06 de junho de 2013
Um painel político do momento histórico em que vivem o país e o mundo. Pretende ser um observatório dos principais acontecimentos que dominam o cenário político nacional e internacional, e um canal de denúncias da corrupção e da violência, que afrontam a cidadania. Este não é um blog partidário, visto que partidos não representam idéias, mas interesses de grupos, e servem apenas para encobrir o oportunismo político de bandidos. Não obstante, seguimos o caminho da direita. Semitam rectam.
"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)
"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)
quinta-feira, 6 de junho de 2013
A FERROVIA NORTE-SUL DO BRASIL MARAVILHA E A ESTRADA DE FERRO QUE SE ARRASTA NO PA[IS REAL
Monumento à gastança e à incompetência
“O setor ferroviário brasileiro está em boa fase”, garante a repórter da TV PAC, no vídeo publicado em abril de 2012. “Entre os projeto de expansão está a Ferrovia Norte-Sul, onde o PAC 2 financiou mais de 3 bilhões de reais no trecho entre Palmas e Anápolis. 98% das obras já estão concluídas”.
Depois de mostrar os avanços da obra ─ “Pensada pela primeira vez em 1927 como uma grande espinha dorsal cruzando o país de norte a sul”, festeja Josias Cavalcanti, diretor de planejamento da Valec, empresa ligada ao Ministério dos Transportes ─, a jornalista entrevista um dos beneficiados pelo projeto: “Quem já está se preparando para a chegada da ferrovia é esse pequeno produtor do estado do Tocantins”, diz a repórter ao apresentar o vaqueiro Ademir dos Santos.
Ademir embarca no otimismo com o olhar do sertanejo que, a cada eleição, acredita na promessa de que aquela será a última das tantas secas que o atormentaram. “É muito bom a chegada da ferrovia aqui na nossa região.
Vai valorizar muita coisa, vai ter muita economia”, sonha. “Muitas pessoas deixavam de plantar porque o frete hoje está muito alto. Aqui falta oportunidade de transporte e agora vai ter”.
Quem viu a fantasia da TV PAC deve ter acreditado que a obra estava a um passo da inauguração.
Um ano depois, a reportagem do Fantástico confirmou que o Brasil real continua muito longe do Brasil Maravilha. “Os 700 quilômetros entre Anápolis, em Goiás, e Palmas, no Tocantins, ainda não podem ser chamados de ferrovia”, constatou a jornalista Sônia Bridi (veja o vídeo abaixo). “O país gastou 5,1 bilhões de reais e, depois de duas décadas, continua esperando pelo trem. Ficaram tantos problemas acumulados que o Brasil ainda vai precisar gastar 400 milhões de reais”.
Os pareceres do Tribunal de Contas da União atestam que, além de superfaturada, o que o Lula do século passado chamava de Ferrovia do Sarney é um monumento à inépcia.
Entre os problemas listados figuram taludes que se desmancham, curvas fechadas demais (que obrigam o trem a reduzir a velocidade para não descarrilar), trilhos que não foram soldados e outras provas incontestáveis de incompetência.
A inexistência de pátios de manobra, por exemplo, impossibilita o carregamento ou o descarregamento e impede a passagem de outro trem em sentido contrário. Pior ainda: como o aço dos trilhos comprados na China não tem a dureza necessária, é preciso diminuir a carta transportada.
O ritmo exasperante das obras da Norte-Sul contrasta com a alta velocidade do enriquecimento de José Francisco das Neves, o Juquinha, presidente da Valec até ser preso em julho de 2012. Enquanto comandou a empresa, seu patrimônio saltou de R$ 500 mil para R$ 60 milhões.
A anulação das escutas telefônicas que mostram a procissão de ladroagens livrou Juquinha da cadeia. Enquanto o processo judicial se arrasta tão vagarosamente quanto a ferrovia, ele gasta em liberdade o que embolsou.
Na contramão do ex-presidente da Valec, comerciantes como Osmar Albertine, diretor de uma empresa de farelo de grãos nas proximidades da Norte-Sul, não param de desembolsar dinheiro. “Essa promessa era para 2008, mas continua só no leito, nem mesmo os trilhos estão aí”, conta Osmar. “Com a ferrovia, haveria a economia de 4 mil quilômetros de transporte marítimo para exportamos para a Europa. É o custo Brasil”.
O Ministério dos Transportes segue a partitura do coro dos contentes. “A reportagem não aborda os benefícios já gerados pelos trechos em operação da Ferrovia Norte-Sul e omite parte de sua história”, protesta o ministro César Borges, disfarçado de nota da assessoria de imprensa. “Os 10% restantes de obras, entre o trecho entre Palmas e Anápolis, serão realizados até o final de 2013 e o segmento entrará em operação em 2014″ . promete. “A conclusão das obras no trecho Anápolis/Estrela d’Oeste será em julho de 2014″.
Se um dia ficar pronta, a ferrovia em construção desde 1987, no mandato de José Sarney, será uma espécie de memorial do Brasil Maravilha sobre trilhos: demorou o dobro do tempo para sair do papel, custou mais do que o triplo e, inaugurada no século 21, terá a cara de estrada de ferro dos tempos em que os vagões eram puxados pela maria-fumaça.
06 de junho de 2013
BRANCA NUNES, VEJA
LOBÃO, MÚSICO E ESCRITOR: "É UMA DELÍCIA PROVOCAR A FÚRIA DOS IDIOTAS".
Antropofagia: “Sempre achei uma certa lorota”. Oswald de Andrade: “Lendo seus livros me dei conta que discordávamos absolutamente sobre tudo”. Comissão da Verdade: “É psicótico as pessoas quererem contar apenas um lado da história”. Música popular brasileira: “A MPB hoje beira a demência”.
