"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



sexta-feira, 13 de julho de 2012

MODOS RÚSTICOS


No Senado

Os futuros colegas de Wilder Pedro de Morais no Senado têm uma definição curta para o novo integrante da bancada goiana: um homem rico, de modos rústicos.

Existe também uma descrição bem menos elegante, motivada pelo relacionamento de Wilder com Andressa Mendonça, que trocou o agora senador pelo bicheiro Carlinhos Cachoeira.

Sobre essa história, aliás, corria a piada no Senado, ontem à tarde, de que Wilder iria pedir a José Sarney a substituição do carro oficial por um veículo conversível. O motivo? Os carros do Senado têm teto muito baixo.
Por Lauro Jardim
13 de julho de 2012

DURA LEX, SED LEX...

13 de julho de 2012

TEXTO COPROLÓGICO

Ao procurar pela palavra coprologia, no gugle, obtém-se este primor de redação da Wikipédia:

“Coprologia, ciência também conhecida como Escatologia — termo que não deve ser confundido com seu homônimo Escatologia (filosofia) — é a ciência que estuda as fezes. Mais especificamente, trata-se do estudo das fezes humanas com objetivo de auxiliar no diagnóstico e prognóstico de doenças do sistema digestivo (renomeado sistema digestório).



As fezes são o resultado do processo de digestão dos alimentos ingeridos e absorção dos nutrientes, resultando em que um mínimo de substâncias nutritivas cheguem até o ceco. Progressivamente, o número de bactérias cresce, e o teor líquido se reduz, até a formação das fezes normais, que, ao serem eliminadas, são moldadas pelo esfíncter anal”, também popularmente conhecido como cu.
Claro que este final não está lá. É obra do redator…

A constipação intestinal, ou mais popularmente, prisão de ventre, é um sintoma, não uma doença. Os cientistas que estudam as doenças humanas dizem que, se indivíduos (no caso brasileiro, com a nova regra léxica presidencial: indivíduos e indivíduas) conseguem obrar 3 vezes por semana, sem grande esforço, não devem ser considerados como sintoma da constipação.

Há os que obram todos os dias, com é o caso deste que vos escreve. Mas eu não conto, porque não sou político. Sou apenas um pretenso escrevinhador. O interesse imediato é produzir um texto sobre as cagadas diárias dos políticos, coisa que, neste país, é regra absoluta. Procura-se uma exceção que confirme a regra. Não há. No fim, bem no fim, trata-se apenas de produção da popular merda.

Eu pensava que só em Pindorama existiam cagadas diárias. Ledo engano. Nosso coeditor Ralph, que considero ter a infelicidade de morar muito próximo dos hermanos, ao mesmo tempo tem a vantagem de receber sinais de alguma vida inteligente naquelas plagas, tal como a ilustração extraordinária que me enviou e que adorna este texto.

13 de julho de 2012
Magu

ISSO É UMA VERGONHA!!!

                 Salário justo no senado


Por força da lei, o Senado vai ter que divulgar os salários de seus servidores. Isso vai mostrar que há senadores ganhando menos que um funcionário do protocolo.

Para ficar carimbando documentos, um servidor sem escolaridade nenhuma embolsa R$ 27 mil mensais.

Não se deixe enganar pelo mau hábito de andar por aí, ajoelhado. Está tudo errado, pombas!

Não é que os senadores, coitados, tenham agora que ganhar o mesmo, ou até um pouquinho mais que o eficiente carimbador de documentos.

O que está faltando é ambos ganharem um salário mínimo por mês. E olhe lá!

13 de julho de 2012
sanatório da notícia

 

PROPAGANDA ELEITORAL...

13 de julho de 2012

O PODER DO VOTO...


13 de julho de 2012

NOVO GOVERNO DO PARAGUAI RECUA E DIZ QUE NÃO VAI INSTALAR BASES DOS EUA

O novo governo paraguaio, comandado por Federico Franco, afirmou que não tem intenções de instalar uma base militar estadunidense em seu território, tal como levantado na semana passada pelo deputado José López Chávez.

                                                          Ilustração: Site Pátria Latina

O ministro de Relações Exteriores paraguaio, José Félix Fernández, deu uma coletiva para desmentir a intenção. “Em nome do governo nacional me vejo obrigado a desmentir essa possibilidade”, disse, assegurando que “não existem planos oficiais neste sentido” e que “não existe nenhuma conversação a respeito” do assunto.

Como se sabe, o deputado José Lópes Chávez, no entanto, havia declarado que representantes do Pentágono visitaram o Paraguai dias após o golpe parlamentar que resultou na destituição de Fernando Lugo da presidência do país, conforme divulgado pelo jornal O Estado de São Paulo.
Os militares estadunidenses teriam ido a Assunção para conversas sobre programas de cooperação.

De acordo com o López Chávez, a ideia seria instalar a base no vilarejo de Mariscal Estigarribia, perto da fronteira com a Bolívia. O deputado justificou o pedido sob a alegação de que a Bolívia está realizando uma corrida armamentista e que o Paraguai precisa proteger essa área pouco povoada do país.

Na última segunda-feira, antes do pronunciamento do governo, o ministro da Defesa do Brasil, Celso Amorim, classificou de “esdrúxula” a possibilidade de instalação de uma base militar dos Estados Unidos no Paraguai.

“Eu não sou ministro das Relações Exteriores, mas seria uma coisa tão esdrúxula que resultaria no isolamento a tão longo prazo do Paraguai que acho que não vale a pena. Não creio que ocorrerá”, afirmou Amorim.
(Da Redação do portal Vermelho)
13 de julho de 2012

O SUPLENTE TAMBÉM?!


PAULO HENRIQUE AMORIM DIZ QUE A RECORD DENUNCIA A GLOBO, MAS NÃO É BEM VERDADE

Reportagem de Rodrigo Viana no Jornal da Record sobre a revelação do grosso esquema de suborno de Ricardo Teixeira e João Havelange na Suíça rev ela que o jornalista suíço Jean-François Tanda diz claramente: Globo pagou ISL ( a empresa que tinha a exclusividade para a transmissão da Copa para o Brasil) e a ISL pagou Teixeira e Havelange.

De posse desta informação, o jornalista Paulo Henrique Amorim passou a dizer que a Record está denunciando a Globo, o que realmente não ocorreu. O fato de a Globo ter pago à ISL não significa que subornou Teixeira e Havelange.

