"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



sábado, 15 de outubro de 2011

MINISTRO VÊ FUNDO POLÍTICO EM ACUSAÇÃO E DIZ QUE GOSTOU DA REAÇÃO DA PRESIDENTE DILMA


Gustavo Franceschini
Em Guadalajara (México)

O ministro do Esporte Orlando Silva Jr. respondeu as acusações de que teria recebido propina, publicadas pela revista Veja neste sábado. O político atribuiu as informações da matéria a uma reação do acusador contra as ações de sua pasta, viu um fundo político no surgimento do caso e disse que gostou da reação da presidente Dilma Rousseff, com quem conversou já nesta manhã.

CONFIRA COMO FOI A DENÚNCIA DA REVISTA VEJA

“Procurei a presidente quando tive a notícia de que a reportagem estava sendo feita. Mostrei os números e nossas ações para transmitir a confiança de que a nossa conduta foi correta. As impressões que ela teve é melhor vocês [jornalistas] perguntarem a ela. Mas eu fiquei muito feliz depois de ter conversado com a presidente Dilma”, disse Orlando Silva, que está em Guadalajara, no México, para acompanhar a abertura dos Jogos Pan-Americanos, que aconteceu na última sexta.

A matéria da revista Veja ouviu o policial militar João Dias Ferreira, preso no ano passado acusado de fazer parte de um esquema supostamente organizado pelo PCdoB (partido de Orlando Silva) para desviar dinheiro público do programa Segundo Tempo, do Ministério do Esporte. Ferreira conta que Orlando Silva comandava o esquema ilegal quando era secretário-executivo de Agnelo Queiroz, responsável pela pasta no primeiro mandato de Lula e hoje governador do Distrito Federal.

Além disso, Orlando Silva Jr. teria recebido dinheiro das mãos de Célio Soares Pereira, espécie de faz-tudo do suposto esquema ilegal. O ministro diz ter recebido João Dias Ferreira em uma audiência a pedido do então ministro Agnelo Queiroz, sem nenhum contato depois. O político comunista disse nunca ter conhecido Célio Soares Pereira.

“Essa pessoa [João Dias Ferreira] tem um inquérito policial em Brasília. Dois convênios foram firmados por ele [com o Segundo Tempo]. A prestação de contas revelou que o objeto não foi cumprido. Nós fizemos diligências para ela prestar contas. Na medida em que não foram apresentadas, fizemos a tomada de contas especial, que leva o caso para o TCU”, disse Orlando Silva, que disse que sua equipe recebeu ameaças dos acusadores antes da publicação da reportagem.

O ministro também falou sobre a política que pode estar por trás das denúncias. Orlando Silva não deixou claro, no entanto, a quem se refere exatamente. “Talvez a melhor resposta seja dos analistas de política. São feitas especulações sobre mudanças [na pasta] por conta do crescimento do esporte. Mas a presidente Dilma tem sido apoiadora fundamental do ministério”, disse o político.

Por meio de nota oficial divulgada à imprensa, Orlando Silva afirmou que já pediu ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardoso, que coloque a Polícia Federal para investigar as denúncias feitas por João Dias. "Tenho a certeza de que ficará claro de que tudo o que ele diz são calúnias", disse o ministro na nota.

QUEM ESTÁ POR TRÁS DO MOVIMENTO ESQUERDISTA "OCUPE WALL STREET"?

Ou: Obama como potencial beneficiário do “fascismo de esquerda”

Quem, afinal de contas, dá suporte ao movimento esquerdista “Ocupe Wall Street”? O debate corre solto nos Estados Unidos, e um nome se tornou freqüente no debate: alguns conservadores vêem na patuscada dinheiro do bilionário George Soros, já que ele financia ONGs “progressistas” que, por sua vez, apóiam a “ocupação”.

Huuummm… Parte dos que estão na praça quer o fim do capitalismo, reivindicação surgida junto com o capitalismo, há alguns séculos. Outro tanto defende uma sobretaxação para os ricos, e isso, sim, conta com o apoio de alguns milionários e bilionários “progressistas”, que igualmente censuram a ganância do capitalismo financeiro — nesse caso, não vêem contradição nenhuma em arrancar o máximo possível do “sistema”, ainda que o façam com dor no coração e alguma culpa. Um expoente dessa corrente dos “bilionários com alma” é Warren Buffet, que passou a defender ativamente que os ricos paguem mais impostos, como quer Barack Obama.

Bem, o meu “jornalismo investigativo” pessoal se atém mais à lógica dos processos e à análise da metafísica influente do que à caça de “culpados”. Temos não mais do que frases esparsas de Obama expressando sua simpatia pelo movimento. Parte da pauta da turma da praça coincide com a sua. Mas não é algo que possa ser considerado uma “prova” em sentido técnico.

A minha prova é, como posso explicar?, imaterial. Soros, Buffet ou outro potentado qualquer, todos eles, para mim, são irrelevantes. Quero saber a quem interessa essa esfera de valores que sai da praça, retratada com entusiasmo pela imprensa liberal (nos EUA, isso quer dizer “esquerdista”). A resposta leva a um único homem: Barack Hussein Obama. Parece-me evidente que a origem do movimento está nos grupos “obamistas” espalhados na rede, os mesmos que deram à luz o fenômeno Obama e fizeram de um senador inexperiente do Illinois, que havia administrado, no máximo, uma ONG, o candidato a Demiurgo, supostamente apto a tirar os EUA da crise — ele só a aprofundou! — e a salvar a civilização: o mundo está potencialmente menos seguro.

Obama se atrapalhou todo na política institucional; não conseguiu encontrar as respostas pelos métodos convencionais. A democracia americana está mais protegida da vontade cesarista de um líder do que ele gostaria. O Congresso não é “cooptável” — não do modo como é o nosso ao menos. Urgia criar uma movimento de opinião pública, algo para responder, de algum modo, ao Tea Party, este um movimento mais institucionalizado.

O “Ocupe Wall Street” tem, na imprensa, inclusive na nossa, uma presença muito superior à sua real importância, ao menos por enquanto. Estamos falando, AINDA, de meia-dúzia de gatos-pingados com uma pauta que vai do centro (onde pretende se situar o obamismo) para a esquerda. No ritmo em que as coisas ainda caminham, Obama vai para uma derrota eleitoral. É preciso mobilizar a sociedade contra “os ricos”, “o capitalismo financeiro”, “os bancos”, “os políticos”, “as instituições corruptas” etc. Essa pauta vem lá de de Mussolini, hehe… Não sei se a coisa vai prosperar como pretendem os obamistas. No melhor dos mundos para eles, mais de milhão vai para a rua, com aqueles jargões muito próprios do fascismo de esquerda, de que o presidente americano e candidato à reeleição pretende ser o beneficiário.

E o Brasil?

Reitero: qualquer associação com os atos contra a corrupção no Brasil são infundados, estúpidos até. A turma do “Ocupe Wall Street” está brava, curiosamente, porque as instituições americanas funcionam, e o demiurgo não pode fazer o que lhe dá na telha; tem de prestar contas ao Congresso. Obama está com o saco cheio de ter de governar o país segundo a Constituição que herdou. No Brasil, os que se mobilizam pedem justamente o contrário: que as instituições funcionem; que a letra da lei seja seguida, que o Congresso exerça suas prerrogativas.