Dilma Rousseff: “Uma verdadeira anta, que fala mal, pensa mal”.
Isto é puro Lobão, o músico e escritor que acaba de lançar Manifesto do nada na terra do nunca. O livro, que segue escalando posições nas listas dos mais vendidos, começou a fazer barulho antes mesmo de ser distribuído pela editora.
“Quem lê, adora. Quem não lê, odeia”, resume o autor da obra cuja gestação durou oito meses. A ideia era escrever sobre música.
Para sorte dos leitores, Lobão resolveu fazer uma escala na Semana de Arte Moderna de 1922 ─ e, a partir daí, liberou-se para tratar de inúmeros temas, sempre esbanjando inteligência e humor.
"Acredito que estamos vivendo nossa pior época”, reafirma na entrevista. Se pretendem inibir o polemista sem medo, os que amam odiá-lo estão perdendo tempo. “É uma delícia provocar a fúria dos idiotas”, avisa Lobão.
Dilma Rousseff: “Uma verdadeira anta, que fala mal, pensa mal”.
Isto é puro Lobão, o músico e escritor que acaba de lançar Manifesto do nada na terra do nunca. O livro, que segue escalando posições nas listas dos mais vendidos, começou a fazer barulho antes mesmo de ser distribuído pela editora.
“Quem lê, adora. Quem não lê, odeia”, resume o autor da obra cuja gestação durou oito meses. A ideia era escrever sobre música.
Para sorte dos leitores, Lobão resolveu fazer uma escala na Semana de Arte Moderna de 1922 ─ e, a partir daí, liberou-se para tratar de inúmeros temas, sempre esbanjando inteligência e humor.
"Acredito que estamos vivendo nossa pior época”, reafirma na entrevista. Se pretendem inibir o polemista sem medo, os que amam odiá-lo estão perdendo tempo. “É uma delícia provocar a fúria dos idiotas”, avisa Lobão.
Parte 1
Parte 2
Parte 3
Parte 4
Parte 5
06 de junho de 2013
MILHARES PROTESTAM EM BRASÍLIA CONTRA O ABORTO E CASAMENTO GAY
Evento evangélico reuniu artistas, religiosos e parlamentares. Líderes defenderam a preservação da 'família tradicional'.
Sob um sol intenso, milhares de evangélicos (40 mil, de acordo com o comando da Polícia Militar; 70 mil, segundo os organizadores) ocuparam nesta quarta-feira (5) os gramados da Esplanada dos Ministérios, em Brasília, para protestar contra a descriminalização do aborto e o casamento gay e pedir liberdade de expressão religiosa.
O palco montado em frente ao Congresso Nacional atraiu líderes evangélicos, políticos de vários partidos e artistas gospel.
O evento organizado pelo pastor Silas Malafaia, um dos líderes da igreja Assembleia de Deus, foi realizado em um dos dias de maior movimentação no Legislativo. Dezenas de parlamentares ligados à bancada evangélica se revezaram para discursar no ato religioso.
Um dos temas mais recorrentes dos oradores do evento foi o casamento entre casais homoafetivos. Recentemente, decisão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) determinou que os cartórios do país oficializem casamentos entre pessoas do mesmo sexo.
“A sociedade é livre para criticar evangélico, criticar católico, criticar deputado. Agora, se criticar a prática homossexual é homofobia."
Pastor Silas Malafaia, organizador da manifestação
Durante as manifestações ao público aglomerado diante do palco, os líderes evangélicos criticaram os esforços de parlamentares ligados a movimentos sociais de tentar criminalizar a homofobia.
Os pastores e políticos defenderam que qualquer cidadão tenha o direito de se expressar contra as uniões entre homossexuais. Durante o evento, alguns defensores dos direitos dos homossexuais chegaram a bater boca com evangélicos. Aqui
06 de junho de 2013
PESQUISA APONTA QUE 62% DOS PARANAENSES SÃO CONTRA A PEC 37, QUE ENGESSA O MINISTÉRIO PÚBLICO
Engrossando o coro – Levantamento encomendado pelo deputado federal Sandro Alex (MD-PR) apontou que 62,16% dos paranaenses consideram “negativa” a PEC 37, proposta em tramitação no Congresso Nacional que restringe o poder de investigação criminal do Ministério Público.
A pesquisa foi realizada pelo Instituto Paraná Pesquisas entre os dias 19 e 23 de abril em 84 cidades do estado e ouviu 2.014 eleitores maiores de 16 anos. A margem de erro é de 2%.
Do universo de entrevistados, 28,15% consideraram a PEC “positiva” e 9,68% disseram não saber. Em outra sondagem do levantamento, 63,60% não concordam que as investigações criminais fiquem apenas a cargo das Polícias Civil e Federal, enquanto 29,94% concordaram e 6,45% não sabem.
A pesquisa também avaliou o desempenho do Ministério Público. Aprovam o trabalho do MP 52,14% dos entrevistados, desaprovam 28,40% e não sabem 19,45%. Ao serem perguntados se já ouviram falar da PEC, 43,05% disseram que sim e 56,95% que não.
A PEC que garante exclusividade das investigações criminais às políticas Federal e Civil, de autoria do deputado federal Lourival Mendes (PTdoB-MA), deve ser votada pelo plenário da Câmara até o final de junho.
06 de junho de 2013
ucho.info
Continue lendo aqui>>>… O VALOR DE UMA "CURTIDA"
Artigos - Cultura
As redes sociais são um sucesso, especialmente o Facebook. Quando Mark Zuckerberg criou esse instrumento, talvez não imaginasse o quanto ele se transformaria em um meio indispensável para a expressão pessoal.
