"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



terça-feira, 12 de junho de 2012

CADÊ OS 4 MILHÕES DA PARADA GAY DE SÃO PAULO?

Os organizadores da parada estão criticando políticos e comerciantes por não terem dado dinheiro suficiente para a realização do evento. Só faltaram dizer que não dar dinheiro para sua farra é “homofobia”.

De acordo com o Datafolha, a parada gay de São Paulo, ocorrida neste domingo, teve 270 mil pessoas. A Associação da Parada do Orgulho GLBT de São Paulo, inconformada com esse resultado, disse que esse número é “impossível”.

Contudo, o jornal Folha de S. Paulo, dono do Datafolha, nunca antes foi acusado de mentiroso por gayzistas e esquerdistas.

Meu blog e outros meios de comunicação sérios já vinham apontando, desde 2007, que atribuir milhões de participantes à parada gay de São Paulo era um inchamento impraticável.
Esse inchamento está finalmente sendo reconhecido por antigos aliados esquerdistas do supremacismo gay.
A mídia brasileira atribuiu o baixo número de participantes da parada gay deste ano à diminuição de financiamento. Sem dinheiro de patrocinadores e do governo, a farra murcha.

“Está muito mais pobre, com menos gente, menos carros, menos divulgação”, disse o travesti Desire Viana, de 33 anos, que todo ano ajuda a parada.

Houve 100 atendimentos médicos, a maioria por embriaguez.
No ano passado, essa farra, de acordo com a Associação da Parada do Orgulho GLBT de São Paulo, atraiu mais de 4 milhões de pessoas — número contestado pela Folha de S. Paulo. Com esse número inchado, amplamente promovido, os organizadores se sentiram com poder de desafiar a tudo e a todos. E desafiar foi o que fizeram. O título da parada foi “Amai-vos Uns Aos Outros” — uma paródia das palavras de Jesus, aplicadas ao sexo homossexual.

A paródia foi muito mais longe ao exibir cartazes de santos católicos em posições eróticas, afrontando abertamente o princípio constitucional que proíbe o ultraje aos símbolos religiosos. Mesmo com o flagrante ultraje, as autoridades pretensamente preocupadas com os chamados direitos humanos não adotaram nenhum medida de punição aos violadores do princípio constitucional.

Quem se levantou para defender os católicos contra o ultraje foi Silas Malafaia, pastor da Assembleia de Deus Vitória em Cristo.
A fala de Malafaia foi interpretada como um ataque à parada gay, quando na verdade sua mensagem forte apenas denunciou o descarado ataque da parada gay à religião católica. Ele foi acusado de “homofobia” por ter feito o que a própria esquerdista CNBB não fez: defender os católicos de uma afronta homossexualista.

Em 2006, também se sentindo ofendida, a Associação da Parada do Orgulho GLBT de São Paulo recorreu ao Ministério Público Federal contra meu blog, porque meus textos sobre homossexualismo deixam claro que a prática homossexual — seja por base bíblica ou médica — não é normal. O principal motivo de acusação foi este artigo “Marcha para Jesus ou Parada Gay: Quem é realmente vítima de preconceito?”.

O catolicismo é a religião da maioria do Brasil. Ao afrontar a fé católica em sua parada de 2011, os organizadores gays deram um tiro no pé.
Estão agora coçando a cabeça e os bolsos tentando entender por que o financiamento e os carnavalescos estão abandonando a farra tão festejada pela mídia e governo.
Eles estão deprimidos que seus habituais números inchados estão sendo questionados, contestados e recusados. Esse estado de depressão poderá levá-los a desejos de suicídio, talvez comovendo o governo a tal ponto que declare que não aceitar inchamentos homossexualistas é “homofobia”.

Os organizadores da parada estão criticando políticos e comerciantes por não terem dado dinheiro suficiente para a realização do evento. Só faltaram dizer que não dar dinheiro para sua farra é “homofobia”.
O tema da farra este ano foi “Homofobia tem Cura: Educação e Criminalização”. Criminalizando, vai ser fácil debochar de santos católicos e outros cristãos e ainda por cima acusar as vítimas de “homofobia”.

Mas os comerciantes e políticos, muitos dos quais têm ligações católicas, acharam que os organizadores da parada foram longe demais no ultraje a culto do ano passado.
Ultraje a culto tem cura: educação e criminalização.
Cadeia nos organizadores gays que cometeram os ultrajes e obscenidades contra os católicos!

julio severo
12 de junho de 2012


 Confira também o comentário em vídeo de Nivaldo Cordeiro.

A duas notícias mais importantes de hoje (11) são o refluxo de público da parada gay, que ocorreu ontem, e a entrevista de Marcio Thomas Bastos, ex-ministro da Justiça, no site do Uol. O refluxo da parada gay eu já esperava e se nota pela ausência dos principais postulantes ao cargo de prefeito de São Paulo neste ano. Deixou de ser celeiro de votos para ser fonte de perda de apoio popular. Márcio Thomas Bastos se fez portador de queixa do partido governante contra a imprensa livre. Bom sinal. O partido governante não tem como calar a imprensa livre. O PT fica assim mais longe de suas pretensões totalitárias.

VINTE MOTIVOS DE COLLOR PARA ODIAR A VEJA.

Ou: O PT de antes e o PT de agora

O post abaixo foi publicado no dia 12 de maio deste ano. Atualizo a data para que apareça de novo na homepage só para que a gente relembre quem é Collor e para ele próprio se lembre de quem é.*
É compreensível que o senador Fernando Collor odeie tanto a VEJA. As capas da revista que espelham a sua trajetória no poder falam por si, muito especialmente aquela em que Pedro, o irmão, conta tudo. Por que não lembrá-las? Todas as edições estão disponíveis aos leitores, mesmo aos não assinantes, na íntegra.

Collor não detesta a revista porque ela tenha contado mentiras a seu respeito, mas porque os fatos irrefutáveis relatados em sucessivas edições resultaram na sua queda.

O povo de Alagoas o elegeu senador. Tem uma mandato legítimo como o de qualquer outro. Mas não tem legitimidade para tentar intimidar a imprensa. Tampouco se apaga a sua história.

Este senhor precisa entender que a imprensa livre não existe por vontade dos políticos. Os políticos é que existem por vontade da democracia, de que a imprensa livre é um dos pilares.
Vejam. Volto para arrematar.

