Escritor, psicanalista, seminarista, autor de cerca de 50 livros e professor emérito da Unicamp, Rubem Alves diz que os educadores têm que ser como jardineiros.
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Escritor, psicanalista, seminarista, autor de cerca de 50 livros e professor emérito da Unicamp, Rubem Alves não deixa de ser provocador. Um dos assuntos favoritos do escritor é o modelo de ensino tradicional no Brasil, que para ele deve passar por muitas mudanças.
“Na educação a coisa mais deletéria na relação do professor com o aluno é dar a resposta. Ele tem que provocar a curiosidade e a pesquisa”, diz ele.
No sentido de acordar a inteligência, o escritor fala que os alunos, sejam crianças ou velhos, devem desenvolver os fascínios pelos caminhos desconhecidos. A prova do vestibular, considerada para ele como tola, é um dos alvos de crítica.
“Se os reitores das universidades fizessem o vestibular, seriam reprovados, assim como os professores de cursinho. Então, por que os adolescentes têm que passar?”, indaga o escritor.
Para Alves, os professores têm que pensar menos nas tecnologias do ensino e começar a sonhar junto com os alunos. Além disso, ele fala que os educadores devem passar a ouvir mais os estudantes e assumir a função de jardineiros. “A escola deve ser um jardim”, diz ele.
Rubem Alves também conta que, na sua vida, o sucesso veio a partir dos fracassos e destaca que o perigo não é algo a ser temido, mas sim cultivado. “É preciso ter coragem para bater as asas”, afirmou.
26 de agosto de 2012
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