Lembro-me de minha juventude e o quanto era difícil conseguir que duas ou três pessoas, ao mesmo tempo, ouvissem o que eu tinha para dizer. Quando conseguia, sentia-me realmente popular. Hoje, com as redes sociais, qualquer expressão é imediatamente vista por dezenas, centenas e até milhares de pessoas. Isto, sim, é uma mudança de paradigma.
No entanto, erra quem entende que a popularização das mídias sociais se deu única e principalmente por causa do desejo das pessoas de serem reconhecidas. Há muito mais envolvido nisso. Inclusive, boa parte dos usuários parece ser de gente sem grandes pretensões de sucesso.
O que levou tantas pessoas a usar de maneira tão insistente essa tecnologia é a possibilidade de serem ouvidas, de saberem que o que dizem, ainda que seja absolutamente trivial, está sendo percebido pelos outros.
Pois aí encontra-se a síntese do homem pós-moderno: essa insegurança existencial que clama por atenção e feedback, esse medo de passar desapercebido, de tornar-se um fantasma, imperceptível aos olhos humanos. O indivíduo contemporâneo é uma mistura de incerteza ontológica e ansiedade perpétua.
Mas tudo isso é mero fruto dos nossos tempos. Antigamente, quando Deus era o centro da vida social, quando sua existência era incontestável, não havia como o homem sentir-se só. Ainda que isolado em uma caverna no deserto, não havia dúvida para o indivíduo que os olhos divinos lhe acompanhavam. Assim, seja em meio à multidão, seja encerrado em um mosteiro, a sensação era de participação na existência. Tanto que não havia maior terror que a excomunhão, que era exatamente a ruptura com a eternidade.
Desde Descartes, porém, e com o contemporâneo afastamento de Deus dos negócios humanos, o homem começou a investigar o eu, porém, desde aquele momento, a partir de si mesmo, não de uma existência anterior e superior. Por isso, chega a colocar em dúvida a própria existência, já que não há mais um ponto de partida exterior e transcendente. E mesmo quando conclui pela própria existência, faz isso baseado em algo que verificou unicamente em seu interior. Não há testemunhas de que vive, nem mesmo o testemunho divino. Há apenas uma tíbia confirmação interna.
A partir dali, o homem inicia a trajetória de uma paradoxal busca de si mesmo e afastamento de Deus. Quanto mais investiga seus próprios fundamentos, distancia-se deles. Nesse caminho, tentando encontrar-se, se perde, pois segue para longe de sua origem. A história do pensamento moderno é isto: uma ininterrupta tentativa de retomar aquilo que ele mesmo destruiu: a certeza de existir, a confiança em uma ordem transcendente e a esperança de um futuro melhor.
Já não há mais um Deus onde buscar as próprias razões; Ele foi esquecido. Mas a necessidade de encontrá-las persiste. Quem é este homem? E quem pode confirmá-lo? O pensamento, seguindo a conclusão cartesiana, até testemunha a própria existência, mas, isoladamente, é um testemunho frágil, quase vão.
Não é difícil perceber que desde que a subjetividade reclamou por autonomia o homem se esforça na tentativa de substituir a transcendência que lhe fundamentava a vida. Porém, o abismo alargou-se de tal maneira que o eu encontrou-se só, isolado e perdido. Em Schopenhauer, por exemplo, já no século XIX, o indivíduo não é nada mais além do que um fenômeno fugaz. Ao expulsar a Divindade dos negócios humanos, não há ninguém mais que confirme sua existência, a não ser um outro idêntico a ele.
Portanto, quando vejo as pessoas clamando por atenção, pela busca do reconhecimento e por serem percebidas, estou certo que isso é o resultado desses séculos de vagar existencial. As mídias sociais respondem, assim, a um anseio que encontra-se impregnado na alma do indivíduo e que vem se acumulando na proporção inversa do afastamento da transcendência da vida humana.
Em nossos dias, a única maneira que as pessoas têm para sentir-se alguém é pelo testemunho do outro. Somente há a certeza da própria existência quando alguém confirma isso. Por isso, uma curtida no Facebook pode ter uma valor bem mais alto do que jamais sonharia mesmo o mais otimista acionista em Wall Street.
06 de junho de 2013
Fabio Blanco é advogado e teólogo.
"VIDA LOKA"
Artigos - Movimento Revolucionário
Atribuir a criminalidade à pobreza é ofender todos os pobres. Ser criminoso é a escolha pessoal e deliberada de uma minoria infame e minúscula. Quem escolhe a “vida loka” (com “k”, mesmo; é assim que eles se identificam) quer lucro rápido, prazer imediato e poder de vida e morte sobre suas vítimas, assumindo o risco – cada vez menor devido à proteção atualmente dada aos criminosos – de ser preso ou de tombar em confronto com concorrentes ou com as forças da lei.
O criminoso é fundamentalmente um predador; como todo predador, sua vítima preferencial é quem é mais fraco que ele. Ora, quem é mais frágil que o pobre, mormente a mulher pobre?
A vítima-padrão do crime é uma mulher honesta, de pele escura, que trabalha em troca de pequeno salário e vive sozinha ou com filhos pequenos. A dissolução das estruturas de família estendida faz com que sua casa, por não ter uma presença masculina, seja percebida pelo jovem predador como um alvo fácil. Ao policial, para ela, cabe cumprir o papel social dos ausentes homens da família. Quando os grupos de “direitos humanos” confundem o predador com a presa e tratam o policial como se fosse ele o criminoso, reiteram e reforçam a vitimização dessa mulher pobre.
