"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



sexta-feira, 15 de junho de 2012

VEJA QUANTO (E COMO) ESTÃO TE ROUBANDO



A receita para a "solução" é um tanto simplista. Com o sistema que temos não adianta votar bem. Com essas regras do jogo, até Madre Tereza de Calcutá se corrompe. Será preciso muito mais que votar bem pra arrumar esse nosso bordel.
Mas a explicação sobre como e quanto te roubam É OTIMA!
Filme enviado por Rosa May Sampaio
fernaslm
15 de junho ded 2012

RIO + 20. ENCONTRADO JORNALISTA QUE AINDA NÃO EMPREGOU A PALAVRA "SUSTENTÁVEL"


Rio+20: Encontrado jornalista que ainda não empregou a palavra
Gloria Maira palestrou sobre a sustentabilidade do jornalismo



BARÃO DE LIMEIRA - A Abraji (Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo) convocou uma coletiva de imprensa para anunciar a descoberta de um jornalista que ainda não empregou as expressões "desenvolvimento sustentável", “sustentabilidade", "economia criativa" e "salvar o Planeta".

"Fizemos uma extensa pesquisa em todos os meios de comunicação até encontrá-lo. Contamos com nossos melhores repórteres. Foram meses de árdua e delicada investigação", discursou Florisberto Fernandes, representante da entidade, enquanto passava o indicador sobre a tela de seu iPad orgânico e falava em três celulares biodegradáveis ao mesmo tempo.


A identidade do jornalista não foi revelada a pedido da família. A Abraji está dividida quanto ao que fazer em relação à inquietante descoberta.
Há um grupo – majoritário, segundo os cálculos secretos da própria entidade – que vê no profissional um perigoso remanescente da economia fóssil a ser banido do ecossistema da informação.
"Mas não podemos julgar sem antes ouvir o Outro Lado", ponderou Fernandes, exibindo para as câmeras a 15ª versão do Manual de Conduta Ética e Moral da entidade, impressa em folhas de cânhamo.


Um grupo minoritário dentro da Abraji defende que o jornalista é um animal em extinção e, como tal, deveria ser incluído na lista de espécies em risco.
A tese tem ganho força e já há consenso de que é necessário manter o profissional sob vigilância.
"Instalaremos nele um colar eletrônico e ele ficará sob a observação de ONGs criativas, biólogos verdes e neurologistas sustentáveis, até que se possa formar um juízo melhor sobre seus hábitos e caráter. Já firmamos um convênio com o Observatório da Imprensa para coordenar os trabalhos", anunciou Florisberto, exibindo seu bloquinho de anotações produzido por uma ONG de inclusão social conveniada ao Ministério da Pesca.

O caso do profissional insustentável será debatido na Rio+20, dentro de uma mesa cujo título é "Mundo verde e jornalismo criativo: interfaces".
Com o desassombro de quem não teme a controvérsia e o vigoroso debate de ideias, Fernandes afirmou que "conhecimento e criatividade são as chaves para a sustentabilidade".
Jornalistas presentes tomaram nota da frase e, ao fim da tarde, pelo menos três grupos de discussão foram constituídos para avaliar suas implicações.

Os ingressos recicláveis para “Mundo Verde e jornalismo criativo: interfaces” poderão ser comidos com requeijão artesanal na hora do coffee-brake.


15 de junho de 2012
The i-Piaui Herald

NOVIDADE


Este blog também trata de coisas muito sérias. Não é só desbaste político, histrionismo ou putaria desenfreada. Vejo na internet uma notícia que acabou por não ser muito divulgada pela mídia normal. O Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp) inaugurou um serviço de ultra-som – ondas sonoras de alta freqüência que o ouvido humano não capta – para destruir células cancerígenas, sem anecessidade de cirurgia e anestesia.

O novo equipamento estará disponível à população pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Apesar do efeito do ultra-som em tumores já ser conhecido, o novo equipamento consegue focar até mil feixes em um único ponto – com a ajuda de um aparelho de ressonância magnética.
Com o calor, as células cancerígenas são queimadas, sem que o aumento de temperatura afete os tecidos saudáveis vizinhos. Único na América Latina, o aparelho é de tecnologia israelense e custou R$ 1,5 milhão.

Segundo Marcos Roberto de Menezes, diretor do setor de diagnóstico por imagem do Icesp, seis mulheres já foram atendidas com sucesso para casos de miomas – tumores benignos, de tecido muscular e fibroso, conhecidos por afetar o útero.
O Icesp já solicitou protocolos de pesquisa para testar a eficiência da técnica em metástases – câncer que se espalharam pelo corpo – ósseas.
“Essa tecnologia ainda é experimental, não só no Brasil, como em outros centros do mundo”. No caso das metástases, a aplicação seria um paliativo, mais indicada para reduzir as dores causadas pelo tumor e aumentar a qualidade de vida do paciente.

O tratamento, no entanto, não serve para qualquer paciente. Um estudo anterior precisa ser feito para saber quem pode passar pelo ultra-som.
Dois fatores que são levados em conta na escolha das pacientes são o local do tumores e o tamanho deles”, explica o médico do Icesp. A técnica dispensa o uso de anestésicos. “As pacientes ficam conscientes durante toda a operação, recebem apenas sedativos”. Segundo o médico, o procedimento não causa dor intensa. “As pacientes costumam reclamar de dores parecidas com cólicas menstruais, mas isso somente durante o exame.”

No caso do uso da terapia contra miomas, as pacientes deitam, de bruços, em uma esteira usada comumente em exames de ressonância magnética. O aparelho de ultra-som fica logo abaixo da cintura. A grande vantagem é que as áreas ao redor do tumor não são afetadas; a técnica é muito precisa, só ataca onde é necessário”.
O diagnóstico por imagem permite conhecer as áreas onde estão os miomas. Após definir os pontos que serão destruídos pelo calor, os médicos começam a disparar as ondas sonoras em pequenos pontos dos tumores.
 Cada pulso demora apenas alguns segundos. Vários são necessários para queimar uma área inteira. Toda a operação pode levar até, no máximo, 2 horas. O ultra-som eleva a temperatura das células cancerígenas até 80º C. “Esse calor destrói qualquer tipo de célula”.

O Icesp também inaugurou o Centro de Investigação Translacional em Oncologia – uma rede com 20 grupos de pesquisa em câncer. O espaço foi aberto em cerimônia que contou com a presença do governador Geraldo Alckmin e de Paulo Hoff, diretor do instituto. Com uma área de 2 mil metros quadrados, o andar no Icesp vai permitir o avanço em estudos sobre o câncer que reúnam conhecimentos de áreas diversas como a biologia molecular, epidemiologia e a engenharia genética.

O custo do investimento foi de R$ 2 milhões. O objetivo, segundo Roger Chammas, professor de oncologia do Icesp e responsável pelo espaço, é reunir todo o conhecimento que se encontra espalhado nas frentes de pesquisa de órgãos como a USP, o Hospital A.C. Camargo e Instituto do Coração.

Entre os equipamentos disponíveis para receber os grupos de pesquisa estão microscópios a laser, seqüenciadores de DNA e centrífugas. Haverá também um banco de amostras de tumores, que serão congelados para conservação.
Essa troca de informações é o que classifica o laboratório como “translacional”. “Essa palavra quer dizer que os conhecimentos de uma área em medicina são traduzidos para outra, com o objetivo de fazer o progresso das pesquisas ser integrado”, explica Chammas.
Segundo Giovanni Guido Cerri, secretário estadual de Saúde de São Paulo, a importância do espaço está na busca futura de novos tratamentos contra o câncer. “Este novo laboratório e o serviço de ultra-som de alta freqüência colocam São Paulo em uma posição privilegiada na rede nacional de atenção ao câncer”, afirma o secretário.