A denúncia de Amorim contra a O Globo só se sustenta porque as ligações entre a entidade e Ricardo Teixeira eram realmente ilegais e com flagrante favorecimento. No Brasil, até o início dos jogos passou a depender do horário das novelas da Globo e ninguém achava isso estranho…

Sobre as ligações Globo/Teixeira, o silêncio do Jornal Nacional diz tudo. Portanto, Paulo Henrique Amorim acerta em cheio quando diz que a Globo blindou a dupla Havelange/Teixeira: ” Não mostrou nem o rostinho rechonchudo deles. O Jornal Nacional é muito delicado, gentil”, diz o site de Amorim, o Conversa Afiada

O JOVEM DELEGADO DA PF E OS CONTRA-CHEQUES DO PESSOAL

Há pequenos indícios de que o Brasil pode mudar! Vi na televisão, outro dia, o rosto jovem de um delegado da Polícia Federal chamado Raul. Não guardei o sobrenome dele, mas parece que tudo o que anda acontecendo em torno do escândalo a envolver Carlos Cachoeira, Demóstenes Torres, empreiteiros, governadores e detentores de diversos tipos de mandato teria começado pelo seu trabalho.

O Ministério Público Federal andava investigando um caso de contrabando de máquinas caça-níqueis e pediu o auxílio da Polícia Federal para a apreensão de um lote desses artefatos em Anápolis. Deflagrada a operação, nada se encontrou. Suspeitou-se de vazamento dentro da própria PF. Foi, então, pedida autorização judicial para a escuta telefônica envolvendo Cachoeira, primeiro averiguado no caso do contrabando.

O jovem delegado, especializado na utilização de alta tecnologia em escutas telefônicas, teria ouvido de outro delegado, seu colega de sala, a seguinte pergunta: “O guardião (aparelho de escutas telefônicas da PF) pode captar as ligações feitas pelos aparelhos Nextel?”. Ao que ele, montando ali uma iniciativa de contrainformação, teria declarado de bate-pronto: “Se os aparelhos forem habilitados no exterior, não há como fazer escutas telefônicas”.

Logo em seguida, foi captada uma ligação entre seu colega policial e Carlinhos Cachoeira, informando quanto à “invulnerabilidade” dos aparelhos Nextel. O jogo começou a ser aí jogado. E o mesmíssimo jovem delegado acaba de descobrir quem ameaçava a procuradora da República a qual denunciou toda a quadrilha de Cachoeira: o ex-cunhado do contraventor, que já dorme protegido por grades…

Entrementes, o Supremo Tribunal Federal, que acabou com todas as pretensões de relaxamento da prisão de Carlos Cachoeira, cumpre a ordem de um juiz de primeira instância em Brasília e tira do ar os contracheques dos respectivos funcionários. Afinal, a Suprema Corte não examinou ainda a constitucionalidade da Lei de Acesso à Informação, modulada em seus efeitos pelo juiz de primeiro grau, em face do princípio da proteção à privacidade, inserido na Constituição como garantia individual. Isso é o mais legítimo Estado de direito!

Esses dois fatos isolados, quando unidos em uma colagem, revelam sinais de esperança na rejeição ao compadrio corporativista e ao argumento de autoridade, em vez da autoridade do argumento. São pequenos indícios de que as coisas podem mudar.
Para eu ter maior esperança, só faltam os sindicatos, o Ministério Público e as ONGs de transparência pública ingressarem em juízo para obrigar o BNDES a explicar por que a preferência – e quanto custa esta – em repassar recursos para tal ou qual grupo econômico em detrimento de outros. Ou por que pagar obras superfaturadas de diversas empreiteiras, a título de cumprir prazos agendados para a Copa do Mundo.
Afinal, tudo isso – investigações, aparato jurisdicional e empréstimos estatais – também é pago pelo tributo cobrado de todos nós.

Sandra Starling (Jornal OTempo, de BH)
13 de julho de 2012

PARA QUE SERVE UMA CPI?

Vou lhe fazer uma pergunta a você leitor que me acompanha quase diariamente. Será que o senhor ou a senhora assistiu ao depoimento do prefeito de Palmas esta semana pela televisão na CPI do Cachoeira? Pois bem, caso não, vou lhe fazer um resumo seguido de outra pergunta.

A questão central é: por que o Prefeito de Palmas, Raul Filho ligado ao PT, foi convocado para a CPI do Cachoeira? O prefeito, sua excelência, com todo o respeito, foi convocado após a liberação de um vídeo (foi filmado) exibido nas televisões em que o mesmo quando ainda era um pré-candidato foi flagrado conversando com Carlinhos Cachoeira (o mesmo que sozinho, sozinho continua preso – é bom destacar que ele não tem cargo politico), veja bem, conversando com o próprio Carlinhos Cachoeira combinando favorecimento para o grupo de Cachoeira. Após ser eleito a empresa Delta apontada pela Policia Federal como pertencente ao esquema do Cachoeira, foi “favorecida” com contratos sem licitação de mais de 100 milhões de reais.
Agora vem a parte mais folclórica do depoimento. Na CPI o próprio prefeito além de negar (apesar da evidência do vídeo) disse que não sabia direito quem era Carlinhos Cachoeira. Pode isso? Um candidato a Prefeito vai conversar com alguém no seu gabinete para falar de valores financeiros e diz que não conhecia o interlocutor? E o pior, ou o folclórico é que o prefeito terminou usando estas palavras na CPI, leiam: “Fui certo sem saber em que área ele atuava. Isso realmente é indecente. Eu tive a infelicidade de ser filmado”. Mas perai, como é que alguém diz “eu tive a infelicidade de ser filmado” e terminado o depoimento sai tranqüilamente para casa?

Agora eu lhe faço outra pergunta: em país sério (você pode rir e dizer com ironia, “mas este não é o caso do Brasil”. Concordo, mas vamos imaginar que sim) não era para terminado o depoimento ser chamada a policia e a mesma colocar algemas nos braços do prefeito e o levado preso? Mas isso é dinheiro do contribuinte, do povo, dinheiro suado, pelo trabalho, e que vai para os chamados “cofres públicos”, que de público não tem nada, e fica tudo por isso mesmo. Como é possível?

Muitos dizem, alguns amigos inclusive, “Laurence é inútil, esse país não muda, você está perdendo seu tempo, escreva sobre outras coisas, literatura, por exemplo,”. Bom, não sei o que você que me acompanha acha disso, mas eu não penso assim, e acho que com o silêncio a coisa é ainda pior. Utopia? Pode ser.

Agora teremos eleições novamente para prefeito das cidades. Muitos dos candidatos já foram acusados das piores coisas. Escândalos e mais escândalos. Será o que o seu candidato já foi acusado também? E se foi, você acha que o mesmo merece seu voto? Bom, alguém com um senso mais realista (nessa horas o que há de “realistas” é um caso sério) pode dizer: “é inútil o povo não sabe dessas coisas e quando quer votar não tem que o faça desistir”. Pode ser verdade. E até diria, em muito é. Mas não totalmente.

E mais: sabemos que propaganda política é uma forma de maquiagem, transformando candidatos em “produtos de limpeza”. Fazem (o marketing) uma verdadeira assepsia, ainda que a verdade sempre venha e se imponha. Não se engana a todos o tempo todo. Vender uma idéia com argumentos retóricos pode ser uma boa maneira de maquiar ou distribuir ilusões. Mas é preciso lembrar ou confiar que uma democracia não é totalitarismo (ainda que muitos queiram) com uma única opinião. Há forças outras em movimento. Quem sabe haja espaço para elas.

