"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



sábado, 4 de maio de 2013

SOLTANDO A FRANGA EM BRASÍLIA


EU JÁ TINHA OUVIDO TUDO ISSO..MAS AGORA ESTÁ TUDO TÃO BEM FUNDAMENTADO, QUE NÃO RESISTI. AFINAL O MUNDO É GAY MESMO!!
 
Henrique Meirelles, o Presidente do Banco Central, um dos homens mais poderosos da política brasileira, é homossexual.
 
É interessante lembrar disso no momento em que Gilberto Kassab, ex-Prefeito de São Paulo, candidato a reeleição, declara em entrevista que não é homossexual. Como assim? Não é homossexual? Os michês de São Paulo, freqüentadores assíduos do Palácio do Anhagabaú, que só chamam o Prefeito de Tia Kassab, devem estar indignados.
 
Foi PÉSSIMA a atitude de Marta Suplicy e do PT ao fazerem insinuações sobre a vida pessoal do Prefeito na propaganda política. (Mas essa gente é assim mesmo!)
Por outro lado foi horrível o próprio Kassab afirmar numa entrevista que não era homossexual. Se ele tivesse dito a verdade já teria ganho a eleição.
 
Será que essa biba não se olha no espelho? Basta olhar na cara dele. Está escrito bem grande na testa: sou gay!
 
Se o eleitor de São Paulo estivesse preocupado com isso não teria votado nele para o primeiro mandato. Vejam aqui no Rio, por exemplo. A eleição de 2008 para a Prefeitura foi praticamente um pleito gay.
Ora vejam. Além dos super gays Fernando Gabeira e Eduardo Paes, havia na disputa as botinas Jandira Feghali, também conhecida como Jandirão, e a rainha das sapatas, Solange Amaral.
 
Não podemos também esquecer da Juíza Denize Frossard outra "botinão famoso" que se candidatou, porém não foi eleita pela galera GSLB...Não é o máximo?
Claro que, oficialmente, ninguém assume, mas, afinal, para que assumir? Ninguém tem nada a ver com isso.
 
Nos casos do Gabeira e do Paes ambos são casados, têm mulher, têm filhos. Mas, não deixam de ser duas bibas! E viva o Rio.
“Já comi muito o Gabeira”, me disse certa vez cheio de orgulho Roque, um jardineiro boa pinta que andava pela Rua "Gay de Ipanema" a Farme de Amoedo.
 
Com seu jeito pausado de falar Gabeira tem uma suavidade e uma delicadeza que o aproxima do estilo gay de ser. Já Eduardo Paes é uma bicha falsa! Ele frequentemente dava uns pulinhos na Sauna Gay de Ipanema, agora posa de machão, exibe a mulher e os filhos como se fossem troféus, mas o grande amor da vida dele foi um surfista da Barra da Tijuca conhecido como Geribá.
 
O amor não é lindo? Diante das câmeras ele sabe representar que é um machão, mas quando as câmeras são desligadas a bicha desmunheca horrores.
No lançamento do livro do ex-presidente Fernando Henrique, no Hotel Caesar Park, Eduardo Paes deu tanta pinta, mas tanta pinta, que muita gente achou que ele fosse o cabeleireiro da falecida Dona Rute.
 
Nesses dias em que prefeitos e homossexuais estão na crista da onda, vale lembrar o caso do finado deputado Álvaro Valle que disputou a prefeitura do Rio em 1988.
Álvaro Valle era uma bichona, uma doida, uma desvairada. Uma libélula esvoaçante.
 
Certamente por isso sua candidatura angariou muita simpatia da população.
Nas pesquisas de intenções de voto a maricona aparecia em segundo lugar, quase encostando no primeiro colocado.
Quando viu que sua candidatura estava decolando e casamento às pressas com uma frentista de um Posto de Gasolina. O casamento forçado arruinou a candidatura da boneca. O eleitorado ficou chocado com a atitude do deputado e desistiu de votar nele, que acabou ficando com pouquíssimos votos.
 
Resultado: além de ter perdido a eleição a biba ainda teve que ficar aturando uma mulher dentro de casa. Bem feito.
 
Os homens públicos que são gays têm mania de arrumar um casamento às pressas para disfarçar sua homossexualidade. Não será surpresa se, nos próximos dias, o Gilberto Kassab aparecer com uma noiva e promover um casamento espalhafatoso com ela.
 
Os michês paulistas vão ficar arrasados! Afinal, o generoso prefeito é o ídolo dos garotos de programa do Largo do Arouche. Mas Kassab não é o primeiro prefeito gay de São Paulo. Afinal, não podemos esquecer da arretada Luisa Erundina, que comandou a cidade com mão e sapato de ferro.
 
Foi para disfarçar sua homossexualidade que Henrique Meirelles, o todo-poderoso da economia brasileira, casou-se em 2002 com a psiquiatra Eva Missini.
Banqueiro bem sucedido no Brasil e nos Estados Unidos, em 2004 Meirelles decidiu seguir carreira política e concorreu ao cargo de Deputado Federal por Goiás onde foi eleito com votação recorde.
 
Ciente de que era conhecido como gay na sua terra natal, onde já tinha dado muita pinta, sua primeira providência antes de concorrer ao pleito foi se casar. Um casamento discreto, às pressas, em que os amigos que sempre frequentavam suas festas nem foram convidados.
Um casamento de conveniência. Amigos íntimos de Meirelles garantem que ele está decidido a ser o próximo Presidente da República. A bicha quer por que quer sentar na cadeira do Lula.
“Se o Lula, que é uma toupeira, pode ser Presidente, por que eu, que sou um sujeito brilhante, não posso?” É assim que pensa Meirelles todas as manhãs quando se olha no espelho. Será que Henrique Meirelles vai ser o primeiro Presidente Gay da República brasileira? Eu votaria nela. Agora que se tornou uma estrela da política brasileira Henrique Meirelles anda muito comedido.
O chato de ser político é isso: o sujeito não pode ser ele mesmo. Não pode dar pinta. Não pode rodar a baiana. Não pode pegar bofes na sauna. É o preço que se paga. Mas na época em que era “apenas” Presidente do Banco de Boston e uma das estrelas do mercado financeiro internacional Meirelles soltava a franga.
Rapazes bonitões de Goiás viviam lhe fazendo visitas íntimas na mansão em que morava em Boston.
 
Sempre que podia o banqueiro vinha passar temporadas em São Paulo, onde costumava dar festas de arromba, em que não faltavam champanhe e rapazes bonitos. Principalmente rapazes bonitos.
“O Meirelles sempre foi uma bicha festeira. Suas festas marcaram época em São Paulo”, diz um velho amigo do banqueiro, figura assídua da sua lista de convidados.
 
No seu aniversário, dia 31 de Agosto, o Presidente do Banco Central gostava de dar festas temáticas, onde muitas vezes costumava aparecer fantasiado, para deleite das bichas amigas.
Numa de suas festas mais famosas, denominada de Noite das Arábias, Henrique Meirelles apareceu fantasiado de Scherazade. Certamente nessa época ele ainda não tinha aspirações políticas.
 
O Presidente Lula, que tem se revelado uma pessoa muito bem intencionada na questão da homossexualidade, devia apoiar a candidatura de Meirelles. Ele tem muito mais chances do que a Dilma Roussef, que é uma mulher muito careta.
 