Por Reinaldo Azevedo - Veja Online

ORLANDO SILVA E SEU BANDO TÊM DE CAIR FORA DO MINISTÉRIO QUE VIROU COVIL DO PCdoB


Pilhado em flagrante de novo, agora chapinhando no pântano do programa Segundo Tempo, o ministro Orlando Silva tentou trocar a pose de cartola a serviço da nação em Guadalajara pela fantasia de voluntário da pátria gravemente ofendido. “Confesso que eu estou chocado”, caprichou o canastrão vocacional ao saber das denúncias publicadas na edição de VEJA que acaba de chegar às bancas. “Estou estupefato, perplexo. Um bandido fala e eu que tenho que provar que não fiz, meu Deus?”. A fala decorada às pressas foi desmentida pela voz de quem deve, pela cara de culpa e pelas duas palavras finais: um comunista que invoca Deus quando o emprego está em perigo é tão confiável quanto um ministro que compra tapioca com cartão corporativo.

De todo modo, é compreensível que qualifique de bandido o companheiro do PCdoB que até recentemente era contemplado por verbas milionárias e audiências no Ministério do Esporte.
Orlando Silva sabe que, no momento, cavalga o quinto andar da procissão dos condenados ao despejo. Não por vontade de Dilma Rousseff, que é só um codinome de Lula. Vai perder a boca no primeiro escalão por exigência dos milhões de brasileiros fartos de tanta ladroagem impune. Há limites para tudo.

Há limites também para a farsa encenada há quase nove anos. Um texto aqui publicado em março registrou que, no balanço dos dois mandatos que Lula registrou em cartório, a enxurrada de deslumbramentos do Segundo Tempo inunda quatro das 2.200 páginas divididas. Lançado em 24 de novembro de 2003 pelo Ministério do Esporte, bate no peito o parágrafo de abertura, o programa “visa democratizar o acesso à prática e à cultura do esporte de forma a promover o desenvolvimento integral da criança, do adolescente e do jovem, como fator de formação da cidadania e de melhoria da qualidade de vida, prioritariamente daqueles que se encontram em áreas de vulnerabilidade social”.

Entre outros embustes superlativos, o palavrório que vai da página 345 à 349 jura que “o Programa Segundo Tempo, desde a sua criação, permitiu 3.852.345 atendimentos de crianças, adolescentes e jovens”. Essas cifras de matar de inveja um dinamarquês não teriam sido alcançadas sem “a capacitação e qualificação de 9.246 profissionais entre coordenadores, professores, agentes formadores e gestores de esporte e lazer”. Magnânimo, o fundador do Brasil Maravilha divide a façanha com alguns parceiros.

“Foi por meio da celebração de convênios com governos estaduais, municipais e organizações não governamentais (ONGs), e de parcerias com outros ministérios, que se alcançaram, a partir de 2005, mais de 1 milhão de atendimentos anuais, considerando-se os convênios anuais e plurianuais. Isso foi possível em função do crescimento exponencial do orçamento do Programa Segundo Tempo, que iniciou (sic) com R$ 24 milhões em 2003 e alcançou R$ 207.887 milhões em 2010”.

Estelionato eleitoreiro é isso aí, atestam as incontáveis gatunagens da quadrilha que controla o programa nascido e criado para servir ao Partido Comunista do Brasil, premiado com o Ministério do Esporte no primeiro dia da Era Lula. Só em 2010, pelo menos R$ 69,4 milhões foram parar nos caixas de 42 ONGs e entidades de fachada controladas pelo PCdoB. O Estadão descobriu, por exemplo, que uma ONG explorada pelo partido em Santa Catarina resolveu importar merendas de Tanguá, no Rio de Janeiro. A empresa presenteada com a encomenda no valor de R$ 4,6 milhões tem um funcionário só, cujo nome o dono ignora, prospera num galpão abandonado há quatro anos e jamais produziu uma única e mísera merenda.

No Distrito Federal, 3,2 mil crianças continuam à espera dos 32 núcleos prometidos pelo convênio entre o ministério e outra ONG de estimação. Em Teresina, o que deveria ser uma quadra é um matagal onde os iludidos pelo Segundo Tempo tentam jogar futebol e vôlei improvisando traves e redes com tijolos, bambus e muita imaginação. A logomarca do programa num muro garante que aquilo é um núcleo esportivo. É só a prova de mais uma negociata que irrigou com R$ 4,2 milhões outra entidade a serviço do PCdoB.

“Vamos apurar todas as denúncias”, recita Orlando Silva depois de cada escândalo. “Vou processar o acusador”, acaba de declamar em Guadalara. Vai coisa nenhuma. Pecador não apura; é investigado. Delinquente não processa; é processado. As patifarias do Segundo tempo são apejanas mais um tópico que inclui, entre outros espantos, os R$ 4 bilhões enterrados no Pan-2007 (veja o texto na seção Vale Reprise).

O ministro meteu-se num beco sem saída. Se não soube de nada, é inepto. Se soube, é corrupto. Em qualquer hipótese, não pode continuar no cargo. Tem de ser imediatamente afastado das cercanias dos cofres onde correm perigo os bilhões da Copa de 2014 e da Olimpíada de 2016.

Dois dias depois da descoberta de que o Ministério do Esporte anda roubando até crianças, Orlando Silva apareceu em São Paulo para discorrer sobre obras em aeroportos e estádios em construção. O craque das jogadas ilegais sonha com lances ainda mais ousados. No Brasil em adiantado estado de decomposição moral, os crimes já são anunciados com alguns anos de antecedência. Se corrupção desse cadeia, a população carcerária não caberia numa Bolívia. Mas sempre há lugar para um Orlando Silva.

No primeiro escalão é que não pode haver lugar para uma figura dessas. Lula, que o transformou em ministro em 2006, sabe muito bem com quem continua lidando. Dilma Rousseff também conhece bastante o parceiro que chama de “Orlandinho”. Diga o que disser o protetor de bandidos companheiros, queira ou não queira a coiteira dos afilhados do chefe, Orlando Silva e seu bando têm de cair fora do gabinete que virou covil do PCdoB. Já.

Augusto Nunes

FIFA TEME QUE SUSPEITA ATRAPALHE AS NEGOCIAÇÕES DA COPA

Funcionário da Fifa comenta o envolvimento de Orlando Silva em escândalo

"Se já estávamos preocupados com o andar do processo, agora o cenário pode ser ainda mais difícil", disse um funcionário da Fifa

Funcionários da cúpula da Fifa temem que a grave suspeita de corrupção envolvendo o ministro do Esporte, Orlando Silva, complique de vez as negociações finais sobre o formato da Copa do Mundo no Brasil. Em entrevista publicada na edição de VEJA desta semana, um militante do PC do B revela detalhes de um esquema que pode ter desviado mais de 40 milhões de reais nos últimos oito anos. Ele conta que Orlando Silva chegou a receber, pessoalmente, dentro da garagem do Ministério do Esporte, remessas de dinheiro vivo provenientes da quadrilha. O Segundo Tempo foi criado pelo governo federal para incentivar crianças carentes a praticar atividades esportivas.

"Verdade ou mentira, essa história não poderia ter vindo em pior momento", afirmou, em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo um alto funcionário da cúpula da Fifa, que pediu anonimato ao comentar o teor da entrevista do militante do PC do B a VEJA. "Se já estávamos preocupados com o andar do processo, agora o cenário pode ser ainda mais difícil", disse. O temor da Fifa, que também enfrenta polêmicas internas de corrupção, é de que todas as decisões que estão pendentes do governo acabem sendo adiadas diante da fragilização do principal interlocutor entre o Palácio do Planalto e Zurique, o próprio Ministério do Esporte.

