Parabéns a mais essa manifestação, demonstrando uma intolerância que vem crescendo.
Na saída, três carros estacionados: O Globo, A Folha e Band, quando sabemos que justamente alguns jornais de grande circulação tanto podem nos dar quanto tirar.
Da mesma forma que ignoraram outras manifestações - que, de alguma forma, se tornaram frustradas - enquanto divulgavam cansativamente as passeatas gay (UUUUUIIIIIIIIIIIIII!), agora decidiram aparecer.
Que sejam bem vindos... aos propósitos verdadeiramente brasileiros, mesmo que se trate apenas de medo de ficar prá trás em relação à concorrência.
É HORA DE REAGIR, DE COBRAR E EXIGIR
PRÓXIMA MANIFESTAÇÃO EM NOVEMBRO VENCEREMOS A IMPUNIDADE PELA INSISTÊNCIA.
FOTOS
Um painel político do momento histórico em que vivem o país e o mundo. Pretende ser um observatório dos principais acontecimentos que dominam o cenário político nacional e internacional, e um canal de denúncias da corrupção e da violência, que afrontam a cidadania. Este não é um blog partidário, visto que partidos não representam idéias, mas interesses de grupos, e servem apenas para encobrir o oportunismo político de bandidos. Não obstante, seguimos o caminho da direita. Semitam rectam.
"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)
"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)
quarta-feira, 12 de outubro de 2011
SEGUNDA MARCHA CONTRA A CORRUPÇÃO GANHA NOVOS TEMAS
Movimento convocou protestos em 25 cidades em 18 estados no país.
Organizadores em Brasília planejam ONG para manter mobilização.
Do G1, em Brasília
A segunda onda de protestos popularizada como Marcha Contra a Corrupção conseguiu mobilizar, novamente, milhares de manifestantes em várias capitais. Embora menos numerosa que a primeira edição, realizada no Sete de Setembro, a mobilização desta quarta-feira (12), feriado de Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil, ganhou novos temas.
Protestos foram convocados em ao menos 25 cidades de 18 estados em todas as regiões do país, principalmente articuladas nas redes sociais e blogs. Organizadores já planejam uma ONG para nacionalizar o movimento.
Em Brasília, que concentrou o maior número de pessoas – entre 7.000 e 10.000, segundo estimativas da Polícia Militar – os manifestantes levaram à Esplanada dos Ministérios novos temas.
Além da validação da Lei da Ficha Limpa para as eleições de 2012 e o fim do voto secreto nas votações do Congresso, houve também protesto contra uma eventual limitação dos poderes do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), órgão criado para fiscalizar os juízes.
Em Brasília, manifestantes usaram fantasias para protestar contra impunidade. Na foto, jovem caminha em direção ao Congresso como o personagem "V". (Foto: Nelson Antoine/Fotoarena/AE)
Ainda neste mês, o Supremo Tribunal Federal (STF) deve julgar ação proposta pela Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) que visa a limitar o raio de investigação do CNJ.
Ainda neste ano, o STF também julga a validade da Ficha Limpa. Já a discussão sobre o fim do voto secreto foi retomado no Congresso após a absolvição da deputada Jaqueline Roriz (PMN-DF).
Na capital federal, outros movimentos aproveitaram a marcha para outras reclamações. Algumas faixas pediam mais concursos do governo federal. Esposas de militares (proibidos de participar) também reivindicaram aumentos salariais.
Segundo um dos líderes do Movimento Contra Corrupção (MCC), Walter Rodrigues, o objetivo é que as manifestações adquiram um caráter nacional. Na próxima semana, eles irão discutir a possibilidade de transformar o MCC em uma ONG.
"Vamos fazer uma videoconferência com os representantes das cidades na próxima quarta ou quinta-feira para discutir como nacionalizá-lo", disse.
Pelo país
Em São Paulo, a marcha se concentrou novamente na avenida Paulista, iniciada em caminhada a partir do Museu de Arte de São Paulo (Masp) por volta das 14h.
Estimativas da Polícia Militar apontavam para a presença de 2.000 pessoas. Durante a mobilização, um homem foi preso por suspeita de quebrar o vidro de uma lanchonete Mc Donalds e de um banco.
