"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

NOVAS CONSIDERAÇÕES SOBRE O RACISMO

Ou: Como Heraldo Pereira ousa ser negro e livre? Isso é imperdoável aos racistas de segundo grau.

Por que alguém se considera no direito de tachar um dos jornalistas mais talentosos e mais bem-preparados de sua geração de “negro de alma branca” e de afirmar que ele “não conseguiu revelar nenhum atributo para fazer tanto sucesso, além de ser negro e de origem humilde”, como fez um senhor chamado Paulo Henrique Amorim com Heraldo Pereira? Minhas caras, meus caros, essa história vem de longe. E será preciso apelar aqui à origem de certas idéias, que acabaram definindo alguns paradigmas. Antes que entre propriamente no aspecto mais perverso e quase invisível do racismo, terei de fazer algumas considerações.

Vocês conhecem bem os ataques de que sou alvo porque me oponho, por exemplo, à política de cotas raciais. Alguns militantes da causa, brancos e negros, acusam-me, por isso, de “racista”. Não vou debater cotas agora porque desviaria este post de seu propósito. Já escrevi muito a respeito. Pretendo abordar um aspecto do racismo que a muitos passa despercebido porque praticado, ou cultivado, por supostos porta-vozes de causas consideradas “progressistas” ou “de esquerda”, como queiram.

Nesta madrugada, publiquei um longo post sobre o livro “Aguanten Los K”, do jornalista argentino Carlos M. Reymundo Roberts. Recomendo o artigo a quem não o tenha lido. Roberts trata justamente das hordas de partidários do “kirchnerismo” que atuam nos blogs, no Twitter e até nas rádios, para reproduzir as verdades eternas do governismo e tentar destruir a reputação daqueles considerados “inimigos”. Na Argentina como no Brasil, esses vagabundos são alimentados por dinheiro público e obedecem a um comando partidário. Lá, são “Los K”; aqui, são “os petralhas”. Tentam dividir o mundo em duas metades: a boa, “progressista e de esquerda” (eles), e a má, “reacionária e de direita” (os outros).

Outra referência bibliográfica importante nesse debate é “O Fascismo de Esquerda”, do jornalista americano Jonah Goldberg. O autor procede a uma breve reconstituição histórica de alguns valores tidos nos EUA como “liberais” (lá, essa palavra quer dizer “à esquerda”) e evidencia o seu parentesco com teses e proposta do fascismo. Nos melhores momentos do livro, demonstra como as propostas mais autoritárias, discriminatórias mesmo!, podem ser consideradas verdadeiros poemas humanistas, desde que abraçadas por “liberais”, e como valores ligados aos direitos fundamentais do homem podem ser tidos como “autoritários” se defendidos por conservadores. A síntese é esta: os ditos “progressistas” serão sempre progressistas, mesmo quando reacionários; e os ditos “reacionários” serão sempre reacionários, mesmo quando progressistas. As esquerdas, em suma, mundo afora, se tornam “donas do humanismo”.

Atenção, meus queridos! Nenhum autoritarismo, por mais deletério e estúpido que seja, é tão estúpido e deletério quanto o das esquerdas e de seus apaniguados. É a história que me dá razão. O despotismo que se instala em nome da liberdade do povo é duplamente perverso porque pratica todas as violências com as quais prometeu acabar e ainda destrói a esperança.

Todas as ditaduras são asquerosas, de direita ou de esquerda. Mas as de esquerda são mais longevas e matam muito mais — incomparavelmente mais — porque seus assassinos falam em nome do bem da humanidade. Hitler era um facínora vagabundo, um recalcado homicida, que falava claramente em nome de um grupo, de uma “raça”. Já o seu antípoda complementar, Stálin, era tido como arauto de uma “nova humanidade”. Com razão e para o bem da civilização, os partidários do bigodinho assassino são reprimidos mundo afora; sem razão e para o mal da civilização, os admiradores do bigodão assassino ainda estão por aí, pautando, muitas vezes, o “debate de resistência”. Não é preciso ir longe. Integrantes dos governos petistas que tentaram instalar uma ditadura stalinista no Brasil, Dilma inclusive, dizem hoje se orgulhar da luta pela “democracia”… É uma mentira grotesca. Muito bem! E o que isso tudo tem a ver com Heraldo Pereira?

Vamos ao centro do racismo

É possível estabelecer a genealogia da discriminação racial nos vários países, inclusive no Brasil. Por razões específicas, na Europa e na Rússia, por exemplo, ela se voltou contra os judeus; no Brasil, contra os negros; na África subsaariana, contra tribos originalmente rivais — já que a cor da pele não tem importância. Combater a cultura e a prática da discriminação é um imperativo moral e ético. É matéria que diz respeito à civilização. A causa não é propriedade privada de uma ideologia, de um partido político ou de ONGs, movimentos sociais e seus associados.

