"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



terça-feira, 16 de outubro de 2012

QUEM SÃO OS PROPRIETÁRIOS DO BRASIL?

 

A revelação de que “Eike tem 72,5% do patrimônio nos EUA” (O Estado de S. Paulo, 14/10) mostra muito mais do que a estratégia usada pelo homem mais rico para pagar menos impostos – no caso, de seis de suas maiores empresas.

O fato revela a ponta de um iceberg financeiro de nossos tempos: nós, a sociedade, não sabemos quem de fato são os proprietários últimos dos maiores conglomerados atuantes no Brasil.

Por serem tão grandes, por empreenderem projetos em territórios cada vez maiores (e ali chegarem a mudar a institucionalidade local), por lidarem, regra geral, com recursos naturais tão vitais para nossa sobrevivência, e por receberem massiva quantidade de dinheiro público – sob as mais variadas formas –, são esses proprietários, e não a maioria dos congressistas, nem juízes, nem ministros, que acabam definindo os rumos do País.

Nas listas de maiores e melhores conglomerados brasileiros, publicados com pompa anualmente pela imprensa de negócios, estão lá, quase sempre, as mesmas corporações: Petrobras, Vale, Gerdau, etc., medidas pelo seu faturamento.

Porém se alterarmos o critério de cálculo e passarmos a considerar as participações acionárias cruzadas, teremos outros resultados. E, provavelmente, descobriremos siglas, e eventualmente, nomes de pessoas físicas desconhecidas da sociedade em geral e, até da vetusta imprensa de negócios.

O Estadão pesquisou a razão dessa estratégia de invisibilidade: “O objetivo mais latente da criação das empresas offshore é buscar um cenário mais positivo em termos de benefícios fiscais relacionados ao Imposto de Renda e à Contribuição Social Sobre o Lucro", explica o especialista em direito tributário Paulo Sigaud, da Aidar SBZ Advogados.

Essa deve ser mesmo uma das principais razões. Mas, provavelmente, há outras mais importantes.

Esconder a propriedade de uma corporação ora em empresas de capital fechado, ora em companhias abertas, e às vezes em ambas, passando por subsidiárias, controladas, joint ventures, empresas de propósito específico e outros tipos de organização comercial é uma estratégia bem montada para escapar da responsabilidade civil e criminal de seus controladores finais.

Se não é claro quem é o responsável legal pela empresa, como imputá-lo?

Como traçar os beneficiários verdadeiros de subsídios, financiamentos, renúncias fiscais, isenções e, inclusive, de doações de propriedade pública, se não sabemos a quem cobrar?

Precisamos descobrir quem são os reais proprietários do Brasil.

16 de outubro de 2012
Carlos Tautz, jornalista, é coordenador do Instituto Mais Democracia - Transparência e controle cidadão de governos e empresas

FRASE DO DIA

"O que atrapalha o governo é a imprensa. O inimigo, a oposição é a imprensa. Acrescentamos agora a isso outro inimigo, o Supremo Tribunal Federal."

FHC, ironizando as declarações de petistas sobre a cobertura da imprensa no julgamento do mensalão

16 de outubro de 2012

IMAGEM DO DIA

 
Macaco descansa em um prato usado para oferendas de comida no templo de Kamakhya, em Gauhati, na Índia
Macaco descansa em um prato usado para oferendas de comida no templo de Kamakhya, em Gauhati, na Índia - Anupam Nath/AP
 
16 de outubro de 2012

THE ECONOMIST: ELEITORES IGNORAM OS PROBLEMAS DO PARTIDO DOS TRABALHADORES

Ação local

Eleitores ignoram os problemas do Partido dos Trabalhadores


The Economist

Analistas políticos no Brasil tendem a insistir que as eleições municipais têm poucas implicações para a política nacional. Mas os líderes políticos parecem não acreditar neles.Dilma Rousseff, o popular presidente, fez campanha para Partido dos Trabalhadores (PT) candidatos em São Paulo e Belo Horizonte. E quando o candidato do Partido Socialista (PSB) foi reeleito em 7 de outubro, em Belo Horizonte, capital de Minas Gerais, Aécio Neves, um governador de Estado e ex-provável candidato da oposição à presidência em 2014, estava radiante ao lado do vencedor.

Então, o que conclusões podem ser tiradas a partir de primeiro turno das eleições em que os 116 milhões de brasileiros acabaram de votar em 5.568 prefeitos? Tal é a fragmentação do sistema político que seis partidos diferentes, cada um ganhou mais de 400 prefeituras e 20 outras pessoas eleitas pelo menos um prefeito. Tanto a coalizão governista e da oposição poderia reivindicar alguma satisfação.
O PT temia eleitores puni-lo porque a eleição coincidiu com o ápice de um longo processo, no qual vários de seus ex-dirigentes são acusados ​​de usar dinheiro público para comprar votos no Congresso durante a presidência de Luiz Inácio Lula da Silva, o antecessor de Dilma Rousseff de . Esta semana, o Supremo Tribunal Federal votou para condenar José Dirceu, chefe da equipe de Lula, assim como dois outros altos homens PT anteriores.
Muitos brasileiros ver o julgamento como um marco no fortalecimento das instituições democráticas, especialmente se o tribunal prisões Sr. Dirceu. No entanto, o PT ganhou um extra de 71 prefeitos. Pode adicionar mais em run-offs em algumas grandes cidades em 28 de outubro. Estes incluem São Paulo, onde a campanha de Lula ajudou Fernando Haddad, candidato do PT.
O Partido da Social Democracia Brasileira, a principal oposição à Dilma Rousseff, também poderia chamar a consolação de votar. Eles perderam quase 15% de seus prefeitos, mas venceu seis das maiores cidades. José Serra, seu ex-candidata presidencial, terá de enfrentar o Sr. Haddad em São Paulo.
Talvez o homem mais feliz do 07 de outubro foi Eduardo Campos, governador do estado de Pernambuco e presidente do PSB. Seu partido aumentou seus prefeitos por mais de um terço. Embora o PSB faz parte da coligação de Dilma Rousseff, em Brasília, os candidatos deputado Campos em Recife e Belo Horizonte derrotou o PT. Ele está agora falou de como uma possível companheira de chapa para (e sucessor) Dilma Rousseff em 2014, ou um candidato da oposição em 2018-uma ambigüidade politicamente rentável.
Os brasileiros tendem a reeleger prefeitos bons e punir os maus. "A cultura de boa gestão municipal está aqui para ficar", diz Luiz Felipe d'Avila, do Centro de Liderança Pública, um think-tank. Mas as exceções permanecem: no estado de Alagoas para trás 25 candidatos a prefeito enfrentam processos judiciais. Aconteça o que acontecer ao Sr. Dirceu, maior limpeza ainda é necessária.
16 de outubro de 2012
The Economist
Ver texto original aqui

"A BRAVATA E A CADEIA"

 


Graças ao silêncio dos companheiros, à tibieza da oposição e à clemência da Procuradoria Geral da República, Lula está acompanhando o julgamento do mensalão fora do banco dos réus.

Em vez de festejar discretamente essa conjunção dos astros que o livrou de pagar pelo que fez, o ex-presidente resolveu reafirmar que não vê limites para a insolência.

Inconformado com a condenação dos principais operadores do esquema criminoso, o padroeiro dos bandidos federais passou a açular quadrilheiros e comparsas contra as decisões do Supremo. É ele quem está por trás da procissão de entrevistas cafajestes, manifestos que torturam a verdade ou cartas de parentes tão consistentes quanto uma crítica literária de Dilma Rousseff.

Lula deve imaginar que bravatas anulam decisões em última instância. Vai descobrir que não quando o outono chegar e as sentenças transitarem em julgado. Depois disso, se quiser saber o que os companheiros estão pensando, o chefe terá de visitá-los na cadeia.