Magu
15 de junho de 2012
Fonte: G1

O MAU CARATISMO DA BUROCRACIA BRASILEIRA

Assisti na televisão uma entrevista sobre o CDC (Código de Defesa do Consumidor) e estavam presentes a senadora Marta “Suplicio” e o Ministro do Superior da Justiça, o Dr. Herben Benjamim. (fotomontagem).

Falaram da atualização do novo Código tendo em vista que o atual já está ultrapassado, segundo eles, e quais as modificações deveriam ser feitas para tornar a sociedade com mais direitos.
Fiquei impressionado com a discussão feita para melhorar os direitos dos consumidores da iniciativa privada que na cabeça dos burocratas estatais devem ser fiscalizados e punidos pelo Estado Totalitário e preguiçoso como é o nosso.



Fico estarrecido quando escuto ou leio um burocrata com o seu desconhecimento (ou seria cinismo?) e nesse caso foi com o desconhecimento do Ministro, que não entendem que o cidadão quando procura a Justiça também é um CONSUMIDOR. Para eles, claro, quem procura o Estado (setor público) ou a justiça não passa de um chato procurando seus direitos aonde não tem.

Eu mesmo tive uma questão por não pagamentos de aluguel que demorou 25 anos e nunca foi julgado pela Justiça. Nesse caso, qual Código eu deveria procurar para cobrar meus direitos que foram negados pelos serviços não feitos pela justiça (paga e mantida de forma cara por mim e por todo cidadão)? Ai nesses casos, nem o Ministro muito menos Marta “Suplicio” dão respostas ou entrevistas coletivas para defender o cidadão ou oferecer um Código do Consumidor para o Setor Público.
No meu caso particular terminei fazendo um acordo particular e recebi 20% do total a que tinha direito. Que justiça é essa? Fica claro que quando é o Estado o fornecedor do serviço não tem Código do Consumidor.

Certa vez em Bacabal no Maranhão, um empregado meu quebrou um braço e o levei ao pronto socorro e lá ele foi informado pelo atendente que o ortopedista que era para está no local, só trabalhava nos dias de quarta feira. Então falei para o rapaz que havia quebrado o braço que ele “estava errado” em ter quebrado o braço numa segunda feira, e que na próxima vez se lembrasse de quebrar numa quarta feira para ter seus “direitos” de saúde publica atendidos.
Ora, porque na quarta feira, que é um dia cabalista, foi o dia que o prefeito escolheu para se quebrar qualquer parte do corpo.

Neste caso eu perguntaria ao Ministro: qual é o Código que a prefeitura estaria enquadrada? Será que devo procurar o Ministro no Supremo, ou será que existe outro CDC apenas para o Governo? Nossa senadora Quartocentão tem o Hospital do Sírio Libanês que cobra trinta mil reais por dia de UTI, mas isto não é problema para a senadora porque tem o usuário dos serviços do Estado – que nunca são atendidos – para pagar a conta da senadora em que caso de necessidade grave ou leve.

É bom lembrar que no caso da senadora e do Ministro, certamente, eles tem o “seu” Hospital particular pago pelas pessoas que não tem direito a nada. Lembrei-me de uma frase de Alcides Carneiro que definiu hospital assim: “Hospital, infelizes os que procuram e felizes os que encontram”. Somos uma nação que seus filhos não tem a felicidade de encontrá-los.

Adauto Medeiros
15 de junho de 2012

QUEM PODE FICAR RICO?

Já fui de esquerda, hoje não mais. Não tem possibilidade alguma de um país crescer, se desenvolver, ficar rico sem ser pela iniciativa privada. Nenhuma chance. Mas não tem mesmo. Se houvesse alguma chance a União Soviética não teria falido.

O regime comunista sucumbiu com o Estado. Essa não é uma verdade absoluta, é um axioma. A última pá de cal no estatismo foi a falência da União Soviética. Cuba agoniza e vive de subsídios da Venezuela como já viveu da extinta União Soviética. A China foi mais esperta e se abriu economicamente. Politicamente é outra coisa.



O Estado é um desastre, um atraso e gerador de guerras. Que o diga o nazismo e o fascismo. E mais: nada cria, absolutamente nada cria. Quase diria: a não ser guerra e utopia.
Mas diante de tamanha evidência porque entre nós, falo da América Latina, ainda (a maioria?) se acredita no Estado como redentor dos povos? Como gerador de riqueza?
O que deveria ser por si só um paradoxo, porque falar do Estado como gerador de riqueza material é um contra-senso, ou melhor, isso só seria admissível como coisa de capitalismo e não de esquerdismo. Mas eis que é assim.

Haja vista o PT e os partidos ditos de esquerda no Brasil que adoram colocar a culpa dos males do mundo no capitalismo e no capitalista, no entanto adoram o “mundo” capitalista e suas descobertas (benesses) a começar pelas descobertas no mundo da informática.
Não é estranho? Pois bem, o PT e os partidos de esquerda criticam os empresários, a riqueza (a raiz claro sabemos: “é mais fácil um camelo passar no buraco de uma agulha do que um rico entrar no reino dos céus”), ficar rico, acumular riqueza material, dinheiro, etc, etc. Pelo que dizem adoram viver no “mundo da fantasia”, da miséria, hummm, cala-te boca.

Pois bem, agora acompanhando com imenso fastio, mas acompanhando o depoimento de Agnelo Queiroz, o governador do Distrito Federal que aumentou, olhe bem, eu escrevi aumentou o seu patrimônio material, pessoal, financeiro, em 413%, e isso, em apenas 4 anos, ou seja, de 2006 a 2010. Pode isso? Claro que pode. Os “outros” são os culpados, nunca o “esquerdista”.

Mas como aumentou o patrimônio pessoal financeiro se eles são contra a riqueza? Se eles são contra ficar rico e usufruir do dinheiro e suas benesses? Traduzindo em números: Agnelo declarou em 2006 um total de bens no valor de R$ 224.350. Na declaração de 2010, esse número quintuplicou, chegando a R$ 1.150.322. Pode isso? Amigo, é fácil se posicionar contra os ricos, mas desde que você se beneficie da riqueza.

Esse oportunismo (haveria outro nome a dar a esse tipo de atitude? Deixo com você a escolha) ainda sobrevive aqui justamente pela miséria do povo. Agora veja outro dado: se compararmos o patrimônio levando em conta os anos de 1998 a 2012, ai então seu patrimônio pessoal, financeiro aumentou 12 vezes. É mole?

Acho engraçado quando escuto em rodas sociais alguém dizer: “fui a Alemanha, país rico, tomado de empresas…” e ai cita várias empresas privadas. Quando procuramos saber ou aprofundar essa mesma pessoa não consegue perceber que um país ficar rico não é por outro caminho que a iniciativa privada. Mas aqui no Brasil haja apoiar o PT. O filho de Lula ficou milionário, com o pai (ai papai) comparando o filho ao jogador Ronaldo, só não consegui dizer por que o filho ficou milionário exatamente durante o mandato do pai como presidente. Não engraçado? Mas vamos criticar os ricos, os empresários e fazer fortuna. Definitivamente não somos um país sério.

Laurence Bittencourt
15 de junho de 2012

(*) Fotomontagem: Agnelo Queiroz e seu aumento de patrimonal.

