"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



sábado, 19 de maio de 2012

COMISSÃO DA VERDADE ATENDE A INTERESSES POLÍTICOS ENTRINCHEIRADOS

 

Fui, sou e sempre serei contra todo e qualquer regime autoritário e, caso tenha oportunidade, sempre os combaterei. Mas esta bodega de Comissão da Verdade não passa mais um dos circos armados pelos petistas. Estas tralhas que hoje ocupam o poder e rotulam-se de democratas, naquela época defendiam e posicionavam-se dentro de concepções stalinistas e maoistas (José Serra, José Dirceu, José Genuíno, Fernando Gabeira, Wladimir Palmeira, Tarso Genro, Franklin Martins, Dilma Rousseff etc.).

Não se opunham à ditadura militar defendendo o restabelecimento do Estado Democrático de Direito e sim sua substituição por uma ditadura nos moldes soviético, cubano ou chinês.

Se for para apurar, então que se apure também a atuação das organizações clandestinas que praticaram crimes semelhantes aos dos agentes do Estado (assassinato, justiciamentos, assaltos, tortura etc.).

Essa conversa “do presidenta” de contar a história em sua plenitude é uma bobagem, pois a história não possui uma verdade. Os historiadores trabalham com fragmentos de acontecimentos do passado e, após muita pesquisa, os interpretam e, como são produtos da sociedade em que vivem, suas interpretações jamais serão neutras, imparciais. Não existe em história o “do jeito que aconteceu”.

Pesquisem sobre alguns membros da tal Comissão e verão que, de uma forma ou de outra, não são nada isentos. Crimes são crimes e, portanto, não importa qual dos lados os cometeram. Se é para apurar, que se faça em ambos os lados.
Essa gente que se diz de esquerda e que derrotou a ditadura está mentindo. Todos sabem que foram aniquilados e que a ditadura só teve fim porque foi uma concessão dos militares fundamentada na Lei da Anistia, em que foi acordado o esquecimento entre as lideranças civis da época e os militares.

Porque não se constituiu Comissão da Verdade após março de 1985, quando todos ainda estavam bem vivos e revogou-se a Lei da Anistia.
Essa Comissão se prestará somente para o atendimento de interesses políticos e econômicos entrincheirados, além de satisfazer o ódio reprimido numa revanche que não trará contribuição alguma para o país.

De mais a mais, um país que não consegue apurar crimes de homicídio como o assassnato de PC Farias em 1996, Celso Daniel em 2002 ou julgar os réus do escândalo do Mensalão desde 2005, com certeza não apurará coisa alguma em apenas dois anos, ainda com a agravante de pretender abarcar de 1946 a 1988.

19 de maio de 2012
Celso Botelho

AME OU PAGUE

 

Esse título não é compatível com a decisão do STJ – dirão os ministros da Terceira Turma que recentemente obrigaram um pai a pagar indenização à sua filha por abandono afetivo.
Mas é, sim. Embora tenha havido um enorme esforço dos prolatores do voto para mascarar o cerne da questão posta em julgamento, não foi possível obscurecer a verdade ali estampada de que o tema sub judice apenas dizia respeito ao afeto ou à falta dele.

O dever de cuidar, como salientam os ministros, se não é material, consiste então nas “obrigações paternas” de dedicação e de afeto. Por isso, sem querer, o julgado tornou mais convincente um antigo adágio popular (politicamente incorreto) de que “o dinheiro compra até amor verdadeiro”.

Os ministros do STJ pretenderam, com certa onipotência, compensar ressentimento com verba indenizatória. Assim, a pessoa que se sente rejeitada pelos pais, ou por um deles, e tem ciúmes dos seus irmãos, mais queridos, não deve procurar socorro para os seus tormentos em algum livro de auto-ajuda, ou com um psiquiatra, um psicólogo, quem sabe uma terapia de apoio, talvez um sacerdote, até mesmo um amigo. Não, melhor buscar a Justiça que dá conforto aos aflitos em troca de uma boa soma de reais.

Freud e Jung ficariam pasmos com uma solução tão simples e frustrados por não terem pensado nesse singelo e pragmático remédio para a cura dos males da alma.

O Superior Tribunal de Justiça parece trazer também inovações inéditas para o Direito de Família; na petição de dissolução do matrimônio não se irá regular somente o direito de visita, mas o dever de visita, isto sem olvido do tratamento equânime para os filhos; ou seja, os mesmos carinhos, os mesmos sorrisos, a mesma atenção e cuidado.

Não importa se prepondera o afeto por um dos filhos. Os pais, ainda que lhes custe, hão de ser fingidores – “tire a sua dor do caminho que quero passar com o meu sorriso amarelo”. Sequer se sensibilizaram os ministros com o exemplo do próprio Cristo que amava um dos seus discípulos (Thiago) mais do que aos outros.

Nesse mesmo compasso, o pai, ou a mãe, que doa para um dos filhos, em detrimento dos demais, a parte disponível dos seus bens, será condenado pelo STJ por parcialidade injustificada. A ingratidão recairá sobre o doador.

Os ministros acreditam que a sua decisão humanizou a Justiça. Ledo engano. A decisão do Tribunal prostituiu o sentimento, vulgarizou a dor, transformou em mercadoria a tristeza.

A presença paterna não é vacina contra o desamor. O dever de cuidar não é suprido pela farsa. Um mero desvio no olhar é suficiente para rasgar o peito de uma criança para o resto da sua vida.
A solene expressão usada pelo Tribunal para justificar a sua decisão, “dever de cuidar”, não significa absolutamente nada nas relações familiares. Cabe esse dever às babás, às professoras, às enfermeiras, aos bombeiros, aos guarda-vidas, aos policiais etc.

Para os pais, fica a esperança do zelo, mas só pelo desvelo, do amor incondicional, do afeto sem mentira ou subterfúgio. O ato de cuidar vem de dentro, emerge naturalmente, despercebido, sem pressão, sem coerção, sem uma lágrima de esforço. O gesto de cuidar só se legitima quando não há nele, embutido, o dever.

Milhões de crianças são criados apenas por sua mãe, ou apenas por seu pai, por que os respectivos companheiros se escafederam pelos caminhos e esconderijos da terra. Não é só. Filhos e pais abandonam e são abandonados uns pelos outros. Essas são tragédias do mundo. Para isso não há reparação, mas superação e comiseração.

A Justiça deve compartilhar o seu choro com o choro da humanidade. Ela não tem o poder de expurgar dos homens o seu desencanto com as pessoas do mesmo gene. A sua atitude, até louvável, irá mais agravar o conflito do que saná-lo.

A decisão de que aqui se cuida não buscou a conciliação, ao contrário, perpetuou o distanciamento entre filha e pai. Todos perderam; o pai, que pagou, e, por isso, de mais longe, menos ainda reconhece a filha, e esta, que recebeu uma moeda como compensação para o seu sentimento de mágoa, logo irá perceber que trocou um coração doído por outro sem esperança. A Justiça perde por que presumiu estar semeando o futuro, mas colheu o atraso.

As crianças de todo o mundo, depois de crescerem, transformam-se em adultos bons ou maus, magníficos ou trapaceiros, felizes ou infelizes, tudo por causa dos pais ou independentemente deles. Ninguém sabe. Nada é seguro. Ninguém imagina por que um de dois irmãos vira padre e o outro bandido. O homem tem a pretensão de desvendar o mundo para depois submetê-lo ou corrigi-lo à sua vontade, porém o mundo, sabiamente, esconde os seus mistérios.

Recentemente, em decisão infame, uma das Câmaras do STJ absolveu um cidadão que estuprara três meninas, todas de doze anos, sob o argumento de que não se caracterizava o crime tendo em mira que as jovens eram meretrizes contumazes, conhecidas e reconhecidas, e não seria legítimo punir alguém só por que devorava lixo.

Fica aqui apenas uma pergunta: a quem caberá o “dever de cuidar” dessas três “pivetes” e, também, de compensá-las, pecuniariamente, como defende a Terceira Câmara do Tribunal? Estando elas na companhia ou não de seus pais, é razoável sugerir que, neste específico caso, talvez se deva abrir uma exceção para atribuir tais ônus aos ministros de mãos lavadas, responsáveis pela absolvição do estuprador.

Ah, Brasil hipócrita, até quando?

Francisco de Assis Chagas de Mello e Silva
19 de maio de 2012

ANÁLISE: DESINTEGRAÇÃO DA FAMÍLIA NO CENTRO DA CRISE DE ENVELHECIMENTO


A desintegração da família é a causa ou a cura para a crise global do declínio populacional? Dois recentes artigos em importantes revistas de política externa levantam a questão.

