ALERTA: Prezados leitores, tomem um Engov antes da leitura:
Desde 1991 a política econômica do Brasil se pautava pelo ortodoxia convencional ou o consenso de Washington. A partir, porém, de 2006, já com Guido Mantega no Ministério da Fazenda e Luciano Coutinho no BNDES, o governo Lula começou a mudar a estratégia de desenvolvimento em direção ao novo desenvolvimentismo.
Em 2009 um passo decisivo nesse sentido foi dado com o início do controle da entrada de capitais. Agora, no nono mês do governo Dilma Rousseff, a decisão do Banco Central de baixar a taxa de juros, surpreendendo o mercado financeiro, e a decisão do governo de taxar a importação de automóveis com menos de 35% de conteúdo nacional consolidam essa mudança.
O aprofundamento da crise mundial tendo a Europa como epicentro e o desaquecimento da economia brasileira confirmam a boa qualidade da decisão.
O novo desenvolvimentismo não é uma panaceia, mas está ancorado teoricamente em uma macroeconomia estruturalista do desenvolvimento, tem como critério o interesse nacional, e sabe que este só pode ser atendido por governantes que em vez de aplicarem fórmulas prontas avaliam cada problema e cada política com competência. Adotado com firmeza e prudência, o Brasil crescerá a taxas mais elevadas, com maior estabilidade financeira, e com a inflação sob controle.
Enquanto o tripé ortodoxo é "taxa de juros elevada, taxa de câmbio sobreapreciada, e Estado mínimo", o tripé novo-desenvolvimentista é "taxa de juros baixa, taxa de câmbio de equilíbrio, que torna competitivas as empresas industriais que usam tecnologia moderna, e papel estratégico para o Estado".
Enquanto para a ortodoxia convencional os mercados financeiros são autorregulados, para o novo desenvolvimentismo apenas mercados regulados podem garantir estabilidade e crescimento.
Novo desenvolvimentismo e ortodoxia convencional defendem a responsabilidade fiscal, mas o mesmo não pode ser dito em relação à responsabilidade cambial. Enquanto o novo desenvolvimentismo rejeita os deficits em conta corrente, a ortodoxia convencional os promove, e, assim, se comporta de maneira populista (populismo cambial).
Argumenta que a "poupança externa" aumentaria o investimento do país, mas, as entradas de capitais para financiar esses deficits aumentam mais o consumo do que o investimento, endividam o país, o tornam dependente do credores e de seus "conselhos", e resultam em crise de balanço de pagamentos.
O Brasil, ao retornar ao novo desenvolvimentismo, está voltando a se comportar como uma nação independente. Havia deixado de agir assim em 1991, porque vivia profunda crise, e porque a hegemonia neoliberal americana sobre todo o mundo era, então, quase irresistível.
Mas desde meados da década passada a sociedade brasileira começou a perceber que o projeto neoliberal era um grande equívoco, e que havia uma alternativa para ele. Como a crise financeira global de 2008 demonstrou de maneira cabal, as políticas econômicas neoliberais não eram boas nem mesmo para os países ricos.
Dessa maneira, a hegemonia neoliberal entrou em colapso, e as forças desenvolvimentistas -os empresários industriais, os trabalhadores e uma parcela da classe profissional- fortaleceram-se, o que abriu espaço para que o governo Dilma aprofundasse seus compromissos para com elas. Um novo e amplo pacto político está se formando no Brasil. Vamos esperar que leve o Brasil mais depressa para o desenvolvimento.
Luiz Carlos Bresser Pereira, Folha de SP
Comentário: Sem comentários! A estupidez ideológica é mesmo impressionante. Tem gente que nunca aprende, e insiste no erro com a obstinação de um jumento. É espantoso que este senhor ainda tenha espaço na imprensa para pregar suas imbecilidades. Vai idolatrar o fracasso assim em Cuba!
Um painel político do momento histórico em que vivem o país e o mundo. Pretende ser um observatório dos principais acontecimentos que dominam o cenário político nacional e internacional, e um canal de denúncias da corrupção e da violência, que afrontam a cidadania. Este não é um blog partidário, visto que partidos não representam idéias, mas interesses de grupos, e servem apenas para encobrir o oportunismo político de bandidos. Não obstante, seguimos o caminho da direita. Semitam rectam.
"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)
"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)
segunda-feira, 26 de setembro de 2011
"NOMES PRÓPRIOS"
Como expressão de afeto e intimidade, os apelidos dizem mais das pessoas do que seus próprios nomes.
Como maledicência, às vezes geram obras-primas de humor e critica social. O ex-deputado alagoano Cleto Falcão, que as más línguas diziam ser meio agatunado, foi apelidado de Clepto Falcão. E o ex-governador mineiro Hélio Garcia, que seria muito chegado aos copos, de Ébrio Garcia.
Brasília gargalhou, quando o baixinho Celso Amorim, por sua mania de grandeza, foi alcunhado de Megalomaníaca. No Paraná todos sabem que o ex-governador Requião é chamado de Maria Louca, mas há controvérsias sobre a sua origem. Garotinho surrupiou o apelido de um famoso locutor esportivo carioca.
ACM alcunhou, com sucesso, Michel Temer de “mordomo de filme de terror”. Grande mestre do uso político de apelidos, Brizola provocou gargalhadas e estragos eleitorais chamando Lula de “sapo barbudo”, Moreira Franco de “gato angorá” e Collor de “filhote da ditadura”.
Madre superiora. Em diálogos entre corruptos gravados pela Polícia Federal, Sarney é chamado de “madre superiora”. Faz sentido. Como “Rei”, só existem dois, Roberto Carlos e Pelé, e como “Bruxo” também: Machado de Assis e Golbery do Couto e Silva.
Como siglas, só três sobrevivem: JK, ACM e FHC. Grandes craques têm sempre apelidos, Pelé, Zico, Tostão, Didi, Fenômeno, ninguém pode bater um bolão como Castro, Góis ou Motta.
Dunga teve que superar o apelido ridículo para ser um campeão, assim como Pato e Ganso. Popó nocauteou Acelino. Fofão não seria uma estrela do vôlei como Hélia Pinto.
Tim teria o mesmo sucesso como Sebastião Maia? Cartola seria famoso como Angenor de Oliveira? Lulu Santos seria um popstar como Luiz Mauricio?
Ninguém imagina Lobão cantando, falando e fazendo o que faz se fosse só João Luiz.
Gay e transgressivo, Cazuza não poderia ser um ídolo do rock como Agenor Araújo. Paulinho Boca de Cantor, Gato Félix, Bolacha e Baby Consuelo, batizada como Bernardete, só poderiam ser dos Novos Baianos.
Um dos apelidos recentes mais criativos é o aparentemente inofensivo Estebán, que é como a oposição venezuelana chama Hugo Chávez.
É a abreviação de “este ban-dido”.
Nelson Motta
O ANTI-SEMITISMO NA RÚSSIA
Internacional - Rússia
O primeiro pogrom do século XX teve um grande impacto não apenas no mundo judaico – abalando os judeus dentro e fora da Rússia – mas provocou, também, a ira do mundo civilizado, que se voltou contra a Rússia czarista.
A cidade de Kishinev, no sul da Rússia, entrou para a história judaica há cem anos (1) quando um sangrento pogrom*, incentivado e provavelmente organizado pelas autoridades russas, foi lançado sobre a população judaica da cidade.
Em abril de 1903, turbas enfurecidas assassinaram brutalmente 45 judeus e feriram outros 700, destruindo centenas de casas e lojas. Mulheres e crianças foram vítimas das mais horrendas violências. O nome Kishinev ficou desde então associado a uma indizível selvageria. Esse primeiro pogrom do século XX mudou o curso da história dos judeus – pois a retomada da violência anti-judaica na Rússia czarista levou milhares deles a emigrar para a Terra de Israel e para os Estados Unidos.
Os antecedentes
Na Rússia czarista, o mau tratamento dos judeus era sistêmico. Desde seus primórdios, o regime dos czares encarou os judeus com hostilidade implacável. Enquanto outras autocracias, como a Áustria e mesmo Roma, sempre tiveram atitude ambivalente em relação aos judeus – às vezes, protegendo-os e usando-os; em outras, perseguindo-os – os russos sempre trataram os judeus como estrangeiros não aceitos.
No final do século XIX e início do século XX, em todo o território russo o anti-semitismo era uma política oficialmente sancionada pelo governo, algo que não acontecia na Europa Central e Ocidental e muito menos nos Estados Unidos.
Nesse período o anti-semitismo russo assumiu inúmeras formas, desde a organização de pogroms até a falsificação e publicação dos famigerados "Protocolos dos Sábios de Sião". A violência era abertamente instigada pelo governo, que passou a manipular o sentimento anti-judaico das massas russas com dois objetivos.
O primeiro era tentar reduzir a população judaica da forma mais rápida e drástica possível.
O segundo, canalizar a insatisfação popular, especialmente entre os camponeses, alimentando o seu ódio contra os judeus para, assim, controlar uma onda revolucionária muito mais abrangente, que acabaria, em 1917, por destruir o regime czarista.
É interessante notar que o termo pogrom, usado praticamente em todas as línguas para definir os ataques a judeus ou a suas propriedades, é uma palavra russa que significa "tempestade" ou "destruição".
Durante todo o século XIX, acumulou-se na Rússia uma enorme massa de legislação discriminatória contra os judeus. Somente durante o reinado do czar Alexandre II, quando a Rússia teve um grande progresso econômico, os judeus russos conseguiram ter algumas regalias. Foi uma fase relativamente liberalizada, que terminou abruptamente em 1881, quando Alexandre II foi assassinado por revolucionários. A partir de sua morte, a vida dos judeus na Rússia piorou consideravelmente.
Ao assumir o poder, o novo czar Alexandre III entregou as rédeas do governo a Pobedonostzev, um reacionário nacionalista, procurador do Santo Sínodo da Igreja Ortodoxa. Com sua subida ao poder, suas "idéias" sobre os judeus russos converteram-se em política oficial do governo.
Pobedonostzev arquitetara uma fórmula para se livrar dos milhões de judeus do Império Russo: "um terço da população judaica seria expulsa; a outra terça parte morreria exterminada pela fome, e a última seria absorvida por força de conversão".
Sob a proteção de chauvinistas "eslavófilos" – cujo credo centrava-se no conceito da "Santa Madre Rússia" e da "Rússia para os russos", da Igreja Ortodoxa – que deu sua aprovação religiosa – e do governo – que agia nos bastidores – o anti-semitismo tornou-se um movimento bem organizado, "respeitável" e temido por todos.
Um claro exemplo da política oficial referente aos judeus do Império Russo foram os pogroms de 1881-1882. A onda de violência teve início seis semanas após a morte do czar Alexandre II, por ocasião da Páscoa, no sul da Ucrânia.
Os pogroms duraram dois anos, espalhando terror e derramamento de sangue por cerca de 150 localidades. Enquanto matavam os judeus e suas propriedades eram saqueadas e destruídas, a polícia e o exército eram mantidos afastados, por vários dias, antes de receber ordens para intervir. Segundo vários historiadores, inclusive Paul Johnson em sua "História dos Judeus", os pogroms "foram iniciados, acobertados ou organizados pelo ministro do Interior".
Na época, o governo russo negou qualquer responsabilidade, mas não há dúvida de que se não há "provas" de uma participação direta do governo, houve, no mínimo, sua conivência, tendo em vista o alastramento rápido e simultâneo dos pogroms por toda a Rússia. Os oficiais do governo cinicamente os justificavam, afirmando que os pogroms eram "culpa" dos próprios judeus, já que não passavam de "uma explosão de raiva dos camponeses contra a população judaica".
O choque emocional provocado pelos pogroms de 1881-82 teve várias conseqüências. Entre outras, acelerou a formação do movimento sionista e a fuga de judeus russos para o Ocidente. Calcula-se que entre 1881 e 1918, cerca de 1 milhão e 300 mil judeus deixaram o Império Russo.
As violentas ocorrências geraram uma onda de protestos públicos internacionais, desencadeada pela França, Inglaterra e Estados Unidos. Mas, apesar de toda essa pressão, em 1882 o governo czarista deu mais um passo contra a população judaica, elaborando uma nova política que perdurou até a Revolução de 1917.
O novo conjunto de leis, intitulado as "Leis de Maio", era extremamente discriminatório e cruel, restringindo ainda mais a liberdade de movimento e de residência dos judeus.
Tornava extremamente difícil, se não impossível, seu acesso à educação e à atividade econômica. Os judeus russos não podiam comprar terras, ter cargos públicos, ser professores universitários. Pressionada de todos os lados, a grande maioria deles vivia em condições críticas.
Desde que assumiu o poder, em 1894, até sua queda, em 1918, o czar Nicolau II – conhecido na história judaica como o "czar dos pogroms" – adotou, como seus predecessores, a tão arraigada política de atribuir aos judeus a culpa por todos os males. Usava-os para "distrair" as massas russas da miséria e opressão em que viviam.
Em todas as cidades eram distribuídos panfletos e jornais que incitavam à violência, impressos em sua grande maioria nas tipografias do governo. Para se ter uma idéia do nível a que chegou a barbárie, no período de 1903 a 1907, quando a Rússia passava internamente por grande instabilidade política, ocorreram 691 pogroms que deixaram milhares de vítimas. O primeiro deles aconteceu justamente em Kishinev.
Kishinev
Durante o século XIX, Kishinev era a capital da Bessarábia. Atualmente é a capital da República da Moldávia, parte da ex-União Soviética. Sob o domínio russo, a cidade tornara-se um ativo centro comercial e industrial, atraindo judeus de outras partes da Rússia, em busca de oportunidades e trabalho.
Apesar de todas as restrições econômicas impostas em finais do século XIX, a comunidade judaica de Kishinev florescera. Calcula-se que, em 1903, aproximadamente 60.000 judeus vivessem em Kishinev. Havia 16 escolas judaicas, com 2.100 alunos, e 70 sinagogas. Mas os trágicos eventos que ocorreram na Páscoa de 1903, nessa cidade, mudaram para sempre a vida deles.
Reinava, na época, uma grande tensão na Rússia e, na tentativa de aliviá-la, o governo czarista tentou dirigir as atenções da população contra os judeus. Como nas ocorrências anteriores, acredita-se que agentes do Ministério do Interior e funcionários do alto escalão do governo estivessem envolvidos na organização do primeiro pogrom do século XX.
Em fevereiro de 1903 foi encontrado morto, em Kishinev, um menino cristão, Michael Ribalenko. Embora fosse evidente que o menino havia sido morto por um parente – como foi provado mais tarde – espalhou-se na cidade o boato de que ele fora assassinado pelos judeus. Segundo algumas fontes, o chefe da polícia local teria sido o autor do boato. De qualquer modo, teve importante participação no desenrolar dos acontecimentos.
Durante meses, uma campanha anti-semita orquestrada pelo diretor do jornal Bessarabets incitava continuamente a população contra os judeus. A cidade fervia de ódio quando outro acontecimento foi o estopim para o início da violência. Uma jovem cristã, paciente do Hospital Israelita de Kishinev, cometeu suicídio. Mais uma vez o jornal Bessarabets imputou aos judeus a culpa por essa morte. (Tempos depois encontrou-se o verdadeiro assassino do menino Michael, assim como também provou-se que a morte da moça não tinha relação alguma com os judeus. Mas isso só veio a público após a violência ter tomado conta da cidade).
Na véspera da Páscoa de 1903, turbas enfurecidas assaltaram Kishinev. Os judeus tentaram inutilmente apelar às autoridades locais. Sabiam que estas poderiam conter imediatamente a violência, pois havia 5 mil soldados estacionados na cidade.
Mas o vice-governador se recusou a intervir, afirmando que só poderia tomar qualquer medida se recebesse ordens diretas do ministro do Interior. Acredita-se que o próprio vice-governador fosse um dos incentivadores do pogrom e que o ministro do Interior lhe dera ordens de não parar a violência. Quando "as instruções" finalmente chegaram e as tropas foram enviadas às ruas, sua presença bastou para acabar com os desmandos.
O pogrom durou três dias, deixando em seu rastro conseqüências estarrecedoras: 45 judeus morreram e 700 ficaram feridos, 92 dos quais em estado grave.