16 de outubro de 2012
Por Augusto Nunes - Veja Online

QUADRILHA DO PT AGORA PREPARA MANIFESTO SOBRE O MENSALÃO DE LULA

PT prepara manifesto sobre o mensalão. Rui Falcão, presidente nacional da legenda, diz que o PT vai se manifestar 'sobre o que entende do julgamento'. Diferentemente de Falcão, Lula tem dito que a melhor resposta ao julgamento é uma vitória nas eleições
 
Contrariada com as condenações do Supremo Tribunal Federal de membros do PT no processo do mensalão, a cúpula do partido prepara um manifesto que deve ser divulgado logo após o julgamento.

"O partido vai se manifestar formalmente sobre o que entende do julgamento", disse o presidente nacional do PT, Rui Falcão.

Quatro integrantes do PT foram condenados: o deputado federal João Paulo Cunha (SP), o ex-ministro José Dirceu, o ex-presidente do partido José Genoino e o ex-tesoureiro Delúbio Soares.

A maioria dos ministros STF concluiu que Dirceu comandou o esquema de compra de votos no Congresso em troca de apoio político durante o primeiro mandato do governo Lula e o condenou por corrupção ativa. Genoino e Delúbio também foram condenados pelo mesmo crime.

João Paulo, outro integrante do PT de São Paulo, já foi condenado por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e peculato. Ele era candidato à Prefeitura de Osasco mas, com o resultado do julgamento, renunciou. Já o ex-líder do governo Professor Luizinho e o ex-ministro Luiz Gushiken foram absolvidos.

Sem dar detalhes sobre o documento, Falcão disse que o mais provável é que a manifestação da cúpula do partido seja realizada junto com o fim do segundo turno das eleições municipais, que ocorrem no próximo dia 28.

"O andar do julgamento no Supremo tem corrido junto com as eleições. Mas ainda vamos ver o que entendemos com o final do julgamento."

No fim de julho, Falcão gravou declarações no site do partido em que diz que não existiu o esquema de compras de votos no Congresso.

Diferentemente de Falcão, o ex-presidente Lula tem dito aos correligionários do partido que a melhor resposta ao julgamento do mensalão é uma vitória na eleição. Para Falcão, é preciso dar uma resposta mesmo se o partido vencer em São Paulo: "Uma vitória lá tem um significado político, mas não tem relação com o julgamento", disse.

16 de outubro de 2012
ERICH DECAT e GABRIELA GUERREIRO - Folha de São Paulo

LULA E SEU BANDO QUEREM CALAR A IMPRENSA

 

Os petista de todas as categorias, a começar pelo chefe máximo Luiz Inácio Lula da Silva, cospem descardamente no prato onde comeram por décadas, ao acusar a imprensa de persegui-los e de ser parcial.

Lula, quando lhe interessa, torna-se um homem de memória fraca, a imprensa que o fez derrotado em 1989, o fez vitorioso em 2002. Mino Carta em uma entrevista disse sem medir palavras, que fora ele o grande eleitor de Lula.

Agora o ex-presidente toda a vez que pode faz acres ataques à mídia. Chega a chamá-la de mentirosa pois inventa fatos, certamente ele queira que os meios de comunicação seguissem seu delírio, à cerca da inexistência do mensalão.

Sobre as relações PT x Jornalismo, o ex presidente Fernando Henrique Cardoso (FHC), fez algumas observações interessantes, nesse dia 15/10, em seu discurso na 68ª Assembléia Geral da Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP, na sigla em espanhol).

Começou dizendo que o presidente do Equador, Rafael Correa, declarou recentemente que “na América Latina a única ditadura que existe é a dos meios de comunicação”.

“Trata-se de uma pessoa que não respeita a liberdade de imprensa e de expressão”, avaliou o ex-presidente brasileiro sobre Correa e acrescentou: “Não quero entrar em detalhes, mas não é diferente do que se faz no Brasil. Dizem com menos violência, mas dizem que quem atrapalha o governo é a imprensa”.

Finaliza afirmando, que a intenção dos governistas e ter o monopólio da informação.
Reforça a afirmação de FHC, uma nota que está circulando que vai assinada pelos presidentes dos partidos coligados, que apóiam o governo. Veja abaixo na íntegra

16 de outubro de 2012
Giulio Sanmartini

À SOCIEDADE BRASILEIRA

O PT, PSB, PMDB, PCdoB, PDT e PRB, representados pelos seus presidentes nacionais, repudiam de forma veemente a ação de dirigentes do PSDB, DEM e PPS que, em nota, tentaram comprometer a honra e a dignidade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Valendo-se de fantasiosa matéria veiculada pela Revista Veja, pretendem transformar em verdade o amontoado de invencionices colecionado a partir de fontes sem identificação.

As forças conservadoras revelam-se dispostas a qualquer aventura. Não hesitam em recorrer a práticas golpistas, à calúnia e à difamação, à denúncia sem prova.

O gesto é fruto do desespero diante das derrotas seguidamente infligidas a eles pelo eleitorado brasileiro. Impotentes, tentam fazer política à margem do processo eleitoral, base e fundamento da democracia representativa, que não hesitam em golpear sempre que seus interesses são contrariados.
Assim foi em 1954, quando inventaram um “mar de lama” para afastar Getúlio Vargas. Assim foi em 1964, quando derrubaram Jango para levar o País a 21 anos de ditadura.


O que querem agora é barrar e reverter o processo de mudanças iniciado por Lula, que colocou o Brasil na rota do desenvolvimento com distribuição de renda, incorporando à cidadania milhões de brasileiros marginalizados, e buscou inserção soberana na cena global, após anos de submissão a interesses externos.

Os partidos da oposição tentam apenas confundir a opinião pública. Quando pressionam a mais alta Corte do País, o STF, estão preocupados em fazer da ação penal 470 um julgamento político, para golpear a democracia e reverter as conquistas que marcaram a gestão do presidente Lula .
A mesquinharia será, mais uma vez, rejeitada pelo povo.


Rui Falcão, PT
Eduardo Campos, PSB
Valdir Raupp, PMDB
Renato Rabelo, PCdoB
Carlos Lupi, PDT
Marcos Pereira, PRB.


Brasília, 20 de setembro de 2012.
Frâncico Carlos de Assis.

DONA DILMA, A CANHESTRA

Dilma, pelo seu passado, tem a obrigação de estender de assaltos, seqüestros e atentados terroristas, mas de peculato mostra que não entende um “cazzo”.
 
Ela era ministra das Minas e Energia, desde o primeiro dia do governo Lula, quando o condestável do presidente, José Dirceu, pelo envolvimento no mensalão, foi obrigado a demitir-se da Casa Civil, sendo substituída por ele.
Aproximando-se de Lula, como uma diligente auxiliar em fazer o que o chefe não queria ou não sabia fazer, foi-lhe transferido intacto o forte poder que teve Dirceu.
 

 
Dilma assumiu a Casa Civil em 21/6/2005 dessa data até 2009 ela além de negar que tenha havido crime no mesalão, foi também um grande defensora de José Dirceu, que há poucos dias foi condenado por sua participação no escândalo.
 
Vejamos algumas afirmações da atual presidente:
 
“Não há nenhuma prova que saiu da CPI que confirme o mensalão. O que há é a confissão de que houve empréstimos e esses empréstimos foram feitos para pagar dívidas de campanha. Nós repudiamos acusações sem provas” (em 24/12/2005)
 
“O que eu posso falar eu falo, e falo com convicção, é que não houve prova. Até onde nos enxergamos, nós não constatamos a existência de mensalão”. (Entrevista à Folha em 27/2/2006).
“O governo espera que se faça justiça, sem paixões”. Falando sobre a abertura da ação penal do mensalão no Supremo em 23/8/2007.

“Não tenho conhecimento de que Dirceu tenha beneficiado instituições financeiras. Acho o ministro José Dirceu um injustiçado. Tenho por ele um grande respeito”. Em depoimento prestado à Justiça Federal, como testemunha de defesa no processo do mensalão em 20/10/2009.
 