“Na medida em que o abandono do casamento e a normalização do divórcio estão remodelando os compromissos de vida no Japão, o segmento dos adultos férteis casados está se reduzindo dramaticamente”, diz Nicholas Eberstadt. “E o casamento é o único caminho real para as pessoas serem pais e mães. A condição de mãe solteira permanece, por assim dizer, inconcebível por causa da humilhação permanente conferida por nascimentos fora do matrimônio. Aliás, os japoneses adotaram em massa e de modo voluntário uma vida sem filhos”. Eberstadt é um demógrafo e economista político no American Enterprise Institute. Seu artigo apareceu no volume mais recente da publicação Wilson Quarterly.

A resposta ao declínio populacional, de acordo com outro especialista, é a igualdade de gênero, imigração controlada e “aceitação de estruturas de família não tradicionais, tais como coabitação de indivíduos não casados. Afinal”, comentou Steven Philip Kramer no jornal New York Times, “os países que têm mais compromisso com a família tradicional, tais como a Alemanha, Itália e Japão, têm os índices de natalidade mais baixos. Países com elevado índice de natalidade, em contraste, geralmente têm também grande número de filhos nascidos fora do casamento”. Kramer ensina na Universidade de Defesa Nacional em Washington-DC, e suas opiniões foram também publicadas na edição mais recente da revista Foreign Affairs.

Embora as recomendações de Kramer para famílias não tradicionais tenham como foco a quantidade de filhos que nascem, outros especialistas avisam que a qualidade de vida das crianças sofre, assim como sofre a economia nacional. “Na Suécia, onde a coabitação goza aceitação generalizada e apoio legal, as famílias que coabitam são menos estáveis do que as famílias casadas”, diz um relatório do Instituto de Tendências Sociais.
Crianças que nascem para casais que coabitam tinham uma probabilidade 75% maior do que crianças que nasceram para casais casados de verem seus pais se separarem com a idade de 15, até mesmo enquanto a porcentagem de domicílios de mães solteiras na Suécia praticamente dobrou; de 11% em 1985 para 19% em 2008. Nascimentos fora do matrimônio são a “nova normalidade” em boa parte do mundo onde 40% de todas as crianças nascem sem pais casados.

“Homens que se casam e permanecem casados trabalham muito mais, de forma mais inteligente e por mais horas, e ganham entre 10 e 24 por cento mais dinheiro”, diz o relatório. “Crianças nos Estados Unidos que são criadas fora de um lar intacto e casado têm uma probabilidade de duas a três vezes maior de sofrer de problemas sociais e psicológicos, tais como delinquência, depressão e evasão do ensino secundário”.

Phillip Longman, membro de elevada posição da Fundação Nova América, é um dos autores do relatório. Longman e Eberstadt contribuíram para o livro Population Decline and the Remaking of Great Power Politics (Declínio Populacional e a Reconstrução das Políticas das Grandes Potências), que mostra por que o declínio da fertilidade está provocando instabilidade nos assuntos mundiais.

No Japão, diz Eberstadt, crianças sem irmãos podem trazer como consequência a síndrome do “pequeno imperador” que agora virou praga na China. Tão escassos são os irmãos, tias e tios que “parentes de aluguel” são agora prontamente disponíveis para noivas e noivos que não têm uma família para encher suas cerimônias de casamento. O declínio demográfico do Japão contribui para seu elevado índice de suicídio, que perde só para o da Rússia. A Rússia tem, depois do Japão, a segunda população mais velha.

Por pior do que esse quadro pareça, provavelmente vai ficar pior. Muitas crianças enfrentam o futuro de uma velhice solitária, diz Eberstadt. Uma mulher japonesa de 22 anos hoje tem uma expectativa de vida de 90 anos, mas uma chance de 25% de nunca se casar, só uma chance de 50% de ter um casamento que dure a vida inteira devido aos crescentes índices de divórcio, uma chance de 38% de terminar sem filho e uma chance melhor do que nunca de viver sua vida inteira sem nenhum neto biológico.

O que poderia ser feito para que tudo isso dê meia-volta? Eberstadt diz que um “despertamento nacional” parecido com um movimento religioso pode revigorar a procriação. “Mas nada assim já ocorreu numa sociedade aberta opulenta com níveis de fertilidade tão baixos quanto os do Japão”.

A Rússia deu o tom religioso na ONU na semana passada quando, depois de lamentar a escassez de crianças russas, disse seu delegado: “nosso objetivo é garantir as condições mais favoráveis para mais vida para eles, criar uma geração de pessoas espiritualmente desenvolvidas, bem educadas e socialmente ativas”. Os russos criticaram os relatórios do secretário-geral da ONU por sua “visão tendenciosa e unilateral” ao promover o declínio da fertilidade como “a única direção certa para a realização do desenvolvimento econômico e bem-estar social dos Estados”.

 Escrito por Susan Yoshihara
Tradução: Julio Severo
Publicado no ‘Friday Fax’ do C-FAM.

300 MIL CRISTÃOS, NO MÍNIMO, FAZEM "MARCHA PARA JESUS" NO RIO DE JANEIRO, SOB A LIDERANÇA DE SILAS MALAFAIAA


Marcha para Jesus reuniu milhares de fiéis no Centro do Rio (Foto: Alexandre Durão/ G1)
Marcha para Jesus reuniu milhares de fiéis no Centro do Rio (Foto: Alexandre Durão/ G1)

A Marcha para Jesus do Rio de Janeiro começou às 14h40 deste sábado, com sete trios elétricos e milhares de fiéis percorrendo ruas e avenidas do Centro da cidade. O percurso começou na Central do Brasil e se estende até a Cinelândia. Neste ano, de acordo com o pastor Silas Malafaia, a marcha ressalta os temas: as liberdades de expressão e religiosa, a vida e a família tradicional.

Os fiéis e os trios, onde se apresentam diversos cantores e grupos evangélicos, percorrem as avenidas Presidente Vargas e Rio Branco, além da Praça Mahatma Gandhi, na Cinelândia. No início da festa gospel houve chuva de papel picado e explosão de fogos de artifício.

“O bacana desta marcha é ser uma festa do povo evangélico de tudo que é igreja. Não tem gente só da minha igreja, mas de várias, e todos os fiéis estão com muita vibração”, ressaltou Malafaia, que participa há 17 anos da Marcha para Jesus.

Este ano, de acordo com organizadores, mais de 300 ônibus trouxeram evangélicos de vários bairros do Rio, da Baixada Fluminense e das regiões dos Lagos e Serrana.

Discurso e orações


Ao longo do trajeto, um grito cantado por milhares de fiéis ecoou no Centro do Rio: “Governador, autoridades, é Jesus Cristo quem comanda essa cidade”. Durante o percurso, membros de igrejas evangélicas fizeram discursos contra a corrupção, adultério, pedofilia e prostituição.

Na chegada à Cinelândia, o pastor Silas Malafaia criticou o Projeto de Lei 122, que criminaliza atos discriminatórios contra homossexuais. Apesar de ser contrário ao projeto que tramita no Congresso Nacional, o pastor enfatizou que “não tem nada contra a prática do homossexualismo” e que “cada um segue o que quer ser”.

“A marcha está fazendo um protesto contra a PL 122, a dita lei da homofobia, mas que, para nós é uma lei do privilégio. É uma lei para botar mordaça na sociedade para ninguém expressar opinião contra os homossexuais. Esse projeto de lei fere a constituição afirmando que, se um homossexual se sentir constrangido, filosoficamente ou ideologicamente, pode levar a pessoa que o constrangeu a pegar cinco anos de cadeia”, falou Malafaia.

Por Bernardo Tabak, no Portal G1:
19 de maio de 2012
in Reinaldo Azevedo

NOTA AO PÉ DO TEXTO

Pois é... E a marcha contra a corrupção, que também é um fator de desagregação social?
Quantas cabeças consegue reunir: 1000? 2000? 3000?
Sem comentários...

m.americo

ALERTA SOBRE AMEAÇA DE AÇÕES DO TERROR ISLÂMICO NO BRASIL

IMPRENSA INTERNACIONAL VOLTA A ALERTAR SOBRE AMEAÇA DE AÇÕES DO TERROR ISLÂMICO NO BRASIL. VENEZUELA É O QG DOS TERRORISTAS.
Hassan Narallah, o chefe da organização terrorista Hezbollah
As suspeitas se acumulam e oferecem cada vez mais certezas. Tudo indica que o Hezbollah e a Força Quds planejam realizar atentados contra alvos judeus e israelenses na América do Sul, segundo matéria do site argentino Infobae, acrescentando que os alvos mais prováveis são Brasil, Colômbia e Bolívia.
Além disso, o governo do caudilho Hugo Chávez na Venezuela, reconhecido aliado internacional do Irã, é considerado por muitos analistas como um verdadeiro refúgio e centro de operações para o Hezbollah e o Quds.
 