Mulheres e crianças sofreram violências brutais. De acordo com os dados oficiais, mais de 800 casas foram pilhadas e destruídas, 2.000 famílias ficaram sem teto e 600 lojas foram saqueadas. Embora pareça que a reação dos judeus foi de total passividade, sabe-se que houve tentativas de auto-defesa. Todas, porém, fracassaram. As autoridades, ao invés de parar a violência, desarmaram os poucos judeus que resistiam.
O pogrom de Kishinev recebeu muita atenção internacional. O The New York Times escreveu, na ocasião:
É impossível contabilizar-se a quantidade enorme de propriedades destruídas em poucas horas, os aplausos ao tumulto desenfreado, os gritos lancinantes das vítimas tomando conta do espaço.
Onde quer que se encontrasse um judeu, ele era selvagemente espancado até desfalecer. Um deles foi arrastado de um bonde e espancado até que a turba pensasse tê-lo matado. O ar estava tomado por penas e roupa de cama estraçalhadas. Todos os lares judeus foram invadidos e seus infelizes moradores, aterrorizados, tentavam esconder-se nos porões e sob os telhados.
O populacho não poupou nem a sinagoga e, profanando a mais importante casa de orações, violou os Pergaminhos da Lei. A conduta dos inteligentes cristãos foi vergonhosa. Não fizeram tentativa alguma de conter o desvario. Simplesmente ficaram a olhar e a desfrutar da brincadeira ignominiosa.
No terceiro dia, quando foi divulgado que as tropas tinham recebido ordens de atirar, os baderneiros contiveram-se. Apesar do clamor mundial, apenas dois indivíduos foram sentenciados, com penas de cinco e sete anos, enquanto vinte e dois outros receberam penas de um e dois anos.
Os impactos do pogrom
O primeiro pogrom do século XX teve um grande impacto não apenas no mundo judaico – abalando os judeus dentro e fora da Rússia – mas provocou, também, a ira do mundo civilizado, que se voltou contra a Rússia czarista. Intelectuais russos, como Tolstoi e Gorki, manifestaram abertamente sua repulsa, declarando que a sociedade inteira era tão culpada da desgraça e dos horrores de Kishinev quanto os próprios assassinos.
Os judeus, chocados com os acontecimentos, reagiram de várias formas. As organizações judaicas internacionais se movimentaram rapidamente para levar ajuda às vítimas. Um importante manifesto contra a passividade judaica foi redigido por Ahad Ha-Am e assinado por escritores como H. C. Bialik, Simon Dubnow, Mordecai Ben-Ami.
O manifesto afirmava que era "degradante ver 5 milhões de pessoas oferecendo o seu pescoço para serem abatidas como gado, sem ao menos tentar defender sua vida com suas próprias mãos". O escritor Chaim Nachman Bialik, enviado à cidade pelo Congresso Judaico de Odessa para verificar o que ocorrera, escreveu um poema que provocou uma profunda reação. Em "Na cidade da matança", Bialik protesta amargamente contra os "filhos dos macabeus,... que se esconderam e silenciosamente assistiram suas mães, esposas e filhas serem violentadas".
Em resposta aos ataques, foram formados grupos judaicos de auto-defesa, organizados por operários, estudantes, membros do Bund e de outros grupos sionistas. O pogrom de Kishinev provocou o fortalecimento das aspirações sionistas no seio da comunidade judaica russa. A difícil situação do judaísmo russo, que Herzl testemunhou pessoalmente durante sua visita à região, causou-lhe tamanha preocupação que no 6º Congresso Sionista (1903) ele propôs o plano britânico de usar Uganda como um refúgio temporário para os judeus da Rússia.
A brutalidade dos acontecimentos foi de tal magnitude que milhares de judeus que viviam sob o jugo do czar decidiram abandonar o Leste Europeu. Muitos foram para os Estados Unidos, onde criaram vibrantes comunidades e puderam desenvolver o seu talento e sua criatividade. E muitos outros foram para Eretz Israel, criando um importante núcleo que daria origem ao futuro Estado de Israel, soberano entre as nações.
Notas:
* - Pogrom: movimento popular de violência contra os judeus.
1 - Nota do editor: extraído da revista Morashá, que publicou o artigo em março de 2003, por ocasião do centenário do pogrom de Kishinev. Divulgado pelo site Beth-Shalom.
Referências:
"Korolenko Describes the Kishinev Pogrom of 1903 from "Kishineff: The Medieval Outbreak Against the Jews", in "The Great Events by Famous Historians" pp. 35-49.
Chronicle of Jewish History.
Paul Johnson, História dos Judeus, Editora Imago.
Nahum Sokolow, editor do jornal "Hazefira" (Varsóvia), relatando os acontecimentos após o pogrom de Kishinev em 1903.
Escrito por Revista Morashá, 26 Setembro 2011
O primeiro pogrom do século XX teve um grande impacto não apenas no mundo judaico – abalando os judeus dentro e fora da Rússia – mas provocou, também, a ira do mundo civilizado, que se voltou contra a Rússia czarista.
A cidade de Kishinev, no sul da Rússia, entrou para a história judaica há cem anos (1) quando um sangrento pogrom*, incentivado e provavelmente organizado pelas autoridades russas, foi lançado sobre a população judaica da cidade.
Em abril de 1903, turbas enfurecidas assassinaram brutalmente 45 judeus e feriram outros 700, destruindo centenas de casas e lojas. Mulheres e crianças foram vítimas das mais horrendas violências. O nome Kishinev ficou desde então associado a uma indizível selvageria. Esse primeiro pogrom do século XX mudou o curso da história dos judeus – pois a retomada da violência anti-judaica na Rússia czarista levou milhares deles a emigrar para a Terra de Israel e para os Estados Unidos.
Os antecedentes
Na Rússia czarista, o mau tratamento dos judeus era sistêmico. Desde seus primórdios, o regime dos czares encarou os judeus com hostilidade implacável. Enquanto outras autocracias, como a Áustria e mesmo Roma, sempre tiveram atitude ambivalente em relação aos judeus – às vezes, protegendo-os e usando-os; em outras, perseguindo-os – os russos sempre trataram os judeus como estrangeiros não aceitos.
No final do século XIX e início do século XX, em todo o território russo o anti-semitismo era uma política oficialmente sancionada pelo governo, algo que não acontecia na Europa Central e Ocidental e muito menos nos Estados Unidos.
Nesse período o anti-semitismo russo assumiu inúmeras formas, desde a organização de pogroms até a falsificação e publicação dos famigerados "Protocolos dos Sábios de Sião". A violência era abertamente instigada pelo governo, que passou a manipular o sentimento anti-judaico das massas russas com dois objetivos.
O primeiro era tentar reduzir a população judaica da forma mais rápida e drástica possível.
O segundo, canalizar a insatisfação popular, especialmente entre os camponeses, alimentando o seu ódio contra os judeus para, assim, controlar uma onda revolucionária muito mais abrangente, que acabaria, em 1917, por destruir o regime czarista.
É interessante notar que o termo pogrom, usado praticamente em todas as línguas para definir os ataques a judeus ou a suas propriedades, é uma palavra russa que significa "tempestade" ou "destruição".
Durante todo o século XIX, acumulou-se na Rússia uma enorme massa de legislação discriminatória contra os judeus. Somente durante o reinado do czar Alexandre II, quando a Rússia teve um grande progresso econômico, os judeus russos conseguiram ter algumas regalias. Foi uma fase relativamente liberalizada, que terminou abruptamente em 1881, quando Alexandre II foi assassinado por revolucionários. A partir de sua morte, a vida dos judeus na Rússia piorou consideravelmente.
Ao assumir o poder, o novo czar Alexandre III entregou as rédeas do governo a Pobedonostzev, um reacionário nacionalista, procurador do Santo Sínodo da Igreja Ortodoxa. Com sua subida ao poder, suas "idéias" sobre os judeus russos converteram-se em política oficial do governo.
Pobedonostzev arquitetara uma fórmula para se livrar dos milhões de judeus do Império Russo: "um terço da população judaica seria expulsa; a outra terça parte morreria exterminada pela fome, e a última seria absorvida por força de conversão".
Sob a proteção de chauvinistas "eslavófilos" – cujo credo centrava-se no conceito da "Santa Madre Rússia" e da "Rússia para os russos", da Igreja Ortodoxa – que deu sua aprovação religiosa – e do governo – que agia nos bastidores – o anti-semitismo tornou-se um movimento bem organizado, "respeitável" e temido por todos.
Um claro exemplo da política oficial referente aos judeus do Império Russo foram os pogroms de 1881-1882. A onda de violência teve início seis semanas após a morte do czar Alexandre II, por ocasião da Páscoa, no sul da Ucrânia.
Os pogroms duraram dois anos, espalhando terror e derramamento de sangue por cerca de 150 localidades. Enquanto matavam os judeus e suas propriedades eram saqueadas e destruídas, a polícia e o exército eram mantidos afastados, por vários dias, antes de receber ordens para intervir. Segundo vários historiadores, inclusive Paul Johnson em sua "História dos Judeus", os pogroms "foram iniciados, acobertados ou organizados pelo ministro do Interior".
Na época, o governo russo negou qualquer responsabilidade, mas não há dúvida de que se não há "provas" de uma participação direta do governo, houve, no mínimo, sua conivência, tendo em vista o alastramento rápido e simultâneo dos pogroms por toda a Rússia. Os oficiais do governo cinicamente os justificavam, afirmando que os pogroms eram "culpa" dos próprios judeus, já que não passavam de "uma explosão de raiva dos camponeses contra a população judaica".
O choque emocional provocado pelos pogroms de 1881-82 teve várias conseqüências. Entre outras, acelerou a formação do movimento sionista e a fuga de judeus russos para o Ocidente. Calcula-se que entre 1881 e 1918, cerca de 1 milhão e 300 mil judeus deixaram o Império Russo.
As violentas ocorrências geraram uma onda de protestos públicos internacionais, desencadeada pela França, Inglaterra e Estados Unidos. Mas, apesar de toda essa pressão, em 1882 o governo czarista deu mais um passo contra a população judaica, elaborando uma nova política que perdurou até a Revolução de 1917.
O novo conjunto de leis, intitulado as "Leis de Maio", era extremamente discriminatório e cruel, restringindo ainda mais a liberdade de movimento e de residência dos judeus.
Tornava extremamente difícil, se não impossível, seu acesso à educação e à atividade econômica. Os judeus russos não podiam comprar terras, ter cargos públicos, ser professores universitários. Pressionada de todos os lados, a grande maioria deles vivia em condições críticas.
Desde que assumiu o poder, em 1894, até sua queda, em 1918, o czar Nicolau II – conhecido na história judaica como o "czar dos pogroms" – adotou, como seus predecessores, a tão arraigada política de atribuir aos judeus a culpa por todos os males. Usava-os para "distrair" as massas russas da miséria e opressão em que viviam.
Em todas as cidades eram distribuídos panfletos e jornais que incitavam à violência, impressos em sua grande maioria nas tipografias do governo. Para se ter uma idéia do nível a que chegou a barbárie, no período de 1903 a 1907, quando a Rússia passava internamente por grande instabilidade política, ocorreram 691 pogroms que deixaram milhares de vítimas. O primeiro deles aconteceu justamente em Kishinev.
Kishinev
Durante o século XIX, Kishinev era a capital da Bessarábia. Atualmente é a capital da República da Moldávia, parte da ex-União Soviética. Sob o domínio russo, a cidade tornara-se um ativo centro comercial e industrial, atraindo judeus de outras partes da Rússia, em busca de oportunidades e trabalho.
Apesar de todas as restrições econômicas impostas em finais do século XIX, a comunidade judaica de Kishinev florescera. Calcula-se que, em 1903, aproximadamente 60.000 judeus vivessem em Kishinev. Havia 16 escolas judaicas, com 2.100 alunos, e 70 sinagogas. Mas os trágicos eventos que ocorreram na Páscoa de 1903, nessa cidade, mudaram para sempre a vida deles.
Reinava, na época, uma grande tensão na Rússia e, na tentativa de aliviá-la, o governo czarista tentou dirigir as atenções da população contra os judeus. Como nas ocorrências anteriores, acredita-se que agentes do Ministério do Interior e funcionários do alto escalão do governo estivessem envolvidos na organização do primeiro pogrom do século XX.
Em fevereiro de 1903 foi encontrado morto, em Kishinev, um menino cristão, Michael Ribalenko. Embora fosse evidente que o menino havia sido morto por um parente – como foi provado mais tarde – espalhou-se na cidade o boato de que ele fora assassinado pelos judeus. Segundo algumas fontes, o chefe da polícia local teria sido o autor do boato. De qualquer modo, teve importante participação no desenrolar dos acontecimentos.
Durante meses, uma campanha anti-semita orquestrada pelo diretor do jornal Bessarabets incitava continuamente a população contra os judeus. A cidade fervia de ódio quando outro acontecimento foi o estopim para o início da violência. Uma jovem cristã, paciente do Hospital Israelita de Kishinev, cometeu suicídio. Mais uma vez o jornal Bessarabets imputou aos judeus a culpa por essa morte. (Tempos depois encontrou-se o verdadeiro assassino do menino Michael, assim como também provou-se que a morte da moça não tinha relação alguma com os judeus. Mas isso só veio a público após a violência ter tomado conta da cidade).
Na véspera da Páscoa de 1903, turbas enfurecidas assaltaram Kishinev. Os judeus tentaram inutilmente apelar às autoridades locais. Sabiam que estas poderiam conter imediatamente a violência, pois havia 5 mil soldados estacionados na cidade.
Mas o vice-governador se recusou a intervir, afirmando que só poderia tomar qualquer medida se recebesse ordens diretas do ministro do Interior. Acredita-se que o próprio vice-governador fosse um dos incentivadores do pogrom e que o ministro do Interior lhe dera ordens de não parar a violência. Quando "as instruções" finalmente chegaram e as tropas foram enviadas às ruas, sua presença bastou para acabar com os desmandos.
O pogrom durou três dias, deixando em seu rastro conseqüências estarrecedoras: 45 judeus morreram e 700 ficaram feridos, 92 dos quais em estado grave.
Mulheres e crianças sofreram violências brutais. De acordo com os dados oficiais, mais de 800 casas foram pilhadas e destruídas, 2.000 famílias ficaram sem teto e 600 lojas foram saqueadas. Embora pareça que a reação dos judeus foi de total passividade, sabe-se que houve tentativas de auto-defesa. Todas, porém, fracassaram. As autoridades, ao invés de parar a violência, desarmaram os poucos judeus que resistiam.
O pogrom de Kishinev recebeu muita atenção internacional. O The New York Times escreveu, na ocasião:
É impossível contabilizar-se a quantidade enorme de propriedades destruídas em poucas horas, os aplausos ao tumulto desenfreado, os gritos lancinantes das vítimas tomando conta do espaço.
Onde quer que se encontrasse um judeu, ele era selvagemente espancado até desfalecer. Um deles foi arrastado de um bonde e espancado até que a turba pensasse tê-lo matado. O ar estava tomado por penas e roupa de cama estraçalhadas. Todos os lares judeus foram invadidos e seus infelizes moradores, aterrorizados, tentavam esconder-se nos porões e sob os telhados.
O populacho não poupou nem a sinagoga e, profanando a mais importante casa de orações, violou os Pergaminhos da Lei. A conduta dos inteligentes cristãos foi vergonhosa. Não fizeram tentativa alguma de conter o desvario. Simplesmente ficaram a olhar e a desfrutar da brincadeira ignominiosa.
No terceiro dia, quando foi divulgado que as tropas tinham recebido ordens de atirar, os baderneiros contiveram-se. Apesar do clamor mundial, apenas dois indivíduos foram sentenciados, com penas de cinco e sete anos, enquanto vinte e dois outros receberam penas de um e dois anos.
Os impactos do pogrom
O primeiro pogrom do século XX teve um grande impacto não apenas no mundo judaico – abalando os judeus dentro e fora da Rússia – mas provocou, também, a ira do mundo civilizado, que se voltou contra a Rússia czarista. Intelectuais russos, como Tolstoi e Gorki, manifestaram abertamente sua repulsa, declarando que a sociedade inteira era tão culpada da desgraça e dos horrores de Kishinev quanto os próprios assassinos.