Nas últimas semanas, os diversos escândalos de corrupção no governo já haviam sido alvo de comentários e preocupações dentro da Fifa. A cúpula da entidade alerta que não tem qualquer posição sobre a veracidade das denúncias e insiste que "todos são inocentes até que se prove o contrário". Mas o que a entidade teme é que o assunto crie distúrbios em relação ao trabalho que deve ser feito. Há poucos dias, o secretário-geral da Fifa, Jerome Valcke, criticou os organizadores brasileiros. Em um evento em Moscou, pediu que os russos "não repitam" os erros do Brasil ao organizar a Copa de 2018.

Negociação - Na terça-feira, em Zurique, o comitê da Fifa encarregado da Copa de 2014 se reúne para chancelar decisões críticas sobre os locais das partidas, estádios e local de abertura do Mundial. O anúncio oficial será divulgado no final da semana. Nos bastidores, uma série de compromissos legais entre o Brasil e a entidade serão alvo de negociações. Há duas semanas, a presidente Dilma Rousseff esteve reunida com Valcke, em Bruxelas. Na ocasião, ficou estabelecido que o projeto da Lei Geral da Copa seria modificado. No formato que estava, a Fifa estimava que perderia até 1 bilhão de dólares em renda com ingressos, patrocinadores e contratos comerciais.

Dilma aceitou fazer algumas mudanças, reduzindo os prejuízos da Fifa. Mas bateu o pé em uma série de assuntos, como a meia-entrada para idosos.
Nesta semana, advogados e negociadores tentariam aproximar as posições, com a esperança de que, depois do anúncio das cidades sedes, a Fifa pudesse finalmente revelar a patrocinadores e empresas envolvidas no evento o formato final da Copa. Com o novo escândalo, a preocupação da Fifa é de que essa negociação fique em segundo plano.

(Com Agência Estado)

O LIXO DO ISLAM


Há dois anos, a cidade egípcia do Cairo, a maior cidade no mundo árabe e a "cidade atemporal" do Discurso do Cairo feito por Obama, o coração da Primavera Árabe, sofria de uma crise de lixo. A crise tinha uma causa muito simples: os porcos que comiam o lixo foram mortos para se impedir a disseminação da gripe suína.

Os porcos que viviam na "Cidade do Lixo" serviam tanto como depósitos orgânicos de lixo quanto fontes alimentares para os Zabaleen, famílias de cristãos coptas marginalizados que ganham a vida coletando o lixo, revendendo o lixo inorgânico e alimentando os porcos com lixo orgânico. O sistema funcionou bem enquanto havia porcos, mas sem os porcos as ruas do Cairo estão cheias de valas gigantes de lixo podre.

Pode parecer chocante para a maioria das pessoas perceber que o sistema de coleta de lixo da maior cidade do mundo árabe, a capital do que se passa pela civilização árabe-muçulmana, dependia de uma classe de coletores de lixo "intocáveis" com idade até de oito anos e seus porcos para impedir a cidade de se afogar em seu próprio lixo.

Um sistema que não é simplesmente medieval, mas pré-medieval, que parece definitivamente da Idade do Bronze. Mas isto é só porque as nações árabes-muçulmanas não são de fato civilizações no sentido moderno, mas amontoados tribais pós-colonizados que nunca funcionaram lá muito bem.

E sob eles há algo muito mais sombrio e mais primitivo, uma existência levantina cruel e miseravelmente brutal, definida, não por leis morais, mas tribais. E embaixo deles todos estão os porcos. Mate os porcos e o sistema desaba.

E não são só as pilhas de lixo fedorento nas ruas do Cairo. O mundo árabe-muçulmano exporta formas muito mais perigosas de lixo, na forma de emigração e radicalismo islâmico, e nós somos seus Zebaleen, cristãos e judeus dos quais se espera que os limpe.

Praticamente todos os governantes árabes equilibram a tensão entre o compromisso com a nação e a lei islâmica exportando o terrorismo, seja quando os governos árabes financiam ataques terroristas em Israel, mesquitas raivosas em Oslo e Manchester ou aviões sequestrados pela Al Qaida rumando para Manhattan -- as terras do Islam têm despejado, de modo calculado, o lixo que não querem, em praias estrangeiras.

"Não lute uma guerra civil, lute uma guerra global" é o hino das famílias dirigentes da Arábia Saudita, dos EAU e de várias outras ditaduras árabes-muçulmanas, que estendem uma mão desonesta ao Ocidente e outra aos terroristas islâmicos, despejando seu lixo explosivo em colos estrangeiros.
Quanto mais jovens raivosos com temíveis barbas compridas forem para o exterior, com esperança de darem tiros em um soldado americano, em uma família israelense ou em um professor budista na Tailândia, mais a Casa de Saud pode respirar tranquilamente, contar os rendimentos de seu petróleo e comprar mais uma parte de Manhattan ou Londres.

O que eles desenvolveram é um sistema cíclico, muito parecido com o consumo de lixo por porcos no Cairo, com a diferença de que este exporta terroristas para o estrangeiro, onde eles representam uma ameaça menor à coleção infinita de príncipes atulhando o sem-fim de palácios dos estados ricos em petróleo no Golfo Pérsico.
Enquanto isto, os próprios governantes podem posar de moderados, oferecendo seus serviços para ajudar a moderar as tensões, em troca dos incentivos adequados, claro. Os benefícios do sistema lhes permitem viver à larga às custas de seus mal-auferidos ganhos com o petróleo, enquanto tratam o lixo tóxico do Islam como um produto de exportação com o qual podem lucrar.

E também há a emigração. O Ocidente sofre de baixas taxas de natalidade. Por outro lado, a Ummah sofre de uma taxa de natalidade incontrolavelmente alta. Os medicamentos ocidentais jorraram em quantidade suficiente nos países muçulmanos, para ajudar a melhorar suas taxas de sobrevivência e de mortalidade infantil... Mas os próprios países muçulmanos não conseguem nem começar a lidar com sua população extra. Com grande parte de seus sistemas econômico e social ainda estratificados e baseados em laços familiares e tribais, economias baseadas em subornos e desencorajando a inovação e o investimento estrangeiro, e longas listas de "Não Farás Isto e Aquilo", os países muçulmanos não conseguem acomodar suas crescentes populações. E assim, eles, ao invés disto, as exportam para o Ocidente.

E quem é que vai para o Ocidente? As massas vergadas, ansiando por respirarem livres? Não exatamente. Vergadas, talvez. Ansiando por respirarem livres, nem tanto. A emigração para o Ocidente permite ao mundo muçulmano exportar os que têm poucas oportunidades nos degraus mais baixos da sociedade, e os filhos daqueles, na classe média ou no topo, e que não conseguem se ajustar. Muitas vezes, este é exatamente o tipo de gente ávida por escutar audiocassetes com pregações de Jihad e buscar as mesquitas mais furiosas. O tipo de gente de que o Egito, o Paquistão ou os sauditas querem se ver livres. É só mais lixo sendo despejado nas praias ocidentais.

É um sistema ruim, mas em uma civilização cuja maior cidade pode ser soterrada por lixo, porque todos os porcos morreram, é o que de mais eficaz se pôde conseguir. Os governantes muçulmanos exportam seu lixo, que o Ocidente parece querer, e ao fazê-lo, conseguem para si alguma medida de imunidade contra o terrorismo islâmico, ao mesmo tempo em que investem na possibilide de um futuro Califado. Chega-se, assim, ao andar térreo da Morte do Ocidente, por assim dizer. É uma situação na qual ou eles vencem ou eles vencem, até os porcos morrerem, é claro.