Na rua da Consolação, um grupo de punks com máscaras e panos enrolados no rosto partiu para cima de outros manifestantes e da imprensa. No tumulto, uma mulher de 64 anos cortou o queixo ao cair na calçada.
No Rio de Janeiro, 2.000 pessoas caminharam pela orla de Copacabana, na Zona Sul, segundo a Polícia Militar.
çãçãMarcha Contra a Corrupção se concentrou na orla de Copacabana (Foto: Mauro Pimentel/AE)
Em Belo Horizonte, a manifestação se concentrou na praça da Liberdade, região nobre da cidade e próxima à antiga sede do governo estadual. Segundo a PM, 200 pessoas apareceram. Manifestantes pediram ainda o imediato julgamento dos acusados de crimes no esquema do mensalão e a devolução aos cofres públicos de dinheiro comprovadamente desviado por políticos corruptos.
Em Goiânia, onde o governo contabilizou cerca de 1,2 mil pessoas, a marcha atraiu estudantes universitários, professores, profissionais liberais e donas de casa. A maioria foi vestida de preto e percorreu 4 km no centro da cidade.
Em Curitiba, cerca de 500 pessoas partiram da Universidade Federal do Paraná (UFPR) até ruas do Centro Histórico e foram até o Centro Cívico. Estudantes mascarados se misturaram com aposentados, caras-pintadas e ativistas. Não havia sequer uma bandeira de partido político. Durante a passeata, alguns moradores jogaram água nos manifestantes.
Em Salvador, a marcha percorreu o circuito Barra-Ondina, famoso por receber os trios elétricos de Carnaval. Cerca de 800 pessoas apareceram, com bandeiras, apitos, narizes de palhaço e caras pintadas. Entre jovens e crianças, foram vistos também juízes e advogados.
Em Fortaleza, trio-elétricos animaram a caminhada ao som de canções engajadas como "Brasil", de Cazuza, e "Para Não Dizer que Eu Não Falei de Flores", de Geraldo Vandré. Na capital cearense, estudantes expressavam revolta contra o que ficou conhecido como "escândalo dos banheiros", esquema de desvio de dinheiro destinado a construção de banheiros populares que, segundo o Tribunal de Contas do Estado, chegou a um rombo de R$ 16 milhões.
Em João Pessoa, o público se concentrou no Busto de Tamandaré, e caminhou pela orla da praia. A mobilização foi organizada por entidades locais ligadas à advocacia e à imprensa.
MILHARES DE PESSOAS PROTESTAM EM BRASILIA CONTRA A CORRUPÇÃO. O PT É CONTRA.
Os milhares de manifestantes que participam da 2ª Marcha Contra a Corrupção protestam em frente ao Congresso Nacional.
Os participantes do movimento gritam "Congresso, vergonha do Brasil".O grupo carrega uma enorma bandeira do Brasil e uma pizza gigante feita de lona. Algumas pessoas se acorrentaram em uma corda. Todos pedem pelo fim do voto secreto.
Uma das organizadoras do movimento em Brasília, Luciana Kalil, afirma que "a união da população brasiliense que fará a grande diferença neste movimento".Ela relata que está colhendo assinaturas pedindo o fim do voto secreto e a aplicação da Ficha Limpa.
Os participantes também defendem o fim do foro privilegiado, a revisão dos critérios para aprovação de emendas e a promulgação do projeto de lei que caracteriza a corrupção como crime hediondo.
coroneleaks
PSDB DEVERIA É ESTAR ATRAINDO QUADROS EM VEZ DE PERDÊ-LOS PARA O PSD
Há algo de aparentemente espantoso na razoável facilidade com que o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, conseguiu liderar a criação do PSD; o partido está em vias de se transformar na terceira força na Câmara dos Deputados, à frente do PSDB. Há críticas que são mais fáceis do que propriamente esclarecedoras. Vamos ver.