Mas, caso seja eleito, Meirelles não terá sido o primeiro Presidente homossexual da República brasileira. De forma alguma! Afinal, não podemos esquecer Itamar Franco, que era uma doidivanas, uma maluca!
O curioso é que Itamar foi vice de Fernando Collor, que também tem um prontuário gay.
 
No livro escrito por seu irmão Pedro Collor ele conta em detalhes o caso amoroso que o irmão Fernando teve com um certo Coronel Darío, um militar que foi Ajudante de Ordens nos anos dourados da Casa da Dinda.
Very sexy! Collor também teve um envolvimento com o deputado Paulo Otávio.
Mas, a vida gay de Fernando Collor começou ainda na juventude, quando ele era um garotão sarado e cheio de tesão.
Foi nessa época que o Caçador de Marajás teve um romance com o costureiro francês Pierre Cardin, que foi a Alagoas acompanhar as filmagens de Joana, a Francesa, filme de Cacá Diegues, estrelado por Jeanne Moreau.
 
Na época a estrela francesa era casada com Cardin. Pois bem. Enquanto La Moreau filmava com Cacá, Cardin se esbaldava com o adolescente Fernando Collor nos canaviais da periferia de Maceió.
 
No livro de Pedro Collor ele também conta que o seu irmão tinha um fetiche um tanto quanto gay: gostava de consumir cocaína através de supositários.
 
Ao falar de gays na política brasileira não podemos esquecer jamais da Delfim Neto, a Ministra da Fazenda que reinou absoluta na época do governo militar.
Essa era uma danada! Tão danada que tinha um grupo de rapazes ao seu dispor que eram conhecidos como os Delfim Boys.
 
Os Delfim Boys eram garotões másculos e viris que a poderosa Delfim protegia e amava com todas as suas forças.
Generosa, a Ministra sempre cuidou para que o futuro dos seus rapazes fosse promissor. Muito deles depois que abandonaram as asas protetoras de tia Delfim se tornaram ricos e poderosos, graças a influência da Ministra protetora.
 
Um dos mais famosos Delfim Boys era um segurança bonitão que Delfim, apaixonado, ajudou muito. Anos depois, quando saiu da michetagem, ele acabou se tornando um poderoso empresário.
A turma antiga GSLB ainda se lembra perfeitamente dele.
 
A lista de bibas na política brasileira é extensa. Henrique Meirelles não é o único gay nascido em Goiás a se tornar uma celebridade da política nacional.
Seu conterrâneo Maguito Vilella também sempre foi do babado.
 
Como vemos, as meninas de Goiás são danadinhas! Representando Pernambuco temos o ex-governador e hoje Senador Jarbas Vasconcelos. Esse tá sempre "namorando" misses e moças bonitas. Sua assessoria gosta de mostrá-lo como um machão pegador, mas, lá em Pernambuco o que se conta é que ele gosta mesmo é de rapazes bam dotados...
 
Em Minas temos o nosso Aécio Neves, sempre muito namorador, mas que ostenta em seu curriculo amoroso romances com outros homens. Portanto, reflitam nos babados acima mencionados, e outros que posteriormente divulgaremos. 

http://lorotaspoliticaseverdades.blogspot.com.br/2013/05/soltando-franga-em-brasilia.html#links
 
04 de maio de 2013

JOSÉ DIRCEU, O GRANDE DESAVISADO

O ex todo poderoso, que no seus tempos de mando dentro do Palácio do Planalto, chegou a cogitar ser o substituto natural de Lula, José Dirceu, vêm se atrapalhando por tentar ser malandro demais e em conseqüência vai cometendo erros provindos da super valorização própria
 
Jamais pensou que seria obrigado a renunciar do Cargo de ministro chefe da Casa Civil,
 
faustoquando estourou o escândalo de “mensalão”, mas foi.
 
Tentou arrumar um bode expiatório que assumisse suas culpas e o escolhido, de comum acordo, foi o pobre diabo de Delúbio Soares, claro que não conseguiu enganar ninguém e foi condenado por um juiz íntegro e cônscio de seus deveres a 10 anos e 10 meses de reclusão.
 
Partiu para um princípio típico da doutrina que professa, que ensina: “se uma mentira for repetida à exaustão vira verdade”, assim saiu em peregrinação, gritando aos 4 ventos que era inocente e vítima de perseguições.
 
Também não deu certo, desesperado e num recurso derradeiro, tenta solapar poder do Judiciário transferindo-o para o Legislativo através de uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que submete as decisões do Supremo Tribunal Federal, à aprovação do Congresso.
 
Para fazer esse trabalho inglório, escolheu um verdadeiro pau de bosta, o deputado Nazareno Fonteles (PT-PI), que não conseguiu nem ser medíocre, está muito abaixo disso (*)
A PEC, em princípio foi aprovada por uma emagrecida Comissão de Constituição e Justiça da Câmara (CCJ).

Dirceu por puro espírito ditatorial, desconhece o que possa ser clamor público, o que pode ser ver é que a PEC, além do clamor, causo um perigoso mal estar entre os dois poderes.
Deputados que pareciam a favor acabaram mijando na perna. A situação está nesse pé, mas ao que tudo indica, Dirceu, para o bem da democracia, tornará a ser derrotado.

(*) Nazareno Fontenes é um grande colecionador de derrotas eleitorais.
Em 1986 foi candidato a governador do Piauí. Perdeu. Em 1994, tentou ser novamente governador do estado e… perdeu.
Em 1988 disputou a eleição para vereador de Teresina. Perdeu, ficou na suplência. Em 1996 tentou ser prefeito da capital piauiense. Perdeu. Em 1998 tentou ser senador. Perdeu. Alguns anos depois, em agosto de 2003, assumiu, sem disputar eleições, o cargo de suplente de deputado federal, após o falecimento de Francisca Trindade. Em 2008, perdeu novamente uma eleição para a prefeitura. Perdeu a disputa para deputado federal em 2010.
 
Entretanto, hoje ele ocupa assento na Câmara Federal deixado pelo titular da vaga, Átila Lira (PSB), que atualmente é secretário de Educação do governo de Wilson Martins, mas de acordo com decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) a vaga pertenceria à médica Liége Cavalcante que pertence ao mesmo partido do titular e não a Fonteles.
 
04 de maio de 2013
Giulio Sanamrtini

INVESTIDA BOLIVARISTA


As investidas de parlamentares petistas contra o Supremo Tribunal Federal, às vésperas da execução das sentenças que imolam algumas cabeças coroadas do partido, não podem ser vistas de modo algum como coisas dissociadas.
 
E por um motivo muito simples: não são. Querer tirar do STF, guardião da Constituição, a palavra final em relação à constitucionalidade das leis já é em si um disparate institucional, pois despoja a Suprema Corte de seu papel essencial.
 
Pior ainda é transferir essa missão ao Congresso, que, sendo autor das leis cuja constitucionalidade se argui, exercerá o bizarro papel de juiz de si mesmo. O ministro Gilmar Mendes está certo: nessa hipótese, é melhor que o STF seja extinto.
 