Essas declarações de tão canhestras que são, fazem da “dona presidenta” cúmplice no maior roubo na história da República, ou, na melhor da hipótese, conivente.
 
Mas a coisa não para aí,ao ter que deixar o ministério para ser candidata à sucessão de seu chefe, forçou a barra para que sua cadeira fosse ocupada pela companheira e amiga do peito Erenice Guerra. Esta teve uma passagem meteórica; assumiu a 31 de março de 2010, mas em setembro do mesmo ano foi obrigada a deixá-lo, por denuncia de corrupção.
 
Uma denuncia feita pela revista Veja em 11 de setembrode 2010, mostrava que o filho de Erenice, Israel Guerra, com a ajuda da mãe fazia tráfico de influência.
 
Quando no dia 27 de setembro no debate eleitoral, promovido pela Tv Record para os candidatos à presidência da República, coube a Plínio Arruda Sampaio (PSOL) fazer perguntas a Dilma, como se pode ver na foto e no vídeo PLÍNIO pergunta à DILMA – Debate Rede Record 26-09
a candidata do PT apresentou-se toda sorridente como se tivesse posto uma dentadura nova, mas no momento que Plínio falou de Erenice Guerra, voltou ao seu normal, com cara de cachorro querendo brigar e afirmou o seguinte: “Caso eu seja eleita e se o atual governo não ter concluído a apuração do caso da Casa Civil, eu te asseguro que eu irei investigá-lo até o fim”. Mas tudo ficou como estava e caiu no olvido.
 
Agora surge mais uma trapalhada de Dona Dilma, dessa vez envolvendo o companheiro também ex-guerrilheiro José Genoíno. Tendo sido ele condenado por corrupção no julgamento do mesalão, perdeu toda a condição de continuar aspone no ministério da Defesa, cargo que recebeu como prêmio de consolação por ter sido derrotado nas urnas.
 
Ele pediu demissão no cargo e esta foi publicada no Diário Oficial, todavia deve ter vindo uma ordem do “capo tutti i capi” Don Lula, pois atabalhoadamente a presidenta, recusou-se a assinar a demissão, pelo fato da demissão já ter sido publicada a atitude de Dilma é um gesto de respeito ao corrupto da quadrilha do mensalão.
 
Cabe uma pergunta: Oh! Dona Dilma, pode um condenado ocupar cargo no governo?

16 de outubro de 2012
Giulio Sanmartini

MESSIÂNICO E OUSADO, LULA MENTE DE FORMA ACINTOSA NO PROGRAMA DO PUPILO FERNANDO HADDAD

 


Perna curta – Conhecido por sua larga intimidade com a mitomania, Luiz Inácio da Silva, no programa eleitoral do pupilo Fernando Haddad, ousa afirmar que a melhor arma de campanha é a verdade. Trata-se de uma heresia, pois Lula se valeu da mentira para chegar ao Palácio do Planalto e nele permanecer durante oito anos.
 
Na tentativa de incensar o candidato petista à prefeitura paulistana, Lula diz que Haddad foi o melhor ministro da Educação de todos os tempos.
 
Uma mentira descomunal, cujos escândalos ocorridos na gestão do petista falam por si só.

O que Fernando Haddad conseguiu nos período em que esteve à frente do Ministério da Educação foi pasteurizar a má qualidade do ensino, permitindo que pessoas com conhecimento raso chegassem às universidades por meio de mecanismos populistas, o que compromete o nível de qualificação dos profissionais brasileiros.

Sem em nenhum momento se preocupar com a melhoria dos ensinos básico e médio, Haddad fez com a educação o que qualquer bom comunista faz com a miséria: socializá-la. É com base nessa pífia e fracassada passagem pela Educação que Fernando Haddad se apresenta como a solução inovadora para a maior e mais importante cidade brasileira.

Como disse certa feita o inventor de Haddad, “nunca antes na história deste país”. E se os paulistanos quiserem salvar a quarta maior cidade do planeta das barbaridades petistas, que no próximo dia 28 de outubro votem com consciência, deixando de lado a fanfarrice eleitoral.

16 de outubro de 2012
ucho.info

COINCIDÊNCIA OU AVISO?


 
É Genoíno Corrupto...Não sabemos se esta imagem é simples coincidência, ou algum aviso "divino"
Portanto, vai se acostumando com a idéia de ter um "puliça" na tua cola....
Tua cana ainda há de cantar para alegria geral dos Brasileiros que ainda tem honra!!!
 
16 de outubro de 2012
omascate

ELES NÃO CANTAM O HINO NACIONAL

O SUPREMO DESARTICULA O PROJETO PETISTA DE PODER.

http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=srjrHFm57qM

16 de outubro de 2012

DEZ ANOS DEPOIS, O SUPREMO IDENTIFICA E CONDENA OS ROEDORES DA BANDEIRA


Foi Duda Mendonça, quem diria, quem concebeu o comercial destinado a reforçar, enquanto a campanha presidencial de 2002 não começava, a falácia que promovia o PT a detentor do monopólio da ética. Veiculado insistentemente na TV, o vídeo em que ratos roem a bandeira brasileira foi considerado um exemplo de propaganda eleitoral eficaz.

Depois do mensalão, transformou-se num caso exemplar de propaganda enganosa e em prova material de estelionato político. Neste outubro, pode produzir um formidável tiro pela culatra. Basta que os candidatos da oposição divulguem no horário eleitoral a peça publicitária „Ÿ sem identificar quem a encomendou. Os espectadores saberão associar os bichos às pessoas.

Lula vai berrar nos palanques que, com inveja do sucesso do metalúrgico que virou presidente sem estudar, FHC resolveu compará-lo a um roedor. Dilma Rousseff vai gaguejar outro besteirol incompreensível. O PT vai pedir ao Tribunal Superior Eleitoral que proíba a exibição da ignomínia. Fernando Haddad vai recitar que José Serra descambou de vez para o terreno da ofensa pessoal

Em contrapartida, Duda Mendonça vai ficar com fama de vidente: em 2002, adivinhou como estaria o Brasil no
fim de 2012.


Por Augusto Nunes - Veja Online
16 de outubro de 2012

O FIASCO DE GENOÍNO NO CQC

Em maio de 2011, a coluna divulgou o vídeo que documenta a performance de José Genoíno no CQC. Quem viu vai gostar de ver de novo. Quem não viu vai topar com uma prova definitiva de que o mensaleiro condecorado pelo ministro Nelson Jobim é mais falso que uma cédula de 4 reais. Confiram.





16 de outubro de 2012

CONHEÇA OS VÍDEOS DO "KIT GAY"

Vídeos do "Kit Gay" que Fernando Haddad queria distribuir nas escolas


http://www.youtube.com/watch?v=D1Bkv70SEr8&feature=player_embedded

16 de outubro de 2012

A MEUS MESTRES DE DOM PEDRITO

Professores mesmo são aqueles homens que um dia pensaram o mundo e que elegemos como faróis de nossas vidas. Neste sentido, meus mestres nasceram antes de mim e estão todos aqui a meu lado, trocando cotoveladas em minha biblioteca.

Chamam-se Platão, Sócrates, Swift, Cervantes, Dostoievski, Hernández, Renan, Schliemann, Nietzsche, Herman Hesse, Huxley, Orwell, Stephan Zweig, Pessoa, Sábato e tantos outros, que estão aqui a meu lado e ao alcance de minha mão.

Nietzsche terá sido o mais decisivo dele. Destruiu tudo o que o Estado e a escola me ensinavam e esta é a função do bom professor.

Há autores que libertam, e este autor varia de leitor para leitor. No meu caso, foi Nietzsche. Meus professores de Filosofia não gostavam do alemão, ele demolia todas as filosofias. Cá e lá ele era citado, afinal não podia ser ignorado. Mas nunca tive professor que recomendasse Nietzsche em suas bibliografias.