O núcleo duro da nova legenda nasce de uma crise do DEM, como é de todos sabido. A condução desastrada e desastrosa de divergências internas não deixou a líderes como o próprio Kassab, Guilherme Afif Domingos (SP), Jorge Bornhausen (SC) ou a senadora Kátia Abreu (TO) outra alternativa. Não é a primeira vez que um grupo dissente decide fundar outra legenda: assim foi com o próprio DEM (o então PFL derivou do antigo PDS) e com o PSDB, que se descolou do PMDB. Mas por que pareceu tão fácil? A resposta, acreditem, está no PSDB. Já chego lá.
No rol das críticas fáceis, está a acusação de que Kassab reuniu oposicionistas com sede de governismo - parcela importante do PSD, de fato, tem origem na oposição. Mas o partido - disposto a apoiar o que houver de bom em qualquer governo e a rejeitar o que for ruim!!!…- também atraiu parlamentares da base. Kassab se revela, assim, um hábil articulador. Não foram poucos os que apostaram que daria com os burros n’água. Por enquanto ao menos, seu partido está fora do governo, e não parece haver, num horizonte muito próximo, a possibilidade de que possa se aproveitar de benesses federais.
As circunstâncias não eram, ou não são, exatamente favoráveis ao prefeito. Ele não chega a fazer uma administração aplaudida. Está longe de ser uma unanimidade ou quase, embora eu esteja entre aqueles que consideram exageradas e, muitas vezes, fora do tom as críticas que lhe são feitas. Mas esse é outro problema: o fato inconteste é que não é um desses queridinhos do jornalismo engajado, como Fernando Gugu Dadá Haddad, para citar um exemplo, o incompetente mais incensado da história republicana. Ainda no rol das críticas fáceis, pode-se inferir: “Também, com a máquina da Prefeitura na mão…”
Olhem cá: o PSDB está no poder em oito estados, governa praticamente a metade da população brasileira e quase 60% do PIB. A “máquina” administrada pelos tucanos é muitas vezes maior do que aquela à disposição do prefeito. É preciso considerar que isso tudo constitui uma posição de poder. Também um oposicionismo forte e estruturado confere prestígio. Chega a ser espantoso que o PSDB, em vez de atrair novas lideranças para o partido, esteja também na condição de quem cede quadros para o PSD.
“Ah, no Brasil, ninguém quer ser oposição!” Como não? Muitos brasileiros, quase 44 milhões, escolheram votar no PSDB no segundo turno da eleição presidencial - ou contra o PT, não importa. O povo tem coragem de se opor, como deu para perceber. E conferiu aos tucanos um poder formidável nos estados. Pergunto-me: como é que o PSDB não conseguiu se transformar num pólo de atração de apoios? Ao contrário! O partido passou a ser, também ele, um fornecedor…
Por que é assim? Porque falta uma mensagem mais clara do partido. Neste primeiro ano de governo Dilma, que “saber oposicionista” gerou o comando dos tucanos, a ponto de poder se colocar como referência no debate e como uma futura alternativa de poder? Muito pouco! Os desmandos são denunciados, sim - e isso está correto -, mas não se vai muito além disso.
Num texto publicado no dia 26 de setembro, demonstrei como Dilma é “ruim de serviço” listando algumas ineficiências do governo. Só para lembrar:
1 - Foi a gerentona no governo Lula e assistiu impassível ao estrangulamento dos aeroportos. Nada fez! Ou melhor, fez, sim, uma coisa muito ruim: bombardeou as propostas de privatização. Depois teve de correr atrás do capital privado, na bacia das almas.
2 - O marco regulatório que inventou para a privatização das estradas federais enganou o Elio Gaspari direitinho - e todos os “gasparzinhos” que tentam imitá-lo–, mas não conseguiu fazer o óbvio: duplicar rodovias, melhorar o asfalto, diminuir o número de vítimas. Cobra um pedágio “barato” para oferecer serviço nenhum. Ou seja: é caro demais! Um fiasco completo!
3- O Brasil foi escolhido para a sede da Copa do Mundo há 47 meses. Em apenas nove, de abril a dezembro de 2010, ela esteve fora do governo. Era a tocadora de obras de Lula e é a nº 1 agora. E o que temos? Seu governo quer uma espécie de AI-5 das Licitações para fazer a Copa. Quanto às obras de mobilidade, Miriam Belchior entrega o jogo: melhor decretar feriado.
