Um painel político do momento histórico em que vivem o país e o mundo. Pretende ser um observatório dos principais acontecimentos que dominam o cenário político nacional e internacional, e um canal de denúncias da corrupção e da violência, que afrontam a cidadania. Este não é um blog partidário, visto que partidos não representam idéias, mas interesses de grupos, e servem apenas para encobrir o oportunismo político de bandidos. Não obstante, seguimos o caminho da direita. Semitam rectam.
"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)
"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)
segunda-feira, 10 de outubro de 2011
A DEMOCRACIA SEGUNDO STEVE JOBS
“À medida que aumenta a complexidade da tecnologia, também cresce a demanda pela força básica da Apple de tornar compreensível para meros mortais recursos tecnológicos muito complexos.”
A declaração consta de uma entrevista concedida por Steve Jobs em 2003 ao jornal americano “The New York Times” e resume por que a empresa criada por ele faz tanto sucesso: simplicidade.
A Apple democratizou o uso do computador e de uma série de engenhocas ligadas ao entretenimento ao facilitar a maneira de usá-los.
Além disso, seus produtos funcionam bem, são práticos, bonitos e vendem como água, apesar de serem mais caros que os dos concorrentes.
O princípio da simplicidade de Steve Jobs e de sua incensada companhia deveria servir de exemplo para todo o mundo corporativo e para as repartições públicas.
Se foi possível inventar um aparelhinho com menos de 10 centímetros de altura que armazena mais de mil músicas e só possui um botão com três funções (ligar, desligar e pular as músicas), por que as nossas relações comerciais e com o Estado não podem ser simplificadas também?
Ora, direis: “Nem todas as empresas produzem tocadores de música, tampouco o Estado”. Certo, mas por que não fazer como Jobs, encurralar a complexidade para dentro do aparelho e deixar do lado de fora algo fácil de entender, sem que seja necessário ser um dos fanáticos clientes da Apple?
Meu pai tem quase 90 anos de idade. Recebe uma aposentadoria por ter trabalhado no Brasil e uma pensão da Itália por ter combatido na II Guerra Mundial. Apesar de estar bastante lúcido para sua faixa etária, não conseguiria receber seu parco dinheirinho no começo do mês sem a ajuda dos filhos, tamanha a burocracia dos governos brasileiro e italiano e tamanha a quantidade de senhas exigida pelo banco onde tem conta corrente.
Multiplique-se o problema para milhares de aposentados e calcule-se quanto todos perdem.
Jobs tinha suas idiossincrasias. Afinal, apesar de sua genialidade, era um mero mortal como as pessoas a quem se dedicava a descomplicar a tecnologia –e ganhava dinheiro com isso (qual o pecado?). Mas a forma como incentivava seus funcionários a criar, produzir, cumprir metas e prazos difere da empregada na maioria das empresas.
Quantos de nós, gestores, têm coragem de aceitar discutir opiniões divergentes das nossas, de assumir nossos fracassos e compartilhar, de verdade, nosso sucesso com a equipe que nos ajudou a conquistá-lo?
Quantos de nós aplicam princípios democráticos no dia a dia das organizações? Não precisamos tutelar nossos subordinados, mas dar-lhes liberdade de trabalho e condições adequadas para exercê-lo. Provavelmente, não será necessário cobrar resultados, pois eles aparecerão de forma mais natural.
10 de outubro de 2011
Costábile Nicoletta
Fonte: Brasil Econômico, 10/10/2011
LULA: "SEM UM DEDO, FIZ MAIS QUE BILL GATES E STEVE JOBS".
Direto da Fonte
Lula se supera:
“Sem um dedo, fiz mais que Bill Gates e Steve Jobs”
Em palestra paga por um banco americano, o ex-presidente Lula afirmou, entre outras coisas, que “pegou o país na miséria e fez mais que Steve Jobs e Bill Gates”.
O relato é da coluna de Sonia Racy no Estadão:
Importantes convidados do Bank of America/Merrill Lynch, para assistir à palestra de Lula anteontem, na Casa Fasano, até se divertiram. Mas os que jamais tinham ouvido o ex-presidente falar em outros recintos sofisticados esperavam algo além do que presenciaram.
O banco americano pagou R$ 250 mil para escutar declarações como “Wall Street não gosta de mim, mas o chefe deles gosta” ou “tem que falar português em aeroporto americano, eles têm que entender o que a gente fala”.
Bem como a crítica, com alguma razão, sobre a farta comemoração dos americanos pela morte de Bin Laden, “coisa de mau gosto”.
O conhecido jeitão do petista surpreendeu parte da plateia, onde se encontrava Thomas Montag, presidente do global banking do Bank of America.
Que veio ao Brasil comemorar a autorização do BC à Merrill Lynch para se tornar banco múltiplo.
LULA 2
Tudo nos conformes, com Lula listando os feitos de sua gestão, dando inclusive um upgrade no seu famoso jargão “nunca antes neste País”, trocado por “nunca antes neste Planeta”.
De modo veemente, e carismático, procurou tranquilizar os presentes em relação à inflação, citando e apontando várias vezes para Henrique Meirelles, que estava no salão.
Manifestou também absoluta confiança na política monetária de Dilma, e frisou que a alta da inflação é passageira.
LULA 3
Lula mais solto, o discurso que lia caiu no chão. E aí, o improviso se instalou. Afirmou que o Brasil só começou no século 21:<b> “Quando peguei esse País, só tinha miserável.
E eu, operário sem um dedo, fiz mais que o Bill Gates, Steve Jobs e esses aí”.
O ex-presidente lembrou também do tempo em que guardava sua marmita debaixo do tanque, chamando Marisa para confirmar. A ex-primeira dama já havia ido embora.
LULA 4
Entre os que assistiram à palestra de uma hora e meia, Lula elegeu alguns interlocutores.
Entre eles Luiz Furlan, “não é só vendendo frango para a chinesada que se ganha”; Wilsinho Quintella, “esse está rindo de orelha a orelha com o lixo”; e também para Edson de Godoy Bueno; “nunca vendeu tanto plano para pobre”.
E conclamou os presentes à tirarem dinheiro do banco para investir no Brasil.
resistência democrática
06 de maio de 2011
O DOUTOR LULA!!!
Lula, como Brizola, é um grande comunicador. Mas, como Brizola também, é um grande populista.
..levando em consideração que o Brasil cresceu na última década menos que seus vizinhos latino-americanos, o título de doutor honoris causa concedido a Lula, recentemente, pela prestigiosa casa de estudos Sciences Po, em Paris, é ou uma boa piada ou fruto de tremenda ignorância do que se passa no nosso país.
A característica fundamental desse tipo de líder é, como escreve o professor Pierre-André Taguieff (A Ilusão Populista - Ensaio sobre as Demagogias da era Democrática, Paris, Flammarion, 2002), que se trata de um demagogo cínico.
Demagogo - no sentido aristotélico do termo - porque chefia uma versão de democracia deformada, aquela em que as massas seguem o líder em razão de seu carisma, em que pese o fato de essa liderança conduzir o povo à sua destruição. O cinismo do líder populista já fica por conta da duplicidade que ele vive, entre uma promessa de esperança (e como Lula sabe fazer isso: "Os jovens devem ter esperança porque são o futuro da Nação", "o pré-sal é a salvação do brasileiro", e por aí vai), de um lado, e, de outro, a nua e crua realidade que ele ajudou a construir, ou melhor, a desconstruir, com a falência das instituições que garantiriam a esse povo chegar lá, à utopia prometida...
Lula acelerou o processo de desconstrução das instituições que balizam o Estado brasileiro. Desconstruiu acintosamente a representação, mediante a deslavada compra sistemática de votos, alegando ulteriormente que se tratava de mais uma prática de "caixa 2" exercida por todos os partidos (seguindo, nessa alegação, "parecer" do jurista Márcio Thomas Bastos) e proclamando, em alto e bom som, que o "mensalão nunca existiu".
Sob a sua influência, acelerou-se o processo de subserviência do Judiciário aos ditames do Executivo (fator que nos ciclos autoritários da História republicana se acirrou, mas que sob o PT voltou a ter uma periclitante revivescência, haja vista a dificuldade que a Suprema Corte brasileira tem para julgar os responsáveis pelo mensalão ou a censura odiosa que pesa sobre importante jornal há mais de dois anos, para salvar um membro de conhecido clã favorável ao ex-mandatário petista).
Lula desconstruiu, de forma sistemática, a tradição de seriedade da diplomacia brasileira, aliando-se a tudo quanto é ditador e patife pelo mundo afora, com a finalidade de mostrar novidades nessa empreitada, brandindo a consigna de um "Brasil grande" que é independente dos odiados norte-americanos, mas, certamente, está nos causando mais prejuízos do que benefícios no complicado xadrez global: o País não conseguiu emplacar, com essa maluca diplomacia de palanque, nem a direção da Unesco, nem a presidência da Organização Mundial do Comércio (OMC), nem a entrada permanente do Brasil no Conselho de Segurança da ONU.
Lula, com a desfaçatez em que é mestre, conseguiu derrubar a Lei de Responsabilidade Fiscal, abrindo as torneiras do Orçamento da União para municípios governados por aliados que não fizeram o dever de casa, fenômeno que se repete no governo Dilma. De outro lado, isentou da vigilância dos órgãos competentes (Tribunal de Contas da União, notadamente) as organizações sindicais, que passaram a chafurdar nas águas do Orçamento sem fiscalização de ninguém. Esse mesmo "liberou geral" valeu também para os ditos "movimentos sociais" (MST e quejandos), que receberam luz verde para continuar pleiteando de forma truculenta mais recursos da Nação para suas finalidades políticas de clã. Os desmandos do seu governo foram, para o ex-líder sindical, invenções da imprensa marrom a serviço dos poderosos.
A política social do programa Bolsa-Família converteu-se numa faca de dois gumes, que, se bem distribuiu renda entre os mais pobres, levou à dependência do favor estatal milhões de brasileiros, que largaram os seus empregos para ganhar os benefícios concedidos sem contrapartida nem fiscalização.
Enquanto ocorria isso, o Fisco, sob o consulado lulista, tornou-se mais rigoroso com os produtores de riqueza, os empresários. "Nunca antes na História deste país" se tributou tanto como sob os mandatos petistas, impedindo, assim, que a livre-iniciativa fizesse crescer o mercado de trabalho em bases firmes, não inflacionárias.
Isso sem falar nas trapalhadas educacionais, com universidades abertas do norte ao sul do País, sem provisão de mestres e sem contar com os recursos suficientes para funcionarem.
Nem lembrar as inépcias do Inep, que frustraram milhões de jovens em concursos vestibulares que não funcionaram a contento.
Nem trazer à tona as desgraças da saúde, com uma administração estupidamente centralizada em Brasília, que ignora o que se passa nos municípios onde os cidadãos morrem na fila do SUS.