OS DELÍRIOS DO MINISTRO

Os organizadores da Copa do Mundo de 2014, insistem em garantir que os estádios que os estádios ficarão prontos em tempo hábil.
Apesar das garantias dos organizadores do Mundial de que os estádios ficarão prontos até 2014, o atraso no cronograma de algumas obras tem causado contradições no discurso do governo federal.



O ministro dos Esportes, Aldo Rebelo, afirmou que, por enquanto, o governo considera que todas as obras previstas serão entregues dentro dos prazos estabelecidos.
“Caso isso não seja possível, encontraremos uma solução”, disse o ministro. “Algumas das obras não foram projetadas especificamente para a Copa do Mundo; elas fazem parte do plano de investimento em infra-estrutura do país. Mas não trabalhamos, por ora, com a hipótese de não entregar essas obras a tempo”, acrescentou.
Além dele não dizer, qual a solução que será “encontrada”, ele esqueceu de combinar com seu colega de governo Aguinaldo Ribeiro, ministro das Cidades, admitindo há duas semanas, que algumas obras não teriam condições de serem entregues a tempo do início do Mundial.
A Copa não depende somente de preparar os estados, tão importante quanto isso, são as obras de mobilidade urbana, que, segundo Ribeiro, pelo menos 15 das 22 dessas obras não ficarão prontas para o evento.

“O maior desafio continua sendo os aeroportos e a infra-estrutura de transporte urbano, uma vez que muito pouco foi feito até agora”, disse Paulo Resende, coordenador do Núcleo de Infra-estrutura e Logística da Fundação Dom Cabral.

Mas Rebelo continua enganosamente a delirar: “Há uma preocupação permanente da Fifa, e é natural que os estádios sejam o foco principal da atenção, pois são os equipamentos essenciais para o evento”, acrescentou Rebelo. “Vamos mostrar que os estádios estão com o cronograma compatível com o previsto, como foi definido. Não há atraso na construção dos estádios”.
Com um ministro desse tipo, o Brasil terá a chance abrigar, depois de 84 anos e 20 competições, a pior Copa da história.
Dá-lhe Rebelo!

15 de junho de 2012
giulio sanmartini
(*) Fotomontagem: Sai o corrupto e entra o babaca.

AS CONFISSÕES DE LULA...


Lula vai a uma igreja e se ajoelha na frente de Jesus crucificado, rezando

Lula: - Jesus, estou totalmente arrependido e gostaria de redimir meus pecados.
Jesus: - Está bem. Que tens feito?
Lula: - Depois de oito anos no governo, deixei meu povo arruinado e na miséria.
Jesus: - Dê graças ao Pai!
Lula: - Também traí o povo e meu partido, que me deram apoio e, quando precisaram de mim, dei-lhes as costas. Expulsei do partido os Verdadeiros petistas!
Jesus: - Dê graças ao Pai!
Lula: Economizei verbas da saúde, educação, moradia, conservação de estradas, pesquisas científicas, tudo para encher os cofres do PT. Mandei comprar toalhas e lençóis importados, de linho egípcio, para o Palácio Alvorada e Granja do Torto. Enchi os depósitos do palácio com todos os tipos de bebidas caras.
Jesus: - Dê graças ao Pai!
Lula: Comprei um avião a jato novo, importado, dando emprego para estrangeiros e não para os brasileiros que trabalham na Embraer. É que, receber mala preta da Embraer ia dar zebra . Protegi as maracutaias do Zé Dirceu, do Waldomiro e do tesoureiro do partido. Comprei votos de Deputados e senadores com liberação de verbas de emendas deles ao orçamento.
Jesus: - Dê graças ao Pai!
Lula: Arregacei com os velhinhos, cobrando novamente dos aposentados a contribuição previdenciária, sem qualquer contra prestação do Estado para eles. Comprei o apoio da Rede Globo com liberação de financiamento pelo BNDES, para eles pagarem dívidas vencidas, negocinho de pai para filho com o dinheiro do povo. Coloquei o protetor de marginais Tomás Bastos Como Ministro da Justiça.
Jesus: - Dê graças ao Pai!
Lula: Protegi os delinqüentes do MST e dei apoio às invasões do MST para desestabilizar a democracia e tentar dar um golpe e assumir como o Fidel. Agora não sei como fazer para parar aquele bando de bandidos. Dei apoio ao Hugo Chavez, o maior bandido da América Latina.
Jesus: - Dê graças ao Pai!
Lula: - Protegi o Meirelles e o presidente do Banco do Brasil quando a imprensa apurou as realidades sobre as delinqüências dos dois.
Jesus: - Dê graças ao Pai!
Lula: - Mas, Jesus, estou realmente arrependido e a única coisa que o Senhor tem para me dizer é: ´dê graças ao Pai´?
Jesus: - Sim, agradeça ao Pai que estou aqui pregado na cruz, porque senão desceria dela para te encher de porrada, seu ignorante, analfabeto, deslumbrado, traidor, ladrão, sem vergonha, mentiroso, golpista, corrupto, aproveitador ... Vai trabalhar vagabundo!


Nota: Quem receber esta corrente tem obrigação ética e cívica de retransmiti-la ao menos para 10 amigos. Se esta corrente não continuar o Lula será eleito, depois do desgoverno de sua “protegida”. Garotinho será novamente governador, o Jader Barbalho vai voltar à presidência do Senado e Marta Suplicy continuará na política.
A maioria se esquece que um dia teremos que prestar conta.


Se quebrares a corrente terás 7 anos de atraso de vida!

15 de junho de 2012



UM ADVOGADO NÃO PODE AGIR COMO UM COMPARSA


"sempre que Márcio Thomaz Bastos triunfa num tribunal, a Justiça é derrotada e a verdade morre outra vez"
 
“Serei eu o juiz do meu cliente?”, pergunta Márcio Thomaz Bastos no título do artigo publicado na Folha desta quinta-feira.
O cliente em questão é, segundo o doutor, “Carlos Augusto Ramos, chamado Cachoeira”, que contratou em março os serviços do ex-ministro da Justiça capaz de enxergar inocentes até em serial killers americanos.
 
“Não o conhecia, embora tivesse ouvido falar dele”, informa no quinto parágrafo. Ouvira o suficiente para cobrar R$15 milhões pela missão de garantir que envelheça em liberdade.
Depois de consumir dezenas de linhas na descrição do calvário imposto a um cidadão sem culpas por policiais perversos, promotores desalmados e juízes sem coração, o doutor enfim se anima a responder à pergunta do título.
“Serei eu então juiz de meu cliente?”, repete.
“Por princípio, creio que não.
Sou advogado constituído num processo criminal.
Como tantos, procuro defender com lealdade e vigor quem confiou a mim tal responsabilidade”.
Conversa fiada, demonstrou o grande Heráclito Fontoura Sobral Pinto num trecho de numa carta escrita em outubro de 1944 (veja post na seção Vale Reprise):
“O primeiro e mais fundamental dever do advogado é ser o juiz inicial da causa que lhe levam para patrocinar.
Incumbe-lhe, antes de tudo, examinar minuciosamente a hipótese para ver se ela é realmente defensável em face dos preceitos da justiça.
Só depois de que eu me convenço de que a justiça está com a parte que me procura é que me ponho à sua disposição”.
No artigo, Márcio Thomaz Bastos sustenta que todos os clientes e causas merecem o mesmo tratamento.
 