4 - Na economia, há um certo clima de barata-voa. Posso não compartilhar das críticas, a meu ver exageradas, ao corte de meio ponto nos juros estratosféricos, mas isso não quer dizer que eu note um eixo no governo. A turma me parece até um tantinho apavorada. A elevação do IPI dos carros importados é um sinal de que estão seguindo a máxima de que qualquer caminho é bom para quem não sabe aonde vai. A Anfavaea foi mais eficiente no lobby. Cumpre aos outros setores fazer também o seu chororô. O único que vai perder é o consumidor…
5 - Na seara propriamente institucional, Dilma deixa que prospere o debate da reforma política como se ela não tivesse nada com isso. Parece Obama referindo-se aos políticos como “o pessoal de Washington”. Ela poderia dizer: “O pessoal de Brasília”…
6 - Abaixo, Ideli Salvatti, ministra das Relações Institucionais, afirma que o governo vai tentar, sim, um novo imposto para financiar a Saúde - a presidente prometeu de pés juntos que o governo não recorreria a esse expediente.
7 - As promessas na área social para seu primeiro ano de governo naufragaram, como se vê acima. Não vai entregar as UPAs, as quadras, as casas, os postos policiais…
Como é que o PSDB não consegue transformar essas falhas evidentes num discurso estruturado, apresentando-se como alternativa de poder?
Ao contrário: contratou uma pesquisa a peso de ouro que só contribuiu para depor contra a reputação do próprio partido.
O que estou afirmando, em suma, é que poucas coisas revelam com tanta clareza a falta de horizontes do PSDB como a criação do PSD. Com muito pouco a oferecer - nem mesmo o tão precioso tempo de TV -, Kassab conseguiu criar um partido que já nasce entre os grandes. Com uma máquina gigantesca ainda nas mãos, o PSDB continua dedicado a seu esporte predileto: caçar tucanos…
Reinaldo Azevedo
O núcleo duro da nova legenda nasce de uma crise do DEM, como é de todos sabido. A condução desastrada e desastrosa de divergências internas não deixou a líderes como o próprio Kassab, Guilherme Afif Domingos (SP), Jorge Bornhausen (SC) ou a senadora Kátia Abreu (TO) outra alternativa. Não é a primeira vez que um grupo dissente decide fundar outra legenda: assim foi com o próprio DEM (o então PFL derivou do antigo PDS) e com o PSDB, que se descolou do PMDB. Mas por que pareceu tão fácil? A resposta, acreditem, está no PSDB. Já chego lá.
No rol das críticas fáceis, está a acusação de que Kassab reuniu oposicionistas com sede de governismo - parcela importante do PSD, de fato, tem origem na oposição. Mas o partido - disposto a apoiar o que houver de bom em qualquer governo e a rejeitar o que for ruim!!!…- também atraiu parlamentares da base. Kassab se revela, assim, um hábil articulador. Não foram poucos os que apostaram que daria com os burros n’água. Por enquanto ao menos, seu partido está fora do governo, e não parece haver, num horizonte muito próximo, a possibilidade de que possa se aproveitar de benesses federais.
As circunstâncias não eram, ou não são, exatamente favoráveis ao prefeito. Ele não chega a fazer uma administração aplaudida. Está longe de ser uma unanimidade ou quase, embora eu esteja entre aqueles que consideram exageradas e, muitas vezes, fora do tom as críticas que lhe são feitas. Mas esse é outro problema: o fato inconteste é que não é um desses queridinhos do jornalismo engajado, como Fernando Gugu Dadá Haddad, para citar um exemplo, o incompetente mais incensado da história republicana. Ainda no rol das críticas fáceis, pode-se inferir: “Também, com a máquina da Prefeitura na mão…”
Olhem cá: o PSDB está no poder em oito estados, governa praticamente a metade da população brasileira e quase 60% do PIB. A “máquina” administrada pelos tucanos é muitas vezes maior do que aquela à disposição do prefeito. É preciso considerar que isso tudo constitui uma posição de poder. Também um oposicionismo forte e estruturado confere prestígio. Chega a ser espantoso que o PSDB, em vez de atrair novas lideranças para o partido, esteja também na condição de quem cede quadros para o PSD.