A partir das recentes prisões de militantes de ambas organizações e a desativaçao de sucessivas ações terroristas em diferentes países do mundo, as autoridades de segurança conseguiram obter dados sobre os seus planos futuros, segundo informaram o diário libanês Beirut Observer e analistas internacionais, como Guido Olimpio, do jornal italiano Corriere della Sera.
 
O Hezbollah é um organização terrorista libanesa e a Força Quds é uma equipe especial que conta com aproximadamente 15 mil militantes ativos em todo o mundo, dependente dos Guardiães da Revolução iraniana, que recebe ordens diretas do Ayatollah Khamenei, a autoridade máxima do Irã. Lutam pela expansão do islamismo radical em todo o mundo.
 
No início deste ano, agentes do Hezbollah e ativistas iranianos foram detidos em Bangkok, capital da Tailândia. Hassan Atris, um libanês da organização que tem sede em Beirute, tentava atacar instituiçÕes israelenses quando o prenderam. Sua detenção permitiu que se identificasse Adam Rif, um agente chave da organização terrorista, cuja área de influência é a América do Sul.
 
O jornal Beirut Observer informou que os países sul-americanos vêm detectando há vários meses o ingresso no continente latino de pedssoas direta ou indiretamente vinculadas com as organizações islâmicas.
A partir dos recentes acontecimentos ocorridos na Ásia, e das suspeitas que se acumulam, estaríam implementando todo tipo de medidias de segurança para prevenir ataques a entidades judaicas.
Entre elas, o seguimento e o controle das atividades dos militantes que entraram nos últimos meses e dos grupos xiitas que já eram residentes na região. Clique AQUI para ler a reportagem completa - EN ESPAÑOL
 
19 de maio de 2012
in aluizio amorim

LEWANDOWSKI: "MENSALÃO SERÁ JULGADO AINDA NESTE ANO"



19 de maio de 2012

"CONTA TUDO, CAVENDISH".

CAMPANHA PATRIÓTICA: “Conta tudo, Cavendish”. Ou: Os recados que o empresário mandou a políticos e a outras empreiteiras

Temos de dar início a uma campanha de natureza patriótica. Ela pode ser assim sintetizada: “Conta tudo, Cavendish!”.
Estou me referindo, claro!, a Fernando Cavendish, o dono da construtora Delta. O que parecia ser, inicialmente, um caso grave de associação de um político — Demóstenes Torres — com um contraventor — Carlinhos Cachoeira — está se revelando uma das mais fabulosas arquiteturas jamais descobertas de:

a) financiamento ilegal de campanha:
b) superfaturamento de obra;
c) compra — pura e simples — de parlamentares;
d) pagamento de propina.

A teia é extensa, intricada e cobre praticamente todo o território nacional, nas três esferas de administração: municipal, estadual e federal — nesta, em particular, há contratos de R$ 4 bilhões. Depois que José Dirceu — apontado pela Procuradoria Geral da República como o “chefe da quadrilha do mensalão” — prestou consultoria à Delta, a empresa teve um crescimento espetacular. Em parceria com Cachoeira (ainda não se conhecem detalhes dessa associação), tem-se uma certeza: o esquema é ecumênico, suprapartidário.

Lula e a ala mensaleira (ou a seu serviço) do PT imaginaram, inicialmente, que uma “CPI do Cachoeira” — E ELA É NECESSÁRIA, SIM, SE TRABALHAR DIREITO — reunia elementos para destruir a oposição, macular figuras do Supremo, pôr sob suspeita a Procuradoria Geral da República e intimidar a imprensa. Jornalistas que faziam o seu trabalho de apuração dos fatos ou tiveram conversas grampeadas ou seus nomes citados pelo contraventor e auxiliares. Foi o bastante para criar o mito, a farsa, a escandalosa falácia, de que o jornalismo estaria envolvido com o crime.

A VERDADE E OS RECADOS

Não! O jornalismo, felizmente, estava e está limpo nessa história! Mas o establishment político se mostra gravemente comprometido com o esquema Delta-Cachoeira. E está ocorrendo o óbvio: manobras, das mais escancaradas às mais sutis, estão em curso para limitar o poder explosivo que, descobriu-se, tem a CPI.
Cavendish não é do tipo dado a rompantes, mas mandou seus recados por intermédio de interlocutores. Reportagem de VEJA desta semana, de Otávio Cabral e Daniel Pereira, trata do assunto. Leiam um trecho. Volto em seguida.
(…)

Nos bastidores, Cavendish tem falado. E muito. Ele usou interlocutores de sua confiança para divulgar suas mensagens. Uma delas foi endereçada aos políticos. Seus soldados espalharam a versão de que a empreiteira destinou cerca de 100 milhões de reais nos últimos anos para o financiamento de campanhas eleitorais — e que o dinheiro, obviamente, percorreu o bom e velho escaninho dos “recursos não contabilizados”. Uma informação preciosa dessas deveria excitar o ânimo investigativo da CPI do Cachoeira. Os mensageiros de Cavendish também procuraram solidariedade na iniciativa privada. A arma foi ressaltar que o caixa dois da Delta, que serviu para financiar campanhas, segue um modelo idêntico ao de outras empreiteiras, inclusive usando os mesmos parceiros para forjar serviços e notas fiscais frias. A mensagem é: se atingida de morte, a Delta reagiria alvejando gente graúda. Como o navio nazista Bismarck, a Delta afundaria atirando. Faria, assim, um bem enorme ao interesse coletivo, mas seria mortal aos interesses privados. Os mensageiros de Cavendish têm espalhado que a mesma empresa fornecedora de notas frias da qual sua construtora se servia abastecia outras duas grandes empreiteiras.
(…)

Lula patrocinou a criação da CPI do Cachoeira ao considerá-la uma oportunidade de desqualificar instituições que descobriram, divulgaram e investigaram o esquema do mensalão, como a imprensa, o Ministério Público, o Judiciário e a oposição. Logo após a abertura da CPI, Fernando Cavendish passou a negociar a empresa com o grupo J&F, cujos donos eram parceiros preferenciais do governo Lula. A venda foi orquestrada pelo ex-presidente. O papel de Henrique Meirelles, presidente do Banco Central nos oito anos de mandato do petista e atual CEO do J&F, na manobra ainda não está claro. Meirelles não comenta, mas sabe-se que ele, desde os tempos de BC, não assina nada que não tenha a chancela de seus advogados particulares.

O J&F tem 35% de suas ações nas mãos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Mais que isso. Tomou emprestados mais de 6 bilhões de reais no banco. É, portanto, uma empresa semiestatal. Por meio de assessores, a presidente Dilma Rousseff deixou claro que seu governo não apoia a encampação da Delta pelo grupo J&F. A contrariedade de Dilma foi explicitada pela decisão das estatais de tirar a Delta de obras do Dnit e da Petrobras. Dilma determinou à Controladoria-Geral da União (CGU) que declare a empreiteira inidônea e, portanto, proibida de fechar contratos com a União. “O governo fará tudo o que estiver a seu alcance para esse negócio não sair”, diz um auxiliar da presidente.
(…)
Leia a íntegra na revista e veja quadro com os negócios da Delta Brasil afora.

19 de maio de 2012
Por Reinaldo Azevedo

DO CÁLCULO RENAL À EPIFANIA

Nada se cria, tudo se copia, dizem as gentes. Se existe um campo onde este axioma impera, este campo é o das religiões. A começar pelo judaísmo. Não existe Bíblia sem o Egito, dizia Thomas Römer, especialista em história bíblica. O monoteísmo judaico já está em Akenathon. Com a diferença de que Akenathon teve existência atestada na história. E de Moisés, o patriarca dos judeus, não temos sequer um sinal de sua passagem no tempo. A autoria da Tanak – Pentateuco, para os cristãos – não procede, pois no último dos cinco livros Moisés narra sua própria morte no Deuteronômio. Nem Cristo ousou tanto, deixou este relato para os evangelistas. Freud, em Moisés e a religião monoteísta, faz de Moisés um discípulo de Akenathon que teria se associado aos judeus para ensinar-lhes a religião monoteísta.