É leitura, penso, que deve ser feita quando se é jovem. Não sei se adianta ler Nietzsche aos trinta anos. Também não sei se seria útil a um jovem contemporâneo. Em minha época de universitário, pensamento se demolia com pensamento. Hoje, os meios de comunicação se encarregam deste trabalho de demolição.

A parte estes, tive não poucos professores na vida. Curiosamente, os mais decisivos em minha vida não foram os de renomadas universidades internacionais, mas os daquela pequena cidadezinha onde me criei, lá na fronteira seca do Rio Grande do Sul, entre Uruguai e Brasil.

Fiz cinco universidades. Nelas, pouco aprendi de relevante. Na Sorbonne Nouvelle (Paris III), durante quatro anos de pesquisas, tive dezesseis horas de aula com quatro professores. O único que me trouxe algo foi Mme. Fraisse. Ministrava aulas sobre literatura e comunismo e as quatro horas que com ela tive me abriram uma vasta bibliografia, fundamental para entender a Europa e o século passado.

Meu orientador teve uma única virtude: não atrapalhou a redação de minha tese.

Dele guardo uma lição fundamental: une thèse a trois parties: la première, la deuxième et la troisième. Só quem freqüentou universidade em Paris consegue entender a profundidade deste princípio. Certa vez, ao fazer uma exposição, comecei explicando que a dividiria em cinco partes. Faites pas ça, Monsieur – atalhou o professor -. Um francês só entende algo dividido em três partes. Descartes oblige.

Outro professor, M. Décaudin, um desastre. Como a disciplina que ele lecionava, poesia francesa contemporânea. Meu temor, em suas aulas, era incorrer em lapso e chamá-lo de M. Décadent. Mas consegui me conter. Em suma, meus quatro anos de Paris constituíram um excelente aprendizado. Mas quem me ensinou foi a cidade, sua imprensa, suas livrarias, seus restaurantes, os estrangeiros que lá viviam. Foi em Paris que conheci a América Latina. A Sorbonne Nouvelle, salvo Mme. Fraisse, pouco ou nada me deu.

Do curso de sueco da Universidade de Estocolmo, nenhuma queixa. Recebi o que precisava, um eficiente domínio da língua. Mas cursei também Filmvetenskap, isto é, Ciência do Cinema, seja lá o que isto quer dizer. Pura teoria, curso mais adequado para senhoras na menopausa. Não consegui terminar nem mesmo o primeiro semestre.

A bem da verdade, minha grande mestra na terra dos Sveas, em matéria tanto de smörgåsbord como de literatura, foi Lena Hofmann, uma terna svenska flicka que, ao despedir-se de mim em Arlanda, me pôs um livrinho nas mãos. "Leva isto como lembrança de mim e da Suécia". Era Kalocain, de Karin Boye. Foi o livro que me fez tradutor.

Meu curso de Literatura Espanhola, na Complutense de Madri, pura perda de tempo. Meus professores pareciam desconhecer o Quixote. Certa vez, uma amiga uruguaia perguntou o significado de expressão muito corrente em Madri: vale! Ah, explicou a professora de literatura, é uma gíria moderna, muito usada pelos jovens. Por acaso, eu aproveitava a aula para reler o Quixote. Citei a última frase do prólogo: “Y con esto, Diós te dé salud, y a mi no me olvide. Vale”.

A expressão já estava no Quixote e a professora de literatura a desconhecia. Silêncio sepulcral na aula. Meu grande mestre, nesses dias de Madri, foi o jornalista Enrique Sordo, autor de España, entre trago e bocado, um excelente guia da culinária e dos vinhos espanhóis. Eu o lia durante as aulas e ia traçando meu itinerário pelas tardes e noites madrilenhas. Sordo me guiou também por outras regiões da Espanha.

Ao final de seis meses – que na verdade eram quatro – devíamos defender uma tese. Que era sustentada em dez minutos, com mais cinco para réplica e tréplica. Me recusei à farsa e escrevi uma carta aos diretores do curso. Nela afirmava que quando fazemos um curso no Exterior defendemos duas teses: uma é aquela que fica entregue às traças e à poeira das bibliotecas. A outra, e mais importante, é aquela que defendemos todos os dias nos cafés e restaurantes da cidade, e esta eu a defendi com brilho. Terminei com a frase clássica que, naqueles dias, encerrava os requerimentos oficiais junto à administração: Muchas gracias y que Diós dé mucha salud a Usted y sus hijos!

Claro que não foram dias inúteis. Voltei com as malas cheias de livros e, entre eles, La Família de Pascual Duarte, de Camilo José Cela, que acabei traduzindo no Brasil, como também Mazurca para dos muertos. Mais lembranças inefáveis do Gijón e de El Espejo, que sempre me impediram pesquisas na Biblioteca Nacional. Explico. Estes dois cafés literários ficam no Paseo de Recoletos, logo antes da biblioteca. Nunca consegui atravessar o Paseo.

Do curso de Filosofia, em Porto Alegre, pouco ou nada restou. A maioria dos professores era marxista ou marxizante, e a dialética em Platão era apenas um pretexto para discutir a dialética em Hegel e Marx. Tirei restauradoras sonecas nas aulas do Gerd Bornheim. Gerd nos falava da entidade do ente, da mesidade da mesa, da cadeiricidade da cadeira. Mas nada ficávamos sabendo da gerdidade do Gerd. Restaram as aulas de lógica do professor Dagmar Pedroso e as leituras de Platão orientadas por Leônidas Xausa.

Professor importante em minha vida, nos dias de Porto Alegre, foi o Aníbal Damasceno Ferreira, que nada tinha a ver com a universidade. Discreto pesquisador das letras gaúchas, a ele devemos a descoberta de Qorpo Santo. Introduziu-me em Swift e nos humoristas ingleses. Tentou vender-me o Machadinho, mas não conseguiu. Seja como for, seu magistério, exercido nas gélidas madrugadas da Praça da Alfândega, foi fundamental em minha formação.

Do Curso de Direito, em Santa Maria, só lembro do irmão Gelásio, e isso porque era o diretor da faculdade. Recebi noções de direito constitucional e organização do Estado que me foram valiosas no exercício do jornalismo, é verdade. E o resto é silêncio.

Feliz daquele que guarda uma província no fundo do coração, disse o poeta. Fundamentais em minha vida foram meus professores de ginásio, dos quais guardo gratas lembranças. Meu professor de História, professor Varílio Meneghetti, nos falava de Queóps, Quéfren e Miquerinos. Para mim eram realidades que pertenciam a um outro planeta. Nunca me ocorreu que um dia as veria de perto. Tampouco que entraria na tumba de Tutankamon e o veria em seu sarcófago.

Professor Hugo Brenner de Macedo, de Geografia, nos falava de mares, desertos e montanhas. Ora, de geografia eu só conhecia a planura monótona da pampa, entremeada pelo vago dar-de-ombros das coxilhas, e não tinha idéia alguma do que fosse mar. Mar, só fui conhecer lá pelos 18 ou 19. Mais tarde, só bem mais tarde, singraria o Atlântico e o Pacífico, o Mediterrâneo e o Egeu, o Negro e o do Norte, o Tirreno, o Adriático e o Báltico.

Ver o mar pela primeira vez é sempre um acontecimento na vida de um homem do campo. Dá uma coisa por dentro, parece que o peito vai explodir. Mal se ouve o ruído das ondas, pressentimos que algo de grandioso está por se revelar. Tampouco jamais imaginei que um dia vagaria pelos desertos, mares e montanhas, dos quais professor Hugo nos trazia notícias, mas jamais teve a chance de ver de perto. Nas montanhas de El Hoggar, contemplando um nascer de sol esplendoroso além do Tridente, evoquei professor Hugo.

Mas estes mares e montanhas pouco importavam para o professor Hugo. “Isso vocês estudam nos livros. Vamos falar de geografia econômica. De como o homem faz para comer.” O que implicava estudar também História. Professor Hugo também lecionava português e era implacável com erros de grafia ou gramática. Saí do ginásio escrevendo um português impecável, que hoje não encontramos nem nas redações dos grandes jornais.