Pois bem: a proposta é de um deputado petista, Nazareno Fonteles (PI). Simultaneamente, os condenados pelo mensalão pedem a destituição do relator Joaquim Barbosa, sob argumentos vários, inclusive o de que, sendo agora presidente da Corte, estará sobrecarregado de afazeres, o que dificultaria a avaliação dos embargos. É José Dirceu preocupado com a carga excessiva de trabalho de Joaquim Barbosa, receoso de que tenha um estresse.
 
 
 
O que está em pauta, por parte dos petistas, é reduzir a autonomia do STF, tornando-o um braço auxiliar do Executivo, fórmula que o Fórum de São Paulo aplicou com tanto sucesso em países como Venezuela, Bolívia e Equador.
 
Não fosse assim, Nicolas Maduro não estaria na Presidência da República da Venezuela, que usurpou antes mesmo da convocação de novas eleições, decorrentes da morte de Hugo Chávez, que não chegou a tomar posse.
 
A Suprema Corte, comandada por militantes bolivaristas, chancelou a falácia, que permitiu que Maduro se candidatasse à Presidência já a ocupando ilegitimamente.
 
Por aqui, cogita-se de reformar o STF para enfraquecê-lo. Há projetos de petistas para que os juízes passem a ter mandatos de 4 anos e que as sessões do tribunal não passem ao vivo na TV.
 
Mas está longe de ser apenas isso. Proposta de emenda à Constituição, de autoria do deputado Marco Maia (PT-RS), ex-presidente da Câmara, veda ao STF a suspensão de proposições em tramitação no Congresso, leis ou emendas constitucionais que decorra de decisão monocrática, referente a mandados de segurança, ações diretas de inconstitucionalidade ou ações declaratórias de constitucionalidade.
 
Ou seja, a minoria parlamentar – como no caso dos royalties do petróleo e na tentativa de restringir a criação de partidos - perde acesso a um instrumento liminar de garantir direitos enquanto se avalia a constitucionalidade do que está sendo votado. Maioria parlamentar não garante constitucionalidade.
 
O que se constata é que há todo um movimento dentro do PT para impor limites não apenas ao Judiciário, mas também ao Ministério Público, alvo de uma proposta de emenda constitucional apelidada de “PEC da Impunidade”, que o impede de investigar denúncias de corrupção, restringindo o direito à polícia.
 
Está em pleno funcionamento uma comissão especial, instalada por Marco Maia quando na presidência da Câmara, que, sob o nome pomposo de Comissão Especial de Aprimoramento das Instituições Brasileiras, cuida de desaprimorá-las.
 
Lá foi gestada a PEC da Impunidade. E lá buscam-se mecanismos que instalem, por sobre as instituições, a chamada democracia direta – ou bolivariana. Basta convocar a chamada sociedade organizada – sindicatos e ONGs, ambos remunerados pelo Estado – para impor a vontade do governante.
 
Chávez fez uso obsessivo desse expediente, que permitiu que não apenas só deixasse o poder morto, como também que impusesse a censura e controlasse o Judiciário.
 
Vejam só o que, a esse respeito, declara o relator da tal comissão especial, deputado Rogério Carvalho (PT-SE): “O governo é a materialização da vontade popular num determinado momento histórico. Este governo está conseguindo valer a vontade popular, ou está sufocado pelas instituições de Estado?”
 
A pergunta, que já traz a resposta (ou ele não proporia o que está propondo), leva Carvalho a deduzir que, nessa hipótese – as instituições “sufocando” o governo - “a gente tem que encontrar caminhos para fortalecer os governos”.
 
A entrevista foi dada, com a maior cara de pau, ao site do PT. Em resumo, as instituições vão para o brejo. Bem que Gilberto Carvalho avisou, no final do ano passado, que “em 2013 o bicho vai pegar”. Já está pegando.
04 de maio de 2013
Ruy Fabiano é jornalista.

LIMINAR DE DARLAN ABRE ESPAÇO PARA A FUGA DOS CRIMINOSOS

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Reportagem de Ana Paula Costa e Sérgio Ramalho, O Globo de 3 de maio, focaliza com nitidez a reação do Ministério Público do Rio de Janeiro à liminar do desembargador Siro Darlan que colocou em liberdade sete dos nove condenados pela invasão do Hotel Intercontinental, em agosto de 2010. Fortemente armados, fizeram 35 reféns, levaram o terror às vítimas, estarreceram a cidade, e causaram a morte de uma pessoa e ferimentos em seis outras.

Os desembargadores que integram a sétima Câmara Criminal, de que Darlan faz parte, vão se reunir na próxima terça-feira para decidir se a liminar será ou não mantida. O Ministério Público recorreu. Mas mesmo que a surpreendente medida seja derrubada, a caneta do magistrado abriu pelo menos uma rota de fuga para os criminosos. Pois, colocados em liberdade, e sabendo da possibilidade de retornarem à prisão, vão, é claro, tentar desaparecer de cena.

A recaptura vai sobrecarregar desnecessariamente os trabalhos da Polícia e não se tornará tarefa fácil. Tanto assim que o clima na Rocinha, reduto dos criminosos, tornou-se novamente tenso mesmo depois da instalação da UPP. O major Edson Santos, comandante da Unidade, reforçou o patrulhamento e foi convocado por Siro Darlan a prestar esclarecimentos, inclusive sobre o aumento da violência no local. Esta convocação igualmente surpreende.

Voltando à liminar, em declaração à imprensa, o desembargador sustentou apenas ter cumprido a lei. Promotores e magistrados discordam. E acentuam que Darlan não levou em conta a periculosidade dos integrantes do bando. Portavam inclusive armas de guerra. A juíza Angélica Santos da Costa, da 25ª Vara Criminal, havia condenado os autores da invasão e ordenado seu recolhimento à prisão, de vez que já haviam sido beneficiados, lembra O Globo, por outra liminar de Darlan em dezembro de 2011.

ESTATÍSTICAS…

Diante da afirmação de que as apreensões de armas e drogas na Rocinha tenham aumentado, o desembargador deseja que o major Edson Santos apresente as estatísticas. Darlan fez essa afirmação numa entrevista ao RJ-TV da Rede Globo. Porém não se identifica correlação entre a polêmica em torno da liminar e o aumento da violência para que o magistrado convoque p major a seu gabinete.

O fato de os condenados, soltos pela liminar, serem da Rocinha não é suficiente para estabelecer um elo entre a invasão do Hotel Intercontinental e o aumento da violência no bairro. Sobretudo porque a invasão do Intercontinental ocorreu em agosto de 2010.

O aumento da violência e da apreensão de armas apontado pelo major Edson Santos, registrado no início deste ano. Mas a volta a lei do silêncio apontada pelo Globo é um sintoma crítico quanto ao reflexo da liminar. Porém o major Edson certamente não possui informações adicionais, especialmente no campo de interesse despertado pela decisão judicial.

Que é provisória, já que pode cair na terça-feira, porém capaz de causar consequências duradouras se, efetivamente, for confirmada a fuga dos acusados. Pois eles sabem que, como é provável, serão presos novamente.