Quanto aos cristãos, tiveram ainda mais religião de quem copiar. O Novo Testamento é uma apropriação indébita – para não dizer roubo – do livro dos judeus, acrescido de mitos gregos e do pganismo. A História está repleta de deuses nascidos de virgens e mortos no solstício de inverno. A vasta proliferação de denominações cristãs era tendência já embutida no próprio cristianismo. No Brasil contemporâneo, elas brotam como cogumelos após a chuva e fazem feroz concorrência aos católicos.

Não há religião hoje que não seja uma sopa de religiões antigas. Os tais de neopentescostais, que infestam as cadeias de televisão no mundo todo, são outros que se apossam do Livro a seu modo. O mesmo fizeram os espíritas. Hippolyte Léon Denizard Rivail, mais conhecido como Allan Kardec, misturou evangelhos com a teoria do magnetismo animal do austríaco Franz Anton Mesmer e construiu sua ficção. Mesmer era médico, estudava teologia e criou a picaretagem da imposição das mãos. Curiosamente, Kardec, que é francês e está sepultado no Père Lachaise, em Paris, é praticamente desconhecido em seu país. Sua tumba está sempre cheia de flores, colocadas geralmente por brasileiros.

Há alguns anos, recebi visita de amiga que há décadas não via. Para minha surpresa, revelou-se espírita e umbandista. Profundo mistério. Sempre vi o espiritismo como uma religião de origem francesa, inspirada nas teorias de Mesmer, e a umbanda como um culto animista de origem africana. Não via como alguém podia assumir coisas tão díspares. Saí então a pesquisar. E descobri coisas que, como a jaboticaba, só ocorrem no Brasil.

Segundo J. Alves Oliveira, em Umbanda Cristã e Brasileira, no dia 15 de novembro de 1908, o Caboclo das Sete Encruzilhadas se manifestou numa sessão espírita kardecista em Neves, São Gonçalo, município fluminense próximo ao Rio, então capital federal. “Foi um escândalo" – escreve Matinas Suzuki, na Folha de São Paulo -. “Embora haja indícios de incorporações de espíritos de índios e de escravos negros nas diversas formas de macumba que existiam no Rio de Janeiro do século 19, os kardecistas não os admitiam por considerá-los espíritos marginais e pouco evoluídos. Quem recebeu o caboclo indesejado, e logo em seguida o preto-velho Pai Antônio, foi Zélio Fernandino de Moraes, um rapaz de 17 anos que se preparava para entrar para a Escola Naval”.

O achado do Zélio Fernandino parece ter vindo de encontro a alguma inconsciente aspiração brasílica e fez escola. Assim como os católicos se apossaram do livro judaico, os umbandistas reivindicaram para si o mediunismo, trouvaille de Allan Kardec. Segundo Alves Oliveira, o caboclo teria assim se revelado: "Se julgam atrasados esses espíritos dos pretos e dos índios [caboclos], devo dizer que amanhã estarei em casa deste aparelho [o médium Zélio de Moraes] para dar início a um culto em que esses pretos e esses índios poderão dar a sua mensagem e, assim, cumprir a missão que o plano espiritual lhes confiou".

O espiritismo então abrasileirou-se, para desalento de seus mentores europeus. Contei então a história do Zélio Fernandino à minha amiga. Que a desconhecia totalmente. Ou seja, nem sabia como se havia operado a fusão de duas religiões em seu cerebrinho. A lambança é tal que já há centros orixás da umbanda, santos católicos e retratos de pregadores do Santo Daime posicionados em lugares estratégicos dos terreiros. E já existe inclusive o umbandaime, que promove a mistura entre a doutrina do daime com a religião afro-brasileira.

O Santo Daime desbundou. É um culto sem pé nem cabeça, criado por um seringueiro da Amazônia, cujas cerimônias consistem na ingestão da ayahuasca, beberagem feita de um cipó, que produz vômitos e diarréias, as chamadas “peias”. A nova empulhação cultua o Cristo, a Virgem... e a floresta amazônica, ecologia oblige. Pelo jeito, as tais de peias não eram muito convincentes a ponto de por si só arrebanhar acólitos. O Santo Daime então adaptou-se. Assumiu elementos de hinduísmo, umbanda e hare krishna. Deus para todos os gostos. Aqui pertinho de São Paulo, em Nazaré Paulista, a escola espiritual tem dois gurus, um tal de Sri Prem Baba, o mestre da cerimônia, que pelo jeito é tupiniquim com nome indiano para melhor enganar. Mais o guru Sri Hans Raj Maharaji, que vive na Índia, mas já apita no Santo Daime. Mais o sedizente mestre Raimundo Irineu Serra, seringueiro brasileiro neto de escravos, que morreu em 1971, e teria sido o fundador da doutrina do chá de cipó.

São Paulo, com a maior clientela de crentes potenciais do país, é um semental de novas fés. Outro dia, zapeando na televisão, descobri uma nova igreja, a bereana. E porque bereana? Porque em Atos está escrito: “E logo, durante a noite, os irmãos enviaram Paulo e Silas para Beréia; ali chegados, dirigiram-se à sinagoga dos judeus. Ora, estes de Beréia eram mais nobres que os de Tessalônica; pois receberam a palavra com toda a avidez, examinando as Escrituras todos os dias para ver se as coisas eram, de fato, assim”. A palavrinha se repete só mais duas vezes e já deu origem a uma igreja. Afinal os judeus de Beréia era mais nobres que os de Tessalônica. E mais nada sabemos de Beréia. Mas quando descobri a nova crença – há coisa de uma semana – as igrejas já eram três: temos a Igreja Evangélica Bereana, a Batista Missionária Bereana e a Adventista Bereana. Com tantos pastores proclamando a independência, a igreja deve ser das mais lucrativas.

E as religiões continuam saltando como pipocas na panela. Em 11 de novembro do ano passado foi criada a Igreja Templária de Cristo na Terra. Seus adeptos seriam nada menos que a reencarnação dos Cavaleiros Templários, braço militar da Igreja Católica formado por monges com voto de pobreza que aceitaram a tarefa de proteger os cristãos dos muçulmanos. De novembro para cá, são apenas seis meses. E a novel igreja já tem um primeiro-ministro, quatro bispos, 20 ministros e 560 mestres, cada qual encarregado de cuidar de 70 fiéis. Walter Sandro Pereira da Silva, o apóstolo fundador, vive “uma vida simples”, em uma casa em São Bernardo do Campo (o “solo sagrado”), com nove dos ministros, sua mãe e cerca de 80 cães e gatos – a igreja tem como tarefa tirar animais da rua.

Quem nos conta é Willian Vieira, repórter da CartaCapital. Com 70 fiéis para 560 mestres, temos 39.200 seguidores. Tudo isso em seis meses, o que dá mais de 6.500 adeptos por mês. O que dá mais de 1600 conversões por semana. Mais de 230 por dia. Mesmo sentado à mão direita do Pai, o Cristo – que, após três anos de pregação, mal teve um gato pingado para acompanhá-lo ao monte Calvário – deve estar se roendo de inveja.

Walter Sandro, pernambucano pobre de Gravatá, descobriu cedo sua missão. Tinha 2 anos e meio e procurava desesperado a chupeta perdida, quando o Arcanjo Miguel veio em seu auxílio pela primeira vez. “Foi quando apareceu este ser dizendo que ela estava debaixo da cama e que eu devia procurar o Salmo 91.” Quando os pais encontraram o pequeno, ele tinha a chupeta na boca e a Bíblia na mão: milagre. “Nenhum mal te sucederá, nem praga alguma chegará à tua tenda. Porque aos seus anjos dará ordem a teu respeito, para te guardarem em todos os teus caminhos”, dizia o premonitório texto bíblico.

Walter Sandro veio para São Paulo bebê e só voltou a falar com o arcanjo aos 13 anos, quando foi visitar sua cidade natal. Miguel disse-lhe que deveria pregar. Virou evangélico. Anos depois, quando começou a vender seguros, descobriu o dom da retórica e passou a dar palestras motivacionais: deixe de fumar, emagreça, conquiste o amor.

A epifania mesmo só ocorreu em novembro passado, quando Walter Sandro estava prestes a entrar no ar pelo canal UHF 58. Um novo milagre se deu. “O Arcanjo Miguel materializou-se e disse para eu abrir a igreja. Foi tão forte que tive uma crise de cálculo renal. Fui ao banheiro e ele veio e disse pra botar a mão na urina. Eu pus. E saiu uma pedra do tamanho de meio grão de feijão.” À meia-noite o programa foi ao ar já com o nome de Igreja Templária. As reuniões começaram como uma espécie de maçonaria, que aos poucos incorporou doses de Reiki, ioga e passe espírita. Uma pitada de Oriente, outra de espiritismo. Jogue tudo num caldo de cristianismo, misture e agite bem. Está criada uma nova religião.

