"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



quarta-feira, 2 de maio de 2012

O CHEFE - CAPÍTULO 8

Capítulo VIII

O assassinato do prefeito Celso Daniel,
coordenador da eleição de Lula em 2002

Em março de 2003, logo após assumir a Presidência da República, Lula recebeu em sua casa, em São Bernardo do Campo (SP), Mara Gabrilli. Durante 20 minutos, o presidente ouviu um relato que misturava chantagem e extorsão contra os donos da empresa de ônibus Expresso Guarará, pertencente à família de Mara Gabrilli. Para prestar serviços em Santo André (SP), cidade vizinha de São Bernardo do Campo, os proprietários da Expresso Guarará eram obrigados a pagar propina à Prefeitura do PT. Palavras de Mara Gabrilli:

- Contei como era o esquema, quem cobrava a propina, e como a Prefeitura tirou a licença para a empresa da minha família operar algumas linhas, em represália ao fato de meu pai não ter dado propina a partir de certo momento.
Mara Gabrilli não deixou dúvidas. Indicou para Lula os responsáveis pelo esquema de corrupção: o secretário de Serviços Municipais, Klinger Luiz de Oliveira (PT), o empresário Ronan Maria Pinto e o ex-segurança do prefeito Celso Daniel (PT), Sérgio Gomes da Silva, o "Sombra".
- Eu falei ao presidente sobre o pagamento da caixinha que meu pai era obrigado a fazer a cada dia 30. E falei da retaliação imposta à empresa desde que eu e minha irmã, Rosângela, denunciamos o fato ao Ministério Público.

Ao denunciar a corrupção em Santo André à CPI dos Bingos, em 2005, Rosângela Gabrilli afirmou que os donos de empresas de ônibus na cidade eram pressionados a contribuir para o caixa 2 do PT desde 1997, durante a segunda gestão do prefeito Celso Daniel. Cabia ao Expresso Guarará o repasse de R$ 40 mil mensais, em dinheiro vivo. Do depoimento de Rosângela:

- Os achaques eram feitos com intimidação e ameaça. Diziam que o Klinger tinha sempre um revólver preso na canela. Isso constrangia muito. E ele lembrava a cada momento: "Com o poder não se brinca, o poder tudo pode".
Antes de sair do apartamento de Lula, Mara Gabrilli ouviu o presidente dizer que tomaria providências e lhe daria uma resposta. Não foi o que aconteceu:
- Ocorreu justamente o contrário. Klinger soube, reclamou, e dias depois uma comissão de sindicância da Prefeitura se instalou na nossa empresa.

Celso Daniel foi sequestrado em 18 de janeiro de 2002, no início do ano que terminaria com a eleição do presidente da República. Celso Daniel era coordenador de campanha de Lula. O corpo do então prefeito foi achado dois dias depois. Os assassinos o torturaram antes de matá-lo, provavelmente para obter os números das senhas das contas secretas em paraísos fiscais no exterior onde, possivelmente, ele guardava dinheiro para a campanha do PT.

O médico João Francisco Daniel, irmão do prefeito morto, contou sobre a conversa que teve com Gilberto Carvalho (PT-SP), secretário de Governo de Celso Daniel, após a missa de sétimo dia, em 26 de janeiro de 2002.

Importante ressaltar que, um ano depois, ao assumir o cargo de mais alto mandatário da nação, Lula nomeou Carvalho para o posto estratégico de chefe de gabinete do presidente. Lula levou-o de Santo André para Brasília.
Depois da missa de sétimo dia, Gilberto Carvalho esteve na casa de João Francisco Daniel e, emocionado, fez uma confissão que pediu para ser mantida em sigilo. Admitiu que, durante a administração Celso Daniel, entregou dinheiro repassado por empresas que mantinham contratos com a Prefeitura, diretamente para o presidente nacional do PT, deputado José Dirceu (SP). Declaração do médico João Francisco Daniel:

- Achei estranho Carvalho me contar isso, mas ele contou. Contou três vezes. Falou que, com muito medo, pegava seu Corsa preto e ia até São Paulo entregar o dinheiro para o então deputado José Dirceu.
Cerca de dez dias depois, Gilberto Carvalho voltou ao assunto com João Francisco Daniel, quando se queixou de Sérgio Gomes da Silva, o "Sombra", o ex-segurança de Celso Daniel acusado de ser o mandante da morte:
- O Gilberto disse que o Sérgio era muito violento, que constrangia os empresários colocando revólver na mesa quando ia conversar com eles.

Na terceira conversa, Gilberto Carvalho admitiu ter levado, de uma só vez, R$ 1,2 milhão a José Dirceu. Para João Francisco Daniel, Celso Daniel autorizara o esquema de corrupção, mas com a finalidade de dar dinheiro ao PT. E resolvera rompê-lo ao descobrir que parte substancial da propina acabava nas mãos de Sombra, Klinger Luiz de Oliveira e Ronan Maria Pinto.
- Quando ele ficou sabendo que esse grupo estava enriquecendo de maneira estratosférica, ele realmente tentou brecar aquele tipo de coisa.

Uma das funções de Celso Daniel, como coordenador da campanha de Lula, era arrecadar fundos para as despesas com a eleição. O "grupo" de Santo André, porém, teria decidido pôr as mãos no dinheiro. Por isso o prefeito teria sido torturado. Queriam informações sobre o paradeiro do caixa 2. Em seguida o eliminaram. João Francisco Daniel expôs o irmão ao Ministério Público:

- Não tive saída. Infelizmente, ele montou um caixa 2 em Santo André, para as campanhas do PT.

De fato, duas testemunhas revelaram ao Ministério Público as evidências de que Celso Daniel participava do esquema. Uma empregada doméstica que trabalhou para o então prefeito viu, oito meses antes do assassinato, três sacolas plásticas de supermercado, num canto da lavanderia do apartamento. As sacolas estavam abarrotadas de maços de dinheiro, preso por elásticos, em notas de R$ 10, R$ 50 e R$ 100, tudo sob um lençol branco.

O outro depoimento é de um garçom do restaurante Baby Beef, de Santo André, frequentado por Celso Daniel, Sombra, Klinger Luiz de Oliveira e Ronan Maria Pinto. Os quatro tinham o costume de sentar em volta da mesma mesa.
O garçom viu Ronan, empresário do setor de transportes e de coleta de lixo, tirar da bolsa um maço de dinheiro e entregá-lo a Klinger. Vereador e secretário de Celso Daniel, Klinger Luiz de Oliveira tratou de esconder a soma sob o guardanapo, para que ninguém visse o que era. Em outra ocasião, o mesmo garçom reparou uma mulher chegar ao restaurante para entregar uma sacola cheia de dinheiro a Ronan Maria Pinto.

Declaração do promotor Roberto Wider Filho:

- Esses depoimentos mostram que Celso Daniel tinha envolvimento com o esquema de corrupção. A presença de notas de R$ 10 é um indicativo de que os recursos podem ter origem no esquema de caixinha de ônibus.
Para o Ministério Público, o esquema começou a implodir quando Celso Daniel descobriu que a propina não vinha irrigando os cofres do PT, como o prefeito desejava, mas morria nas mãos de Sombra, Klinger e Ronan.

Do promotor Roberto Wider Filho:

- Ele foi eliminado porque se opôs ao esquema ao verificar que o dinheiro estava sendo direcionado para os integrantes da quadrilha, e não mais para as campanhas eleitorais de seu partido.