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Voltei

Nos anos de 1991 e 1992, o PT era um partido de oposição e achava que a VEJA prestava relevantes serviços ao país. E prestava mesmo! Ontem como hoje. Se algum parlamentar da base collorida sonhasse em enviar a imprensa para o banco dos réus, o partido certamente reagiria.
Por amor à democracia? Não! Esse, tínhamos nós. Os petistas tinham apenas um projeto de poder.
Quando chegaram lá, elegeram a imprensa livre como sua principal adversária – justamente aquela que era paparicada na véspera. Afinal, algo havia mudado: no poder, o PT, como acontece com todo mundo que vence a eleição, deixou o papel de pedra para ser vidraça; deixou de investigar para ser investigado. E não se conformou.

Uma banda do partido não teve dúvida. Juntou-se com o seu adversário de antes – e as capas acima valem por uma folha corrida – para tentar perseguir o jornalismo independente.
Tentem saber, hora dessas, por curiosidade, o que fazia o lixão que hoje ataca a revista. Para fazer o que se vê acima – e o que se viu nos governos que se sucederam –, é preciso ter coragem. Quem vive de rastros, implorando dinheiro oficial para existir, nao consegue ser dono nem da própria opinião, tanto menos de um jornalismo crítico e independente.
A imprensa que tem vergonha na cara não mudou. Essa é a história.

12 de junho de 2012
Reinaldo Azevedo

CONSULTORIA-FANTASMA: PIMENTEL AFIRMA QUE DILMA SABIA DE TUDO

A Comissão de Ética da Presidência resolveu abrir procedimento para investigar a viagem do ministro Fernando Pimentel (Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior) em avião fretado pelo empresário João Dória Jr, presidente do Lide (Grupo de Líderes Empresariais). Em 2011, Pimentel estava na Bulgária, em comitiva presidencial, antes de embarcar para Roma, onde palestrou em um evento do grupo.

A comissão também pediu ontem, pela terceira vez, mais informações ao ministro Fernando Pimentel sobre consultorias realizadas pelo ministro em 2009 e 2010. Apesar do voto do relator Fábio Coutinho, favorável a uma pena de "advertência" a Pimentel no caso das consultorias, os demais integrantes da comissão votaram pela instalação de um processo de "diligência", em que o ministro deverá fornecer novos documentos solicitados pelos conselheiros. De acordo com o presidente Sepúlveda Pertence, o procedimento servirá para "esclarecer pontos que pareceram duvidosos".

Ainda não há prazo para que Pimentel apresente as novas explicações. Pimentel declarou que prestará informações à Comissão assim que for oficialmente demandado, da mesma forma que atendeu às solicitações anteriores. A comissão também poderá solicitar documentos às empresas que utilizaram a consultoria, como por exemplo a Federação das Indústrias de Minas Gerais. Em entrevista no ano passado, Pimentel disse que informou a comissão sobre seus negócios antes de assumir o cargo no governo Dilma.(Folha de São Paulo)
 
12 de junho de 2012
coroneLeaks

COLLOR, O PREFERIDO DOS NOVOS FEIOS, SUJOS E MALVADOS

Ai, ai… Pô, gente… A VEJA não segue os meus conselhos. Que pena! Deveria usar Fernando Collor como garoto-propaganda. A campanha publicitária seria mais ou menos assim: “Este homem não gosta de nós!”. E pronto!
Não consigo pensar em campanha publicitária mais esclarecedora. Ora, leitores: se aqueles que se querem nossos inimigos não são, por si, um atestado definitivo de nossa boa ou má conduta, convenham que são ao menos um sinal importante.

Collor, hoje um lulista fanático e um dirceuzista juramentado, usou seu tempo na CPI para resgatar a agenda inicial da turma: atacar a VEJA e a Procuradoria-Geral da Repúbica. Dizer o quê? Já expus ao menos vinte motivos (daqui a pouco, republico o post) para este patriota odiar a revista. Ao longo do mandato, atropelado que foi por seu próprio cleptogoverno, ganhou de presente 20 capas.

Além da moral e dos costumes, ele hoje divide com muitos petistas o ódio à imprensa livre. Até este escriba já foi processado, em 1997, por este homem público por causa de uma matéria de capa da revista República. Vejam:

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Como se nota ali, a página tem um corte diagonal. Numa metade, Collor andando de jet ski; sobre a sua imagem, a palavra “livres”; na outra metade, os pobres pendurados nas janelas do Carandiru; sobre eles, a palavra “presos”.
A chamada que remetia à reportagem afirma: “Cadeia no Brasil só para batedor de carteira. Mas a impunidade dos poderosos e corruptos pode acabar”. O ex-caçador de marajás e hoje caçador de jornalistas não gostou.
Ele processou a revista e a mim, mas perdeu. Prevaleceram a liberdade de imprensa e a liberdade de opinião. Numa democracia, é permitido a gente achar que alguém como Collor deveria estar na cadeia.

Collor é mesmo um portento. Quem, segundo a Polícia Federal, a Interpol e o FBI negociou com bandidos comprovados foi gente de sua família, que, provaram essas instituições, comprou o Dossiê Cayman. A reportagem está aqui. Aquilo, sim, era coisa de bandidos. Circulou na imprensa por anos a fio, até que seus responsáveis fossem parar atrás das grades.

Na sua intervenção tresloucada de hoje, Collor anunciou nada menos de seis representações contra Roberto Gurgel, procurador-geral da República, e a subprocuradora Cláudia Sampaio Marques: uma na esfera cível, uma na penal e quatro na administrativa. Acusou, sem meias palavras, o procurador-geral de “fazer moeda de troca” das investigações.

Assim como Collor tem motivos pessoais para odiar a VEJA, também os tem para tentar desmoralizar o procurador-geral e, muito especialmente, a subprocuradora Cláudia Sampaio. Reportagem da Folha explica o motivo:

“Alvo do senador Fernando Collor (PTB-AL) na CPI do Cachoeira, a subprocuradora-geral da República Cláudia Sampaio pediu a condenação do ex-presidente, em 2008, por supostos peculato, corrupção passiva e falsidade ideológica em ação no STF (Supremo Tribunal Federal). A denúncia do Ministério Público diz que Collor se beneficiou de esquema de “caixa dois” montado por membros de seu governo (1990-92) e empresas de publicidade. Procurado desde quinta, Collor não se manifestou. Ainda sem decisão final, o processo é um desdobramento das investigações que levaram ao impeachment do então presidente, em 1992.”
Collor cumpre na CPI a agenda combinada com Lula e Dirceu, de quem é hoje mero estafeta. Mas tem também seus motivos pessoais para o exercício permanente do ódio, que tão bem o notabilizou. Isso faz dele o grande herói dos blogs sujos. Todos estão em companhia adequada.

12 de junho de 2012
Por Reinaldo Azevedo

MELANCIAS TOTALITÁRIAS SE ENCONTRAM NO RIO - E QUEREM EMPOBRECER VOCÊ

"Melancias do Mundo, Uni-vos!" deveria ser o tema da próxima conferência ambientalista, a Rio +20, a ser realizada no Rio de janeiro a partir de 19 de junho. O encontro será dedicado a infindáveis maquinações sobre como criar uma economia mundial centralmente planejada (sob o controle dos burocratas da ONU).