Com apenas seis meses de existência, além do prédio na Rua Leais Paulistanos, a igreja tem sedes no Rio de Janeiro, no Espírito Santo e em Minas Gerais. É mantida pelo “Carnê da Gratidão”, um boleto com depósito de 33 reais em uma conta do Banco do Brasil. “A pessoa não paga. Ela doa.” E ganha, de quebra, o número do celular de um dos mestres para ligar quando quiser, todo dia até as 2 da manhã. “Qual seu problema? Bem, às vezes Deus não cura agora para testar sua fé”. Vinte pessoas se revezam em três turnos para atender 3 mil ligações por dia no telemarketing. Se tudo der certo e o arcanjo ajudar, em breve a igreja terá seu canal UHF (que custou 120 mil reais) para levar, “em cadeia nacional”, a mensagem do fim do preconceito. “Nós não temos nenhum.”

Você está desempregado e o mercado não está para peixe? Crie uma religião. É aposta segura. Nenhum outro ramo do trabalho lhe proporcionará tais retornos em apenas meio ano.

19 de maio de 2012
janer cristaldo

FIFA LANÇA GERADOR AUTOMÁTICO DE DECLARAÇÕES PARA JOGADORES


FIFA lança gerador automático de declarações para jogadores
O gerador de respostas também será usado por técnicos durante coletivas de imprensa para evitar frases desagradáveis e arroubos patrióticos assustadores

ZURIQUE - Atendendo a pedidos de clubes, seleções, assinantes de canais de futebol e ouvintes de radinho de pilha, o presidente da FIFA Joseph Blatter anunciou o lançamento de um gerador automático de frases e declarações para jogadores de futebol.

Apresentado em 5 idiomas – português, inglês, espanhol, italiano e alemão –, a máquina será testada nos campeonatos nacionais e deverá ser peça obrigatória para a Copa de 2014. "Queremos que nossos atletas digam coisas elegantes. De quebra, eliminamos o risco de ouvirmos críticas direcionadas a treinadores, patrocinadores ou dirigentes", explicou Blatter.

Desenvolvido por um consagrado físico alagoano, o gerador será obrigatoriamente acoplado aos equipamentos de transmissão. Uma vez ligado, ativará um teleprompter com frases que devem ser lidas pelos jogadores. "Fizemos um estudo e desenvolvemos 1.200 frases que podem ser empregadas sem levar em conta a pergunta do jornalista esportivo, como já acontece hoje", explicou o presidente da FIFA.

Antes da partida começar, os atletas poderão escolher entre “Vamos jogar com muita humildade”, “O NOME DO ADVERSÁRIO é uma grande equipe” (a ser dita, sem ironia, até mesmo em relação ao América Mineiro e ao atual Flamengo) e “Esse isotônico que patrocina a Copa do Mundo é excelente e lá em casa damos até para o meu filho recém-nascido”.

Terminada a primeira etapa, algumas das frases selecionadas são: "Vamos conversar com o professor para tentar corrigir o posicionamento de alguns setores", "Não podemos dar espaço para o adversário crescer" e "Temos de manter a pegada firme e o comprometimento, pois faltam 45 minutos para conseguirmos mais três pontos".

Para o final do jogo, o gerador traz a opção de ativar o modo "vitória" ou "derrota" para filtrar mensagens otimistas, mas com pé no chão, no caso de êxito; e frases motivadoras que empreguem a expressão “agora é trabalhar duro”, em caso de fracasso. Na hipótese do jogo terminar em empate, todos lembrarão que tiveram mais oportunidades de gol do que o adversário, que futebol é isso mesmo, e que o árbitro foi leniente com a violência dos volantes adversos. Ninguém se esquecerá de elogiar a qualidade do material esportivo da empresa patrocinadora da Copa do Mundo.

19 de maio de 2012
The i-Piaui Herald

BANDEIRINHA QUE ANULOU GOL DO VASCO É CONVOCADO PARA CPI


Bandeirinha que anulou gol do Vasco é convocado para CPI
Eduardo Paes, Roberto Dinamite e Sérgio Cabral foram a Paris para protestar contra o gol anulado

SÃO JANUÁRIO - Em manobra política arrojada, os vascaínos Sérgio Cabral e Eduardo Paes conseguiram aprovar convocação do bandeirinha Alessandro Rocha Mattos para a CPI. "O Brasil precisa de explicações. Uma arbitrariedade dessas não pode passar impune", trojevou Cabral, que assistiu ao jogo ao lado de Fernando Cavendish. A iniciativa foi apoiada pelo vice-presidente Michel Temer.
A convocação gerou protestos da bancada corinthiana. Liderados por Lula, Andres Sánchez e Biro-Biro, deputados cantaram, em coro: "Aqui tem um bando de louco / Pobre do bandeirinha / Pra quem acha que é roubo / Estava na mesma linha".
O advogado Kakay, contratado para defender Rocha Mattos, apresentou uma liminar do juiz Arnaldo César Coelho: "A regra é clara: toda jogada duvidosa tem que ser dada a favor do Corinthians", diz o texto.

19 de maio de 2012
The i-Piaui Herald

GRANDE NOVIDADE: POLÍTICOS SÃO OS MENOS CONFIÁVEIS NO PAÍS

Antes mesmo do golpe dos governadores e parlamentares na CPI do Cachoeira, fugindo de prestar depoimento, uma pesquisa realizada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) revelou que os políticos ocupam a penúltima colocação do ranking da confiança da população.

O levantamento que ouviu, recentemente, 1.550 pessoas em seis estados (Rio Grande do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia e Pernambuco) e no Distrito Federal mostra que, apenas 5% dos entrevistados disseram acreditar nos partidos políticos.

A pesquisa mostra que “as três instituições que têm o maior percentual de confiança são as Forças Armadas (73%), a Igreja Católica (56%) e o Ministério Público (55%)”.
Luciana Gross Cunha, coordenadora da pesquisa, diz que estudos internacionais mostram que o povo brasileiro, entre os latino-americanos, é o que mais desconfia da democracia como regime político.
Faz sentido.

19 de maio de 2012
Paulo Peres

MARX E SEU LEGADO DE HORRORES



No momento em que escrevo estas notas, o Produto Interno Bruto brasileiro está sendo avaliado em mais R$ 3 trilhões (à margem o que se opera na sábia economia paralela), 38% dos quais vão diretamente para os cofres do governo e são torrados, em sua quase totalidade, em grossos salários e aposentadorias, propaganda, subsídios e patrocínios, viagens incessantes locais e internacionais, verbas de representação, festas, almoços, jantares, manutenção e custeio da amplíssima máquina burocrática, propinas, doações a fundo perdido, além de mordomias múltiplas – para não falar nas bilionárias e permanentes falcatruas das agências, bancos, ministérios e institutos oficiais.

A justificativa encontrada pela elite política e administrativa do país para gastos tão alarmantes quanto inúteis são os imperativos de se obedecer aos dispositivos constitucionais, traçados pela própria elite, e que impõem um simulacro de deveres para com o “social” – fraude lastreada, na atual temporada, pelo ardiloso programa do Bolsa Família. De fato, aos olhos de todos (se não estiverem tapados), na medida em que crescem de forma galopante as escorchantes tributações sobre os bens e ganhos privados, dos trabalhadores e dos empresários, aumenta o número de “excluídos”, pois uma coisa decorre exatamente da outra: é o “Estado forte” (com suas “empenhadas” elites partidárias e instituições burocráticas em geral) que se apropria, por força da violência legal (e da inércia ou ignorância da população), da riqueza produzida pela sociedade para usufruto diuturno de privilégios.
A grande e inominável sacanagem que a elite política (à esquerda e à “direita”) comete contra o povo brasileiro consiste em não esclarecer alto e bom som quanto à absoluta incapacidade do Estado em solucionar o problema da pobreza e de não o alertar para o fato de que a existência do Estado se fundamenta, por principio, na exploração e escravização da sociedade (daí, a extrema necessidade de tê-lo sob o controle do indivíduo).

Pode-se afirmar, como Hegel, um professor universitário imaginoso e bem-remunerado, que o Estado representa a realidade racional do Espírito absoluto, ou tolerá-lo, no dizer de Roberto Campos, como um mal necessário. Mas, de um modo ou de outro, as medidas paliativas que em seu nome se alardeia, aqui e acolá, bem como as benfeitorias, no campo social, que a toda hora se inventa e proclama – são elas próprias a evidência do malogro.