Com o padre Lourenço van der Raadt, aprendi um inglês que me serviu para o resto da vida. Oblata holandês, nos repassava gravações da BBC. Verdade que, por uma certa ojeriza ao universo ianque, não domino a língua com eficácia. Mas me serviu para muitas viagens e mesmo empregos.

Padre Chico, de matemática, era um geninho. Se pedíamos a raiz quadrada de um número de dez algarismos, ele fechava os olhos, começava a decompor e nos dava o resultado. Verdade que não tinha muita didática. Mas saí do ginásio extraindo até a raiz cúbica. Verdade que hoje não sei para que serve isso. Mas sempre é um exercício intelectual divertido.

Professor Hélio Sarubbi nos falava do pêndulo de Foucault. Nunca imaginei que veria a Terra girar, no Panthéon, em Paris. Professor Darci Elio Sari, de latim, nos falava do Coliseu, catacumbas e Foro Romano. Para mim, pertenciam ao território da lenda. Nem sonhava que um dia meus pés pisariam aquela poeira milenar.

Maria Veiga Miranda me ensinou francês. Eu não tinha idéia alguma porque aprendia francês naquelas bibocas, mas me agradava falar outra língua. Era como se saísse de mim mesmo. Só entendi o sentido daquele ensino no dia em que defendi uma tese em Paris. Quando entrei na sala Bourjac, no vetusto prédio da Sorbonne, para minha soutennance, meu primeiro pensamento foi para ela. Maria é hoje uma brisa do Sena que paira sobre as margens do Santa Maria. No dia em que Maria partir, Dom Pedrito ficará mais pobre.

Em suma, as ferramentas fundamentais para esse difícil exercício que é o viver, eu as recebi em Dom Pedrito. Mais tarde, bem mais tarde, foram meus dias de ser professor. Descobri então que o ensino que me foi dado naquela cidade lá da Campanha, no Colégio Nossa Senhora do Patrocínio, hoje não existe nem na universidade.


16 de outubro de 2012
janer cristaldo

JUSTIÇA FEDERAL EM MINAS GERAIS CONDENA GENOÍNO E DELÚBIO POR FALSIDADE IDEOLÓGICA [

Segundo a juíza, houve fraude nos empréstimos do BMG a SMP&B e ao Partido dos Trabalhadores 


RIO - A juíza Camila Franco e Silva Velano, da Justiça Federal de Minas Gerais, condenou na segunda-feira o ex-presidente do PT, José Genoino, o ex-tesoureiro do partido Delúbio Soares e o publicitário Marcos Valério por falsidade ideológica, que também são réus no processo do mensalão julgado no Supremo Tribunal Federal (STF).

Genoino e Delúbio foram condenados a quatro anos de prisão, enquanto Valério, a quatro anos e meio.
De acordo com a juíza, houve fraude nos empréstimos entre o BMG, a empresa SMP&B, de Marcos Valério, e o Partido dos Trabalhadores, realizados em 2005.

Também foram condenados por falsidade ideológica, Ramon Hollerbach Cardoso (4 anos), Cristiano de Mello Paz (3 anos e meio), ex-sócios de Valério, e o advogado Rogério Lanza Tolentino (3 anos e 4 meses). Já os diretores do BMG Ricardo Annes Guimarães, João Batista de Abreu, Márcio Alaôr de Araújo e Flávio Pentagna Guimarães foram condenados por gestão fraudulenta de instituição financeira, com penas de até 7 anos de prisão.

Segundo a juíza, “os contratos celebrados pelo BMG com o Partido dos Trabalhadores e empresas do grupo Marcos Valério não tinham como objetivo serem realmente adimplidos, constituindo-se como instrumentos formais fictícios, ideologicamente falsos, cuja real intenção era dissimular o repasse de recursos aos tomadores”.

Ainda de acordo com a sentença, “grande parte dos valores emprestados pelo BMG foram repassados aos tomadores dentro de um cenário pouco usual na prática bancária, diante de situações limites de risco de inadimplência. Extrai-se ainda e, principalmente, que grande parte dos valores amortizados adveio de recursos do próprio BMG, ou seja, o BMG praticamente pagou para emprestar”.

Segundo o Ministério Público Federal (MPF), a liberação de recursos também se deu de maneira irregular, porque a situação econômico-financeira dos tomadores era incompatível com o valor emprestado e as garantias, insuficientes. “Tampouco foram observadas, nos contratos de financiamentos, as normas impostas pelo Banco Central ou até mesmo as normas internas do próprio BMG”.

A juíza Camila Franco e Silva Velano, que proferiu a sentença na véspera de entrar de férias, pediu para que o ministro do STF Joaquim Barbosa, relator do mensalão, seja comunicado da decisão.
Genoino, Delúbio, Marcos Valério, Ramon Hollerbach, Cristiano Paz e Rogério Tolentino também foram acusados do crime de gestão fraudulenta, mas foram beneficiados por liminar do STF que os excluiu da imputação do crime, porque não faziam parte da diretoria do Banco BMG. Já a esposa de Marcos Valério, Renilda Santiago, foi absolvida.

16 de outubro de 2012
Marcio Allemand
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SERRA: HISTÓRIA GRANDIOSA E MUITA EXPERIÊNCIA

 

Programa eleitoral do futuro prefeito de São Paulo do dia 16/10/2012
 


A história de vida, as realizações e o comportamento são elementos importantes na hora de escolher o próximo prefeito de São Paulo. O passado de Serra e sua experiência mostram que ele é um prefeito à altura da grandiosidade da cidade. Ele tem a coragem e a competência necessárias para tirar projetos do papel e tornar boas ideias realidade na vida dos paulistanos, sem promessas mirabolantes e sempre com soluções inovadoras e ousadas. Por isso que todo mundo sabe: com Serra, São Paulo fica melhor!

Não vote em candidato de partido mensaleiro e corrupto. PT nunca mais!
 
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Escrito por Abobado
16 outubro, 2012
 

NOTAS POLÍTICAS DO JORNALISTA JORGE SERRÃO

General Enzo irritará Dilma se cumprir decreto que manda cassar Medalha do Pacificador de Genoíno



O julgamento do Mensalão se transforma em dor de cabeça para o Exército. Militares na reserva começam uma ativa campanha via internet para pedir ao General Enzo Peri, comandante da Força Terrestre, que promova a cassação, ex officio, da Medalha do Pacificador concedida a José Genoíno Netto (ainda assessor especial do Ministério da Defesa, pois não teve seu pedido de exoneração ratificado pela Presidenta Dilma Rousseff, apesar da condenação por corrupção ativa no STF.

O Decreto nº 4.207, de 23 de abril de 2002, que regulamenta a concessão da maior honraria dada pelo Exército, é bem claro em casos como o de Genoíno. O Artigo 10 prescreve que perderá o direito ao uso da Medalha do Pacificador e será excluído da relação de agraciados o condecorado nacional ou estrangeiro que: a) tenha sido condenado pela Justiça do Brasil, em qualquer foro, por sentença transitada em julgado, por crime contra a integridade e a soberania nacionais ou atentado contra o erário, as instituições e a sociedade brasileira; c) tenha praticado atos pessoais que invalidem as razões da concessão, a critério do Comandante do Exército.

O General Enzo fica em uma encruzilhada. Se cassa a medalha de Genoíno arruma uma briga imensa com sua comandante-em-chefe Dilma Rousseff – que até agora ignora, sem confirmar no Diário Oficial, o pedido de exoneração feito publicamente por Genoíno, na semana passada. Se Enzo mantém a medalha com o condenado no Mensalão, além de ficar queimado com seus pares, acaba desrespeitando o Decreto nº 4.207, que lhe confefe poder de cassar, ex officio, a medalha do condecorado nacional que “tenha cometido atos contrários à dignidade e à honra militar, à moralidade da organização ou da sociedade civil, desde que apurados em sindicância ou inquérito”.