Um "ambientalista" é um socialista totalitário cujo objetivo verdadeiro é ressuscitar o socialismo e o planejamento centralizado da economia sob a desculpa de estar "salvando o planeta" do capitalismo e de suas 'consequências nefandas'. Ele é 'verde' por fora, mas vermelho por dentro, daí ser apropriadamente rotulado de "melancia".

Um conservacionista, em contraste, é alguém que está genuinamente interessado em solucionar problemas ambientais e ecológicos e em proteger animais e plantas e seus habitats. Ele não propõe que o governo force uma separação entre homem e natureza por meio da estatização da terra e de outros recursos, do confisco da propriedade privada, da proibição da criação privada de certos tipos de animais, da regulação do consumo de calorias etc. Ele não é um ideólogo socialista determinado a destruir o capitalismo.

Ele não se manifesta publicamente dizendo ansiar para que um novo vírus surja e aniquile milhões de humanos, como fez o fundador da ONG "Earth First". Com alguma frequência, ele busca maneiras de utilizar as instituições do capitalismo para solucionar problemas ambientais. Há até um novo rótulo para tal pessoa: ambientoendedor. Ou ele também pode ser considerado um "ambientalista pró-livre mercado" que entende como direitos de propriedade, direito consuetudinário e mercados podem resolver vários problemas ambientais, como de fato já o fizeram.

À luz desta distinção entre um ambientalista e um conservacionista, "Melancias do Mundo, Uni-vos!" deveria ser o tema da próxima conferência ambientalista, a Rio +20, a ser realizada no Rio de janeiro a partir de 19 de junho. O encontro será dedicado a infindáveis maquinações sobre como criar uma economia mundial centralmente planejada (sob o controle dos burocratas da ONU), sempre tomando o cuidado de utilizar o mais novo eufemismo criado para designar um planejamento central socialista: "desenvolvimento sustentável".

Isto não significa que as Melancias do Mundo serão bem-sucedidas; significa apenas que elas são tão numerosas quanto moscas sobre um rebanho bovino, e que jamais irão desistir de sua quimera a respeito de uma economia mundial socialista e centralmente planejada, não importa o pesadelo que o socialismo tenha sido para milhões de pessoas ao redor de todo o mundo.

Embora a histeria ambientalista não seja algo realmente novo na história do mundo, poucos sabem quem realmente criou e estimulou a atual estratégia utilizada pelas melancias: seu inventor foi uma das eminências pardas do socialismo acadêmico, o falecido e famoso economista Robert Heilbroner.

Tudo começou em um ensaio publicado em 10 de setembro de 1990 na revista The New Yorker intitulado "Após o Comunismo". Escrito justamente durante o colapso mundial do socialismo — e durante a tardia constatação de que os governos socialistas ao longo do século XX haviam assassinado mais de 100 milhões de seus próprios cidadãos como parte do "preço" de se estabelecer o "paraíso socialista" na terra —, o ensaio de Heilbroner foi um grande mea culpa (ver o livro Death by Government, de Rudolph Rummel).
Ele até mesmo chegou escrever as palavras "Mises estava certo" a respeito das inerentes falhas e contradições do socialismo, referindo-se aos escritos de Ludwig von Mises nas décadas de 1920 e 1930 que explicavam em grandes detalhes por que o socialismo jamais poderia funcionar como sistema econômico (além de seu livro Socialism, ver seu artigo seminal O cálculo econômico sob o socialismo).

Após admitir que ele próprio estava completamente equivocado ao longo de todo o último meio século, durante o qual ele havia dedicado toda a sua carreira acadêmica promovendo o socialismo nos EUA (o propósito dissimulado de seu livro The Worldly Philosophers, que fez dele um milionário), Heilbroner, com muito pesar, lamentou que "Não estou muito esperançoso quanto às chances de o socialismo continuar sendo considerado uma importante forma de organização econômica..." Enquanto grande parte do resto do mundo celebrava freneticamente a morte desta instituição diabolicamente cruel, Heilbroner estava aos prantos e de luto.

Porém, em vez de enfrentar a realidade de que todas as formas de socialismo são inerentemente más, cruéis e tirânicas, Heilbroner enfatizou que "o colapso das economias planejadas nos forçou a repensar o significado de socialismo". (Por estar escrevendo para a The New Yorker, Heilbroner, muito coerentemente, pressupôs que todos os leitores eram ideólogos socialistas como ele, daí o pronome oblíquo "nos"). Afinal, continuou ele, "o socialismo é uma descrição geral da sociedade em que gostaríamos que nossos netos vivessem." Porém, "o que restou, portanto," da "honorável denominação 'socialismo'?", perguntou Heilbroner.

O homem estava obviamente deprimido e desanimado com o fato de que a história havia demonstrado que sua carreira acadêmica havia sido uma completa fraude, mas ele não estava disposto a conceder derrota e admitir este fato. Tampouco estava ele dispoto a desistir de perpetrar os mesmos tipos de fraude que havia perpetrado durante todo o meio século anterior.
Um novo subterfúgio deveria ser inventado, disse ele, para enganar ou acalentar o público, fazendo com que ele se mostrasse novamente disposto a adotar o socialismo. Isso poderia demorar um pouco, admitiu ele, mas se "nós" obtivermos êxito, "nossos bisnetos ou tataranetos poderão estar preparados para se submeter a arranjos sociais que nossos filhos e netos rejeitaram."

O subterfúgio sugerido por Heilbroner foi explicado por ele próprio da seguinte maneira: "Há, no entanto, uma outra maneira de olharmos para o socialismo. Tal maneira seria concebê-lo... como a sociedade que irá inevitavelmente surgir caso a humanidade tenha de lidar com ... o fardo ecológico que o crescimento econômico vem impondo ao ambiente." Em outras palavras, "nós" socialistas temos todos de nos transformar em melancias. Se um número suficientemente grande do público puder ser ludibriado por este subterfúgio, então o "capitalismo terá de ser monitorado, regulado e restringido de tal forma que seria difícil chamar esta nova ordem social de capitalismo".