O reflexo que a concessão da liminar gerou na opinião pública foi muito grande e levou a controvérsia, de modo geral, e de temor, em particular, no caso dos moradores da Rocinha, onde reside a maioria dos acusados e de onde partiu a caravana de invasores, percorrendo pequeno percurso para praticar o crime.
Longo é o percurso entre a segurança da sociedade e seu direito de viver em paz, sem exposição aos assaltos que se sucedem e a liminares que chocam pela surpresa que causam.

04 de maio de 2013
Pedro do Coutto

HORA DE REAGIR


Em sua cruzada contra o totalitarismo, Arthur Koestler disse que é possível explicar o racismo e identificar a origem da brutalidade dos torturadores e dos genocidas. Mas é necessário combatê-los, isola-los, impedir que nos agridam e matem. Em alguns casos, podemos até mesmo curá-los. Mas isso não significa que devamos perdoá-los.
A aceitação das idéias alheias, que é o sumo das sociedades democráticas, tem limites e eles se encontram na intolerância dos fanáticos e extremistas. Na verdade, dois são os vetores da brutalidade: o medo e a loucura. Os grandes assassinos são movidos pela paranóia, e a paranóia oscila entre o ilusório sentimento de absoluta potência e a frustração da impotência. É dessa forma que Adorno, em Mínima Moralia, diz que o fascista é um masoquista, que só a mentira transforma em sádico, em agente da repressão.
Quem são esses jovens embrutecidos que agrediram um nordestino junto à Estação das Barcas, em Niterói – e foram contidos pelas pessoas que ali se encontravam? São trastes humanos, ainda que sejam trabalhadores e estudantes, tenham família e amigos. O que os faz reunir-se, armar-se, sair às ruas, a fim de agredir e – quando podem – matar outras pessoas?
Individualmente, apesar de suas artes marciais, seus socos ingleses, seus punhais e correntes de aço, são apenas seres acoelhados, agachados atrás de si mesmos, que só crescem quando se agrupam e se multiplicam, em suas patas, seus punhos, suas armas.
SOCIEDADE BRUTALIZADA
Eles não nasceram com garras, nem tendo a cruz suástica e outros símbolos riscados na pele. Foram crianças iguais às outras, que encontraram pela frente uma sociedade brutalizada pelo egoísmo.
Não é difícil que tenham sentido no lar o eco de uma civilização corrompida pela competição e destruída, em sua alma, sob o capitalismo sem freios. Às vezes nos esquecemos que só um por cento dos homens controla toda a riqueza do mundo.
Tampouco nasceram assim os que matam os moradores de rua, movidos pelo mesmo medo e pela mesma idéia de que é preciso manter as cidades “limpas”. Nestes últimos meses, tem aumentado o número de moradores de rua assassinados em todo o país – mas mais intensamente em São Paulo, no Rio, em Belo Horizonte, em Goiânia.
De acordo com as estatísticas, 195 deles foram mortos em 2012 e nos primeiros meses deste ano. A imprensa internacional está debitando o massacre à conveniência de “sanear” as maiores cidades, antes do afluxo de visitantes que se esperam para a Jornada Internacional da Juventude e a Copa das Confederações, neste ano, e para a Copa do Mundo, no ano que vem.
É bom lembrar que a matança de crianças na Candelária, foi atribuída a uma “caixinha” de comerciantes da região, interessados em varrer as ruas desses bichos “incômodos e sujos”, que são os meninos pobres.
PREDADOR NATURAL?
Há historiadores e antropólogos que amenizam o mal-estar contemporâneo diante dessa realidade, com a afirmação de que, desde as cavernas, o homem é naturalmente predador. Ocorre que, contra essa perturbadora condição de bichos que somos, prevaleceu o sentimento de solidariedade que nos tornou humanos, e foi possível sobreviver às catástrofes naturais, como os terremotos e as pestes, e às guerras continuadas. Mas, dentro da idéia dialética de que a quantidade altera a qualidade, chegamos a ponto insuportável.
Há dois caminhos na luta contra essa nova barbárie. Um é o da fé religiosa, outro o da razão materialista. A fé – um acordo entre o homem primitivo e o mistério da vida, a que ele deu o nome de Deus – tem sido o principal suporte da espécie, sempre e quando ela não se perde no fanatismo.
A razão se encontra com a fé no exercício do humanismo. Mas há sempre razão na fé, como há fé na lógica do ateu. As duas posturas são de autodefesa da sociedade humana e se realizam na coerente ação política. Como disse Tomás de Aquino, a filosofia das coisas humanas só se concretiza com a prática da política.
Há novos pensadores, sobretudo na velha França, que buscam recuperar o humanismo de Marx, o do jovem filósofo dos Manuscritos Econômicos e Filosóficos, de 1844, e as suas reflexões sobre a alienação. O trabalho de Marx correspondeu à necessidade de defesa dos trabalhadores contra o liberalismo do século 19, e a desapiedada exploração dos pobres pelas oligarquias burguesas, substitutas do velho feudalismo.
HUMANISMO
Retornar a Marx é buscar novas e mais eficazes respostas contra o neoliberalismo de nossos dias. É ainda possível a aliança entre o humanismo cristão e os pensadores agnósticos, fundada em uma constatação fácil, a de que é preciso salvar o homem de si mesmo. É urgente salva-lo do barbarismo reencontrado na estupidez do egoísmo neoliberal. Isso faria do planeta o seguro espaço da vida. O retorno esperado à Teologia da Libertação é uma das vias de acesso à Terra Prometida.
O filósofo francês Dany-Robert Dufour, em um de seus ensaios, pergunta que homem emergirá do ultraliberalismo de hoje. Não é necessária a pergunta: ele já está aí, no corpo volumoso adquirido nas academias e nutrido de anabolizantes; na cabeça reduzida pelas mensagens de uma cultura castradora, fundada no efêmero e no inútil; na pele usada como o anúncio de cada um, mediante as tatuagens; na ilusão da fama e da eternidade, nas postagens arrogantes no Facebook; no ódio ao outro, celebrado no culto à morte.
Essa visão nublada do mundo está contaminando grande parte de nossa juventude, nas escolas e universidades. É preciso que as escolas deixem o tecnicismo que as reduz, e voltem ao módulo ético, para fazer dos homens, homens, e deles afastar os instintos dos predadores.
É preciso reagir. Os alemães dos anos 20 e 30 não reagiram, quando grupos de nazistas atacavam os judeus e comunistas. Os democratas europeus não reagiram contra as chantagens de Hitler no caso do Sarre, da anexação da Áustria, do ultimato de Munique. Dezenas de milhões pagaram, com o sofrimento e a vida, essa acovardada tolerância.
 
04 de maio de 2013
Mauro Santayana (JB)
 

A ESTRATÉGIA É COMPRAR AS EMPRESAS JORNALÍSTICAS, PARA ESCREVER AS NOTÍCIAS


Agora, tudo leva a crer que a Direita norte-americana con-solidará sua dominação sobre a imprensa-empresa de notícias.