Outro irmão do prefeito morto, Bruno Daniel, depôs à CPI dos Bingos:

- Há evidências de que existia na Prefeitura de Santo André um esquema de arrecadação para o PT. Suponho que Celso enveredou naquilo como um mal necessário para viabilizar as atividades do partido, e lamentavelmente deu no que deu. O que possivelmente aconteceu é que parcelas desses recursos começaram a ser destinadas para outras finalidades, razão pela qual Celso resolveu alterar a situação e esta pode ter sido a motivação do crime.
Bruno Daniel criticou o ex-deputado Luiz Eduardo Greenhalgh (PT-SP), designado pelo PT, com aval de Lula, para acompanhar o caso. Luiz Eduardo Greenhalgh defendia a tese de que o assassinato havia sido crime comum, sem vinculação com a política. O irmão Bruno Daniel não concordava:

- O povo de nossa cidade não aceita as explicações dadas até o momento, porque são superficiais e contraditórias para um crime que desde o início se revelou complexo. Falamos com outros membros do PT esperando trazer elementos para elucidar o caso. E o que posso afirmar é que poucas pessoas dentro do partido contribuíram para isso.

Sérgio Gomes da Silva, o Sombra, ocupou papel central no caso Celso Daniel. Era pessoa de inteira confiança do prefeito. Exerceu a função de motorista e segurança particular de Celso Daniel. Ocupou cargo em comissão no gabinete do prefeito. Quando Celso Daniel foi deputado, nomeou Sombra como seu assessor parlamentar. Sombra era muito próximo.

O ex-motorista enriqueceu. Na noite do sequestro, Celso Daniel jantara com Sombra no sofisticado restaurante Rubayat, na zona sul de São Paulo. Os dois foram para lá no luxuoso automóvel Pajero de propriedade de Sombra. O carro foi abordado de forma suspeita na volta a Santo André, tarde da noite.

Apesar da experiência como segurança particular e de estar no comando de um veículo blindado, Sombra alegou problemas mecânicos que o levaram a diminuir a velocidade e a parar. Não ficou claro tampouco por que a trava da porta ao lado de Celso Daniel abriu, expondo o prefeito aos criminosos.

Os promotores suspeitam de que Sombra conhecia um dos acusados de atacar o prefeito. Falou-se até de um suposto pagamento de US$ 40 mil. Teria sido feito ali mesmo, na cena do crime, aos homens supostamente contratados para fazer o sequestro.

Um morador testemunha da ação dos criminosos, que agiram na região dos "três tombos", na zona sul de São Paulo, relatou que arrancaram Celso Daniel "como um animal" da Pajero. Enquanto isso, Sombra teria mantido atitude passiva e demonstrado "aparente cumplicidade".
Uma mulher passava pelo local na hora do sequestro. Celso Daniel ainda estava dentro do veículo, com a cabeça encostada no vidro. Ela viu Sombra fora da Pajero, com ar de tranquilidade, falando ao telefone.

Se já não houvesse a intenção de matar o prefeito, é possível que Celso Daniel tenha percebido, durante a ação dos criminosos, o envolvimento do "amigo" com os sequestradores. A solução seria eliminá-lo.
Antes de ser morto o prefeito foi barbaramente torturado. Num crime comum de sequestro, a vítima geralmente é poupada. A sua boa integridade física é condição para o pagamento do resgate. Celso Daniel foi torturado para que fornecesse informações aos criminosos. Declaração do perito criminal Carlos Delmonte Printes, que examinou o corpo de Celso Daniel:

- É absolutamente excepcional a ocorrência de morte em casos de sequestro-relâmpago. Com relação ao sequestro convencional, nunca examinei um caso em que houvesse ritual de tortura, crueldade e desproporcionalidade que verifiquei no exame do corpo do prefeito.

Como evidências da tortura, o perito criminal apontou a expressão de terror na face, queimaduras nas costas e lesões no corpo, provocadas por estilhaços de balas disparadas perto da vítima, com a finalidade de amedrontá-la. Para matá-lo, alvejaram-no oito vezes, diretamente no rosto, tórax, pernas e mãos.

O médico legista Paulo Vasques também viu o corpo de Celso Daniel. Confirmou a prática de tortura antes do assassinato. Referiu-se a marcas de coronhadas na cabeça e à rigidez muscular decorrente da tensão nervosa. Informou que o prefeito vestia outra calça quando o corpo foi encontrado, pois o traje não apresentava as marcas de tiro existentes no corpo dele.

Sérgio Sombra chegou a ficar oito meses na prisão, acusado de ser o mandante do crime. O STF (Supremo Tribunal Federal), por decisão do ministro Nelson Jobim, determinou a sua libertação. O mesmo Nelson Jobim impediu investigações sobre o envolvimento de José Dirceu com a corrupção em Santo André. Em seu segundo mandato como presidente da República, Lula nomeou Nelson Jobim (PMDB-RS) ministro da Defesa.

Na hora de dar explicações à CPI dos Bingos, Sérgio Sombra irritou os senadores. Insistia não saber por que a porta do carro blindado se abriu:

- A porta abriu de repente, do lado do Celso, não sei como.

Ao ser questionado sobre quatro depósitos bancários descobertos em sua conta, num total de R$ 40 mil, todos feitos por Luiz Alberto Gabrilli, proprietário da Expresso Guarará, Sombra saiu-se assim:

- Acho que ele se enganou, pode ter feito pagamento cruzado, por engano.

De acordo com o Ministério Público, empresários que mantinham contratos com a administração de Santo André eram forçados a entregar dinheiro vivo ao esquema, todos os meses. Durante uma época, por algum desarranjo na organização criminosa, a propina foi depositada diretamente na conta bancária de Sérgio Sombra. Ficou o rastro. Ainda na CPI, Sombra tentou explicar uma transferência bancária de Luiz Alberto Gabrilli, feita em 1997:

- Tinha vários depósitos para receber por serviços de segurança que prestei. Esse dinheiro, só fiquei sabendo agora que havia sido depositado por ele na minha conta. Não sei como foi parar na minha conta.

A Polícia Civil de São Paulo não responsabilizou nenhum dos atores políticos suspeitos de envolvimento no assassinato de Celso Daniel. O caso intrigou também pelas mortes violentas de seis pessoas que testemunharam ou estiveram, por algum momento, nas cenas do crime.

Entre os mortos, o garçom Antonio Palácio de Oliveira, que serviu Celso Daniel e Sérgio Sombra no restaurante Rubayat, pouco antes do sequestro. Ele chegou a receber um depósito bancário misterioso, no valor de R$ 60 mil, antes de morrer. Mas dois homens o perseguiram em sua motocicleta. Durante a fuga perdeu o controle, bateu num poste e perdeu a vida.

O homem que presenciou a morte do garçom e contou à polícia o que viu, também foi morto. Paulo Henrique Brito levou um tiro nas costas.
Investigações chegaram a apontar ligações de amizade entre Sombra e Dionísio de Aquino Severo, que teria namorado a ex-mulher de Sombra. Dionísio Severo, acusado de envolvimento no sequestro, foi resgatado de helicóptero de um presídio, de forma espetacular, dois dias antes do sequestro. Depois do crime, recapturado, o mataram numa cadeia em Guarulhos (SP).

Intrigante também a morte do investigador de polícia Otávio Mercier, que conversou com Dionísio Severo um dia antes da fuga do presídio. Foi alvejado por homens que tentavam entrar em sua casa.
Manoel Sérgio Estevam, o "Sérgio Orelha", abrigou Dionísio Severo em seu apartamento, logo após a morte do prefeito. Foi assassinado com vários tiros.
Por fim, morreu o homem que chamou a polícia ao achar o corpo de Celso Daniel, jogado em uma estrada de terra em Juquitiba (SP). Assassinaram Iran Moraes Redua com dois tiros.