O racismo bronco pode ser enfrentado com clareza porque visível. Os estúpidos, os bucéfalos, que saem por aí a vociferar o seu ódio contra negros, por exemplo, praticam o que costumo chamar de “racismo de primeiro grau”. São crus, desprovidos de qualquer ambição intelectual, mal escondem o seu recalque: ou acham que um negro bem-sucedido está a ocupar um lugar que lhes caberia por direito natural ou entendem que a presença do “outro” ameaça o seu próprio status. Merecem ser duramente enfrentados nas ruas, nas escolas, nas empresas, nos tribunais. Não, não acredito que o caminho sejam as cotas, mas, reitero, não entro nesse mérito agora.

O racismo de segundo grau

Já o racismo de segundo grau é coisa mais complicada. Embora seus cultivadores se digam inimigos da discriminação e aliados de todos os grupos que lutam pelos direitos das minorias, não compreendem — e, no fundo, não aceitam — que um negro possa ser bem-sucedido em sua profissão A MENOS QUE CARREGUE AS MESMAS BANDEIRAS QUE ELES DIZEM CARREGAR!

Eis, então, que um profissional com as qualidades de Heraldo Pereira os ofende gravemente. Sim, ele é negro. Sim, ele tem “uma origem humilde”. Ocorre que ele chega ao topo de sua profissão mesmo no país em que há muitos racistas broncos e em que a maior discriminação ainda é a de origem social. E chegou lá sem fazer o gênero do oprimido reivindicador, sem achar que o lugar lhe pertencia por justiça histórica, porque, afinal, seus avós teriam sido escravos dos avós dos brancos com os quais ele competiu ou que a luta de classes lhe roubou oportunidades.

Sabem o que queriam os “racistas de segundo grau”, essas almas caridosas que adoram defender minorias? Que Heraldo Pereira estivesse na Globo, sim, mas com o esfregão na mão e muito discurso contra o racismo na cabeça. Aí, então, eles poderiam dizer: “Vejam, senhores!, aquele negro! Por que ele não está na bancada do Jornal Nacional?” Ocorre que Heraldo ESTÁ na bancada do Jornal Nacional. E sem pedir licença a ninguém. Enquanto alguns negros, brancos, amarelos ou vermelhos choramingavam, o jornalista Heraldo Pereira foi estudar direito na Universidade de Brasília. Enquanto alguns se encarregavam de medir o seu “teor de negritude militante”, ele foi fazer mestrado — a sua dissertação: “Direito Constitucional: Desvios do Constituinte Derivado na Alteração da Norma Constitucional”.

Quando se classifica alguém como Heraldo de “negro de alma branca” — e já ouvi cretinos a dizer a mesma coisa sobre Barack Obama porque também insatisfeitos com a sua pouca disposição para o ódio racial —, o que se pretende, na verdade, é lhe impor uma pauta. Atenção para isto:
- por ser negro, ele seria menos livre do que um branco, por exemplo, porque estaria obrigado a aderir a uma determinada pauta;
- por ser negro, ele teria menos escolhas, estando condenado a fazer um determinado discurso que os “donos das causas” consideram progressista;
- ao nascer, portanto, negro ele já nasceria escravo de uma causa.

Heraldo os ofende porque diz, com todas as letras e com sua brilhante trajetória profissional: “Sou o que quero ser, o que decidi ser, o que estudei para ser, o que lutei para ser. Eu escolho, não sou escolhido! Sou senhor da minha vida, não um serviçal daqueles que dizem querer me libertar”. Heraldo os ofende porque não precisa que brancos bem-pensantes pensem por ele. E há ainda uma ofensa adicional: não é reconhecido como um “progressista com carteirinha do partido”.

Que pena os racistas de segundo grau não poderem passar a mão na cabeça de Heraldo Pereira, condoídos com a sua condição de vítima não é!? Em vez disso, quem está no topo é Heraldo. Os que gostariam de sentir dele aquela pena militante só caminham para a lata de lixo do racismo de segundo grau.

Ladrões de alma

Caminhando para o encerramento, noto ainda que a expressão “negro de alma branca” pretende roubar do alvo da ofensa a sua individualidade, de modo a transformá-lo numa monstruosidade moral, sem lugar. Por negro, Heraldo seria sempre um estranho entre os brancos. Por ter a alma branca, sendo negro, tentaria forjar uma identidade que não é a sua. Não é difícil concluir que este ser, então, não teria lugar nem entre os brancos nem entre os negros.

Esse caso, meus caros, expõe as entranhas do pior lixo racista, que é aquele praticado pelos ditos “progressistas”. Como é mesmo?
“Nenhum autoritarismo, por mais deletério e estúpido que seja, é tão estúpido e deletério quanto o das esquerdas e de seus apaniguados. É a história que me dá razão. O despotismo que se instala em nome da liberdade do povo é duplamente perverso porque pratica todas as violências com as quais prometeu acabar e ainda destrói a esperança.”

Heraldo Pereira é um homem livre — livre, inclusive, da agenda que queriam lhe impor. E isso lhes parece imperdoável.

PS - Ah, sim! Prestem atenção ao silêncio ensurdecedor dos ditos “progressistas”…

23 de fevereiro de 2012
Por Reinaldo Azevedo

E AGORA PT, QUE A LUZ ACENDEU? UMA VERGONHA!

Em edital de concurso na Bahia de Wagner, militância sindical e partidária contava mais pontos do que curso universitário; foi cancelado porque a “imprensa burguesa” descobriu!