Os judeus, chocados com os acontecimentos, reagiram de várias formas. As organizações judaicas internacionais se movimentaram rapidamente para levar ajuda às vítimas. Um importante manifesto contra a passividade judaica foi redigido por Ahad Ha-Am e assinado por escritores como H. C. Bialik, Simon Dubnow, Mordecai Ben-Ami.
O manifesto afirmava que era "degradante ver 5 milhões de pessoas oferecendo o seu pescoço para serem abatidas como gado, sem ao menos tentar defender sua vida com suas próprias mãos". O escritor Chaim Nachman Bialik, enviado à cidade pelo Congresso Judaico de Odessa para verificar o que ocorrera, escreveu um poema que provocou uma profunda reação. Em "Na cidade da matança", Bialik protesta amargamente contra os "filhos dos macabeus,... que se esconderam e silenciosamente assistiram suas mães, esposas e filhas serem violentadas".
Em resposta aos ataques, foram formados grupos judaicos de auto-defesa, organizados por operários, estudantes, membros do Bund e de outros grupos sionistas. O pogrom de Kishinev provocou o fortalecimento das aspirações sionistas no seio da comunidade judaica russa. A difícil situação do judaísmo russo, que Herzl testemunhou pessoalmente durante sua visita à região, causou-lhe tamanha preocupação que no 6º Congresso Sionista (1903) ele propôs o plano britânico de usar Uganda como um refúgio temporário para os judeus da Rússia.
A brutalidade dos acontecimentos foi de tal magnitude que milhares de judeus que viviam sob o jugo do czar decidiram abandonar o Leste Europeu. Muitos foram para os Estados Unidos, onde criaram vibrantes comunidades e puderam desenvolver o seu talento e sua criatividade. E muitos outros foram para Eretz Israel, criando um importante núcleo que daria origem ao futuro Estado de Israel, soberano entre as nações.
Notas:
* - Pogrom: movimento popular de violência contra os judeus.
1 - Nota do editor: extraído da revista Morashá, que publicou o artigo em março de 2003, por ocasião do centenário do pogrom de Kishinev. Divulgado pelo site Beth-Shalom.
Referências:
"Korolenko Describes the Kishinev Pogrom of 1903 from "Kishineff: The Medieval Outbreak Against the Jews", in "The Great Events by Famous Historians" pp. 35-49.
Chronicle of Jewish History.
Paul Johnson, História dos Judeus, Editora Imago.
Nahum Sokolow, editor do jornal "Hazefira" (Varsóvia), relatando os acontecimentos após o pogrom de Kishinev em 1903.
Escrito por Revista Morashá, 26 Setembro 2011
DOIS FARSANTES CONTRACENAM NO VÍDEO PRODUZIDO E DIRIGIDO PELA TV CÂMARA
Produzido e dirigido pela Câmara dos Deputados, um vídeo protagonizado por dois vigaristas comprova que, na novilíngua do Congresso, “sessão” pode ser sinônimo de fraude.
Aparentemente, as imagens registram uma reunião da Comissão de Constituição e Justiça que, seguindo sem desvios o roteiro de praxe, aprova um balaio de projetos em apenas três minutos.
Ao lado da secretária que cuida da ata, César Colnago (PSDB-ES) preside uma sessão com o quórum mínimo de 31 parlamentares. “Havendo o número regimental, declaro aberta a reunião”, avisa no início do vídeo. A câmera mostra o deputado Luiz Couto (PT-PB) como se fosse um dos presentes. É o único. Outros 34 assinaram a lista e viajaram para o feriadão que agora começa na tarde de quinta-feira e só termina na manhã de terça.
“Em discussão”, continua Colnago segundos depois. “Não havendo quem queira discutir, em votação. Os deputados que forem pela aprovação, permaneçam como se encontram.” A câmera fecha em Luiz Couto, sentado na primeira fileira. O número regimental não se mexe.
“Aprovado”, comunica o presidente. O tucano e o petista reprisaram o script para livrar-se de três blocos de projetos – relativos à concessão e renovação de radiodifusão, acordos internacionais e projetos de lei. Além dos artistas principais, o elenco incluiu um grupo de coajuvantes formado por assessores dos gazeteiros. Filmados por poucos segundos, tocos capricharam na pose de deputado.
“Nada mais havendo a tratar, declaramos encerrada a reunião”, diz Colnago três minutos mais tarde. Fisionomia sóbria, despede-se do único presente como se enxergasse uma pequena multidão. E convoca a próxima reunião, “a realizar-se na terça feira, às 14h30.” Espertamente, os funcionários da TV Câmara evitaram registrar a continuação da conversa entre os dois deputados.
Para azar dos farsantes, um repórter do Globo estava por perto. “Um coroinha com um padre, podia dar o quê?”, ouviu o padre Luiz Couto do parceiro que jura ter sido coroinha. Enquanto a secretária mal continha o entusiasmo pela enxurrada de projetos aprovados, Colnago recitou a última fala: “Depois dizem que a oposição não ajuda…”
Augusto Nunes
Aparentemente, as imagens registram uma reunião da Comissão de Constituição e Justiça que, seguindo sem desvios o roteiro de praxe, aprova um balaio de projetos em apenas três minutos.
Ao lado da secretária que cuida da ata, César Colnago (PSDB-ES) preside uma sessão com o quórum mínimo de 31 parlamentares. “Havendo o número regimental, declaro aberta a reunião”, avisa no início do vídeo. A câmera mostra o deputado Luiz Couto (PT-PB) como se fosse um dos presentes. É o único. Outros 34 assinaram a lista e viajaram para o feriadão que agora começa na tarde de quinta-feira e só termina na manhã de terça.
“Em discussão”, continua Colnago segundos depois. “Não havendo quem queira discutir, em votação. Os deputados que forem pela aprovação, permaneçam como se encontram.” A câmera fecha em Luiz Couto, sentado na primeira fileira. O número regimental não se mexe.
“Aprovado”, comunica o presidente. O tucano e o petista reprisaram o script para livrar-se de três blocos de projetos – relativos à concessão e renovação de radiodifusão, acordos internacionais e projetos de lei. Além dos artistas principais, o elenco incluiu um grupo de coajuvantes formado por assessores dos gazeteiros. Filmados por poucos segundos, tocos capricharam na pose de deputado.
“Nada mais havendo a tratar, declaramos encerrada a reunião”, diz Colnago três minutos mais tarde. Fisionomia sóbria, despede-se do único presente como se enxergasse uma pequena multidão. E convoca a próxima reunião, “a realizar-se na terça feira, às 14h30.” Espertamente, os funcionários da TV Câmara evitaram registrar a continuação da conversa entre os dois deputados.
Para azar dos farsantes, um repórter do Globo estava por perto. “Um coroinha com um padre, podia dar o quê?”, ouviu o padre Luiz Couto do parceiro que jura ter sido coroinha. Enquanto a secretária mal continha o entusiasmo pela enxurrada de projetos aprovados, Colnago recitou a última fala: “Depois dizem que a oposição não ajuda…”
Augusto Nunes
QUEM É A FAVOR DA CORRUPÇÃO?
Artigos - Governo do PT
Marcha contra corrupção sem foco? Corrupção de governo nenhum? Sem culpados com nome próprio? Sem siglas políticas a acusar?
Alguns dias "de molho" com uma virose cívica que começou na Semana da Pátria e avançou pela Semana Farroupilha, me deram tempo para pensar. Entre outros temas, para pensar nas tais passeatas contra a corrupção.
Primeiro, imaginei a coisa pelo lado oposto: uma passeata a favor da corrupção. É claro que só apareceriam jornalistas na tentativa de capturar imagens e impressões de algo grotesco. Só a imprensa. Os corruptos estariam exercendo sua atividade alhures, longe dos flashes e dos olhares da mídia. Ou seja, leitor, ninguém é a favor da corrupção, exceto os corruptos, mas estes agem como moluscos, lenta e discretamente, dentro de suas conchas e tocas, imersos em águas turvas.
Façamos, então, uma grande marcha "contra a corrupção"! Como todos são contra, vai faltar espaço na avenida Paulista, na Cinelândia e, em Porto Alegre, haverá gente pendurada na chaminé do Gasômetro. Sucesso garantido.
O quê? Não foi nem parecido com isso? Pouca gente em relação ao esperado? Faltou divulgação? Bobagem. Todo mundo estava sabendo. Não compareceram porque não quiseram.
Pois foi aí que me valeram estes dias de virose cívica. Pode ter sido efeito da febre ativando algum neurônio preguiçoso ou desativando algum outro defeituoso, mas tenho certeza de que matei a charada.
As manifestações contra a corrupção contaram com público reduzido porque berrar contra a corrupção "sic et simpliciter" (até o latim me veio de volta com a febre) é mais ou menos como mobilizar-se em protesto contra o câncer ou contra a dengue hemorrágica. Todo mundo concorda, mas é completamente inútil.
Perdoem-me os promotores, muitos dos quais fraternos amigos.
Eventos anteriores, assemelhados, alcançaram sucesso muito maior por dois motivos: contavam com apoio de segmentos da sociedade civil aparelhada pelo PT (aquela turma que, ao simples estalo de um dedo petista, embarca num ônibus e vai para onde mandam); e eram eventos com foco, estavam direcionados contra alguém com nome e sobrenome, partidos com letrinhas conhecidas, governos inteiros e responsáveis por escândalos que não caíam das manchetes. Era sempre "Fora alguém!".
Marcha contra corrupção sem foco? Corrupção de governo nenhum? Sem culpados com nome próprio? Sem siglas políticas a acusar? Sem lançar em rosto do Congresso as responsabilidades por termos uma densa legislação de proteção aos corruptos? Sem atribuir a quem quer que seja culpas pela lentidão dos processos? Sem combater os votos secretos nos parlamentos? Sem denunciar até o último fio de voz a danação ética de um sistema político canalha, ficha-suja, que protege, estimula e vive da corrupção?
CNBB e OAB, para ficarmos com as instituições mais luzidias, que me relevem o menosprezo. Mas não consigo imaginar furo n'água mais raso e inútil do que os tais gestos de protesto contra uma corrupção que não têm coragem de apontar alguém, nem de pronunciar um nome sequer.
Que não revela discernimento necessário para indicar as falhas institucionais e comprometer-se com uma correta reforma do modelo político nacional e dos nossos códigos. Estes códigos são um "pálio de luz desdobrado" a iluminar o caminho dos corruptos na sinuosa marcha republicana rumo à prescrição.
Sinceramente, até os corruptos agradecem a fidalguia com que foram tratados! Governos podres de raiz, assumidamente podres, ardorosos defensores de seus próprios corruptos, que os homenageiam e desagravam, igualmente se sentem reverenciados nestas festinhas setembrinas de titubeantes virtudes cívicas.
Percival Puggina, 26 Setembro 2011
Publicado no jornal Zero Hora.
Marcha contra corrupção sem foco? Corrupção de governo nenhum? Sem culpados com nome próprio? Sem siglas políticas a acusar?
Alguns dias "de molho" com uma virose cívica que começou na Semana da Pátria e avançou pela Semana Farroupilha, me deram tempo para pensar. Entre outros temas, para pensar nas tais passeatas contra a corrupção.
Primeiro, imaginei a coisa pelo lado oposto: uma passeata a favor da corrupção. É claro que só apareceriam jornalistas na tentativa de capturar imagens e impressões de algo grotesco. Só a imprensa. Os corruptos estariam exercendo sua atividade alhures, longe dos flashes e dos olhares da mídia. Ou seja, leitor, ninguém é a favor da corrupção, exceto os corruptos, mas estes agem como moluscos, lenta e discretamente, dentro de suas conchas e tocas, imersos em águas turvas.
Façamos, então, uma grande marcha "contra a corrupção"! Como todos são contra, vai faltar espaço na avenida Paulista, na Cinelândia e, em Porto Alegre, haverá gente pendurada na chaminé do Gasômetro. Sucesso garantido.
O quê? Não foi nem parecido com isso? Pouca gente em relação ao esperado? Faltou divulgação? Bobagem. Todo mundo estava sabendo. Não compareceram porque não quiseram.
Pois foi aí que me valeram estes dias de virose cívica. Pode ter sido efeito da febre ativando algum neurônio preguiçoso ou desativando algum outro defeituoso, mas tenho certeza de que matei a charada.
As manifestações contra a corrupção contaram com público reduzido porque berrar contra a corrupção "sic et simpliciter" (até o latim me veio de volta com a febre) é mais ou menos como mobilizar-se em protesto contra o câncer ou contra a dengue hemorrágica. Todo mundo concorda, mas é completamente inútil.
Perdoem-me os promotores, muitos dos quais fraternos amigos.
Eventos anteriores, assemelhados, alcançaram sucesso muito maior por dois motivos: contavam com apoio de segmentos da sociedade civil aparelhada pelo PT (aquela turma que, ao simples estalo de um dedo petista, embarca num ônibus e vai para onde mandam); e eram eventos com foco, estavam direcionados contra alguém com nome e sobrenome, partidos com letrinhas conhecidas, governos inteiros e responsáveis por escândalos que não caíam das manchetes. Era sempre "Fora alguém!".
Marcha contra corrupção sem foco? Corrupção de governo nenhum? Sem culpados com nome próprio? Sem siglas políticas a acusar? Sem lançar em rosto do Congresso as responsabilidades por termos uma densa legislação de proteção aos corruptos? Sem atribuir a quem quer que seja culpas pela lentidão dos processos? Sem combater os votos secretos nos parlamentos? Sem denunciar até o último fio de voz a danação ética de um sistema político canalha, ficha-suja, que protege, estimula e vive da corrupção?
CNBB e OAB, para ficarmos com as instituições mais luzidias, que me relevem o menosprezo. Mas não consigo imaginar furo n'água mais raso e inútil do que os tais gestos de protesto contra uma corrupção que não têm coragem de apontar alguém, nem de pronunciar um nome sequer.
Que não revela discernimento necessário para indicar as falhas institucionais e comprometer-se com uma correta reforma do modelo político nacional e dos nossos códigos. Estes códigos são um "pálio de luz desdobrado" a iluminar o caminho dos corruptos na sinuosa marcha republicana rumo à prescrição.
Sinceramente, até os corruptos agradecem a fidalguia com que foram tratados! Governos podres de raiz, assumidamente podres, ardorosos defensores de seus próprios corruptos, que os homenageiam e desagravam, igualmente se sentem reverenciados nestas festinhas setembrinas de titubeantes virtudes cívicas.
Percival Puggina, 26 Setembro 2011
Publicado no jornal Zero Hora.
VOTO DISTRITAL É O PAVOR DOS MENSALEIROS PETISTAS
"Depois dos escândalos da quebra do sigilo do caseiro e do mensalão, as votações de Antonio Palocci e João Paulo Cunha desabaram nos seus municípios de origem [Ribeirão Preto e Osasco, respectivamente]. Só se elegeram correndo o Estado em busca de voto".
Este foi um dos principais argumentos apresentados pelo senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) para defender a adoção do voto distrital puro, sistema eleitoral no qual o candidato a cargo legislativo só pode concorrer em uma determinada região.
No entanto, o senador se mostrou pouco otimista de que o sistema, defendido por ele e pelo PSDB, alcance êxito agora, dada a conjuntura política. "Só vingará em alguns anos, por conscientização das pessoas".
Em evento promovido pela Procuradoria Regional Eleitoral em São Paulo sobre o tema, Nunes Ferreira se opôs aos principais pontos do relatório sobre a Reforma Política apresentados pelo deputado federal Henrique Fontana (PT-RS).
O documento será apreciado no dia 5 de outubro pela Comissão Especial da Câmara dos Deputados.
Para o senador, o financiamento público de campanhas só funcionaria se também fosse adotada a votação em lista fechada, formulada pelos partidos. "Sou contrário a ambos", afirmou. A adoção do chamado "distritão", em que são eleitos os mais votados, também foi criticada pelo senador. "Como o PMDB quer o distritão, o que Fontana propôs é uma mistura de lista fechada com distritão.
É o pior dos dois mundos, acaba com o vínculo entre representante e representado", observou. Nunes Ferreira se mostrou temeroso com a fiscalização dos recursos. "A estimativa feita foi de que isso custaria R$ 7 por eleitor, o que dá uns R$ 900 milhões.
