia de uma ala do governo: jogar aos leões a empreiteira líder em obras e negócios no Programa de Aceleração do Crescimento. Lula quase saiu do sério. Ele não chegou a reclamar diretamente com Dilma, mas externou seu desconforto a auxiliares e parlamentares de sua confiança. “A relação entre Lula e Dilma não chegou a azedar, mas deu uma esfriada”, afirmou um deles a ÉPOCA.

Os que acreditam na tese do partido rachado dizem que a linha divisória entre os dois PTs ficará mais clara a partir de agosto, quando o Supremo Tribunal Federal começar a julgar o mensalão.
Ao contrário de Lula, Dilma planeja se manter afastada do processo e cogita participar de campanhas de candidatos petistas a prefeito somente no segundo turno, após o fim do julgamento. A tese petista sobre o mensalão sustenta que o esquema envolvia apenas sobras de campanha de 2002 e liga o escândalo a disputas eleitorais. Dilma teme associar sua imagem às disputas e não quer nem ouvir falar em palanque.


... e o PT de Lula (Foto: Eraldo Peres/AP, Alan Marques/Folhapress (2), Antonio Gauderio/Folhapress e Marques/Folhapress )(Foto: Eraldo Peres/AP, Alan Marques/Folhapress (2), Antonio Gauderio/Folhapress e Marques/Folhapress )
Em privado, petistas com cargo na gestão Dilma já admitem um resultado desfavorável aos eminentes réus do partido no julgamento: o ex-ministro José Dirceu, o deputado João Paulo Cunha (SP), o ex-tesoureiro Delúbio Soares e o ex-presidente do PT e ex-deputado José Genoino (SP). A eventual condenação de todos eles poderá significar, ao menos em termos simbólicos, a reprovação do governo Lula no campo da ética. Essa possibilidade tem levado Lula a se alinhar com os réus numa campanha por sua absolvição.

Já em 2005, no auge do escândalo, o então líder do governo no Senado, Aloizio Mercadante, chegou a propor uma “refundação” do partido. Sete anos depois, a chance parece ter ressurgido na esteira da popularidade de Dilma. Hoje ministro da Educação, Mercadante passou décadas ao lado de Lula, como um de seus gurus para a economia. Agora é só elogios à presidente.

De volta a São Bernardo do Campo, seu berço político na Grande São Paulo, e mesmo em tratamento contra um câncer na laringe, Lula aceitou se ocupar da política partidária miúda. Dilma e seus auxiliares petistas ficaram ainda mais distantes da atividade, que a presidente diz detestar. “Lula voltou à articulação política numa situação nova. Antes, usava uma pressão indireta sobre as escolhas partidárias. E ganhava na maioria das vezes.

Agora, usa o intervencionismo direto”, diz o cientista político Lincoln Secco, da Universidade de São Paulo e autor do livro História do PT. “Isso revela duas coisas: ele tem um poder muito maior no PT, mas isso tem custos políticos que nem sempre pode controlar. Vide o caso paulistano: ele impôs o candidato, Haddad, e acabou com as prévias. Mas há um setor do partido que simplesmente não entrou na campanha até agora.”Com Lula à frente das negociações, o PT de Dilma sentiu-se desobrigado de negociar eleitoralmente com os líderes petistas e dos partidos aliados.

O movimento é bom para Dilma, uma ex-pedetista que só adotou o PT em 2000. Assim, ela se afasta ainda mais da turma do mensalão. Ao lado dela, instruídos a não perder tempo com conversas políticas, atuam, além de Mercadante, os ministros petistas Gleisi Hoffmann (Casa Civil), José Eduardo Martins Cardozo (Justiça), Guido Mantega (Fazenda), Giles Azevedo (chefia de gabinete), Fernando Pimentel (Desenvolvimento Econômico), Ideli Salvatti (Relações Institucionais) e Paulo Bernardo (Comunicações).

Em sentido oposto, Lula manobrou para vetar a indicação do prefeito do Recife, João da Costa, à reeleição. Também costurou alianças com antigos aliados de partidos “faxinados” por Dilma após algum escândalo, como o PCdoB e o PP de Paulo Maluf. “A relação mudou. Em primeiro lugar, Dilma tem sido muito mais dura com auxiliares acusados de desvios éticos. Em segundo, embora seja do PT, ela não tem história na sigla. Nunca havia sido candidata a nada. A relação do partido com ela é mais fria”, diz Secco.

Por enquanto, ninguém aposta num confronto aberto entre Lula e Dilma, ungida por ele para assumir o comando do país. Mas os choques recentes são reais e cada vez mais frequentes. A presidente era contra a criação da CPI do Cachoeira, instalada para investigar o bicheiro Carlos Augusto Ramos. Estava disposta a atuar contra a CPI, mas perdeu a disputa com o antecessor. Deu o troco ao vetar a indicação de Cândido Vaccarezza (PT-SP), fiel escudeiro de Lula, para a relatoria.

O deputado Vaccarezza acabaria flagrado ao celular enviando uma mensagem ao governador do Rio de Janeiro, o peemedebista Sérgio Cabral. Prometia blindagem absoluta a Cabral nas investigações. Vaccarezza queria o apoio do PMDB para acuar a imprensa com a comissão. Não conseguiu e deixou os governistas fragilizados. Poucos dias depois, em 30 de maio, a CPI quebrou o sigilo da empreiteira Delta (braço operacional do esquema de Cachoeira) em âmbito nacional durante toda a era Lula (2003-2010). Lula queria a Delta longe do foco da CPI que ele mesmo ajudou a criar.

Mas o feitiço do feiticeiro ameaça ter vida própria. Na quinta-feira passada, governistas comandados pelo líder Jilmar Tatto (PT-SP) conseguiram uma vitória e postergaram a convocação de Fernando Cavendish, ex-homem forte da Delta. Mesmo assim, a CPI examinará as contas da Delta e poderá convocá-lo no futuro.

O deputado federal André Vargas (PT-PR) nega haver tempo ruim com o Planalto. “Nas relações com o Congresso e o PT, Dilma é diferente de Lula. Mas ela encampa os símbolos do partido e da gestão do ex-presidente. Os estilos são diferentes, e temos de entender isso”, diz Vargas. Verdade, mas algo mais os difere. Lula é pressionado pelo tempo, algo que Dilma, na primeira metade de seu primeiro mandato, tem de sobra. No discreto embate da presidente contra o lulismo, o tempo está de seu lado.

ALBERTO BOMBIG
Publicado na Revista Época
16 de junho de 2012
in Fábio Pannunzio