É, como viram, uma manchete do jornal “Correio da Bahia”. Dá para entender por que os petralhas odeiam a imprensa e por que mantêm uma rede de difamação a soldo.
Sim, O que está sintetizado aí é absolutamente verdadeiro: o governo do petista Jaques Wagner decidiu fazer um concurso em que os candidatos que fossem sindicalistas e militantes de partido — de qual, hein? — ganhariam pontos adicionais. Como a coisa veio a público, o edital foi suspenso. Ah, sim: essa militância tinha mais peso do que a formação universitária!


Da mulher de César, dizia-se que tinha de ser honesta e de parecer honesta. Naquele caso, ser e não parecer não ficava bem a alguém na sua condição. Mas, vá lá, num regime de aparências ao menos, bastaria parecer, ainda que honesta não fosse.
Eu diria que os petralhas estavam nessa fase até outro dia. Nestes tempos, foi-se o último escrúpulo. Não sendo, acham já que nem precisam parecer. Estão de tal sorte convencidos de que nada nem ninguém os ameaça que podem fazer um edital escancaradamente dirigido.

Leiam trecho de reportagem de Carlos Mandeiro, no UOL:

A Secult-BA (Secretaria de Cultura do Estado da Bahia) cancelou o edital para contratação de nove representantes territoriais de cultura na tarde desta quinta (23). A seleção gerou polêmica porque a comprovação de anos de “experiência sindical e partidária” poderia acrescentar até dez pontos aos candidatos.
A crítica de especialistas em concursos públicos sugere que esse item poderia favorecer militantes do PT (Partido dos Trabalhadores), que governa o Estado.

Procurada pelo UOL, a Secretaria disse apenas que o edital foi cancelado, que os itens previstos serão revistos e que não há prazo para publicação de um novo documento. Apesar de questionado, o órgão não comentou sobre os motivos que levaram à inclusão dos itens na seleção, nem informou de que forma a experiência sindical ou partidária ajudaria no exercício de um cargo na área cultural.

Tempo no sindicato valeria mais que faculdade

As inscrições deveriam ser iniciadas hoje para o certame. Os técnicos permaneceriam na função até dezembro, com salário mensal de R$ 1.980. O edital que gerou confusão foi publicado no início do mês e previa que um candidato ganhasse até 10 pontos pela atuação em sindicatos, partidos e organizações da sociedade civil.
Para conseguir a pontuação, seria preciso provar que atuou por quatro anos -são 2,5 pontos por ano.

Pelos critérios do edital, o ano de atuação sindical ou política valeria mais que as atividades artísticas (atividade-fim da função), que prevê apenas dois pontos a cada 12 meses de participação.
De acordo com o edital, uma pessoa que tenha feito graduação na área teria sete pontos na análise de currículo - três a menos que a atuação em sindicatos ou partidos.
Já uma pós-graduação na área vale os mesmos dez pontos da atuação política. Já outras pós-graduações valeriam apenas sete pontos.
(…)
23 de fevereiro de 2012
Por Reinaldo Azevedo

UAI!!!


(Clicar para leitura)

@ : O QUE SIGNIFICA "ARROBA" NO E-MAIL?

Durante a Idade Média os livros eram escritos pelos copistas, à mão.
Precursores dos taquígrafos, os copistas simplificavam seu trabalho substituindo letras, palavras e nomes próprios por símbolos, sinais e abreviaturas. Não era por economia de esforço nem para o trabalho ser mais rápido (tempo era o que não faltava, naquela época!). O motivo era de ordem econômica: tinta e papel eram valiosíssimos.

Assim, surgiu o til (~), para substituir o m ou n que nasalizava a vogal anterior. Se reparar bem, você verá que o til é um enezinho sobre a letra.

O nome espanhol Francisco, também grafado Phrancisco, foi abreviado para Phco e Pco ? o que explica, em Espanhol, o apelido Paco.

Ao citarem os santos, os copistas os identificavam por algum detalhe significativo de suas vidas. O nome de São José, por exemplo, aparecia seguido de Jesus Christi Pater Putativus, ou seja, o pai putativo (suposto) de Jesus Cristo. Mais tarde, os copistas passaram a adotar a abreviatura JHS PP, e depois simplesmente PP. A pronúncia dessas letras em sequência explica por que José, em Espanhol, tem o apelido de Pepe.

Já para substituir a palavra latina et (e), eles criaram um símbolo que resulta do entrelaçamento dessas duas letras: o &, popularmente conhecido como e comercial, em Português, e, ampersand, em Inglês, junção de and (e, em Inglês), per se (por si, em Latim) e and.

E foi com esse mesmo recurso de entrelaçamento de letras que os copistas criaram o símbolo @, para substituir a preposição latina ad, que tinha, entre outros, o sentido de casa de.

Foram-se os copistas, veio à imprensa - mas os símbolos @ e & continuaram firmes nos livros de contabilidade. O @ aparecia entre o número de unidades da mercadoria e o preço. Por exemplo: o registro contábil 10@£3
significava 10 unidades ao preço de 3 libras cada uma. Nessa época, o símbolo @ significava, em Inglês, at (a ou em).