A eleição do ano passado, segundo o Tribunal Superior Eleitoral, custou R$ 2,8 bilhões. É evidente que esse sistema estimulará o uso de caixa dois", argumentou.
Antes do senador, o presidente do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo, Walter de Almeida Guilherme, havia feito críticas à obrigatoriedade do voto e à possibilidade de reeleição, em sua visão "uma via para o abuso do poder político". O senador discordou de ambas as teses, como já havia discordado do financiamento público de campanha, defendido pelo presidente do TRE-SP.
Questionado sobre a teste do ministro do Supremo Tribunal Federal, José Antonio Dias Toffoli, de que a participação de empresas no financiamento do processo eleitoral deveria ser vedada, o senador se mostrou, contrariado. "O que deveria haver é maior fiscalização, evitando o favorecimento posterior. Sabe quando a contribuição de empresas era proibida? Na ditadura", observou.
(Do Valor Econômico)
Este foi um dos principais argumentos apresentados pelo senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) para defender a adoção do voto distrital puro, sistema eleitoral no qual o candidato a cargo legislativo só pode concorrer em uma determinada região.
No entanto, o senador se mostrou pouco otimista de que o sistema, defendido por ele e pelo PSDB, alcance êxito agora, dada a conjuntura política. "Só vingará em alguns anos, por conscientização das pessoas".
Em evento promovido pela Procuradoria Regional Eleitoral em São Paulo sobre o tema, Nunes Ferreira se opôs aos principais pontos do relatório sobre a Reforma Política apresentados pelo deputado federal Henrique Fontana (PT-RS).
O documento será apreciado no dia 5 de outubro pela Comissão Especial da Câmara dos Deputados.
Para o senador, o financiamento público de campanhas só funcionaria se também fosse adotada a votação em lista fechada, formulada pelos partidos. "Sou contrário a ambos", afirmou. A adoção do chamado "distritão", em que são eleitos os mais votados, também foi criticada pelo senador. "Como o PMDB quer o distritão, o que Fontana propôs é uma mistura de lista fechada com distritão.
É o pior dos dois mundos, acaba com o vínculo entre representante e representado", observou. Nunes Ferreira se mostrou temeroso com a fiscalização dos recursos. "A estimativa feita foi de que isso custaria R$ 7 por eleitor, o que dá uns R$ 900 milhões.
A eleição do ano passado, segundo o Tribunal Superior Eleitoral, custou R$ 2,8 bilhões. É evidente que esse sistema estimulará o uso de caixa dois", argumentou.
Antes do senador, o presidente do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo, Walter de Almeida Guilherme, havia feito críticas à obrigatoriedade do voto e à possibilidade de reeleição, em sua visão "uma via para o abuso do poder político". O senador discordou de ambas as teses, como já havia discordado do financiamento público de campanha, defendido pelo presidente do TRE-SP.
Questionado sobre a teste do ministro do Supremo Tribunal Federal, José Antonio Dias Toffoli, de que a participação de empresas no financiamento do processo eleitoral deveria ser vedada, o senador se mostrou, contrariado. "O que deveria haver é maior fiscalização, evitando o favorecimento posterior. Sabe quando a contribuição de empresas era proibida? Na ditadura", observou.
(Do Valor Econômico)
MCCE PEDE A PELUSO URGÊNCIA NA VOTAÇÃO SOBRE CONSTITUCIONALIDADE DA FICHA LIMPA
Em audiência no Supremo Tribunal Federal (quarta, 21/09), o presidente daquela corte, Ministro Cezar Peluzo recebeu o diretor do MCCE Nacional, Sr. Carlos Moura e os deputados da Frente Parlamentar Mista de Combate à Corrupção do Congresso, Srs. Chico Alencar - PSOL/RJ, Francisco Praciano - PT/AM, Paulo Rubens Santiago - PDT/PE e Protógenes - PCdoB/SP.
O grupo solicitou urgência no julgamento das ações que questionam a constitucionalidade da Lei da "Ficha Limpa" - LC 135/2010.
Moura (MCCE) ressaltou ao Ministro que é muito grande a expectativa da sociedade civil na espera de uma decisão favorável à Ficha Limpa, já que mais de 2 milhões de eleitores propuseram a iniciativa popular que resultou na Lei.
Peluso, por sua vez, afirmou que tão logo a Presidenta Dilma nomeie o(a) novo(a) ministro(a), o processo será colocado a julgamento, inclusive os processos que se referem à cota e quilombolas.
O grupo solicitou urgência no julgamento das ações que questionam a constitucionalidade da Lei da "Ficha Limpa" - LC 135/2010.
Moura (MCCE) ressaltou ao Ministro que é muito grande a expectativa da sociedade civil na espera de uma decisão favorável à Ficha Limpa, já que mais de 2 milhões de eleitores propuseram a iniciativa popular que resultou na Lei.
Peluso, por sua vez, afirmou que tão logo a Presidenta Dilma nomeie o(a) novo(a) ministro(a), o processo será colocado a julgamento, inclusive os processos que se referem à cota e quilombolas.
CRESCE A MOBILIZAÇÃO DAS REDES SOCIAIS CONTRA A CORRUPÇÃO
Boas pessoas do Brasil varonil.
Texto publicado na Tribuna de Imprensa Online conta que a luta contra a corrupção começa a ser disseminada pela internet.
Diz a nota:
Circulam na internet muitos manifestos contra a corrupção e defendendo a moralização do serviço público.
Um deles, assinado pelo brigadeiro Ivan Frota, é muito extenso e nem dá para publicar. Mas o comentarista José Guilherme Schossland, sempre atento e atuante, nos manda um desses manifestos, que por ser mais curto e objetivo, merece transcrição aqui no Blog, embora seja anônimo.
A guerra contra o mau político, e contra a degradação da nação está começando. Não subestimem o povo que começa a ter conhecimento do que nos tem acontecido, do porquê de chegar ao ponto de ter de cortar na comida dos próprios filhos!
Estamos de olhos bem abertos e dispostos a fazer tudo o que for preciso, para mudar o rumo deste abuso.
Todos os ”governantes” do Brasil até aqui, falam em cortes de despesas – mas não dizem quais despesas – mas, querem o aumentos de impostos como se não fôssemos o campeão mundial em impostos.
Nenhum governante fala em:
1. Reduzir as mordomias (gabinetes, secretárias, adjuntos, assessores, suportes burocráticos respectivos, carros, motoristas, 14º e 15º salários etc.) dos poderes da República;
2. Redução do número de deputados da Câmara Federal, e seus gabinetes, profissionalizando-os como nos países sérios. Acabar com as mordomias na Câmara, Senado e Ministérios, como almoços opíparos, com digestivos e outras libações, tudo à custa do povo;
3. Acabar com centenas de Institutos Públicos e Fundações Públicas que não servem para nada e, têm funcionários e administradores com 2º e 3º emprego;
4. Acabar com as empresas Municipais, com Administradores a auferir milhares de reais/mês e que não servem para nada, antes, acumulam funções nos municípios, para aumentarem o bolo salarial respectivo.
5. Acabar com o Senado e com as Câmara Estaduais, que só servem aos seus membros e aos seus familiares. O que é que faz mesmo uma Assembleia Legislativa (Câmara Estadual)?
6. Por exemplo as empresas de estacionamento não são verificadas porquê? E os aparelhos não são verificados porquê? É como um táxi, se uns têm de cumprir porque não cumprem os outros? E como não são verificados como podem ser auditados?
7. Redução drástica das Câmaras Municipais e das Assembléias Estaduais, se não for possível acabar com elas.
8. Acabar com o Financiamento aos partidos, que devem viver da quotização dos seus associados e da imaginação que aos outros exigem, para conseguirem verbas para as suas atividades; Aliás, 2 partidos apenas como os EUA e outros países adiantados, seria mais que suficiente.
9. Acabar com a distribuição de carros a Presidentes, Assessores, etc.., das Câmaras, Juntas, etc., que se deslocam em digressões particulares pelo País;
10. Acabar com os motoristas particulares 24 h/dia, com o agravamento das horas extraordinárias…. para servir suas excelências, filhos e famílias e até, as ex-famílias…
11. Acabar com a renovação sistemática de frotas de carros do Estado;
12. Colocar chapas de identificação em todos os carros do Estado. Não permitir de modo algum que carros oficiais façam serviço particular tal como levar e trazer familiares e filhos, às escolas, ir ao mercado a compras, etc.;
13. Acabar com o vaivém semanal dos deputados e respectivas estadias em em hotéis de cinco estrelas pagos pelos contribuintes;
14.. Controlar o pessoal da Função Pública (todos os funcionários pagos por nós que nunca estão no local de trabalho). HÁ QUADROS (diretores gerais e outros) QUE,EM VEZ DE ESTAREMNO SERVIÇO PÚBLICO, PASSAM O TEMPO NOS SEUS ESCRITÓRIOS DE CONSULTORIAS A CUIDAR DOS SEUS INTERESSES….;
15. Acabar com as administrações numerosíssimas de hospitais públicos que servem para garantir aos apadrinhados do poder – há hospitais de cidades com mais administradores que pessoal administrativo… pertencentes Às oligarquias locais do partido no poder…
16. Acabar com os milhares de pareceres jurídicos, caríssimos, pagos sempre aos mesmos escritórios que têm canais de comunicação fáceis com o Governo, no âmbito de um tráfico de influências que há que criminalizar, autuar, julgar e condenar;
17. Acabar com as várias aposentadorias por pessoa, de entre o pessoal do Estado e entidades privadas, que passaram fugazmente pelo LEGISLATIVO.
18. Pedir o pagamento da devolução dos milhões dos empréstimos compulsórios confiscados dos contribuintes, e pagamento IMEDIATO DOS PRECATÓRIOS judiciais;
19. Criminalizar, imediatamente, o enriquecimento ilícito, perseguindo, confiscando e punindo os ladrões que fizeram fortunas e adquiriram patrimônios de forma indevida e à custa do contribuinte, manipulando e aumentando preços de empreitadas públicas, desviando dinheiros segundo esquemas pretensamente “legais”, sem controle, e vivendo à tripa forra à custa dos dinheiros que deveriam servir para o progresso do país e para a assistência aos que efetivamente dela precisam;
20. Não deixar um único malfeitor de colarinho branco impune, fazendo com que paguem efetivamente pelos seus crimes, adaptando o nosso sistema de justiça a padrões civilizados, onde as escutas VALEM e os crimes não prescrevem com leis à pressa, feitas à medida;
21. Impedir os que foram ministros de virem a ser gestores de empresas que tenham beneficiado de fundos públicos ou de adjudicações decididas pelos ditos.
22. Fazer um levantamento geral e minucioso de todos os que ocuparam cargos políticos, central e local, de forma a saber qual o seu patrimônio antes e depois.
23. Pôr os Bancos pagando impostos e, atendendo a todos nos horários do comércio e da indústria.
24. Proibir repasses de verbas para todas e quaisquer ONGs.
25. Fazer uma devassa nas contas do MST e similares, bem como no PT e todos demais partidos políticos.
26. REVER imediatamente a situação de todos os APOSENTADOS, inclusive os Federais, Estaduais e Municipais, que precisam muito mais que estes que vivem às cusaas dos brasileilros trabalhadores.
27. REVER as indenizações milionárias pagas indevidamente aos “perseguidos políticos” (guerrilheiros-quadrilheiros-assaltantes).
28. AUDITORIA sobre o perdão de dívidas que o Brasil concedeu a outros países.
29. Acabar com as mordomias (que são abusivas) da aposentadoria do Presidente da Republica, após um mandato, nós temos que trabalhar 35 anos e não temos direito a carro, combustivel, segurança ,etc.
30. Acabar com o direito do prisioneiro receber mais do que o salario mínimo por filho menor, e, se ele morrer, ainda fica esse beneficio para a família. O prisioneiro deve trabalhar para receber algum benefício, e deveria indenizar a família que ele prejudicou.
31. Acabar com a farra das informações que adormecem o povo pelos veículos de comunicação. Não permitir a renovação da concessão, que é pública, para famílias que possuem mais emissoras do que é permitido por lei.
32. Rever verbas para UNE e outras entidades estudantis que, atualmente, só aplaudem o governo.
33. – Revendo estes itens não haverá necessidade de nova CPMF (ou outro apelido qualquer) para atender a SAÚDE (viu, dona Dilma!).
34. Limitar e acabar com os abusos bancários.
35. Acabar com qualquer tipo de Cartórios (privilégios de uma minoria hereditária)
36. Diminuir o numero de municípios (fundir ou incorporar a maioria dos povoados deficitários), numero mínimo de habitantes por município: 50 mil.
Fonte: Tribuna de Imprensa Online
Texto publicado na Tribuna de Imprensa Online conta que a luta contra a corrupção começa a ser disseminada pela internet.
Diz a nota:
Circulam na internet muitos manifestos contra a corrupção e defendendo a moralização do serviço público.
Um deles, assinado pelo brigadeiro Ivan Frota, é muito extenso e nem dá para publicar. Mas o comentarista José Guilherme Schossland, sempre atento e atuante, nos manda um desses manifestos, que por ser mais curto e objetivo, merece transcrição aqui no Blog, embora seja anônimo.
A guerra contra o mau político, e contra a degradação da nação está começando. Não subestimem o povo que começa a ter conhecimento do que nos tem acontecido, do porquê de chegar ao ponto de ter de cortar na comida dos próprios filhos!
Estamos de olhos bem abertos e dispostos a fazer tudo o que for preciso, para mudar o rumo deste abuso.
Todos os ”governantes” do Brasil até aqui, falam em cortes de despesas – mas não dizem quais despesas – mas, querem o aumentos de impostos como se não fôssemos o campeão mundial em impostos.
Nenhum governante fala em:
1. Reduzir as mordomias (gabinetes, secretárias, adjuntos, assessores, suportes burocráticos respectivos, carros, motoristas, 14º e 15º salários etc.) dos poderes da República;
2. Redução do número de deputados da Câmara Federal, e seus gabinetes, profissionalizando-os como nos países sérios. Acabar com as mordomias na Câmara, Senado e Ministérios, como almoços opíparos, com digestivos e outras libações, tudo à custa do povo;
3. Acabar com centenas de Institutos Públicos e Fundações Públicas que não servem para nada e, têm funcionários e administradores com 2º e 3º emprego;
4. Acabar com as empresas Municipais, com Administradores a auferir milhares de reais/mês e que não servem para nada, antes, acumulam funções nos municípios, para aumentarem o bolo salarial respectivo.
5. Acabar com o Senado e com as Câmara Estaduais, que só servem aos seus membros e aos seus familiares. O que é que faz mesmo uma Assembleia Legislativa (Câmara Estadual)?
6. Por exemplo as empresas de estacionamento não são verificadas porquê? E os aparelhos não são verificados porquê? É como um táxi, se uns têm de cumprir porque não cumprem os outros? E como não são verificados como podem ser auditados?
7. Redução drástica das Câmaras Municipais e das Assembléias Estaduais, se não for possível acabar com elas.
8. Acabar com o Financiamento aos partidos, que devem viver da quotização dos seus associados e da imaginação que aos outros exigem, para conseguirem verbas para as suas atividades; Aliás, 2 partidos apenas como os EUA e outros países adiantados, seria mais que suficiente.
9. Acabar com a distribuição de carros a Presidentes, Assessores, etc.., das Câmaras, Juntas, etc., que se deslocam em digressões particulares pelo País;
10. Acabar com os motoristas particulares 24 h/dia, com o agravamento das horas extraordinárias…. para servir suas excelências, filhos e famílias e até, as ex-famílias…
11. Acabar com a renovação sistemática de frotas de carros do Estado;
12. Colocar chapas de identificação em todos os carros do Estado. Não permitir de modo algum que carros oficiais façam serviço particular tal como levar e trazer familiares e filhos, às escolas, ir ao mercado a compras, etc.;
13. Acabar com o vaivém semanal dos deputados e respectivas estadias em em hotéis de cinco estrelas pagos pelos contribuintes;
14.. Controlar o pessoal da Função Pública (todos os funcionários pagos por nós que nunca estão no local de trabalho). HÁ QUADROS (diretores gerais e outros) QUE,EM VEZ DE ESTAREMNO SERVIÇO PÚBLICO, PASSAM O TEMPO NOS SEUS ESCRITÓRIOS DE CONSULTORIAS A CUIDAR DOS SEUS INTERESSES….;
15. Acabar com as administrações numerosíssimas de hospitais públicos que servem para garantir aos apadrinhados do poder – há hospitais de cidades com mais administradores que pessoal administrativo… pertencentes Às oligarquias locais do partido no poder…
16. Acabar com os milhares de pareceres jurídicos, caríssimos, pagos sempre aos mesmos escritórios que têm canais de comunicação fáceis com o Governo, no âmbito de um tráfico de influências que há que criminalizar, autuar, julgar e condenar;
17. Acabar com as várias aposentadorias por pessoa, de entre o pessoal do Estado e entidades privadas, que passaram fugazmente pelo LEGISLATIVO.