A classe média, que – ao contrário da mulher pobre – se faz ouvir pela sociedade, é raramente vitimada pelo crime, em termos proporcionais. São alvos difíceis: têm muros, grades e cercas elétricas, fecham-se nos carros. É ela, no entanto, que repete o discurso que atribui a criminalidade – ops, a “violência” – à pobreza, numa mistura de sentimento de culpa marxista, demonização do outro e busca do bom selvagem. O pobre, para ela, é um desconhecido cuja vida é um mistério. É o porteiro do prédio – tão bonzinho! – ou a empregada, cuja casa ela nunca visitou. A criminalidade é uma ameaça no ar, não a crueldade cotidiana dos pequenos predadores que vitimam os mais pobres.
É essa classe média, ignorante da realidade das periferias, que repete na mídia as inanidades de um discurso político de extrema-esquerda disfarçado de defesa dos direitos humanos. As baixas nos confrontos entre predadores – traficantes ou assaltantes – tornam-se, nesse discurso vil, um “genocídio de jovens pobres”. Ora, quem provoca esse suposto genocídio é quem garante que os criminosos estejam livres, nas ruas, matando um ao outro e vitimando em comum os mais fracos que eles. É quem faz com que a “vida loka” pareça uma escolha audaz e viril, ao demonizar a ação da polícia e romantizar a ação do criminoso.
06 de junho de 2013
Carlos Ramalhete é professor.
Publicado no jornal Gazeta do Povo.
MARCHA PELA FAMÍLIA REÚNE 100 MIL PESSOAS EM BRASÍLIA
Media Watch - Outros
A mídia esquerdista brasileira, que adora inflar os números das paradas gays, fez tudo o que pôde para pintar, para seus espectadores, um quadro de pequenez para a Marcha pela Família.
“Esse nosso evento é um ensaio, um exercício de cidadania. Não somos cidadãos de segunda classe, vamos influenciar a nação,” disse o Pr. Silas Malafaia com entusiasmo a uma multidão estimada em mais de 100 mil pessoas, de acordo com o Portal Fé em Jesus.
A multidão, composta de gente simples, ordeira e pacata, estava ali reunida para atender ao chamado do pastor assembleiano, que havia em seus programas de TV e mídias convocado os evangélicos e brasileiros pró-família para um manifesto público em defesa da família, da vida e das liberdades de expressão e religião na tarde de quinta-feira (5 de maio) em Brasília.
A manifestação foi o primeiro grande ato contra a resolução ditatorial do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) obrigando os cartórios de registro a fazer “casamentos” gays.
O deputado João Campos (PSDB-GO), ex-presidente da Frente Parlamentar Evangélica, disse que o evento foi necessário porque o PT está tentando colocar uma mordaça na imprensa, ao pretender impor controles na mídia, especialmente as mídias cristãs. “O Estado laico não é o religioso nem o antirreligioso. É o que garante a liberdade de crença,” disse ele.
Outro alvo da manifestação foi a ameaça do PLC 122, que transforma em crime toda crítica às práticas homossexuais. A manifestação se tornou mais necessária, pois apenas um dia antes da Marcha pela Família, Renan Calheiros (PDMB-AL), o presidente do Senado, afirmou que, com ou sem consenso, vai fazer com que o Senado priorize a aprovação do PLC 122.
Teria tentado Calheiros, cuja eleição para presidente do Senado foi marcada pela exposição de seus escândalos políticos, afrontar a manifestação pró-família?
Calheiro não é o único que vê com maus olhos iniciativas em favor da família. A mídia esquerdista brasileira, que adora inflar os números das paradas gays, fez tudo o que pôde para pintar, para seus espectadores, um quadro de pequenez para a Marcha pela Família.
De acordo com denúncia do Portal Fé em Jesus, o CorreioWeb anunciou 8 mil pessoas, mas depois corrigiu. O Estadão também optou por apresentar um número murcho para o evento.
O Congresso Em Foco, que é a coroa da mídia pró-PT no Congresso Nacional, apostou em apenas 30 mil pessoas, numa reportagem que não conseguiu esconder seu azedume por um evento de protesto contra o aborto, contra o “casamento” gay e contra o ditatorial PLC 122.
Anos atrás, ao tratar da Marcha para Jesus, o Congresso Em Foco retratou o evento como igual à Parada Gay, como se ambas as passeatas fossem marcadas por farras, bebedeiras, violência e sexo anal. Mas na hora de entrar na questão dos números, a igualdade foi zero. O veículo pró-sodomia fez questão de atribuir números estratosféricos às paradas gays. A Marcha para Jesus ou a Marcha pela Família? O Congresso Em Foco não viu e, mesmo antes de ver, já pode garantir: foi pequena.
A realidade da força desses eventos ou os sentimentos pró-família do povo brasileiro pouco mexem com o senso do Congresso em Foco em particular ou da grande mídia geralmente.
Num artigo sobre comportamento homossexual, feito com sua notória parcialidade designada para produzir nos leitores reações de apoio às causas gays, o Congresso Em Foco se deparou com um fato inédito em seus anos de propaganda esquerdista: os leitores manifestaram seus sentimentos pró-família discordando da descarada propaganda pró-homossexualismo. O artigo acabou se tornando, até aquela ocasião, o mais comentado de Congresso Em Foco, que não teve outro recurso se não acusar seus próprios leitores de “homofobia.”