No século XIX, na Catalunha (nordeste da Espanha), o comércio e a indústria procuravam imitar as práticas comerciais e contábeis dos ingleses. E, como os espanhóis desconheciam o sentido que os ingleses davam ao símbolo @ (a ou em), acharam que o símbolo devia ser uma unidade de peso. Para isso contribuíram duas coincidências:

1 - a unidade de peso comum para os espanhóis na época era a arroba, cujo inicial lembra a forma do símbolo;

2 - os carregamentos desembarcados vinham frequentemente em fardos de uma arroba. Por isso, os espanhóis interpretavam aquele mesmo registro de 10@£3 assim: dez arrobas custando 3 libras cada uma. Então, o símbolo @ passou a ser usado por eles para designar a arroba.

O termo arroba vem da palavra árabe ar-ruba, que significa a quarta parte: uma arroba ( 15 kg , em números redondos) correspondia a 1/4 de outra medida de origem árabe, o quintar, que originou o vocábulo português quintal, medida de peso que equivale a 58,75 kg .

As máquinas de escrever, que começaram a ser comercializadas na sua forma definitiva há dois séculos, mais precisamente em 1874, nos Estados Unidos (Mark Twain foi o primeiro autor a apresentar seus originais
datilografados), trouxeram em seu teclado o símbolo @, mantido no de seu sucessor - o computador.

Então, em 1972, ao criar o programa de correio eletrônico (o e-mail), RoyTomlinson usou o símbolo @ (at), disponível no teclado dessa máquina, entre o nome do usuário e o nome do provedor.

E foi assim que
Fulano@Provedor X ficou significando Fulano no provedor X.

Na maioria dos idiomas, o símbolo @ recebeu o nome de alguma coisa parecida com sua forma: em Italiano, chiocciola (caracol); em Sueco, snabel (tromba de elefante);
em Holandês, apestaart (rabo de macaco).

Em alguns, tem o nome de certo doce de forma circular:
shtrudel, em iídisch;
strudel, em alemão;
pretzel, em vários outros idiomas europeus.

No nosso, manteve sua denominação original: arroba.

m.americo
(recebido por email de uma amiga)

DEMÓSTENES ACUSA MINISTRA DE IR À EUROPA FAZER CURSO DE ELIMINAÇÃO DE FETOS

Não é caso de política, é caso de polícia

O senador Demóstenes Torres fez duras críticas a nova ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres, Eleonora Menicucci, em seu twitter.
Segundo ele, a ministra se submeteu aos jurados e peritos da Organização das Nações Unidas (ONU) e “ouviu horrores” da comissão de frente. “De nada adianta se fantasiar de ovelha se quando abre a boca mostra as presas de lobo”, escreveu Demóstenes. Para ele, Menicucci se “fingiu” de burocrata diante dos especialistas e garantiu que o problema das 200 mil mulheres que morrem em abortos de risco não é problema do executivo.

“O governo simplesmente não se importa com as mulheres ou seus filhos, mas com a repercussão nas manchetes”, acusou. “Mesmo impelida pela opinião pública a encampar a defesa da vida, é sacrificante para a ministra negar uma militância de décadas pró-aborto”, completou.
Para ele, a ministra pretende “legalizar a matança” declarando uma guerra contra os evangélicos. “Sua amiga de juventude vai à Europa se calar como foi à Colômbia fazer curso de eliminação de fetos”, afirmou.
(Do site do Claudio Humberto)

PS - A atitude dessa senhora é ofensiva, agressiva, baixa e sacrificante olhar a foto. O desenho de sua face (mapa) é revelador.
E deixa uma impressionante má impressão de que o Brasil virou matadouro de fetos, além de todos os crimes bárbaros praticados pelos nossos monstros, mais a democrática corrupção, em nome da ideologia que liberta todos os miseráveis da " fome e miséria" , e dá a boa vida de burguês para essa canalha, magoados com a feiura e a diminuída sabedoria, porém repletos de malandragem e revestidos de sebo.
NOJENTOS! MOVCC

OSCAR

REFLEXÕES SOBRE AS DEMOCRACIAS E O OCIDENTE

FORÇA DO HÁBITO...

Jejuar um ou dois dias por semana pode proteger o cérebro contra doenças degenerativas como mal de Parkinson ou de Alzheimer, segundo um estudo realizado pelo National Institute on Ageing (NIA), em Baltimore, nos Estados Unidos.

“Reduzir o consumo de calorias poderia ajudar o cérebro, mas fazer isso simplesmente diminuindo o consumo de alimentos pode não ser a melhor maneira de ativar esta proteção. É provavelmente melhor alternar períodos de jejum, em que você ingere praticamente nada, com períodos em que você come o quanto quiser”, disse Mark Mattson, líder do laboratório de neurociências do Instituto, durante o encontro anual da Associação Americana para o Avanço da Ciência, em Vancouver.

Segundo ele, seria suficiente reduzir o consumo diário para 500 calorias, o equivalente a alguns legumes e chá, duas vezes por semana, para sentir os benefícios.