Laurence Bittencourt
13 de julho de 2012

(*) Fotomontagem: Raul Filho & Cachoeira

GANGUE ALIADA OU CONCUBINATO POLÍTICO

 

É lamentável que a sociedade brasileira ainda pense que o governo é a solução para resolver os problemas do povo. Essa mentira vai durar até quando? Os donos do poder – os políticos – usam os recursos financeiros da população (governo não fabrica dinheiro) não em beneficio da sociedade e sim em seus próprios interesses.

Os partidos políticos sem o menor relacionamento com a sociedade empurram com a barriga os problemas, não porque não saibam deles, mas porque as soluções quase sempre não passam pelos interesses deles, os políticos, e porque os interesses da comunidade são sempre secundários e os ditos “importantes” são os pessoais, deles, os políticos. É incrível isso.

Temos hoje 55.000 (cinqüenta e cinco mil vereadores) e o nosso Congresso resolveu aumentar em mais 5.000 (cinco mil). A pergunta é para quê? Qual a lógica dessa decisão? Nenhuma lógica. Ora o Congresso tem muitos assuntos importantes para com que se preocupar, discutir e votar, como a Reforma Tributária, a Política, a diminuição da corrupção e os gastos com impostos, mas são assuntos que dormem no parlamento, talvez esperando por um milagre.

Agora os políticos querem passar para 10% do PIB as verbas da Educação, mas o Ministro da Fazenda, Guido Mantega declarou que não há condições para isto. O Estado está quebrado. No entanto, esqueceu-se de dizer aos eleitores que existem 3 milhões de aposentados do setor público que seus salários são maiores do que o gasto com 37,5 milhões de crianças do ensino básico, fundamental e médio e o mais grave é que enquanto na OCDE (Organização de Cooperação e Desenvolvimento da Educação) são 2 (dois) professores para cada funcionário, no Brasil é 1 (hum) professor para cada 3,5 por funcionário.
Na verdade e de acordo com a realidade brasileira se o governo aumenta o dinheiro para a educação os grandes beneficiários não são os professores que estão dentro da sala e sim os que estão fora da sala de aula. No Japão qualquer cidadão tem que se curvar diante do Imperador, mas somente no caso do professor é que ocorre a inversão: ou seja, é o Imperador que se curva diante do professor. Isso mostra a importância que eles dão a educação. E nós?

Tudo isso, isto é, o nosso quadro educacional, reflete na qualidade do nosso ensino, e podemos afirmar que temos um dos piores ensinos do mundo. A Coréia deixou o sub desenvolvimento puxado pelo motor da educação, mas aqui todo o motor é puxado pelo Estado , tais como políticos, funcionários públicos, empreiteiras, fornecedores e tudo o que é grudados nas verbas públicas. É uma pena. Resta saber até quando?

13 de julho de 2012
Adauto Medeiros

(*) Engenheiro civil e empresário.

O MENINO MALUFINHO...


Imagem gentilmente "açambarcada" do Blog
Saber é vencer .
13 de julho de 2012
omascate

DIFERENÇA:LULA E OS OUTROS PACIENTES COM CÂNCER


 
13 de julho de 2012
postado por Lord

GOVERNO SONEGA INFORMAÇÕES À PESQUISA QUE DESEJA REVELAR A MÁFIA DO NIÓBIO EM NOVELA DA RECORD

 


Exclusivo - O mafioso de comercialização do nióbio, que redunda em perdas anuais estimadas de US$ 100 bilhões ao Brasil, pode virar assunto da novela “Máscaras”, da Rede Record. O escritor Lauro César Muniz, que cuida da trama, deseja colocar o polêmico e pouco conhecido assunto na ficção. O novelista tem tudo para sofrer retaliações por mexer no vespeiro do nióbio, tentando popularizar um tema conhecido por poucos brasileiros.

O governo já boicota oficialmente o assunto que é um tabu econômico. Existe até o risco de alguém ligado à presidenta Dilma Rousseff procurar a direção da Record ou da Igreja Universal do Reino de Deus, para “aconselhar” que o assunto não entre na trama da novela. O primeiro sinal disso é que o Departamento Nacional de Pesquisas Minerais, órgão do governo que guarda e sonega todas as informações sobre nióbio, se recusa a falar com a produção da emissora.

Carolina Agabiti, que faz produção para filmes e telenovelas, realiza uma pesquisa sobre o explosivo tema, cujas informações servirão para alimentar a trama da novela "Máscaras", da Rede Record. Segundo a pesquisadora, “a novela tem um enredo policial que prima por um enfoque realista. Por isso aprofundamos as pesquisas ao máximo porque queremos que as histórias tenham verdade”. Carolina fez uma pesquisa vasta pela internet, leu artigos científicos, e conversou com geólogos. “Tentei entrar em contato com o pessoal do DNPM (que não quis falar comigo)”.

A pesquisadora faz contato com especialistas em Nióbio. Já procurou o engenheiro Ronaldo Schlichting. Pretende falar também com o Almirante Roberto Gama e Silva. Se quiser aprofundar a pesquisa, pode ouvir também o economista Adriano Benayon do Amaral e o advogado Antônio Ribas Paiva. Todos explicam, didaticamente, como funciona o esquema de subfaturamento da exportação do nióbio promovido por transnacionais comandadas a partir da City de Londres, bolsa que dita as cotações mundiais do minério.

O Nióbio é estratégico por vários motivos. O Brasil detém 98% das reservas mundiais e a exploração do raro mineral está associada a terras raras, urânio e tório – matéria-prima fundamental para a indústria de ponta. Os chamados óxidos de terras-raras compreendem um grupo de 17 elementos químicos, utilizados principalmente em aplicações de alta tecnologia. O mercado mundial é atualmente controlado pela China, responsável por mais de 90% do fornecimento mundial. Mas os chineses, espertamente, restringem a exportação dos minerais de alto valor agregado.

Se “novela do nióbio” for mesmo para a telinha da televisão, sem censura, os brasileiros começarão a desvendar mais um mecanismo oculto de como a Oligarquia Financeira Transnacional atua para nos explorar e manter nosso País permanentemente na miséria.

Novidades em Araxá

Uma pesquisa independente, encomendada pela MbAC Fertilizantes, confirmaram a existência de altos teores de terras-raras, nióbio e fosfatos em Araxá – Minas Gerais.

Verificou-se a existência no local de 6,34 milhões de toneladas de minérios, com 5,01% de óxidos totais de terras-raras, 8,40% de P2O5, matéria-prima para fertilizantes, e 1,02% de Nb2O5, o óxido de nióbio.