O claro e cristalino Decreto nº 4.207, de 23 de abril de 2002, pode ser consultado no link:
http://www.sgex.eb.mil.br/medalhas/pacificador/pdf/DecMedPac.pdf

O Guardião captou...

Quem tem problemas com a Justiça deve evitar o uso de telefones celulares com chips da Europa aqui no Brasil.

Foi interceptada uma ligação gerada em deslocamento pelo interior de São Paulo para Brasília, mais precisamente na região em que residem ministros do Supremo Tribunal Federal.

O aparelho que recebeu o telefonema de “agradecimento” era um celular pré-pago, cujo dono não dá para identificar.

Os dois só precisam ficar tranquilos porque a turma do Guardião não pode nem deve tornar público teor da conversa amigável...

Valério vai falar?

Cada vez fica mais forte e consistente a ameaça de que o publicitário Marcos Valério dará uma entrevista bomba, revelando verdades até agora não ditas sobre o Mensalão.

Se realmente falar, Valério já até teria escolhido o veículo de comunicação para soltar o verbo.

Será a Folha de S. Paulo – embora gente ligada a Valério não saiba explicar o motivo da preferência...

 
Recordar é ficar PT da vida...

Já circula como piada na internet a declaração dada em 2006, à revista Playboy, pelo gênio da raça socialista José Dirceu de Oliveira e Silva:

"O Lula não dá cheque em branco pra ninguém. Ele delega, mas controla, cobra. Sabe de tudo o que acontece. Quem acha o contrário nos subestima".

Pois a Procuradoria Geral da República subestimou os dois, ao não incluir Lula no processo do Mensalão – que culminou com a condenação de Dirceu por corrupção ativa e ainda pode lhe render outra por formação de quadrilha.

Comemoração

José Dirceu de Oliveira e Silva vibrou com a absolvição do publicitário Duda Mendonça e da sócia Zilmar Fernandes pelo placar elástico (10 a 0 e 7 a 3 em duas acusações de lavagem de dinheiro, e 9 a 1 na de evasão de divisas).

Tanto que Dirceu telefonou para seu amigo pessoal, o advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, que venceu a dura parada no STF para os marketeiros baianos.

Na versão de Kakay sobre a ligação de Dirceu:

Ele disse que estava feliz”.

E a grana?

Onde foi parar o dinheiro depositado nas contas bancárias nas Bahamas de Duda Mendonça?

Quando foi ouvido oficialmente no processo do mensalão, em 2008, Duda afirmou que “os recursos depositados na conta Dusseldorf não voltaram ao Brasil”.

Laudos periciais comprovaram que o dinheiro saiu da conta, mas nenhum perito conseguiu saber onde o dinheiro foi parar depois disto...

Alívio

A petralhada respirou aliviada com a absolvição de Duda Mendonça.

Tinha gente temendo que, se fosse condenado, o publicitário poderia, como se diz na terra dele, rodar a baiana e revelar muita coisa comprometedora que viu durante a primeira campanha presidencial de Lula.

Assim, permanecerá um mistério sem revelação quem foi beneficiado pelas 53 operações de depósitos no exterior na offshore Dusseldorf, do publicitário baiano.

Desaguando

O juiz Tourinho Neto, do Tribunal Regional Federal da Primeira Região, concedeu ontem o longamente esperado habeas corpus a Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, pela prisão na Operação Monte Carlo, da PF.

Mas, apesar da decisão favorável, Cachoeira continuará preso no hotel seis estrelas da Papuda, que o hospeda há mais de sete longos meses.

Cachoeira tem outro mandado de prisão ainda em vigor, pela Operação Saint-Michel, comandada pela Justiça do Distrito Federal.

Perdeu

Vola a circular na internet a sentença da Luciana Novakoski Ferreira Alves de Oliveira na ação movida pelo filho de Lula contra a revista Veja, pedindo indenização por danos morais, pela matéria publicada a respeito do seu enriquecimento milagroso e também sobre a frase dita pelo ex-presidente "Meu filho é o Ronaldo dos negócios":

“...O autor (Lulinha) precisa compreender que é de interesse de toda a população brasileira saber como o filho do Presidente da República obteve tamanha ascensão, coincidente ao mandato de seu pai. E há de concordar, que uma imprensa livre para investigar tais fatos é fator essencial para que vivamos num Estado Democrático de Direito, ideal outrora defendido por tantos que, agora, ao que se vê, parecem se incomodar com ele. Desse modo, examinando-se o conflito dos interesses constitucionais envolvidos na publicação da matéria, verifica se que a conduta dos réus não foi abusiva e apenas buscou informar seus leitores sobre assunto de relevante interesse público. Logo, inexiste direito à reparação civil. Ante o exposto, JULGO IMPROCEDENTE o pedido, nos termos do art. 269, inciso I, do Código de Processo Civil".

Em razão da sucumbência, Lulinha ainda teve de arcar com o pagamento das custas e despesas processuais e de honorários advocatícios, fixados, por equidade, em R$ 10.000,00.

O Estado do Morro

A Polícia Militar do Rio de Janeiro apreendeu ontem mais de 30kg de maconha, divididos em 46 tabletes, no Morro do Estado, em Niterói.

O curioso é por que o Governo Serginho Cabral não promove uma ocupação ou a criação de uma UPP no Morro do Estado.

Sempre intocado, para servir de centro de operações para bandidos que fogem do Rio de Janeiro, o lugar parece um elo perdido, na idade da pedra, há décadas sem a efetiva presença do Estado.

O lamentável é que o morro subdesenvolvido, perigoso, e com uma população completamente sem auto-estima, fica bem no centro de Niterói – com uma das mais belas e completas vistas da Baía da Guanabara.


Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus.

16 de outubro de 2012
Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor.
alerta total

LEMBRAI-VOS DA RAPOSA DO SOL E CUIDADO COM OS APLAUDAÇOS...

 
O Brasil é uma séria piada pronta – como mais ou menos bem prega o sábio jornalista-humorista José Simão.
O senso comum das pessoas é modificado permanentemente. Os agentes de influência, no processo ideológico, usam o sistema midiático e educacional (?) para implantar “novas” ideias, “novos” conceitos, “novos heróis”.
 
Tudo politicamente correto, justamente no Brasil onde se pratica a politicagem egoísta – e não a Política (que é prática de ações voltadas para o Bem Comum e para a melhoria da Coisa Pública).
É o triunfo da vontade do Imbecil Coletivo (termo do Olavo de Carvalho)
 
A grande massa ignorante e os autoproclamados intelectuais embarcam facilmente nas estorinhas do Boi-Tatá, reproduzindo-as e contribuindo para a distorção de valores, conceitos e significados.
O certo vira o errado, e o errado se transforma na “coisa certa”. A verdade vira mentira, e a mentira se transmuta em verdade subjetiva na cabeça da maioria. A regra vira exceção, sendo cumprida apenas quando convém.
 
O mesmo acontece com o senso de Justiça – que vira sinônimo de “justiçamento” ou de rigor seletivo contra alguém ou um grupo que se deseja eliminar.
 
A distorção mais recente é socialmente gerada e reproduzida na leitura que a maioria das pessoas faz do julgamento da Ação Penal 470 no Supremo Tribunal Federal. Exceto os petistas vitimados pela cegueira produzida pelo fanatismo que mistura política com religião, a maioria das pessoas comuns afirma ter a certeza de que o STF está praticando “Justiça”. Esta é a imagem simbólica que está sendo transmitida e reproduzida midiaticamente.
 
A maioria vibra com a condenação da cúpula petralha que praticou os tais crimes ligados ao popularmente conhecido “Mensalão”. O relator e futuro primeiro presidente negro do STF, Joaquim Barbosa, foi transformado em um herói nacional. Vestindo aquela toga preta, às vezes esvoaçante, no imaginário popular difundido pela internet, Barbosa virou uma espécie de Batman tupiniquim. A simbologia foi evocada pelo rigor dele no voto contra aqueles que foram midiaticamente transformados em grandes bandidos da nação.
 