O National Institute of Ageing baseou suas conclusões em um estudo com ratos de laboratório, no qual alguns animais receberam um mínimo de calorias em dias alternados. Estes ratos viveram duas vezes mais que os animais que se alimentaram normalmente.

Insulina

Mattson afirma que os ratos que comiam em dias alternados ficaram mais sensíveis à insulina – o hormônio que controla os níveis de açúcar no sangue – e precisavam produzir uma quantidade menor da substância.

Altos níveis de insulina são normalmente associados a uma diminuição da função cerebral e a um maior risco de diabetes. Além disso, segundo o cientista, o jejum teria feito com que os animais apresentassem um maior desenvolvimento de novas células cerebrais e se mostrassem mais resistentes ao stress, além de ter protegido os ratos dos equivalentes a doenças como mal de Parkinson e Alzheimer.

Segundo Mattson, a teoria também teria sido comprovada por estudos com humanos que praticam o jejum, mostrando inclusive benefícios contra a asma. “A restrição energética na dieta aumenta o tempo de vida e protege o cérebro e o sistema cardiovascular contra doenças relacionadas à idade“, disse Mattson.

A equipe de pesquisadores pretende agora estudar o impacto do jejum no cérebro usando ressonância magnética e outras técnicas.

Fonte: BBC Brasil

O APAGÃO DE MÃO DE OBRA QUALIFICADA NO BRASIL

Há mais ou menos cinco anos deixei de trabalhar fora de casa. A princípio, desacostumada, inscrevi-me em uma agência de empregos, buscando, evidentemente, algo na área de educação.

Não recebi nenhuma proposta por muito tempo. Agora já mando direto para o lixo eletrônico a infinidade de ofertas que me chegam todos os dias. Imagino que, agora, anda valendo bastante minha experiência profissional, não obstante a idade.

Outro dia, encontrei-me com um amigo, médico e coordenador de uma área embananada em qualquer instituição hospitalar: o CTI. Estranhei a preocupação que aparecia em seu olhar. Respondeu-me: ansiedade. “Não tenho médicos preparados em número suficiente para a demanda e não vislumbro no horizonte próximo solução para esse problema”, dizia. E acrescentou, desabafando, que são poucos os profissionais que podem ou se dispõem a se preparar para ocupar tais postos.

A Petrobras procura nestes dias pessoas para fazerem cursos de operadores, sem conseguir preencher as vagas – e o mesmo, leio, anda acontecendo em várias outras áreas de maior especialização.

Ocorre, porém, que de tudo quanto tomo conhecimento, mais me dói o que anda acontecendo no SUS. Uma conhecida me telefona aflita para me dar conta da falta de pediatras para o neonatal. E ela tem, por sua vez, várias amigas na hora de darem à luz seus filhos que não sabem o que fazer ou o que vai acontecer a seus bebês. A neta dessa conhecida não teve problema porque nasceu amparada por um plano de saúde e, portanto, com razoável assistência. Mas e os que não têm tais planos? Vão fazer o quê? Onde buscar guarida?

Vêm à minha memória os casos que se ouvem a todo momento sobre a grã-finagem correndo para hospitais chiques em São Paulo para fazer seus check-ups anuais ou realizar seus tratamentos de doenças mais graves.

Enquanto isso, a “plebe rude”, incluídos secretários de ministérios, morre, em Brasília, porque não tem, no sufoco, um talão de cheque para a caução exigida nos hospitais ou sucumbe às portas da rede de atendimento do SUS.

Os usuários do SUS, cantado e decantado como a solução para todos, viram um presidente querer até adoecer para ser atendido em um hospital como o que inaugurava pelo sistema… Por ironia, passou mal no mesmo dia e foi internado no melhor hospital privado da região.

As futuras mães, que hoje temem pela hora do parto, foram as mesmas que, na campanha eleitoral, acreditaram no Plano Cegonha e no atendimento prioritário para as grávidas. Agora, como acontece sempre no Carnaval, quando todo mundo está com a cabeça na folia, os jornais estampam as manchetes sobre os cortes orçamentários e, o que é pior, o maior deles vai incidir sobre a saúde. Isso mesmo. Corta daqui e dacolá, vai sobrar mesmo pro povão.

É que o Brasil real não se deixou ainda aprisionar pelo bordão e teima em não ser ainda o “país rico e sem miséria” que povoa os sonhos dos milhões de deserdados. E estão quase todos chegando à nova classe “C”. Imaginem o resto…

Sandra Starling
(Transcrito do jornal O Tempo, de Belo Horizonte)
23 de fevereiro de 2012

A CRISE EUROPÉIA E SUAS CONSEQUÊNCIAS



A grave crise que ameaça a Europa afeta não só os países vizinhos mas também os demais blocos econômicos do mundo.
Em painel exibido pela Globo News, especialistas em política internacional discutem os desafios e formas de minimizar os efeitos da crise em outras economias. Assista.

23 de fevereiro de 2012

UNIÃO EUROPÉIA: NOVE PAÍSES DEVEM ENTRAR EM RECESSÃO ESTE ANO

Estimativa é baseada em cálculos da Comissão Europeia

Em relatório divulgado nesta quinta-feira, 23, a Comissão Europeia prevê que pelo menos nove países do bloco devem entrar em recessão este ano. No ano passado, a previsão era de apenas dois dentre os 27. Grécia e Portugal tiveram contrações em suas economias de respectivamente 6,8% e 1,5% no período. No último trimestre a economia da zona do euro encolheu 0,3%.