Assim, vale tudo para absolver tanto um ladrocida compulsivo quanto de um sacristão engaiolado por ter bebido o vinho do padre.
“Não há exagero na velha máxima: o acusado é sempre um oprimido”, afirma.
“Ao zelar pela independência da defesa técnica, cumprimos não só um dever de consciência, mas princípios que garantem a dignidade do ser humano no processo.
 
Assim nos mantemos fiéis aos valores que, ao longo da vida, professamos defender.
Cremos ser a melhor maneira de servir ao povo brasileiro e à Constituição livre e democrática de nosso país”.
Quem colocou o gabinete de ministro da Justiça a serviço da quadrilha do mensalão não pode disfarçar-se de guardião do Estado de Direito.
 
Quem procura enterrar em cova rasa as provas contra Cachoeira, colhidas pela Polícia Federal que chefiou, está convidado a dispensar-se de declarações de amor à democracia.
Sem imaginar como seria o Brasil da segunda década do século seguinte, Sobral Pinto desmoralizou as falácias desfiadas por Márcio:
 
“A advocacia não se destina à defesa de quaisquer interesses.
Não basta a amizade ou honorários de vulto para que um advogado se sinta justificado diante de sua consciência pelo patrocínio de uma causa.
 
O advogado não é, assim, um técnico às ordens desta ou daquela pessoa que se dispõe a comparecer à Justiça.
O advogado é, necessariamente, uma consciência escrupulosa ao serviço tão só dos interesses da justiça, incumbindo-lhe, por isto, aconselhar àquelas partes que o procuram a que não discutam aqueles casos nos quais não lhes assiste nenhuma razão”.
 
Na Folha, o advogado de Cachoeira tortura a verdade: “Aconteceu o mais amplo e sistemático vazamento de escutas confidenciais”, fantasia.
“A pródiga história brasileira dos abusos de poder jamais conheceu publicidade tão opressiva.
Estranhamente, a violação de sigilo não causou indignação.
 
Dia após dia, apareceram diálogos descontextualizados, compondo um quadro que lançou Carlos Augusto na fogueira do ódio generalizado.
Trocou-se o valor constitucional da presunção de inocência pela intolerância do apedrejamento moral”.
 
Tradução da discurseira em juridiquês: a culpa é da imprensa, responsável pelo que o articulista define como “publicidade opressiva”.
A expressão foi inaugurada na entrevista à Band em que o doutor acusou a imprensa de ter tomado partido no caso do mensalão.
O bando liderado por José Dirceu nada fez de errado, explicou o entrevistado. Só será punida se os ministros do STF cederem à “publicidade opressiva” produzida por jornalistas que insistem em ver as coisas como as coisas são.
 
Na carta, o jurista admirável coloca em frangalhos, com quase 70 anos de antecedência, a tese forjada para justificar a parceria entre márcios e cachoeiras:
 
“É indispensável que os clientes procurem o advogado de suas preferências como um homem de bem a quem se vai pedir conselho.
 
Orientada neste sentido, a advocacia é, nos países moralizados, um elemento de ordem e um dos mais eficientes instrumentos de realização do bem comum da sociedade”.
 
Desde 2005, quando o mensalão o induziu a excluir valores éticos dos critérios que determinam a aceitação de uma causa, o espetáculo tristonho se repete: sempre que Márcio Thomaz Bastos triunfa num tribunal, a Justiça é derrotada e a verdade morre outra vez.
 
Gente com culpa no cartório escapa da cadeia, cresce a multidão de brasileiros convencidos de que aqui o crime compensa e ganha consistência a suspeita de que lutar pela aplicação rigorosa da lei é a luta mais vã.
 
É o que ocorrerá, por exemplo, se os argumentos invocados pelo ex-ministro forem acolhidos pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região, que designou três desembargadores para julgarem o pedido de habeas corpus impetrado em favor de Cachoeira.
 
O relator Tourinho Neto já encampou as reivindicações de Márcio.
Votou pela soltura do meliante, preso desde 29 de fevereiro, e considerou ilegal a escuta telefônica feita por agentes da Polícia Federal durante a Operação Monte Carlo.
Falta apenas um voto para a consumação da ignomínia.
Todo acusado, insista-se, tem direito a um advogado de defesa.
 
Mas doutor nenhum tem o direito de mentir para livrar de punições o acusado de crimes que comprovadamente cometeu.
O advogado, resumiu Sobral Pinto, é o juiz inicial da causa.
Não pode agir como comparsa.
 
15 de junho de 2012
Augusto Nunes

ERUNDINA VICE DE HADDAD? AFINAL, QUE PORRA DE RENOVAÇÃO É ESSA?

E o PT lançou a candidatura do Fernando Haddad a prefeitura de SP com o "slogan" de renovação.
Haddad 3%, a invenção do Defuntus Sebentus, vem para a disputa eleitoral sob a batuta do novo, da renovação, dando a entender que tudo o que está aí é velho e ultrapassado.
 
O Sebento preteriu Marta Suplicy à corrida eleitoral e impôs Haddad 3% na base do dedaço e da prepotência de um ser que pensa que é Deus, e o mais bizarro, os seus seguidores acreditam nessa condição.
A PT se ajoelhou diante das ordens do todo poderoso de Garanhuns e humildemente lamberam as bolas do nonadáctilo ditador.
 
E percebendo que Haddad não tem chance alguma na disputa eleitoral por SP, Sebentus em mais uma demostração de prepotência ajeitou uns acordos infames com o PSB do Nordeste e aceitou Luiza Erundina como vice na chapa de Haddad.
Para quem não sabe, Erundina foi uma desastrada prefeita pelo PT em SP entre 1989 e 93 sucedendo o governo daquele outro lixo chamado Jânio da Silva Quadros.
Uma política que tem 77 anos, e que de renovação talvez tenha um joanete no dedinho do pé esquerdo.
 
Em outras palavras, tiraram Marta da disputa pára renovar SP, e quando perceberam a merda que fizeram, as Ratazanas Vermelhas comandadas pelo Oráculo de Garanhuns se agarraram em fio desencapado e caíram na patetice de renovar em uma aliança com um partido sem expressão e com uma chapa pré histórica e mofada com Erundina.

Se Luiza Erundina for renovação, o novo, o mudérnu, tamos phudidos de vez.
O contra senso e a arrogância dos PTralhas é tamanha que eles irão afirmar e acreditar que Luiza Erundina é renovar na política.
E a oposição ainda não percebeu que Erundina não é nada de novo na política, pois se perceber e usar isso contra o PT a aliança fica comprometida e os 3% do Haddad serão eternos.
 
O Sebento pós câncer perdeu de vez a noção de tudo, acha que tudo pode e está acima do bem e do mal, agora chegou a hora do povo de SP colocar esse traste no seu devido lugar que é o limbo da história.
 
E para a Marta Suplicy que foi preterida pelo "novo" Erundina, minha mais profunda gargalhada com os desejos de um gigantesco PHODA-SE!!!
 