Em futuro próximo, algumas das mais conhecidas e influentes redes regionais de noticiário poderão já estar sob controle direto de ideólogos ativos da extrema direita nos EUA, como Rupert Murdoch ou os Irmãos Koch.
As Koch Industries, gigante de petróleo e gás, de propriedade privada, que oferece todos os recursos necessários para que Charles e David Koch financiem fartamente inúmeros “think tanks” libertaristas e organizações do movimento Tea Party, começam a testar a mão em ofertas para comprarem oito veículos regionais da Tribune Company, incluídos aí o Los Angeles Times, o Baltimore Sun, o Orlando Sentinel, o Hartford Courant e o Chicago Tribune, como se lê em matéria publicada no New York Times domingo passado.
Se comprarem os veículos do grupo Tribune, os Irmãos Koch Brothers ter-se-ão presenteado, eles mesmos, com mais uma importante plataforma para distribuir propaganda de extrema direita e fazer da vida política (e, provavelmente, também privada) dos adversários políticos, um perfeito inferno.
Lembro, dos meus dias de repórter, cobrindo o Capitólio, do que todos os jornalistas sabiam: nada assusta mais um deputado ou senador, que a oposição obcecada do jornal regional de sua base eleitoral.
Outro que também deve apresentar-se para esse negócio, ou para comprar, pelo menos, o Los Angeles Times, é o magnata sionista Rupert Murdoch, que já é proprietário da rede Fox News e de poderosos jornais diários no Reino Unido e nos EUA, dentre os quais o Wall Street Journal.
Do outro lado, concorrendo com esses pesos-pesados, há empresários um pouco mais liberais, de olho no Los Angeles Times, mas não se sabe se têm condições de competir com as gordas carteiras dos Irmãos Koch e Murdoch. O New York Times diz que as Indústrias Koch podem ter grande vantagem no negócio, porque comprariam, de uma vez, os oito jornais do grupo.
Alguns, no campo da Esquerda, zombam da ideia de investir na indústria “dinossauro” do jornalismo impresso e questionam o interesse, para a Esquerda, de contar com – que fosse! – pelo menos alguns desses títulos de prestígio no jornalismo dos EUA. Não há dúvidas de que, sim, muitos daqueles jornais estão em decadência, em quase todos os casos por erros de administração, de política empresarial e pela volatilidade dos dólares da publicidade.
Mas ainda são vozes influentes, que falam às populações das áreas metropolitanas interessadas em saber sobre o mundo. Os jornai também definem a pauta de discussão das TV locais e de muitos blogueiros, sobretudo dos blogueiros jornalistas. O Baltimore Sun, por exemplo, produziu a mais importante peça de jornalismo sobre os crimes contra direitos humanos no governo Reagan, na América Central; e publicou inúmeros importantes furos de bom jornalismo sobre espionagem praticada pelo governo Bush contra cidadãos norte-americanos.
É verdade, sim, que vários dos grandes jornais desgraçaram-se, eles mesmo, nas últimas décadas, como o Los Angeles Times e a vergonhosa campanha que moveu contra o jornalista Gary Webb, depois que ele trouxe à tona o escândalo de “Contras” e cocaína, do governo Reagan, no final dos anos 1990s.
Mas páginas de Internet – mesmo as páginas, como esse nosso Consortiumnews.com que tem declarado e forte interesse em fazer jornalismo investigativo – vivem sob a pressão da falta de recursos financeiros e de material humano para produzir esse tipo de projetos de investigação, que são caros, pelo menos com alguma regularidade.
Se não se organizarem maiores investimentos, de cidadãos e empresas honestas – seja na Velha Mídia impressa ou na Nova Mídia eletrônica, para que se produza jornalismo de melhor qualidade –, os EUA continuarão a navegar para o fundo do poço, num mundo de ficção, interesses escusos, paranoia de Direita e fatos falsificados. E isso é grave risco para todo o planeta.
(artigo enviado por Sergio Caldieri)
04 de maio de 2013
Robert Parry (Consortium News)

A CULTURA DA MISÉRIA




Hoje em dia, qualquer pessoa entra numa loja de qualquer operadora de telefonia celular e, sem tirar um real do bolso, sai com um telefone novinho e uma linha para sair falando. Se quiser uma linha de telefone fixo, também recebe de graça, muitas vezes no pacote da TV a cabo ou de internet.

Mas, há poucas décadas, isso não era assim. Primeiro, que não existia telefone celular. O primeiro que vi, no final dos anos 80, era literalmente uma maleta pesada que mais se aproximava de um equipamento de guerra ou de espionagem do que algo minimamente prático. Funcionava precariamente e era muito caro.

A linha telefônica, que hoje vem de graça, sem sequer percebermos, era um patrimônio. Valia um bom dinheiro e era transmitida como herança, através de inventário etc. As pessoas compravam e vendiam linhas telefônicas. E quem não tivesse dinheiro, que se virasse no orelhão da esquina.

ABUNDÂNCIA INSANA

O que eu acho interessante deste exemplo é que vivemos num sistema econômico baseado na escassez dos bens, martelada em nossa mente desde a mais tenra infância, que não corresponde mais à realidade. Vivemos tempo de abundância de recursos em quase todo o mundo. Para se ter ideia, 40% da comida produzida em nosso país vai para o lixo antes de chegar a nossa mesa.

Ou seja, as pessoas estão passando fome, mas não é por falta de comida. As pessoas passam fome e outras necessidades por conta de um sistema econômico que precisa da ideia de escassez para justificar preços e sustentar o mercado.

Alguém pode me perguntar: “você quer tudo de graça?”. Claro que sim! Se a tecnologia pode nos prover do que precisamos para ter uma vida melhor, para que as pessoas não tenham que se escravizar a vida toda apenas para continuar morando, comendo e comprando remédios, eu quero sim. O exemplo da linha telefônica é ótimo para ilustrar isso. Já imaginou se as pessoas pudessem simplesmente morar, estudar, receber cuidados médicos etc, sem ter que gastar nada, como ocorre com as linhas telefônicas, simplesmente porque a tecnologia possibilita isso?

SEM MÁGICA

Qual é a mágica? Não tem mágica. Se o custo da linha telefônica se tornou tão baixo que deixou de ser um patrimônio, justamente porque a tecnologia avançou nesse sentido, o mesmo raciocínio pode ser aplicado a outras coisas: casas, remédios, escolas etc.

E as pessoas? Vão viver de quê? Se você está pensando em salários, pense de novo. Se você tem uma casa para viver, escolas e hospitais públicos de qualidade, pode viajar para onde quiser e usar o seu tempo como preferir, sem ter que gastar nada, para que serve o seu salário? Eu sei que não é de uma hora para outra que se faz uma mudança tão radical e provavelmente, nem nossos netos assistirão a isso, mas alguns passos têm que ser dados.

A tecnologia também atende a outras finalidades. Por que precisamos de uma Lei Seca, que só funciona com fiscalização etc etc etc, se já existe tecnologia para identificar o motorista bêbado e parar o funcionamento do veículo antes de qualquer acidente?
Por que temos que lidar com um trânsito violento, se bastaria dotar nossos carros de pequenos radares que identificam a possibilidade de acidentes a tempo de evitá-los?
Por que andamos de carro, ônibus e avião, se já existe trem que literalmente flutua sobre imãs, utilizando 3% da energia que um trem convencional usa e, ainda por cima, é muito mais rápido e confortável do que estes meios de transporte?

Por que nos escravizamos pelo petróleo, se existem outras formas de energia limpa que podem nos suprir com sobra a custo muito mais baixo?

É claro que temos tecnologia para impedir a corrupção, mas o sistema não deixa. O que está por trás disso?