Diante de tudo isso, e levando em consideração que o Brasil cresceu na última década menos que seus vizinhos latino-americanos, o título de doutor honoris causa concedido a Lula, recentemente, pela prestigiosa casa de estudos Sciences Po, em Paris, é ou uma boa piada ou fruto de tremenda ignorância do que se passa no nosso país.
Os doutores franceses deveriam olhar para a nossa inflação crescente, para a corrupção desenfreada, fruto da era lulista, para o desmonte das instituições republicanas promovido pelo líder carismático e para as nuvens que, ameaçadoras, se desenham no horizonte de um agravamento da crise financeira mundial, que certamente nos encontrará com menos recursos do que outrora.
Ao que tudo indica, os docentes da Sciences Po ficaram encantados com essa flor de "la pensée sauvage", o filho de dona Lindu que conseguiu fazer tamanho estrago sem perder a pose. Sempre o mito do "bon sauvage" a encantar os franceses!
O líder prestigiado pelo centro de estudos falou, no final do seu discurso, uma verdade: a homenagem ele entendia ter sido feita ao povo brasileiro - que paga agora, com acréscimos, a conta da festança demagógica de Lula e enfrenta com minguada esperança a luta de cada dia.
Ricardo Vélez Rodrígues, coordenador do Centro de Pesquisas Estratégicas da Universidade Federal de Juiz de Fora. O Estado de S.Paulo
POIS É! O RISCO DILMA DO "PARA O BRASIL SEGUIR MUDANDO" PODE SE "CONSOLIDAR"
A bola de cristal do governo para prever o comportamento da inflação não está funcionando.
Em setembro, os preços voltaram a contrariar os prognósticos oficiais e levaram o país a exibir o mais alto índice dos últimos seis anos.
Na atual gestão, as perspectivas só pioraram.
É o "risco Dilma".
A inflação acumulada em 12 meses está agora em 7,31%, de acordo com o IPCA de setembro, divulgado pelo IBGE na sexta-feira. A última vez em que o país registrara nível tão elevado fora em maio de 2005.
Entre janeiro e setembro, o índice também já supera a meta do Banco Central para o ano, tendo chegado a 4,97%. Será difícil até mesmo a inflação se sujeitar ao limite superior da meta, de 6,5%.
A recidiva inflacionária já começara a preocupar nos últimos meses do ano passado, quando a política de gastos excessivos levada adiante pela gestão do PT manteve o mercado interno aquecido além da conta.
Ao longo deste ano, cinco altas sucessivas da taxa básica de juros tentaram conter a escalada.
Sem sucesso, porém.
Na realidade, a situação só piorou na gestão Dilma Rousseff. Quando ela assumiu a presidência, em janeiro, as expectativas de inflação eram de 5,34% para 2011 e de 4,5% para 2012.
Hoje, conforme o Boletim Focus divulgado nesta manhã, as previsões são de 6,52% para este ano e de 5,59% para o próximo.
Diante destas constatações, não parece exagero falar em "risco Dilma" associado à ameaça de perda do controle da estabilidade da moeda que o governo da presidente tem demonstrado.
Nos últimos meses, tornou-se voz corrente na Esplanada que é preferível mais crescimento econômico a menos inflação, mas a gestão atual não está conseguindo entregar nem uma coisa nem outra.
O governo parece satisfeito em voltar a ser uma espécie de sócio da inflação, situação comum em épocas de triste memória, quando os gestores públicos usavam a alta de preços para engordar a arrecadação e fazer as contas caberem em seus orçamentos.
O Estado de S.Paulo ouviu alguns analistas e calculou que a inflação acima da meta neste ano deve gerar um volume adicional de receitas de R$ 6,5 bilhões a R$ 10 bilhões para os cofres federais.
É um péssimo negócio, porque o custo da perda da estabilidade é infinito.
Outro problema é a rala credibilidade que vêm demonstrando os compromissos e os prognósticos oficiais. Quando 2011 chegou, a equipe econômica falava que lá por abril a inflação começaria a dar trégua.
Mas nada; os índices continuaram subindo.
Depois, a equipe econômica e o BC passaram a prever para agosto ou setembro o ponto de inflexão.
Como se pôde ver na sexta-feira, foi novo tiro n'água.
Mas Alexandre Tombini diz que agora é para valer e que, em outubro, os índices de preços começarão a retroceder, segundo entrevista publicada no domingo pela Folha de S.Paulo.
A verdade é que o governo receberá o socorro de efeitos estatísticos. Como a inflação do fim de 2010 foi muito alta (média mensal de 0,74%), é muito pouco provável que isso se repita agora, levando o índice acumulado no ano a decrescer daqui para frente.
Se a média mensal não ultrapassar 0,48% até dezembro, a inflação fechará o ano dentro dos limites da meta. Mas o fato é que a inflação está disseminada por mais de 60% da cesta de produtos e entre as maiores altas estão as dos alimentos.
Há quem veja um cenário de "inflação generalizada", como Reginaldo Nogueira, professor de economia do Ibmec ouvido pela Folha de S.Paulo.
Como não dá para ficar sem comer, a escalada de preços bate direto no bolso dos mais pobres. Alguns alimentos tiveram alta expressiva em setembro:
feijão carioca (6,14%),
açúcar refinado (3,82%) e cristal (3,42%),
frango (2,94%)
e leite (2,47%).
Some-se a isso o comportamento dos preços de serviços, que acumulam alta de 9,04% nos últimos 12 meses. O governo aposta numa ajuda da crise econômica externa, que frearia o encarecimento das commodities.
Mas isso também não aconteceu em setembro, quando o efeito combinado da oscilação das cotações e a desvalorização do real no Brasil resultaram numa alta das matérias-primas de 7,83%.
Tudo considerado, a conclusão é que continuamos flertando perigosamente com o descontrole de preços.
Fonte: Instituto Teotônio Vilela
O RISCO DA DESARRUMAÇÃO
É a meta de inflação sendo transformada em meta de juros. É um superávit das contas públicas (superávit primário) sustentado com certa dose de enganação. E é o câmbio, cada vez mais, sujeito a flutuações arbitrariamente sujas.
E vamos parar por aí, sem meter no mesmo cesto a política industrial protecionista e eivada de casuísmos, que tende a restaurar reservas de mercado.
Desde 1999 a política econômica do governo se assentara num tripé baseado na meta de inflação, na produção de um forte superávit primário destinado a controlar a dívida e no câmbio flutuante. A percepção que vai sendo consolidada nesses primeiros nove meses de política econômica do governo Dilma é a de que esse tripé vai sendo desmontado, sem que o governo entenda que deva uma satisfação desse desmonte à sociedade.
O Banco Central, por exemplo, ainda mantém o discurso de que trabalha para a convergência da meta de inflação em 2012. Mas, desde a última reunião do Copom, em 31 de agosto, ficou claro que a decisão é derrubar os juros, mesmo se levando em conta que o avanço do consumo segue fortemente acima do avanço da produção. A aposta é de que a crise externa será tão forte que os preços das commodities, especialmente alimentos e petróleo, despencarão. E que, nessas condições, o mundo passará por uma forte desinflação, que será retransmitida para o mercado interno.
Além disso, o Banco Central acredita que, agora, pode contar com uma política fiscal (disciplina orçamentária) mais austera, que lhe abra espaço para a queda dos juros.
Essa austeridade fiscal, por sua vez, não passa firmeza. O governo federal alardeou que economizará mais R$ 10 bilhões, uma migalha num bolão de receitas que deverá chegar a R$ 1 trilhão. Em todo o caso, prepara-se para perfazer um superávit primário (sobra de arrecadação para pagar a dívida) de R$ 139,8 bilhões (3,1% do PIB). Mas 2012, ano de eleições, já começará com um reajuste do salário mínimo contratado em torno de 14% - uma paulada nas despesas com o funcionalismo público e com os beneficiários da Previdência Social.
O câmbio, por sua vez, vai sofrendo intervenções contraditórias por parte da equipe econômica - não apenas dos dirigentes do Banco Central, que atua nesse filme somente como ator coadjuvante.
De um lado, sua diretoria declara que continua empenhada em neutralizar volatilidades no câmbio. No entanto, nas últimas duas semanas, se viu que solavancos de 2% ou 3% ao dia, tanto para cima como para baixo, aparentemente não são mais considerados volatilidade.
E cabe acentuar que as autoridades desestimulam a valorização do real e, depois, trabalham na direção contrária, sem revogar os mecanismos anteriormente montados, que atuam em outra direção.
A presidente Dilma Rousseff poderia dizer que os tempos são outros, que está em curso uma vasta crise financeira; que, por toda parte, tesouros estão se endividando para muito além da irresponsabilidade; e que os grandes bancos centrais têm emitido moeda para financiar gastos públicos. E ainda que, diante desse jogo maluco, o Brasil não pode ficar parado, disposto a pagar todas as contas que lhe chegam.
Mas o problema não são as mazelas dos vizinhos de perto e de longe. O problema é a improvisação e as inconsistências a que todo o arcabouço econômico está agora mais fortemente sujeito.
Celso Ming. O Estado de S.Paulo
E vamos parar por aí, sem meter no mesmo cesto a política industrial protecionista e eivada de casuísmos, que tende a restaurar reservas de mercado.
Desde 1999 a política econômica do governo se assentara num tripé baseado na meta de inflação, na produção de um forte superávit primário destinado a controlar a dívida e no câmbio flutuante. A percepção que vai sendo consolidada nesses primeiros nove meses de política econômica do governo Dilma é a de que esse tripé vai sendo desmontado, sem que o governo entenda que deva uma satisfação desse desmonte à sociedade.
O Banco Central, por exemplo, ainda mantém o discurso de que trabalha para a convergência da meta de inflação em 2012. Mas, desde a última reunião do Copom, em 31 de agosto, ficou claro que a decisão é derrubar os juros, mesmo se levando em conta que o avanço do consumo segue fortemente acima do avanço da produção. A aposta é de que a crise externa será tão forte que os preços das commodities, especialmente alimentos e petróleo, despencarão. E que, nessas condições, o mundo passará por uma forte desinflação, que será retransmitida para o mercado interno.
Além disso, o Banco Central acredita que, agora, pode contar com uma política fiscal (disciplina orçamentária) mais austera, que lhe abra espaço para a queda dos juros.
Essa austeridade fiscal, por sua vez, não passa firmeza. O governo federal alardeou que economizará mais R$ 10 bilhões, uma migalha num bolão de receitas que deverá chegar a R$ 1 trilhão. Em todo o caso, prepara-se para perfazer um superávit primário (sobra de arrecadação para pagar a dívida) de R$ 139,8 bilhões (3,1% do PIB). Mas 2012, ano de eleições, já começará com um reajuste do salário mínimo contratado em torno de 14% - uma paulada nas despesas com o funcionalismo público e com os beneficiários da Previdência Social.
O câmbio, por sua vez, vai sofrendo intervenções contraditórias por parte da equipe econômica - não apenas dos dirigentes do Banco Central, que atua nesse filme somente como ator coadjuvante.