Os recursos inferidos são de 21,94 milhões de toneladas, com 3,99% de óxidos de terras-raras totais, 7,86% de P2O5 e 0,64% de Nb2O5.

Os óxidos pesados de terras-raras (HREO), somados ao óxido de ítrio (Y2O3), representam 2,48% dos óxidos de terras raras totais.

Exploração programada

A MbAC Fertilizantes, que tem a propriedade total do projeto na área de 214 hectares, vai instalar uma planta-piloto no local.

"Os resultados confirmaram nossas expectativas de que a jazida de Araxá tem uma base significativa de recursos de óxidos de terras-raras com altos teores, quando comparada a outros depósitos no mundo".

A avaliação é do CEO e vice chairman da MbAC Fertilizantes, Antenor Silva, que discute “acordos com terceiros” para a exploração comercial de tamanha riqueza.


13 de julho de 2012
Alberto Figueiredo

UMA CARTA DE CAYMMI A JORGE AMADO

 


CARTA DE CAYMMI PARA JORGE AMADO

“Jorge meu irmão, são onze e trinta da manhã e terminei de compor uma linda canção para Yemanjá, pois o reflexo do sol desenha seu manto em nosso mar, aqui na Pedra da Sereia. Quantas canções compus para Janaína, nem eu mesmo sei, é minha mãe, dela nasci.

Talvez Stela saiba, ela sabe tudo, que mulher, duas iguais não existem, que foi que eu fiz de bom para merecê-la? Ela te manda um beijo, outro para Zélia e eu morro de saudade de vocês.
Quando vierem, me tragam um pano africano para eu fazer uma túnica e ficar irresistível.

Ontem saí com Carybé, fomos buscar Camafeu na Rampa do Mercado, andamos por aí trocando pernas, sentindo os cheiros, tantos, um perfume de vida ao sol, vendo as cores, só de azuis contamos mais de quinze e havia um ocre na parede de uma casa, nem te digo.
Então ao voltar, pintei um quadro, tão bonito, irmão, de causar inveja a Graciano. De inveja, Carybé quase morreu e Jenner, imagine!, se fartou de elogiar, te juro. Um quadro simples: uma baiana, o tabuleiro com abarás e acarajés e gente em volta.

Se eu tivesse tempo, ia ser pintor, ganhava uma fortuna. O que me falta é tempo para pintar, compor vou compondo devagar e sempre, tu sabes como é, música com pressa é aquela droga que tem às pampas sobrando por aí. O tempo que tenho mal chega para viver: visitar Dona Menininha, saudar Xangô, conversar com Mirabeau, me aconselhar com Celestino sobre como investir o dinheiro que não tenho e nunca terei, graças a Deus, ouvir Carybé mentir, andar nas ruas, olhar o mar, não fazer nada e tantas outras obrigações que me ocupam o dia inteiro. Cadê tempo pra pintar?

Quero te dizer uma coisa que já te disse uma vez, há mais de vinte anos quando te deu de viver na Europa e nunca mais voltavas: a Bahia está viva, ainda lá, cada dia mais bonita, o firmamento azul, esse mar tão verde e o povaréu. Por falar nisso, Stela de Oxóssi é a nova iyalorixá do Axé e, na festa da consagração, ikedes e iaôs, todos na roça perguntavam onde anda Obá Arolu que não veio ver sua irmã subir ao trono de rainha?

Pois ontem, às quatro da tarde, um pouco mais ou menos, saí com Carybé e Camafeu a te procurar e não te encontrando, indagamos: que faz ele que não está aqui se aqui é seu lugar? A lua de Londres, já dizia um poeta lusitano que li numa antologia de meu tempo de menino, é merencória. A daqui é aquela lua. Por que foi ele para a Inglaterra? Não é inglês, nem nada, que faz em Londres? Um bom filho-da-puta é o que ele é, nosso irmãozinho.

Sabes que vendi a casa da Pedra da Sereia? Pois vendi. Fizeram um edifício medonho bem em cima dela e anunciaram nos jornais: venha ser vizinho de Dorival Caymmi. Então fiquei retado e vendi a casa, comprei um apartamento na Pituba, vou ser vizinho de James e de João Ubaldo, daquelas duas ‘línguas viperinas, veja que irresponsabilidade a minha.

Mas hoje, antes de me mudar, fiz essa canção para Yemanjá que fala em peixe e em vento, em saveiro e no mestre do saveiro, no mar da Bahia. Nunca soube falar de outras coisas. Dessas e de mulher. Dora, Marina, Adalgisa, Anália, Rosa morena, como vais morena Rosa, quantas outras e todas, como sabes, são a minha Stela com quem um dia me casei te tendo de padrinho.
A bênção, meu padrinho, Oxóssi te proteja nessas inglaterras, um beijo para Zélia, não esqueçam de trazer meu pano africano, volte logo, tua casa é aqui e eu sou teu irmão Caymmi”.

NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG - Caymmi e Amado eram não somente amigos, mas também parceiros. “É Doce Morrer no Mar”, um dos clássicos da música brasileira, foi composto pelos dois.

(A carta de Caymmi a Amado foi enviada ao Blog pelo comentarista Mário Assis.)

13 de julho de 2012

PENSAMENTO DO DIA

Livre pensar é só pensar (Millôr Fernandes)

PARA QUE SERVE UM EX-PRESIDENTE?

 

Não seria má ideia que Lula aprendesse com FHC, que não permite que os afetos lhe enevoem o juízo. A velha piada é que os ex-presidentes são como os vasos chineses: sabemos que são valiosos, mas ninguém sabe o que fazer com eles.
Alguns, como Bill Clinton, mantêm uma atividade frenética; outros, como Vladimir Putin, dão um jeito de nunca deixar o poder, e aind outros, como Álvaro Uribe, brigam com seu sucessor.

Alguns ganham prêmios mundiais e outros intervêm de modo inoportuno nas eleições de outros países.
Nos últimos dias, os dois mais famosos ex-presidentes brasileiros estiveram na arena pública mundial. O contraste entre suas atuações não poderia ter sido mais extremo.
Fernando Henrique Cardoso recebeu o prêmio mais importante do mundo como cientista social: o Prêmio Kluge, outorgado pela Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos.
O prêmio tem um processo de indicação e seleção tão ou mais rigoroso que o Nobel, e seu valor -US$ 1 milhão- é superior. Quase ao mesmo tempo, Lula aparecia por videoconferência na reunião do Foro de São Paulo em Caracas.
Ele disse: "Apenas com a liderança de Chávez é que o povo realmente vem tendo conquistas extraordinárias.