É muito difícil praticar jornalismo honesto no Brasil. Mas é fácil, em cargos políticos ou jornalísticos, adulterar dados, números, estatísticas e fatos, com apenas uma canetada maliciosa, em favor de agendas destrutivas, como a agenda gay, e em desfavor dos sentimentos da maioria do povo brasileiro, que é pró-família.
Tais sentimentos não são respeitados nem mesmo quando são manifestos por seus próprios leitores e eleitores.
O Congresso Em Foco preferiria, é claro, passeatas evangélicas mais alinhadas com os objetivos da ONU. Elas existem, mas não foi o que aconteceu no evento em Brasília.
O fato é que o povo compareceu em massa à Marcha pela Família em Brasília. Sua mensagem foi clara: Queremos vida, não morte nem aborto. Queremos família, não falsificações grosseiras, inclusive o “casamento” gay. Queremos liberdade, não opressão.
Um recado poderoso foi passado aos políticos e à mídia: com ou sem canetadas maliciosas, o povo está de olho e vai lutar pela família.
Com informações do Portal Fé em Jesus e do Congresso Em Foco.
06 de junho de 2013
www.juliosevero.com
ISLÃ x ISLAMISMO
Artigos - Globalismo
Daniel Pipes afirma que há um Islã moderado, diferente do Islã radical que impulsiona o terrorismo jihadista. Heitor De Paola discorda desta distinção e apresenta seu comentário ao artigo de Pipes.
Quais motivos estão por trás do atentado à Maratona de Boston no mês passado e o que aconteceria se o ataque ao trem VIA Rail Canada fosse concretizado?
Esquerdistas e pessoas ligadas ao establishment apresentam diversas respostas, imprecisas e já desgastadas, como extremismo violento ou ódio ao imperialismo ocidental, nenhuma delas merecedora de debates aprofundados. Por outro lado, conservadores lançam mão de um debate sério e caloroso entre seus correligionários: alguns dizem que o Islã, a religião, gera motivação, outros dizem ser uma variante extremista moderna da religião, conhecida como Islã radical ou islamismo.
Como participante no debate dos conservadores, a seguir apresento minha argumentação a favor de colocar em foco o islamismo.
A Mesquita Al-Azhar do Cairo, concluída em 972, representa um ponto alto da cultura muçulmana.
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Aqueles que atribuem o problema ao Islã propriamente dito (por exemplo, ex-muçulmanos como Wafa Sultan e Ayaan Hirsi Ali), apontam para a consistência da vida de Maomé e o conteúdo do Alcorão e do Hadith à atual prática muçulmana. Concordando com o filme Fitna de Geert Wilders, eles apontam para a impressionante continuidade entre os versos corânicos e as ações da jihad.
Eles citam as escrituras islâmicas para constatar o ponto de convergência da supremacia muçulmana, jihad e a misoginia, concluindo que uma forma moderada do Islã é impossível. Apontam para o primeiro ministro turco Recep Tayyip Erdoğan, que ridiculariza a própria noção de um Islã moderado. A questão crucial para eles é se "Maomé era muçulmano ou islamista". Eles sustentam que aqueles que culpam o islamismo, o fazem por correção política ou covardia.
A nossa resposta: Sim, existe certa continuidade e os islamistas, sem sombra de dúvida, seguem literalmente o Alcorão e o Hadith. Existem muçulmanos moderados mas carecem do poder, praticamente hegemônico dos islamistas. O fato de Erdoğan negar o Islã moderado aponta para uma curiosa sobreposição entre o ponto de vista do islamismo e do anti-islamismo.
Maomé era rigorosamente muçulmano, não islamista, pois o conceito islamista data somente a partir dos anos de 1920. E de mais a mais, não somos covardes e sim, apresentamos nossa genuína análise.
E a análise é a seguinte:
Islã é uma religião de quatorze séculos com mais de um bilhão de seguidores que inclui desde os sufis quietistas até os violentos jihadistas. Os muçulmanos alcançaram sucessos militares, econômicos e culturais impressionantes, a grosso modo entre os anos 600 e 1200 da era comum.
Ser muçulmano naquela época significava fazer parte da equipe vencedora, fato este que estimulou, e muito, a associarem sua fé com o sucesso mundano. Essas memórias de glória medieval permanecem não só vivas, mas são cruciais à confiança dos crentes no Islã e em si mesmos como muçulmanos.
Início do trauma muçulmano moderno: Napoleão na Batalha das Pirâmides, 1798, idealizado por Antoine-Jean Gros.
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A principal dissonância começou por volta de 1800, quando inesperadamente os muçulmanos foram perdendo guerras, mercados e liderança cultural para os europeus ocidentais. E continua nos dias de hoje, à medida que os muçulmanos vão regredindo aos índices mais baixos de praticamente qualquer nível de realização. Essa guinada causou imensa confusão e rancor. O que deu errado, por que Deus aparentemente abandonou Seus fiéis? A insuportável divergência entre as conquistas do período pré-moderno e o fracasso pós-moderno, originou o trauma.
Os muçulmanos reagiram a esta crise de três principais maneiras. Os secularistas querem que os muçulmanos se livrem da Shari'a (lei islâmica) e copiem o Ocidente. Os defensores da Shari'a também querem copiar o Ocidente, mas fingem que assim a estão respeitando. Os islamistas rejeitam o Ocidente em favor de uma aplicação retrógrada e integral da Shari'a.
Bernard Lewis publicou um livro em 2001 intitulado What Went Wrong (O Que Deu Errado).
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O islamismo estimula a ânsia de rejeitar, derrotar e subjugar a civilização ocidental. Apesar dessa ânsia, os islamistas absorvem as influências do Ocidente, incluindo o conceito de ideologia. De fato, o islamismo representa a transformação da fé islâmica em uma ideologia política.