De um lado, sua diretoria declara que continua empenhada em neutralizar volatilidades no câmbio. No entanto, nas últimas duas semanas, se viu que solavancos de 2% ou 3% ao dia, tanto para cima como para baixo, aparentemente não são mais considerados volatilidade.
E cabe acentuar que as autoridades desestimulam a valorização do real e, depois, trabalham na direção contrária, sem revogar os mecanismos anteriormente montados, que atuam em outra direção.
A presidente Dilma Rousseff poderia dizer que os tempos são outros, que está em curso uma vasta crise financeira; que, por toda parte, tesouros estão se endividando para muito além da irresponsabilidade; e que os grandes bancos centrais têm emitido moeda para financiar gastos públicos. E ainda que, diante desse jogo maluco, o Brasil não pode ficar parado, disposto a pagar todas as contas que lhe chegam.
Mas o problema não são as mazelas dos vizinhos de perto e de longe. O problema é a improvisação e as inconsistências a que todo o arcabouço econômico está agora mais fortemente sujeito.
Celso Ming. O Estado de S.Paulo
A HORA DOS INDECOROSOS
A hora dos indecorosos - Sarney justifica assim a mamata: “Homenagem à democracia”!!!
Na Folha Online:
O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), rebateu as críticas que recebeu por usar um helicóptero do governo do Maranhão para viagens particulares e reafirmou que tem “direito” a esse tipo de transporte.
Em agosto, a Folha revelou que o senador se deslocava a sua ilha particular no Maranhão em um helicóptero da Polícia Militar do Estado, governado por sua filha, Roseana Sarney (PMDB).
“Quando esses privilégios foram criados, o objetivo era que os deputados fossem livres e seus salários não os fizessem miseráveis, dependentes dos presidentes”, disse Sarney ao jornal “Zero Hora”, do Rio Grande do Sul.
E continuou: “Quando a legislação diz que o presidente do Congresso tem direito a transporte de representação, estamos homenageando a democracia, cumprindo a liturgia das instituições”.
O senador também foi questionado pelo jornal sobre o show da banda Capital Inicial no Rock in Rio, em que o vocalista dedicou ao político a música “Que País é Esse” e foi apoiado pelo público.
Sarney disse que considerou a crítica injusta e que o rock “tem o DNA da contestação”. Ele falou ainda que “raramente” conversa com Dilma Rousseff e que a presidente está “marcando seu estilo”.
Por Reinaldo Azevedo
FAXINA AMPLA, GERAL E IRRESTRITA! - 12 DE OUTUBRO
Corre na internet a notícia de uma manifestação contra a corrupção e a impunidade - programada para o próximo dia 12 de outubro a ser realizada nas principais capitais do país.
Nasceu da indignação popular, espontaneamente, e deve continuar sendo uma manifestação do povo...Por isso, é importante que não deixemos que nenhuma sigla de partido político ou de qualquer instituição dela queira se adonar, porque desta vez os " caras- pintadas" não vão ser massa de manobra de ninguem...
Existem os oportunistas sempre de plantão...e que agora, até tentando se valer de que não constituem um partido político (mas é evidente que já estão contaminados ideologicamente por alguns deles) estão se infiltrando por baixo do pano entre os manifestantes, para se apoderar e passar a dirigir o movimento, para que este "não saia dos limites aceitáveis"...e, dizem pela internet, que a OAB é uma destas instituições. Eu não sei se é ou não, mas é bom ficarmos vigilantes!
Por isso, olho aberto e sempre vivo! Esta manifestação só tem um dono: a população de bem! E vamos estar lá, com certeza, porque desta vez o povo acordou e decidiu: ou pára a roubalheira ou paramos o Brasil!
FAXINA AMPLA, GERAL E IRRESTRITA JÁ!
Mara Montezuma Assaf
A FARSA DAS ONGS AMBIENTALISTAS E O CÓDIGO FLORESTAL
Tio Rei pega no pulo o Greenpeace e desmonta uma farsa com dados que eles próprios levantaram. Ou: Brasil será a única região do planeta, além de Chernobil, em que se vai proibir qualquer atividade econômica
Caras e caros,
Este é um dos momentos de que mais gosto neste blog; eu o defino como “matar a cobra e mostrar a cobra”, naquele sentido, obviamente, não-sexista, sem ambigüidades, recomendado pelo Departamento Ira-ny de Censura. Vocês vão ver como os próprios mistificadores podem, sem querer, contribuir para revelar a verdade. Acompanhem. Garanto que, ao fim da trajetória, todos estaremos mais lúcidos. Vamos lá.
Uma coisa deixa certo ambientalismo muito revoltado, furioso mesmo: a afirmação de que a legislação ambiental brasileira é uma jabuticaba, sem paralelo ou similar no mundo inteiro.
As restrições hoje em curso e as contidas mesmo no texto de Aldo Rebelo - acusado por esse ecologismo rancoroso de promover o desmatamento (é falso!!!) - têm um rigor único.
Mesmo se aprovado o texto (vamos ver as mudanças a serem feitas no Senado) de Aldo, NÃO HAVERÁ PAÍS NO MUNDO COM O PERCENTUAL QUE TEM O BRASIL DE VEGETAÇÃO NATIVA E COM UMA LEI AMBIENTAL TÃO DURA! Ou ainda: o Brasil está escolhendo para si uma legislação que nenhuma nação, mesmo aquelas que já têm a sua superfície quase escalpelada, aceitaria.
Muito bem, meus caros. Um dos meus prazeres é pegar vigarista intelectual no pulo. Estão a dar aquele salto argumentativo bailarino, e eu pimba!, acuso o truque, e eles se esborracham no chão. Queriam ser Nijinski e caem como os Três Patetas. Ninguém é mais saliente na defesa das nossas florestas do que o Greenpeace, que tem sede mundial em Amsterdã, na Holanda.
Daqui a pouco vocês entenderão por que eles decidiram preservar florestas mundo afora. Na Holanda, seria difícil. Quase não há mato a preservar. Eles costumam é queimá-lo… nos coffeeshops!
Pois bem, esses patriotas sem pátria decidiram promover um estudo para saber se, de fato, o Código Florestal brasileiro era uma jabuticaba.
O objetivo dos valentes era provar que essa era uma afirmação dos reacionários, dos ruralistas e das pessoas malvadas, como eu. Não omito nada dos leitores, como sempre. Reproduzo a introdução que os próprios promotores do levantamento escreveram. Nada depõe mais contra esses caras do que aquilo que eles próprios produzem. Leiam o que segue em vermelho. Volto depois.
“Numa tarde de fim de junho deste ano, durante reunião da Campanha Amazônia do Greenpeace, o tema da exclusividade nacional do Código Florestal voltou à mesa. O assunto tinha assumido grande relevância durante o processo de votação do projeto de lei que altera o código na Câmara Federal.
Havia dados e informações sobre a questão, mas em volume insuficiente para concluir se o nosso código era de fato uma peça única de legislação florestal.
E quem poderia produzir um estudo mais definitivo sobre o tema? O nome que se ouvia, quase sempre, era o mesmo: Proforest. O Greenpeace correu atrás.
O Proforest, afiliado à Universidade de Oxford, na Inglaterra, é uma autoridade global em florestas e uma fonte inesgotável de estudos sobre o tema. Sua equipe topou o desafio de examinar a questão. E alistou na empreitada o Imazon, um dos mais respeitados centros de produção de conhecimento sobre a Amazônia brasileira.
Adalberto Veríssimo, pesquisador sênior do Imazon, ajudou na especificação e convocou sua equipe para revisar o estudo final. O resultado do trabalho traz informações relevantes para o debate sobre as mudanças no Código Florestal, que está agora sendo examinado pelo Senado.
Ele conclui que o nosso código está longe de ser uma jabuticaba. Há muitas outras nações com leis igualmente rígidas de proteção florestal. Além de desmistificar a exclusividade do “protecionismo” nacional no tema florestal, o estudo também cumpre o relevante serviço de demonstrar que, desde o século passado, é o fim do desmatamento - e não a terra arrasada - que virou sinal de desenvolvimento.”
Voltei.
Leiam o estudo enquanto está no ar. Tão logo percebam o que fizeram, eles devem tirá-lo. Já providenciei uma cópia pra mim. O que vai acima é uma mentira grotesca.
O levantamento indica que o Código Florestal é, sim, uma jabuticaba. Não existe nada tão restritivo no mundo - e, reitero, isso inclui o texto de Aldo Rebelo. O levantamento feito pelo Proforest e pelo Imazon compreende 11 países, com economias e graus de desenvolvimento os mais diversos. O objetivo é provar que todos são muito severos com o meio ambiente.
São mesmo? Pois eu proponho trocar o nosso Código, o que está em vigência e o que vai ser votado pela legislação, pela lei de qualquer um deles. Os proprietários rurais brasileiros certamente topariam. Só que não haveria um só daqueles países que aceitasse a legislação brasileira. Seus respectivos governo diriam: “Vocês enlouqueceram?” Pois eu, agora, começo uma campanha: vamos trocar o nosso Código com o da Holanda, o da Suécia ou o da Alemanha… Eu quero as mesmas leis vigentes nos países dessas ONGs bacanas e de seus financiadores.
Por que digo isso?
Se vocês acessarem o documento, verão que há uma síntese da legislação dos locais estudados. ATENÇÃO: NÃO EXISTE ÁREA DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE em lugar nenhum! Não há local no Globo terrestre em que a atividade econômica seja proibida em lei - o Brasil é a exceção!
O máximo que fazem esses países é exigir precondições, reservando-se o direito de dar ou não autorização. PROIBIÇÃO PRÉVIA??? Não! Nunca!
O Brasilzão véio de guerra tem apenas 27,7% do seu território ocupados por agricultura, pecuária e afins - produção de comida, em suma, e derivados da agricultura.
São dados do IBGE. Outros 11,3% abrigam cidades - que hoje concentram mais de 80% de uma população de quase 200 milhões - e obras de infra-estrutura. O resto é composto de vegetação nativa, rios, praias, mangues etc e tal, tudo intocado ou quase: 61¨%.
Não há no mundo nada parecido! Vejam, no caso dos 11 países estudados, o quadro com a porcentagem do solo ocupado por florestas (não é bem isso; já digo por quê) e a caracterização do que é “floresta primária” (aquela original, intocada ou recomposta) e o que é “floresta plantada”.
Atenção para a realidade da Holanda, terra do Greenpeace, e do Reino Unido, um verdadeiro ninhal de ONGs que querem decidir o destino do Brasil ou da Indonésia…
País %do territ.c/floresta Floresta original Floresta replantada Tem APP?
Holanda 11% 0% 100% Não
R.Unido 12% 23% 77% Não
Índia 23% 85% 15% Não
Polônia 30% 0,5% 95% Não
EUA 33% 92% 0,8% Não
Japão 69% 49% 41% Não
Suécia 69% 87% 13% Não
China 22% 63% 37% Não
França 29% 90% 10% Não
Alemanha 32% 52% 48% Não
Indonésia 52% 96% 0,4 Não
Vejam que espetáculo! Na Holanda, não sobrou da mata original um miserável graveto. Dos 11% do território do que seriam a cobertura vegetal nativa, 100% são florestas replantadas!