E aqui entra, mais uma vez, o pensamento de Marx (e afins). Vociferando contra as forças produtivas da sociedade historicamente sedimentada na propriedade privada, na confiança e na solidariedade que os homens cultivam para sobreviver, o irado profeta da trombeta vermelha, por força de um caráter absolutamente egoísta e deformado, fortaleceu como nenhum outro intelectual moderno o mito do Estado (especialmente ditatorial) como instrumento para se chegar à igualdade e à justiça social. Com sua diabólica vocação para vender ilusões e promover discórdias, expressão de injustificada revolta contra uma realidade espiritual transcendente que jamais chegou a entender, ele de fato ajudou (e continua ajudando com a mística do comunismo) a erguer sociedades perfeitamente escravocratas e desiguais, mantidas ora pela mentira e pelo genocídio, ora pelo medo e pelo terror.
Ao cabo de tudo devemos nos indagar sobre a verdadeira razão do prestigio do marxismo na América Latina, levando-se em consideração que as revoluções ocorridas nos últimos 100 anos jamais se deram, conforme previsto por Marx, pelo desenvolvimento das “contradições internas do capitalismo” e menos ainda pela força do “determinismo Histórico”.

Em parte, a pergunta encontra resposta na já mencionada luta campal que grupos, partidos e corporações travam pelo poder, usando como instrumental as mais fantasiosas teorias para legitimar a exploração do trabalho da maioria – o que significa dizer, em última análise, a exploração da riqueza criada pelo trabalhador e pelo empresário por uma minoria ativa de políticos, corporações e tecnoburocratas que usam o Estado (e seu aparato de violência legal) para impor suas vontades e garantir seus privilégios.

No que se refere à outra parte da resposta, tenho dúvidas quanto à capacidade da maioria em enxergar o óbvio ululante, pelo menos até que sinta na própria carne – a exemplo do que ocorreu na ex-URSS e ocorre hoje em Cuba, Coréia do Norte, Vietnã e China – a tirania da nomenclatura em nome da Ditadura do Proletariado – o que, bem avaliado, no Brasil de hoje é um projeto que navega firme e a todo vapor.

19 de maio de 2012
Ipojuca Pontes

PRESIDENTE DO PPS QUER BANIR O ESQUEMA DE BLINDAGEM QUE REINA NA CPI DO CACHOEIRA

Olho da rua – Presidente nacional do PPS, o deputado federal Roberto Freire (SP) defendeu, neste sábado (19), que os três governadores citados nas investigações da Polícia Federal feitas nas operações Monte Carlo e Vegas sejam convocados a depor na CPI do Cachoeira e que a quebra de sigilos bancário, fiscal e telefônico da empresa Delta não fique restrita apenas à região Centro-Oeste, mas se estenda a todo o país.

O parlamentar fez a declaração ao comentar a mensagem que o deputado Cândido Vacarezza (PT-SP) enviou ao governador do Rio, Sérgio Cabral Filho (PMDB), garantindo a ele proteção do governo na Comissão Parlamentar de Inquérito criada para investigar a teia de relacionamentos do contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, e que alcançou a Delta Construção, empreiteira que mais cresceu sob o manto de Lula e que agora estranhamente integra o grupo do frigorífico JBS-Friboi.
Os outros dois governadores são Marconi Perillo, de Goiás, e Agnelo Queiroz, do Distrito Federal.

Blindagem

“Esses que querem tirar Vacarezza da CPI têm de se lembrar que o que tem de sair da comissão é a blindagem”, afirmou Freire, referindo-se a declarações de petistas. “Estão tentando reduzir o problema ao Vacarezza”, protestou.

Freire defendeu que os governistas, “que são os mais indignados”, sejam chamados a assinar requerimento de convocação dos três governadores e do ex-dono da Delta Construção, Fernando Cavendish, além da quebra se sigilos da empresa em todo o país.

“Que venham derrubar a blindagem da Delta e dos governadores, porque mais grave do que o que Vacarezza fez é o que a maioria concretizou”, disse, numa referência à votação, na CPI, da quebra apenas parcial dos sigilos da empresa e do sobrestamento dos pedidos de convocação dos governadores.

Roberto Freire afirmou ainda que acha correta a saída de Vacarezza da CPI. O deputado foi flagrado por um repórter cinematográfico do SBT enviando uma mensagem de seu celular para o governador do Rio com o seguinte teor: “A relação com o PMDB vai azedar na CPI. Mas não se preocupe. Você é nosso e nós somos teu (sic)”.

19 de maio de 2012
ucho.info

EM TEMPO DE CRISE, O CUIDADO GANHA FORÇA NA REFLEXÃO CULTURAL


O tema do cuidado é, nos últimos tempos, cada vez mais recorrente na reflexão cultural. Primeiramente, foi veiculado pela medicina e pela enfermagem, pois representa a ética natural dessas atividades. Depois foi assumido pela educação e pela ética e feito paradigma por filósofas e teólogas feministas, especialmente norte-americanas.

Ganhou força especial na discussão ecológica, constituindo uma peça central da Carta da Terra. Cuidar do meio ambiente, dos recursos escassos, da natureza e da Terra se tornaram imperativos do novo discurso. Por fim, viu-se o cuidado como definição essencial do ser humano, como é abordado por Martin Heidegger em “Ser e Tempo”, recolhendo uma tradição que remonta aos gregos, aos romanos e aos primeiros pensadores cristãos, como são Paulo e santo Agostinho.

Constata-se, outrossim, que a categoria cuidado vem ganhando força sempre que emergem situações críticas. É ela que impede que as crises se transformem em tragédias fatais.
A Primeira Grande Guerra (1914-1918), desencadeada entre países cristãos, destruíra o glamour ilusório da era vitoriana e produziu profundo desamparo metafísico.

Durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), despontou a figura do pediatra e psicólogo D. W. Winnicott (1896-1971), encarregado pelo governo inglês de acompanhar crianças órfãs vítimas dos bombardeios de Londres. Desenvolveu uma reflexão e uma prática ao redor dos conceitos de cuidado (care), preocupação pelo outro (concern) e conjunto de apoios a crianças ou pessoas vulneráveis (holding), aplicáveis também aos processos de crescimento e de educação.

Em 1972, o Clube de Roma lançou o alarme ecológico sobre o estado doentio da Terra. Identificou a causa principal: o nosso padrão de desenvolvimento, consumista, predatório, perdulário e totalmente sem cuidado para com os recursos escassos da natureza e os dejetos produzidos. Depois de vários encontros organizados pela ONU a partir dos anos 1970, chegou-se à proposta de um desenvolvimento sustentável, como expressão do cuidado humano pelo meio ambiente, mas centrado especialmente no aspecto econômico.

O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), o Fundo Mundial para a Natureza (WWF) e a União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN) elaboraram em 1991 uma estratégia minuciosa para o futuro do planeta sob o signo “Cuidando do Planeta Terra”. Aí se diz: “A ética do cuidado se aplica tanto em nível internacional como em níveis nacional e individual; nenhuma nação é autossuficiente; todos lucrarão com a sustentabilidade mundial e todos estarão ameaçados se não conseguirmos atingi-la”.

Em março de 2000, recolhendo essa tradição, termina em Paris, depois de oito anos, a redação da Carta da Terra. A categoria sustentabilidade, cuidado ou o modo sustentável de viver constituem os dois eixos articuladores principais do novo discurso ecológico, ético e espiritual. Em 2003, a Unesco assumiu oficialmente a Carta da Terra.

Em 2003, os ministros ou secretários de meio ambiente dos países da América Latina e do Caribe elaboram o documento “Manifesto pela vida: por uma ética da sustentabilidade”, no qual a categoria cuidado é incorporada na ideia de um desenvolvimento para que seja efetivamente sustentável e radicalmente humano.

Como já observava o poeta romano Horácio, “o cuidado é aquela sombra que nunca nos abandona porque somos feitos a partir do cuidado”.
Hoje, dada a crise generalizada, o cuidado torna-se imprescindível para preservarmos a integridade da Mãe Terra e salvaguardar a continuidade de nossa espécie e de nossa civilização.

(Transcrito do jornal O Tempo)

Leonardo Boff
19 de maio de 2012

SINAL DOS TEMPOS: AGORA SÃO OS ESPANHÓIS QUE SE TORNAM EMIGRANTES ILEGAIS NA ARGÉLIA

Pergunta: o leitor espanhol algum dia ouviu a palavra harraga? Resposta: Não, nunca.
A variante do árabe marroquino chama de harragas os africanos que queimam os próprios documentos de identidade, antes de emigrar para a Europa em balsas, para dificultar a repatriação.
Mas não têm nome na Espanha pós-colonial, pois os jornais e televisões, lá, chamam-nos simplesmente de “imigrantes ilegais” ou “sem papéis”.