Daqui a pouco, às 11 horas da manhã (em 12/10), um bem intencionado grupo apartidário de Brasília convocou, pelas redes sociais, um “aplaudaço”. Será em frente à sede do Supremo Tribunal Federal, na Praça dos Três Poderes. O objetivo é aproveitar o feriado de Nossa Senhora de Aparecida (santa padroeira do Brasil) para agradecer aos ministros do STF pela condenação dos mensaleiros.
 
Data venia - como eles costumam invocar lá no tribunal supremo -, não há motivos reais e objetivos para aplaudi-los. Se os magistrados, reunidos em plenário, por maioria tiveram a convicção de condenar alguns membros do chamado núcleo político do mensalão, apenas cumpriram com a obrigação deles de juízes. A distorção é ter de aplaudir quem cumpre com o seu dever. Como isto é raro no Brasil, virou até motivo de “aplaudaço”.
 
Será que merece aplauso o mesmo Supremo Tribunal Federal que jogou no ralo a soberania do Brasil ao ser conivente com o crime de lesa-pátria cometido por Luiz Inácio da Silva ao homologar a reserva Raposa/ Serra do Sol que havia sido demarcada pelo antecessor dele, Fernando Henrique Cardoso? O STF foi conivente com a criação claramente inconstitucional de uma “nação” de 1.743.089 hectares dentro do Brasil para abrigar um punhado de índios, em cujo subsolo todos sabem que existem minerais raros e valiosos a serem explorados.
 
Merece aplauso o mesmo STF que fez vistas grossas à Emenda Constitucional nº 45 que nos foi enfiada goela abaixo em 2004. Pelo artigo 5º, parágrafo 3º, desta estrovenga jurídica globalitária, “os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros, serão equivalentes às emendas constitucionais”. A reserva Raposa do Sol foi viabilizada juridicamente graças a esta Emenda 45, que obrigou o País a cumprir a Declaração Universal dos Direitos dos Indígenas - aprovada pela ONU em 13 de setembro de 2007, com o voto favorável da representação brasileira.
 
A questão indígena no Brasil é uma piada pronta sem graça. Pela lei, os índios são tratados como pobres selvagens que precisam ser preservados em seu estado natural. No entanto, na prática o buraco é mais embaixo. Existe um seleto grupo de índios no Brasil que está mais integrado ao globalitarismo capitalista que qualquer banqueiro internacional. Os Caiapós exploram a riqueza existente nos 3,3 milhões de hectares de sua reserva no sul do Pará (especialmente o mogno e o ouro). Os indígenas movimentaram cerca de U$ 15 milhões por ano, derrubando, em média, 20 árvores de mogno por dia e extraindo 6 mil litros anuais de óleo de castanha.
 
Certamente, os ministros do STF não pensaram nisso quando tomaram a decisão final sobre a homologação da reserva Raposa do Sol em 20 março de 2009, determinando a retirada de cidadãos brasileiros não indígenas da região rica em nióbio. Justiça seja editorialmente feita! Apenas o ministro Marco Aurélio Mello teve a coragem de votar contra os limites contínuos da reserva indígena, sugerindo até a anulação da demarcação e a extinção do julgamento.
 
Os outros dez ministros do STF aceitaram a demarcação contínua. Além do hoje herói Joaquim Barbosa, Carlos Ayres Britto (relator), Gilmar Mendes, Celso de Mello, Carmem Lúcia e Ricardo Lewandowski. Os hoje ex-ministros Eros Grau, Cesar Peluso, Elen Gracie e Carlos Alberto Direito (falecido) também foram coniventes com o crime de lesa-pátria.
 
Graças à famigerada Emenda Constitucional nº 45 que viabilizou a Raposa do Sol, agora os espertos advogados dos mensaleiros pretendem recorrer das condenações no STF, apelando à Corte Interamericana de Direitos Humanos, na Costa Rica. A mesma que obrigou o Brasil a colocar uma plaquinha na Academia Militar das Agulhas Negras admitindo a mentirosa versão de que um cadete morreu “vítima de torturas” em treinamento. A mesma entidade que respalda ações revanchistas da Comissão da “Verdade” e que prega a derrubada da Lei de Anistia de 1979. Nada disso merece aplaudaço. Pelo contrário, uma vaia pública em grande estilo.
 
Curiosamente, o herói Joaquim Barbosa – que votou a favor da homologação da Raposa Serra do Sol – agora reclama, com toda justiça, da intenção dos advogados que pretendem recorrer a cortes internacionais. Depois do caso Raposa do Sol, soa até contraditório o herói Joaquim ressaltar que as decisões do Supremo são soberanas e não subordinadas a outras instâncias:
É um escracho para com as nossas instituições e mostra que essas pessoas que estão comandando esse movimento não pensam no País. Não pensam na consolidação das nossas instituições. Só pensam em si mesmas, em grupos e facções".
 
Se Barbosa prega a soberania agora, merece mesmo o aplaudaço da turma do Facebook. O duro é que, se os mensaleiros vão para o saco, a nossa soberania sobre a Raposa do Sol já foi também. E tudo graças ao mesmo aplaudido STF que agora pune os mensaleiros com todo rigor legal. A vida é assim mesmo. A Justiça não é perfeita no Brasil. Nem o Batman... Mas tomara que a sabedoria do Robin consiga valer um dia por aqui: “O Crime não compensa”.
 
Aplaudaços para José Simão, porque o Brasil é mesmo o País da Piada Pronta... Então, vamos aplaudir, rir e cantar, porque do mundo não se leva nada – como prega aquela musiquinha do Programa Sílvio Santos... Lá, lá, lá lá...
 
PS 1 – Releia o brilhante voto (derrotado) de Marco Aurélio contra a homologação da Raposa do Sol - http://www.stf.jus.br/arquivo/cms/noticiaNoticiaStf/anexo/pet3388MA.pdf
 
PS 2 – No Alerta Total de 11 de setembro de 2008, releia o artigo: A História Secreta da Invasão de Roraima
 
16 de outubro de 2012
Jorge Serrão
Fonte: Alerta Total
 
COMENTO: o texto expressa algo que também me preocupa. Desnecessário destacar as virtudes, tanto do Ministro Joaquim quanto dos demais Ministros do STF.
Exceção se faça à dupla "toffodowski", não pelo fato de terem sido nomeados pel'O Canalha. Mas por terem tido desempenho e conhecimento jurídico questionáveis.
Um deles, por sinal, reprovado por duas vezes em concursos para a Magistratura de 1ª instância.
A função de Relator, desempenhada com esmero pelo Ministro Joaquim contrariando expectativas de demoras e protelações, elevou o Magistrado a um patamar de "Salvador da Pátria", mesmo que o citado Ministro pareça não incentivar tal "endeusamento". Isso não é bom para o País, para a Sociedade e para a Democracia.

DUAS TRAJETÓRIAS DE VIDA

 

Fora de qualquer contestação, Lula tornou-se personagem importante do cenário político brasileiro desde, pelo menos, metade dos anos 70 e, particularmente, depois de 2003, quando conseguiu ser eleito presidente da república.

No exercício da chefia do poder executivo, adotou a política econômica instituída por seu antecessor, antes violentamente renegada por seu partido político. Graças a isso e a um ambiente externo extremamente propício, conseguiu manter, em um clima de estabilidade monetária, um impulso favorável na política interna, o que lhe rendeu excepcional popularidade.

Outro brasileiro com grande notoriedade, essa evidenciada mais recentemente, é o ministro do Supremo Tribunal Federal Joaquim Barbosa. Relator de uma ação penal – do “mensalão” – que arrola como indiciadas altas figuras do cenário político nacional, vem desenvolvendo um trabalho digno, íntegro, independente, apoiado, unicamente, em argumentos jurídicos e no sentimento de que não é mais possível conviver, em um país como o Brasil, com práticas políticas em que a ética pouco vale, a honestidade é desconsiderada, o bem público é tratado como propriedade de partido político.