Eles haviam acabado com literalmente tudo. O Reino Unido, que também gosta de dar conselhos, é muito eloqüente: apenas 23% dos 12% com cobertura florestal são mata original; todo o resto (77%) é floresta plantada. Mas atenção! Nada menos de 64% desses 77% são compostos de espécies introduzidas, que não são nativas da região.
Não se deixem impressionar pela grande cobertura vegetal de Suécia e Japão. São áreas impróprias para a agricultura, pecuária ou qualquer outra atividade. A geografia e o clima não permitem outra coisa.
Da pilantragem à canalhice intelectual
Falei de pilantragem intelectual. Mas ela pode subir alguns graus e virar canalhice. Ora, áreas de exploração de madeira, no Brasil, não são consideradas cobertura florestal. Se fossem, então o país teria menos de 27,7% de seu território economicamente explorado!
Os proprietários brasileiros são obrigados a manter áreas de preservação dentro de suas propriedades, ONDE NENHUMA ATIVIDADE É PERMITIDA.
Na hora, no entanto, de apontar a cobertura florestal daqueles 11 países, usaram um critério diferente.
Leiam o que segue; vejam se os proprietários brasileiros não gostariam de uma legislação assim (segue trecho em vermelho do documento):
“Embora existam poucas possibilidades para a conversão de florestas em áreas privadas nos países analisados, seus donos têm o direito de administrar áreas florestais para a extração de madeira ou de outros produtos florestais não-madeireiros.
Em alguns países, os proprietários são obrigados inclusive a se envolver no manejo ativo da floresta, definindo um plano para sua gestão e realizando regularmente sua manutenção e a colheita de produtos florestais.
O tipo de exploração permitida varia entre os países, dependendo da ecologia das suas respectivas florestas.
A derrubada de árvores é mais frequentemente usada em florestas boreais. O corte em grupo ou o seletivo são mais comuns em florestas temperadas e tropicais. A regeneração das áreas manejadas também varia entre a regeneração natural e o replantio.”
Conservação financiada
Em todos os países analisados - até mesmo na pobre Indonésia -, há incentivo em dinheiro para quem mantém a cobertura vegetal de sua propriedade. O Brasil começa a debater esse assunto com o código de Aldo Rebelo. Por aqui, essas mesmas ONGs que elogiam esse expediente querem é punir os proprietários com multas ou, na prática, promover uma verdadeira expropriação, proibindo a continuidade de culturas centenárias em áreas que passaram a ser consideradas de preservação permanente.
Para eles, elogios; para o Brasil, críticas. Ou: estômago forte
É preciso ter estômago forte para ler determinadas coisas. As ONGs tratam o Brasil, com 61% do território intocado ou quase (seria mais do que isso caso se empregassem os critérios com os quais se analisa a Europa), como um desmatador compulsivo. E vejam para quem sobram elogios:
“Outros países analisados tais como França, Alemanha e Japão foram muito mais bem-sucedidos na manutenção de suas coberturas florestais, indicando que eles passaram pela fase de estabilização da transição florestal com uma proporção muito maior de florestas. Isto é, esses países sempre mantiveram grande proporção de seus territórios com cobertura florestal. Esses países têm, normalmente, uma cobertura florestal total superior, equivalente a um a dois terços da área de floresta original, e também uma maior proporção de florestas naturais ou seminaturais.”
Mas vejam o que eles mesmos dizem sobre a elogiada França:
“Os principais regulamentos que regem a silvicultura na França são o Código Florestal (1979) e a Lei de Orientação Florestal (2001). Ambos os regulamentos afirmam que “ninguém tem o direito de converter suas florestas sem primeiramente obter uma autorização administrativa”26.
Proprietários florestais necessitam fazer um estudo de impacto ambiental (EIA) quando buscam permissão para converter as florestas, especialmente se a área for maior a 25 hectares. Caso a área tenha menos do que 25 hectares é exigido um estudo de impacto ambiental menosrigoroso.
Florestas públicas ou florestas privadas não podem ser convertidas sem uma autorização administrativa rigorosa e especial e todos os proprietários de florestas com áreas maiores de 25 hectares necessitam apresentar um plano de manejo, o que inclui um sistema de corte e replantio.
Esses planos precisam promover reflorestamento, planejamento e conservação das áreas. Proprietários florestais com uma área de pelo menos 4 hectares são obrigados a reflorestar dentro de um período de 5 anos após o corte raso ou quando não há possibilidade de regeneração natural adequada.”
Ou por outra: proprietários de até quatro hectares não têm obrigação nenhuma; os de 4,1 a 25 hectares têm condições muito brandas, e só acima de 25 hectares ficam submetidos a uma controle mais rígido. Mas atenção; É CONTROLE RÍGIDO PARA PODER MEXER NA FLORESTA, NÃO PARA TORNÁ-LA UM SANTUÁRIO! Essas áreas manejáveis, de onde se extrai madeira, é considerada “floresta” na França…
Outro momento muito ilustrativo do texto admite, de modo quase vexado:
“Alguns países incluídos no estudo como Reino Unido, Holanda e China já tinham perdido uma proporção muito elevada de suas florestas no início do século XX. Como resultado, todos eles embarcaram em amplos programas de reflorestamento. Até agora têm obtido algum grau de sucesso, especialmente a China, mas a área total de cobertura florestal continua a ser limitada e a proporção de florestas naturais ainda é pequena.”
Ó, não me diga! Ninguém torra a paciência da China porque não se mexe com quem dá as cartas. E o país ignoraria mesmo, como ignora, qualquer pressão. Quanto à Holanda e ao Reino Unido, dizer o quê? Não é fabuloso que se pregue REFLORESTAMENTO em um país que tem dois terços de seu território desocupados e que não se faça o mesmo naqueles que têm, respectivamente, 89% e 88% de ocupação?
O Greenpeace encomendou um estudo, como eles mesmos deixaram claro, para provar uma tese e conseguiram provar o contrário: a legislação ambiental brasileira é uma jabuticaba que não seria aceita em nenhum país do mundo. O Brasil, mesmo com o código de Aldo Rebelo, segue sendo a ÚNICA REGIÃO do Globo que comporta áreas em que é proibido produzir. Coisa igual só em Chernobil.
Por Reinaldo Azevedo
Caras e caros,
Este é um dos momentos de que mais gosto neste blog; eu o defino como “matar a cobra e mostrar a cobra”, naquele sentido, obviamente, não-sexista, sem ambigüidades, recomendado pelo Departamento Ira-ny de Censura. Vocês vão ver como os próprios mistificadores podem, sem querer, contribuir para revelar a verdade. Acompanhem. Garanto que, ao fim da trajetória, todos estaremos mais lúcidos. Vamos lá.
Uma coisa deixa certo ambientalismo muito revoltado, furioso mesmo: a afirmação de que a legislação ambiental brasileira é uma jabuticaba, sem paralelo ou similar no mundo inteiro.
As restrições hoje em curso e as contidas mesmo no texto de Aldo Rebelo - acusado por esse ecologismo rancoroso de promover o desmatamento (é falso!!!) - têm um rigor único.
Mesmo se aprovado o texto (vamos ver as mudanças a serem feitas no Senado) de Aldo, NÃO HAVERÁ PAÍS NO MUNDO COM O PERCENTUAL QUE TEM O BRASIL DE VEGETAÇÃO NATIVA E COM UMA LEI AMBIENTAL TÃO DURA! Ou ainda: o Brasil está escolhendo para si uma legislação que nenhuma nação, mesmo aquelas que já têm a sua superfície quase escalpelada, aceitaria.
Muito bem, meus caros. Um dos meus prazeres é pegar vigarista intelectual no pulo. Estão a dar aquele salto argumentativo bailarino, e eu pimba!, acuso o truque, e eles se esborracham no chão. Queriam ser Nijinski e caem como os Três Patetas. Ninguém é mais saliente na defesa das nossas florestas do que o Greenpeace, que tem sede mundial em Amsterdã, na Holanda.
Daqui a pouco vocês entenderão por que eles decidiram preservar florestas mundo afora. Na Holanda, seria difícil. Quase não há mato a preservar. Eles costumam é queimá-lo… nos coffeeshops!
Pois bem, esses patriotas sem pátria decidiram promover um estudo para saber se, de fato, o Código Florestal brasileiro era uma jabuticaba.
O objetivo dos valentes era provar que essa era uma afirmação dos reacionários, dos ruralistas e das pessoas malvadas, como eu. Não omito nada dos leitores, como sempre. Reproduzo a introdução que os próprios promotores do levantamento escreveram. Nada depõe mais contra esses caras do que aquilo que eles próprios produzem. Leiam o que segue em vermelho. Volto depois.
“Numa tarde de fim de junho deste ano, durante reunião da Campanha Amazônia do Greenpeace, o tema da exclusividade nacional do Código Florestal voltou à mesa. O assunto tinha assumido grande relevância durante o processo de votação do projeto de lei que altera o código na Câmara Federal.
Havia dados e informações sobre a questão, mas em volume insuficiente para concluir se o nosso código era de fato uma peça única de legislação florestal.
E quem poderia produzir um estudo mais definitivo sobre o tema? O nome que se ouvia, quase sempre, era o mesmo: Proforest. O Greenpeace correu atrás.
O Proforest, afiliado à Universidade de Oxford, na Inglaterra, é uma autoridade global em florestas e uma fonte inesgotável de estudos sobre o tema. Sua equipe topou o desafio de examinar a questão. E alistou na empreitada o Imazon, um dos mais respeitados centros de produção de conhecimento sobre a Amazônia brasileira.
Adalberto Veríssimo, pesquisador sênior do Imazon, ajudou na especificação e convocou sua equipe para revisar o estudo final. O resultado do trabalho traz informações relevantes para o debate sobre as mudanças no Código Florestal, que está agora sendo examinado pelo Senado.
Ele conclui que o nosso código está longe de ser uma jabuticaba. Há muitas outras nações com leis igualmente rígidas de proteção florestal. Além de desmistificar a exclusividade do “protecionismo” nacional no tema florestal, o estudo também cumpre o relevante serviço de demonstrar que, desde o século passado, é o fim do desmatamento - e não a terra arrasada - que virou sinal de desenvolvimento.”
Voltei.
Leiam o estudo enquanto está no ar. Tão logo percebam o que fizeram, eles devem tirá-lo. Já providenciei uma cópia pra mim. O que vai acima é uma mentira grotesca.
O levantamento indica que o Código Florestal é, sim, uma jabuticaba. Não existe nada tão restritivo no mundo - e, reitero, isso inclui o texto de Aldo Rebelo. O levantamento feito pelo Proforest e pelo Imazon compreende 11 países, com economias e graus de desenvolvimento os mais diversos. O objetivo é provar que todos são muito severos com o meio ambiente.