A partir da perspectiva dos "muçulmanos moderados" sobre os quais tanto ouvimos falar, Bin Laden forçou os limites, girando o ciclo e levando a guerra ao próprio quintal deles. O resultado pôs de cabeça para baixo o sistema e quebrou o ciclo. Calma aí, foi a ordem de cautela por lá. Os "muçulmanos moderados" não tinham objeções a milhares de americanos e outros estrangeiros mortos. Aquilo contra o qual eles objetavam era exceder a tolerância que os americanos e outros estrangeiros concediam ao terrorismo.

Sua politica tem sido a de construir um Califado feito de lixo, transformar a Europa, os Estados Unidos, o Canadá e a Austrália em depósitos descomunais de lixo, constituídos de radicais islâmicos e emigrantes muçulmanos. Lixo o bastante para transformar em minaretes, moldar e esculpir na forma das leis da Xaria e pôr um fim ao Ocidente. E quando isto tiver acontecido, os regimes muçulmanos moderados de todos os Terroristões e Islamabads fantasiam que poderão ser os únicos que sobraram de pé para assumirem mais uma vez o fardo do Homem Maometano.

O 11 de setembro pôs em risco suas entregas de lixo e despertou alguns no Ocidente para o que estava sendo despejado no gramado de suas casas. O 7 de julho fez soar ainda mais alarmes. As conversões islâmicas aumentaram, mas também aumentou o status de pessoas que há muito falavam dos perigos da emigração e do radicalismo islâmico. Empurra. Empurra de volta. E com isto vem o medo crescente de um fim à emigração. E se o mundo muçulmano não puder exportar seus excedentes populacionais e islamistas para o Ocidente, para onde eles irão?

Os países asiáticos podem mandar para fora seus excedentes populacionais como força de trabalho, mas nem mesmo cidades muçulmanas como Dubai estão ansiosas por importar irmãos árabes para trabalharem, principalmente porque sabem muito bem que esta é a fórmula para se garantir que nenhum trabalho será feito. E todos aqueles rapazes furiosos zanzando pelo Cairo e por Riad, lendo tratados sobre voltar às autênticas verdades corânicas e examinando instruções para a fabricação de bombas são um outro tipo de fórmula, uma fórmula para a mudança islâmica de regime no plano doméstico. E é aí que entra a Primavera Árabe.

No Cairo, as pilhas de lixo fediam. Vermes, ratazanas e coisas ainda piores faziam dali o seu lar. O ciclo se quebrou e não há como consertar o sistema. Civilizações de verdade são usuárias de ferramentas. Os muçulmanos são gente que toma emprestadas as ferramentas alheias e enchem telefones celulares de mensagens de textos defendendo instituições que fariam a Idade das Trevas parecer definitivamente esclarecida.
Não há nenhum jeito de um tal sistema conseguir acomodar uma mudança real ou fornecer oportunidades para populações crescentes. Não há nenhum jeito de ele conseguir fazer algo além de despejar o lixo na rua dos outros e depois sair correndo.

Falar de um Choque de Civilizações é, sob certos aspectos, uma futilidade, porque não há civilizações islâmicas, apenas ex-colônias e cacos de ex-colônias, administradas por quem quer que tenha sido deixado no controle, depois que os britânicos e os franceses se foram, ou por quem quer que tenha conseguido se aferrar ao poder desde então. E por seus parentes e amigos próximos, por seus genros, primos segundos e bons amigos.

Eles chamam a si mesmos de presidentes, ministros e coronéis. Eles têm imensas contas bancárias e investimentos em larga escala no exterior. Eles têm um verniz de tecnologia e de maneiras cultivadas. Mas as fotografias aéreas de arranha-céus e paisagens urbanas, fachadas de lojas e mapas são uma fachada de civilização, como um set cinematográfico bem iluminado. Por baixo disto tudo, ainda há porcos comendo o lixo.

As forças de Saddam demonstraram a mesma incapacidade de usarem sua caixa gigante de brinquedos com armas e tanques soviéticos em duas guerras contra os Estados Unidos e seus aliados. E tampouco algum de seus vizinhos conseguiu se sair muito melhor. Até o próprio Saddam entendeu isto, e na segunda guerra recorreu à tática automática que o mundo árabe vem usando contra Israel nos últimos 35 anos, de ir a campo e se concentrar em ataques seguidos de fugas, em terrorismo e guerra de guerrilhas; de reverter à estratégia do bandoleiro e do nômade, de se despir de qualquer pretensão de civilização e se concentrar no assassinato e terrorismo puros.

A ascenção do Islam é a manifestação de mais do que apenas frustração com a civilização Ocidental ou o globalismo; mas uma frustração deles com sua própria incompetência em compreender e implementar as estruturas e realizações daquelas civilizações em suas próprias nações. Ansiar pela glória de um Califado mundial e pela perfeição imaginária da lei islâmica é o modo como os que fracassaram em macaquear a civilização ocidental conseguem afogar seus complexos de inferioridade em rituais de sangue e morte.

Internamente, eles sabem que não há uma coleção dourada de minaretes governados por um sábio califa esperando por eles no fim da estrada. As virgens com suas uvas-passas são uma aposta melhor, porque são um resultado mais plausível do que a idéia de que mesmo alguns poucos milhões de muçulmanos possam se dar bem uns com os outros, quanto mais um bilhão inteiro.

O sonho de um Califado não se partiu nos portões de Viena nem com a queda do Império Otomano. Ele nunca foi e nunca poderia ser real, porque a civilização árabe-islâmica nunca atingiu o ponto onde pudesse administrar qualquer coisa deste tamanho sem muita ajuda externa, e nunca poderia mantê-lo unido sem se despedaçar em lutas internas, porque ela carecia de qualquer estrutura política além do nepotismo e subornos.

O Islam se tornou a ficha mágica, a idéia total de alguma elevada sabedoria que consertará todos os defeitos do mundo muçulmano sem que seus seguidores tenham que enfrentar de fato os problemas sociais e iniciar reformas reais -- e sobretudo sair de sua trilha e subir de fato alguns degraus na escada da civilização. Ao invés disto, o Islam quer que eles afundem ainda mais, joguem de lado a civilização ocidental, enquanto agarram qualquer coisinha que seja útil para a Jihad, e respondam a todas as perguntas difíceis com a lâmina de uma espada afiada.

Não surpreende que esta forma de pensamento mágico e sangrento seja mais popular na sombra do próprio Ocidente, nos subúrbios e guetos que se escondem da luz, cujos habitantes precisam escolher entre tentar ser algo que não são ou tentar impor seu domínio a uma civilização que à luz da fé repentinamente parece degenerada e inferior.

Os russos fizeram a mesma escolha com o Comunismo, emergindo como uma horda para pilharem as nações mais ricas e bem-sucedidas da Europa Oriental. Os alemães fizeram esta escolha com o Nazismo, para demonstrarem sua superioridade, subjugando todos os seus antigos inimigos e vizinhos. O mundo muçulmano está fazendo esta escolha novamente com o Islamismo. E ao tratar seu lixo como se fosse o mais fino ouro, estamos ajudando-os a conseguirem o que querem. E cobrindo nossas ruas com o lixo do Islam.

Daniel Greenfield
Posted by veradextra

MINISTRO DA TAPIOCA E DA MERENDA TAMBÉM RECEBIA DINHEIRO EM CAIXA DE SAPATO

Aqui, o texto de Veja. Abaixo, o texto do Blog do Juca Kfouri:

Já faz muito tempo que o ministro do Esporte, Orlando Silva Jr. protagonizou uma cena humilhante ao se encontrar com o jornalista Roberto Salim, da ESPN-Brasil e ouvir dele, com todas as letras:

“O senhor desonra sua raça, a história do seu partido, o esporte brasileiro e o Brasil”.