Foi esta, portanto, a estratégia recomendada por Heilbroner em seu ensaio de 1990. Os socialistas teriam de mudar sua postura: em vez de acusar o capitalismo de ineficiência e desperdício, a nova estratégia seria acusá-lo de destruição ambiental e, consequentemente, criar inúmeras burocracias, regulamentações e leis com a explícita intenção de subverter totalmente as características do capitalismo a ponto de fazer com que, segundo os próprios socialistas, o novo arranjo social gerado não possa de modo algum ser considerado capitalismo.
E é exatamente isto o que será discutido no próximo evento ambientalista no Rio.
Thomas DiLorenzo é professor de economia no Loyola College, em Maryland e membro do corpo docente senior do Mises Institute. É o autor dos livros The Real Lincoln, Lincoln Unmasked, How Capitalism Saved America: The Untold History of Our Country, From the Pilgrims to the Present e, mais recentemente, Hamilton's Curse:How Jefferson's Archenemy Betrayed the American Revolution - And What It Means for Americans Today…

12 de junho de 2012
Publicado no site do Instituto Ludwig von Mises Brasil.
Thomas DiLorenzo
Tradução: Leandro Augusto Gomes Roque

CPI NÃO CONSEGUE ABAFAR MENSALÃO

A ânsia de dar o troco - no bom sentido, aquele de vingança e não no sentido aquele de devolver comissão de propina - caiu como uma luva na CPI do Cachoeira. Os membros duros governistas que integram a comissão obedeceram a ordem de Lula e "foram fundo" na inquisição ao tucano Marconi Perillo. Quase criaram a CPI do Goiás.
Reprodução/Senado
O lastimável, no entanto, foi constatar que os súditos não souberam fazer a lição de casa. Pela primeira vez, depois de 30 anos de espera para chegar ao poder e após dez anos de governo ininterrupto, o PT e a banda aliada foram tão ineptos quanto a oposição tem sido até aqui.

Ao invadirem a vida privada do tucano, os governistas se perderam na coisa pública e deixaram intocável e livre o ninho da corrupção - sistema monitorado por um bicheiro asssociado aos propineiros paraestatais - que tomou conta do País e das burras públicas e notórias.

Depois de mais esta sessão pastelão, a CPI não é do Cachoeira, nem do Goiás, nem Mista; é a CPI é do Nada, como já se esperava desde que recebeu as bençãos do semideus Lulalé da Cuca.

A esta altura, Luiz Erário Lula da Silva deve estar com azia até nos dentes: essa CPI do Cachoeira não vai nem sequer fazer cócegas no Mensalão.

Agora ele mesmo, precursor dessa Comissão Pra/lamentar de Inquérito já sabe que "doa a quem doer" o escândalo dos mensaleiros vai continuar sendo a mais vergonhosa marca que um governo legou à História do Brasil
 
12 de junho de 2012
sanatório da notícia

ESTAMOS FICANDO SEM COMIDA?


O Instituto Ludwing Von Mises Brasil, cujo site é de visita obrigatória, publicou um excelente artigo de Kel Kelly (vide perfil ao final do post), que tem por título uma indagação: "Estamos ficando sem comida?".
 
De forma simples e sem rodeios vai diretamente ao ponto: sempre que a comida desaparece é porque aparecem os governos se intrometendo no mercado. É um texto que deveria estar publicado nos jornais da grande imprensa.
Todavia os editores da mídia tradicional - jornalões, rádios e televisões - invariavelmente são pautados pelo pensamento de viés comunista que, a despeito da desgraça que castiga todos os Estados totalitários com a escassez dos gêneros alimentícios, continuam abrindo espaço para editoriais, artigos e reportagens que pregam a intervenção estatal em todos os domínios da vida social.
 
Tanto é que gente da laia de Paul Krugman e similares têm espaço garantido na imprensa em nível internacional. A grande mídia, como tenho afirmado de forma recorrente aqui no blog, transformou-se por isso mesmo, num fantástico aparelho de lavagem cerebral comunista.
 
Não há um dia em que a grande mídia não destile - pasmem - o seu ódio e ogeriza à liberdade, sobretudo à liberdade econômica, estando aí, como não poderia deixar de ser, implicada a liberdade política.
 
Portanto sobra, por enquanto, a internet onde é possível encontrar um contraponto oportuno a esse festival de iniqüidades que é difundido como verdade absoluta. Por isso vale a pena ler este artigo. Transcrevo os parágrafos iniciais com link para a continuação da leitura. É também um convite para que leiam os textos que estão lá no site do Instituto Ludwig Von Mises Brasil. Leiam:
 
Paul Krugman escreveu no The New York Times, de 7 de abril, que há uma escassez de comida no mundo, acompanhada de preços galopantes. Por causa disso, as pessoas pobres da África e de outros lugares estão famintas. Ele sugere que isso aconteceu principalmente pelas seguintes razões:
  • nova demanda por comida por parte da China
  • alta do preço do petróleo
  • tempo ruim em importantes áreas agrícolas (principalmente na Austrália)
  • redução de terras cultiváveis disponíveis para o plantio de alimentos - em prol do cultivo de biocombustíveis, com o propósito de fornecer fontes alternativas e (dizem) ambientalmente limpas, como o etanol
A solução que Krugman aponta para esses problemas é que entreguemos mais do nosso dinheiro para o governo, para que assim ele possa resolver o problema que o mercado é aparentemente incapaz de solucionar.
Agora, vamos ver o verdadeiro cenário:
Independente de alguém achar que os fatores listados acima têm um papel importante na escassez mundial de alimentos, existem de fato dois fatores de primordial importância relacionados aos custos e à escassez de alimentos, e Krugman não os menciona e talvez nem saiba deles.
 
Primeiro: a causa essencial de qualquer escassez é a ausência de um livre mercado, já que uma verdadeira escassez não tem como surgir em um ambiente de genuíno livre mercado.
Ao contrário, mesmo que os preços dos bens aumentassem quando a oferta começasse a se reduzir, ainda assim esses bens em questão estariam sempre disponíveis a algum preço - e quanto mais alto fosse esse preço, mais a oferta aumentaria para se igualar à demanda, o que iria obviamente reduzir os preços.
 
Se tivéssemos um livre mercado mundial, os alimentos seriam exportados de alguns países, como os EUA e a Europa, onde a comida é abundante, para os países onde ela está em falta. Isso aconteceria porque seria lucrativo enviar bens para áreas necessitadas como a África, onde escassezes estariam fazendo os preços subir.
 
O fato de isso não estar acontecendo agora só pode ser resultado de controles de preços feitos pelo governo (o que impede os preços de subirem nos países necessitados), de restrições comerciais, ou de alguma outra barreira governamental que impede as pessoas de conseguir o que elas querem.
O Banco Mundial citou uma lista de 21 países que adotam controle de preços sobre artigos básicos. Todos nós nos lembramos das histórias sobre pessoas famintas na Etiópia na década de 1980, quando 3 milhões de pessoas estavam sofrendo de inanição.
 