Quatro anos depois da morte de Celso Daniel, a família do economista Bruno Daniel, irmão do prefeito assassinado, foi obrigada a deixar o País. Partiu às escondidas para Paris, onde o governo da França a recebeu como perseguida política no Brasil. Bruno Daniel, a mulher e os três filhos do casal, moradores de Santo André, não suportaram as ameaças de morte que se seguiram ao depoimento de Bruno, no qual ele acusou José Dirceu e Gilberto Carvalho de envolvimento no esquema montado por Celso Daniel.

Em abril de 2006, o Ministério Público abriu inquérito para investigar o ex-ministro e ex-deputado José Dirceu, acusado de se beneficiar do dinheiro desviado em Santo André. Gilberto Carvalho também foi objeto de investigação. Apesar disso, Lula o manteve na posição estratégica de chefe de gabinete do presidente da República.

José Dirceu e Gilberto Carvalho foram citados por crimes de formação de quadrilha, receptação e lavagem de dinheiro. O Ministério Público também anunciou investigação sobre a origem de R$ 500 mil supostamente repassados pelo PT ao advogado Aristides Junqueira, que foi contratado para defender o PT no caso Celso Daniel.

O Ministério Público acabou denunciando Sérgio Gomes da Silva, o Sombra, Klinger Luiz de Oliveira, Ronan Maria Pinto e Maurício Mindrisz, que ocupou o cargo de superintendente da Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental) em Santo André. Todos foram acusados por crimes de formação de quadrilha, fraude e dispensa ilegal de licitação.
Conforme a denúncia, os quatro, em parceria, atuavam com o prefeito Celso Daniel para desviar recursos públicos. Formavam "quadrilha organizada estável", com o objetivo de "cumprir como meta estabelecida um mega-esquema de corrupção".

Para os promotores, Sombra, mesmo sem ocupar cargo na Prefeitura, exercia grande influência na administração municipal. O esquema favorecia Ronan Maria Pinto, dono de empresas de transporte e de coleta de lixo, que mantinham contratos com o governo municipal.

Uma dessas empresas, a Rotedali, foi contratada 12 vezes para executar serviços de limpeza, varrição e manutenção de aterro sanitário, em transações que envolveram cerca de R$ 50 milhões. Parte do dinheiro teria alimentado o caixa 2 do PT. Dos 12 contratos, dez foram celebrados sem licitação. A Justiça e o Tribunal de Contas do Estado contestaram cinco deles. Sombra foi sócio de Ronan em negócios com empresas de ônibus em Fortaleza e Cuiabá.
Trecho da denúncia dos promotores Roberto Wider Filho, Amaro José Thomé Filho e Adriana Ribeiro Soares de Morais:

"Sérgio, aproveitando-se de seu prestígio junto à administração, idealizou com Daniel a formação da sociedade delinquente e era um dos destinatários dos recursos ilícitos. Foi tesoureiro da campanha eleitoral de 1996. Arrecadou diretamente parte do dinheiro, que foi depositado na sua conta corrente."

No início do segundo mandato de Lula, em 2007, o Ministério Público pediu o bloqueio de bens do PT e de Gilberto Carvalho, no montante de R$ 5,3 milhões. O valor correspondia à estimativa de dinheiro desviado pelo esquema de corrupção na área de transporte público em Santo André. A ação civil pública também denunciou Sérgio Gomes da Silva, Klinger Luiz de Oliveira, Ronan Maria Pinto e vários empresários. Da denúncia:

"Formaram uma quadrilha determinada a arrecadar recursos através de achaques a empresários, bem como através de desvio de dinheiro dos cofres públicos municipais, conforme outras denúncias já ajuizadas, relativas a contratos de obras públicas e de coleta e destinação final de lixo, ambas recebidas judicialmente". Outro trecho da denúncia:

"Todos os recursos auferidos pela quadrilha, na concepção do finado prefeito Celso Daniel, deveriam financiar campanhas eleitorais do PT, tanto em âmbito municipal e regional quanto em âmbito nacional. O dinheiro amealhado era, em parte, separado e entregue a Gilberto Carvalho, que o transportava, em seu veículo particular, ao escritório de José Dirceu, que recebia os recursos ilícitos em espécie, na qualidade de presidente do PT, para o financiamento de campanhas do interesse daquela agremiação."

Em 9 de fevereiro de 2006, prestou depoimento ao Ministério Público o ex-secretário de Habitação de Mauá (SP), Altivo Ovando Júnior. Mauá, na Grande São Paulo, é vizinha de Santo André. A cidade foi governada pelo prefeito Oswaldo Dias (PT) de 1997 a 2000, período em que Altivo Ovando Júnior exerceu o cargo de secretário. Ele narrou fatos ocorridos durante a campanha de Lula a presidente da República, em 1998. Do depoimento:

"O declarante se recorda de que, no pleito de 1998, Lula compareceu no gabinete do prefeito de Mauá, oportunidade em que, utilizando termos chulos, cobrou de Oswaldo Dias maior arrecadação de propina em favor do PT."
A frase de Altino Ovando Júnior sobre o pedido de Lula:

"Ele dizia: 'Pô, Oswaldão, tem que arrecadar mais. Faz que nem o Celso Daniel em Santo André. Você quer que a gente ganhe a eleição como?"

02 de maio de 2012

CAPÍTULO 7 - ARQUIVO DE 01 DE MAIO DE 2012

UMA QUESTÃO DE RESPEITO!

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NOS EUA BEBÊS JÁ NASCEM COM ABSTINÊNCIA DE DROGAS


Aileen Dannelley e sua filha Savannah, em tratamento contra a dependência de drogas

 

Número de recém-nascidos com sintomas da síndrome triplicou entre 2000 e 2009
M. Spencer Green/Associated Press
Aileen Dannelley e sua filha Savannah, em tratamento contra a dependência de drogas

Savannah Dannelley faz careta enquanto uma enfermeira espirra uma dose de metadona em sua boca. A recém-nascida sofre com a abstinência da droga e é tratada da mesma forma como sua mãe, viciada em analgésicos derivados de ópio.

Uma pesquisa publicada no "Journal of the American Medical Association" afirma que o número de bebês nos EUA com sinais de abstinência de opiáceos triplicou entre 2000 e 2009, devido ao aumento do consumo de narcóticos ilegais, como a heroína, e legais, como analgésicos com opiáceos.

Nesse período, o número de recém-nascidos com sintomas de abstinência cresceu de um para três a cada mil bebês. Em 2009, mais de 13 mil crianças foram afetadas. Os bebês apresentam problemas como espasmos durante o sono, diarreia e problemas respiratórios

Pesquisadores apontam que a dependência pode causar atraso no desenvolvimento durante a infância.

Para Mark Brown, do Centro Médico de Maine Oriental, tomar pequenas doses de metadona na gravidez é mais seguro do que fazer um corte abrupto no uso de opiáceos.

Carl Hart, da Universidade Columbia, teme que o estudo estigmatize mulheres grávidas que estejam fazendo a coisa certa ao ingerir metadona para se livrar do vício.

A mãe de Savannah ainda era usuária no início da gravidez, mas decidiu parar em dezembro. A menina, com um mês de vida, ainda está hospitalizada.