O jornalista, um cidadão pacato, não conseguiu conter sua indignação diante de tudo que já sabiamos ser prática do ministro do PCdoB, que volta à cena, agora na capa da revista “Veja”, que deu a seguinte chamada em sua edição desta semana: “O ministro recebia o dinheiro na garagem”

Uma reportagem de seis páginas, assinada por Rodrigo Rangel, traz depoimentos, com nome e sobrenome de ex-integrante do PCdoB pego em falcatruas com o dinheiro do programa Segundo Tempo — que também manchou definitivamente o nome do ex-ministro do Esporte e atual governador de Brasília, Agnelo Queirósque revelam as aventuras de Orlando Silva Jr. com dinheiro público, muito dinheiro, 40 milhões de reais nos últimos oito anos, num esquema que exigia 20% dos repasses do ministério às ONGs parceiras do programa.

“Eu recolhi o dinheiro com representantes de quatro entidades aqui do Distrito Federal que recebia verbas do Segundo Tempo e entreguei ao ministro, dentro da garagem, numa caixa de papelão. Eram maços de notas de 50 e 100 reais”, diz uma das testemunhas. Que, como as demais, estão identificadas, prontas para serem ouvidas pela polícia, pelo Ministério Público, enfim, pela Justiça brasileira. Oportunidade de ouro, também, para a presidenta Dilma Rousseff se livrar de Silva, como gostaria desde que foi eleita.

coroneleaks

VOCÊ É UMA VÍTIMA DA CORRUPÇÃO

ASSEMBLÉIA DA SOCIEDADE INTERAMERICANA DE IMPRENSA DISCUTE AMEAÇA À LIBERDADE

Começa nesta sexta-feira dia 14 de outubro, em Lima, capital do Peru, a 67ª Assembleia-Geral da Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP), que reúne 1.300 jornais. Nos últimos seis meses, 21 jornalistas foram assassinados no exercício da profissão desde o encontro anterior em San Diego, nos EUA.

Segundo “O Estado de S. Paulo”, os cerca de 30 relatórios nacionais discutidos a partir de domingo, farão parte do momento mais importante do encontro, ao qual devem comparecer cerca de 500 jornalistas de 30 países.

O vice-presidente da Comissão da Liberdade de Imprensa da SIP, Paulo Tarso de Nogueira, vai apresentar o documento sobre o Brasil. Nele constam 23 crimes e violações contra a liberdade de imprensa. São quatro assassinatos, duas prisões, oito agressões e seis casos de censura determinada por juízes brasileiros, como é o caso do jornal “O Estado de S. Paulo”, há mais de dois anos sob censura.

O presidente do Peru, Ollanta Humala, fará a abertura formal da assembléia na segunda-feira, dia que conta com uma teleconferência do criador do WikiLeaks, Julian Assange. A discussão será sobre a atuação de Assange na divulgação de dados sigilosos de governo.

O Estado de S. Paulo

MAIS FRAUDES NO MINISTÉRIO DO TURISMO

Cada vez aparecem mais fraudes no Ministério do Turismo. E o que vai acontecer? Nada.

Denúncia do site Congresso em Foco, um dos melhores da internet brasileira, mostra novas irregularidades no governo. Dos 500 convênios irregulares firmados com o Ministério do Turismo entre 2003 e 2009, 82 foram destinados a festas juninas. E do total de R$ 80 milhões em repasses aos conveniados para os festejos, R$ 13 milhões foram gastos sem a devida comprovação.

Diz site que agora o ministério estaria pretendendo receber de volta o dinheiro aplicado irregularmente. Vamos esperar sentados.

A prefeitura de São João da Barra, no Rio de Janeiro, foi a que mais recebeu dinheiro do governo federal para realização de festas juninas. O convênio, firmado em junho de 2008, rendeu à 6ª edição da festa do Circuito Junino – São João e São Pedro um total de R$ 513 mil em recursos da União.

O problema é que não foram apresentados documentos que comprovem que os gastos foram feitos corretamente, informa o Congresso em Foco. Juntos, 60 municípios receberam 61,5% dos R$ 20 milhões que o Ministério pretende reaver dos 500 convênios irregulares com 145 prefeituras.

O levantamento feito pelo site mostra que empresas públicas também gastaram a verba do ministério irregularmente. Só a Empresa de Turismo de Pernambuco recebeu R$ 2,1 milhões por meio de dois convênios para apoiar os eventos do São João Metropolitano em 2008. A empresa não especificou como o dinheiro da União foi aplicado.

Mesmo depois de contatada a irregularidade, a instituição continuou firmando convênios com o ministério e assinou mais 19 contratos. Fica assim demonstrado que a comprovação das despesas não tem a menor importância para os burocratas.

Carlos Newton

EFEITOS DA CORRUPÇÃO


Estamos acompanhando renovados protestos contra a corrupção, desta vez alcançando 26 cidades brasileiras e 17 estados. Não importa se em algumas delas a presença tenha sido pequena, no total foram 30 mil cidadãos que saíram nas ruas de suas cidades para protestar, sendo que a grande maioria, não por acaso, foi registrada em Brasília, sede do governo federal e do Congresso, onde cerca de 20 mil pessoas saíram às ruas e se concentraram na Esplanada dos Ministérios.

Os símbolos foram padronizados, o que já indica um avanço na organização: fantasias de palhaços, vassouras e grandes pizzas.

As marchas podem servir de instrumento de pressão nos parlamentares, mas também estarão demonstrando à presidente Dilma Rousseff que ela teria apoio popular caso decidisse reassumir o que parecia ser uma prioridade de seu governo, a chamada "limpeza ética", relegada a plano secundário devido às pressões da base aliada, e, sobretudo do PMDB, PT e do ex-presidente Lula, que se sentiram atingidos pela reforma ministerial que vinha se processando em consequência das demissões pelas denúncias de corrupção.

Na verdade, o que esteve em jogo durante os primeiros meses do governo Dilma foi o desarranjo da base parlamentar que apoia o governo desde os tempos de Lula, mas que atuava em outras condições políticas.

A rigidez da presidente Dilma com os acusados pela mídia de corrupção, nos primeiros momentos de seu governo, estava a um só tempo ressaltando que o ex-presidente Lula era mais condescendente com os políticos corruptos desde que o apoiassem politicamente, como também que as regras que comandam as relações políticas no Congresso são ditadas pela conveniência, e não pelos projetos e programas partidários.

O fracasso das manifestações apontado pelos governistas é, ao contrário, o sintoma de seu sucesso. Primeiro por que ninguém se preocupa em desqualificar manifestações que são por si só desqualificadas.

Depois, o que faz com que as manifestações sejam pequenas numericamente é o fato de que elas nascem espontâneas pelas redes sociais, sem que haja instituições por trás delas que possam dar suporte logístico ou apoio oficial.

No entanto, há sinais de que muitas dessas organizações de cidadãos já estão montando estruturas que proporcionarão atos mais organizados daqui em diante. No Rio de Janeiro, por exemplo, já estão pensando em alugar um carro de som permanentemente.

A evolução das manifestações já parece evidente, se não no número de pessoas, na padronização do discurso e na escolha de temas.

O apoio à Lei da Ficha Limpa, ao poder de atuação e punição do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e ao fim do voto secreto no Congresso mostra que os objetivos da "rua brasileira" estão bastante focados, identificando esses três temas com o tema central do combate à corrupção.

A pauta é relevante, e os dois primeiros assuntos serão decididos pelo Supremo Tribunal Federal (STF) nos próximos meses, o que dá um tempero político às decisões.