São mesmo? Pois eu proponho trocar o nosso Código, o que está em vigência e o que vai ser votado pela legislação, pela lei de qualquer um deles. Os proprietários rurais brasileiros certamente topariam. Só que não haveria um só daqueles países que aceitasse a legislação brasileira. Seus respectivos governo diriam: “Vocês enlouqueceram?” Pois eu, agora, começo uma campanha: vamos trocar o nosso Código com o da Holanda, o da Suécia ou o da Alemanha… Eu quero as mesmas leis vigentes nos países dessas ONGs bacanas e de seus financiadores.
Por que digo isso?
Se vocês acessarem o documento, verão que há uma síntese da legislação dos locais estudados. ATENÇÃO: NÃO EXISTE ÁREA DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE em lugar nenhum! Não há local no Globo terrestre em que a atividade econômica seja proibida em lei - o Brasil é a exceção!
O máximo que fazem esses países é exigir precondições, reservando-se o direito de dar ou não autorização. PROIBIÇÃO PRÉVIA??? Não! Nunca!
O Brasilzão véio de guerra tem apenas 27,7% do seu território ocupados por agricultura, pecuária e afins - produção de comida, em suma, e derivados da agricultura.
São dados do IBGE. Outros 11,3% abrigam cidades - que hoje concentram mais de 80% de uma população de quase 200 milhões - e obras de infra-estrutura. O resto é composto de vegetação nativa, rios, praias, mangues etc e tal, tudo intocado ou quase: 61¨%.
Não há no mundo nada parecido! Vejam, no caso dos 11 países estudados, o quadro com a porcentagem do solo ocupado por florestas (não é bem isso; já digo por quê) e a caracterização do que é “floresta primária” (aquela original, intocada ou recomposta) e o que é “floresta plantada”.
Atenção para a realidade da Holanda, terra do Greenpeace, e do Reino Unido, um verdadeiro ninhal de ONGs que querem decidir o destino do Brasil ou da Indonésia…
País %do territ.c/floresta Floresta original Floresta replantada Tem APP?
Holanda 11% 0% 100% Não
R.Unido 12% 23% 77% Não
Índia 23% 85% 15% Não
Polônia 30% 0,5% 95% Não
EUA 33% 92% 0,8% Não
Japão 69% 49% 41% Não
Suécia 69% 87% 13% Não
China 22% 63% 37% Não
França 29% 90% 10% Não
Alemanha 32% 52% 48% Não
Indonésia 52% 96% 0,4 Não
Vejam que espetáculo! Na Holanda, não sobrou da mata original um miserável graveto. Dos 11% do território do que seriam a cobertura vegetal nativa, 100% são florestas replantadas!
Eles haviam acabado com literalmente tudo. O Reino Unido, que também gosta de dar conselhos, é muito eloqüente: apenas 23% dos 12% com cobertura florestal são mata original; todo o resto (77%) é floresta plantada. Mas atenção! Nada menos de 64% desses 77% são compostos de espécies introduzidas, que não são nativas da região.
Não se deixem impressionar pela grande cobertura vegetal de Suécia e Japão. São áreas impróprias para a agricultura, pecuária ou qualquer outra atividade. A geografia e o clima não permitem outra coisa.
Da pilantragem à canalhice intelectual
Falei de pilantragem intelectual. Mas ela pode subir alguns graus e virar canalhice. Ora, áreas de exploração de madeira, no Brasil, não são consideradas cobertura florestal. Se fossem, então o país teria menos de 27,7% de seu território economicamente explorado!
Os proprietários brasileiros são obrigados a manter áreas de preservação dentro de suas propriedades, ONDE NENHUMA ATIVIDADE É PERMITIDA.
Na hora, no entanto, de apontar a cobertura florestal daqueles 11 países, usaram um critério diferente.
Leiam o que segue; vejam se os proprietários brasileiros não gostariam de uma legislação assim (segue trecho em vermelho do documento):
“Embora existam poucas possibilidades para a conversão de florestas em áreas privadas nos países analisados, seus donos têm o direito de administrar áreas florestais para a extração de madeira ou de outros produtos florestais não-madeireiros.
Em alguns países, os proprietários são obrigados inclusive a se envolver no manejo ativo da floresta, definindo um plano para sua gestão e realizando regularmente sua manutenção e a colheita de produtos florestais.
O tipo de exploração permitida varia entre os países, dependendo da ecologia das suas respectivas florestas.
A derrubada de árvores é mais frequentemente usada em florestas boreais. O corte em grupo ou o seletivo são mais comuns em florestas temperadas e tropicais. A regeneração das áreas manejadas também varia entre a regeneração natural e o replantio.”
Conservação financiada
Em todos os países analisados - até mesmo na pobre Indonésia -, há incentivo em dinheiro para quem mantém a cobertura vegetal de sua propriedade. O Brasil começa a debater esse assunto com o código de Aldo Rebelo. Por aqui, essas mesmas ONGs que elogiam esse expediente querem é punir os proprietários com multas ou, na prática, promover uma verdadeira expropriação, proibindo a continuidade de culturas centenárias em áreas que passaram a ser consideradas de preservação permanente.
Para eles, elogios; para o Brasil, críticas. Ou: estômago forte
É preciso ter estômago forte para ler determinadas coisas. As ONGs tratam o Brasil, com 61% do território intocado ou quase (seria mais do que isso caso se empregassem os critérios com os quais se analisa a Europa), como um desmatador compulsivo. E vejam para quem sobram elogios:
“Outros países analisados tais como França, Alemanha e Japão foram muito mais bem-sucedidos na manutenção de suas coberturas florestais, indicando que eles passaram pela fase de estabilização da transição florestal com uma proporção muito maior de florestas. Isto é, esses países sempre mantiveram grande proporção de seus territórios com cobertura florestal. Esses países têm, normalmente, uma cobertura florestal total superior, equivalente a um a dois terços da área de floresta original, e também uma maior proporção de florestas naturais ou seminaturais.”
Mas vejam o que eles mesmos dizem sobre a elogiada França:
“Os principais regulamentos que regem a silvicultura na França são o Código Florestal (1979) e a Lei de Orientação Florestal (2001). Ambos os regulamentos afirmam que “ninguém tem o direito de converter suas florestas sem primeiramente obter uma autorização administrativa”26.
Proprietários florestais necessitam fazer um estudo de impacto ambiental (EIA) quando buscam permissão para converter as florestas, especialmente se a área for maior a 25 hectares. Caso a área tenha menos do que 25 hectares é exigido um estudo de impacto ambiental menosrigoroso.
Florestas públicas ou florestas privadas não podem ser convertidas sem uma autorização administrativa rigorosa e especial e todos os proprietários de florestas com áreas maiores de 25 hectares necessitam apresentar um plano de manejo, o que inclui um sistema de corte e replantio.
Esses planos precisam promover reflorestamento, planejamento e conservação das áreas. Proprietários florestais com uma área de pelo menos 4 hectares são obrigados a reflorestar dentro de um período de 5 anos após o corte raso ou quando não há possibilidade de regeneração natural adequada.”
Ou por outra: proprietários de até quatro hectares não têm obrigação nenhuma; os de 4,1 a 25 hectares têm condições muito brandas, e só acima de 25 hectares ficam submetidos a uma controle mais rígido. Mas atenção; É CONTROLE RÍGIDO PARA PODER MEXER NA FLORESTA, NÃO PARA TORNÁ-LA UM SANTUÁRIO! Essas áreas manejáveis, de onde se extrai madeira, é considerada “floresta” na França…
Outro momento muito ilustrativo do texto admite, de modo quase vexado:
“Alguns países incluídos no estudo como Reino Unido, Holanda e China já tinham perdido uma proporção muito elevada de suas florestas no início do século XX. Como resultado, todos eles embarcaram em amplos programas de reflorestamento. Até agora têm obtido algum grau de sucesso, especialmente a China, mas a área total de cobertura florestal continua a ser limitada e a proporção de florestas naturais ainda é pequena.”
Ó, não me diga! Ninguém torra a paciência da China porque não se mexe com quem dá as cartas. E o país ignoraria mesmo, como ignora, qualquer pressão. Quanto à Holanda e ao Reino Unido, dizer o quê? Não é fabuloso que se pregue REFLORESTAMENTO em um país que tem dois terços de seu território desocupados e que não se faça o mesmo naqueles que têm, respectivamente, 89% e 88% de ocupação?
O Greenpeace encomendou um estudo, como eles mesmos deixaram claro, para provar uma tese e conseguiram provar o contrário: a legislação ambiental brasileira é uma jabuticaba que não seria aceita em nenhum país do mundo. O Brasil, mesmo com o código de Aldo Rebelo, segue sendo a ÚNICA REGIÃO do Globo que comporta áreas em que é proibido produzir. Coisa igual só em Chernobil.
Por Reinaldo Azevedo
O PATRONO DA "PRIMAVERA ÁRABE"
E o que disse o patrono do extremismo islâmico?
Procurei uma palavrinha de Barack Obama, o patrono da “Primavera Árabe”, ou do departamento de Estado dos EUA sobre o massacre dos cristãos no Egito e não encontrei nada.
Este guia genial do Ocidente ainda será eleito o patrono dos vários extremismos islâmicos.
Na Líbia, por exemplo, ele forneceu armas e aviões aos ditos “rebeldes”, que têm ex-jihadistas (ex???) entre seus comandantes. Nunca foi tão fácil! Basta aos extremistas pregar o pluralismo - ainda que, na prática, façam o contrário -, e Obama empresta o seu queixo de estátua à causa. Essa é a sua grande obra com três anos de mandato. Imaginem se lhe concederem oito…
Por Reinaldo Azevedo
Procurei uma palavrinha de Barack Obama, o patrono da “Primavera Árabe”, ou do departamento de Estado dos EUA sobre o massacre dos cristãos no Egito e não encontrei nada.
Este guia genial do Ocidente ainda será eleito o patrono dos vários extremismos islâmicos.
Na Líbia, por exemplo, ele forneceu armas e aviões aos ditos “rebeldes”, que têm ex-jihadistas (ex???) entre seus comandantes. Nunca foi tão fácil! Basta aos extremistas pregar o pluralismo - ainda que, na prática, façam o contrário -, e Obama empresta o seu queixo de estátua à causa. Essa é a sua grande obra com três anos de mandato. Imaginem se lhe concederem oito…
Por Reinaldo Azevedo
A VALENTIA DAS HIENAS
Neste domingo o "colunista" Cláudio Humberto, um desqualificado que atualmente possui um blog de fofocas rasteiras, além de manter espaço em alguns veículos da mídia "tradicional", isto é, do PIG, disse o seguinte:
Gritos de horror
Colegas de Maria do Rosário não entendem como que ela (sic) permanece na Secretaria de Direitos Humanos, após a mais recente humilhação da presidenta Dilma, cujos gritos ainda ecoam no Palácio do Planalto. Até foi desconvidada, de última hora, a integrar a comitiva oficial à Europa.
Lemos essa Nota no JB Online. JB que insiste em sumir do mapa.
A valentia de hiena é compreensível para quem foi intransigente defensor do desgoverno Collor.