Até há poucos dias, a viagem desses sem papéis e sem nome era sempre para o norte. Pois eis que a crise econômica que assola a Europa acaba de nos oferecer uma notícia que é como uma revanche histórica: dia 17 de abril, o jornal argelino Liberté publicou notícia sobre quatro imigrantes ilegais espanhóis, interceptados pela polícia costeira da Argélia.

Dessa vez, haviam partido do norte, rumo ao sul. O curioso é que já se passou mais de um mês do acontecido, sem que nenhum jornal ou rede de televisão na Espanha ou no resto da Europa tenha noticiado.
Vergonha? Sabe-se lá. Façamos votos de que os quatro rapazes tenham melhor sorte na próxima tentativa, talvez rumo à Argentina, Venezuela ou Cuba.
Aqui, a notícia publicada no Liberté, de Alger (traduzida):

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HARRAGAS ESPANHÓIS

K. Reguieg-Issaad (Jornal Liberté, da Argélia)

A informação é uma bomba e não passou inadvertida, pois são… harragas espanhóis recentemente detidos pela polícia argelina, na costa ocidental do país.

A crise econômica mundial, que afeta a Espanha e alguns países europeus sugeriu uma via a quatro jovens espanhóis, que decidiram procurar trabalho em terras africanas. O que poderia ser mais natural, uma vez que a Argélia negou-lhes os vistos, que tentassem cruzar o mar em sentido oposto?

Os harragas espanhóis foram interceptados num barco, quando desembarcavam na costa da Argélia. Viajaram atraídos pelas oportunidades de trabalho nas muitas empresas espanholas que operam em Orán.

Segundo nossas fontes, os jovens espanhóis, demitidos dos respectivos empregos em empresas que fecharam na Espanha, solicitaram visto de entrada na Argélia, sem sucesso. Os jovens espanhóis, agora, serão repatriados.

19 de maio de 2012
tribuna da internet

MODELO DESGASTADO!

LIMITE DO CRESCIMENTO - MODELO DESGASTADO ! E O BC DA REPÚBLICA DA ENGANAÇÃO E brasil maravilha : Economia vai crescer menos de 3%.

 
Mesmo com o esforço que o governo vem fazendo para estimular os negócios por meio do aumento do crédito, de cortes de impostos e da redução das taxas de juros, a economia brasileira mostra sinais de desaceleração.

O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), que é visto como uma prévia do desempenho do Produto Interno Bruto (PIB, a soma das riquezas produzidas no país) recuou em março pelo terceiro mês consecutivo.

A queda foi de 0,35% em relação a fevereiro, que também já tinha registrado retração de 0,38% na comparação com janeiro.

No acumulado do primeiro trimestre, o indicador mostrou crescimento de 0,15% sobre o últimos três meses de 2011 e de apenas 1,06% quando comparado com o primeiro trimestre do ano passado.

"Com esse resultado aumenta cada vez mais a probabilidade da expansão real do PIB ficar abaixo de 3% este ano. Aliás, acho que está caminhando para uma faixa em torno disse 2,5%", disse Eduardo Velho, economista-chefe da Prosper Corretora. Se a previsão para o ano se confirmar, a economia crescerá neste ano menos do que os 2,7% registrados em 2011.

Oficialmente, o governo mantém a estimativa de 4,5%, mas, nos bastidores, os técnicos admitam que essa meta está cada dia mais difícil.

O resultado do IBC-Br foi uma surpresa negativa para o mercado, que apostava em uma alta de 0,49%. Em relatório divulgado ontem, o diretor de Pesquisas e Estudos Econômicos do Bradesco,
Octávio de Barros, observou que o índice "contraria os sinais mais favoráveis vindos do consumo das famílias", que ainda permanece razoavelmente elevado.

O que tem puxado os indicadores para baixo, segundo os economistas, é o desempenho ruim da indústria, que deverá mostrar nova contração quando o IBGE divulgar o PIB do primeiro trimestre.

Juros

O fraco resultado do IBC-Br, ainda segundo Eduardo Velho, aumenta a probabilidade de o Comitê de Política Monetária (Copom) promover num corte maior do que o esperado na taxa básica de juros, a Selic, na próxima reunião, marcada para o fim deste mês.

"A julgar pela ata passada, virá mais uma redução de 0,50 ponto percentual, mas como a situação internacional piorou muito, não me surpreenderia que o Copom fosse mais ousado e baixasse a taxa em 0,75ponto percentual", observou.

Jankiel Santos, economista-chefe do BES Investimento é outro que acredita que a variação do PIB não vai passar de 3% este ano. "E será preciso acelerar muito no segundo semestre para chegar a isso", ponderou. De acordo com as contas feitas pela Prosper, para que o PIB do ano fique em 3% será preciso um aumento médio de 1,6% em cada um dos três outros trimestres de 2012.

"O problema é que os indicadores antecedentes da atividade econômica, tanto de abril como de maio, comportam uma expansão melhor em relação ao primeiro trimestre, mas ainda inferior a 1%. Ou seja, isso dificilmente vai acontecer", avaliou Eduardo Velho.
19 de maio de 2012
camuflados

"PERDEU A CREDIBILIDADE"





Fechou o tempo para o lado de Cândido Vaccarezza na CPI mista do Cachoeira. Senadores que integram o bloco de apoio ao governo no Senado (composto por PT, PDT, PSB, PCdoB e PRB) estão falando cobras e lagartos do petista depois do flagrante da mensagem de celular enviada a Sérgio Cabral.
Vanessa Grazziotin diz que Vaccarezza “perdeu a credibilidade” e constrangeu os colegas governistas que não compactuam com o esquema de blindagem vendido pelo petista a Cabral. Para a senadora, Vaccarezza tentou se cacifar, ficar bem na foto com Cabral, ao “vender um serviço que não tinha”.
– O que o Vaccarezza fez foi de uma insensibilidade, criou uma confusão sem precedentes. Um membro da CPI não deve discutir essas coisas, porque vai perdendo a credibilidade. Ele tentou vender um serviço que ele não tinha e agora ele vai ter que dar explicações.
Os senadores se reúnem na noite de segunda-feira para discutir o que fazer com Vaccarezza. Walter Pinheiro já disse aos colegas do bloco que a atitude mais digna ao deputado petista, para não expor os colegas, seria pedir para deixar a CPI. Resta saber como está o humor dos outros sete integrantes do bloco.
O bloco até tinha a intenção de livrar Cabral (leia mais em Cabral blindado), mas isso teria de ser feito em silêncio, não com SMS de celular.
Por Lauro Jardim
19 de maio de 2012

QUANDO O HUMOR RETRATA A REALIDADE 11


LEÔNIDAS PIRES COMISSÃO DA VERDADE É MOEDA FALSA, DIZ GENERAL


Ex-ministro do Exército do governo José Sarney, o general da reserva Leônidas Pires Gonçalves atacou a presidente Dilma Rousseff e a Comissão da Verdade instalada na quarta-feira, em solenidade no Palácio do Planalto, classificando-a de “uma moeda falsa, que só tem um lado” e de “completamente extemporânea”.

Ao Estadão, Leônidas disse que a presidente Dilma deveria ter “a modéstia” de deixar de olhar o passado e olhar para frente, “para o futuro do País”.

Recolhido em sua residência, Leônidas, que está com 91 anos, evita fazer declarações à imprensa, mas fez questão de falar sobre a instalação da Comissão da Verdade por considerar que os militares estão “sendo injustiçados” e não vê quem os defenda no governo.

Segundo ele, quando Nelson Jobim era ministro da Defesa havia um interlocutor. “Ele se colocava”, disse. “Mas o seu sucessor, Celso Amorim, que deveria se manifestar está ligado ao problema.”

O general se diz indignado com o que define como “injustiça que está sendo feita com o Exército”. Para ele, a Força está sendo “sumariamente julgada e punida”. Mas Leônidas defendeu a liberdade de expressão.

“Que se respeite a minha opinião. Aqui é uma democracia. A palavra é livre e isso foi graças à nossa intervenção”, reagiu.

Para ele, “embora o discurso seja de que não haverá punição com esta Comissão da Verdade, já estão promovendo a maior punição ao Exército, que está tendo o seu conceito abalado injustamente”.

O ex-ministro do Exército acha que os comandantes militares deveriam falar em defesa da categoria e espera que eles, pelo menos, estejam levando a insatisfação dos oficiais aos demais integrantes do governo em relação à Comissão da Verdade.