02 de maio de 2012
Folha de São Paulo com Associated Press

JOSIAS DE SOUZA E ELIO GASPARI DETONAM CABRAL

Gaspari: Sérgio Cabral quis ser chique, foi brega

Certos endinheirados são ridículos vocacionais. Não conseguem usufruir da fortuna, por vezes circunstancial, com simplicidade, com naturalidade ou de maneira vagamente divertida. Em artigo levado às páginas desta quarta (2), o repórter Elio Gaspari analisa o fenômeno aplicado às incursões européias de Sérgio Cabral e sua caravana de assessores e amigos. Disponível aqui, o texto vai reproduzido abaixo:

Vergonha, essa é a sensação que resulta dos vídeos das vilegiaturas parisienses do governador Sérgio Cabral em 2009, acompanhado por alguns secretários e pelo empreiteiro Fernando Cavendish, dono da Delta.
Uma cena pode ser vista com o olhar do casal que está numa mesa ao fundo do salão do restaurante Luís XV, no Hotel de France, em Mônaco. (“Este é o melhor Alain Ducasse do mundo”, diz Cabral, referindo-se ao chef.) Ela é uma senhora loura e veste um pretinho básico. A certa altura, ouve uma cantoria na mesa redonda onde há oito pessoas. Admita-se que ela entende português. O grupo comemora o aniversário de Adriana Ancelmo, a mulher de Cabral, e festeja o próximo casamento de Fernando Cavendish. Até aí, tudo bem, é vulgar puxar celulares no Luís XV e chega a ser brega filmar a cena, mas, afinal, é noite de festa. A certa altura, marcado o dia do casamento, Cabral decide dirigir a cena:

“Então, dá um beijo na boca, vocês dois.”

Cavendish vai para seu momento Clark Gable e o governador diz à mulher do empreiteiro:

“Abre essa boca aí.”

As cenas foram filmadas por dois celulares. Um deles era o do dono da Delta.



Na mesma viagem, Cavendish, o empresário George Sadala, seu vizinho de avenida Vieira Souto, e concessionário do Poupatempo no Rio e em Minas, mais os secretários de Saúde e de Governo do Rio (Sérgio Cortes e Wilson Carlos), estão no restaurante do Hotel Ritz de Paris. Até aí, tudo bem, pois o empreiteiro tinha bala para segurar a conta. Pelas expressões, estão embriagados. Fora do expediente, nada demais. Inexplicáveis, nessa cena, são os guardanapos que todos amarraram na cabeça. Ganha uma viagem a Dubai quem tiver uma explicação para o adereço.
O álbum fecha com a fotografia de quatro senhoras gargalhantes, no meio da rua, mostrando as solas de seus stilettos (duas vermelhas). Exibem como troféus os calçados de Christian Louboutin. Nos pés de Victoria Beckam (38 anos) ou de Lady Gaga (26 anos), eles têm a sua graça, mas tornaram-se adereços que, por manjados, tangenciam a vulgaridade. Não é à toa que Louboutin desenhou os modelos das dançarinas (topless) do cabaré Crazy Horse.



As cenas constrangem quem as vê pela breguice. Até hoje, o ex-presidente José Sarney é obrigado a explicar a limusine branca de noiva tailandesa com que se locomoveu numa de suas viagens a Nova Iorque. (Não foi ele quem mandou alugar o modelo.) A doutora Dilma explicou que não foi ela quem mandou fechar o Taj Mahal. No caso das vilegiaturas de Cabral, a breguice não partiu dos organizadores da viagem, mas da conduta dele, de seus secretários e do amigo empreiteiro.
Esse tipo de deslumbramento teve no governador um exemplo documentado, mas faz parte do primarismo dos novíssimos ricos do Brasil emergente. Noutra ponta dessa classe está o senador Demóstenes Torres, comprando cinco garrafas de vinho Cheval Blanc, safra de 1947: “Mete o pau aí. Para muitos é o melhor vinho do mundo, de todos os tempos (…). Passa o cartão do nosso amigo aí, depois a gente vê”. O amigo do cartão era Carlinhos Cachoeira, que, por sua vez, também era amigo da empreiteira Delta, de Cavendish.

02 de maio de 2012
- UOL

PAGANDO A FARRA DA REPÚBLICA

Brasileiro já pagou R$ 500 bilhões em tributos neste início de ano

Impostômetro: Brasileiro já pagou R$ 500 bilhões em tributos. Cifra foi atingida dois dias antes que no ano passado

 

Impostômetro atinge a marca de R$ 500 bilhões
Foto: Eliária Andrade / Agência O Globo
Impostômetro atinge a marca de R$ 500 bilhõesEliária Andrade / Agência O Globo

 
O "Impostômetro", painel eletrônico mantido pela Associação Comercial de São Paulo e que mede em tempo real o valor dos tributos pagos pelos brasileiros, atingiu às 10h de hoje R$ 500 bilhões. No ano passado, essa mesma cifra foi atingida só no dia 4 de maio.

— Espero que, com a queda dos juros nos bancos privados e públicos, também os impostos sejam diminuídos para turbinar a economia e, assim, favorecer os consumidores — afirmou o presidente da associação comercial, Rogério Amato.

Em todo o ano passado, o valor dos impostos pagos nas três esferas de governo atingiu o valor de R$ 1,5 trilhão, o maior desde o início da operação do "Impostômetro", em 2005. E a previsão para 2012 é de novo recorde: chegar a R$ 1,6 trilhão.

A Associação Comercial de São Paulo também divulgou o total de impostos embutidos em alguns dos produtos mais procurados no Dia das Mães, que é a segunda melhor data em vendas para o varejo no país, só inferior ao Natal.

Roupas e sapatos pagam alíquotas de até 37%, por exemplo. No preço de uma bolsa, a mordida vai a 42%, acima de celulares (40%). Já perfumes importados pagam 78% de tributo

02 de maio de 2012

MENTIRA E POLITICAGEM!

O governo Dilma Rousseff está em busca de uma bandeira para chamar de sua.
A candidata da hora é a redução dos juros.

COMISSÃO COM TELHADO DE VIDRO - A TAL CPI DA "SOBRIEDADE E FOCO" : "A única coisa que pode fazer essa CPI funcionar é o fato de ser uma guerra política, usada para descredenciar adversários”

Menos de um terço dos 32 titulares da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) mista que investigará as ligações do contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, com políticos e empresários já estiveram do outro lado do balcão, expostos a denúncias e desconfianças da opinião pública.

A personificação das reviravoltas políticas é o ex-presidente da República e agora senador Fernando Collor de Mello (PTB-AL). Vinte anos depois de descer a rampa do Palácio do Planalto pela última vez, como unanimidade nacional, ele volta à cena para investigar um de seus pares, o senador Demóstenes Torres (sem partido-GO).

Na lista de representantes do Congresso indicados para buscar a verdade, há ex-fichas sujas, aliados de figuras controversas, nomes envolvidos em escândalos nacionais e até deputado pego no bafômetro.

Collor subiu à tribuna do Senado esta semana para anunciar que trabalhará contra o vazamento de informações à imprensa. Ele confidenciou a aliados que uma de suas motivações na CPI será colocar luz nas relações de repórteres e veículos de comunicação com a quadrilha de Cachoeira.

A antiga condição de vidraça, no entanto, não é exclusividade do senador alagoano.

Relator do colegiado, o deputado federal Odair Cunha (PT-MG) foi acusado de usar sua cota de passagens aéreas para financiar a viagem de um amigo entre Buenos Aires e o Rio. Cunha nega, argumentando que o bilhete foi adquirido com milhas e que pagou a taxa de embarque legalmente, segundo ele.

O senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) teve o mandato de governador cassado em 2009. A Justiça entendeu que, durante a campanha de 2006, ele usou um programa social do governo em benefício de sua candidatura à reeleição. Então considerado ficha suja, só assumiu em 2011 a cadeira no Senado, um ano depois da eleição.

O Supremo Tribunal Federal (STF) foi favorável à posse por interpretar que a pena de inegibilidade já havia sido cumprida.