Erundina ao menos teve a coragem de sair do PT quando percebeu que ele estava se tornando o partido de um homem só, agora veremos até onde vai a dignidade de Marta Suplicy para ficar e ser desprestigiada e tratada como burra, ou sair do PT.
E no mais
 
15 de junho de 2012
omascate

A CARA DE PALERMA APAIXONADO CONFIRMA QUE A CPI É UMA CONFRARIA DE PILANTRAS E IDIOTAS



 
O que será que ele está vendo?, intrigaram-se nesta quinta-feira incontáveis leitores da Folha confrontados com a foto na primeira página. A expressão superlativamente embecida do deputado federal Jilmar Tatto grita que o líder da bancada do PT está cruzando, a bordo de um floco de nuvens multicoloridas, a difusa fronteira que separa o deslumbramento do êxtase. O que faz bater em descompasso o coração do companheiro?
Os olhos rútilos e os lábios trêmulos, na grande imagem de Nelson Rodrigues, avisam que Jilmar está grávido de admiração, orgulho e felicidade. O que estará acontecendo? O grupo de candidatas a miss em visita a seu gabinete resolveu homenageá-lo com um striptease coletivo? A ex-primeira dama Carla Bruni irrompeu no plenário para sussurrar-lhe que topa trocar Paris por Brasília? Andressa Mendonça, mulher de Carlinhos Cachoeira, apareceu de repente para comunicar que só aceitará depor na CPI se tiver a seu lado, e de mãos dadas, aquele parlamentar tão sensível?


Nada disso. Jilmar ficou assim sem que fosse apresentado a alguma singularidade assombrosa. Para exibir essa cara de palerma apaixonado, bastou-lhe testemunhar, sentado na fila do gargarejo da CPI, o momento em que o governador Agnelo Queiroz propôs a quebra do sigilo telefônico, bancário e fiscal já quebrado pelo Supremo Tribunal Federal. “Você é nosso e nós somos teu”, parece murmurar a fisionomia do líder do PT. O recado endereçado a Sérgio Cabral pelo torturador gramatical Cândido Vaccarezza é a mais perfeita tradução da CPI de araque.
Reveja a foto no alto da página. Contemple sem pressa a imagem que levou Jilmar Tatto a flutuar na estratosfera. Fica mais fácil entender por que a CPI do Cachoeira virou uma chanchada pornopolítica que finge investigar coadjuvantes para manter longe da cadeia os protagonistas de outro escândalo calculado em bilhões de reais. O deputado Miro Teixeira tem razão: abstraídos os raríssimos homens honrados, o que se vê é um duelo travado por tropas do cheque tão patéticas e desprezíveis quanto as velhas tropas de choque.
Governistas e oposicionistas aplaudem os bandidos de estimação e fazem de conta que estão bravos com os meliantes do lado de lá. A simulação ficou perigosa depois que a cachoeira desaguou na Delta. Nesta quinta-feira, o PT e a base alugada se juntaram para conjurar o perigo e excluíram Fernando Cavendish da lista de depoentes. Melhor encerrar os trabalhos antes que o Brasil inteiro enxergue na CPI o que ela é: uma Confraria de Pilantras e Idiotas.
 
15 de junho de 2012
Por Augusto Nunes - Veja Online

O PODER ANÔNIMO


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Distinguindo entre a ação das forças da natureza e a do poder humano, Romano Guardini assinalava que a segunda se distingue por um senso de propósito, portanto pela presença de um agente humano responsável. É tão absurdo perguntar quem foi o culpado por um terremoto quanto imaginar um poder político, econômico, militar ou cultural sem um ou vários agentes responsáveis por trás dele.

Guardini escreveu isso no seu livro Die Macht ("O Poder"), de 1951. Já naquela época ele notava um fenômeno que então despontava no horizonte, mas que com o tempo só fez crescer até proporções colossais: o poder anônimo, sem agentes responsáveis conhecidos ou conhecíveis.

Ninguém, hoje em dia, escapa à experiência de ligar para uma empresa em busca de assistência técnica, ou de explicações sobre uma cobrança indevida, e ser atendido por sucessivas camadas de secretárias eletrônicas, em busca de um inacessível gerente humano.

Mas esse é só o aspecto mais banal e cotidiano do fenômeno. Mudanças políticas, jurídicas e culturais que afetam brutalmente a vida da população são quase que diariamente introduzidas em vários países ao mesmo tempo, sem que o cidadão tenha a menor possibilidade de rastrear de onde partiram, quem responde por elas.

O crescimento exponencial da administração pública, sua íntima associação com organismos internacionais, com macroempresas sem nacionalidade definida e com uma rede imensurável de agências políticas não-governamentais faz do processo decisório um labirinto onde mesmo o estudioso especializado tem dificuldade de se orientar. Com frequência as discussões no Parlamento ou na mídia não passam de uma camuflagem destinada a acobertar decisões que já vêm prontas de instâncias superiores inacessíveis ao olhar do público.

Um fator complicante é acrescentado pela extensão progressiva e ilimitada do campo de atuação dos serviços secretos. Antigamente restritos às áreas de interesse militar, desde o começo do século 20 passaram a interferir ativamente na política, na cultura, na educação, na indústria de comunicações e, por fim, cada vez mais na vida privada dos cidadãos.

Para fazer uma ideia da força avassaladora com que essas organizações influenciam e às vezes chegam a determinar não só o curso dos acontecimentos como até mesmo a imagem pública (falsa) que se faz dele, basta ter notícia do que se passou quando, no começo dos anos 90, os Arquivos de Moscou foram abertos, por um curto período, ao exame dos pesquisadores ocidentais: praticamente tudo o que o público imaginava sobre a história do comunismo no século 20 revelou-se nada mais que um conjunto de mitos tranquilizantes criados pelo próprio governo soviético e reproduzidos "ipsis litteris" pela mídia ocidental.

A verdade que os documentos mostraram correspondia quase que milimetricamente àquilo que, décadas antes, a unanimidade dos bem-pensantes havia condenado como "teoria da conspiração", "delírio de extrema-direita" etc.

Existe, ademais, a elite político-financeira global, cujos interesses, planos e meios de ação transcendem incalculavelmente os dos governos nacionais, reduzidos, em muitos casos, ao papel de aplicadores de decisões cuja origem permanece desconhecida do público. É tolice imaginar que esses grupos decidam a seu belprazer o rumo da História mundial, mas é tolice maior ainda imaginar que sua ação seja inócua ou inexistente.

Por fim, é preciso contar com o profundo despreparo dos "cientistas sociais" para lidar com o assunto. Georg Jellinek, na sua clássica Teoria Geral do Estado (1900), advertia que a precaução número um no estudo da sociedade, da política e da História deveria ser a distinção criteriosa entre os processos que atendem a um plano premeditado e aqueles decorrentes da acumulação mais ou menos fortuita de fatores causais impessoais.

Por desgraça, as ciências sociais, desde o seu nascimento, infectadas de preconceitos positivistas e marxistas, teimaram em enfatizar unilateralmente o segundo tipo de processos, julgando que os elementos anônimos e coletivos eram mais suscetíveis de tratamento "científico" e criando assim a fantasmagoria de uma sociedade movida por "leis gerais", sem responsabilidade humana.

Resultado: quando uma vanguarda revolucionária ou uma elite de oligarcas bem assessorados impõe sua vontade a populações inteiras, que não sabem de onde as ordens partiram, tudo se passa como se ninguém tivesse decidido nada, como se as mudanças tivessem caído prontas do céu.

Já na década de 30 Antonio Gramsci havia codificado esse processo numa técnica sistemática para elevar o Partido Comunista às alturas de "um poder onipresente e invisível como um imperativo categórico ou um mandamento divino". Em vez de lançar clareza sobre o seu objeto de estudo, muitas vezes as ciências sociais se transformam elas próprias em instrumentos de camuflagem. Aliás, se não fosse assim, talvez não recebessem subsídios tão polpudos de governos, serviços secretos, bancos internacionais, etc.