Leônidas declarou ainda que os comandantes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica “têm de orientar como os militares que forem chamados à comissão devem se comportar”.

Convite.
O general da reserva não acredita que será convidado a depor na comissão.

“Não há razão para eu ser convidado”, declarou ele, citando que no tempo em que o DOI-CODI do Rio de Janeiro esteve vinculado a ele, entre abril de 74 e fevereiro de 77, “nunca apareceu nada nem ninguém que tivesse alegado ter sido torturado”.

E emendou:
“Eu já desafiei que alguém se apresentasse na TV e nunca apareceu nada”.

Nas declarações feitas ao Estado, o ex-ministro - que foi um dos avalistas da posse do presidente Sarney, quando Tancredo Neves morreu, garantindo a transição de um governo militar para o civil - diz que a presidente Dilma Rousseff tem que “esquecer o passado, olhar para a frente” e se preocupar com o futuro do País.

O general Leônidas Pires rechaçou a possibilidade de a Lei de Anistia ser revogada, como um segundo passo, depois de a comissão da Verdade fazer seu trabalho, por conta de pressão das esquerdas.
“Isso não tem cabimento. A não ser que exista vontade expressa do revanchismo.”

Para ele, “é impossível mexer na Lei da Anistia, que foi fruto de um acordo no passado e que já foi chancelada pelo Supremo”.
E emendou:
“Se quiserem fazer pressão no Supremo, o poder moderador tem de entrar em atuação no País”.

19 de maio de 2012
Tânia Monteiro, de O Estado de S. Paulo

in camuflados

VEJA REVELA QUE JOSÉ DIRCEU COMANDOU O CRESCIMENTO DA DELTA. FALA CAVENDISH!


É absolutamente previsível a explosão que pode emergir de uma apuração minuciosa envolvendo as relações de uma grande construtora, no caso a Delta Construções, e seus laços financeiros com políticos influentes.
A empreiteira assumiu o posto de líder entre as fornecedoras da União depois de contratar como consultor o deputado cassado José Dirceu, petista que responde a processo no Supremo Tribunal Federal (STF) no papel de "chefe da organização criminosa" do mensalão.
Além disso, consolidou-se como a principal parceira do Ministério dos Transportes na esteira de uma amizade entre seu controlador, Fernando Cavendish, e o deputado Valdemar Costa Neto, réu no mesmo processo do mensalão e mandachuva do PR, partido que comandou um esquema de cobrança de propina que floresceu na gestão Lula e só foi desmantelado no ano passado pela presidente Dilma Rousseff.
A empreiteira de Cavendish é dona da maior fatia das obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e tem contratos avaliados em cerca de 4 bilhões de reais com 23 dos 27 governos estaduais.
Todo esse império começou a ruir desde que a Delta foi pilhada no epicentro do escândalo envolvendo o contraventor Carlos Cachoeira.
Se os segredos de Cachoeira são dinamite pura, os de Cavendish equivalem a uma bomba atômica.
Fala, Cavendish! Leia mais aqui.
Mensaleiros do PT e corruptos históricos montam esquema para blindar as investigações na CPI.
19 de maio de 2012
in coroneLeaks

ESGOTOU-SE O ATUAL MODELO ECONÔMICO BRASILEIRO

O economista Claudio Frischtak, presidente da Inter.B Consultoria Internacional de Negócios, apresentou no Fórum Nacional, tradicionalmente organizado pelo ex-ministro João Paulo dos Reis Velloso, um interessante trabalho sobre as limitações do atual modelo econômico brasileiro, a despeito dos avanços registrados nas duas últimas décadas: uma combinação de estabilidade macroeconômica e redução da desigualdade e da pobreza, acompanhada de uma expansão do consumo nas camadas tradicionalmente mais afastadas do mercado.

Frischtak registra a incorporação de cerca de 60 milhões de pessoas na classe média, que passou a ser majoritária no país, mas adverte que “este modelo está se exaurindo”, em consequência de uma combinação de baixa produtividade da economia, “que, em parte, reflete o fato de que o mercado de trabalho vem absorvendo os menos educados e experientes”, com níveis insuficientes de investimento em infraestrutura e em capital humano, e limitações pelo lado da demanda, “inclusive por força da fragilidade financeira da classe C e D”.

A capacidade de crescimento e o desempenho da economia vêm sendo corroídos, afirma o economista em seu trabalho. Para ele, “há uma dissonância crescente entre o consumo de bens individuais e a produção e consumo de bens coletivos”, como infraestrutura física e social, inclusive a geração e disseminação do conhecimento.

O economista Claudio Frischtak vê o país caminhando “no fio da navalha” e considera “imprescindível” uma transição para um modelo de social-democracia voltado aos investimentos da produção de bens coletivos, para aumentar a produtividade e melhorar o nível de bem-estar da população, “mais além de uma economia de transferências”.

A expansão sustentada do consumo a um ritmo muito superior ao crescimento da própria economia foi possível, diz o estudo, por uma combinação “de forte dinamismo do mercado de trabalho diferencialmente voltado para a base da pirâmide, e transferências previdenciárias e de assistência social da ordem de 15% do PIB, além de um rápido crescimento do crédito”.

Mas o dinamismo do mercado doméstico não está assegurado para os próximos anos, porque, Frischtak mostra no estudo, a “nova classe média” depende da renda de trabalho e de transferências para fazer face aos compromissos de um endividamento crescente, não tendo tipicamente ativos para se desfazer e saldar dívidas.

“Na desaceleração da economia, os índices de inadimplência rapidamente se elevam, e a espiral virtuosa se transmuta em viciosa.”

De fato, a inadimplência do consumidor cresceu 4,8% em abril deste ano, em comparação a março, registrando a maior alta para esse mês desde 2002, de acordo com pesquisa divulgada esta semana pela Serasa Experian.

Em comparação a abril do ano passado, a inadimplência aumentou 23,7%, alta puxada pelas dívidas não bancárias de cartões de crédito, financeiras, lojas em geral e prestadoras de serviços.

É enganosa a percepção de que o crédito brasileiro, que está em cerca de 50% do PIB, tem ainda margem para crescer porque em países como os Estados Unidos ou Inglaterra ele passa de 100%.

A dívida americana, sem crédito imobiliário, beira os 16% do PIB, enquanto no Brasil já passa de 30%.

O trabalho de Claudio Frischtak mostra que a produção de bens coletivos terá uma dupla função: pelo lado da oferta, impulsionar a produtividade e a competitividade da economia; pelo lado da demanda, progressivamente deslocar o consumo de bens individuais à medida que se esgota a capacidade das novas camadas de expandir de forma acelerada o consumo.

O investimento na produção de bens coletivos irá necessitar, porém, de ações em duas frentes distintas, ambas relacionadas a uma Agenda de Reforma do Estado, aponta o estudo.

Primeiro, uma realocação dos gastos do setor público, com a gradativa redução (em termos relativos) das transferências previdenciárias e sociais, e a proteção dos programas mais bem focalizados, a exemplo do Bolsa Família. “Não há como criar espaço fiscal aumentando os tributos”, adverte Frischtak.

Nesse contexto, ele defende que é “imprescindível a mudança de políticas e regras — a exemplo de o salário mínimo deixar de ser o indexador das despesas previdenciárias”.

Numa segunda frente, “é crítico reforçar a capacidade do Estado de planejamento, regulação, fiscalização, monitoramento e execução de serviços, de modo que os recursos poupados sejam direcionados com eficácia para expandir os investimentos em bens coletivos —infraestrutura física e social — e melhorar a capacidade organizacional da prestação pública de serviços de qualidade”.

A Agenda de Reforma é a base do Mapa da Produtividade, “um conjunto articulado de ações tendo por foco o capital humano; como eixo, a educação; e como resultado a disseminação e absorção de conhecimento em todos os níveis”.

O economista Claudio Frischtak afirma que “não há como sustentar a melhoria do bem-estar da população com uma escola pública de má qualidade, incompatível com as demandas de uma economia competitiva”.

O país continuará a progredir a passos lentos no que é mais essencial a menos que a educação passe a ser prioridade total para o governo.

Embora reconheça que o país realizou progressos no âmbito científico, e mais modestos no plano da inovação, Frischtak diz que há necessidade de se definirem projetos transformadores, capazes de mobilizar recursos — instituições, empresas, indivíduos — e gerar inovações em torno de temas centrais para a nova economia.

“Uma economia mais produtiva e uma sociedade mais igual, alicerçadas numa revolução educacional e em investimentos na infraestrutura física, serão a base da melhoria do bem-estar da população”.

19 de maio de 2012
Merval Pereira