Outro que já esteve no centro do noticiário foi o senador Humberto Costa (PT-PE). Ele era o ministro da Saúde quando veio à tona o escândalo dos sanguessugas:

esquema de desvio de recursos da pasta que deveriam ser empregados na aquisição de ambulâncias. Costa, relator do processo que corre no Conselho de Ética da Casa contra Demóstenes, foi absolvido das denúncias.

Escutas

O senador Jayme Campos (DEM-MT) acumula processos na Jutiça, entre eles um de improbidade administrativa. Todas as ações são herança do período em que foi governador de Mato Grosso. Já a senadora Kátia Abreu (PSD-TO) teve seu nome citado em escutas feitas pela Polícia Federal durante a Operação Satiagraha, em 2008.

Um aliado do empresário Daniel Dantas afirmava que a parlamentar recebera R$ 2 milhões de uma empresa para apresentar emendas a uma medida provisória, da qual ela era relatora. A alteração iria de encontro aos interesses de Dantas.
A denúncia nunca foi comprovada.

Cientista político da UnB, o professor Leonardo Barreto enxerga na ficha dos parlamentares motivos para endossar o senso comum de que CPI é sinônimo de pizza.

“A única coisa que pode fazer essa CPI funcionar é o fato de ser uma guerra política, usada para descredenciar adversários”, analisou Barreto.

Leonardo Barreto, cientista político da UnB

NOMEAÇÃO PARA TRIBUNAL DE CONTAS DO PIAUÍ É INCONSTITUCIONAL

A nomeação da secretária de saúde Lilian Martins (PSB), mulher do governador do Piauí, Wilson Martins (PSB), para o cargo de conselheira do Tribunal de Contas do Estado (TCE) descumpriu regras constitucionais.

Embora a Constituição preconize que o chefe do Executivo, no caso o marido da nova conselheira do TCE, seja o responsável pela nomeação, Lilian Martins foi eleita por 25 votos dos 29 parlamentares presentes na Assembleia Legislativa do Estado.

Caso o governadorWilson Martins tivesse obedecido à lei, a indicação de Lilian Martins seria inviabilizada e teria lhe rendido uma acusação por nepotismo.
A eleição da secretária de saúde também teria desobedecido o regimento interno da Assembleia, segundo o qual, a nomeação do eleito deve ser feita por ato da Mesa Diretora.

O promotor Fernando Santos questionou a legalidade do processo para seleção de Lilian Martins. Outro que não concordou com a eleição foi o jornalista Zózimo. “Foi iniciado aqui (na Assembleia), mas não vai ser concluído aqui. Ainda vão ter desdobramentos”, afirmou.

02 de maio de 2012
Fonte: Estadão

NOTA AO PÉ DO TEXTO

Relembranças...
Parece que o ex-presidente Lula fez escola. Tornou-se comum violar a Constituição. A propósito do jornalista que dissera que Lula bebia demais, a reação do petista foi imediata: "expulsem esse cara do país!"
Alertado de que não poderia impor tal determinação por ser inconstitucional, o ex-metalúrgico reagiu de pronto, exclamando: "Foda-se a Constituição!"
Assim, não há país que resista...
m.americo

UMA FOTOGRAFIA PARA A POSTERIDADE...

A " COSA NOSTRA": Plano de relator do PT tira o PAC do foco da CPI

Reunida no Congresso, a CPI do Cachoeira discute o plano de tabalho apresentado pelo relator Odair Cunha (PT-MG). Na peça, ficou clara a intenção do deputado de restringir a investigação, impedindo que chegue ao Executivo e às obras do PAC.
Ao citar a Delta Construções, empresa que a Polícia Federal vinculou à quadrilha de Carlinhos Cachoeira, Odair Cunha foi específico: disse que a CPI investigará a atuação da empreiteira apenas na “região Centro-Oeste”.
Ao listar os depoentes que deseja inquirir, Odair incluiu apenas o ex-diretor da Delta para o Centro-Oeste, Cláudio Abreu. Ele seria ouvido em 29 de maio. O relator não fez menção a Fernando Cavendish, dono da Delta.
A certa altura, o relator disse que a CPI vai apurar a ação de Cachoeira e as ramificações da quadrilha dele com diversos setores –do Ministério Público ao Legislativo—, além dos vínculos com “agentes públicos de governos estaduais”. Absteve-se de mencionar o Executivo federal.
O grosso dos contratos da Delta com o setor público está no PAC, programa de obras do governo federal, sobretudo no Dnit, o departamento do Ministério dos Transportes que cuida da construção e manutenção de estradas. Ex-diretor do Dnit, demitido no ano passado, Luiz Antonio Pagot é mencionado nos grampos da PF. A despeito disso, o relator não demonstrou interesse em esmiuçar esse pedaço do inquérito.
No momento, o plano do relator está sendo discutido pelos membros da CPI. No geral, a proposta de Odair Cunha foi elogiada. Mas vários parlamentares já sugeriram alterações. A oposição sugeriu que a investigação vá além do Centro-Oeste e inclua todas as esferas do Executivo –do municipal ao federal. Aqui, a lista de depoentes e as datas sugeridas por Odair Cunha.

02 de maio de 2012
Por Josias de Souza - uol Notícia

ENQUANTO O MENSALÃO ESFRIA, O SINISTRO PASSEIA NA SUIÇA

Enquanto os indignados e conscientes brasileiros esperam ansiosamente pelo desfecho do caso Mensalão do PT.
 
Nosso zeloso STF empurra o julgamento com a barriga à espera de uma prescrição.
 
Agora que tudo parecia que ia adiante o Sinistro Revisor do caso Ricardo Lewandowski, descobriu uma brecha legal para adiar ainda maios o julgamento desse infame caso.
 
Ricardo Lewandowski, foi para a Suíça a convite daquele governo para participar de alguns com autoridades judiciárias daquele país e de quebra ainda vai "palestrar" em algumas universidades.
 
O Sinistro consciente de seus deveres com o povo brasileiro simplesmente sai em viajem e deixa o angú formando um baita caroço que certamente será indigesto para a população da pocilga.
 
E até dia 4 o "Turistro" enseba ainda mais o julgamento pré prescrito do Ali Babá Sebento da Silva e seus quarenta bandoleiros.
Será que o Ricardo Lewandowski, foi para a Suíça para ensinar aos magistrados daquele país como é que se empurra um processo tão importante com a barriga?
 
O que eu sei é que esse povo do STF está fazendo de tudo para não julgar o mensalão, e se julgar, é quase certo que todo mundo vai sair de cu lambido dessa história.

Escrevam aí, NINGUÉM VAI SER PUNIDO!!!
É esperar para ver.
E vamo que vamo. Porque para um Sinistro do STF passear na Suíça é mais importante que a sociedade brasileira.
 
02 de maio de 2012
omascate
 
NOTA AO PÉ DO TEXTO
 
E você, amigo leitor, o que você pensa disso? Qual a sua opinião sobre a protelação indefinida de um dos casos mais escabrosos já ocorridos na República? Promessas daqui, pressões dali, e o mensalão vai cozinhando em banho-maria. Nada se faz, e o fogo é brando...
m.americo

VITORIOSOS E DERROTADOS DO PDT NA NOMEAÇÃO DE BRIZOLA NETO

O presidente do PDT, Carlos Lupi, saiu derrotado nesta escolha de Brizola Neto para o Ministério do Trabalho. Mas não só ele.

O jornalista Bob Fernandes divulgou no site do Terra que Manoel Dias, secretário-geral do PDT, não escondeu seu descontentamento.
Disse que foi uma escolha pessoal da Presidente, o que é verdade.
O descontentamento de Dias se deve ao fato de seu nome ter sido cogitado para assumir a pasta. Diz que foi vetado por Ideli Salvatti, seguindo o script de fritura da ministra em fogo alto.
Outro descontente é o deputado Vieira da Cunha, PDT-RS, que também tinha seu nome na lista de indicação de seu partido para o posto.