É previsível que o julgamento do mensalão, no primeiro semestre do ano que vem, um ano eleitoral, será um ingrediente a mais nessas mobilizações, se elas tiverem fôlego até lá, como tudo indica.

A Lei da Ficha Limpa, que chegou ao Congresso através de uma iniciativa popular e por isso foi aprovada, apesar da reação negativa inicial dos parlamentares, agora recebe o apoio renovado das ruas, o que deverá ser levado em conta pelos juízes do STF.

O Supremo, aliás, quando do primeiro julgamento da lei, decidiu que ela só valeria a partir da próxima eleição, e não na do ano passado, mas a maioria dos juízes já deixou antever em seus votos que a consideravam constitucional.

Agora, com novas pressões para considerar a lei inconstitucional, os juízes do Supremo terão a oportunidade de reafirmar seu entendimento ou alterá-lo, de acordo com novas interpretações, mas também à luz dos anseios da sociedade.

Já com relação ao Conselho Nacional de Justiça, é sintomático que parcela importante da sociedade associe a manutenção de seu poder de punição ao combate à corrupção.

É um sinal de que sua atuação tem sido percebida como eficaz no controle do corporativismo e da corrupção de maneira geral.

É evidente que quando se diz que nossa "Primavera" já aconteceu, com os comícios pelas Diretas já ou as passeatas que ajudaram a derrubar o então presidente Collor, está se falando de reivindicações que tinham um objetivo definido e, por trás, estruturas partidárias e sindicais capazes de mobilizar ativistas pelo país inteiro.

Dessa vez estamos falando de temas difusos, valores intangíveis, que mobilizam muito mais a classe média do que a população como um todo.

Enquanto que naqueles episódios tidos como exemplos de mobilização de massas por temas políticos, havia uma situação política e econômica instável que causava insegurança no cidadão, hoje a luta contra a corrupção se dá num ambiente diferente, com a economia estabilizada e o ambiente político democrático, apesar de degradado.

Embora a economia esteja com viés de baixa, enquanto a inflação se mostra em alta consistente, não existe ainda um clima de desassossego mobilizador, mesmo que as greves salariais estejam acontecendo com mais frequência.

Essas reivindicações salariais já são sintomas de um desconforto futuro provocado pela inflação em alta, e a situação tende a piorar ano que vem devido ao aumento já acertado do salário mínimo de cerca de 14%.

Além de realimentar a inflação com o aumento do poder de compra de parcela ponderável da população, esse aumento real de 7% chamará a atenção dos vários sindicatos, que quererão também o mesmo tratamento.

Há informações de que os organizadores das marchas contra a corrupção estão pensando em montar uma Organização Não Governamental (ONG) para transformar todas essas bandeiras que estão sendo levadas pelas ruas das cidades brasileiras em uma discussão permanente.

É uma boa iniciativa, principalmente se desse fórum de discussão surgirem novos projetos de lei de iniciativa popular.

Por Merval Pereira, O Globo

COMUNISTA DE MEIA TIJELA É ACUSADO DE LIDERAR FRAUDE NO ESPORTE


O ministro do Esporte, Orlando Silva, é apontado como principal beneficiário de um suposto esquema de desvio de dinheiro público por meio de convênios de sua pasta com Organizações Não Governamentais (ONGs) pelo policial militar João Dias Ferreira, investigado como um dos integrantes do grupo.

O ‘Estado’ revelou, em uma série de reportagens publicadas em fevereiro deste ano, que o principal programa do ministério, o Segundo Tempo, se transformou em um instrumento financeiro do PCdoB, partido de Orlando Silva. Sem licitação, o ministro entregou o programa a entidades ligadas ao partido, cujos contratos com essas ONGs somaram R$ 30 milhões só em 2010.

Em entrevista à revista Veja, o policial militar e ex-militante do PCdoB confirma o favorecimento do partido nos contratos e afirma que o ministro recebeu pessoalmente remessas de dinheiro do esquema. A entrega, segundo a reportagem, foi feita dentro da garagem do Ministério do Esporte por Célio Soares Pereira, que servia de motorista e mensageiro do grupo. À revista, Pereira afirmou que esteve pelo menos quatro vezes entregando dinheiro na garagem do ministério, além da ocasião em que repassou diretamente ao ministro "maços de notas de R$ 50 e R$ 100" em uma caixa de papelão.

Pereira afirma que recolheu o dinheiro com representantes de entidades no Distrito Federal que recebiam verba do programa Segundo Tempo. Ele disse ainda que fazia as cobranças nas ONGs quase todo mês. Dentro do esquema, segundo revelou o policial João Dias Ferreira na entrevista, cabia ao PCdoB indicar os fornecedores e as pessoas encarregadas de arrumar notas fiscais frias para justificar as despesas fictícias. As ONGs tinham de dar até 20% no ato de cada liberação dos recursos.

O esquema, segundo a reportagem, funciona desde a gestão de Agnelo Queiroz, ministro do Esporte (de janeiro de 2003 a março de 2006) e atual governador do Distrito Federal. O ex-militante comunista afirma que o ministro chegou a usar parte do dinheiro desviado do ministério para pagar uma gráfica que fez adesivos para a companha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2006.

O ministro deve ir à Câmara dos Deputados esta semana para prestar esclarecimentos sobre as denúncias nas comissões de Fiscalização e Controle e de Desportos e Turismo. "Pessoas inidôneas não possuem condições morais para fazer acusações levianas e indignas. A resposta será a transparência e a vinda a público para oferecer a verdade à opinião publica", afirmou o líder do PC do B, deputado Osmar Júnior (PI).

Estadão Online

UMA INVESTIGAÇÃO CONTRA O MINISTRO DO ESPORTE

PSDB e PPS recorrerão à Procuradoria contra Orlando Silva; só demissão não basta, diz líder do DEM

Na VEJA Online:

A oposição irá solicitar uma investigação contra o ministro do Esporte, Orlando Silva (PC do B), acusado de ser o mentor e beneficiário de um esquema de desvio de dinheiro do programa Segundo Tempo, de acordo com reportagem publicada na edição da revista VEJA que chegou neste sábado às bancas.

Repetindo a estratégia usada contra os outros ministros envolvidos em escândalos no governo Dilma Rousseff, os líderes do PSDB e do PPS na Câmara, os deputados Duarte Nogueira (PSDB), e Rubens Bueno (PPS), afirmaram que vão entrar com uma representação na Procuradoria-Geral da República para apurar a participação do titular da pasta.

“Tomamos a dianteira tão logo soubemos das denúncias”, disse Duarte Nogueira. De acordo com o tucano, as suspeitas de irregularidades são “recorrentes” no Ministério do Esporte, mas o novo episódio tem mais um elemento para motivar uma investigação.

“Uma pessoa que foi ligada ao PC do B fazendo denúncias graves é algo que chama ainda mais a nossa atenção.” O líder do DEM na Câmara, ACM Neto, pediu a demissão do ministro.

Em nota intitulada “Orlando Silva não tem condições de continuar”, o partido diz que o PC do B transformou a pasta “em um espaço para arrecadar e fazer caixa dois”.

“A demissão não é o bastante. Polícia Federal, PGR e TCU precisam investigar a fundo esse esquema”, diz a nota.

Por Reinaldo Azevedo

ESQUERDA x DIREITA (PARTE 10)

A Globalização

Conceitualmente, a Globalização é um processo de integração econômica, cultural e política impulsionado pela necessidade de expansão dos mercados consumidores. Ou seja, embora o termo “globalização” tenha se popularizado a partir dos anos 90, tal fenômeno acompanha a evolução da humanidade, sendo intensificado em momentos importantes da história como na época das grandes navegações, no pós-guerra e no pós-comunismo.