O que ninguém falou era que havia 60 milhões de pessoas na Etiópia na mesma época que não foram afetadas pela fome. O transporte de comida de uma parte do país, onde ela era abundante, para outra parte, afetada pela seca, foi impedida por um conflito entre o governo e grupos rebeldes perto da área castigada pela seca.
 
Os incentivos econômicos foram inibidos por várias ações governamentais, como a retenção forçada de suprimentos de comida (para que os soldados rebeldes não tivessem acesso aos suprimentos), o controle de preços, o banimento em grande parte do país da venda de grãos por atacado, e a proibição da venda privada de produtos ou maquinarias agrícolas. Uma situação similar ocorreu no Zimbábue no início da década de 2000.
 
O economista indiano Amartya Sen ganhou o Prêmio Nobel ao demonstrar que a maioria dos casos de fome é causada não pela escassez de comida, mas pelas intromissões imprudentes dos governos no funcionamento dos mercados. Clique AQUI para continuar lendo o artigo completo
 
12 de junho de 2012
in aluizio amorim

O MODELITO MARINA SILVA NO LIXO

O dia em que Izabella Teixeira tirou o modelito Marina Silva e vestiu o figurino Kátia Abreu. A senhora ficou mais bonita, ministra!
Autorizada a falar sobre Código Florestal - ao contrário do ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro Filho, que na sexta-feira foi desautorizado pela presidente Dilma Rousseff-, Izabella Teixeira defendeu os vetos parciais ao Código Florestal e a MP apresentada ao Congresso. A ministra também rebateu as críticas feitas por organizações internacionais às vésperas da Rio+20.

"Quais são os países do mundo com reserva legal dentro da propriedade privada?", retrucou a ministra. De acordo com Izabella Teixeira, a medida provisória mantém as garantias de proteção do código anterior e as áreas de preservação da Amazônia.
Para a ministra, os países que criticam o Código Florestal não apresentam o mesmo avanço que o Brasil na preservação de florestas. "Me diga qual o país tem isso, aí eu começo a conversar com as pessoas desse país sem nenhum problema", afirmou, após participar do ciclo de debates Brasil Sustentável – um caminho para todos, ocorrido nesta terça-feira, no Jardim Botânico.

Segundo Izabella, o Código Florestal deve ser realista. "Não me interessa uma lei destine 85% da propriedade rural para floresta e tire o produtor rural que está lá há 100 anos. Temos que tratar disso dentro da realidade", afirmou.
 
Da Veja
12 de junho de 2012
coroneLeaks

FINALMENTE ALGUÉM DIZ COISA COM COISA NA CPI: KÁTIA ABREU. ELA QUER CRIAR TRÊS SUBCOMISSÕES


A senadora Kátia Abreu (PSD-TO) faz uma proposta para que a CPI saia do ramerrame. Anunciou que vai apresentar um requerimento para a criação de três subcomissões:

a) uma para investigar a contravenção;

b) uma para investigar a Delta e

c) uma terceira para estudar alternativas à Lei de Licitações, que, com efeito, já está desmoralizada.

É ela que está na raiz de boa parte das lambanças do país.
Isso, sim, pode fazer a CPI avançar.
O caso da contravenção, diga-se, já está quase todo esclarecido. Não sabemos quase nada, aí sim, é sobre a construtora Delta.
Como bem apontou Kátia, se a construtora se meteu, no Centro-Oeste, com a contravenção para fazer negócios, é evidente que o negócio da Delta não é a contravenção.
É outro! Muito mais lucrativo.

12 de junho de 2012
Por Reinaldo Azevedo

QUANDO O HUMOR RETRATA A REALIDADE


12 de junho de 2012

AO SOM DE PARSIFAL, DANÇAM LOBOS BOBOS


Dá para imaginar Cristo, banqueiro? Buda, grande empresário do petróleo? Gandhi, chefiando exércitos no Vietnã, Iraque ou Afeganistão? Francisco de Assis, jogando bombas atômicas em crianças, mulheres e homens?

Dá para imaginar Hitler, Bush (pai e filho), Stálin, Médici e Costa e Silva, buscando o entendimento dos povos por meio do amor? Dá pra imaginar Carlos Slim, Bill Gates, Warren Buffett, Eike Batista, distribuindo suas riquezas para seguir os ensinamentos de Cristo?

Dá para imaginar os institutos filantrópicos criados pelos homens mais ricos e poderosos do mundo que não tenham os nomes deles? Dá pra acreditar que Carlos Slim, Bill Gates, Warren Buffett, Eike Batista… construíram os seus impérios de forma honesta e com o suor do próprio rosto?

Dá para entender porque a riqueza de dezenas e dezenas de países com quase um bilhão de habitantes é inferior a riqueza dos 50 homens mais ricos do mundo? Já em 1999 a soma da riqueza de Bill Gates, Warren Buffet e Paul Allen era superior a soma total da riqueza de 600 milhões de habitantes dos 48 países mais pobres do mundo.

Dá para entender por que alguém mentiria descaradamente ao não ligar o Capitalismo (Capitalismo Comercial, baseado no Mercantilismo; Capitalismo Industrial, surgido com a Primeira e a Segunda Revolução Industrial; Capitalismo Financeiro, irmão-siamês da Terceira Revolução Industrial) como o sistema econômico (político), que mais assassinou pessoas do ano de 1500 até os dias atuais?

Por que o Capitalismo necessariamente tem que “criar” inimigos o tempo todo? Por que a maior indústria do mundo é a armamentista. Porque as pessoas de coração empedernido não conseguem entender que as críticas feitas à concentração de renda não se trata majoritariamente de “inveja”, mas sim, bom senso?

É, tem hora que cansa o “diálogo entre surdos”… O Homem Velho resiste ao Homem Novo. Animais que somos, mesmo dotados de uma tecnologia de milhares de anos, o barbarismo sobrevive em nós… E uma de suas expressões mais cruéis é o Capitalismo, fruto do medo, da covardia, do orgulho, da ambição, da competição extremada e da ignorância.

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TRÊS PENSAMENTOS

“Como a escravatura e o apartheid, a pobreza não é natural. É uma fabricação humana e pode ser ultrapassada e eliminada pela ação do ser humano” (Nelson Mandela).
“A terra possui recursos suficientes para prover às necessidades de todos, mas não à avidez de alguns.” (Mahatma Gandhi)

“Não ajunteis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam; Mas ajuntai tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem, e onde os ladrões não minam nem roubam. Porque onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração” (Jesus Cristo, Mateus 6:19-21).

ESTUDO APONTA MODERNZAÇÃO DO ARSENAL NUCLEAR NO MUNDO


O jornalista Sergio Caldieri nos envia este texto mostrando que as potências mundiais seguem modernizando seu arsenal nuclear.