“Ah, no Brasil, ninguém quer ser oposição!” Como não? Muitos brasileiros, quase 44 milhões, escolheram votar no PSDB no segundo turno da eleição presidencial - ou contra o PT, não importa. O povo tem coragem de se opor, como deu para perceber. E conferiu aos tucanos um poder formidável nos estados. Pergunto-me: como é que o PSDB não conseguiu se transformar num pólo de atração de apoios? Ao contrário! O partido passou a ser, também ele, um fornecedor…
Por que é assim? Porque falta uma mensagem mais clara do partido. Neste primeiro ano de governo Dilma, que “saber oposicionista” gerou o comando dos tucanos, a ponto de poder se colocar como referência no debate e como uma futura alternativa de poder? Muito pouco! Os desmandos são denunciados, sim - e isso está correto -, mas não se vai muito além disso.
Num texto publicado no dia 26 de setembro, demonstrei como Dilma é “ruim de serviço” listando algumas ineficiências do governo. Só para lembrar:
1 - Foi a gerentona no governo Lula e assistiu impassível ao estrangulamento dos aeroportos. Nada fez! Ou melhor, fez, sim, uma coisa muito ruim: bombardeou as propostas de privatização. Depois teve de correr atrás do capital privado, na bacia das almas.
2 - O marco regulatório que inventou para a privatização das estradas federais enganou o Elio Gaspari direitinho - e todos os “gasparzinhos” que tentam imitá-lo–, mas não conseguiu fazer o óbvio: duplicar rodovias, melhorar o asfalto, diminuir o número de vítimas. Cobra um pedágio “barato” para oferecer serviço nenhum. Ou seja: é caro demais! Um fiasco completo!
3- O Brasil foi escolhido para a sede da Copa do Mundo há 47 meses. Em apenas nove, de abril a dezembro de 2010, ela esteve fora do governo. Era a tocadora de obras de Lula e é a nº 1 agora. E o que temos? Seu governo quer uma espécie de AI-5 das Licitações para fazer a Copa. Quanto às obras de mobilidade, Miriam Belchior entrega o jogo: melhor decretar feriado.
4 - Na economia, há um certo clima de barata-voa. Posso não compartilhar das críticas, a meu ver exageradas, ao corte de meio ponto nos juros estratosféricos, mas isso não quer dizer que eu note um eixo no governo. A turma me parece até um tantinho apavorada. A elevação do IPI dos carros importados é um sinal de que estão seguindo a máxima de que qualquer caminho é bom para quem não sabe aonde vai. A Anfavaea foi mais eficiente no lobby. Cumpre aos outros setores fazer também o seu chororô. O único que vai perder é o consumidor…
5 - Na seara propriamente institucional, Dilma deixa que prospere o debate da reforma política como se ela não tivesse nada com isso. Parece Obama referindo-se aos políticos como “o pessoal de Washington”. Ela poderia dizer: “O pessoal de Brasília”…
6 - Abaixo, Ideli Salvatti, ministra das Relações Institucionais, afirma que o governo vai tentar, sim, um novo imposto para financiar a Saúde - a presidente prometeu de pés juntos que o governo não recorreria a esse expediente.
7 - As promessas na área social para seu primeiro ano de governo naufragaram, como se vê acima. Não vai entregar as UPAs, as quadras, as casas, os postos policiais…
Como é que o PSDB não consegue transformar essas falhas evidentes num discurso estruturado, apresentando-se como alternativa de poder?
Ao contrário: contratou uma pesquisa a peso de ouro que só contribuiu para depor contra a reputação do próprio partido.
O que estou afirmando, em suma, é que poucas coisas revelam com tanta clareza a falta de horizontes do PSDB como a criação do PSD. Com muito pouco a oferecer - nem mesmo o tão precioso tempo de TV -, Kassab conseguiu criar um partido que já nasce entre os grandes. Com uma máquina gigantesca ainda nas mãos, o PSDB continua dedicado a seu esporte predileto: caçar tucanos…
Reinaldo Azevedo
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