As classes populares nunca foram tratadas com tanto respeito, carinho e dignidade. Essas conquistas
devem ser preservadas e consolidadas. Chávez, conte comigo, conte com o PT, conte com a solidariedade e o apoio de cada militante de esquerda, de cada democrata e de cada latino-americano. Tua vitória será nossa vitória".
É perfeitamente legítimo que Lula expresse seu afeto e admiração por Hugo Chávez. Os afetos -como o amor- são cegos e merecem respeito. Mas não é legítimo que Lula intervenha na campanha de outro país. Isso os democratas não fazem.
E Lula sabe disso. E já o tinha feito antes, quando, na véspera de um referendo importantíssimo na Venezuela, irrompeu no processo, afirmando que Chávez era o melhor presidente que o país tinha tido nos
últimos cem anos.
Tampouco é legítimo distorcer a realidade venezuelana, como Lula fez -especialmente a realidade dos pobres.

Chávez vem tendo um efeito devastador sobre a Venezuela, e os pobres são suas principais vítimas.
São eles que pagam as consequências de viver em um dos países mais inflacionários do mundo, são eles que são obrigados a virar-se com um salário real que caiu para o nível que tinha em 1966.
São eles que não conseguem trabalho a menos que seja no setor público e sob a condição de demonstrarem constantemente sua adoração e fidelidade ao "comandante".
São eles que veem seus filhos e filhas assassinados (o índice é dos mais altos do mundo. Não é de estranhar, portanto, que nas últimas eleições legislativas mais de metade dos votos tenha sido contra Chávez.
Na Venezuela, é impossível alcançar essa porcentagem sem milhões de votos dos mais pobres -que, segundo Lula, estão melhor que nunca.
Nesse sentido, não seria má ideia que Lula aprendesse um pouco com o FHC cientista social, que não permite que os afetos lhe enevoem o juízo. E com o FHC político, que não intervém de maneira abusiva nas eleições de outros países
*Folha de São Paulo - 13.07.2012

13 de julho de 2012
blog do mario fortes

JUSTIÇA FEITA POR DEPUTADOS FEDERAIS


 
13 de julho de 2012
postado por lord

COMEMORAR? O QUÊ?

Leio uma nota do Ilimar Franco que me provocou, perdão, leitor, engulhos:

Cassado Demóstenes Torres, um grupo de senadores comemorou no restaurante Antiquarius de Brasília. No brinde com vinho: os peemedebistas Renan Calheiros, Eunício Oliveira, Romero Jucá e Eduardo Braga, e o petebista Gim Argello.

Desculpe, mas o que é que essas pessoas foram comemorar? O fim da corrupção no Brasil, a erradicação dessa praga para sempre ou o azar do goiano?

Já tinha ficado estarrecida com a postura arrogante de Renan Calheiros durante os procedimentos da cassação de Demóstenes Torres. Quem desembarcasse de uma nave espacial pensaria que esse senhor, esse maranhense, é o protótipo do puro, é um ser especial que nunca errou. Nem sonharia que entre ele e Torres as diferenças são mínimas.

Leio também, no Estadão, no editorial de ontem O bloco dos descarados, sobre o prefeito de Palmas, TO, Raul de Jesus Lustosa Filho (PT), que confessa candidamente: "Tive a infelicidade de ser filmado" no momento em que o flamejante cachoeira o subornava e filmava... Que azar, não é mesmo?

O deputado do PSOL/RJ, Chico Alencar, diz que o prefeito Lustosa Filho é o “padrão degradado” da política nacional. Concordo com ele, mas gostaria que ele ampliasse a lista, que incluísse nela os animados clientes do Antiquarius de Brasília.

Eu não consigo comemorar quando vejo o nome de nosso país na sarjeta. A quem pode alegrar saber que um Senador da República vendia seus favores a um bicheiro dentro do Senado Federal?

Preferiria mil vezes que o ex-senador Torres fosse um sujeito decente e que nunca essas coisas acontecessem em meu Brasil. Ele mereceu ser cassado e em minha opinião, merece ser destituído de seu cargo de promotor. Mas esses fatos não são dignos de comemoração e sim de muito, de infinito pesar.

Poderíamos, quando muito, comemorar o fato de a cassação de Demóstenes ter sido por 56 votos a 19, com 5 abstenções e 1 ausência. Se isso não fosse um pretexto para a continuação do voto secreto nessas ocasiões. O que, espero, seja apenas pessimismo da minha parte.

Pelo menos – e já é um progresso – nos livramos do beija-mão siciliano como quando Renan, o Maranhense, escapou da cassação. Aquela cena não me sai da memória e foi um retrato vívido do “padrão degradado” de nossos políticos.

Padrão que é motivo para luto e não para brindes.

Maria Helena Rubinato Rodrigues de Sousa
13 de julho de 2012

OS SEM-VOTO

 

O caso do suplente do ex-senador Demóstenes Torres, que já chega ao Senado tendo que explicar seu relacionamento com o bicheiro Carlinhos Cachoeira e a ocultação de empresas em sua declaração de bens ao TSE, traz novamente à discussão um dos graves problemas da política brasileira.

Em qualquer reforma política que se faça, a definição do suplente de senador tem lugar destacado, pois, de um tempo para cá, ficou cada vez mais comum os suplentes assumirem o cargo, tendo havido ocasião, na legislatura anterior, em que nada menos que 1/3 das 81 vagas foi ocupado no mesmo momento por suplentes que não receberam um único voto dos eleitores.

Neste momento, com a chegada do empresário goiano Wilder de Morais, do DEM, a bancada atual do Senado contará com nada menos que 16 suplentes no exercício do mandato.

Cinco substituem senadores que viraram ministros de Dilma (como Edison Lobão, Gleisi Hoffmann, Garibaldi Alves, Crivella) e secretário estadual, caso de João Alberto, no Maranhão.

Outros sete em substituição aos que renunciaram, como Joaquim Roriz, para não ser cassado; e os outros seis para assumir governos estaduais e TCE, no caso de Marisa Serrano, no Mato Grosso do Sul.

Dois substituem senadores que morreram: Itamar Franco e Eliseu Resende, e outros dois, os que perderam mandato: Expedito Júnior (cassado pela Justiça Eleitoral em 2007) e Demóstenes Torres ontem.

Nos próximos dias, Valdir Raupp, presidente do PMDB, vai se afastar por quatro meses para cuidar da campanha, e aí teremos 17 senadores sem voto no exercício da senatoria.

Há casos de todos os tipos. Desde empresários que financiam as campanhas em troca de alguns momentos de glória até os que colocam parentes na suplência.

Bom exemplo de empresário que vira político sem receber um voto é Wellington Salgado, que reapareceu para o grande público justamente na cassação de Demóstenes Torres. Usando a prerrogativa de ter sido senador, circulava nos bastidores do Senado pedindo votos contra a cassação.
Ele faz parte da família que é proprietária da rede de ensino superior Universo (Universidade Salgado de Oliveira), que começou em São Gonçalo, no Estado do Rio, e hoje está instalada em 11 cidades do país e financiou a campanha de Hélio Costa, exercendo o mandato enquanto Costa era ministro das Comunicações no governo Lula.