Para 2012, as estimativas do órgão, que é o braço executivo da União Europeia, estão mais pessimistas. A comissão calcula uma queda de 0,3% para o PIB da zona do euro e estagnação para a economia dos 27 países do bloco, com recessão para nove: Bélgica, Grécia, Espanha, Itália, Chipre, Holanda, Portugal, Eslovênia e Hungria. Se a estimativa se concretizar, será o segundo trimestre consecutivo de queda do PIB do bloco, o que caracteriza uma recessão.

As piores previsões dos economistas são para Grécia e Portugal que devem apresentar quedas de 4,4% e 3,3% respectivamente. As estimativas para Itália e Espanha também não são otimistas. Para a primeira, a Comissão calcula um crescimento de 0,2% para o PIB do país em 2011, seguido por retração de 1,3%, já para a segunda, cujo crescimento estimado para 2011 é de 0,7%, a projeção é de contração de 1% em 2012.

A crise do continente afeta até mesmo as economias mais fortes. A Alemanha que cresceu 3% no ano passado, de acordo com a organização, deverá crescer apenas 0,6% em 2012. A França é outro país que deverá apresentar baixo crescimento, estimado em 0,4%; ante previsão anterior de 0,6%, em novembro do ano passado. O órgão acredita que a queda na confiança na zona do euro e as medidas de austeridade adotadas pelo governo francês terão forte impacto sobre a economia, especialmente no primeiro semestre.

“Embora o crescimento tenha deteriorado, nós ainda vimos sinais de estabilização na economia europeia. O sentimento de confiança na economia ainda está em níveis muito baixos, mas o estresse nos mercados financeiros amenizou”, comentou o comissário de Assuntos Monetários, Olli Rehn. Ele disse ainda que medidas para manutenção da estabilidade financeira e criação de empregos já foram tomadas.

Inflação

As estimativas para a inflação em 2012 também são pessimistas. Devido aos altos preços do setor energético e ao aumento de impostos indiretos, a comissão prevê inflação de 2,1% na zona do euro e 2,3% na UE. A previsão anterior era de 1,7% na zona do euro e 2,0% na UE.

No relatório a Comissão demonstrou esperança de que a recessão no início de 2012 seja seguida de uma retomada gradual na confiança de consumidores e empresas no segundo semestre. A organização prevê que o crescimento econômico deve ser mais acentuado em países como Letônia, Lituânia e Polônia.

Fontes:Folha de S. Paulo - Comissão Europeia prevê nove países em recessão neste ano, Estadão - PIB da zona do euro em 2012 é revisado para baixo
23 de fevereiro de 2012

EMPRESA PRIVADA QUER COMPRAR PENITENCIÁRIAS ESTADUAIS

Enquanto os governos estaduais lutam com quedas massivas no orçamento, um gigante de Wall Street está oferecendo uma solução: dinheiro em troca da propriedade do estado. Prisões, para ser mais exato.

A Corrections Corporation of America, a maior operadora de prisões com fins lucrativos dos EUA, enviou cartas recentemente a 48 estados norte-americanos oferecendo-se para comprar suas prisões como um remédio para “os orçamentos desafiadores do sistema carcerário”. Em troca, a empresa está pedindo um contrato de gerenciamento de 20 anos, mais uma garantia de que a prisão ficaria pelo menos 90% cheia, de acordo com uma cópia da carta obtida pelo The Huffington Post no último dia 14.

A iniciativa reflete uma mudança significativa na estratégia das empresas que administram prisões privadas, que até agora apenas construíam prisões próprias ou administravam prisões controladas pelos estados. Isso também representa uma inclinação sem precedentes por mais controle dos sistemas carcerários estaduais.

A Corrections Corporation tem crescido rapidamente, com receitas se expandindo mais de 5 vezes desde 1990. A empresa se capitalizou na expansão dos sistemas carcerários estaduais nos anos 80 e metade dos 90, no ápice da chamada “guerra às drogas” dos EUA, firmando contratos com governos estaduais para construir ou gerenciar novas prisões que abrigavam um influxo cada vez maior de criminosos ligados às drogas. Durante os últimos 10 anos, a empresa encontrou nova oportunidade no ramo da prisão de imigrantes ilegais, ao passo que o governo federal firmou contrato com empresas privadas em uma agressiva campanha de detenção de imigrantes sem documentos.

A oferta da Corrections Corporation de pagar US$ 250 milhões pela compra de prisões estaduais já existentes é ainda outro caminho para um potencial crescimento. A empresa listou a “iniciativa de investimento em penitenciárias” como uma opção conveniente para os estados que precisam de novos meios de gerar receita: o estado se beneficiaria de uma única infusão de dinheiro, enquanto as empresas especializadas no gerenciamento de prisões ganham um novo contrato de longo prazo. Além do mais, os apoiadores da privatização das prisões argumentaram que os estados podem conseguir reduzir custos através da terceirização, já que as empresas de prisões oferecem menos benefícios aos seus trabalhadores.