18. Pedir o pagamento da devolução dos milhões dos empréstimos compulsórios confiscados dos contribuintes, e pagamento IMEDIATO DOS PRECATÓRIOS judiciais;
19. Criminalizar, imediatamente, o enriquecimento ilícito, perseguindo, confiscando e punindo os ladrões que fizeram fortunas e adquiriram patrimônios de forma indevida e à custa do contribuinte, manipulando e aumentando preços de empreitadas públicas, desviando dinheiros segundo esquemas pretensamente “legais”, sem controle, e vivendo à tripa forra à custa dos dinheiros que deveriam servir para o progresso do país e para a assistência aos que efetivamente dela precisam;
20. Não deixar um único malfeitor de colarinho branco impune, fazendo com que paguem efetivamente pelos seus crimes, adaptando o nosso sistema de justiça a padrões civilizados, onde as escutas VALEM e os crimes não prescrevem com leis à pressa, feitas à medida;
21. Impedir os que foram ministros de virem a ser gestores de empresas que tenham beneficiado de fundos públicos ou de adjudicações decididas pelos ditos.
22. Fazer um levantamento geral e minucioso de todos os que ocuparam cargos políticos, central e local, de forma a saber qual o seu patrimônio antes e depois.
23. Pôr os Bancos pagando impostos e, atendendo a todos nos horários do comércio e da indústria.
24. Proibir repasses de verbas para todas e quaisquer ONGs.
25. Fazer uma devassa nas contas do MST e similares, bem como no PT e todos demais partidos políticos.
26. REVER imediatamente a situação de todos os APOSENTADOS, inclusive os Federais, Estaduais e Municipais, que precisam muito mais que estes que vivem às cusaas dos brasileilros trabalhadores.
27. REVER as indenizações milionárias pagas indevidamente aos “perseguidos políticos” (guerrilheiros-quadrilheiros-assaltantes).
28. AUDITORIA sobre o perdão de dívidas que o Brasil concedeu a outros países.
29. Acabar com as mordomias (que são abusivas) da aposentadoria do Presidente da Republica, após um mandato, nós temos que trabalhar 35 anos e não temos direito a carro, combustivel, segurança ,etc.
30. Acabar com o direito do prisioneiro receber mais do que o salario mínimo por filho menor, e, se ele morrer, ainda fica esse beneficio para a família. O prisioneiro deve trabalhar para receber algum benefício, e deveria indenizar a família que ele prejudicou.
31. Acabar com a farra das informações que adormecem o povo pelos veículos de comunicação. Não permitir a renovação da concessão, que é pública, para famílias que possuem mais emissoras do que é permitido por lei.
32. Rever verbas para UNE e outras entidades estudantis que, atualmente, só aplaudem o governo.
33. – Revendo estes itens não haverá necessidade de nova CPMF (ou outro apelido qualquer) para atender a SAÚDE (viu, dona Dilma!).
34. Limitar e acabar com os abusos bancários.
35. Acabar com qualquer tipo de Cartórios (privilégios de uma minoria hereditária)
36. Diminuir o numero de municípios (fundir ou incorporar a maioria dos povoados deficitários), numero mínimo de habitantes por município: 50 mil.
Fonte: Tribuna de Imprensa Online
TUDO PARA SALVAR O ZÉ !!!
O projeto de reforma política do PT vai agraciar os partidos aliados com um caminhão de verbas públicas.
Mas, por trás da ideia ruim, há uma intenção pior: inocentar Dirceu e sua quadrilha no julgamento do mensalão.
Quando os caciques do PT e do PMDB se unem para fechar um acordo e ficam felizes a ponto de não conseguirem conter o sorriso de satisfação, convém ao eleitor ficar alerta. Se a negociação de que se trata envolve bilhões de reais em dinheiro público, a atenção deve ser redobrada. E, se por trás de tudo isso existir uma ideia saída da cabeça de José "Chefe da Quadrilha do Mensalão" Dirceu, é melhor ficar mais ressabiado.
Na semana passada, em Brasília, essas três situações se alinharam em torno de um dos projetos mais sensíveis em tramitação no Congresso: o da reforma política. Desde a década de 90, discute-se como aprimorar a qualidade das eleições, aproximar a população dos políticos, de modo que estes sejam fiscalizados por quem os elegeu, e frear a epidemia de corrupção. Ninguém tem dúvida de que se trata de uma reforma crucial para o Brasil. Mas a que o PT e o PMDB defendem hoje só interessa a eles.
A proposta, que deve ser votada até novembro, foi arquitetada por José Dirceu e levada ao Congresso pelo deputado Henrique Fontana (PT-RS). Uma de suas ideias ruins - o financiamento público das campanhas - esconde outra ainda pior. Os petistas querem que o Erário, que já gasta 1,5 bilhão de reais a cada ano eleitoral com subsídios diretos e indiretos, passe a pagar a conta integral do processo, o que elevará para 4,5 bilhões de reais a facada no bolso do contribuinte. Essa é a ideia explicitamente ruim.
O que ela oculta é um raciocínio enviesado que tem por objetivo ajudar a livrar Dirceu e sua quadrilha da condenação no julgamento do mensalão.
Explique-se: Dirceu prega a aprovação do financiamento público com o argumento de que ele eliminaria a prática do caixa dois eleitoral. A lógica ilógica é que, se o estado pagasse por tudo nas campanhas, os partidos não teriam de buscar doações paralelas de pessoas físicas e jurídicas (claro ... ).
Mas o que tem isso a ver com o mensalão? Nada. Só que, em 2005, quando os petistas foram pegos desviando dinheiro público para o próprio bolso e o de aliados, a estratégia foi dizer que o roubo não era roubo, mas produto "apenas de caixa dois".
Ou seja, o dinheiro usado para comprar votos de parlamentares seria proveniente de doações eleitorais ao PT e adjacências, ficção que leva a assinatura do então ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos, um dos mais brilhantes advogados criminalistas do país.
O que Dirceu pretende alegar agora é que, além de o partido não ter pago propina a parlamentares para que aprovassem os projetos do governo do qual era ministro, o caixa dois era uma imposição do sistema eleitoral. Assim, o PT teria sido tão somente "vítima das circunstâncias".
Se o golpe do financiamento público emplacar, o partido sai, ao mesmo tempo, como vítima e "purificador" de um sistema viciado.
A tese será apresentada no julgamento dos réus do processo do mensalão no Supremo Tribunal Federal, para tentar livrar a cara de toda a quadrilha, em especial a do chefão.
A maquinação não acaba aí. No projeto, o partido embutiu uma segunda ideia deletéria produzida pela cachola dois de Dirceu. Trata-se de uma cláusula que define como será dividido o bilionário bolo de recursos a ser bancado pelo estado: os partidos que têm as maiores bancadas na Câmara ficarão com a maior fatia.
E quais são esses partidos? PT e PMDB, claro.
O primeiro ficaria com cerca de 14% da bolada e o segundo, com 11 % - o que também explica o sorriso de Lula e dos peemedebistas na semana passada. Aparentemente, esse princípio segue a mesma lógica usada na dívisão do dinheiro do Fundo Partidário: quanto maior a legenda, maior a parcela que ela recebe do butim.
Ocorre que o dinheiro a ser distribuído pelo critério do tamanho das bancadas não será usado apenas na eleição de deputados federais, mas também na de deputados estaduais, governadores, senadores e presidente da República.
Com essa malandragem, o PT garante desde já que seu candidato a presidente em 2014 receberá mais dinheiro do que seu principal concorrente, o candidato do PSDB.
Não tem jeito: ao nome de José Dirceu está sempre associada uma PaTranha, uma PicareTagem.
VEJA - 24/09/2011
JUÍZES E PROMOTORES SERÃO DENUNCIADOS POR LIGAÇÃO COM MÁFIAS QUE COBRAM TAXAS ILEGAIS DE CONDOMÍNIO - SEGURANÇA
Depois que o Supremo Tribunal Federal decidiu que é ilegal a cobrança obrigatória de taxa por associações de moradores, os derrotados em ações de primeira instância prometem jogar pesado contra membros do Judiciário ligados às máfias urbanas.
As corregedorias do Conselho Nacional de Justiça e do Conselho Nacional do Ministério Público receberão denúncias, com provas, do envolvimento de juízes e promotores com as “associações de moradores de fachada”.
O escândalo promete render. As denúncias envolvem juízes e promotores que moram nos pretensos condomínios fechados. Alguns deles até fazem parte como diretores, fundadores ou conselheiros vitalícios das associações que, ao arrepio da Constituição, obrigavam moradores a pagar taxas de condomínio ou por supostos “serviços de segurança”.
Os aliados das entidades de fachada agiram em conflito com as condutas e códigos de ética da magistratura e do MP. As denúncias também podem afetar desembargadores, também suspeitos de envolvimento com as máfias e milicianos, que respaldavam as decisões de primeira instância.
O caso pode ter grande repercussão em São Paulo, onde as associações sobram taxas condominiais ou de proteção em bairros abertos ou em ruas que, ilegalmente, são fechadas por cancelas e guaritas.
O Procurador Federal Jefferson Aparecido Dias já colhe provas e já abriu procedimento preparatório de inquérito investigatório para coibir os falsos condomínios existentes no estado.
Em São Paulo existe até a Associação das Vítimas de Loteamentos e Residenciais, que luta contra a cobrança inconstitucional dessas taxas ilegais aos moradores.
A cobrança feita pelas máfias das associações viola o artigo 5º da Constituição em dois aspectos. Ninguém pode ser obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei. E ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer associado. A decisão do STF promete causar uma turbulência no Judiciário.
Muitos tribunais de Justiça vêm autorizando a cobrança das mensalidades compulsórias. Curiosamente, as decisões apoiadas por juízes e promotores com interesses diretos nas tais associações.
Por Jorge Serrão
As corregedorias do Conselho Nacional de Justiça e do Conselho Nacional do Ministério Público receberão denúncias, com provas, do envolvimento de juízes e promotores com as “associações de moradores de fachada”.
O escândalo promete render. As denúncias envolvem juízes e promotores que moram nos pretensos condomínios fechados. Alguns deles até fazem parte como diretores, fundadores ou conselheiros vitalícios das associações que, ao arrepio da Constituição, obrigavam moradores a pagar taxas de condomínio ou por supostos “serviços de segurança”.
Os aliados das entidades de fachada agiram em conflito com as condutas e códigos de ética da magistratura e do MP. As denúncias também podem afetar desembargadores, também suspeitos de envolvimento com as máfias e milicianos, que respaldavam as decisões de primeira instância.
O caso pode ter grande repercussão em São Paulo, onde as associações sobram taxas condominiais ou de proteção em bairros abertos ou em ruas que, ilegalmente, são fechadas por cancelas e guaritas.
O Procurador Federal Jefferson Aparecido Dias já colhe provas e já abriu procedimento preparatório de inquérito investigatório para coibir os falsos condomínios existentes no estado.
Em São Paulo existe até a Associação das Vítimas de Loteamentos e Residenciais, que luta contra a cobrança inconstitucional dessas taxas ilegais aos moradores.
A cobrança feita pelas máfias das associações viola o artigo 5º da Constituição em dois aspectos. Ninguém pode ser obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei. E ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer associado. A decisão do STF promete causar uma turbulência no Judiciário.
Muitos tribunais de Justiça vêm autorizando a cobrança das mensalidades compulsórias. Curiosamente, as decisões apoiadas por juízes e promotores com interesses diretos nas tais associações.
Por Jorge Serrão
EM BOCA FECHADA, NÃO ENTRA MOSCA
Miriam Belchior, que não sabe o que diz, virou ministra por não dizer o que sabe.
Roseane Garcia estava casada com Antonio da Costa Santos, o Toninho do PT, quando ocupantes de um Vectra prata fuzilaram o prefeito de Campinas, que voltava para casa na direção de um Palio. Desde aquela noite de 10 de setembro de 2001, Roseane luta para saber por que ficou viúva.
No começo deste mês, voltou a Brasília para reapresentar ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e ao procurador-geral da República, Roberto Gurgel, a mesma reivindicação que Lula e Tarso Genro ignoraram: ela pede que o caso seja investigado pela Polícia Federal. “Tenho um trunfo”, tentou animar-se. “Desta vez vim com o inquérito reaberto. O juiz e três desembargadores admitiram que a investigação foi mal feita”.
Ao contrário dos Altos Companheiros, que se esforçam para sepultar a execução do prefeito de Campinas na vala comum dos homicídios sem mandantes, a viúva de Toninho do PT entende que houve motivação política.
Quatro meses depois, em 18 de janeiro de 2002, a Pajero que levava de volta a Santo André o prefeito Celso Daniel foi interceptada numa rua de São Paulo por sequestradores que, estranhamente, arrancaram o homem no banco de passageiros e deixaram incólume o parceiro Sérgio Gomes da Silva, vulgo Sombra. Dois dias depois, o corpo do sequestrado apareceu numa estrada de terra em Juquitiba.
Além de marcas de tortura, exibia numerosas perfurações a bala. Ex-mulher de Celso Daniel, com quem fora casada durante 10 anos, Miriam Belchior seguia convivendo com o prefeito assassinado como secretária municipal.
Apesar dos rumores sobre o esquema de arrecadação ilegal de dinheiro, envolvendo Celso Daniel, dirigentes do PT e empresários da cidade, Miriam decidiu que ficara viúva por culpa de bandidos comuns. Nos depoimentos à polícia, recitou obedientemente o script preparado pelos advogados do partido.
Em retribuição aos serviços prestados ao PT, a ex-mulher de Celso Daniel ganhou do presidente Lula um empregão na Casa Civil ─ e, há quase nove meses, foi presenteada pela presidente Dilma Rousseff com o Ministério do Planejamento.
Nesta segunda-feira, a desastrosa performance na primeira entrevista coletiva em muitos anos provou que a chefe encontrou a Dilma da Dilma: chama-se Miriam Belchior. Um jornalista perguntou pelo orçamento da Copa do Mundo. “Eu desconheço qual é o valor que vai custar a Copa do Mundo no Brasil”, desconversou em dilmês rústico. “Não há nenhum estudo que diga isso”.
Tradução: o Ministério do Planejamento não sabe quais são os planos e ignora o total da gastança com a festa no País do Futebol. Outro repórter lembrou a lentidão paquidérmica das obras que, como recita o governo desde 2007, deixarão as cidades incluídas no roteiro da Copa com cara de Primeiríssimo Mundo.
O palavrório de Miriam conseguiu assombrar gente que já não se espanta com nada: “As obras de mobilidade urbana são legado, mas não são fundamentais”, ensinou. Fundamentais, portanto, são a reforma do Maracanã e o estádio do Corinthians.
Convidada a explicar o que devem fazer os torcedores para escapar dos congestionamentos a tempo de chegar às arquibancadas antes do apito inicial, a entrevistada rebateu de bate-pronto: “Posso decretar um feriado em São Paulo e garantir que não tenha trânsito”, exemplificou.
Caso a ideia seja efetivada, o direito à gazeta coletiva terá de ser estendido a todas as sedes. Como os nativos não desperdiçam uma chance de feriadão, cada jogo provocará uma semana de folga. Tudo somado, milhões de brasileiros ficarão sem trabalhar durante um mês.
COMENTÁRIO DO INDIGNADO:
A entrevista transformou em certeza uma velha suspeita: Miriam Belchior, que não sabe o que diz, virou ministra por não dizer o que sabe.