Não é a primeira vez que o elemento afirma que a Dilma trata a berros os seus companheiros de governo, sugerindo, talvez, que é maluca. Depois de servir ao bando do Collor, é muito peito.
Lamentavelmente, esquece de nominar os tais colegas da Maria do Rosário.
Para que se entenda porque não vale a pena alguém pensar em responder ao sujeito, abaixo transcrevemos uma interessante matéria do jornalista Tião Maia, no jornal Página 20:
Cláudio Humberto e suas vivandeiras
Uma das revelações resultantes da Operação Navalha, que mostrou a atuação de uma autêntica máfia liderada pelo empresário Zuleido Veras numa rede de corrupção que envolvia servidores públicos, do mais simples aos mais graduados, como governadores de Estado, expôs que o esquema envolvia também alguns medalhões da área de comunicação, a chamada “mídia”. Entre os enrolados está, veja só, o atual colunista Cláudio Humberto Rosa e Silva, ex-porta-voz de Fernando Collor e que hoje, além de blogueiro, mantém uma coluna em vários jornais do país através da qual, sob o disfarce de jornalismo, destila a própria bílis na defesa de interesses só agora completamente revelados.
A propósito, todos sabíamos que o gajo não era mesmo boa bisca. Catapultado da condição de jornalista provinciano na imprensa alagoana para a assessoria do então governador Fernando Collor, ele sempre esteve na linha de frente dos fatos, inclusive os mais sórdidos, da campanha “collorida”. Está tudo registrado em “Notícias do Planalto”, livro de Mário Sérgio Conti, ex-editor-chefe de Veja, na qual o autor traçou, em 719 páginas, mais de 140 entrevistas e uma bibliografia de mais de cem publicações, uma autêntica radiografia da imprensa brasileira, com o perfil dos patrões e dos jornalistas, às vezes dos chamados “medalhões” a profissionais e publicações medíocres. Até “O Rio Branco”, daqui do Acre, é citado.
É claro que ele não está só em meio as, digamos assim, “gatunagens midiáticas”. O livro mostra que, em 1989, o jornalista Mário Alberto de Almeida, ex-diretor de Redação da “Gazeta Mercantil”, teria oferecido US$ 250 mil a Augusto Nunes, na época à frente de “O Estado de S. Paulo”. Em troca de textos favoráveis ao então ministro Iris Rezende. Nunes diz que recebeu a proposta, mas recusou. O livro menciona duas reportagens de “Veja” simpáticas a Rezende veiculadas nos meses seguintes. Sinal de que o antecessor de Conti no comando de “Veja”, José Roberto Guzzo, poderia ter aceitado oferta semelhante.
Há ainda o caso de Etevaldo Dias, então do Jornal do Brasil, e do Alberico Souza Cruz, da Globo, que viviam a receber lagostins (frescos!) enviados de Alagoas para o Rio. No caso de Etevaldo, o livro mostra, sem esconder a ironia, o jornalista procurando o próprio governador para lhe reembolsar uma despesa paga por Collor, com dinheiro público, é claro. O editor-chefe da publicação sabia que o responsável pela sucursal de Brasília mantinha relações mais do que estreitas com o candidato Collor, mas não via problema porque o diretor “vinha abastecendo o jornal de notícias, algumas delas exclusivas”.
Mas, voltando a Cláudio Humberto. Durante o governo Collor, Conti ligou para Claudio Humberto e lhe disse que “Veja” não registraria a descoberta da Folha de S. Paulo de que os gastos de cartão de crédito do porta-voz de Collor eram incompatíveis com sua renda. Claudio Humberto ficou agradecido e, em troca, tornou-se boa fonte.
Enfim, o livro mostra que se há um responsável direto, um autor intelectual da farsa do “caçador de marajá”, esta pecha poderia, e muito bem, ser atribuída a Cláudio Humberto, o jornalista que, com o “impeachment” do chefe, depois de algum tempo no ostracismo, reapareceu na imprensa travestido de colunista e disfarçando suas opiniões através de “notícias” as quais nem sempre se confirmaram.
Nesta condição, passou a atacar, vil e gratuitamente, as principais lideranças do PT, principalmente o presidente Lula, certamente por enxergar nelas e no próprio partido os responsáveis pela queda de Collor e pelas desventuras daqueles que formavam o “staff” que atuava com o fito de assaltar as finanças públicas deste país. Nesta sua cruzada, os irmãos Jorge e Tião Viana, aquele quando governador e este na condição de senador, além da ministra Marina Silva, o senador Siba Machado e outros, têm sido vítimas freqüentes desses ataques. Mais que um adversário mentiroso e vulgar, o jornalista tem sido operador de uma usina na qual tenta moer reputações construídas com dedicação, honestidade e competência. Ao invés de jornalismo, faz campanha. Aliás, uma campanha que conta com a ajuda providencial de setores locais, inclusive da imprensa, integrados por um bando de vivandeiras que teima em tentar colocar o Acre no olho do furacão a cada vez que surge uma grande crise ou escândalos de corrupção gigantescas, como este agora da Operação Navalha.
Só que agora essas vivandeiras e blogueiros de plantão não poderão recorrer a seu herói Cláudio Humberto. É que, na Operação Navalha, o colunista deixou de ser pedra para ser vidraça.
As investigações da Polícia Federal revelaram que Zuldeido Veras, o enrolado empresário pagador de propinas a políticos e autoridades, tinha ascendência sobre Cláudio Humberto e ao que ele divulgava, ao ponto de utilizar a coluna do jornalista para atacar seus adversários e concorrentes. Foi o que ocorreu em relação a seu ex-sócio Latif Abud, com quem brigou.
Em seguida à disputa por uma obra em Brasília, o ex-porta-voz de Collor, publicou nota contrária a Latif e favorável a Zuleido. Foi em 7 de julho de 2006. A nota dizia que a movimentação de Latif estava incomodando e que o Tribunal de Contas, responsável pela obra, até pensava em vetar sua entrada no prédio. Zuleido ligou para Cláudio Humberto, mostram as gravações da PF. “A nota tá dentro daquilo que a gente acertou”, disse, sem constrangimento.
O diálogo entre Cláudio Humberto e Zuleido, a esta hora revelado aos quatro cantos do país, é de causar embrulho no estômago - menos, é claro, daqueles que sempre recorreram a Humberto e seus esquemas na tentativa de fazer com que o Acre volte à lama na qual eles chafurdam. E agora, vivandeiras?
ainda espantado
NE: A charge é de Carlos Latuff.
UMA PÉROLA POLÍTICA...
Fica aqui o perfil de um político, deputado Newton Cardoso.
Queixoso, lamentava a dificuldade de viajar no seu avião particular, pelo tráfego intenso, que prejudicava o pouso do seu aviãozinho.
Com isso, interrogava-se: agora, terei que viajar de automóvel? Não posso usar o meu avião?
Num país onde se luta pelo pão de cada dia, em que se trabalha 8 ou 10 horas por dia para receber um salário mínimo de R$ 545,00 enfrentando as péssimas condições de transporte público, além das filas de atendimento em hospitais, com uma educação sucateada, o Dr. Newton Cardoso faz uma declaração vergonhosa, descabida, que afronta toda a nação.
Uma pérola lamentável, reveladora das intensas preocupações dos homens públicos desse país, com as mínimas necessidades desse povo abandonado a própria sorte...
m.americo
Queixoso, lamentava a dificuldade de viajar no seu avião particular, pelo tráfego intenso, que prejudicava o pouso do seu aviãozinho.
Com isso, interrogava-se: agora, terei que viajar de automóvel? Não posso usar o meu avião?
Num país onde se luta pelo pão de cada dia, em que se trabalha 8 ou 10 horas por dia para receber um salário mínimo de R$ 545,00 enfrentando as péssimas condições de transporte público, além das filas de atendimento em hospitais, com uma educação sucateada, o Dr. Newton Cardoso faz uma declaração vergonhosa, descabida, que afronta toda a nação.
Uma pérola lamentável, reveladora das intensas preocupações dos homens públicos desse país, com as mínimas necessidades desse povo abandonado a própria sorte...
m.americo
"PRIMAVERA" É ISTO
“Primavera” é isto: governo egípcio massacra cristãos. Tempo para uma metáfora de Arnaldo Jabor no Jornal da Globo!
Pois é… Às vezes se paga um tanto por enxergar um pouco além da bruma - inclusive das brumas da esperança… Mas se paga mesmo um alto preço por ir além da espessa nuvem da tolice. Assim é com a dita “Primavera Árabe”, aquele movimento que Arnaldo Jabor colou outro dia a Steve Jobs, por arte daquele mecanismo de pensamento em que uma coisa leva à outra, sem que precise haver entre elas nexo lógico: tudo se resolve com uma metáfora, um joguinho de palavras qualquer, um chiste metafísico. Pois é.
A polícia matou ontem no Egito 23 pessoas num conflito entre cristãos coptas - que compõem 10% da população do país - e as forças de segurança. Era a velho método Mubarak, só que, desta feita, matando gente sem muita importância: eram… apenas cristãos! Milhares de pessoas protestavam contra um ataque ocorrido contra uma igreja - um entre centenas.
Desde o início da badalada “revolução egípcia”, casas e templos dos cristãos têm sido incendiados por milícias radicais árabes. O novo governo é, para dizer pouco, tolerante. Os cristão decidiram demonstrar sua insatisfação - com protestos um tanto violentos, parece. Seja como for, a junta que governa o país - os iluministas do Jabor - deram uma de Bashar Al Assad. O que são 23 cristãos massacrados diante da democracia árabe, não é mesmo? Morressem 23 palestinos um conflito com Israel, o mundo viria abaixo. O caso é o seguinte: palestinos tem pedigree humanista; cristãos do Egito não têm…
Isso estava escrito nas estrelas - ou, se quiserem, no Crescente Verde. No fim de março, Duda Teixeira, de VEJA, entrevistou Esam El-Erian, porta-voz da Irmandade Muçulmana no Egito, e ele deixou claro que seu grupo tem como objetivo assumir o poder no país no prazo de cinco anos e que tem uma agenda pronta para quando isso ocorrer. A entrevista foi feita no escritório de El-Erian na capital egípcia, próximo a um hospital popular sustentado pela Irmandade. E-Erian eviodencia ter o controle de milícias, acusa os partidários de Mubarak de incendiar as igrejas e censura as próprias vítimas!!! Leiam a entrevista. Volto em seguida.
A irmandade pretende construir um estado islâmico no Egito, a exemplo do que ocorreu no Irã após a revolução de 1979? Criará leis para proibir o consumo de álcool ou saias curtas, por exemplo?
O Egito não é o Irã. Não é a Arábia Saudita. Não é a Turquia.
Então, qual é o objetivo político da Irmandade Muçulmana?
Isso depende da atmosfera e do contexto em que nos encontrarmos. Atualmente, nossa meta é conseguir a unidade nacional e instituir uma nova ordem no Egito. Isso significa uma nova Constituição, leis melhores e a retomada da economia, o que será muito importante nos próximos cinco anos.