Embora tivesse observado somente os primeiros lances dessa gigantesca transformação da sociedade, Romano Guardini enfatizava que, nas condições que ela criava, a noção mesma de "responsabilidade" desaparecia por completo, as decisões do poder tornando-se inocentes, inimputáveis como fenômenos da natureza.

Será de espantar que, quanto mais cresce a capacidade de controle do poder anônimo sobre a sociedade, mais se espalhem por toda parte o caos moral, a confusão das consciências, a perda do discernimento? E quem disse que os próprios detentores do poder anônimo são imunes à desordem que criaram?


O INSUSTENTÁVEL DISCURSO DE QUE TUDO VAI BEM

Para o Brasil sair da marcha lenta

O tucano José Serra, pré-candidato do PSDB à Prefeitura de São Paulo, escreve no Estadão de hoje um excelente artigo sobre as dificuldades que o Brasil passou a enfrentar para crescer de forma sustentada. Alguns limites, ele sustenta, não são novos e estavam mascarados por fatores conjunturais; outros foram criados pela imperícia no manejo da política econômica. No texto, Serra aponta algumas saídas. Leiam trechos. A íntegra está aqui.
Crescimento além do discurso
Duas das principais molas que impulsionaram a economia brasileira nos últimos anos têm perdido sua elasticidade: a demanda internacional por matérias-primas agrominerais e o crédito ao consumo.
A primeira sofre os efeitos da contração do crescimento mundial, que se prolongará por alguns anos. Não necessariamente haverá um colapso dos preços das commodities brasileiras, mas as receitas de exportações e os investimentos nessa área perderão velocidade.
Quanto ao crédito ao consumo, basta mencionar que 90% das famílias brasileiras revelaram não ter disposição para endividamento adicional. Elas gastam, atualmente, 30% de sua renda em juros e amortizações da dívida já assumida, proporção superior à das famílias norte-americanas.
Assim, as tentativas de estímulo ao consumo via crédito não terão impacto forte nem duradouro.
Nesse contexto, não é de estranhar que a economia esteja se retraindo. De novo, nenhum colapso, mas um declínio da taxa de crescimento a cerca da metade do nível obtido no governo passado. De fato, é o modelo - chamemos assim - lulista de crescimento que perdeu o vigor.
Quais foram as principais peças desse modelo? Em resumo:

1) crescimento médio razoável, puxado pelo consumo, com baixos investimentos, aumento rápido das importações e preço ascendente das commodities exportadas;

2) diminuição da taxa de desemprego em razão do crescimento das ocupações menos qualificadas. Entre 2009 e 2011, o aumento dos empregos com carteira assinada foi de 5,9 milhões na faixa de até dois salários mínimos; acima dessa faixa, a queda foi de 1,2 milhão;

3) juros elevadíssimos, de um lado, exigindo despesas fiscais em torno de 6% do PIB; e, do outro, atração abundante de aplicações financeiras do exterior;

4) forte sobrevalorização cambial, tornando as importações mais baratas e as nossas exportações menos competitivas, o que acelerou a desindustrialização do país;

5) reduzida taxa de investimento público - das menores do mundo - com reflexos nas deficiências da infraestrutura;

6) ampliação das distorções tributárias, que, ao lado dos altos encargos financeiros, das carências na infraestrutura e da sobrevalorização cambial, elevaram o custo Brasil às nuvens;

7) sistemática substituição das ações para melhorar a eficiência das redes de saúde e educação pela contínua criação de ações midiáticas.
Em face disso tudo, não espanta o reduzido crescimento da produtividade da nossa economia: 1,2% nas últimas duas décadas, equivalente a dois terços da taxa da economia norte-americana.

Esse modelo não é mais sustentável - e não por causa de alguma conspiração da imprensa, mas em razão dos fatos, da lógica econômica e de dois círculos viciosos à frente: desaceleração das receitas fiscais por causa da retração da atividade econômica e queda do emprego caso os empresários desconfiem de que a retomada do dinamismo da economia pode demorar.
(…)

15 de junho de 2012
Reinaldo Azevedo

CASCATINHA E CACHOEIRA

Odair Cunha é o Cascatinha, o meu garoto do PT...Com os trabalhos da CPI do Cachoeira em baixa, o relator Odair Cunha (PT-MG) vai se dedicar, na semana que vem, a um treino intensivo com delegados da Polícia Federal e promotores para aprender a inquirir os depoentes. As "aulinhas" vão acontecer depois dos depoimentos dos governadores de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), e do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), que evidenciaram a falta de traquejo de Cunha.
"Vai ser um intensivão. Como não sou desse mundo da investigação, é preciso fazer um treinamento de investigação, saber quais são as técnicas", explicou o relator. "Não é esse negócio de pergunta e resposta", disse. Assim como ele, os governadores também fizeram intensivos para "fazer bonito" na CPI: Perillo treinou exaustivamente com assessores sua fala na comissão, enquanto Agnelo foi preparado pela profissional de mídia training Olga Curado.
 
O treinamento de Cunha na próxima semana será possível porque a CPI vai dar uma parada nas sessões de depoimento e administrativas para votar requerimentos. O motivo para o "recesso branco" é a Conferência Rio +20 e as festas juninas, frequentadas principalmente por parlamentares do Nordeste. Sem sessões, Odair Cunha pretende centrar o trabalho na análise de documentos.
 
Integrantes da CPI pretendem reunir-se com o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, para reclamar da demora do envio de quebras de sigilos bancário e fiscal. Também deverão se encontrar com a diretoria da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para solicitar o envio de informações sobre o laboratório farmacêutico Vitapan, de propriedade da família do contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira.
 
O recesso da semana que vem CPI vai servir para amainar os ânimos na CPI. Nesta sexta, o líder do PSDB no Senado, Álvaro Dias (PR), defendeu o desligamento de parlamentares da comissão que almoçaram, em Paris, com o ex-presidente da Delta Construções Fernando Cavendish. O senador Ciro Nogueira (PP-PI), que votou contra a convocação do empresário, e o deputado Maurício Quintella (PR-AL) admitiram ter se encontrado com Cavendish, durante a Semana Santa, na França, depois de uma viagem oficial a Uganda.
 
"O mais adequado seria os que estão sob suspeição pedirem para sair da CPI", afirmou Dias. "O correto teria sido eles se declararem impedidos de deliberar sobre o tema", disse o tucano. (Estadão)
 
15 de junho de 2012
coroneLeaks

POR QUE AS PESSOAS MENTEM?


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Mais pessoas desconfiam do setor empresarial devido a escândalos e promessas não realizadas (Reprodução/Internet)
Uma rede de mentiras

Psicólogo investiga por que as pessoas mentem e trapaceiam e o que isso significa em termos de negócios


As pessoas mentem e trapaceiam desde sempre. E é possível que os empresários tenham mentido e trapaceado mais do que todo mundo: em uma pesquisa feita com estudantes de mestrado no ano passado, 56% daqueles inscritos em programas de MBA admitiram terem trapaceado no ano anterior, comparado a 47% entre os outros estudantes. Os cínicos não se surpreenderão e lembrarão da Enron. Muitos executivos superestimaram as suas credenciais educacionais: Scott Thompson recentemente perdeu seu emprego como chefe do Yahoo! graças a isso.

Mentiras (e os mentirosos que as contam)

Contudo, a punição por desonestidade tem se tornado mais rígida. A lei americana de 2002 Sarbanes-Oxley responsabiliza criminalmente executivos chefes pela adulteração de resultados financeiros. A internet criou um registro permanente dos pecados das pessoas (tente remover os seus registros do Google). E mais e mais pessoas desconfiam do setor empresarial devido a escândalos e promessas não realizadas.