Tribunabrasil.com
O POVO ABANDONADO À PRÓPRIA SORTE
A Polícia Federal investiga irregularidades (superfaturamento, licitações suspeitas e pagamentos sem contratos) em seis hospitais federais do Rio.
E soube-se, por pesquisa da Comissão Nacional de Biossegurança, que cem mil pessoas morrem por ano no Brasil por infecção hospitalar.
São dados que nacionalizam inquestionavelmente a tragédia da Saúde.
Neste último caso, imprime-se à desgraça um viés macabro. A estatística da comissão mostra que a cada 365 dias morrem quase duas vezes mais brasileiros em hospitais — por princípio um espaço de preservação da vida — do que o total de soldados americanos abatidos em batalhas durante toda a Guerra do Vietnã.
É apavorante o raio X que a pesquisa, divulgada pelo GLOBO, faz das condições de higiene na rede hospitalar (pública e privada). Em média, 80% dos hospitais brasileiros não fazem o controle adequado. Fonte: Blog do Noblat
A situação da saúde no Brasil é trágica. Mesmo assim o governo nada faz além de querer criar mais um imposto para onerar ainda mais o cidadão.
Milhões e milhões são gastos com a construção de estádios de futebol para a Copa de 2014. Outros milhões e milhões são desviados para as contas bancárias de políticos desonestos para garantir a permanência do governo mais corrupto de nossa história no poder.
O que os lulo petistas chamam de "governabilidade".
Outros milhões são jogados fora por má administração e incompetência.
O governo não cuida das necessidades básicas do povo brasileiro. É um governo federal comprometido com a corrupção e a demagogia.
Enquanto isto o povo morre nos hospitais devido a incompetência, irresponsabilidade, desonestidade e descaso de nossos governantes.
Precisamos dar um basta nesta situação que já é insustentável.
Postado por Laguardia
CHÁVEZ: AGRAVAMENTO DO ESTADO DE SAÚDE
CHÁVEZ NÃO ESTARIA REAGINDO BEM AO TRATAMENTO CONTRA CÂNCER E CRESCEM RUMORES SOBRE AGRAVAMENTO DE SEU ESTADO DE SAÚDE
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Notícias que circulam nesta madrugada na internet, principalmente pelo Twitter e também em portais noticiosos em espanhol, afirmam que o caudilho Hugo Chávez, que recebeu neste final de semana mais uma dose quimioterápica em Cuba, não estaria reagindo bem ao tratamento contra o câncer.
Num desses tuítes, fala-se, inclusive, que Chávez estaría internado no hospital em militar em Caracas com complicações decorrentes do efeito da quimio e de esteróides.
Também pelo Twitter, o Padre José Palmar, de Maracaibo, capital do Estado de Zulia, que também é jornalista e radialista, afirma textualmente no início desta madrugada, conforme facsímile acima, que "a saúde do Presidete Chávez está em franca deterioração. Venezuela deve preparar-se para uma transição. Há muita tensão em Palácio".
Em seu noticiário da últim sexta-feira, dia 23, o jornal El Nuevo Herald reproduz declarações do ex-embaixador dos Estados Unidos ante a OEA e expert em assuntos da política latino-americana, Roger Noriega, informando que Chávez não está reagindo bem ao tratamento contra o câncer e que os Estados Unidos deveriam contemplar um cenário sem a presença física do ditador.
Noriega também expressou preocupação sobre a possibiliade de que generais ligados ao narcotráfico, segundo autoridades norte-americanas, tentem bloquear uma transição democrática no país porque sabem que sua sorte está totalmente ligada à sobrevivência do regime chavista.
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Notícias que circulam nesta madrugada na internet, principalmente pelo Twitter e também em portais noticiosos em espanhol, afirmam que o caudilho Hugo Chávez, que recebeu neste final de semana mais uma dose quimioterápica em Cuba, não estaria reagindo bem ao tratamento contra o câncer.
Num desses tuítes, fala-se, inclusive, que Chávez estaría internado no hospital em militar em Caracas com complicações decorrentes do efeito da quimio e de esteróides.
Também pelo Twitter, o Padre José Palmar, de Maracaibo, capital do Estado de Zulia, que também é jornalista e radialista, afirma textualmente no início desta madrugada, conforme facsímile acima, que "a saúde do Presidete Chávez está em franca deterioração. Venezuela deve preparar-se para uma transição. Há muita tensão em Palácio".
Em seu noticiário da últim sexta-feira, dia 23, o jornal El Nuevo Herald reproduz declarações do ex-embaixador dos Estados Unidos ante a OEA e expert em assuntos da política latino-americana, Roger Noriega, informando que Chávez não está reagindo bem ao tratamento contra o câncer e que os Estados Unidos deveriam contemplar um cenário sem a presença física do ditador.
Noriega também expressou preocupação sobre a possibiliade de que generais ligados ao narcotráfico, segundo autoridades norte-americanas, tentem bloquear uma transição democrática no país porque sabem que sua sorte está totalmente ligada à sobrevivência do regime chavista.
NA BOQUINHA DA GARRAFA...
Demóstenes vê em Lewandowski dançarina do Tchan
Senador Demóstenes Torres-Foto:José Cruz/ABr
Presidente e líder do DEM, os senadores José Agripino Maia e Demóstenes Torres acompanharam cada segundo da sessão noturna do TSE, que iniciou o julgamento do pedido de registro do PSD de Gilberto Kassab.
Os dois estranharam o teor do voto da relatora, ministra Nancy Andrigui. Ela ignorou resolução do próprio TSE ao referendar as assinaturas de apoiadores do novo partido, nascido de uma dissidência do DEM.
Mostraram-se especialmente surpresos com o comportamento do presidente do TSE, ministro Ricardo Lewandowski.
“Foi a primeira vez que eu vi um ministro de tribunal voltar aos tempos de advogado para defender abertamente a criação de um partido”, disse Demóstenes.
Ministro Lewandowski
Sem meias palavras, ele acrescentou: “O Lewandowski fez lembrar seus tempos de advogado de sindicato. Ele pode cobrar honorários do Kassab.”
Em conversa com o blog, Demóstenes criou uma analogia para facilitar o entendimento do modo como viu a sessão que inaugurou a análise do papelório do PSD.
O senador enxergou o plenário do TSE como o antigo grupo musical ‘É o Tchan’, aquele conjunto de axé em que a bailarina loira rivalizava com a dançarina morena.
Pense no ministro Ricardo Lewandowski como uma das bailarinas e no ministro Marco Aurélio Mello como a outra, os dois se odiando.
Foi assim que Demóstenes viu a sessão:
“Todo mundo que assitiu pela TV Justiça teve a oportunidade de ver o Lewandowski dançando na boquinha da garrafa e o Marco Aurélio se esforçando para segurar o Tchan.”
Referia-se ao debate que opôs Lewandowski a Marco Aurélio. O primeiro tentando apressar o registro do PSD. O outro defendendo o respeito ao rito processual do TSE.
Demóstenes soou irônico também ao referir-se à relatora Nancy Andrigui. Disse que a ministra almeja ser nomeada para o STF, na vaga da aposentada Ellen Gracie.
Daí, segundo ele, a “matemática” que levou Nancy a computar como legítimas rubricas de apoiadores do neogovernista PSD sem a necessária conferência dos TREs.
Demóstenes fez troça: “Em matéria de matemática, a ministra revelou-se adepta das cartilhas do MEC.”
Agripino e Demóstenes ainda ruminam a expectativa de que o TSE negue o registro reinvidicado pelo PSD.
O DEM é um dos partidos que tentam impugnar no TSE a criação da nova agremiação.
A legenda presidida por Agripino e liderada no Senado por Demóstenes ainda abriga em seus quadros, além de Kassab, 17 congressistas do futuro PSD.
É gente que, embora já tenha feito as malas, aguarda pela certidão de nascimento do TSE para completar a mudança.
Josias de Souza, na Folha
Senador Demóstenes Torres-Foto:José Cruz/ABr
Presidente e líder do DEM, os senadores José Agripino Maia e Demóstenes Torres acompanharam cada segundo da sessão noturna do TSE, que iniciou o julgamento do pedido de registro do PSD de Gilberto Kassab.
Os dois estranharam o teor do voto da relatora, ministra Nancy Andrigui. Ela ignorou resolução do próprio TSE ao referendar as assinaturas de apoiadores do novo partido, nascido de uma dissidência do DEM.
Mostraram-se especialmente surpresos com o comportamento do presidente do TSE, ministro Ricardo Lewandowski.
“Foi a primeira vez que eu vi um ministro de tribunal voltar aos tempos de advogado para defender abertamente a criação de um partido”, disse Demóstenes.
Ministro Lewandowski
Sem meias palavras, ele acrescentou: “O Lewandowski fez lembrar seus tempos de advogado de sindicato. Ele pode cobrar honorários do Kassab.”
Em conversa com o blog, Demóstenes criou uma analogia para facilitar o entendimento do modo como viu a sessão que inaugurou a análise do papelório do PSD.
O senador enxergou o plenário do TSE como o antigo grupo musical ‘É o Tchan’, aquele conjunto de axé em que a bailarina loira rivalizava com a dançarina morena.
Pense no ministro Ricardo Lewandowski como uma das bailarinas e no ministro Marco Aurélio Mello como a outra, os dois se odiando.
Foi assim que Demóstenes viu a sessão:
“Todo mundo que assitiu pela TV Justiça teve a oportunidade de ver o Lewandowski dançando na boquinha da garrafa e o Marco Aurélio se esforçando para segurar o Tchan.”
Referia-se ao debate que opôs Lewandowski a Marco Aurélio. O primeiro tentando apressar o registro do PSD. O outro defendendo o respeito ao rito processual do TSE.
Demóstenes soou irônico também ao referir-se à relatora Nancy Andrigui. Disse que a ministra almeja ser nomeada para o STF, na vaga da aposentada Ellen Gracie.
Daí, segundo ele, a “matemática” que levou Nancy a computar como legítimas rubricas de apoiadores do neogovernista PSD sem a necessária conferência dos TREs.
Demóstenes fez troça: “Em matéria de matemática, a ministra revelou-se adepta das cartilhas do MEC.”
Agripino e Demóstenes ainda ruminam a expectativa de que o TSE negue o registro reinvidicado pelo PSD.
O DEM é um dos partidos que tentam impugnar no TSE a criação da nova agremiação.
A legenda presidida por Agripino e liderada no Senado por Demóstenes ainda abriga em seus quadros, além de Kassab, 17 congressistas do futuro PSD.
É gente que, embora já tenha feito as malas, aguarda pela certidão de nascimento do TSE para completar a mudança.
Josias de Souza, na Folha
HUGO CHÁVEZ
Hugo Chaves, amigo do Lula, ainda vai governar cinquenta anos para fazer as reformas do Foro de São Paulo na Venezuela.
Chávez no se recupera del cáncer y hay alarma en su gobierno
Ayer se canceló la muy anunciada visita de Mahmoud Ahmadinejad porque el bolivariano necesita reposo. Preocupación en los médicos.
El presidente de Venezuela, Hugo Chávez, en un acto reciente. | Foto: AFP
"Sé que continúan las especulaciones. No les hagamos caso, yo me siento bien, muy bien. Continuaré asumiendo con el ritmo adecuado mis labores de gobierno, de Estado, del movimiento revolucionario, y no sólo dentro del país”, anunció el jueves por la noche el presidente de Venezuela, Hugo Chávez, al descender del avión que lo trajo desde Cuba, donde se sometió a la cuarta sesión de quimioterapia.
Sin embargo, la salud del líder bolivariano disparó más incertidumbres que nunca, luego que suspendiera ayer una reunión bilateral con el presidente iraní Mahmoud Ahmadinejad, encuentro que había anunciado el propio jefe de Estado venezolano una semana atrás. Los rumores corrieron por doquier, motivados por el silencio y el secretismo del chavismo, ante el temor de que su recuperación no sea tan total e inmediata como anuncian desde el Palacio de Miraflores.
El presidente estaría muy débil tras la última fase del tratamiento que ya lleva 15 semanas. Con las defensas bajas, los médicos le ordenaron un reposo estricto, que le imposibilitó recibir a uno de sus aliados más cercanos. “Los planes de quimioterapia requieren de múltiples sesiones. Habitualmente, se sugiere que el paciente no retome las actividades después de una sesión”, afirmó a PERFIL el doctor Amado Bechara, presidente de la Sociedad Argentina de Urología.
“Oficialmente no hay ninguna información. El presidente regresó tras recibir quimioterapia y está mal”, aventuró en diálogo con este diario Alberto Ravell, director de la cadena Globovisión, crítica con el chavismo. Hasta la fecha, el gobierno aún no reveló qué órganos fueron afectados por el cáncer ni divulgó un parte médico sobre la salud del presidente. Ante las dudas sobre su estado, hay incertidumbre sobre si estará capacitado para competir en las presidenciales del año próximo.
Los rumores sobre su salud se dispararon el jueves, durante una conferencia organizada por la Universidad de Miami. En la charla titulada “¿Venezuela en transición?”, Roger Noriega, ex subsecretario de Estado de los Estados Unidos para Asuntos del Hemisferio Occidental, anunció que la salud de Chávez estaba empeorando y que Washington debería plantearse un escenario regional sin el líder venezolano.
Blog Brasil Republicano
Chávez no se recupera del cáncer y hay alarma en su gobierno
Ayer se canceló la muy anunciada visita de Mahmoud Ahmadinejad porque el bolivariano necesita reposo. Preocupación en los médicos.
El presidente de Venezuela, Hugo Chávez, en un acto reciente. | Foto: AFP
"Sé que continúan las especulaciones. No les hagamos caso, yo me siento bien, muy bien. Continuaré asumiendo con el ritmo adecuado mis labores de gobierno, de Estado, del movimiento revolucionario, y no sólo dentro del país”, anunció el jueves por la noche el presidente de Venezuela, Hugo Chávez, al descender del avión que lo trajo desde Cuba, donde se sometió a la cuarta sesión de quimioterapia.
Sin embargo, la salud del líder bolivariano disparó más incertidumbres que nunca, luego que suspendiera ayer una reunión bilateral con el presidente iraní Mahmoud Ahmadinejad, encuentro que había anunciado el propio jefe de Estado venezolano una semana atrás. Los rumores corrieron por doquier, motivados por el silencio y el secretismo del chavismo, ante el temor de que su recuperación no sea tan total e inmediata como anuncian desde el Palacio de Miraflores.
El presidente estaría muy débil tras la última fase del tratamiento que ya lleva 15 semanas. Con las defensas bajas, los médicos le ordenaron un reposo estricto, que le imposibilitó recibir a uno de sus aliados más cercanos. “Los planes de quimioterapia requieren de múltiples sesiones. Habitualmente, se sugiere que el paciente no retome las actividades después de una sesión”, afirmó a PERFIL el doctor Amado Bechara, presidente de la Sociedad Argentina de Urología.
“Oficialmente no hay ninguna información. El presidente regresó tras recibir quimioterapia y está mal”, aventuró en diálogo con este diario Alberto Ravell, director de la cadena Globovisión, crítica con el chavismo. Hasta la fecha, el gobierno aún no reveló qué órganos fueron afectados por el cáncer ni divulgó un parte médico sobre la salud del presidente. Ante las dudas sobre su estado, hay incertidumbre sobre si estará capacitado para competir en las presidenciales del año próximo.
Los rumores sobre su salud se dispararon el jueves, durante una conferencia organizada por la Universidad de Miami. En la charla titulada “¿Venezuela en transición?”, Roger Noriega, ex subsecretario de Estado de los Estados Unidos para Asuntos del Hemisferio Occidental, anunció que la salud de Chávez estaba empeorando y que Washington debería plantearse un escenario regional sin el líder venezolano.
Blog Brasil Republicano
INCOMPETÊNCIA OU CONIVÊNCIA?
Nos poucos meses da presidência iniciada em janeiro, na esfera administrativa, aconteceram coisas jamais vistas nem imaginadas, ainda que os nossos costumes nem sempre fossem imaculados.
Basta dizer que dos cinco ministros que deixaram o governo, quatro foram faxinados, não porque os serviços estatais houvessem apurado incorreções mais ou menos graves em suas gestões, pois nenhum tivera sua revelação creditada a ele, mas todos, sem exceção, a órgãos de comunicação.