Apesar das “teorias conspiratórias”, trata-se de um fenômeno espontâneo, decorrente da evolução da economia global. Não tem nenhum mentor. É o resultado da ação de vários agentes econômicos e políticos, que se interligam cada vez mais rapidamente com a redução das distâncias proporcionada com a evolução dos meios de transporte e de comunicação.

Com o surgimento do capitalismo, o processo de globalização teve um forte impulso. Em sua primeira fase, no Capitalismo Comercial, a globalização foi caracterizada pelo colonialismo e pelo mercantilismo, que explorou principalmente o comércio com a Índia (no início), mas predominou com a colonização das Américas.

No Capitalismo Industrial, que vigorou até o final da primeira guerra mundial, o processo de globalização se caracterizou pelo neocolonialismo da África e da Ásia, não apenas pelas nações que iniciaram o processo de colonização (Portugal, Espanha, Inglaterra, França e Holanda), mas também pelas demais nações européias (Bélgica, Alemanha, Itália e Dinamarca) que se lançaram mais tardiamente na conquista de novos mercados ao redor do mundo.

Na terceira fase do capitalismo, o Capitalismo Financeiro, a globalização perde o seu braço colonizador e passa por uma gradativa transição, caracterizada pela diminuição do peso do setor secundário (industrial) nas economias e pelo crescimento do setor terciário (serviços), especialmente o mercado financeiro, setor este que viria a provocar a segunda pior crise da história do capitalismo recente. Sobre este assunto vamos falar em um post específico.

A revolução globalista asiática

Ao contrário do que muita gente pensa, o processo de globalização, tal como conhecemos hoje, não começou nos EUA, e sim na Ásia, mais precisamente em uma fábrica japonesa: a Toyota. O Toyotismo, como ficou conhecido o novo modelo de produção industrial japonês, foi criado para substituir o decadente fordismo norte-americano.

Diferente do fordismo, que apostava na mecanização extrema dos meios de produção, com o objetivo de reduzir ao máximo o tempo de produção (mesmo que para isto fosse necessário comprometer um pouco a qualidade e a variedade dos produtos), o toyotismo apostava em uma mecanização mais flexível, que valorizava a constante qualificação dos funcionários como meio de conseguir uma melhor qualidade dos produtos, o mínimo de falhas possível e uma maior variedade de modelos. Surgia o padrão japonês de qualidade.

Embora o toyotismo tenha sido pensado para produzir para a exportação, o pequeno mercado consumidor japonês foi o fator que motivou a Toyota a diversificar ao máximo seus modelos (ajustados aos gostos dos clientes) e a produzir apenas o necessário, na quantidade necessária e no momento necessário, evitando ao máximo o encalhe de mercadoria. Tal modelo foi uma das razões para o fantástico crescimento do Japão na era de ouro do capitalismo, superando inclusive a também fantástica recuperação européia entre os anos 50 e 60. O Japão se tornava o novo motor da globalização mundial e o precursor do modelo capitalista asiático, fortemente voltado às exportações, com uma forte vocação para poupança.

À medida que a economia japonesa crescia e a mão-de-obra ficava cara, o toyotismo entra numa segunda fase, caracterizada pela descentralização da produção, possibilitando que algumas partes dos seus produtos fossem fabricadas em outros países asiáticos, com mão-de-obra mais barata, porém não menos qualificada.

A Coréia do Sul, que já tinha sido uma grande compradora de veículos japoneses na guerra com a Coréia comunista, foi um dos primeiros países a receber investimentos japoneses na busca de maiores vantagens competitivas. E, apesar de remeter lucros às matrizes japonesas, os coreanos foram beneficiados com a transferência de tecnologia proporcionada pela descentralização da produção. A Coréia do Sul se tornava um dos primeiros emergentes do mundo globalizado.

Convencidos da importância da educação no novo mundo que se desenhava, os coreanos investiram pesado em educação. E assim foi sendo criado um círculo virtuoso do desenvolvimento, pois a mão-de-obra especializada dos asiáticos agora acelerava a evolução da informática e esta, por sua vez, acelerava o processo de inovação e automatização da indústria. E assim como o Japão, a Coréia iniciava uma fantástica trajetória de crescimento rápido que a levaria do terceiro ao primeiro mundo em pouco mais de 30 anos, tornando-a uma referência da produção de automóveis e eletro-eletrônicos.

Mas a Coréia não estava só nesta jornada. Paralelamente, Cingapura, Taiwan e Hong Kong tiveram trajetórias semelhantes, os quais formaram o primeiro grupo de emergentes do mundo globalizado, os chamados “tigres asiáticos”, os quais serviriam de inspiração décadas mais tarde a um novo grupo de emergentes, os BRICS.

A decadência ocidental

E como vimos nos posts 5 e 6 desta série, tanto a Europa quanto os EUA começaram a sentir os efeitos da competitividade asiática já nos anos 70. Aos poucos, a indústria européia e norte-americana foi perdendo importância, ao passo que o setor financeiro foi crescendo. Os bancos europeus tornaram-se os paraísos dos petrodólares dos anos 70, turbinados com o aumento de mais de 1000% do preço do petróleo em menos de uma década.

Nos EUA, o fim do padrão ouro-dólar, em 1973, decretou também o fim da regulamentação do setor financeiro. A bagunça estava criada: os EUA fabricando moeda sem lastro para compensar seus déficits comerciais crescentes, o mercado financeiro livre para especular e os petrodólares sendo emprestados pelos bancos europeus e norte-americanos para financiar a farra keyenesiana dos ditadores latino-americanos.

O diagnóstico da decadência européia levou tais governos a reformarem suas economias, com o objetivo de torná-las mais competitivas. Surgia o irmão mais novo da globalização, o “neoliberalismo” e com ele, um freio no gastos crescentes do estado de bem estar social europeu, que tornava-se um peso cada ano maior com a inversão da pirâmide social e a nova realidade imposta pela crescente globalização e com a crise mundial do petróleo, a partir de 1973.

Embora os asiáticos tenham sido os maiores beneficiados do processo da globalização, aos poucos, as mais competitivas empresas norte-americanas e européias foram também absorvendo os conceitos do toyotismo. E foi na Europa que surgiu também o volvismo, um aprofundamento das inovações introduzidas pelos japoneses na fábrica da sueca Volvo, onde os funcionários adquirem uma importância ainda maior que no toyotismo, tornando-se quase co-empreendedores. Aliás, este é o conceito que se tornou mais comum nas gigantes da Internet de hoje, como Google e Facebook, por exemplo.

Voltando aos anos 70, as empresas européias e norte-americanas que conseguiram se adaptar a este novo mundo se agigantaram e cruzaram também as fronteiras do mundo desenvolvido em busca de novos mercados emergentes. Apesar da reação, os países ocidentais têm perdido cada ano mais espaço na economia global. Além dos novos emergentes asiáticos, a partir da década de 2000, a América Latina finalmente voltou a crescer de uma forma mais consistente, assim como alguns países africanos, a última fronteira do subdesenvolvimento.

Como reflexo deste novo mundo, o antigo G7 (grupo dos sete países mais ricos) vem perdendo importância a cada ano, ao passo que o G20 (G7 mais emergentes) vem tomando para si os rumos da nova economia global.

A “era da informação”

Além da dimensão econômica da globalização, um dos traços mais característicos das duas últimas décadas é o crescimento da indústria da informação. A globalização cultural, intensificada no pós-guerra com a divulgação do “way of life” norte-americano, principalmente através do cinema, tinha apenas uma via de transmissão da informação: de cima para baixo.