Fontes:Huffington Post - Private Prison Corporation Offers Cash In Exchange For State Prisons
23 de fevereiro de 2012

UMA VITÓRIA HISTÓRICA DO GRANDE JORNALISTA HERALDO PEREIRA

Blogueiro terá de se retratar por declaração racista.

Heraldo Pereira na bancada do Jornal Nacional: o triunfo da "maioria dos homens de bem"

Existe alguma interpretação positiva ou alguma leitura virtuosa para a expressão “negro de alma branca”? Acho que não!

Em outro post, que chamarei de “Novas considerações sobre o racismo”, exporei em detalhes como se manifesta a discriminação racial dos supostamente bem-pensantes, que se querem “progressistas” e monopolistas da virtude. Mas fica para daqui a pouco.

Pois bem. O senhor Paulo Henrique Amorim, em seu blog, recorreu àquela expressão asquerosa para definir Heraldo Pereira, repórter, comentarista político e integrante da bancada do Jornal Nacional, da Rede Globo.
Não foi a única agressão de que o jornalista foi vítima. Segundo aquele senhor, Pereira seria “empregado de Gilmar Mendes” e faria apenas “bico na Globo”. Mais ainda: comentando a intervenção de um dos mais destacados profissionais da emissora nas comemorações dos 30 anos do Jornal Nacional, escreveu que ele “não conseguiu revelar nenhum atributo para fazer tanto sucesso, além de ser negro e de origem humilde.” É pouco? Ao criticar uma entrevista que o jornalista conduziu com Mendes, mandou ver: “Pereira se agacha, se ajoelha para entrevistar Ele.”

Pois é… Não restava mesmo outro caminho que não o Judiciário. Havia dois processos, um na área criminal, ainda em curso — com denúncia feita pelo Ministério Público Federal e já aceita pela Justiça, por crime de injúria racial e racismo —, e outro na área cível, que tem agora um desfecho. Amorim terá de pagar uma indenização de R$ 30 mil a uma instituição de caridade indicada por Pereira, será obrigado a retirar do seu blog todos os ataques feitos ao jornalista e se obriga a publicar em sua página e nos jornais Folha de S.Paulo e Correio Braziliense a seguinte retratação:

“Retratação de Paulo Henrique Amorim, concernente à ação 2010.01.1.043464-9:

Que reconhece Heraldo Pereira como jornalista de mérito e ético; que Heraldo Pereira nunca foi empregado de Gilmar Mendes; que, apesar de convidado pelo Supremo Tribunal Federal, Heraldo Pereira não aceitou participar do Conselho Estratégico da TV Justiça; que, como repórter, Heraldo Pereira não é nem nunca foi submisso a quaisquer autoridades; que Heraldo Pereira não faz bico na Globo, mas é funcionário de destaque da Rede Globo; que a expressão ‘negro de alma branca’ foi dita num momento de infelicidade, do qual se retrata, e não quis ofender a moral do jornalista Heraldo Pereira ou atingir a conotação de racismo.”

Só para que vocês tenham uma idéia de como se deram as coisas, em sua defesa, referindo-se à expressão “negro de alma branca”, o réu Amorim chegou a afirmar (transcrevo literalmente):
“Com efeito, consistindo o racismo na crença de determinado grupo de pessoas de ser superior a outro, recriminando os indivíduos com base em características físicas, tais como a cor, forçoso concluir que a matéria em discussão não se enquadra no conceito racista, não possui cunho pejorativo e não menosprezou quem quer que seja, como pretendido pelo contestado, pelo contrário, enalteceu o jornalista Heraldo Pereira que, atualmente assume posição de destaque no jornalismo da Rede Globo.”

Vale dizer: o réu insistiu na tese de que “negro de alma branca” é, na verdade, um elogio…

Bem, meus caros, o que vai acima remete a um debate muito importante que está em curso no Brasil. Ele diz mais do que parece sobre certas convicções supostamente democráticas.
Heraldo Pereira ajuda a civilizar o Brasil.
Heraldo Pereira torna melhor o grupo a que todos pertencemos: a raça humana.
Heraldo Pereira não é a vingança da minoria, mas o triunfo da maioria: a maioria dos homens decentes e de bem!

Parabéns, Heraldo!
Por Reinaldo Azevedo

O QUE NÃO SE FALA SOBRE A GUERRA DO LÍBANO E A FUTURA GUERRA DO IRÃ

PROCURA-SE UM LÍDER DE OPOSIÇÃO

O Brasil vive hoje uma crise moral em todos os seus Poderes. A corrupção tomou lugar de honra no Executivo, no Legislativo e no Judiciário.

E o mais grave é que permanecem calados os que, por dever de ofício, deviam denunciar.

Desnecessário citar aqui todos os casos da endêmica roubalheira que campeia em todos os setores da administração pública de nosso país. Para isso basta ler os jornais independentes, acessar o noticiário das emissoras de rádio e televisão não estatais e principalmente, até por uma questão de bom gosto, desligar o rádio quando a “Voz do Brasil” for começar.