O que contou mesmo foi a lealdade de Brizola Neto às orientações do Palácio do Planalto. Percebendo as manobras do governo federal, Paulinho da Força foi rápido no gatilho e começou a apoiar publicamente o nome de Brizola. Foi o que aconteceu. Simples assim.

02 de maio de 2012
Mario Assis

TUDO POR DINHEIRO - ESTE É O LEMA DOS PARTIDOS POLÍTICOS BRASILEIROS. VEJAM, POR EXEMPLO, O CASO DO PPS


Como se sabe, o PPS vem a ser o antigo Partidão (Partido Comunista Brasileiro), que se desmembrou em vários outros, como PPS, PCdoB, PCB, PCO, PSTU etc. Todos eles, de uma forma ou outra, são derivados do velho Partidão de Luiz Carlos Prestes. Se essas legendas trabalhassem unidas, imaginem que grande partido não seria.


Mas hoje o que menos importa na política é a ideologia. O interesse maior é o fisiologismo, os cargos, o poder… e as comi$$õe$ por ele proporcionadas. O noticiário dos jornais torna cada vez mais transparente essa abominável realidade.


No plano nacional, o PPS, por exemplo, está na linha de frente da oposição ao governo Lula Rousseff. Mas em Brasília, surpreendentemente, o partido está coligado ao PT. Quem entende isso? E a adesão é acintosa: por 30 votos a apenas 5, o Diretório do PPS do Distrito Federal acaba de contrariar a direção nacional do partido e decidiu manter o apoio ao governo de Agnelo Queiroz (PT), alvejado pelas mais diferentes denúncias de corrupção e incompetência.
O deputado distrital e secretário de Justiça, Alírio Neto (PPS), pediu licença por um ano do partido, já prevendo uma possível intervenção da direção nacional.


E o mais incrível é que a suplente de Alírio, deputada distrital Luzia de Paula (PPS), indicada para participar da CPI da Arapongagem, que vai investigar escutas telefônicas ilegais no DF, deverá seguir a orientação da base governista na comissão parlamentar de inquérito. A CPI terá apenas um deputado da oposição: Celina Leão (PSD).


O presidente nacional do PPS, deputado federal Roberto Freire (SP), convocou uma reunião do Diretório Nacional do PPS para o dia 8 de maio para discutir a possível intervenção. “A decisão (do diretório do DF) incomoda e provoca constrangimento ao partido”, comentou Freire, que defende o afastamento do partido do governo Agnelo.


A CPI deverá ser instalada na próxima quarta-feira, mas o líder do PT, Chico Vigilante, adianta que a bancada governista não permitirá a convocação do governador ou de secretérios do governo, além de rejeitar requerimentos que proponham o acesso a bancos de dados sigilosos.


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PSB E PSD FAZEM A MESMA COISA
A mesma incoerência se revela em relação aoPSB, que é da base aliada do governo federal, mas em São Paulo aderiu ao PSDB e ao PSD, apóia e participa do governo de Geraldo Alckmin e da administração municipal de Gilberto Kassab. Os diretórios estadual e municipal do PSB já até comunicaram à direção que pretendem apoiar a candidatura de Serra a prefeito da capital.


E o PSD, que é da base aliada da presidente Dilma Rousseff, também está firme no apoio a Serra, para não perder as benesses do poder na mais importante capital do país, que tem o terceiro maior orçamento da República.


Bem, como se percebe, a política brasileira virou uma espécie de programa de Silvio Santos, que desde o regime militar apoia o governo – qualquer governo. É mesmo “Tudo Por Dinheiro”, como diz o simpático e adesista apresentador-empresário.

SARCOZY SOFRE UM BAQUE: A LÍDER DA ULTRA-DIREITA NÃO VOTARÁ NELE

A Agência France Presse anuncia que a dirigente da Frente Nacional (extrema-direita), Marine Le Pen, declarou que votará em branco nas eleições presidenciais de 6 de maio entre o presidente conservador Nicolas Sarkozy e o socialista François Hollande.


Marine Le Pen, que ficou em terceiro no primeiro turno com cerca de 18% dos votos, afirmou que votará em branco, nem em Sarkozy nem em Hollande, mas não deu orientação de voto a seus partidários. “Cada um fará sua eleição. Eu farei a minha. Vocês são cidadãos livres e devem votar de acordo com sua consciência, livremente”, afirmou.


“Não concederei minha confiança nem mandato a esses dois candidatos (…). No domingo, votarei em branco”, afirmou.
Uma nova pesquisa divulgada ontem pelo Instituto Ipsos mostrou o candidato socialista François Hollande como favorito com 53% das intenções de voto, mas a distância para Sarkozy diminuiu dois pontos.


O resultado, que dá ao candidato conservador 47% dos votos, um ponto a mais que na semana passada, responderia principalmente às previsões de uma mobilização “um pouco mais forte” do eleitorado do centrista François Bayrou e à abstenção de uma “pequena parte” dos eleitores do esquerdista Jean-Luc Mélenchon.


Segundo o Ipsos, Hollande conta com um apoio “majoritário” de boa parte das categorias demográficas consultadas, com a exceção do tradicional voto de direita, composto pelos maiores de 60 anos, os aposentados, os artesãos, comerciantes e empresários, que lhe apoiam em 60% dos casos.


A pesquisa revelou ainda que a rejeição a Sarkozy teria diminuído durante a campanha, já que contra 57% dos eleitores que em fevereiro desejavam “verdadeiramente” que o atual presidente fosse vencido, hoje estes somam apenas 45%.

"MARCHA DA MACONHA": O PERIGOSO CAMINHO DA INSENSATEZ


No próximo sábado, transcorre na Zona Sul do Rio de Janeiro mais uma ‘Marcha da Maconha’, embora esteja proibido, obviamente, qualquer tipo de apologia ou consumo da droga durante a manifestação, pois constitui crime previsto na Lei Antidrogas.


Até aqui tais manifestações, agora liberadas pelo SupremoTribunal Federal, inclusive no que tange à passeatas reivindicatórias sobre descriminalização e legalização de outras drogas ilícitas, surtiram pouco ou nenhum efeito. Usar maconha continua sendo crime e não há nenhuma movimentação no Congresso Nacional que faça entusiasmar a chamada corrente progressista da droga, encabeçada por intelectuais, estudiosos, ONGs e ex-autoridades, que defendem a liberação.


Pesquisa desenvolvida durante um ano em Londres foi negativa. A droga já não era nenhuma novidade no bairro de Brixton, na parte pobre da capital inglesa, e a polícia de Lambeth, distrito londrino que inclui Brixton, com objetivo de liberar agentes para o combate a crimes mais graves, decidiu que os usuários de maconha seriam apenas advertidos, e, no máximo sofreriam a apreensão da droga.


O teste trouxe resultados dúbios. Em seis meses avaliados, a polícia poupou apenas o equivalente a 90% do trabalho em tempo integral de dois policiais, de um total de 860 lotados naquele distrito. As ocorrências ligadas à posse da erva cresceram 35% e o tráfico subiu 11%. Mas nos bairros vizinhos, os flagrantes de posse caíram 4% e o tráfico 34%, confirmando o que os moradores mais temiam: Brixton se tornou ponto de reunião de “maconheiros” de outros bairros.


Com relação aos males provenientes do consumo da maconha, que certificam que a erva não é tão inofensiva assim, uma pesquisa mostrou que jovens que fumam maconha por seis anos ou mais têm o dobro de possibilidade de sofrer de episódios psicóticos do que pessoas que nunca fumaram a droga.
Claro que há pessoas que fumam maconha diariamente por toda a vida sem que sofram consequências negativas, assim como há quem fume cigarros até os 100 anos de idade e não desenvolva câncer de pulmão.
Mas até agora não temos como saber quem é tolerante à droga e quem não é. Então, a maconha é, sim, perigosa.