A resposta é uma só: lucro. O mercado abafa os avanços tecnológicos que possam atrapalhar o negócio. Enquanto isso, nos repetem (e repetimos sem perceber) o discurso da escassez, que já deveria estar restrito aos livros de história.

E você? Está pronto para se livrar da cultura da miséria?

04 de maio de 2013
Marcelo Nogueira, advogado no Rio de Janeiro, membro do Instituto Brasileiro de Direito Tributário.

QUANDO O HUMOR DESENHA A REALIDADE




04 de maio de 2013

MENSALÃO: "ERA SÓ O QUE FALTAVA CONDENADO ESCOLHER RELATOR DE PROCESSO" - CRITÍCA LÍDER DA MD

 

Audácia vermelha – Líder da Mobilização Democrática (MD) na Câmara dos Deputados, Rubens Bueno criticou nesta sexta-feira (3) a tentativa dos condenados no Mensalão do PT de afastar o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Joaquim Barbosa, da relatoria do processo.
“Era só o que faltava condenado escolher relator de processo”, afirmou.

Para o deputado, o STF concedeu amplo direito de defesa aos réus, agora condenados, e protagonizou um dos julgamentos mais transparentes da história brasileira, transmitido ao vivo pela TV Justiça.

“Não bastassem as provocações frequentes do PT contra o Supremo, querendo inclusive revisar as decisões da corte, agora vêm os mensaleiros querendo decidir quem deve ou não relatar o processo. Não tem cabimento nenhum”, reforçou Rubens Bueno.

Nos embargos de declaração dos réus, fase em que se encontro o processo, o pedido de troca de relator foi feito pelas defesas do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu e pelo ex-deputado Roberto Jefferson.

O líder da MD acredita que a manobra protelatória não terá sucesso. O próprio procurador-geral da República, Roberto Gurgel, afirmou que pedidos desse tipo não têm consistência nenhuma.

04 de maio de 2013
ucho.info

TIRANOS CONFESSOS, LÍDERES MUNDIAIS FAZEM GESTOS OBSCENOS PARA A IMPRENSA

 

Dita branda – A organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF) decidiu mostrar o que pensam ditadores como Kim Jong-un e Mahmoud Ahmadinejad sobre a liberdade de imprensa.

Aproveitando o Dia Internacional da Liberdade de Imprensa, comemorado nesta sexta-feira, 3 de maio, a RSF, em parceria com a agência BETC, de Paris, criou cartazes mostrando a verdadeira postura de líderes tiranos quando o assunto é o livre exercício do jornalismo.

As imagens mostram os políticos, considerados pela entidade como inimigos da liberdade de expressão (“Predadores da Informação”), fazendo gestos obscenos para a câmera. Kim Jong-un, por exemplo, mostra o dedo do meio, assim como Vladmir Putin. Já Ahmadinejad exibe uma “banana” para a lente da câmera.

Os cartazes foram colados em estações de metrô em Paris, de acordo com informações da fanpage oficial da entidade no Facebook.
Confira abaixo as imagens da campanha

Mahmoud Ahmadinejad – Presidente do Irã


Bashar al-Assad – Presidente da Síria


Kim Jong-un – Ditador da Coreia do Norte


Vladimir Putin – Presidente da Rússia


Xi Jinping – Presidente da China
 
04 de maio de 2013

QUANDO O HUMOR DESENHA A REALIDADE




04 de maio de 2013

SANATÓRIO DA "POLÍTICA" BRASILEIRA

Coisa de  campeão


“Outros países não conseguiram, em 30 anos, fazer o que nós conseguimos fazer em 10 anos”.

Lula, no livro 10 anos de governos pós-neoliberais no Brasil: Lula e Dilma, organizado por Emir Sader, admitindo que nenhum companheiro ditador no poder desde o século passado conseguiu embolsar o que os corruptos de estimação do chefe da seita tungaram de 2003 para cá.

Coerência é tudo


“Existem dois PTs. Um é o congressual, parlamentar, o dos dirigentes. Outra coisa é o PT da base; 90% da base continua igualzinha a 1980″.

Lula, no livro 10 anos de governos pós-neoliberais no Brasil: Lula e Dilma, organizado por Emir Sader, explicando como é que um partido consegue, simultaneamente, criticar alianças políticas com a burguesia exploradora e aliar-se a gente como Fernando Collor, José Sarney ou Paulo Maluf, criticar privatizações e privatizar aeroportos e rodovias, criticar a corrupção e montar a quadrilha do mensalão, fora o resto.

Neurônio zebuíno


“Eu não sou uma especialista em zebu, mas é de fato uma demonstração de força o que nós vimos passar aqui, em matéria de rebanho zebuíno”.

Dilma Rousseff, na inauguração da Expozebu 2013, ainda sem revelar ao país se é especialista em alguma coisa.

Topa tudo


“O PT precisa trabalhar a possibilidade de fazer alianças com todas as forças políticas. O PMDB é extremamente importante. Temos o PSD do Kassab, precisamos conversar com o PRB, pelo qual o Russomano disputou a prefeitura”.

Lula, dono do PT, pronto para fechar um acerto com o PCC para conseguir dois segundos a mais no horário eleitoral da TV.

Mordomo de luxo


“Teoricamente ele estaria subordinado à coordenação, mas o próprio presidente acaba acertando as horas extras com o Francisco Joarez, que é uma espécie de mordomo da casa”.

Luis Carlos Rayol, coordenador de Administração de Residências Oficiais do Senado, ao tentar explicar o salário de R$ 18,2 mil (incluindo horas extras) de Francisco Joarez Cordeiro Gomes, contratado para servir cafezinhos e refeições na residência oficial do presidente Renan Calheiros, confirmando que algum mordomo da Casa do Espanto ainda vai acabar no ranking dos bilionários da revista Forbes.

Amnésia seletiva (46)


“Eu já reclamei mais de uma vez sobre essa prática. Esse fato só mancha a imagem da Câmara”.

Miro Teixeira, deputado do PDT do Rio de Janeiro, sobre a sessão desta quinta-feira, que registrou a presença de apenas 23 dos 513 integrantes da Câmara, fingindo esquecer que os gazeteiros foram ele e mais 489.

Delírio aeroportuário


“Nós queremos incentivar a aviação para os pontos, as cidades médias do nosso Brasil afora. Daí porque nós criamos uma estrutura de subsídio, que vai assegurar um fluxo de passageiros. Porque um morador aqui de Uberaba, ele vai poder acessar a uma viagem de avião a um preço mais ou menos equivalente a uma viagem de ônibus. Em algumas cidades isso ocorrerá, no Brasil, e nós iremos fazer, também, primeiro começaremos com 280 e, depois, continuaremos. Então, para nós, é muito importante essas linhas regulares de avião para Uberaba”.

Dilma Rousseff, na Expozebu 2013, internada por Celso Arnaldo ao tentar dizer, em mais um delírio aeroportuário, que no seu governo as pessoas continuarão entrando e saindo de Uberaba por terra.
 