O novo livro de Dan Ariely, “The (Honest) Truth about Dishonesty”, pode revigorar a discussão. Ariely é um psicólogo social que estuda a trapaça há anos. Ele considera que a vasta maiorias das pessoas é propensa à trapaça. Ele também acha que elas estão mais dispostas a trapacear em nome de outras pessoas do que para si mesmas. Frequentemente, as pessoas experimentam conflitos entre duas emoções opostas. Elas veem a si mesmas como pessoas honestas.
Mas elas também querem gozar dos benefícios de um pouquinho de trapaça, especialmente se isso reforçar a crença de que elas são um pouco mais inteligentes ou populares do que realmente são. Elas conciliam essas duas emoções mediante um ardil – adicionando alguns pontos a um teste de QI não supervisionado, por exemplo.

A quantidade de trapaças em uma certa ocasião depende das circunstâncias. As pessoas têm mais propensão a mentir se outras pessoas também estão mentindo ou trapaceando, ou se um membro de um outro grupo social (tal como um estudante vestido com um agasalho de uma universidade rival) visivelmente desrespeita as regras.
Elas são mais propensas a mentir e trapacear caso se encontrem em um país estrangeiro. Ou caso estejam usando dinheiro digital em vez de dinheiro em espécie. Ou caso eles estejam conscientemente usando óculos escuros Gucci falsificados.

O que pode ser feito em relação à desonestidade? Punições severas são ineficientes, já que a trapaça primeiro tem que ser descoberta. O truque é influenciar as pessoas a se policiarem ao tornar mais difícil para elas racionalizarem seus próprios pecados.
Por exemplo, Ariely descobriu que a propensão das pessoas a trapacear cai caso elas leiam os dez mandamentos antes de fazer um teste, ou se elas têm que assinar uma declaração de honestidade antes de declarar seu imposto de renda.
Outra técnica é encorajar os consumidores a fiscalizar os fornecedores: o eBay, um site de leilões, reduziu enormemente a trapaça ao fazer com que os compradores avaliassem os vendedores.

Esperemos que esses truques funcionem. Mas os humanos tem um notável talento para burlar regras – incluindo as regras que eles tentam impor a si mesmos. E as novas tecnologias apresentam novas oportunidades para a trapaça; basta dar uma olhada em seus spams.
Ademais a linha entre o sucesso oriundo da trapaça e do serviço aos consumidores nem sempre é clara. Grandes empreendedores têm sucesso ao quebrar as regras antigas e se guiarem por visões malucas. Grandes vendedores invariavelmente exageram as coisas. Não faltará a Ariely e seus estudantes material para volumes subsequentes.

15 de junho de 2012

CPI DO CACHOEIRA VAI CONVOCAR MÔNICA, CEBOLINHA E CASCÃO


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Pra quê perder tempo com Cavenish e Pagot quando a investigação sinaliza o envolvimento da turma da Mônica? (Reprodução/Internet)
Descartadas as convocações de Fernando Cavendish e Luiz Antônio Pagot, a comissão deve chamar, além da mulher do Cachoeira, a sua cabelereira e o veterinário do totó da família, a suspeitíssima turma da Mônica

Estive fora do Brasil. Em matéria de corrupção, foi um período sabático.
Bastou-me voltar ontem ao Brasil para me deparar com um novo absurdo proporcionado pela CPMI criada para esclarecer os escândalos em que está envolvido o senhor Carlinhos Cachoeira. A base governista da comissão decidiu não convocar o ex-diretor do Dnit, Luiz Antônio Pagot. E fez o mesmo em relação ao ex-proprietário da Delta Construções, Fernando Cavendish. Como se vê, a CPMI começa a se tornar uma infâmia maior do que o escândalo sob sua investigação.

Entendamos bem o conteúdo da decisão. E baixemos logo a tampa para evitar os maus odores. A CPMI, cujo pivô recebe assistência jurídica do ex-ministro da Justiça do governo Lula, o Dr. Márcio Thomaz Bastos, vem convocando depoentes que entram mudos e saem calados.

Muitos parecem aprendizes do estadista de Garanhuns. Nada sabem, nada viram e não estavam por perto quando aconteceu. O próprio advogado do Carlinhos Cachoeira será intimado pelo Ministério Público a esclarecer como recebe honorários calculados em R$ 15 milhões de uma pessoa que, fora do mundo do crime, não tem renda para contratar um estagiário. É legítimo receber valores nesse montante, oriundos de atividade ilegal ou criminosa? Dinheiro sujo, ao entrar na contabilidade do escritório de um advogado, se torna dinheiro limpo? As operações que realizam esse fim não são denominadas de “lavagem de dinheiro”? O escritório do ex-ministro da Justiça considera a indagação um abuso e um retrocesso nas garantias constitucionais. E nada mais diz.

Pois bem, o ex-diretor do Dnit se ofereceu para depor! Avisa que tem muito para contar. Diante desse oferecimento, que faz a base do governo numa CPMI em flagrantes dificuldades para ouvir depoentes que deponham? Se recusa a convocá-lo. “Esse cara vem aqui para falar? De jeito nenhum! Só queremos convocar quem nada tenha a dizer. Aqui ninguém fala!”. “Então convoca o Cavendish!”, deve ter ponderado a oposição. Também não. Sem essa de ouvir o ex-dono da principal contratante do PAC, que se teria vangloriado de comprar quem quisesse no país.

Sabem quem, a maioria dos membros da CPMI decidiu convocar? A mulher do Carlinhos Cachoeira. Verdade. Parece que na semana que vem chamarão a dona do instituto de beleza que ela frequenta. Depois o veterinário da pet shop onde o totó da família é levado para rotinas de banho, pelo e bigode. E, mais adiante a Mônica, o Cebolinha e o Cascão, aquele sujo. Nada como algo assim para a gente se sentir, de novo, pisando solo pátrio.

15 de junho de 2012
Percival Puggina

FAMÍLIA BATTISTI PREPARA FESTA PARA TERRORISTA ÍTALO-BRASILEIRO


Uma nota curta da edição de hoje (15) da Folha (para assinantes) despertou-nos especial atenção. Leiam abaixo:
DE PORTO ALEGRE - O ex-terrorista italiano Cesare Battisti será recebido com festa amanhã pela família Battisti no Brasil.

Dois descendentes de italianos que vivem em Progresso (165 km de Porto Alegre) e possuem sobrenome Battisti conheceram o ex-terrorista em janeiro e decidiram fazer uma reunião na cidade. Cerca de 200 Battisti são esperados.

Preso no Brasil em 2007, Cesare está em liberdade há um ano, quando o país decidiu não extraditá-lo. Na Itália, ele foi condenado por homicídios cometidos nos anos 70 pelo PAC (Proletários Armados pelo Comunismo), no qual militava.

Ainda não se sabe se há parentesco dele com os Battisti brasileiros. “Tem mais Battisti aqui do que na Itália”, diz.

Comentário:

O texto da Folha está extremamente mal redigido e não dá pra saber quem declarou que há “mais Battisti aqui do que na Itália“. Seja quem for o autor da frase, concordamos integralmente com ela.

15 de junho de 2012

RIO + 20%

Enquanto o circo da sustentabilidade vende aos inocentes seus kits verdes de esperança, os não-inocentes garantem seu futuro sustentável em Brasília.