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FRANCESES FUMAM MAIS


Cerca de 200 milhões de pessoas são usuárias de maconha no mundo, segundo estimativa da ONU, o que envolve 4% da população ativa. O país com o maior número de consumidores é a França.
Outras pesquisas revelam que o uso da maconha – uma porta de entrada para a dependência de outras drogas – pode causar, além de transtornos psiquiátricos, câncer de pulmão (tal e qual o cigarro), câncer de testículo e ainda afetar a memória.


Os altos gastos com tratamento e recuperação de vítimas do alcoolismo e do tabagismo no país já seria exemplo suficiente para inviabilizar a descriminalização e legalização da maconha.
Legalizar drogas é sinônimo de aumento de consumo, do número de dependentes e de doenças psiquiátricas.


O estado não pode ser o indutor (legal) do uso da droga. Deve trabalhar em sua missão de prevenção, tratamento terapêutico de dependentes e repressão qualificada ao tráfico com base na inteligência policial.


Drogas não agregam valores sociais positivos. Se o jovem conhecesse os males da droga antes do uso certamente que não a usaria. A busca do ‘mundo colorido’, através do uso de drogas, é falsa.

02 de maio de 2012
Milton Corrêa da Costa

PROCURADOR-GERAL REBATE CRÍTICAS E DIZ QUE INV ESTIGARÁ "QUEM QUER QUE SEJA". MAS SERÁ MESMO?

O Procurador-Geral da República, Roberto Gurgel, rebateu críticas de que demorou a agir no caso Cachoeira e sustentou que o Ministério Público vai investigar “quem quer que seja”. O texto explica que Gurgel recusou convite para falar na CPI do Cachoeira porque a participação poderia “futuramente torná-lo impedido para atuar nos inquéritos em curso e ações penais subsequentes”.

O comando da CPI convidou Gurgel para falar aos integrantes, mas o procurador recusou. Aos congressistas, o procurador-geral disse que as investigações não estão encerradas.
“O material do inquérito é muito vasto e está sendo analisado com o devido critério e a necessária prioridade, bem como que o Ministério Público Federal, como sempre, não se furtará a investigar quem quer que seja”, afirma a nota.

De acordo com a Procuradoria, Gurgel explicou ao comando da CPI que demorou a encaminhar material ao Supremo Tribunal Federal porque só recebeu da Justiça Federal de Goiás, em 9 de março de 2012, material da Operação Monte Carlo, que envolve o empresário de jogos ilegais Carlos Cachoeira, e pessoas com prerrogativas de foro privilegiado, como o senador Demóstenes Torres (sem partido-GO).

A explicação rebate acusações de parlamentares de que o procurador teria sido negligente com o caso. “Este material, agora sim, reunia indícios suficientes relacionados a pessoas com prerrogativa de foro e, assim, menos de 20 dias depois, em 27 de março, o procurador-geral da República requereu a instauração de inquérito no STF, anexando tudo o que recebeu nas duas oportunidades.”

Ele esclareceu ainda que no início do caso, em 2009, quando teve acesso ao material referente à Operação Las Vegas, fez uma avaliação preliminar e verificou que os elementos não eram suficientes para qualquer iniciativa no âmbito do Supremo Tribunal Federal.

“Optou por sobrestar o caso, como estratégia para evitar que fossem reveladas outras investigações relativas a pessoas não detentoras de prerrogativa de foro, inviabilizando seu prosseguimento, que viria a ser formalizado na Operação Monte Carlo.”

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG

O procurador se saiu bem e escapou por um triz. Mas suas explicações foram primárias. Dizer que “optou por sobrestar o caso, para evitar que fossem reveladas outras investigações” é uma desculpa inacreditável. O mais incrível, porém, é que a CPI parece ter desistido de convocá-lo. Se agiu, assim, começou muito mal.

HUMILDADE, OU SUBTRECO DO SUBTROÇO


A humildade decorre da curiosidade. Explico.
A curiosidade, segundo os filósofos gregos, é a fonte do conhecimento, do que podemos deduzir que a humildade decorre do conhecimento. Certo?
Em sendo assim, se tivermos sensibilidade e curiosidade para descobrir  nas revelações que a ciência moderna consegue realizar através de tecnologias especiais e científicas, poderemos alcançar o significado de algumas verdades relativas, mas absolutas para o nosso tempo. Dentre elas, a que considero virtude máxima: a humildade.
Por quê? Simples como água: porque ela é conhecimento...
Vamos comprovar o que disse, ou melhor, escrevi, com o repeteco de um vídeo já postado, mas que será sempre mui bem lembrado. Algumas coisas não podem e não devem ser esquecidas, para o nosso próprio bem.
Viver de acordo com a virtude da humildade, é ser portador do conhecimento essencial.
m.americo
02 de maio de 2012

http://www.youtube.com/watch?v=kEOcMfukTm8&feature=player_detailpage

NÃO SE FAZEM MAIS HOMOSSEXUAIS COMO ANTIGAMENTE


Leio que as ditas igrejas "inclusivas" - voltadas predominantemente para o público gay - vêm crescendo a um ritmo acelerado no Brasil, à revelia da oposição de alas religiosas mais conservadoras. Estimativas feitas por especialistas a pedido da BBC Brasil indicam que já existem pelo menos dez diferentes congregações de igrejas "gay-friendly" no Brasil, com mais de 40 missões e delegações espalhadas pelo país.

Ah! Não se fazem mais homossexuais como antigamente. Tanto que viraram gays, homoafetivos, tudo menos homossexuais. Convivi com eles desde o ginásio à universidade e mais tarde na vida profissional. Ostentavam uma certa aura, não digo de heróis, mas de rebeldes avessos à sociedade bem comportada, à ética vigente, ao casamento e à religião. Entre os homossexuais com os quais convivi – e alguns eram companheiros de bar – nunca vi casais nem pessoas com pendores religiosos. Todos tinham consciência de que as religiões vigentes condenavam seus comportamentos, e das igrejas só queriam distância. Eram geralmente pessoas cultas e sensíveis. Quando penso nos homossexuais de minha juventude, sempre me vem à mente o “non serviam” de Lucifer, a primeira afirmação de liberdade ante a arrogância do Altíssimo.

Eram também avessos ao convívio familiar e trocavam de parceiros como quem troca de roupa. Não havia namorinhos na época, nem mãozinhas dadas. Mas uma sexualidade intensa e diversificada. Dispensavam aquelas longas conversas que tínhamos de suportar, na época, para levar uma menina à cama. Bastava um olhar trocado na rua. O tempo entre o olhar e os fatos era igual ao necessário para encontrar o quarto mais próximo. Não enganavam parceiro algum com promessas de amor duradouro, muito menos de casamento, aliás nem se cogitava disto na época.

Concentradas, principalmente, no eixo Rio de Janeiro-São Paulo, as igrejas inclusivas somam em torno de 10 mil fiéis, ou 0,005% da população brasileira. A maioria dos membros (70%) é composta por homens, incluindo solteiros e casais, de diferentes níveis sociais. É o que diz a imprensa. O número ainda é baixo se comparado à quantidade de católicos e evangélicos, as duas principais religiões do país, que, em 2009, respondiam por 68,43% e 20,23% da população brasileira, respectivamente, segundo um estudo publicado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). O crescimento das igrejas inclusivas ganhou força com o surgimento de políticas de combate à homofobia, ao passo que o preconceito também diminuiu, alegam especialistas. Hoje, segundo o IBGE, há 60 mil casais homossexuais no Brasil. Para grupos militantes, o número de gays é estimado entre 6 a 10 milhões de pessoas.