04 de abril de 2013
Augusto Nunes

INTRODUÇÃO AO DE INCARNATIONE VERBI DEI, DE SANTO ATANÁSIO (OU: SOBRE LIVROS ANTIGOS)


          Artigos - Cultura 
       
livrosHá uma ideia estranha por aí segundo a qual os livros antigos devem ser lidos apenas por profissionais, e o leitor amador deve contentar-se com os livros modernos. Assim, como professor de Literatura Inglesa, tenho constatado que a última coisa que o estudante médio pensa em fazer é pegar uma tradução de Platão na estante da biblioteca e ler O Banquete.

Ele, ao contrário, tende a ler algum enfadonho livro moderno dez vezes, apresentando-lhe tudo sobre os “ismos” e influências de Platão e apenas uma vez a cada vinte páginas contando-lhe o que Platão de fato disse.

Trata-se de um erro compreensível, pois surge da humildade. O estudante está meio temeroso de encontrar-se com um grande filósofo cara a cara. Sente-se incapaz e acha que não o compreenderá. Mas se apenas soubesse que o grande homem, justamente por sua grandeza, é muito mais inteligível que seu comentador moderno...

O estudante mais simples seria capaz de compreender, se não tudo, ao menos a maior parte do que Platão disse. Mas dificilmente se é capaz de compreender alguns dos livros modernos sobre platonismo. Sempre foi um dos meus principais esforços como professor convencer o jovem não só de que o conhecimento de primeira mão vale mais a pena que o de segunda, mas que é geralmente muito mais fácil e mais prazeroso de adquirir.

Essa preferência equivocada pelos livros modernos e essa timidez diante dos antigos em nenhuma área é mais gritante que na teologia. Sempre que se encontra um pequeno grupo de estudos de cristãos leigos, pode-se ter quase certeza de que não estão estudando São Lucas, São Paulo, Santo Agostinho, São Tomás de Aquino, Hooker ou Butler, mas Berdyaev, Maritain, Niebuhr, Dorothy Sayers ou até eu mesmo.

Ora, isso me parece estar do avesso. Naturalmente, uma vez que sou escritor, não desejo que o leitor comum deixe de ler os livros modernos. Mas se ele tem de ler apenas os novos ou apenas os velhos, eu recomendaria que lesse os velhos. E lhes daria este conselho exatamente porque se trata de um amador e, portanto, está muito menos protegido do que o especialista contra os perigos de uma dieta exclusivamente contemporânea.
 
Um livro novo ainda está à prova, e o amador não está em condições de julgá-lo. A obra terá de ser testada frente ao grande corpo do pensamento cristão ao longo das eras, e todas as suas implicações ocultas (muitas vezes insuspeitadas pelo autor) têm de ser trazidas à luz.
Geralmente não pode ser plenamente compreendida sem o conhecimento de um bom número de outros livros modernos. Se chegar às 11h a uma conversa que começou às 8h, você não verá o peso real do que é dito.
Dados que lhe parecerão bastante comuns despertarão risos ou irritação e você não saberá por que – a razão, claro, é que os estágios anteriores da conversa lhes deram um significado especial. Do mesmo modo, sentenças num livro moderno que parecem ordinárias podem dirigir-se a algum outro livro; dessa forma, pode-se ser levado a aceitar o que teria sido rejeitado com indignação se se soubesse seu real significado.
A única segurança é ter um padrão de cristianismo simples, central (o mero cristianismo, como Baxter o chamou), que coloque as controvérsias do momento em sua própria perspectiva. Tal padrão somente pode ser adquirido nos livros antigos.
É uma boa regra, depois de ler um livro novo, nunca se permitir um outro livro novo até que tenha lido um velho entre eles. Se isso parece exagerado para você, deveria pelo menos ler um livro velho a cada três novos.

Todas as eras têm sua própria perspectiva. São especialmente boas para enxergar certas verdades e especialmente suscetíveis a cometer certos equívocos. Todos nós, portanto, precisamos dos livros que corrigirão os erros característicos de nossa própria época.
E isso quer dizer os livros antigos. Todos os escritores contemporâneos compartilham, em alguma medida, a perspectiva contemporânea – mesmo aqueles, como eu mesmo, que parecem opor-se a elas.
Nada me choca mais quando leio as controvérsias de eras passadas do que o fato de que ambos os lados geralmente pressupõem, sem questionar, uma porção de coisas que hoje nós negaríamos completamente.
Eles pensavam que estavam de lados completamente opostos, mas na verdade estavam o tempo todo secretamente unidos – unidos um ao outro e contra as eras anteriores e posteriores – por um grande volume de pressupostos.
Podemos ter certeza de que a cegueira característica do século XX – a cegueira da qual a posteridade nos perguntará “Mas como eles podiam ter pensado isso?” – se encontra onde nunca desconfiamos, e diz respeito a algo em que há claro acordo entre Hitler e o presidente Roosevelt ou entre o Sr. H. G. Wells e Karl Barth.
Nenhum de nós pode escapar completamente desta cegueira, mas podemos aumentá-la ou baixar nossa guarda diante dela, se lermos apenas livros modernos.

Naquilo em que estão certos, tais livros nos dão verdades que já sabíamos parcialmente. No que estão errados, eles agravam perigosamente o erro de que já padecemos. O único paliativo é manter soprando em nossas mentes a limpa brisa dos séculos, e isso só pode ser feito pela leitura dos livros velhos.
Claro, não há nada de mágico no passado. As pessoas não eram mais espertas do que são hoje; elas cometiam tantos equívocos quanto nós. Mas não os mesmos equívocos. Elas não se gloriam nos erros que estamos cometendo; e seus próprios erros, sendo agora visíveis e palpáveis, não nos ameaçarão. Duas cabeças são melhores do que uma não porque uma delas é infalível, mas porque é improvável que ambas errem na mesma direção. Aliás, os livros do futuro seriam tão bons corretivos quanto os livros do passado, mas infelizmente não podemos ter acesso a eles.

Nlewislendoo meu caso, fui conduzido à leitura dos clássicos cristãos quase que por acidente, em consequência de meus estudos de língua inglesa. Alguns, como Hooker, Herbert, Traherne, Taylor e Bunyan, eu li porque são grandes escritores de língua inglesa; outros, como Boécio, Santo Agostinho, Tomás de Aquino e Dante, porque eram “influências”.
 
George Macdonald eu encontrei por conta própria, aos 16 anos, e nunca oscilei em meu devotamento, embora tenha tentado por bastante tempo ignorar seu cristianismo.
Eles são, você perceberá, um saco de gatos, representantes de muitas igrejas, ambientes e épocas. E isso me dá outra razão para lê-los.
As divisões da cristandade são inegáveis e são expressas por alguns desses autores da maneira mais virulenta.
 
Mas se algum homem é tentado a pensar – como pode ter sido tentado alguém que lê apenas os contemporâneos – que o “cristianismo” é uma palavra de tantos significados que acaba por não significar nada, pode-se aprender, para além de toda dúvida, ao afastar-se de seu próprio século, que este não é o caso.
Avaliado em contraste com as eras passadas, o “cristianismo puro e simples” não se torna nenhuma insípida transparência interdenominacional, mas algo positivo, autoconsistente e inesgotável. E sei disso por experiência própria.
 