Na parte familiar, o líder do governo no Senado, Eduardo Braga, tem como primeira suplente sua mulher, Sandra Backsmann Braga. Na atual legislatura, Edison Lobão Filho, do PMDB do Maranhão, está senador, enquanto o pai, Edison Lobão, está ministro de Minas e Energia, e Ivo Cassol, do PR de Rondônia, tem o pai, Reditário Cassol, de suplente.

Há também diversos exemplos de acordos políticos, sendo o mais polêmico o que envolveu o ex-senador Saturnino Braga e o ex- ministro do Trabalho Carlos Lupi.
Os dois combinaram dividir o mandato, mas Saturnino, tendo saído do PDT, decidiu continuar seu mandato pelo PT, sentindo-se liberado do acordo.

Outra questão mal resolvida na prática política brasileira é a da declaração de bens dos candidatos. A maioria prefere parecer aos olhos do eleitorado como pessoa sem grandes posses, e os gastos de campanha também são escamoteados, enquanto nos Estados Unidos o peso do dinheiro é tão grande na campanha eleitoral que uma das maneiras de revelar a força de uma candidatura é anunciar quanto arrecadou em doações.

Paradoxalmente, candidatos endinheirados podem ser afastados da disputa por falta de votos, como aconteceu em 2008, do lado democrata, com o advogado John Edwards, e, do lado republicano, com o ex-governador Mitt Romney, que colocou nada menos do que US$ 35 milhões do próprio bolso na campanha frustrada.

Hoje, Romney é o candidato republicano à sucessão de Obama e está conseguindo uma arrecadação de campanha maior do que a do presidente no cargo, o que é um dos indicadores da força de sua candidatura junto ao eleitorado republicano.

No Rio, temos o caso emblemático do ex-prefeito Cesar Maia, que se apresentou como candidato a vereador declarando não ter qualquer bem. A explicação oficial é que distribuiu seus bens entre a família ao fazer 65 anos.

O suplente de Demóstenes é um dos empresários mais ricos de Goiás e foi o segundo maior doador da sua campanha em 2010, mas omitiu boa parte de seus bens na prestação de contas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Foi colocado na chapa por interferência do bicheiro Carlinhos Cachoeira, que também o colocou na Secretaria de Infraestrutura do governador de Goiás, Marconi Perillo, fatos hoje comprovados devido à gravação de uma conversa telefônica entre os dois feita pela Polícia Federal, em que o empresário Wilder Morais agradece a Cachoeira tê-lo colocado na política.

A conversa tem como pano de fundo um desentendimento entre os dois devido ao envolvimento da então mulher do empresário, Andressa, com o bicheiro. Os dois hoje estão juntos, e Wilder virou senador.

Um dos pontos de maior apelo popular nas propostas de reforma política é a definição de suplente de senador, devido ao verdadeiro escândalo que foi, na última legislatura, quase 1/3 do Senado ter sido ocupado por suplentes sem votos.

O suplente substitui o titular em caso de afastamento temporário para ocupar outro cargo ou de licença superior a 120 dias, e sucede a ele nos casos em que se afasta definitivamente.
Há propostas que estabelecem que o suplente substitui o titular, mas não sucede a ele, ou seja, só assumiria o cargo em caso de afastamento temporário do titular, não assumindo na ocorrência de afastamento definitivo.

Nesse caso, haveria novas eleições, exceto faltando menos de 60 dias para a eleição regular, quando o suplente assumiria a cadeira até o fim do mandato.

Há também proposta que estabelece que o suplente de senador será o deputado federal mais votado do mesmo partido, e outra ainda que determina que o candidato a senador derrotado com maior votação será o suplente.
Mas o assunto voltou para as gavetas da burocracia do Congresso, e não há previsão de ser retomado.

13 de julho de 2012
Merval Pereira, O Globo

DILMA IMITA LULA: "PAÍS VIVE UMA REALIDADE NUNCA ANTES VISTA".

Ela citou medidas do governo, como redução de juros, uma taxa de câmbio que impede que a indústria seja sucateada e apontou para a perspectiva de redução de impostos
A nostalgia dominou a cerimônia de batismo da Plataforma P-59, na Bahia. A presidente Dilma Rousseff, ao lado da presidente da Petrobrás, Maria das Graças Foster, destacou que a "teimosia" do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva mostrou que o Brasil é capaz de construir uma plataforma como a que foi inaugurada hoje e, relembrando a expressão do seu antecessor, disse que o País vive uma realidade "nunca antes vista".
Ela citou medidas do governo, como redução de juros, uma taxa de câmbio que impede que a indústria seja sucateada e apontou para a perspectiva de redução de impostos. "Os juros no País estão como nunca antes atingiram", declarou.
A presidente afirmou hoje que a crise internacional será uma oportunidade para o Brasil crescer e produzir. "O Brasil está em outro caminho, o nosso caminho não é igual ao deles", disse.
Em seu discurso, ela lembrou que o Brasil atualmente "reparte o bolo" enquanto os países europeus vivem uma realidade de desemprego, corte de salários e de benefícios dos trabalhadores.
"Tem países europeus com taxa de desemprego de 25%", ressaltou. "O nosso caminho não é caminho de tirar o direito de trabalhadores, o nosso caminho é outro", emendou.

Para Dilma, o caminho do País é o de manter o desenvolvimento e garantir que as vantagens sejam distribuídas, com emprego de qualidade e capacitação dos trabalhadores. "O meu governo está atento a isso para que, diante dessa situação internacional, o desempenho seja o melhor possível, aproveitando oportunidades", afirmou.

'Uma das maiores nações do mundo'

A presidente disse ainda que o Brasil irá se "transformar em uma das maiores nações do mundo". Ela reiterou que mesmo com o acirramento da crise financeira internacional, o País é composto de pessoas alegres e felizes e está conseguindo construir o seu caminho ao longo do século XXI e se transformando em uma das maiores nações do mundo. "Eu tenho imensa confiança na capacidade do meu povo de enfrentar desafios e encontrar soluções", argumentou, sob aplausos dos que estavam presentes.

Vestida com um blusão laranja da Petrobras, Dilma disse que é da época, não tão distante, em que diziam que o País deveria importar tudo e transferir o dinheiro para as viúvas e trabalhadores de outros países. "Mas nós teimamos, primeiro porque somos capazes sim de construir plataformas, de ter achado o pré-sal e depois de 20 anos estamos construindo a primeira sonda no País. Porque não seríamos capazes de construir uma plataforma?"
E disse que isso é em razão do bom nível de nossas indústrias e trabalhadores.

"O mais interessante é que nós fomos a segunda maior indústria naval do mundo, até os anos 80", disse a presidente, reiterando que a decisão de construir essa plataforma foi por "teimosia de um brasileiro chamado Lula".
E emendou: "Isso é um imenso orgulho, mas sobretudo uma promessa de futuro, o que tem aqui não é só aço, sistema computadorizado, aqui está um caminho de futuro, o fato é que vamos continuar gerando emprego e renda para a população brasileira."