Vejamos o curriculum vitae desse notável brasileiro, retirado do site do STF.

Antes de sua nomeação para o Supremo Tribunal Federal, o Ministro Joaquim Barbosa exerceu vários cargos na Administração Pública Federal. Foi membro do Ministério Público Federal de 1984 a 2003, com atuação em Brasília (1984-1993) e no Rio de Janeiro (1993-2003); foi Chefe da Consultoria Jurídica do Ministério da Saúde (1985-88); foi Advogado do Serviço Federal de Processamento de Dados-SERPRO (1979-84); foi Oficial de Chancelaria do Ministério das Relações Exteriores (1976-1979), tendo servido na Embaixada do Brasil em Helsinki, Finlândia; foi compositor gráfico do Centro Gráfico do Senado Federal.

Paralelamente ao exercício de cargos no serviço público, manteve estreitas ligações com o mundo acadêmico. É Doutor e Mestre em Direito Público pela Universidade de Paris-II (Panthéon-Assas), onde cumpriu extenso programa de doutoramento de 1988 a 1992, o qual resultou na obtenção de três diplomas de pós-graduação. Cumpriu também o programa de Mestrado em Direito e Estado da Universidade de Brasília (1980-82), que lhe valeu o diploma de Especialista em Direito e Estado por essa Universidade.

É Professor licenciado da Faculdade de Direito da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), onde ensinou as disciplinas de Direito Constitucional e Direito Administrativo. Foi Visiting Scholar (1999-2000) no Human Rights Institute da Columbia University School of Law, New York, e na University of California Los Angeles School of Law (2002-2003).

É assíduo conferencista, tanto no Brasil quanto no exterior. Foi bolsista do CNPq (1988-92), da Ford Foundation (1999-2000) e da Fundação Fullbright (2002-2003).

É autor das obras “La Cour Suprême dans le Système Politique Brésilien”, publicada na França em 1994 pela Librairie Générale de Droit et de Jurisprudence (LGDJ), na coleção “Bibliothèque Constitutionnelle et de Science Politique”; “Ação Afirmativa & Princípio Constitucional da Igualdade. O Direito como Instrumento de Transformação Social. A Experiência dos EUA”, publicado pela Editora Renovar, Rio de Janeiro, 2001; e de inúmeros artigos de doutrina.

Nasceu em Paracatu, MG, onde fez os estudos primários no Grupo Escolar Dom Serafim Gomes Jardim e no Colégio Estadual Antonio Carlos. Cursou o segundo grau no Colégio Elefante Branco, de Brasília. Fez também estudos complementares de línguas estrangeiras no Brasil, na Inglaterra, nos Estados Unidos, na Áustria e na Alemanha.

Tentei buscar um curriculum vitae resumido de Lula para efeito de comparação. Somente encontrei páginas humorísticas, fazendo pilhéria sobre sua pouca instrução. Vejamos, então, alguns dados de sua vida, extraídos, aqui e ali, de diversos documentos produzidos sobre o ex-presidente.

Lula é o sétimo de oito filhos de um casal de lavradores muito pobres. Nasceu em outubro de 1945, em Garanhuns (PE). Pouco antes de nascer, seu pai – Aristides Inácio da Silva – decidiu tentar a vida como estivador em Santos. No final do ano de 1952, Euridice, mãe de Lula, decidiu seguir com seus filhos para Santos, na expectativa de reencontrar o marido. No período em que viveu no litoral paulista, Lula foi alfabetizado no Grupo Escolar Marcílio Dias.

Em 1956, ainda criança, mudou-se para a capital do Estado de São Paulo, em busca de melhores oportunidades. Lá, trabalhou como vendedor ambulante, engraxate e office-boy. Mais tarde, tornou-se aprendiz de torneiro mecânico. A partir de 1970, passou a se dedicar com mais afinco à atividade sindical. Em 1975, chegou à presidência do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo e Diadema. Em 1980, aliou-se a intelectuais e a outros líderes sindicais, para fundar o Partido dos Trabalhadores, do qual se tornou presidente.

Ainda em 1980, liderou uma greve no ABC paulista. O Sindicato que presidia, sofreu intervenção e Lula foi detido por trinta e um dias. Em 1981, foi condenado pela Justiça a três anos e meio de detenção por incitação à desordem coletiva. Recorreu da sentença e foi absolvido no ano seguinte. Em 1983. participou da fundação da CUT (Central Única dos Trabalhadores).

Lula foi eleito, em 1986, deputado federal constituinte. Teve três tentativas frustradas de chegar à presidência da república – em 1989, 1994 e 1998 – sendo derrotado na primeira por Fernando Collor de Mello e nas duas seguintes por Fernando Henrique Cardoso. Em 2002, finalmente, foi eleito presidente do Brasil com 50 milhões de votos. Reelegeu-se em 2006.

Na presidência, Lula, graças à adoção de diversas medidas de cunho populista e a um forte apoio na propaganda governamental, conseguiu altos índices de aprovação popular. Registre-se o bom desempenho da economia brasileira no período, apoiada que foi nos fundamentos estabelecidos no governo anterior e na situação de alta prosperidade que vigia, então, internacionalmente.

Fato que surpreendeu os observadores da cena política foi a manutenção da alta popularidade, mesmo com as inúmeras denúncias de corrupção que atingiram seus principais auxiliares. Em relação à mais grave delas – o “mensalão” – produziu verdadeiros malabarismos para não sair chamuscado.

Inicialmente chegou a pedir desculpas à nação, publicamente, o que equivale a um reconhecimento dos fatos. Disse, na oportunidade, que nada sabia, embora muitas das maquinações tenham transcorrido ao lado de seu gabinete.

Mais tarde, trouxe a público outras versões. Em um momento, disse tratar-se de um mero caixa dois, afirmando que isso era muito natural, mas esquecendo-se de que um crime não pode ser considerado natural, muito menos por um presidente da república.

Ultimamente, agarrou-se à tese da inexistência do “mensalão”; tudo não teria passado de uma tentativa de golpe para derrubá-lo do governo. O STF, pela grande maioria de seus membros, derrubou essa versão fantasiosa.

De comum, na vida dessas duas figuras de projeção, pode-se ver, existe, apenas, a infância pobre, visto que Joaquim Barbosa, também teve origem em lar modesto. Nasceu em Paracatu, MG, filho de pai pedreiro e mãe dona de casa. Muito cedo passou a arrimo da família. Aos 16 anos foi para Brasília, arranjou emprego na gráfica do Correio Braziliense e terminou o segundo grau, sempre estudando em colégio público.

A partir do começo de vida difícil, as dessemelhanças tornam-se gigantescas. Um venceu dificuldades, concluiu sua educação básica, formou-se em direito, fez inúmeros cursos de pós-graduação, no Brasil e no exterior, prestou concursos públicos e edificou sua carreira sem dever favores; o outro não conseguiu terminar sequer o ensino médio, embora tivesse todo o tempo do mundo para concluir seus estudos, enquanto, por mais de uma década, esteve, sem trabalho fixo, preocupado apenas com sua obsessão em ser presidente de república.

Um, mercê do esforço próprio, tornou-se fluente em diversos idiomas estrangeiros; o outro maltrata a própria língua vernácula. Um construiu sua trajetória profissional calcado no estudo, na seriedade, na sinceridade; o outro, para progredir na vida, apoiou-se na mentira, no engodo, na demagogia.

Assim, percebe-se que uma trajetória de vida como a de Lula, sempre por ele alardeada, que permitiu chegar a altos postos a partir de uma infância pobre, pode ser percorrida com muito mais dignidade e competência. Basta acreditar no esforço próprio e no trabalho honesto.

16 de outubro de 2012
Gilberto Barbosa de Figueiredo é General, antigo membro do Alto Comando do Exército e ex-presidente do Clube Militar.