No momento crucial da CPI do Cachoeira, quando o suspeito número um do Brasil, Fernando Cavendish, deveria ser convocado a depor, a nação estava distraída com o carnaval fora de época da Rio + 20.

Resultado: o dono da Delta, pivô do que promete ser o maior escândalo de corrupção da história da República (em cifras e em alcance político), não precisou interromper seu descanso em Paris para se explicar aos brasileiros.

A não-convocação de Cavendish pela CPI, sem um mísero cara-pintada na rua para incomodar a Tropa do Cheque no Congresso, quer dizer o seguinte: o Brasil está se lixando para o seu futuro.
Pergunta aos foliões da Rio + 20: como planejar a sustentabilidade num país onde o orçamento da infra-estrutura é dominado por bandidos?

O esquema Delta-Cachoeira fez a festa no topo do Estado brasileiro, comandando o PAC com obras superfaturadas. Cavendish fez um caixa que lhe permitia, segundo ele mesmo, comprar um parlamentar por 30 milhões de reais.

O Brasil ecológico e sustentável permitiu que os bandoleiros da CPI protegessem esse cidadão. O Brasil ético está, como diria Paulo Francis, tecnicamente morto.
Fica combinado assim: vamos brincar de salvar o planeta com relatórios poéticos e tratados sobre o sexo dos anjos. Enquanto isso, a quadrilha do Cachoeira cuida da sua reciclagem – evitando a extinção da espécie e do esquema.

Que venha a Rio + 20%, onde os felizes herdeiros da operação Delta darão workshops sobre a sustentabilidade do golpe.

15 de junho de 2012
guilherme fiuza

PORTA-RETRATO

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ARMAÇÃO ILIMITADA – Membros da CPI do Cachoeira, os petistas Cândido Vaccarezza, Jilmar Tatto e Luiz Sérgio acertam os detalhes finais do paredão que impediu a convocação de Pagot e Fernando Cavendish (Wilson Dias – ABr)
 
15 de junho de 2012
ucho.info

MALUF ESTÁ A UM PASSO DE APOIAR HADDAD E LIVRARÁ SERRA DE SEUS NOTÓRIOS DE CORRUPÇÃO



Vida dupla – Paulo Salim Maluf, o ex-prefeito de São Paulo que passou para a história política nacional não apenas pelos seguidos escândalos de corrupção, mas também por ser um representante da extrema direita, mais uma vez flerta com o Partido dos Trabalhadores, depois de se insinuar para José Serra, candidato do PSDB à prefeitura paulistana. Essa repentina mudança de rota teve a interferência do Palácio do Planalto, que não quer ver o ex-ministro Fernando Haddad à deriva em sua tentativa de chegar ao comando da maior cidade brasileira.

Além da interferência palaciana, entrou no circuito o ministro da Cidades, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), que chegou ao cargo depois de uma intifada na legenda que foi comandada pelos senadores Ciro Nogueira (PP-PI) e Benedito de Lira (PP-AL).

É sabido que coerência é algo que inexiste no mundo político, mas os tucanos devem se dar por satisfeitos pelo viés vendilhão de Paulo Maluf, cujo nome foi inserido pelo Banco Mundial na lista internacional de corrupção. “The Grand Corruption Cases Database Project”, no qual o ex-prefeito foi inserido junto com outros três brasileiros, reúne informações de casos em que foram comprovadas movimentações bancárias de pelo menos US$ 1 milhão, advindos da corrupção e da lavagem de dinheiro.

Listado pela Interpol como procurado internacional, Maluf é protagonista do escândalo de corrupção que marcou a construção da Avenida Água Espraiada, rebatizada de Jornalista Roberto Marinho, na Zona Sul da capital paulista. No cruzamento de dados, o então promotor de Nova York, Robert Morgenthau, encontrou conexão do caso em questão com o escândalo da Metrored, empresa canadense do fundo de investimentos Fidelity que foi escolhida para instalar cabos de fibra ótica na cidade de São Paulo.

O editor do ucho.info acompanhou o desdobramento do caso nos Estados Unidos e descobriu um grupo de brasileiros contratado pela empresa ianque para subornar autoridades paulistanas.

Com esses episódios polêmicos no currículo, Maluf, que não pode deixar o Brasil sob pena de ser preso pela Interpol, seria um estorvo na campanha tucana, mesmo que proporcionasse à campanha de Serra algum parco tempo no horário eleitoral. Uma aproximação com Paulo Maluf, que certamente renderia ataques petistas à candidatura de José Serra, mostra que a presidente Dilma Rousseff não está preocupada em se afastar de corruptos.

Ademais, um empreendimento gigantesco em Belo Horizonte, capitaneado nos subterrâneos por aliados de Paulo Salim Maluf, está a um passo de se transformar em escândalo que pode chacoalhar o Palácio do Planalto.

15 de junho de 2012
ucho.info

MALUF SE COLIGA AO PT EM TROCA DE CARGO NO GOVERNO FEDERAL



Sim, não é meramente um apoio, mas COLIGAÇÃO. O PP, de Paulo Salim Maluf, está COLIGADO ao PT – a boa e velha “aliança”. Não há motivo para surpresas: ele é aliado desde 2003, no ano seguinte fez dobradinha com Marta no segundo turno para a prefeitura e assim por diante.
Mas, como se sabe, nunca são simples as notícias com a grife Maluf. Vejam trecho de reportagem do Estadão, voltamos em seguida:
Maluf ganha secretaria em ministério e fecha apoio a Haddad em SP – PT garante cargo a aliado de Maluf em Brasília e conquista 1min35s na propaganda eleitoral – O PP de São Paulo decidiu apoiar o pré-candidato do PT à Prefeitura da capital, Fernando Haddad. A decisão foi confirmada depois que o presidente estadual pepista, Paulo Maluf, conseguiu emplacar um aliado na Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental do Ministério das Cidades. A pasta é controlada pelo PP, por meio do ministro Aguinaldo Ribeiro, que conduziu as articulações com os petistas (…)” (grifos nossos)
Sim, amigos, é PAULO SALIM MALUF, um dos quatro brasileiros que figuram na lista internacional denominada The Grand Corruption Cases Database Project, da qual também participa Daniel Dantas, sócio majoritário da Editora Três, da Revista ISTOÉ.

Parece sacanagem com a militância. Ainda ontem, batiam no peito enaltecendo Erundina (escorraçada do partido quando participou do governo Itamar e, antes disso, vítima de uma verdadeira baixaria de parte do PT paulistano, quando era prefeita).

Mas os rojões ideológicos foram abafados pelo anúncio da COLIGAÇÃO com Paulo Maluf e, claro, a forma como ela foi obtida: cargo no Governo Federal para um chapa do ex-prefeito e atual procurado pela Interpol.

Como ficam os que ontem aplaudiram a presença de Erundina? Tremenda rasteira, né? E não adianta dizer que fulano ou sicrano “também queriam” Maluf, porque é uma COLIGAÇÃO conseguida mediante fisiologismo descarado. O GRANDE E INDESCULPÁVEL PROBLEMA é a troca de um cargo pelos minutos na TV (coligação). Isso sim é inaceitável sob qualquer ponto de vista.
Outras dúvidas são o slogan do “homem novo para tempo novo” e se Malufão vai de vice ou só entra com os minutos, mesmo. No mais, cantem como o antigo jingle malufista:
"Haddad é Paulo porque Paulo recebeu favor; um aliado nomeado, sim senhor”

15 de junho de 2012
in implicante