Além da presidente Dilma e de Graça Foster, o governador da Bahia, Jacques Wagner (PT), o ministro das Minas e Energia, Edison Lobão, e o ex-presidente da Petrobrás José Sergio Gabrielli participaram do evento.

Daiene Cardoso, da Agência Estado
13 de julho de 2012

DILMA IMITA LULA: "PAÍS VIVE UMA REALIDADE NUNCA ANTES VISTA".

Ela citou medidas do governo, como redução de juros, uma taxa de câmbio que impede que a indústria seja sucateada e apontou para a perspectiva de redução de impostos
 
A nostalgia dominou a cerimônia de batismo da Plataforma P-59, na Bahia. A presidente Dilma Rousseff, ao lado da presidente da Petrobrás, Maria das Graças Foster, destacou que a "teimosia" do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva mostrou que o Brasil é capaz de construir uma plataforma como a que foi inaugurada hoje e, relembrando a expressão do seu antecessor, disse que o País vive uma realidade "nunca antes vista".
 
Ela citou medidas do governo, como redução de juros, uma taxa de câmbio que impede que a indústria seja sucateada e apontou para a perspectiva de redução de impostos. "Os juros no País estão como nunca antes atingiram", declarou.
A presidente afirmou hoje que a crise internacional será uma oportunidade para o Brasil crescer e produzir. "O Brasil está em outro caminho, o nosso caminho não é igual ao deles", disse.
Em seu discurso, ela lembrou que o Brasil atualmente "reparte o bolo" enquanto os países europeus vivem uma realidade de desemprego, corte de salários e de benefícios dos trabalhadores.
"Tem países europeus com taxa de desemprego de 25%", ressaltou. "O nosso caminho não é caminho de tirar o direito de trabalhadores, o nosso caminho é outro", emendou.

Para Dilma, o caminho do País é o de manter o desenvolvimento e garantir que as vantagens sejam distribuídas, com emprego de qualidade e capacitação dos trabalhadores. "O meu governo está atento a isso para que, diante dessa situação internacional, o desempenho seja o melhor possível, aproveitando oportunidades", afirmou.

'Uma das maiores nações do mundo'

A presidente disse ainda que o Brasil irá se "transformar em uma das maiores nações do mundo". Ela reiterou que mesmo com o acirramento da crise financeira internacional, o País é composto de pessoas alegres e felizes e está conseguindo construir o seu caminho ao longo do século XXI e se transformando em uma das maiores nações do mundo. "Eu tenho imensa confiança na capacidade do meu povo de enfrentar desafios e encontrar soluções", argumentou, sob aplausos dos que estavam presentes.

Vestida com um blusão laranja da Petrobras, Dilma disse que é da época, não tão distante, em que diziam que o País deveria importar tudo e transferir o dinheiro para as viúvas e trabalhadores de outros países. "Mas nós teimamos, primeiro porque somos capazes sim de construir plataformas, de ter achado o pré-sal e depois de 20 anos estamos construindo a primeira sonda no País. Porque não seríamos capazes de construir uma plataforma?"
E disse que isso é em razão do bom nível de nossas indústrias e trabalhadores.

"O mais interessante é que nós fomos a segunda maior indústria naval do mundo, até os anos 80", disse a presidente, reiterando que a decisão de construir essa plataforma foi por "teimosia de um brasileiro chamado Lula".
E emendou: "Isso é um imenso orgulho, mas sobretudo uma promessa de futuro, o que tem aqui não é só aço, sistema computadorizado, aqui está um caminho de futuro, o fato é que vamos continuar gerando emprego e renda para a população brasileira."

Além da presidente Dilma e de Graça Foster, o governador da Bahia, Jacques Wagner (PT), o ministro das Minas e Energia, Edison Lobão, e o ex-presidente da Petrobrás José Sergio Gabrielli participaram do evento.

Daiene Cardoso, da Agência Estado
13 de julho de 2012

ESSA É A MEDIDA CERTA DA GRANDEZA...

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13 de julho de 2012

NO DESGOVERNO DO PT, O PIB NÃO MEDE MAIS O CRESCIMENTO DO PAÍS


Impressionante!!!

O DESgoverno mais perdido que barata em galinheiro da nossa Nobel de economia, a presidANTA Dilmarionete Ducheff. Consegue em um único discurso acabar com toda a lógica de medir o crescimento de um país através do PIB.
 
A partir de hoje o crescimento da pocilga é medido por "ações" que o governo faz pelas crianças e pelos jovens...

Medir o crescimento do PIB é coisa de pequeno burguês selvagem capitalista. Socialista que se preza afunda a economia e mede crescimento pelo índice que bem entender.
PresidANTA...Lamento informar, mas olhando o Brasil aqui deste lado, o que vejo pelas crianças e pelos jovens é escola pública sucateada, falta de perspectiva de futuro para nossa juventude.
 
Faltam emprego e educação, a saúde está em estado grave, e os jovens que substituem o PIB na medição de crescimento continuam morrendo feito moscas nas mãos da vagabundagem. Se entregam aos vícios e às drogas, a prostituição infantil continua em alta e o crack vai dizimando mais uma geração.
 
Se o país é medido por esses indicadores, sinceridade...estamos na maior merda da nossa história.
 
Esse DESgoverno perdeu a mão da economia, e agora deu para inventar índices que sabemos que são absolutamente fictícios para tentar enganar o zé povinho e manter a popularidade da Dentuça na casa dos 3.000%.
Essa discurseira mentirosa e desesperada não passa de um baita tapa na cara de um povo festeiro e semi retardado.
 
E se aPresidANTA realmente acredita que os brasileiros que pensam entraram nesse canto do cisne do desespero em que se encontra essa camarilha de incomPTentes, ela é mais sem noção que seu antecessor.
 
Nossa economia vai aos tropeções, e quem é empresário sabe que a maré tá puxando uma baita ressaca.
 
Agora como o PIB está se arrastando, inventaram mais uma mentira para tentar explicar o inexplicável.
 
O Brasil vai continuar caminhando de alguma maneira apesar do DESgoverno que insiste em atrapalhar o crescimento do país.
 
Mas certamente perderemos mais uma década para o atraso burro-ideológico em que estamos metidos. E o zé povaréu emergente está atolado em dívidas, cheques sem fundo batendo recordes mês a mês, inadimplência em alta, em breve desemprego e volta à classe C,D e E.
 
Quando esse pessoal tiver que começar a devolver o carro zero por falta de pagamentos é que irá entender que para chegar a classe média o primordial é educação. Crédito fácil é presopopéia flácida para acalentar bovinos que não enche barriga de eleitor otário.
 
E a vaca governamental está em desabalada carreira em direção ao brejo da marolinha...
 