Por que cinco anos?
Alguns políticos dizem que a transição vai durar seis meses. Outros falam em um ano. Nós achamos que essas estimativas estão equivocadas. A transição vai demorar cinco anos.
Por que a Irmandade declara que não almeja mais do que um terço das cadeiras no próximo Parlamento, cuja eleição deve ocorrer neste ano?
Nós não queremos a maioria no Congresso.
Por que não?
Porque, como eu disse, este é um momento de união, não de competição.
Será sempre assim? A Irmandade nunca vai querer mais do que um terço do Congresso?
Esta é a nossa estratégia há 25 anos. Estamos em um momento de transição, preparando o país para nossa próxima estratégia, a qual será iniciada após cinco anos. Só então haverá competição. Agora não há tempo para isso. O momento atual é de união.
Qual é o projeto de país da Irmandade Muçulmana para daqui a cinco anos, quando acabar o período que o senhor considera de união entre as forcas políticas?
Por favor, pare de fazer essas perguntas. Volte daqui a cinco anos e faça essa mesma indagação. Daí, sim, eu responderei (EI-Erian dá uma risada).
Como será o Egito daqui a cinco anos?
Por favor…
Que opinião o senhor tem a respeito das brigas recentes entre muçulmanos e cristãos coptas?
Isso é a contrarrevolução.
O Egito conseguirá manter-se estável durante essa transição, mesmo com esses conflitos religiosos?
Se conseguirmos evitar as intervenções de americanos e de israelenses, será muito bom. São eles os grandes perdedores dessa revolução, e não Hosni Mubarak.
O senhor está dizendo que americanos e israelenses incentivam as disputas religiosas?
Claro! Mubarak era um parceiro estratégico para eles.
Se é assim, por que americanos e israelenses não agem para permitir que Mubarak volte ao poder?
Se ele fizer isso, será morto.
Morto?
Depois de um julgamento, claro.
Eu e meu fotógrafo viajamos até Soul, onde uma igreja e casas de cristãos foram incendiadas. Os moradores muçulmanos nos impediram de entrar na vila, acusaram-nos de ser espiões estrangeiros e nos ameaçaram… Parece-me improvável que estivessem a serviço de americanos e israelenses.
Se quiser, posso dar o telefone de uma pessoa na vila de Soul para acompanhá-los em segurança.
Quem está ateando fogo às igrejas?
O pessoal do Partido Nacional Democrático (de Mubarak), os agentes da segurança de estado e os criminosos. Estou triste porque bispos e o papa Shenouda III (da Igreja Ortodoxa Copia) apareceram em público para reclamar dos ataques apresentando-se como cristãos. Isso não é bom.
Eles não podem declarar abertamente sua fé?
Os cristãos devem se defender como civis, não em nome de um setor da sociedade. Somos todos egípcios.
O clérigo muçulmano Yusuf al Qaradawi, apresentador de um programa na rede Al Jazira, do Catar e membro da Irmandade Muçulmana, diz que o marido tem o direito de bater na mulher, defende os atentados suicidas e acredita que os países islâmicos devem ter armas nucleares para aterrorizar inimigos.
Qual será o papel de Qaradawi no novo Egito?
Ele visitou nosso país, ficou por três dias e voltou ao Catar. Aqui, é apenas uma voz entre muitas outras. Qaradawi apresentou um islamismo moderado, tolerante e pacífico para muitas pessoas. Por isso, muita gente confia nele. É um sábio.
Voltei
Eis aí. Os cretinos acreditam que uma “revolução” feita com alguma (não mais do que isso) influência do Facebook ou do Twitter será necessariamente progressista, como se esses canais não facilitassem também a divulgação de coisas estúpidas. No irã pré-revolucionário, as mensagens do aiatolá Khomeini, o fascissta islãmico, eram passadas em fitas-cassete, a modernidade possível. A chamada “Primavera Árabe”, já comentei aqui, tem muito de inverno da esperança. Por enquanto, quem está vencendo a parada são os sectários.
Então vamos aborrecer dizendo tudo. O sanguinário Bashar Al Assad mata na Síria para conservar o poder. Está enfrentando milícias armadas. EUA, França e Reino Unido estão chocadíssimos. A Junta Militar que governa o Egito massacra - e não é a primeira vez - cristãos desarmados. E haverá, no máximo, um muxoxo. Se houver.
O cristianismo, a religião mais perseguida no mundo hoje, pode ceder mais alguns mortos à causa islâmica diante dos bananas do Ocidente, não é? Convenham… Não será a primeira vez.
Por Reinaldo Azevedo
Pois é… Às vezes se paga um tanto por enxergar um pouco além da bruma - inclusive das brumas da esperança… Mas se paga mesmo um alto preço por ir além da espessa nuvem da tolice. Assim é com a dita “Primavera Árabe”, aquele movimento que Arnaldo Jabor colou outro dia a Steve Jobs, por arte daquele mecanismo de pensamento em que uma coisa leva à outra, sem que precise haver entre elas nexo lógico: tudo se resolve com uma metáfora, um joguinho de palavras qualquer, um chiste metafísico. Pois é.
A polícia matou ontem no Egito 23 pessoas num conflito entre cristãos coptas - que compõem 10% da população do país - e as forças de segurança. Era a velho método Mubarak, só que, desta feita, matando gente sem muita importância: eram… apenas cristãos! Milhares de pessoas protestavam contra um ataque ocorrido contra uma igreja - um entre centenas.
Desde o início da badalada “revolução egípcia”, casas e templos dos cristãos têm sido incendiados por milícias radicais árabes. O novo governo é, para dizer pouco, tolerante. Os cristão decidiram demonstrar sua insatisfação - com protestos um tanto violentos, parece. Seja como for, a junta que governa o país - os iluministas do Jabor - deram uma de Bashar Al Assad. O que são 23 cristãos massacrados diante da democracia árabe, não é mesmo? Morressem 23 palestinos um conflito com Israel, o mundo viria abaixo. O caso é o seguinte: palestinos tem pedigree humanista; cristãos do Egito não têm…
Isso estava escrito nas estrelas - ou, se quiserem, no Crescente Verde. No fim de março, Duda Teixeira, de VEJA, entrevistou Esam El-Erian, porta-voz da Irmandade Muçulmana no Egito, e ele deixou claro que seu grupo tem como objetivo assumir o poder no país no prazo de cinco anos e que tem uma agenda pronta para quando isso ocorrer. A entrevista foi feita no escritório de El-Erian na capital egípcia, próximo a um hospital popular sustentado pela Irmandade. E-Erian eviodencia ter o controle de milícias, acusa os partidários de Mubarak de incendiar as igrejas e censura as próprias vítimas!!! Leiam a entrevista. Volto em seguida.
A irmandade pretende construir um estado islâmico no Egito, a exemplo do que ocorreu no Irã após a revolução de 1979? Criará leis para proibir o consumo de álcool ou saias curtas, por exemplo?
O Egito não é o Irã. Não é a Arábia Saudita. Não é a Turquia.
Então, qual é o objetivo político da Irmandade Muçulmana?
Isso depende da atmosfera e do contexto em que nos encontrarmos. Atualmente, nossa meta é conseguir a unidade nacional e instituir uma nova ordem no Egito. Isso significa uma nova Constituição, leis melhores e a retomada da economia, o que será muito importante nos próximos cinco anos.
Por que cinco anos?
Alguns políticos dizem que a transição vai durar seis meses. Outros falam em um ano. Nós achamos que essas estimativas estão equivocadas. A transição vai demorar cinco anos.
Por que a Irmandade declara que não almeja mais do que um terço das cadeiras no próximo Parlamento, cuja eleição deve ocorrer neste ano?
Nós não queremos a maioria no Congresso.
Por que não?
Porque, como eu disse, este é um momento de união, não de competição.
Será sempre assim? A Irmandade nunca vai querer mais do que um terço do Congresso?
Esta é a nossa estratégia há 25 anos. Estamos em um momento de transição, preparando o país para nossa próxima estratégia, a qual será iniciada após cinco anos. Só então haverá competição. Agora não há tempo para isso. O momento atual é de união.
Qual é o projeto de país da Irmandade Muçulmana para daqui a cinco anos, quando acabar o período que o senhor considera de união entre as forcas políticas?
Por favor, pare de fazer essas perguntas. Volte daqui a cinco anos e faça essa mesma indagação. Daí, sim, eu responderei (EI-Erian dá uma risada).
Como será o Egito daqui a cinco anos?
Por favor…
Que opinião o senhor tem a respeito das brigas recentes entre muçulmanos e cristãos coptas?
Isso é a contrarrevolução.
O Egito conseguirá manter-se estável durante essa transição, mesmo com esses conflitos religiosos?
Se conseguirmos evitar as intervenções de americanos e de israelenses, será muito bom. São eles os grandes perdedores dessa revolução, e não Hosni Mubarak.
O senhor está dizendo que americanos e israelenses incentivam as disputas religiosas?
Claro! Mubarak era um parceiro estratégico para eles.
Se é assim, por que americanos e israelenses não agem para permitir que Mubarak volte ao poder?
Se ele fizer isso, será morto.
Morto?
Depois de um julgamento, claro.
Eu e meu fotógrafo viajamos até Soul, onde uma igreja e casas de cristãos foram incendiadas. Os moradores muçulmanos nos impediram de entrar na vila, acusaram-nos de ser espiões estrangeiros e nos ameaçaram… Parece-me improvável que estivessem a serviço de americanos e israelenses.
Se quiser, posso dar o telefone de uma pessoa na vila de Soul para acompanhá-los em segurança.
Quem está ateando fogo às igrejas?
O pessoal do Partido Nacional Democrático (de Mubarak), os agentes da segurança de estado e os criminosos. Estou triste porque bispos e o papa Shenouda III (da Igreja Ortodoxa Copia) apareceram em público para reclamar dos ataques apresentando-se como cristãos. Isso não é bom.
Eles não podem declarar abertamente sua fé?
Os cristãos devem se defender como civis, não em nome de um setor da sociedade. Somos todos egípcios.
O clérigo muçulmano Yusuf al Qaradawi, apresentador de um programa na rede Al Jazira, do Catar e membro da Irmandade Muçulmana, diz que o marido tem o direito de bater na mulher, defende os atentados suicidas e acredita que os países islâmicos devem ter armas nucleares para aterrorizar inimigos.
Qual será o papel de Qaradawi no novo Egito?
Ele visitou nosso país, ficou por três dias e voltou ao Catar. Aqui, é apenas uma voz entre muitas outras. Qaradawi apresentou um islamismo moderado, tolerante e pacífico para muitas pessoas. Por isso, muita gente confia nele. É um sábio.
Voltei
Eis aí. Os cretinos acreditam que uma “revolução” feita com alguma (não mais do que isso) influência do Facebook ou do Twitter será necessariamente progressista, como se esses canais não facilitassem também a divulgação de coisas estúpidas. No irã pré-revolucionário, as mensagens do aiatolá Khomeini, o fascissta islãmico, eram passadas em fitas-cassete, a modernidade possível. A chamada “Primavera Árabe”, já comentei aqui, tem muito de inverno da esperança. Por enquanto, quem está vencendo a parada são os sectários.