Aliás, longe de ser irrelevante, esse dado é da maior importância, pela simples razão de que não fora a imprensa, ou a mídia, como hoje se diz, nada autorizaria supor que eles viessem a ser inventados e publicados. O fato é bastante para indicar que alguma coisa está torta na administração. Mas a gravidade da ocorrência não se esgota aí, antes suscita outra delicada questão.
Enquanto a nação recebeu essas novidades com nojo e indignação, os serviços oficiais, tão zelosos em devassar a vida de pessoas honradas, guardaram sepulcral silêncio, sem uma só ação ainda que retardatária, como se o assunto lhe não dissesse respeito. O mínimo que se pode dizer é que tudo isso parece estranho, tanto mais q
uando alguns serviços dispõem de meios praticamente ilimitados e impalpáveis a permitir que ninguém esteja livre de ser radiografado até em seus pensamentos.
Já não falo no que tem ocorrido com a divulgação privilegiada de trechos inconclusos escolhidos por investigadores ocultos, como se caídos do céu.
Tudo isso concorre para tornar mais nebuloso o silêncio do governo. A propósito, já faz um mês da última revelação e até agora nada foi dito, nem mesmo que a lista está esgotada ou se ainda há coisas a serem aditadas.
Curiosamente, o governo, que anunciara uma faxina na área pustulenta, voltou atrás para dizer que a operação se referia à pobreza... versão que não repercutiu bem. E no recente congresso do partido oficial houve quem pretendesse encerrar a anunciada faxina, sob a alegação de que terminaria atingindo o governo do ex-presidente da República.
Nessa altura o silêncio oficial causou espécie, cada vez mais evidente que não só nada fez para apurar fatos de inegável relevo, limitando-se a receber passivamente a valiosa contribuição da imprensa, como calando em todas as línguas acerca da indolência de seus serviços. O efeito tem sido o pior possível. De muitas pessoas e de variados setores sociais tenho ouvido, em termos absolutos, que todos são corruptos.
Desnecessário dizer que não participo da simplicidade da apreciação. No entanto, desgraçado do país em que seus governantes mais altos e seus representantes mais categorizados são vistos, sem distinção, como delinquentes.
O fato é que a revelação de todos os deslizes cometidos, para não dizer coisa mais adequada, se deve exclusivamente à imprensa, enquanto o governo só aparece depois da publicação. Peço perdão ao leitor pela insistência, mas vale a pena ressaltar, tamanha a impressão a mim causada.
Por fas e por nefas há quem pense que a omissão dos serviços oficiais se deve à incompetência ou à conivência. A alternativa é penosa. As coisas que deixam de ser feitas oportunamente subitamente se convertem em dissabores e amarguras. Ou muito me engano ou o silêncio oficial dá margem às piores ilações, na competência ou conivência, conivência ou incompetência! Que horror!
Paulo Brossard
Jurista, ministro aposentado do STF
Fonte: Zero Hora RS
Basta dizer que dos cinco ministros que deixaram o governo, quatro foram faxinados, não porque os serviços estatais houvessem apurado incorreções mais ou menos graves em suas gestões, pois nenhum tivera sua revelação creditada a ele, mas todos, sem exceção, a órgãos de comunicação.
Aliás, longe de ser irrelevante, esse dado é da maior importância, pela simples razão de que não fora a imprensa, ou a mídia, como hoje se diz, nada autorizaria supor que eles viessem a ser inventados e publicados. O fato é bastante para indicar que alguma coisa está torta na administração. Mas a gravidade da ocorrência não se esgota aí, antes suscita outra delicada questão.
Enquanto a nação recebeu essas novidades com nojo e indignação, os serviços oficiais, tão zelosos em devassar a vida de pessoas honradas, guardaram sepulcral silêncio, sem uma só ação ainda que retardatária, como se o assunto lhe não dissesse respeito. O mínimo que se pode dizer é que tudo isso parece estranho, tanto mais q
uando alguns serviços dispõem de meios praticamente ilimitados e impalpáveis a permitir que ninguém esteja livre de ser radiografado até em seus pensamentos.
Já não falo no que tem ocorrido com a divulgação privilegiada de trechos inconclusos escolhidos por investigadores ocultos, como se caídos do céu.
Tudo isso concorre para tornar mais nebuloso o silêncio do governo. A propósito, já faz um mês da última revelação e até agora nada foi dito, nem mesmo que a lista está esgotada ou se ainda há coisas a serem aditadas.
Curiosamente, o governo, que anunciara uma faxina na área pustulenta, voltou atrás para dizer que a operação se referia à pobreza... versão que não repercutiu bem. E no recente congresso do partido oficial houve quem pretendesse encerrar a anunciada faxina, sob a alegação de que terminaria atingindo o governo do ex-presidente da República.
Nessa altura o silêncio oficial causou espécie, cada vez mais evidente que não só nada fez para apurar fatos de inegável relevo, limitando-se a receber passivamente a valiosa contribuição da imprensa, como calando em todas as línguas acerca da indolência de seus serviços. O efeito tem sido o pior possível. De muitas pessoas e de variados setores sociais tenho ouvido, em termos absolutos, que todos são corruptos.
Desnecessário dizer que não participo da simplicidade da apreciação. No entanto, desgraçado do país em que seus governantes mais altos e seus representantes mais categorizados são vistos, sem distinção, como delinquentes.
O fato é que a revelação de todos os deslizes cometidos, para não dizer coisa mais adequada, se deve exclusivamente à imprensa, enquanto o governo só aparece depois da publicação. Peço perdão ao leitor pela insistência, mas vale a pena ressaltar, tamanha a impressão a mim causada.
Por fas e por nefas há quem pense que a omissão dos serviços oficiais se deve à incompetência ou à conivência. A alternativa é penosa. As coisas que deixam de ser feitas oportunamente subitamente se convertem em dissabores e amarguras. Ou muito me engano ou o silêncio oficial dá margem às piores ilações, na competência ou conivência, conivência ou incompetência! Que horror!
Paulo Brossard
Jurista, ministro aposentado do STF
Fonte: Zero Hora RS
CAEM OS MUROS
O muro estanque da escola está para ser rompido pela web. Não há cartilha que resista ao mar da internet
SUSTO DEPOIS de susto. Assim tem sido minha rápida temporada de palestras na Europa e na África nestes dias. Tive colóquio com o Kofi Anan, entrevista para a imprensa com o econo-pessimista Nouriel Roubini e ainda encontro de meia hora com o Al Gore. Parte disso foi parar no YouTube, para quem tem tempo para essas coisas.
Cada um está apavorado com algo diferente -muitos muros estão caindo. Gore está convencido de que a Amazônia virará deserto em poucas décadas e o Chris Anderson (dono da revista "Wired" e profeta da alta tecnologia) me confessou que quer banir tablets da sala de aula.
A Palestina quer ser país, e tem parte da sua população morando numa penitenciária gigante a céu aberto. Seus muros, dos quatro lados de Gaza, são de vergonha e, por que não dizer, lamentação.
Roubini fala de revoltas sociais crescentes, como Dilma o fez na ONU. Há dúvidas se este tal de Brics sobrevive -muitos já cantam uma desintegração parcial de outro muro (muralha) -o da China.
Nem os EUA nem a Europa têm mais dinheiro para salvar os outros, quiçá eles mesmos.
Não dá tempo para evitar as colisões socioeconômicas de um mundo que comemorou a queda do muro comunista para, apenas 20 anos depois, ver ruir o muro do capitalismo puro.
Com isso em mente, cabe fazer um zoom sobre os muros da escola. Está aí, claramente, a origem e a solução desses problemas. Uma escola antiquada, sequestrada pela obstinação do fazer de conta, é fatal.
A escola como lugar onde os pais depositam seus filhos, e suas vãs esperanças, não tem futuro. Ruirá, porque seus muros são feitos do mesmo material que o de Berlim, de Gaza ou de Wall Street. Como comportas, terão que ser abertas para que as muitas águas façam uma pororoca de modernidade.
O muro estanque da escola já está para ser rompido pela fluidez da web. Não há cartilha que resista ao mar profundo da internet. O parco material enfadonho de hoje é reduzido à decoreba. Mesmo quando os métodos são atualizados, e colocados na web.
Como o mundo financeiro, Gaza ou as revoltas árabes, todos os muros caem de um dia para o outro. Muitos estão a ruir, e o estrondo começa a ser audível.
Continuar a procurar melhorias marginais na escola, a que gerou os milhares de líderes desequilibrados que ergueram tantos muros vergonhosos, é incorrer em erros que os pedreiros sempre evitaram.
Só fica de pé o muro que tem uma fundação verdadeira. Fazer de conta que se ensina, que se aprende, e que nós, pais e sociedade, estamos satisfeitos, só remenda com cimento-cola um muro que deveria ter caído há muito tempo. Olho nos muros, gente, lá vem tijolo.
Ricardo Semler
FOLHA DE SP - 26/09/11
SUSTO DEPOIS de susto. Assim tem sido minha rápida temporada de palestras na Europa e na África nestes dias. Tive colóquio com o Kofi Anan, entrevista para a imprensa com o econo-pessimista Nouriel Roubini e ainda encontro de meia hora com o Al Gore. Parte disso foi parar no YouTube, para quem tem tempo para essas coisas.
Cada um está apavorado com algo diferente -muitos muros estão caindo. Gore está convencido de que a Amazônia virará deserto em poucas décadas e o Chris Anderson (dono da revista "Wired" e profeta da alta tecnologia) me confessou que quer banir tablets da sala de aula.
A Palestina quer ser país, e tem parte da sua população morando numa penitenciária gigante a céu aberto. Seus muros, dos quatro lados de Gaza, são de vergonha e, por que não dizer, lamentação.
Roubini fala de revoltas sociais crescentes, como Dilma o fez na ONU. Há dúvidas se este tal de Brics sobrevive -muitos já cantam uma desintegração parcial de outro muro (muralha) -o da China.
Nem os EUA nem a Europa têm mais dinheiro para salvar os outros, quiçá eles mesmos.
Não dá tempo para evitar as colisões socioeconômicas de um mundo que comemorou a queda do muro comunista para, apenas 20 anos depois, ver ruir o muro do capitalismo puro.
Com isso em mente, cabe fazer um zoom sobre os muros da escola. Está aí, claramente, a origem e a solução desses problemas. Uma escola antiquada, sequestrada pela obstinação do fazer de conta, é fatal.
A escola como lugar onde os pais depositam seus filhos, e suas vãs esperanças, não tem futuro. Ruirá, porque seus muros são feitos do mesmo material que o de Berlim, de Gaza ou de Wall Street. Como comportas, terão que ser abertas para que as muitas águas façam uma pororoca de modernidade.
O muro estanque da escola já está para ser rompido pela fluidez da web. Não há cartilha que resista ao mar profundo da internet. O parco material enfadonho de hoje é reduzido à decoreba. Mesmo quando os métodos são atualizados, e colocados na web.
Como o mundo financeiro, Gaza ou as revoltas árabes, todos os muros caem de um dia para o outro. Muitos estão a ruir, e o estrondo começa a ser audível.
Continuar a procurar melhorias marginais na escola, a que gerou os milhares de líderes desequilibrados que ergueram tantos muros vergonhosos, é incorrer em erros que os pedreiros sempre evitaram.
Só fica de pé o muro que tem uma fundação verdadeira. Fazer de conta que se ensina, que se aprende, e que nós, pais e sociedade, estamos satisfeitos, só remenda com cimento-cola um muro que deveria ter caído há muito tempo. Olho nos muros, gente, lá vem tijolo.
Ricardo Semler
FOLHA DE SP - 26/09/11
DISCRIMINAÇÃO CONTRA MILITARES
O GRUPO GUARARAPES, faz, hoje, um documento aproveitando a palestra feita por um dos seus participantes que abordou o tema "a discriminação contra os militares". Contou casos acontecidos com ele que demonstram a descriminação. Diz que venceu todas, mas mostrou que cada dia que passa, nós militares somos descriminados pelo governo, de um modo geral.
Há, na INTERNET, dita por uma esquerda rancorosa, rançosa e atrasada, uma vontade de colocar na cabeça do povo brasileiro que militar é um truculento, arbitrário, um desnecessário para a grandeza da Pátria.
Forças Armadas representam despesa e custo e que o dinheiro gasto deve ser empregado na educação e saúde do povo.
O coordenador do GRUPO foi eleito Provedor da Santa Casa de Fortaleza.
Criou-se um problema interessante. General para provedor seria o caos. Uma funcionária rezou três dias e três noites, chorando, pedindo um milagre de Deus para que esta desgraça não acontecesse. O mundo roda e a Santa Casa.
foi salva por esta administração e quando o "cão do general" saiu esta mesa senhora rezou e chorou por três dias e três noites para que ele não fosse embora. Vai o "cão" eleito presidente de uma organização de proteção aos idosos. Mesmo drama aconteceu e tudo igual se repetiu. Choraram com a entrada do "cão" e derramaram lágrimas quando ele deixou a Presidência.
Um dia esta mesma pessoa ia em seu carro quando acende uma luz vermelha. Não sabendo o que significava aquele sinal procura a concecionária.
Atendido por uma moça disse a razão de sua presença e a senhorita pergunta o nome. Ao dizer que era general a moça toma um susto e pergunta, com os olhos abertos,: o senhor é mesmo general? Sim e qual a razão da senhorita se encontrar tão admirada? É, meu senhor, que me ensinaram que militar era grosseiro, mal-educado e parecia um animal e o senhor, pelo contrário, é finamente educado. Foi atendido muito bem o "cão" e saiu rindo.
Este documento, um pouco extravagante, bem mostra a coisa como vai se passando. Nas escolas, particularmente as públicas, recebem uma dosagem cavalar de informações contra as Forças Armadas, distorcendo a história, a VERDADE jogada para debaixo do tapete, e cria-se novos Deus, como CHE GUEVARA, como paradigma de honradez e de sonhador. O próprio ministro da educação é culpado de tudo isso.
As Forças Armadas estão desprotegidas e seus chefes lutando desesperadamente para que os princípios da disciplina e hierarquia sejam mantidos. Qualquer que seja o deslize praticado por qualquer elemento que vista farda (Polícia Militar e as Três Forças) o mundo desaba. Há como uma grande torcida para que o Exército Brasileiro pratique qualquer coisa fora do normal para que possa ser explorado pela esquerda festiva e cega, que querem o PODER a qualquer custo, para se apossarem até do dinheiro público,
que já é uma vergonha nacional, mas que ela orquestra como coisa da retrógrada direita conservadora. Até o mais elevado cargo, como ex-presidente, vai pra rua defender o mensalão e outras coisas mais.
A maneira grosseira e cínica como O Ex se referiu aos militares brasileiros no Equador bem diz do ranço e rancor que este senhor tem contra os militares.
Não é ele e sim, a corrente política que representa. Há uma diferença e grande: militar não rouba.
Os chefes militares que rezem ao Senhor pelo nosso destino.
Estamos vivos! Grupo Guararapes!
ADEUS A IDEOLOGIA
Enquanto, para muitos, o marxismo vigia como a grande doutrina do século 20, os que compartilhavam essa visão estavam relativamente tranquilos por fazerem parte de um mundo acomodado, onde todas as peças se encaixavam. Não importava que a realidade fosse totalmente diferente. Nesse mundo teoricamente acomodado, a luta de classes estruturava tudo, ancorada que estava numa classe, o proletariado, que teria a missão de resgatar a humanidade da opressão capitalista.
Com a derrocada do comunismo/socialismo, os que continuaram, apesar de tudo, seguindo a doutrina marxista partiram para a busca de novos agentes históricos, criando um arremedo de luta de classes, agora focado em minorias. Não valia mais a oposição entre burgueses e proletários, mas entre "ricos" e "pobres", as "elites" e os "trabalhadores", e assim por diante.
A agenda das minorias foi sendo assumida pela esquerda, embora historicamente não lhe fosse uma pauta própria. A questão indígena foi um exemplo dessa apropriação, tornando-se as tribos símbolos de resistência ao capitalismo, que teria destruído a sua situação originária, identificada a uma espécie de comunismo primitivo.