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EUA E CHINA NA LIDERANÇA

Uma análise publicada dia 4 na Suécia conclui que as já conhecidas potências nucleares continuaram modernizando seu arsenal em 2011. A pesquisa do Instituto de Estudos para a Paz (Sipri, na sigla em inglês) revela que os Estados Unidos continuam encabeçando a lista dos países que mais aumentaram seus gastos no âmbito militar.

Washington investiu em 2011 cerca de 711 bilhões de dólares, cinco vezes mais que a China, que continua em segundo lugar. O gasto total mundial no setor militar em 2011 foi de 1,74 trilhão de dólares, alta de 0,3% em comparação a 2010, segundo o instituto de Estocolmo.

Oito países (EUA, Rússia, Reino Unido, França, China, Índia, Paquistão e Israel) possuem 4.400 armas nucleares operacionais. Destas, 2 mil poderiam ser usadas em combate a qualquer momento.

Segundo o Sipri (instituto especializado em pesquisas em conflitos, armas, controle de armas e desarmamento), Estados Unidos, Rússia, China, França e Reino Unido permanecerão “potências nucleares em um futuro indefinido”, pois continuam modernizando o seu sistema de armas nucleares.

Faltam informações sobre a Coreia do Norte.O estudo revela que, embora o país tenha capacidade nuclear, não foi realizado publicamente nenhum anúncio confirmando a posse de armas nucleares. Porém, o Instituto acredita que o país disponha de 30 quilos de plutônio, o suficiente para construir oito bombas nucleares.

De acordo com um relatório do Conselho de Segurança divulgado em 2011, o país vem seguindo um programa de enriquecimento de urânio por vários anos ou até mesmo décadas, mas “não se sabe se a Coreia do Norte produziu urânio altamente enriquecido para uso em armas nucleares”, conclui o Sipri.

A Índia possui entre 80 e 100 ogivas nucleares e o Paquistão, entre 90 e 100. Já Israel dispõe de 80 ogivas nucleares.

Por outro lado, o relatório salienta que os conflitos ao redor do mundo estão diminuindo, são mais curtos e menos mortais, e que o número de guerras entre países atingiu um nível historicamente baixo.

As guerras civis nas nações em desenvolvimento são agora a principal forma de conflito, como ficou demonstrado após as recentes reviravoltas nos países árabes.

link para o estudo: http://www.sipri.org/yearbook

TAXA MÉDIA OFICIAL DE CONGESTIONAMENTO ERA DE 69% NA JUSTIÇA DO TRABALHO

 

Muito se discute sobre a segurança do que se incorporou materialmente na propositura da ação, ao da conquista do direito material no âmbito da Justiça do Trabalho, em face da dificuldade que seus juízes encontram para executar a sentença. Em primeiro plano, este trauma processual é atribuído pelos julgadores à ausência de instrumentos eficazes de constrição.

Essa visão opaca do julgador estatal é vista como forma de fuga a responsabilidade jurisdicional, relegada a uma frágil justificativa pela situação que se encontra este judiciário, onde 83% (50% são ações públicas) de suas ações, sejam por erro da condução do processo, ou por dificuldade de encontrar meios para constrição de bens, se tornaram inexecutáveis.

Os principais entraves, salvo por erro de juízo, ocorrem quando surgem: a) exceção de incompetência ou suspeição do juiz (CLT, art. 799 e inciso III do artigo 265 do CPC; b) falta de localização do devedor ou de bens que a garantam (Lei 6830/80, art. 40 e parágrafos); c) inexistência de bens que a garantam (CPC, art. 791, III)d) pela morte ou perda da capacidade processual de qualquer das partes, de seu representante legal ou de seu procurador (CPC, art. 265, I); e) interposição de embargos de terceiro, versando sobre a totalidade dos bens penhorados (CPC, art. 1052).

De fato a morosidade na tutela jurisdicional representa um prejuízo para o empregado e também para o empregador, que necessitam de uma rápida solução da lide. Este resultado jurídico (sentença) é um ser invisível, já que a concessão do direito não oferece garantia de solução final do processo. Isso não é privilégio apenas da JT, já que atualmente, números do CNJ indicam que as varas e os tribunais de todo país acumulam 86,6 milhões de ações, dos quais 20% (cerca de 18 milhões) tramitam na Justiça do Trabalho.

A execução é o “calcanhar de Aquiles” na laboral, que julga anualmente 2,8 milhões de ações, mas tem um resíduo quase igual de processos em fase de execução — aquela em que o trabalhador efetivamente recebe os valores reconhecidos nas sentenças trabalhistas.
A taxa média oficial de congestionamento (fonte TST) nessa fase processual, em novembro de 2010, era de 69%, número que foi considerado pelo presidente do TST ministro Orestes Dalazen, de “elevadíssima e insuportável”. Isso significa que, em média, de cada cem reclamantes que obtêm ganho de causa, somente 31 alcança êxito efetivo na cobrança de seu crédito, um resultado que leva à descrença na Justiça.

No ano de 2000 as Comissões de Conciliação Prévia (CCP) foram insertas no ordenamento jurídico através da lei 9.958/2000, como alternativa para a solução de conflitos laborais. Quando tudo parecia resolvido, essas Comissões passaram a ser sistematicamente “bombardeadas” pelos juízes da especializada, a bem da verdade, porque constituíam ameaça à sua reserva de mercado.

SÓ PODE DAR NISSO AÍ

 

Retorno ao fato porque é de riqueza extraordinária. Quem assistiu “Diários de Motocicleta” há de lembrar da passagem de Che Guevara pelo leprosário de San Pablo, atendido por uma congregação de religiosas no meio da selva, às margens do Amazonas.
E há de lembrar que para os sinistros efeitos do filme, Che é apresentado como um santo abrasado de amor aos enfermos, e as irmãs como um perverso corpo de autoridades locais. Pura mistificação!

Após duas semanas fazendo travessuras por ali enquanto superava uma crise de asma, Che bateu asas e foi fazer seu turismo revolucionário noutra freguesia. Quanto às irmãs, tão maltratadas pelo filme, continuaram, vida afora, enfiadas no mato, cuidando dos leprosos.
Eis um bem torneado exemplo da diferença entre o verdadeiro amor ao próximo e a fantasia que empresta ao marxismo e ao comunismo o brilho vulgar das lantejoulas. Para o cineasta Walter Salles as religiosas eram megeras e Guevara um anjo de bondade.