Ao que tudo indica, o homossexualismo foi cooptado pelo sistema. Homossexuais agora constituem famílias, nos mesmos moldes dos heterossexuais e se submetem às mesmas regras de fidelidade destes. A qualquer infidelidade, o divórcio. A Suécia, sempre pioneira nestas questões, é talvez o país campeão em matéria de separações legais entre pessoas do mesmo sexo. Em maio de 2004, um estudo publicado pelo Institute for Marriage and Public Policy (IMAPP), mostrava o elevado índice de “divórcios” legais entre homossexuais que registraram uma união civil na Suécia.

Segundo o Instituto, entre os anos de 1995 e 2002, houve na Suécia 1.526 uniões homossexuais, comparadas com as 280.000 heterossexuais. Em cada 1000 novos parceiros registados na Suécia, cinco é entre pessoas do mesmo sexo. Dessas, 62% são entre homens do mesmo sexo. A pesquisa revelou uma elevada taxa de divórcios legais entre os os homossexuais suecos. Os homens homossexuais eram 50% mais susceptíveis de se divorciarem dentro dum período de 8 anos do que os heterossexuais, enquanto as lésbicas eram 167% mais susceptíveis de se “divorciarem” do que os heterossexuais.

O primeiro divórcio homossexual, cá no Sul, ocorreu na Argentina, o primeiro país da América Latina a aceitar o casamento entre pessoas do mesmo sexo ao aprovar uma reforma do Código Civil. Duas mulheres, que estavam juntas há seis anos e se casaram em abril de 2011, iniciaram os trâmites de divórcio em junho do mesmo ano. A ruptura do casamento aconteceu por iniciativa de uma delas, alegando que a outras lhe era infiel. O casamento destruiu uma relação que prometia ser duradoura.

Em São Paulo ocorreu o segundo divórcio. Com a liberação do casamento homossexual pelo Supremo Tribunal Federal, em maio de 2011, uma verdadeira onda de casamentos do gênero se espalhou em todo país. Em agosto do mesmo ano, surgia o primeiro divórcio entre dois homens. Segundo o que tomou a iniciativa, o casamento foi muito bom enquanto durou, mas é difícil trabalhar o dia todo, chegar em casa e encontrar o marido, assistindo TV com a casa uma bagunça. A marida não gostou.

Casamento é fatal. Acabou a vida mansa. Acrescente a isto o aborrecimento de divisão de papéis, custos judiciais e advocatícios. Não bastassem optarem pelo casamento, agora os antigos rebeldes estão buscando os templos. Segundo a pesquisadora Fátima Weiss, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), que mapeia o setor desde 2008, havia apenas uma única igreja inclusiva com sede fixa no Brasil dez anos atrás. "Com um discurso que prega a tolerância, essas igrejas permitem a manifestação da fé na tradição cristã independente da orientação sexual", disse Weiss à BBC Brasil.

O número de frequentadores dessas igrejas - que são abertas a fiéis de qualquer orientação sexual - acompanhou também a emancipação das congregações. Se, há dez anos, os fiéis totalizavam menos de 500 pessoas; hoje, já são quase 10 mil - número que, segundo os fundadores dessas igrejas, deve dobrar nos próximos cinco anos.

É de perguntar-se que deus ou deuses cultuam estes novos crentes. O deus cristão não há de ser. Jeová é taxativo. No Levítico 20:13 lemos: "Se um homem se deitar com outro homem, como se fosse com mulher, ambos terão praticado abominação; certamente serão mortos; o seu sangue será sobre eles". As relações entre mulheres não são evocadas, porque aos olhos dos hebreus só há transgressão sexual quando há penetração.

Militantes de movimentos gays estão tentando transformar em crime a citação da Bíblia. Em maio de 2010, um pregador britânico foi preso depois de ter dito durante sermão na rua que homossexualismo é pecado. Segundo o jornal britânico The Daily Telegraph, Dale McAlpine foi acusado de causar "alarme, intimidação e angústia" depois que um policial comunitário ouviu o pastor batista mencionar vários "pecados" citados na Bíblia, inclusive blasfêmia, embriaguez e relações sexuais entre pessoas do mesmo sexo. Segundo o Daily Mail, o policial Sam Adams avisou o pregador, que distribuía folhetos e conversava com as pessoas nas ruas, que ele estava violando a lei. Mas ele continuou pregando e foi levado para a prisão, onde permaneceu por sete horas.

Mais cedo ou mais tarde, a moda chega até nós, escrevi na ocasião. Já chegou. Recentemente, o pastor Silas Malafaia foi acusado pelo Ministério Público Federal (MPF) de incentivar a violência contra homossexuais na TV. A ação foi extinta pelo O juiz federal Victorio Giuzio Neto, da 24ª Vara Cível de São Paulo, que viu na acusação do MTF “uma clara intenção de ressuscitar a censura através deste Juízo.”

Remando contra toda lógica, padres e pastores estão conclamando pecadores de toda espécie. Templo é dinheiro. Os homossexuais, parece que domesticados pela mídia, estão se tornando de repente místicos. O que é uma lástima. Os antigos rebeldes estão desaparecendo. O non serviam luciferino virou “sum servus tuus, domine”.

Ó tempora, ó mores!


02 de maio de 2012
janer cristaldo

A TROCA


Tem havido uma farra quase completa no governo brasileiro, a ponto de terem atribuído à senhora dona presidenta o epíteto de “faxineira”. A imprensa brasileira publicou, algum tempo atrás, a respeito de troca de Ministro:

                                               
                                                  Lula e Dilma, só muda o penteado.

Navegando há vários meses, sem que os marujos tomassem banho ou trocassem de roupas, o que não era novidade na Marinha Mercante britânica, o navio fedia.

O Capitão manda parar o barco e chama seu Imediato:

“Mr. Simpson, o navio fede. Mande os homens trocarem de roupa!”

“Yes, Sir!”

Simpson reúne seus homens e diz:

“Sailors, o Capitão está se queixando do fedor a bordo e manda todos trocarem de roupa. David, troque a camisa com John; John troque a sua com Peter; Peter, troque a sua com Alfred. Alfred troque a sua com Fred…

E assim prosseguiu. Quando todos tinham feito as devidas trocas, ele retorna ao Capitão e diz:

“Sir, todos já trocaram de roupa”.

O Capitão, visivelmente aliviado, manda prosseguir a viagem.

Com isso, vocês acabam de entender exatamente como o Brasil funciona no atual governo.


*
Apesar disto, uma campanha de marketing nacional trouxe uma verdade bela e esperançosa. Espalhados pelas cidades, vários outdoors revelavam alguns dados estatísticos muito interessantes. Eis alguns deles:

Para cada pessoa dizendo que tudo vai piorar, existem cem casais planejando ter filhos.

Para cada corrupto existem oito mil doadores de sangue.

Enquanto alguns destroem o meio ambiente, 98% das latinhas de alumínio já são recicladas no Brasil.

Para cada tanque de guerra fabricado no mundo, são feitos cento e trinta e um mil bichos de pelúcia.

Na Internet, a palavra amor tem muito mais resultados do que a palavra medo.

Para cada muro que existe no mundo, se colocam duzentos mil tapetes escritos “bem-vindo”.

Enquanto um cientista desenha uma nova arma, há um milhão de mães fazendo pastéis de chocolate.

Existem razões para acreditar. Os bons são maioria.

Isso também me lembrou um programa de televisão antigo: “Acredite Se Quiser”.


02 de maio de 2012
magu