Com a popularização dos PCs e da Internet, principalmente a partir da década de 2000, a informação ganhou também a possibilidade de interação. Não só os meios tradicionais de comunicação ganharam um mecanismo de feedback, como o público também adquiriu a possibilidade de se tornar também emissor de informações. É neste novo mundo globalizado que estamos aqui dando a nossa pequena contribuição.

Amilton Aquino

O LULISMO AMORDAÇOU O BRASIL

Artigos - Governo do PT

Na política, o realismo de Lula tornou-se cínico, desprovido de restrições de ordem moral. Abrigou à sombra do poder as piores figuras da política nacional. Não apenas as acolheu. Foi buscá-las para compor a base do governo.

É preciso reconhecer. A mitificação de Lula no nível que alcançou só poderia ocorrer mediante o invulgar conjunto de circunstâncias que alia características pessoais do líder; notáveis estratégias de poder e de comunicação social; circunstâncias internacionais favoráveis à economia brasileira; manutenção, durante boa parte de seu governo, das políticas de responsabilidade fiscal iniciadas com Itamar Franco; dotação de significativos recursos para o programa Bolsa Família; simpatia internacional ao perfil do "operário no poder cuidando dos pobres". E por aí vai.


Oitenta e tantos por cento de aprovação no mercado interno, a condição de celebridade internacional e a louvação da mídia mundial compõem um irresistível quadro de mitificação que colocam Lula num altar onde só se pode depositar flores. Critique quem quiser no país, mas não faça isso com Lula. Pega muito mal e retira de você credibilidade para qualquer outra coisa que pretenda dizer. É inútil mostrar que o governo petista se encaminha para fechar uma década com o país ostentando os piores indicadores, seja entre os membros do BRIC, seja entre nossos vizinhos da América Ibérica: a economia que menos cresce, a maior taxa de juros, a menor taxa de investimento, a maior inflação e a maior carga tributária. E as funções essenciais do governo (Educação, Saúde, Segurança e Infraestrutura) numa precariedade que ninguém, em sã consciência, deixará de reconhecer. São afirmações inúteis. Tudo se passa como se, depois de oito anos no poder, Lula nada tivesse a ver com isso. A ele, apenas créditos.

No entanto, há débitos pesados na conta do lulismo instilado ao país. Em artigos anteriores, tenho afirmado que a política exige senso de realidade, que os bons estadistas são pessoas realistas, são pessoas afastadas de utopias e devaneios e interessadas em respostas corretas para duas interrogações essenciais: qual é o problema? qual é a solução? Nesse sentido, reconheça-se, ao romper com os delírios esquerdistas do PT, Lula conseguiu acertos e afastou-se de muitos erros. Mas na política, o realismo de Lula tornou-se cínico, desprovido de restrições de ordem moral. Abrigou à sombra do poder as piores figuras da política nacional. Não apenas as acolheu. Foi buscá-las para compor a base do governo. Entregou-lhes poder, cargos, fatias do orçamento e poderosas empresas estatais. Teve olhos cegos e ouvidos moucos para as patifarias que proliferaram do topo à base da pirâmide do governo. Seu partido, quando na oposição, brandia indignações morais, pedia CPI para carrocinha de cachorro quente e levantava suspeições sobre a honra de quem se interpusesse no seu caminho. No poder, foi o que se viu, o que ainda hoje se vê, e o quanto já veio à superfície nos primeiros meses da presidente Dilma, sob silêncio conivente das instrumentalizadas organizações sociais cuja boca foi emudecida por cargos e recursos públicos.

A corrupção, casada em união estável e comunhão de bens com a impunidade, alcançou níveis sem precedentes. Estudo da Fiesp adverte para o fato de que ela consome algo entre 1,4% a 2,3% do PIB e custa cerca de R$ 69 bilhões nas contas da gatunagem fechadas a cada réveillon. A nação chegou ao fastio e à náusea dos escândalos de cada dia. Há uma indignação silenciosa. Ensaiam-se mobilizações de repulsa à corrupção. Mas elas são escassas, pequenas e de utilidade duvidosa. Por quê? Porque a corrupção pode ter filiais até na mais miserável prefeitura do país, mas a matriz está onde está a grana grossa, no poder central da República, para onde convergem todos os cargos, todas as canetas pesadas, todas as decisões financeiras, todos os contratos realmente significativos. E 23% do PIB nacional. O resto é resto.

Mas não há como apontar o dedo nessa direção sem atingir em cheio o peito de quem, durante oito anos, desempenhou a mesma função de seus antecessores. E a estes, Lula, seu partido e fieis seguidores, sistematicamente, responsabilizavam por toda desonestidade existente no país. Quem quer que sentasse para governar, logo vinha o "Fora Collor", o "Fora Sarney", o "Fora FHC". Alguém sabe me dizer por que, de repente, a corrupção não tem nome próprio nem governo definido? Eu sei. O lulismo amordaçou a moralidade nacional.

Percival Puggina, 14 Outubro 2011

UM MINUTO DE VERGONHA EM HOMENAGEM AO CORPORATIVISMO


Ontem, os deputados federais mostraram a cara e não votaram o projeto de lei FICHA LIMPA..

Para quem não sabe, ontem, foi rejeitada a votação, na Ordem do Dia da Câmara Federal, o Projeto de Lei FICHA LIMPA, que impede a candidatura a qualquer cargo eletivo, de pessoas condenadas em primeira ou única instância ou por meio de denúncia recebida em tribunal – no caso de políticos com foro privilegiado – em virtude de crimes graves, como: racismo, homicídio, estupro, homofobia, tráfico de drogas e desvio de verbas públicas..

A IMPRENSA FOI CENSURADA E ESTÁ IMPEDIDA DE DIVULGAR ! PORTANTO, VAMOS USAR A INTERNET,PARA DAR CONHECIMENTO AOS OUTROS 198.000.000 DE BRASILEIROS QUE OS DEPUTADOS FEDERAIS TRAÍRAM O POVO!

Espalhe esta notícia; segundo dados, uma mensagem da internet enviada a 12 pessoas, no fim do dia chega a 30.000 usuários. Vamos espalhar!

(RECEBIDA POR EMAIL)

NOTA AO PÉ DO TEXTO


Mais uma vez o Congresso vota em causa própria! Deixa de votar o Projeto de Lei da Ficha Limpa. Protela o projeto que pode significar uma faxina nas próximas eleições, ou na vindoura. Lutam os políticos por preservar os privilégios de seus pares: políticos desonestos, CORRUPTOS, assaltantes do erário público, criminosos. A omissão caracteriza o pacto em torno da bandalheira que tem assinalado as práticas políticas criminosas, "como nunca se viu nesse país", nessa história petista da vida pública brasileira.
Votam seus próprios aumentos, usufruem de mordomias jamais sonhadas por qualquer político em qualquer nação civilizada, pouco ou nada fazem pelo país, usando o mandato em causa própria para enriquecimento ilícito, improbidades de todo tipo e tamanho, e cospem na cara do povo brasileiro, debocham da nação, e continuam cinicamente a jogar esse país no descalabro de um desgoverno vergonhoso, que nos leva a todos de roldão para o abismo.

Prossigamos com as marchas pelo fim da corrupção! Votemos com consciência, negando a continuidade do mandato a caterva que hoje ocupa o Congresso, jogando-a no ostracismo, e prosseguindo a luta contra a impunidade!


TODOS NO DIA 15 DE NOVEMBRO!!! VASSOURAS NELES!
m.americo