O islamismo corretamente indica uma versão com toque islâmico da utopia radical, um ismo como qualquer outro ismo, comparável ao fascismo e ao comunismo. Por exemplo, imitando aqueles dois movimentos, o islamismo se baseia por demais nas teorias de conspiração, para interpretar o mundo, a ponto de promover suas ambições, utilizando métodos violentos para alcançar seus objetivos.
Tendo o apoio de 10 a 15 por cento dos muçulmanos, o islamismo inspira-se em grupos devotos e qualificados que impactam bem além de seus limitados números. Ele representa uma ameaça à vida civilizada no Irã, Egito e não apenas nas ruas de Boston, mas também nas escolas, parlamentos e tribunais do Ocidente.
Nossa questão crucial é "qual é a proposta para derrotar o islamismo"? Aqueles que fazem do Islã, como um todo, seu inimigo, não só sucumbem a uma ilusão simplista e essencialista, como também carecem de qualquer mecanismo para derrotá-lo. Aqueles que se concentram no islamismo veem a Segunda Guerra Mundial e a Guerra Fria como modelos para derrotar o terceiro totalitarismo. "Nós entendemos que o Islã radical é o problema e que o Islã moderado é a solução". Nós trabalhamos com os muçulmanos anti-islamistas a fim de derrotar um flagelo em comum. Venceremos essa nova variante de barbárie, de modo que uma forma moderna do Islã possa aparecer.
Comentário sobre o artigo ‘Islã x Islamismo’, de Daniel Pipes
Heitor De Paola
“Islam is irreprehensible”.
Ditado corrente nos Estados Unidos atualmente.
Quando se discute Oriente Médio, Pipes é uma das principais referências, assim como Barry Rubin, Caroline Glick, Melanie Phillips, Clifford May, Cliff Kincaid, Rachel Ehrenfeld, e os sites Front Page Magazine, Foundation for Defense of Democracies, Middle East Media Research Institute, Middle East Forum, e Flame. Isto só para citar os que eu subscrevo e como sugestão para os leitores que querem se aprofundar. Todos, obviamente, defendem o direito do Estado de Israel, alguns com o compartilhamento de ‘dois Estados’ com os palestinos em diferentes graus, mas sem exceção dedicam-se a estudar profundamente o terror islâmico.
Assim sendo foi com surpresa que li Pipes defendendo a idéia de que existem dois tipos de Islã: o Islã propriamente dito, cujos crentes são os muçulmanos, e o ‘islamismo’, cujos crentes são islamistas. Os primeiros seriam o que é costumeiramente chamado de Islã ‘moderado’, os segundos o Islã ‘radical’.
Pipes coloca o início do Islamismo (radical) em 1920. Esta data fica solta no ar, sem nenhuma explicação. Claro que a data é crucial para o Oriente Médio como um todo: o final da I Guerra Mundial foi seguido do fim do Sultanato em 1922 e a Guerra de Independência, liderada por Mustafa Kemal Pasha (Atatürk); em 1924 foi abolido o Califado depois de declarada a República da Turquia com as profundas mudanças na exteriorização da fé Islâmica: abolição do véu obrigatório, do chapéu e dos sapatos turcos, do uso de bigode, e foi instituída a liberdade religiosa.
Talvez Pipes quisesse falar sobre isto quando escreveu:
‘O Islã é uma religião de quatorze séculos com mais de um bilhão de seguidores que inclui desde os sufis quietistas [i] até os violentos jihadistas. Os muçulmanos alcançaram sucessos militares, econômicos e culturais impressionantes, grosso modo entre os anos 600 e 1200 da era comum (D.C. para os Cristãos). A principal dissonância começou por volta de 1800, quando inesperadamente os muçulmanos foram perdendo guerras, mercados e liderança cultural para os europeus ocidentais’.
O início da década de 20 foi marcado pelo surgimento de três utopias: a wilsoniana, de origem protestante, com seus 14 pontos para a paz, a maioria já mencionada por Kant em seu A Paz Perpétua – Um Projeto Filosófico, o leninismo, de extração atéia, a versão prática e violenta do marxismo, e do nazi-fascismo. O mundo ocidental transformou-se numa luta entre materialismo e cristianismo, abandonando totalmente as crenças Islâmicas.
No terreno estratégico os vencedores da Guerra apossaram-se da área do Império Otomano e a dividiram como quiseram, criando países artificiais. A crescente sede de petróleo das nações ocidentais e da URSS também tornou o Oriente Médio uma presa valiosa. Já me referi em artigo anterior à traição anglo-francesa dos tratados anteriores à Guerra [ii]. Mas a traição não se refere ao Islã, mas aos países árabes que ajudaram o Ocidente a derrotar o Império que os sufocava.
Mas nada disto explica o que Pipes diz a seguir:
‘E continua nos dias de hoje, à medida que os muçulmanos vão regredindo aos índices mais baixos de praticamente qualquer nível de realização. Essa guinada causou imensa confusão e rancor. O que deu errado, por que Deus aparentemente abandonou Seus fiéis? A insuportável divergência entre as conquistas do período pré-moderno e o fracasso pós-moderno, originou o trauma’. Os muçulmanos reagiram a esta crise de três principais maneiras. Os secularistas querem que os muçulmanos se livrem da Shari'a (lei islâmica) e copiem o Ocidente. Os defensores da Shari'a também querem copiar o Ocidente, mas fingem que assim a estão respeitando. Os islamistas rejeitam o Ocidente em favor de uma aplicação retrógrada e integral da Shari'a.