Tem sido cada vez mais recorrente a publicação de artigos sobre Educação. Junto-me, então, a administradores, economistas, empresários, filósofos que enveredaram por essa pauta. Vou enfocá-la sob um aspecto que – não se surpreenda, leitor – tem muito a ver com o filme abordado acima.
Aliás, são tão recorrentes as reflexões sobre o tema da Educação por profissionais das mais variadas especialidades que o fato já despertou reações adversas, contestando a concessão de espaço para quem não é do ramo. Os não educadores seriam meros palpiteiros. Mas convenhamos, é muito difícil ficar calado diante do que se vê.

Imagine um brasileiro que percorra do primeiro ao último degrau o sistema de ensino do país. Qual a corrente filosófica a que mais esteve submetido durante todo esse período, ainda que haja trocado de escola, de cidade e de Estado, em cada trecho do percurso escolar? Pois é. Marxismo. É análise marxista, crítica marxista, economia marxista, visão marxista da história, teologia da libertação, pedagogia do excluído e, como lastro para o materialismo histórico, camadas maciças de maledicência sobre o cristianismo.

Esse marxismo de polígrafo escolar tem a profundidade de um pires. Os que o lambem como tema de casa são incapazes de escrever uma lauda a respeito, mas saem do colégio prontinhos para ler a vida com os olhos que lhes deram. Assistem “Diários de Motocicleta” e concluem: no peito de Che batia um coração de mártir; já o coração daquelas beatas do leprosário não se abria nem com formão e martelo.

Só escapam dessa linha de montagem, que inclui a maioria dos estabelecimentos de ensino confessionais, os poucos estudantes que recebem em casa, ou de algum professor achado por pura sorte no meio do caminho, dose suficiente de antídoto para enfrentar o que lhes é ministrado ao longo dos cursos.
Se mesmo nos bons educandários, deixa-se de lado a sã filosofia e se depreciam os grandes valores que inspiraram e inspiram a imensa maioria dos melhores vultos da humanidade, pergunto: como esperar das elites brasileiras que junto a esses estabelecimentos buscam formação, coisa melhor do que isso que vemos por aí?

Quando parece muito normal que o governo contrate um grupo para escrever o passado (Walter Salles faria excelente documentário sobre a comissão), a temática educacional há de ser, sim, motivo de grave preocupação para quem reflita sobre o futuro do país.

12 de junho de 2012
Percival Puggina

SOBRE INTELECTUAIS E DEMOCRACIA


Na situação atual, nossa principal tarefa não é imaginar mundos melhores, mas pensar em como evitar piores. O tipo de intelectual que delineia grandes horizontes idealizados e improváveis talvez não seja a pessoa a quem mais devemos prestar atenção


A atividade intelectual é um pouco como a sedução. Se você for direto ao alvo, é quase certo que não seja bem-sucedido. Se quiser ser alguém que contribui para os debates históricos mundiais, é quase certo que não tenha êxito se já começar contribuindo para os debates históricos mundiais.
A coisa mais importante a fazer é falar sobre as coisas que têm, por assim dizer, ressonância histórica mundial, mas no nível em que você é capaz de ser influente. Se a sua contribuição à conversa for então captada e se tornar parte de uma conversa maior, ou parte de conversas travadas também em outros locais, tanto melhor.

Assim, não penso que os intelectuais façam bem falando sobre a necessidade de que o mundo seja democrático, ou sobre a necessidade de que os direitos humanos sejam mais respeitados mundo afora. Não que essas declarações sejam pouco desejáveis, mas o fato é que elas contribuem muito pouco, seja para a consecução do objetivo, seja para incrementar o rigor da discussão.
Mas, se a mesma pessoa mostrar exatamente o que há de imperfeito na democracia e nas democracias, estará lançando uma base muito melhor para a argumentação de que a nossa é uma democracia que as outras deveriam ser incentivadas a emular.
Dizer meramente que a nossa é uma democracia ou dizer que não estou interessado na nossa, mas quero ajudar a construir a sua, provoca a resposta: bem, vá em frente, conserte a sua e então talvez consiga uma plateia estrangeira, e por aí vai. Para sermos internacionais, temos primeiro que ser nacionais.

Com o que deveríamos estar nos preocupando hoje? Estamos no final de um ciclo muito longo de avanço. Um ciclo que começou em fins do século XVIII e que, não obstante tudo o que ocorreu desde então, continuou essencialmente até os anos 1990: a contínua ampliação do círculo de países cujos governantes são compelidos a aceitar algo como o regime da lei.
Creio que isso foi abafado, a partir dos anos 1960, por duas expansões distintas, mas relacionadas: a da liberdade econômica e a da liberdade individual. Estes dois últimos desenvolvimentos, que parecem estar relacionados com o primeiro, são na verdade potencialmente perigosos para ele.

Vejo o século atual como um século de crescente insegurança suscitada parcialmente por uma liberdade econômica excessiva, usando a palavra liberdade num sentido muito específico, e a crescente insegurança provocada também por mudanças climáticas e Estados imprevisíveis.
Como intelectuais ou pensadores políticos, é provável que nos vejamos confrontados com uma situação na qual nossa principal tarefa não é imaginar mundos melhores, mas pensar em como evitar piores. E essa é uma espécie ligeiramente diferente de situação, na qual o tipo de intelectual que delineia grandes quadros de situações idealizadas e improváveis talvez não seja a pessoa a quem mais vale a pena dar ouvidos.

Talvez nos vejamos perguntando como podemos defender direitos legais, constitucionais ou humanos estabelecidos, normas, liberdades, instituições e assim por diante. Não estaremos perguntando se a Guerra do Iraque era uma maneira boa ou má de levar democracia, liberdade, o mercado etc. ao Oriente Médio, mas sim: era um empreendimento prudente, mesmo que alcançasse seus objetivos? Pensemos no custo da opção: o potencial perdido que poderia ser utilizado para alcançar outras coisas com recursos limitados.

Tudo isso é duro para os intelectuais, a maioria dos quais se imagina defendendo e propondo grandes abstrações. Mas penso que nas próximas gerações o modo de defender e propor grandes abstrações será defender e cuidar de instituições, leis, normas e práticas que encarnam nossos melhores esforços em relação a essas grandes abstrações. E os intelectuais que se importarem com elas serão as pessoas que terão mais importância.

Timothy Snyder: Não é que o sujeito deva sair falando sobre democracia ou espalhando-a por aí, mas sim entender que se trata precisamente de uma coisa muito delicada, feita de pequenos e frágeis mecanismos e práticas. Um dos quais é garantir que os votos sejam computados.

e você observar a história das nações que maximizaram as virtudes que associamos à democracia, notará que o que veio primeiro foi a constitucionalidade, o império da lei e a separação de poderes. A democracia quase sempre veio depois.