No tempo em que ainda repudiava o cristianismo, aprendi a reconhecer, como a algum aroma familiar, que me deparava com algo praticamente invariável ora no puritano Bunyan, ora no anglicano Hooker, ora no tomista Dante.
Estava lá em Francisco de Sales; estava lá (grave e rústico) em Spenser e Walton; estava lá (austero mas corajoso) em Pascal e Johnson; estava lá, mais uma vez, com um sabor brando, assustador e paradisíaco em Vaughan, Boehme e Traherne.
Na sobriedade urbana do século XVIII não se estava a salvo – [William] Law e Butler eram dois leões à solta. O suposto “paganismo” dos elisabetanos não o excluiu; estava à espreita onde um homem pudesse imaginar-se seguro, bem no centro do The Faerie Queene e na Arcadia.
Era, claro, variado; e, mesmo assim, apesar de tudo, tão inconfundivelmente o mesmo; reconhecível, não para ser evitado, o odor que para nós é de morte até que permitamos que se torne vida:

an air that kills
From yon far country blows.

[Um ar que mata
sopra daquela terra distante]
Todos nos afligimos, e também nos envergonhamos, das divisões da cristandade. Mas aqueles que sempre viveram no aprisco cristão podem ser muito facilmente desanimados por elas. Elas são ruins, mas essas pessoas não sabem como elas são desde fora. Vistas exteriormente, o que fica intacto, a despeito de todas as divisões, ainda se mostra (como realmente é) uma unidade incrivelmente formidável. Eu sei porque vi; e, bem, nossos inimigos sabem disso.
 
Qualquer um de nós pode encontrar essa unidade afastando-se de sua própria época. Não é suficiente, mas é mais do que se tinha pensado até então. Uma vez que se está imerso nela, se você se arriscar falar, terá uma experiência divertida.
Pensarão que você é um papista quando na verdade está reproduzindo as palavras de Bunyan; um panteísta, quando cita Tomás de Aquino; e assim por diante. Pois agora você chegou ao viaduto de alto nível que cruza as eras e que parece tão alto dos vales, tão baixo das montanhas, tão estreitos em comparação com os pântanos e tão largos em comparação com as trilhas de ovelhas.

O presente livro é meio experimental. A tradução pretende dirigir-se ao mundo em geral, não apenas aos estudantes de teologia. Se for bem sucedida, outras traduções de outros grandes livros cristãos presumivelmente se seguirão.
Em certo sentido, é claro, não é a primeira neste campo. Traduções da Theologia Germanica, Imitação, A Escala da Perfeição e as Revelações de Júlia de Norwich já estão no mercado, e são preciosas, embora em parte não muito eruditas. Mas perceber-se-á que esses são livros de devoção e não de doutrina.
Agora, o leigo ou amador precisa ser instruído tanto quanto precisa ser exortado. Em nossa época, sua necessidade de conhecimento é particularmente urgente. Tampouco eu admitiria qualquer divisão rígida entre os dois tipos de livro. De minha parte, tendo a achar os livros de doutrina muito mais úteis na devoção do que os livros devocionais e, aliás, suspeito que muitos outros tenham a mesma experiência.
Acredito que muitos que acham que “nada acontece” quando eles sentam ou se ajoelham com um livro devocional, achariam que o coração canta espontaneamente enquanto estão trilhando o caminho árduo da teologia com um cachimbo na boca e um lápis na mão.

Trata-se de uma excelente tradução de um grande livro. Santo Atanásio carecia de estima popular por causa de certa sentença do “Credo Atanasiano”. Não vou insistir no fato de que aquela obra não é exatamente um credo e não o era para Atanásio, pois acho que é um belo escrito. As palavras “Quem quer que não a conservar íntegra e inviolada, sem dúvida perecerá eternamente” são a ofensa.
 
Geralmente são mal compreendidas. A palavra operante aqui é “conservar”; não adquirir, nem mesmo crer, mas conservar. O autor, na verdade, não está falando de descrentes, mas de desertores; não daqueles que nunca ouviram de Cristo, nem mesmo daqueles que não o compreenderam e recusaram-se a aceitá-lo, mas daqueles que, tendo realmente o compreendido e nele crido, mais tarde se permitem, por influência da preguiça ou da moda ou de qualquer outra coisa, convidar a confusão a se desenvolver num dos modos de pensamento subcristão.
São uma advertência contra a curiosa presunção moderna de que todas as mudanças de crença, embora provocadas, são necessariamente isentas de culpa. Mas esta não é minha preocupação imediata. Mencionei o “credo de Santo Atanásio”, como geralmente é chamado, apenas para afastar do caminho do leitor um fantasma e situar o verdadeiro Atanásio em seu lugar. Seu epitáfio é “Athanasius contra mundum”. Atanásio contra o mundo.
Orgulhamo-nos de que nosso país ergueu-se mais de uma vez contra o mundo. Atanásio fez o mesmo. Ele ergueu-se pela doutrina trinitária, “íntegra e inviolada”, quando parecia que todo o mundo civilizado estava regredindo do Cristianismo para a religião de Ário – para uma daquelas religiões sintéticas “sensíveis” que são tão intensamente recomendadas hoje e que, tanto naquela época quanto hoje, incluía entre seus devotos muitos clérigos bastante cultos.
A sua glória é não ter mudado com o tempo; e sua recompensa é que hoje ainda permanece quando aquele tempo, como todos os tempos, já passou.

Quando abri pela primeira vez seu De incarnatione, logo descobri com uma simples amostra que estava lendo uma obra-prima. Sabia bem pouco grego cristão, com exceção daquele do Novo Testamento, e eu tinha dificuldades previsíveis.
Para minha surpresa, constatei que era quase tão fácil quanto Xenofonte; e somente a mente de um mestre poderia, no século IV, ter escrito tão profundamente sobre tal assunto com simplicidade clássica.
 
A cada página que lia, essa impressão se confirmava. Sua abordagem dos milagres é muito necessária hoje, pois é a resposta final àqueles que objetam-lhes que são “arbitrárias e despropositadas violações das leis da natureza”. Aqui eles são mostrados como o recontar, com maiúsculas, da mesma mensagem que a Natureza escreve com sua obscura letra cursiva; as mesmas ações que se esperaria
Daquele que era tão cheio de vida que, quando desejou morrer, teve de “tomar emprestada a morte de outros”.
O livro inteiro, de fato, é um retrato da Árvore da Vida – um livro dourado e vigoroso, cheio de esperança e segurança; não podemos, admito, nos apropriar totalmente desta confiança hoje.
Não podemos apontar para a elevada virtude da vida cristã e a alegre, quase zombeteira coragem do martírio cristão, como uma prova de nossas doutrinas com exatamente a mesma segurança que Atanásio as tomava como consequência natural. Mas quem quer que seja o culpado por isso, este não é Atanásio.
 
O tradutor conhece o grego cristão muito mais que eu, de maneira que seria inadequado a mim elogiar a sua versão. Mas parece estar na tradição correta da tradução inglesa. Não acho que o leitor encontrará aqui nada daquele aspecto empoeirado que é tão comum nas versões modernas de línguas antigas.
Que está vertido em língua inglesa o leitor há de notar; aqueles que compararem a versão com o original serão capazes de estimar quanto apuro e talento está pressuposto em cada escolha, por exemplo, como “estes pedantes” logo na primeira página.

Escrito por C. S. Lewis