E o que ocorreu com os judeus, também traídos, e por que os países árabes que não tinham maioria muçulmana, como o Líbano, tornaram-se ‘pérolas’ de desenvolvimento até serem atacados e destruídos pela Síria?
Talvez a resposta esteja no último artigo de Pipes, Islamism's Decade of Spreading Polio:
‘A poliomielite estava quase erradicada quando o médico e presidente da Suprema Corte da Shari’a na Nigéria sugeriu, em 2003, que a vacinação era parte de uma conspiração Ocidental para tornar as crianças muçulmanas inférteis. A vacinação parou e a pólio se espalhou para mais 17 países africanos e 6 asiáticos fazendo com que a Peregrinação à Meca se tornasse um meio rápido de transmissão da doença’.
A superstição faz muito mais mal do que qualquer ‘inimigo’ externo e esta é uma das características do Islã: um atraso monumental em tudo que se trata de ciência e progresso, não por falta de cientistas capazes, mas superstição religiosa que vê na aceitação de qualquer progresso oriundo do Ocidente uma ameaça à fé Islâmica. E talvez seja mesmo: tenho sérias dúvidas se o Islã é realmente uma religião ou não passa de uma ideologia, a pior ideologia totalitária que já existiu, ceifando mais de 360 milhões de vidas. Mais do que o dobro todos os genocídios das ideologias ocidentais do século passado. É um princípio corânico de que a jihad é uma obrigação de todo fiel, significando o controle total do mundo aos brados de ‘morte aos infiéis’. A suposta existência de um Islã moderado não passa de cortina de fumaça para obscurecer a invasão. O início do ‘islamismo’ não foi em 1920, mas em 622 D.C.
O primeiro-ministro turco, Recep Tayyipp Erdoğan deixa isto claro em outro artigo de Pipes:
“A expressão ‘Islã moderado” é errada. Se você usa ‘Islã moderado’ cria uma alternativa imoderada. É apenas Islã’.
“A expressão ‘Islã moderado” é errada. Se você usa ‘Islã moderado’ cria uma alternativa imoderada. É apenas Islã’.
Sir Winston Churchill, no livro The River War, de 1899, já criticava o Islã e antevia o seu futuro:
Que terríveis maldições o maometanismo impõe aos seus adeptos. Além do fanatismo histérico, que é perigoso para o homem com a hidrofobia para os cães, há o terrível fatalismo apático (...) que existem sempre que os seguidores do Profeta são os responsáveis. (...) Um sensualismo degradado priva suas vidas de dignidade e santidade. O muçulmano, individualmente, pode ter esplêndidas qualidades, mas a influência da religião paralisa o desenvolvimento social daqueles que a seguem. Não existe força mais retrógrada no mundo. Longe de estar moribundo o maometanismo é uma fé militante e proselitista. Já se estendeu para a África Central criando soldados que desconhecem o medo a cada conquista, e se a Cristandade não estivesse abrigada nos braços fortes da ciência, aquela mesma ciência à qual inutilmente combateu, a civilização da Europa moderna poderia sucumbir, exatamente como sucumbiu a civilização da antiga Roma.
Será que já não está sucumbindo?
06 de junho de 2013
Daniel Pipes & Heitor De Paola
Notas:
[i] O Sufismo é considerado apóstata e herege, e é violentamente perseguido, principalmente os dervixes rodopiantes, com exceção da Turquia onde subsistem devido à liberdade religiosa.
[ii] Em 1915-16, o Alto Comissário inglês no Egito, Sir Henry McMahon, entrou em negociações com o Sheriff de Meca Hussein ibn Ali. A chamada Correspondência McMahon-Hussein garantia a independência dos territórios árabes desde que estes se aliassem à Inglaterra contra os turcos. Mas em 1916 britânicos e franceses firmam secretamente o Tratado Sykes-Picot onde previam a divisão do Oriente Médio em: (1) áreas controladas diretamente por cada um dos dois países, (2) áreas de influência e (3) mandato misto na Palestina. Não haveria a menor chance de independência árabe.
ROBERTO DE LUCENA: ACERTANDO NOS ALVOS ERRADOS
Notícias Faltantes - Perseguição Anticristã
Uma declaração honesta e cristã, da parte de Lucena e de outros que querem se envolver no conflito sírio, deveria cobrar da Turquia o seu vergonhoso papel de apoio aos terroristas da al-Qaida, inclusive dos rebeldes islâmicos que estão massacrando cristãos sírios.
Dois missionários presbiterianos estavam presos no Senegal, por pressões alimentadas por acusações feitas por muçulmanos revoltados. A imprensa secular e evangélica brasileira noticiou e, de todos os políticos que souberam da tribulação dos missionários, somente o senador Magno Malta e mais dois parlamentares pentecostais, Paulo Freire e Ronaldo Fonseca, deixaram suas casas, trabalhos e famílias para fazer uma longa viagem ao Senegal para prestar solidariedade e apoio aos missionários.
E quem merece louvor? De acordo com um requerimento do Dep. Roberto de Lucena, Maria do Rosário, ministra que tem adquirido má fama por suas pressões para impor a agenda gay no Brasil, inclusive louvando Cuba (a ilha que há décadas jogou no lixo os direitos humanos dos cristãos e outros cidadãos cubanos) e não medindo esforços para criminalizar o direito natural dos pais de disciplinar fisicamente os filhos.
Quem mereceria um elogio (não louvor, que pertence somente a Jesus Cristo) é o senador Malta e seus dois colegas da Frente Parlamentar Evangélica que arregaçaram as mangas e foram à África. Tal atitude realmente nos faz louvar a Deus!