13 de julho de 2012
omascate
o

NARCOTERROR E CHÁVEZ, DUAS PRAGAS QUE AMEAÇAM A AMÉRICA LATINA E AS ADVERTÊNCIAS DO COMANDANTE DAS FFAA DOS EEUU


Comandante Douglas Fraser
O combate às Farc trouxe como efeito colateral o transbordamento das atividades de narcoguerrilheiros para países vizinhos, como Peru e Bolívia. Isso, associado ao novo poder dos cartéis do tráfico no México, é a maior ameaça à estabilidade na América do Sul hoje.
As palavras são do general Douglas Fraser, que chefia o Comando Sul das Forças Armadas dos EUA, responsável pela estratégia militar americana ao sul do México. Ele falou ao jornal Folha de S. Paulo na quarta à noite, antes do incidente com o Super Tucano na Colômbia.


Desde os anos 90, os EUA são os fiadores da política colombiana de combate às Farc, que desarticulou a cadeia de comando do grupo.
Mas a questão do narcoterrorismo segue viva na região, como Fraser admite, até porque a atividade no México estimulou novas associações criminosas e rotas de tráfico.
"Nosso foco é esse.
O crime traz instabilidade no Caribe e na América Central e pode descer para cá. Como a Colômbia focou nisso, traficantes de lá estão indo para o Peru e a Bolívia. É um problema que nenhum país pode resolver sozinho", afirma o general de 59 anos. 
 
PARAGUAI
 
Preocupado com a influência de Hugo Chávez na região, Fraser aplaudiu a reação dos militares paraguaios à aproximação da Venezuela durante o processo que levou ao impeachment do presidente Fernando Lugo em junho.
 
"O apoio dos militares foi à Constituição, e não a uma posição política. É uma mensagem muito forte", disse. Ele ressalvou que falava a partir de relatos indiretos.
 
A aprovação americana ao impeachment, visto como antidemocrático por vizinhos como o Brasil, causou as usuais suspeitas nos governos à esquerda da região.
 
O tema da cessão aos EUA de uma base aérea no Paraguai voltou à tona. "Não há isso", diz Fraser. A base de Mariscal Estigarribia teve presença americana na década passada, para treinamento.
 
Mas o general é dúbio quando perguntado sobre o interesse americano. "Interessa para todos nós combater o crime transnacional."
Já o terrorismo islâmico na região da Tríplice Fronteira entre Brasil, Argentina e Paraguai é minimizado.
 
"Minha preocupação com a ação do Irã aqui é a presença do Hizbollah libanês e do Hamas palestino [aliados de Teerã]. Mas não vi indicação de conexão operacional na região. O Hizbollah está envolvido com atividades ilícitas para financiamento. Isso pode mudar? Pode, por isso ficamos de olho neles", diz.
 
O general esteve discretamente no Brasil para discutir vigilância regional e visitou a Embraer, que quer vender Super Tucanos aos EUA e é parceira da Boeing, que visa fornecer caças ao Brasil.
 
A revisão da doutrina militar americana em janeiro mirou no Pacífico, visando a China. Então o hemisfério Sul será secundário, e a Quarta Frota naval recriada em 2008 pode ser desativada? "Nosso engajamento não vai mudar."
 
 
MEU COMENTÁRIO: Esta semana Obama disse que não via Chávez como uma ameaça à segurança dos Estados Unidos, no que foi, inclusive censurado pelo seu oponente na corrida presidencial.
 
13 de julho de 2012
in aluizio amorim

"A ERA DAS PERIGUETES"

 


Antes elas eram as abomináveis piranhas, cachorras e ratazanas, que devoravam os maridos e namorados alheios. Hoje são as adoráveis periguetes, queridas até entre as crianças, as famílias e o público mais conservador. Antes eram groupies de bandas de rock, ripongas calça-frouxa e marias-chuteira, que ganharam alforria com a pílula anticoncepcional, viraram grupo de risco depois da Aids e fizeram dos testes de paternidade por DNA um meio de vida.

Deborah Secco é a rainha das periguetes na televisão, temperando seu sex-appeal com um lado doce e vulnerável, como as putinhas românticas de Fellini, e ganhando sempre das moças de família na preferência do público. A Deborah discreta e tímida da vida real, com sua voz rouquinha e seu talento de atriz, vira um vulcão sexual sempre prestes a explodir, incendiando desejo e medo nos espectadores.Assim como Regina Duarte era a namoradinha, Deborah é a periguete do Brasil.

Mas não se iludam com a eventual doçura e os bons sentimentos da periguete. Como o próprio nome indica e o clássico das Frenéticas adverte, ela é bonita e gostosa, mas perigosa, no seu pacote está incluída a perspectiva de virar uma chave de cadeia. Mas, como tudo na vida, há periguetes do bem e do mal, as que têm amor à sua escolha e a exercem com alegria e sem culpa, e as sanguessugas vocacionais, as alpinistas sociais e as golpistas profissionais, que usam o corpo como arma. Como Mariana Ximenes em Passione.

Um dos maiores sucessos do megassucesso Brasil é Isis Valverde como a periguete boliviana Suélen, boa de cama e de mesa, que faz gato e sapato dos corações masculinos do Divino com seu mix de malícia e ingenuidade, espontaneidade e malandragem, e sua capacidade infinita de seduzir e de enganar. As novelas não vivem mais sem elas, que inspiraram Chico Buarque no Hino das Periguetes:

"Se acaso me quiseres, sou dessas mulheres que só dizem sim, por uma coisa à toa, uma noitada boa, um cinema um botequim (...) mas na manhã seguinte, não conta até vinte, te afasta de mim, pois já não vales nada, és página virada, descartada do meu folhetim."
13 de julho de 2012
Nelson Motta, O Estado de São Paulo

COM ECONOMIA MURCHA, DILMA DIZ QUE NAÇÃO SE MEDE POR POLÍTICA SOCIAL, NÃO PELO PIB. HUMMM!


O Banco Central divulgou nesta quinta (12) o seu índice mensal de aferição da atividade econômica.
Em maio, a economia brasileira recuou 0,02%. No acumulado do ano, registra-se um crescimento de irrisórios 0,85%.
Algo que permite farejar um PIB anual seguramente abaixo dos 2%. Contra esse pano de fundo, Dilma Rousseff discursou na 9ª Conferência Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente.

Declarou:“Uma grande nação deve ser medida por aquilo que faz com as suas crianças e adolescentes. Não é o Produto Interno Bruto, é a capacidade do país, do governo e da sociedade de proteger o que é o seu presente e o seu futuro, que são suas crianças e adolescentes”. Conversa para bovino nanar.
O melhor escudo para crianças e adolescentes é o contracheque dos pais. E o nível do emprego cresce na proporção direta da capacidade do país de empinar o seu PIB. O resto é política compensatória ou tentativa de reinventar a régua.

Por Josias de Souza - Notícias uol
13 de julho de 2012
movcc