Os indígenas reais, com seus problemas urgentes de integração a uma sociedade não indígena, que os atrai e não os trata como iguais, foram sendo progressivamente abandonados. Em vez do equacionamento de uma questão social, com saúde, educação e moradias de qualidade, outra agenda entrou em pauta, a da luta contra o capitalismo, contra os produtores rurais, contra o agronegócio.
Acontece que a realidade não se deixa apreender dessa maneira. Em artigo anterior apresentei o caso de Barra Velha, no sul da Bahia, posteriormente muito bem retratado no Jornal Nacional de 20 de setembro. Lá o conflito opõe pequenos e médios agricultores e assentados da reforma agrária à Funai e ao Conselho Indigenista Missionário.
A oposição entre "ricos" e "pobres" desaparece, com os assentados da reforma agrária, representados pela Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar (Fetraf), ala rural da CUT, e pelo MST, aliados aos produtores rurais, opondo-se aos representantes dos indígenas. Um diretor da Fetraf, em termos muito incisivos, falou ao Jornal Nacional. Um proprietário rural, por sua vez, chegou a exibir um título de propriedade anterior à promulgação de nossa Constituição.
Em outros lugares do País a situação se repete. No norte do Rio Grande do Sul, nos municípios de Marau, Gentil, Mato Castelhano e Ciríaco, agricultores familiares e pequenos agricultores estão ameaçados por atos administrativos da Funai, via constituição de grupos temáticos e de identificação e demarcação. Num primeiro momento, alguns representantes da Funai procuram tranquilizar esses produtores rurais e os prefeitos, dizendo que os grupos são apenas temáticos e os processos de identificação não foram concluídos. Pura enganação, pois, uma vez a máquina posta em movimento, o resultado é um só: a identificação e demarcação dessas terras. Os antropólogos a serviço dessa "causa ideológica" têm um só código de "ética": dar sempre razão às "minorias". A ciência foi abandonada.
O rosto de agricultores familiares e pequenos agricultores expressa medo. A apreensão é total. Possuem títulos de propriedade em muito anteriores a 1988 e, no entanto, estão reféns da insegurança jurídica. Trabalhos de décadas estão em perigo. As famílias desconhecem seu destino.
O sul de Mato Grosso do Sul, em torno de 20% do Estado, vive hoje a mais completa insegurança jurídica, com portarias da Funai que estabelecem estudos preparatórios de identificação e demarcação. Produtores rurais são vítimas de uma política que os tem como inimigos, usurpadores, quando seus títulos são também em muito anteriores à Constituição de 1988. Lá há também problemas graves de ampliação de terras indígenas. O conflito é generalizado.
Dentre as diretrizes estabelecidas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) quando do julgamento do caso da Raposa-Serra do Sol, duas merecem ser destacadas: a que estabelece o fato temporal indígena, a saber, a ocupação efetiva, presente, de territórios pelos indígenas quando da promulgação da Constituição de 1988; e a proibição de ampliação de territórios indígenas já demarcados.
A primeira condição não acolhe a ideia de que um território indígena o seja de fato por haver nele um cemitério ou traços de ocupação que remontam, por exemplo, a 100 ou 200 anos, se tal ocupação não se prolongou efetivamente no tempo. Laudos e relatórios antropológicos dessa maneira feitos não teriam validade. A segunda veda novas identificações e demarcações a partir de um território já demarcado e homologado - na verdade, uma ampliação, pois uma demarcação anterior demarcou igualmente como terras não indígenas o seu entorno. Eventuais problemas de explosão demográfica devem ser objeto de tratamento social, podendo até mesmo se traduzir na compra de terras, pelo valor de mercado, terra nua e benfeitorias, para equacionar um problema de ordem demográfico-social.
As duas diretrizes acima mencionadas estipuladas pelo STF incluem também como condição que os territórios em disputa, tanto no fato antropológico temporal quanto na ampliação de territórios, não tenham sido objeto anterior de esbulho possessório, segundo o acórdão publicado a respeito. Eis um argumento que tem sido utilizado pela Funai e pelo Ministério Público Federal para restringir, se não invalidar a decisão do Supremo. Na verdade, seria uma forma de seguir não seguindo o acórdão do STF. Há uma questão teórica importante aqui envolvida: a condicionante de uma regra não pode ser interpretada de tal modo que invalide a própria regra da qual ela é uma condição. Isso seria equivalente a anular a própria decisão do Supremo.
DENIS LERRER, ROSENFIELD - O Estado de S.Paulo, 26 de setembro de 2011
Prof. de Filosofia na UFRGS
Com a derrocada do comunismo/socialismo, os que continuaram, apesar de tudo, seguindo a doutrina marxista partiram para a busca de novos agentes históricos, criando um arremedo de luta de classes, agora focado em minorias. Não valia mais a oposição entre burgueses e proletários, mas entre "ricos" e "pobres", as "elites" e os "trabalhadores", e assim por diante.
A agenda das minorias foi sendo assumida pela esquerda, embora historicamente não lhe fosse uma pauta própria. A questão indígena foi um exemplo dessa apropriação, tornando-se as tribos símbolos de resistência ao capitalismo, que teria destruído a sua situação originária, identificada a uma espécie de comunismo primitivo.
Os indígenas reais, com seus problemas urgentes de integração a uma sociedade não indígena, que os atrai e não os trata como iguais, foram sendo progressivamente abandonados. Em vez do equacionamento de uma questão social, com saúde, educação e moradias de qualidade, outra agenda entrou em pauta, a da luta contra o capitalismo, contra os produtores rurais, contra o agronegócio.
Acontece que a realidade não se deixa apreender dessa maneira. Em artigo anterior apresentei o caso de Barra Velha, no sul da Bahia, posteriormente muito bem retratado no Jornal Nacional de 20 de setembro. Lá o conflito opõe pequenos e médios agricultores e assentados da reforma agrária à Funai e ao Conselho Indigenista Missionário.
A oposição entre "ricos" e "pobres" desaparece, com os assentados da reforma agrária, representados pela Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar (Fetraf), ala rural da CUT, e pelo MST, aliados aos produtores rurais, opondo-se aos representantes dos indígenas. Um diretor da Fetraf, em termos muito incisivos, falou ao Jornal Nacional. Um proprietário rural, por sua vez, chegou a exibir um título de propriedade anterior à promulgação de nossa Constituição.
Em outros lugares do País a situação se repete. No norte do Rio Grande do Sul, nos municípios de Marau, Gentil, Mato Castelhano e Ciríaco, agricultores familiares e pequenos agricultores estão ameaçados por atos administrativos da Funai, via constituição de grupos temáticos e de identificação e demarcação. Num primeiro momento, alguns representantes da Funai procuram tranquilizar esses produtores rurais e os prefeitos, dizendo que os grupos são apenas temáticos e os processos de identificação não foram concluídos. Pura enganação, pois, uma vez a máquina posta em movimento, o resultado é um só: a identificação e demarcação dessas terras. Os antropólogos a serviço dessa "causa ideológica" têm um só código de "ética": dar sempre razão às "minorias". A ciência foi abandonada.
O rosto de agricultores familiares e pequenos agricultores expressa medo. A apreensão é total. Possuem títulos de propriedade em muito anteriores a 1988 e, no entanto, estão reféns da insegurança jurídica. Trabalhos de décadas estão em perigo. As famílias desconhecem seu destino.
O sul de Mato Grosso do Sul, em torno de 20% do Estado, vive hoje a mais completa insegurança jurídica, com portarias da Funai que estabelecem estudos preparatórios de identificação e demarcação. Produtores rurais são vítimas de uma política que os tem como inimigos, usurpadores, quando seus títulos são também em muito anteriores à Constituição de 1988. Lá há também problemas graves de ampliação de terras indígenas. O conflito é generalizado.
Dentre as diretrizes estabelecidas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) quando do julgamento do caso da Raposa-Serra do Sol, duas merecem ser destacadas: a que estabelece o fato temporal indígena, a saber, a ocupação efetiva, presente, de territórios pelos indígenas quando da promulgação da Constituição de 1988; e a proibição de ampliação de territórios indígenas já demarcados.
A primeira condição não acolhe a ideia de que um território indígena o seja de fato por haver nele um cemitério ou traços de ocupação que remontam, por exemplo, a 100 ou 200 anos, se tal ocupação não se prolongou efetivamente no tempo. Laudos e relatórios antropológicos dessa maneira feitos não teriam validade. A segunda veda novas identificações e demarcações a partir de um território já demarcado e homologado - na verdade, uma ampliação, pois uma demarcação anterior demarcou igualmente como terras não indígenas o seu entorno. Eventuais problemas de explosão demográfica devem ser objeto de tratamento social, podendo até mesmo se traduzir na compra de terras, pelo valor de mercado, terra nua e benfeitorias, para equacionar um problema de ordem demográfico-social.
As duas diretrizes acima mencionadas estipuladas pelo STF incluem também como condição que os territórios em disputa, tanto no fato antropológico temporal quanto na ampliação de territórios, não tenham sido objeto anterior de esbulho possessório, segundo o acórdão publicado a respeito. Eis um argumento que tem sido utilizado pela Funai e pelo Ministério Público Federal para restringir, se não invalidar a decisão do Supremo. Na verdade, seria uma forma de seguir não seguindo o acórdão do STF. Há uma questão teórica importante aqui envolvida: a condicionante de uma regra não pode ser interpretada de tal modo que invalide a própria regra da qual ela é uma condição. Isso seria equivalente a anular a própria decisão do Supremo.
DENIS LERRER, ROSENFIELD - O Estado de S.Paulo, 26 de setembro de 2011
Prof. de Filosofia na UFRGS
COPA DO MUNDO 2014: DESCONTROLE, DESCOORDENAÇÃO
COPA DO MUNDO 2014: DESCONTROLE, DESCOORDENAÇÃO! - DÍVIDA, EM DÓLAR, DO SETOR PRIVADO CRESCEU US$ 186 BILHÕES EM 4 ANOS! E AGORA, JOSÉ?
COPA DO MUNDO 2014: DESCONTROLE, DESCOORDENAÇÃO!
(capa Folha SP, 25) Quase quatro anos após o Brasil ser escolhido como sede da Copa de 2014, o governo perdeu o controle do andamento das obras ligadas ao evento e pôs em risco o legado de infraestrutura que ele poderia deixar para o país. Divulgado há 11 dias, o balanço mais recente do governo sobre os projetos da Copa já está desatualizado. Prazos indicados no documento não batem com informações das cidades-sede, e outros soam irreais diante dos problemas que as obras têm enfrentado. Autoridades que acompanham os preparativos para a Copa já falam em organizar os dias de jogos com a estrutura hoje disponível, sem contar com as novas obras.
* * *
DÍVIDA, EM DÓLAR, DO SETOR PRIVADO CRESCEU US$ 186 BILHÕES EM 4 ANOS! E AGORA, JOSÉ?
(Estado de SP, 25) Outra maneira de aliviar o peso do real forte foi se endividar em dólar. A dívida externa do setor privado saltou de R$ 160,5 bilhões em 2007 para R$ 346,9 bilhões em agosto deste ano, segundo o Banco Central. Nos últimos dias, empresas correram para fazer "hedge" (proteção) no mercado financeiro, evidenciando sua vulnerabilidade. "Os custos de mão de obra e energia já vinham altos. Com a virada do câmbio, as margens de lucro das empresas estreitaram ainda mais", diz Júlio Sérgio Gomes de Almeida, consultor do Instituto de Estudos do Desenvolvimento Industrial (Iedi).
Por Cesar Maia.
COPA DO MUNDO 2014: DESCONTROLE, DESCOORDENAÇÃO!
(capa Folha SP, 25) Quase quatro anos após o Brasil ser escolhido como sede da Copa de 2014, o governo perdeu o controle do andamento das obras ligadas ao evento e pôs em risco o legado de infraestrutura que ele poderia deixar para o país. Divulgado há 11 dias, o balanço mais recente do governo sobre os projetos da Copa já está desatualizado. Prazos indicados no documento não batem com informações das cidades-sede, e outros soam irreais diante dos problemas que as obras têm enfrentado. Autoridades que acompanham os preparativos para a Copa já falam em organizar os dias de jogos com a estrutura hoje disponível, sem contar com as novas obras.
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DÍVIDA, EM DÓLAR, DO SETOR PRIVADO CRESCEU US$ 186 BILHÕES EM 4 ANOS! E AGORA, JOSÉ?
(Estado de SP, 25) Outra maneira de aliviar o peso do real forte foi se endividar em dólar. A dívida externa do setor privado saltou de R$ 160,5 bilhões em 2007 para R$ 346,9 bilhões em agosto deste ano, segundo o Banco Central. Nos últimos dias, empresas correram para fazer "hedge" (proteção) no mercado financeiro, evidenciando sua vulnerabilidade. "Os custos de mão de obra e energia já vinham altos. Com a virada do câmbio, as margens de lucro das empresas estreitaram ainda mais", diz Júlio Sérgio Gomes de Almeida, consultor do Instituto de Estudos do Desenvolvimento Industrial (Iedi).
Por Cesar Maia.
TENTATIVA DA CRIAÇÃO DE NOVO IMPOSTO PARA A SAÚDE
IDELI CONFIRMA: GOVERNO VAI TENTAR CRIAR NOVO IMPOSTO PARA A SAÚDE
Por Vera Rosa e Tânia Monteiro, no Estadão:
Sem caneta na mão, mas com “muitos baldes de saliva para gastar” na tarefa de unir a base aliada, a ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti (PT), admite que o governo ainda quer a criação de um imposto para financiar investimentos em saúde no País e arrecadar mais R$ 45 bilhões por ano. A expectativa do Palácio do Planalto é que o tributo seja aprovado em 2012, apesar das dificuldades previstas por causa das eleições municipais.
Nesta entrevista ao Estado, ao mencionar as “fontes” em debate para custear a saúde, Ideli não fez rodeios para definir do que se trata: “É um novo imposto”. Articuladora política do governo, a ministra garantiu, porém, que nada sairá neste ano porque decisões assim precisam ser “adequadas” à situação econômica. “Você não pode trabalhar desonerando de um lado e onerando de outro”, ponderou.
Cinco dias após a Câmara ter aprovado a Emenda 29 - que define os gastos com saúde para União, Estados e municípios -, Ideli reiterou que o dispositivo não resolve o problema porque não indica de onde virão os recursos. Para ela, a comissão acertada entre os governadores e o presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), poderá “resgatar” projetos de lei que criam base de cálculo para a nova versão da CPMF, o imposto do cheque extinto em 2007. “Nós já colocamos o dedo na ferida”, disse Ideli.
A Câmara aprovou o projeto que regulamenta a Emenda 29, mas não incluiu a base de cálculo para a criação da Contribuição Social para a Saúde (CSS). O que pode ser feito?
Apesar de estar criada a contribuição, a alíquota terá, obrigatoriamente, de ser fixada por lei. A comissão que o Marco Maia formou com os governadores deixa uma porta aberta para o debate.
E quais são as alternativas para financiar os gastos na saúde?
Já se falou em taxação de grandes fortunas, bebidas, cigarros, remessa de dinheiro para o exterior, royalties do petróleo e até em legalização do jogo. A presidenta Dilma tem pedido muito cuidado porque estamos vivenciando uma crise internacional, que será prolongada. Você não pode trabalhar desonerando de um lado e onerando de outro.
O governo vê necessidade de financiar a saúde, mas não quer arcar com o ônus de medida impopular, não é?
O governo tem clareza de que precisa de novas fontes para a saúde. Nós já colocamos o dedo na ferida.
Nova fonte é um novo imposto…
É um novo imposto, que poderá ser de uma forma ou de outra. A questão é que essa nova fonte tem de ser adequada à conjuntura econômica e só pode ser criada com uma discussão de caráter federativo e em consonância com o Congresso.
(…)
A volta do ex-presidente Lula, em 2014, está totalmente descartada?
Por ele. Declaração dele.
Mas ele está tão empenhado em montar palanques para as eleições municipais de 2012…
Que bom, né? Vai ajudar. Aliás, quero louvar a iniciativa dele, na reforma política, porque precisa ter alguém chacoalhando para ver se a gente consegue avançar.
E o que fazer com o PMDB, que diverge do PT e não aceita o financiamento público?
(cantarolando) A gente vai levando… Aqui
Por Reinaldo Azevedo
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