Eu mesmo dei glória a Deus e escrevi um elogio público quando Lucena, membro da bancada evangélica, confrontou o Conselho Federal de Medicina sobre uma postura pró-aborto. Para um membro do radical Partido Verde, que é pró-aborto, isso deve ter sido um grande desafio.
Se, por algum motivo, Lucena não queria dar algum merecido elogio a Malta, pelo menos ficasse em silêncio, não se aventurando num requerimento estúpido de louvor a alguém que não merece elogio, muito menos louvor. (O vergonhoso requerimento está neste link: http://archive.is/0FTOJ) Ou, para Lucena, é louvável todo o trabalho que Maria do Rosário vem desenvolvendo há anos contra as famílias brasileiras e a Igreja de Jesus Cristo? Ou é louvável o apoio obsceno dela à ditadura de Cuba?
A Turquia e seu envolvimento no massacre de cristãos na Síria
A falha mais recente de Roberto de Lucena, ou de sua assessoria, foi se envolver num requerimento de apoio à “Declaração de Istambul.” Em discurso no Congresso Nacional em favor dessa declaração, Lucena exortou a comunidade internacional a “prover suficiente proteção para todas as comunidades étnicas e religiosas, bem como seus locais históricos, religiosos e culturais.” O texto todo está aqui: http://archive.is/diety
A falha mais recente de Roberto de Lucena, ou de sua assessoria, foi se envolver num requerimento de apoio à “Declaração de Istambul.” Em discurso no Congresso Nacional em favor dessa declaração, Lucena exortou a comunidade internacional a “prover suficiente proteção para todas as comunidades étnicas e religiosas, bem como seus locais históricos, religiosos e culturais.” O texto todo está aqui: http://archive.is/diety
Não houve nenhuma solidariedade específica aos cristãos, nenhuma tentativa de imitar o senador Malta e visitar esses cristãos, oferecendo alguma ajuda mais concreta e real. Não houve, nas palavras de Lucena sobre a “Declaração de Istambul,” nenhuma identificação específica de quem são os opressores.
Não faltam, porém, fontes confiáveis, dos próprios meios cristãos, de que a principal identidade dos massacradores de cristãos na Síria são os rebeldes islâmicos, muitos dos quais têm ligações com a al-Qaida.
Há numerosos relatos oficiais sobre isso. No final deste artigo, apresento vários artigos com alguns desses relatos.
Diferentemente do que disse Lucena, ou sua interpretação da “Declaração de Istambul,” a perseguição aos cristãos na Síria tem nome e face: são os rebeldes islâmicos.
O governo de Assad, embora seja uma ditadura (qual é o governo muçulmano que não é ditadura no Oriente Médio?), era o que mais dava proteção à minoria cristã. Só pelo fato de que a declaração foi feita em Istambul, na Turquia, já expõe perigosas questões políticas, pois a islâmica Turquia jamais aceitaria que os rebeldes sírios fossem condenados por suas atrocidades contra os cristãos. A própria Turquia ajuda esses rebeldes, de modo que tudo o que os assinantes da declaração puderam fazer foi falar quase que genericamente sobre perseguição aos cristãos sírios, sem poder ofender o país anfitrião assassino.
E agora Lucena, ou sua assessoria, quer colocar o Congresso Nacional para louvar oficialmente tal declaração feita em pleno território turco exclusivamente porque foi assinada também pela ANAJURE?
De acordo com o WND, um dos mais respeitados veículos noticiosos conservadores do mundo, o papel da Turquia na guerra síria é indiscutível. O WND disse:
“A infiltração de jihadistas na Síria através da Turquia alcançou um número crítico, ao ponto em que o equilíbrio de poderes pode mudar para uma direção preocupante. Chegou a um ponto em que a Turquia talvez seja a maior base da al-Qaeda no mundo.”
Uma declaração honesta e cristã, da parte de Lucena e de outros que querem se envolver no conflito sírio, deveria cobrar da Turquia o seu vergonhoso papel de apoio aos terroristas da al-Qaida, inclusive dos rebeldes islâmicos que estão massacrando cristãos sírios.
Presumo que, para os que assinaram a tal Declaração de Istambul em território turco, seria impossível fazer cobranças, pois o governo turco está em plena atividade islâmica para tentar reconstruir o Império Otomano. Os turcos jamais aceitariam tais cobranças ou, pelo menos, um pedido de misericórdia em favor dos cristãos sírios. A misericórdia turca foi demonstrada 100 anos atrás, com o genocídio de centenas de milhares de cristãos armênios.
Por motivos aparentemente óbvios, os assinantes da Declaração de Istambul não puderam incomodar os anfitriões carregados de sangue. Por que é tão difícil especificar os crimes e os criminosos quando os culpados são os islâmicos e as vítimas são cristãs?
O Dep. Roberto de Lucena tem uma imensa vantagem: ele não está em Istambul, com sua liberdade ameaçada de falar o que os turcos precisam ouvir e expressar ao mundo condenação aos terroristas islâmicos que estão dizimando a população cristã da Síria.
As palavras que estão no site de Lucena são lindas:
“Abre a tua boca a favor do mudo, pela causa de todos que são designados à destruição. Abre a tua boca; julga retamente; e faze justiça aos pobres e aos necessitados.” (Provérbios 31:8-9 ACF)
Mas palavras lindas não são nada, se não são colocadas em prática.
Ninguém do Brasil abriu a boca quando os turcos massacraram os cristãos armênios cem anos atrás. Que essa tragédia não se repita hoje no caso dos turcos que ajudam a al-Qaida e os rebeldes islâmicos que estão massacrando os cristãos na Síria.
06 de junho de 2013
Julio Severo
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