Então vamos aborrecer dizendo tudo. O sanguinário Bashar Al Assad mata na Síria para conservar o poder. Está enfrentando milícias armadas. EUA, França e Reino Unido estão chocadíssimos. A Junta Militar que governa o Egito massacra - e não é a primeira vez - cristãos desarmados. E haverá, no máximo, um muxoxo. Se houver.
O cristianismo, a religião mais perseguida no mundo hoje, pode ceder mais alguns mortos à causa islâmica diante dos bananas do Ocidente, não é? Convenham… Não será a primeira vez.
Por Reinaldo Azevedo
ATIVISTAS GAYS PRESSIONAM PELO FIM DA AJUDA FINANCEIRA ÀS ORGANIZAÇÕES RELIGIOSAS
Ativistas gays fazem pressão para que empresas parem de ajudar financeiramente organizações de caridade pró-família
Christine Dhanagom
2 de setembro de 2011 (Notícias Pró-Família) — Grandes empresas americanas que haviam oferecido aos consumidores a possibilidade de doar parte de suas compras para entidades religiosas de caridade estão agora sob pressão dos ativistas gays para pararem de ajudar financeiramente toda entidade de caridade que apoie o casamento tradicional.
Os ativistas estão fazendo mira na entidade de caridade Charitable Give Back Group (CGBG), conhecida no passado como Rede de Valores Cristãos, uma rede de compras online que apoia organizações cristãs pró-família como o Conselho de Pesquisa da Família e Focus on the Family.
O site da organização fornece links para os varejistas que doarem uma percentagem das compras feitas por meio desses links para uma entidade de caridade participante que o consumidor escolher.
Embora o CGBG continue a receber apoio de grandes varejistas como Walmart e Target, algumas empresas se afastaram do CGBG depois que petições postadas por ativistas gays nos sites Change.org e Allout.org coletaram milhares de assinaturas.
Um recente comunicado à imprensa de Change.org diz que a Apple removeu sua loja do iTunes do site do CGBG depois que uma petição postada no site Change.org pelo estudante Ben Crowther, da Universidade Western Washington, recebeu 22.000 assinaturas.
A declaração diz que várias outras empresas, inclusive REI, Macy’s, Delta Airlines, BBC America e Wells Fargo, também cortaram suas conexões com o CGBG devido a outras petições do Change.org.
Muitas das petições se referem a organizações como Focus on the Family e Conselho de Pesquisa da Família como “grupos de ódio”, uma alegação baseada em parte no fato de que elas foram assim rotuladas pelo [esquerdista] Centro Legal de Pobreza do Sul (CLPS).
O CLPS classificou o Conselho de Pesquisa da Família como grupo de ódio no ano passado por causa de sua oposição aos projetos de lei a favor do homossexualismo, uma medida que foi criticada numa carta aberta por John Boehner, presidente da Câmara dos Deputados dos EUA; pelo ex-governador Mike Huckabee; pelo governador Tim Pawlenty, pelo ex-Procurador Geral de Justiça dos EUA Ken Cuccinelli; e pelos candidatos presidenciáveis Michele Bachmann e Rick Santorum. A carta foi publicada no site Politico e no jornal The Washington Examiner
John Higgins, presidente do CGBG, disse ao WorldNetDaily que embora 350 importantes varejistas inicialmente tivessem abandonado o CGBG devido às pressões criadas pelos ativistas gays, 250 delas voltaram a apoiar o CGBG.
“Logo que esses varejistas parceiros conheceram os fatos, muitos deles perceberam que haviam sido enganados”, disse ele. “Em muitos casos, um executivo jovem teve a reação automática de terminar o relacionamento com o CGBG, e logo que um gerente mais importante ouviu a verdade, o varejista voltou a atuar online conosco”.
O site AllOut, um espaço para discussões públicas de ativistas homossexuais, está agora patrocinando uma petição para pressionar as empresas a ficarem longe do CGBG.
A Liga Católica, que está sendo alvo no Change.org, chamou o site do AllOut de “força anticristã” numa declaração recentemente divulgada.
“Os promotores radicais do casamento gay levaram a guerra cultural para o mercado. Rejeitando a diversidade e a tolerância, esses ativistas declararam uma guerra econômica contra qualquer organização que adote a compreensão judaico-cristã do casamento”, disse Bill Donohue, presidente da Liga Católica.
Christine Dhanagom
2 de setembro de 2011 (Notícias Pró-Família) — Grandes empresas americanas que haviam oferecido aos consumidores a possibilidade de doar parte de suas compras para entidades religiosas de caridade estão agora sob pressão dos ativistas gays para pararem de ajudar financeiramente toda entidade de caridade que apoie o casamento tradicional.
Os ativistas estão fazendo mira na entidade de caridade Charitable Give Back Group (CGBG), conhecida no passado como Rede de Valores Cristãos, uma rede de compras online que apoia organizações cristãs pró-família como o Conselho de Pesquisa da Família e Focus on the Family.
O site da organização fornece links para os varejistas que doarem uma percentagem das compras feitas por meio desses links para uma entidade de caridade participante que o consumidor escolher.
Embora o CGBG continue a receber apoio de grandes varejistas como Walmart e Target, algumas empresas se afastaram do CGBG depois que petições postadas por ativistas gays nos sites Change.org e Allout.org coletaram milhares de assinaturas.
Um recente comunicado à imprensa de Change.org diz que a Apple removeu sua loja do iTunes do site do CGBG depois que uma petição postada no site Change.org pelo estudante Ben Crowther, da Universidade Western Washington, recebeu 22.000 assinaturas.
A declaração diz que várias outras empresas, inclusive REI, Macy’s, Delta Airlines, BBC America e Wells Fargo, também cortaram suas conexões com o CGBG devido a outras petições do Change.org.
Muitas das petições se referem a organizações como Focus on the Family e Conselho de Pesquisa da Família como “grupos de ódio”, uma alegação baseada em parte no fato de que elas foram assim rotuladas pelo [esquerdista] Centro Legal de Pobreza do Sul (CLPS).
O CLPS classificou o Conselho de Pesquisa da Família como grupo de ódio no ano passado por causa de sua oposição aos projetos de lei a favor do homossexualismo, uma medida que foi criticada numa carta aberta por John Boehner, presidente da Câmara dos Deputados dos EUA; pelo ex-governador Mike Huckabee; pelo governador Tim Pawlenty, pelo ex-Procurador Geral de Justiça dos EUA Ken Cuccinelli; e pelos candidatos presidenciáveis Michele Bachmann e Rick Santorum. A carta foi publicada no site Politico e no jornal The Washington Examiner
John Higgins, presidente do CGBG, disse ao WorldNetDaily que embora 350 importantes varejistas inicialmente tivessem abandonado o CGBG devido às pressões criadas pelos ativistas gays, 250 delas voltaram a apoiar o CGBG.
“Logo que esses varejistas parceiros conheceram os fatos, muitos deles perceberam que haviam sido enganados”, disse ele. “Em muitos casos, um executivo jovem teve a reação automática de terminar o relacionamento com o CGBG, e logo que um gerente mais importante ouviu a verdade, o varejista voltou a atuar online conosco”.
O site AllOut, um espaço para discussões públicas de ativistas homossexuais, está agora patrocinando uma petição para pressionar as empresas a ficarem longe do CGBG.
A Liga Católica, que está sendo alvo no Change.org, chamou o site do AllOut de “força anticristã” numa declaração recentemente divulgada.
“Os promotores radicais do casamento gay levaram a guerra cultural para o mercado. Rejeitando a diversidade e a tolerância, esses ativistas declararam uma guerra econômica contra qualquer organização que adote a compreensão judaico-cristã do casamento”, disse Bill Donohue, presidente da Liga Católica.
DIAGRAMA: 298 ANOS DE FALAÇÃO
Em oito meses, os deputados federais gastaram R$ 13,9 milhões com ligações telefônicas. Ao preço da chamada local, daria para falar por quase três séculos sem parar
De janeiro a agosto, os deputados federais gastaram R$ 13.902.425,16 com ligações telefônicas.
Essa é a soma de todos os reembolsos pagos pela Câmara aos 513 atuais deputados, mais os 68 que passaram por lá e pediram licença por diferentes motivos.
Se todas essas ligações fossem feitas de um único aparelho à tarifa de R$ 0,09 o minuto (preço estimado para ligação local de fixo para fixo), daria para falar por 298 anos ininterruptamente.
O campeão do blá-blá-blá é o petista Odair Cunha, de Minas Gerais. Ele já pediu reembolsos que, somados, beiram os R$ 100 mil. Sua conta mensal média é de R$ 12 mil.
Na análise por partido, socialistas lideram. Os três deputados do PSOL gastaram, em média, R$ 4.349,27 por mês.
Telefonar faz parte do trabalho parlamentar. Um gasto alto pode sugerir maior atividade política ou uso para fins pessoais.
Os dados vêm do site da Câmara, que publica informações detalhadas das verbas indenizatórias.
Além do telefone, deputados podem pedir reembolsos para despesas com combustível, passagem, locação de carro, publicidade, correio e hospedagem. O limite varia conforme o Estado (quanto mais longe do Distrito Federal, maior). Vai de R$ 23.033 a R$ 32.711 por mês. Qualquer eleitor pode conferir os gastos dos eleitos.
Alberto Cairo, Marco Vergotti e Ricardo Mendonça
De janeiro a agosto, os deputados federais gastaram R$ 13.902.425,16 com ligações telefônicas.
Essa é a soma de todos os reembolsos pagos pela Câmara aos 513 atuais deputados, mais os 68 que passaram por lá e pediram licença por diferentes motivos.
Se todas essas ligações fossem feitas de um único aparelho à tarifa de R$ 0,09 o minuto (preço estimado para ligação local de fixo para fixo), daria para falar por 298 anos ininterruptamente.
O campeão do blá-blá-blá é o petista Odair Cunha, de Minas Gerais. Ele já pediu reembolsos que, somados, beiram os R$ 100 mil. Sua conta mensal média é de R$ 12 mil.
Na análise por partido, socialistas lideram. Os três deputados do PSOL gastaram, em média, R$ 4.349,27 por mês.
Telefonar faz parte do trabalho parlamentar. Um gasto alto pode sugerir maior atividade política ou uso para fins pessoais.
Os dados vêm do site da Câmara, que publica informações detalhadas das verbas indenizatórias.
Além do telefone, deputados podem pedir reembolsos para despesas com combustível, passagem, locação de carro, publicidade, correio e hospedagem. O limite varia conforme o Estado (quanto mais longe do Distrito Federal, maior). Vai de R$ 23.033 a R$ 32.711 por mês. Qualquer eleitor pode conferir os gastos dos eleitos.
Alberto Cairo, Marco Vergotti e Ricardo Mendonça
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