Se entendermos por democracia o direito de todos os adultos participarem da escolha do governo que vai dirigi-los, isso foi implantado muito tarde – no meu tempo de vida, em alguns países que hoje vemos como grandes democracias, como a Suíça, e certamente, no tempo de vida de meu pai, em outros países europeus, como a França. Portanto, não devemos dizer a nós mesmos que a democracia é o ponto de partida.
A democracia está para uma sociedade liberal bem-ordenada como um mercado excessivamente livre está para um capitalismo bem-sucedido e bem regulado.

A democracia de massa numa era de meios de comunicação de massa significa, por um lado, que você pode revelar muito rapidamente que Bush roubou a eleição de 2000, mas, por outro lado, que grande parte da população não está preocupada com isso. Ele teria menos condições de roubar a eleição numa sociedade liberal e antiquada do século XIX, baseada num sufrágio mais restrito: as relativamente poucas pessoas de fato envolvidas teriam se importado muito mais.
Portanto, pagamos um preço pela massificação de nosso liberalismo, e deveríamos compreender isso. Não é um argumento em favor do retorno ao voto restrito ou a duas classes de eleitores, ou o que isso signifique – os informados e os desinformados. Mas é um argumento em favor da compreensão de que a democracia não é a solução para o problema das sociedades não livres.

Timothy Snyder: Mas não seria a democracia um bom candidato para um século mais pessimista? Porque ela é, creio, melhor defendida como algo que impede o surgimento de sistemas piores, e melhor enunciada como política de massa capaz de garantir que as pessoas não serão enganadas da mesma maneira o tempo todo.

máxima de Churchill de que a democracia é o pior sistema possível, com exceção de todos os outros, encerra alguma verdade, ainda que limitada. A democracia tem sido a melhor defesa em curto prazo contra alternativas não democráticas, mas não é uma defesa contra suas próprias deficiências genéticas. Os gregos sabiam que a democracia não é muito passível de sucumbir aos encantos do totalitarismo, do autoritarismo ou do poder oligárquico; ela é muito mais passível de sucumbir a uma versão corrompida de si própria.

As democracias se corroem bem depressa; elas se corroem linguisticamente, ou retoricamente, se você preferir – é esse o argumento de George Orwell quanto à linguagem. Elas se corroem porque a maioria das pessoas não se preocupa muito com elas.
Note que a União Europeia, cujas primeiras eleições parlamentares, realizadas em 1979, tiveram um comparecimento médio de 62%, está agora temendo um comparecimento de menos de 30%, embora o Parlamento Europeu hoje tenha mais importância e mais poder.
A dificuldade de sustentar o interesse voluntário na questão da escolha das pessoas que vão governar você é algo bem patente. E a razão pela qual precisamos de intelectuais, bem como de todos os bons jornalistas que pudermos encontrar, é preencher o espaço que cresce entre as duas partes da democracia: os governados e os governantes.

12 de junho de 2012
TONY JUDT

FIM DO MUNDO + 20

ilustração pojucanConferência sobre o clima é um negócio que o ser humano inventou para dar a impressão de que não está totalmente alheio ao fim do mundo. Hora de mostrar que a lambança ambiental é um fenômeno consciente e devidamente sustentável pela estupidez da raça.

Tudo que o homem não fará nos próximos 20 anos para preservar o planeta e a própria espécie será exaustivamente combinado por representantes de 193 países reunidos a partir de amanhã na tal Rio + 20.

Tudo que o homem ficou de fazer e não fez nos últimos 20 anos contra o aquecimento global e a degradação da biodiversidade também será revisado em debates e exposições interativas sobre desmatamento, efeito estufa, secas, inundações, degelo, poluição, fome…

Nos próximos 10 dias, o Rio será transformado numa espécie de parque temático do fim do mundo, com alternativas de final feliz à base de desenvolvimento sustentável, economia verde, erradicação da pobreza, inclusão social e, se bobear, namorada(o) bonita(o) para todos.

Pode não servir para nada depois que a conferência terminar, mas quando enfim o mundo acabar, restará ao ser humano o consolo de que não foi por falta de aviso – tá sabendo, né?

tutty vasques
12 de junho de 2012

IMPRENSA JÁ CONDENOU PT NO MENSALÃO, DIZ DELÚBIO, CÚMPLICE DE LULA

 
Imprensa já condenou PT no mensalão, diz Delúbio.

 'Esse negócio vai sair na mídia todo dia: Dirceu é ladrão, Delúbio é ladrão', afirma petista. O ex-tesoureiro do partido tem percorrido o interior do país para 'palestrar' a aliados sobre o julgamento
André Borges/Folhapress
Delúbio Soares, ex-tesoureiro do PT, fala a militantes da região de Morrinhos (GO) sobre o processo do mensalão
Delúbio Soares, ex-tesoureiro do PT, fala a militantes da região de Morrinhos (GO) sobre o processo do mensalão

O ex-tesoureiro do Diretório Nacional do PT Delúbio Soares disse ontem que a imprensa já condenou os réus do partido no julgamento do mensalão.

"Estamos condenados pela imprensa, mas não podemos baixar a cabeça. A denúncia, com todo o respeito ao Procurador-Geral da República, foi uma fantasia", disse Delúbio em reunião com um grupo de aliados em Morrinhos (GO).

"Quem for candidato do PT tem que se vacinar. Esse negócio do mensalão vai sair na mídia todo dia: 'Dirceu é ladrão, Delúbio é ladrão'. E os adversários vão pegar esse embalo", afirmou.

Na reunião em Morrinhos estavam presentes cerca de 30 integrantes do partido, entre eles possíveis candidatos nas próximas eleições.

Delúbio Soares é um dos 38 réus no processo do mensalão, cujo julgamento deve ter início no dia 1º de agosto no STF (Supremo Tribunal Federal).

Ex-dirigente da sigla, Delúbio é acusado pelo Ministério Público Federal de integrar o núcleo político do esquema, revelado em 2005.

Ele responde por crimes de corrupção e formação de quadrilha pelo suposto envolvimento no esquema de compra de parlamentares da base do governo ocorrido no primeiro mandato do ex-presidente Lula.

Delúbio diz que o julgamento vai prejudicar os partidos da base aliada nas próximas eleições, em outubro: "Julgando agora, ou daqui a dois meses, ou três meses, o processo está entrando em fase de maturação para ser julgado. Não tenho medo para ser julgado agora em agosto, mas acho vai prejudicar as campanhas eleitorais dos partidos aliados", afirmou.


A apresentação de Delúbio em Morrinhos faz parte de uma caravana promovida pelo ex-tesoureiro diversas cidades do interior do país.

Com foco no interior, Delúbio vem intensificando essas "palestras", sempre repetindo o discurso de que o mensalão foi "uma fantasia".

12 de junho de 2012
ERICH DECAT - Folha de São Paulo
ENVIADO A MORRINHOS (GO)