Realmente, se não fosse a Imprensa livre e independente, não teríamos conhecimento dos escândalos que assolam o país.

Atualmente não temos Oposição, digna deste nome, no Congresso Nacional. O papel que deveria caber à Oposição tem sido ocupado pela Imprensa.

No Brasil atual o povo tem Sáude, Educação,Previdência e Segurança de péssima qualidade, embora seja obrigado a conviver com uma carga tributária digna de países escandinavos.

Essa carga tributária se faz presente nos alimentos e nos serviços essenciais e alcança todas as classes sociais.

Uma Democracia não se faz sem Oposição. Fazer Oposição não significa criticar indiscriminadamente tudo o que o Governo faz. Ao contrário. Por dever de honestidade e coerência, nada impede que um oposicionista aplauda e dê apoio às propostas governamentais que beneficiem o país e principalmente o povo.

Porém, o que estamos assistindo, hoje, no Congresso Nacional, são alianças espúrias e imorais que visam única e exclusivamente o benefício pessoal dos contratantes.

Jamais se viu tanto cinismo, desfaçatez e principalmente desrespeito ao eleitor.

Inimigos de outrora, inimigos mesmo, não simples adversários, que antes trocavam ofensas e graves acusações, hoje trocam sorrisos, de olho no gordo butim que dividirão amistosamente.

Vergonha é palavra esquecida. O negócio, agora, é tirar proveito. O povo que se lixe, que morra nas filas dos hospitais públicos e postos de saúde à espera de um atendimento péssimo, que tenha seus filhos matriculados em escolas que não ensinam, que esperem infinitamente por aposentadorias e pensões miseráveis, que habitem moradias indignas de qualquer ser humano, que morram nas ruas nas mãos de bandidos.

Por todas essas mazelas, é necessário que surja alguém entre os integrantes do Parlamento brasileiro, que queira de fato assumir o importante cargo de Líder da Oposição, que de fato se encontra vazio, como o coração do eleitor, que não acredita mais na classe política.

23 de fevereiro de 2012
José Carlos Werneck

FIM DO VOTO OBRIGATÓRIO COMPLEMENTARIA A LEI DA FICHA LIMPA

Com a efetiva vigência da Lei da Ficha Limpa (Lei Complementar nº 135, de 4 de junho de 2010) a partir das eleições deste ano, um novo alento surge no horizonte político do Brasil, pois muitos vão sair do foco do eleitorado, podendo cair no esquecimento do povo quando, podendo, voltarem a pedir votos, caindo, por consequência, no ostracismo. Vão pagar por toda vida pelos 'malfeitos' que comentaram quando traíram os eleitores, quando foram eleitos para servirem ao povo, mas, ao contrário, se serviram desse mesmo povo para enriquecerem juntamente com seus familiares. Ocorre que muita coisa pode ser feita para que essa mudança do quadro político se consolide e o exercício de cargos eletivos passe a ser visto com mais seriedade;
Na verdade, os efeitos da Lei da Ficha Limpa poderão ser maiores se o povo - os eleitores, em última análise - passarem a participar mais efetivamente da política brasileira. O que não pode mais acontecer é o eleitor votar em alguém e poucos dias depois não se lembrar mais em quem votou, para cobrar de seu candidato um comportamento mais adequado de quem o representa. A total alienação de uma considerável maioria tem que te fim. O eleitor tem que ser mais atento ao que fazem seus representantes. Não pode mais o eleitor não participar efetivamente da política de um modo geral, pois são os políticos que comandam o País, mas em nome e por delegação do povo através do voto;
Para que essa participação se consolide, algumas modificações nas leis necessitam acontecer. A primeira delas, pelo nosso modo de ver, será o fim da obrigatoriedade. Por ser obrigado a votar e com medo de sofrer algum tipo de penalidade, o eleitor aceita qualquer 'cantada' de boca de urna, troca - vende, na verdade - seu voto por qualquer favor, e, o que é pior, voto nos mais esdrúxulos candidatos ou são influenciados das maneiras mais variadas. Se voto vier a ser voluntário, como ocorre na maioria dos países, quem for eleitor é porque quer participar da vida política do País e das decisões que poderão afetar a sua vida como cidadão. Certamente esses mesmos eleitores passariam a se identificar com o programa de algum partido político ou sofreria influência de algum líder partidário. Com isso, até os partidos ficaram mais consistentes;
Talvez seja hora do MCCE - Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral, uma ONG integrada por 51 entidades nacionais de diversos segmentos, formando uma rede com movimentos, organizações sociais, organizações religiosas e entidades da sociedade civil e que foi responsável pela mobilização da sociedade brasileira em favor da aprovação das duas únicas leis de iniciativa popular anticorrupção no Brasil: a Lei nº 9.840/99 “Lei da Compra de Votos”, que permite a cassação de registros e diplomas eleitorais pela prática da compra de votos ou do uso eleitoral da máquina administrativa; e pela campanha da qual decorreu a aprovação da Lei da Ficha Limpa ser mobilizada para comandar mais uma campanha nacional, desta vez pelo voto voluntário, que serviria de complemento para as vitórias já alcançadas pela sociedade através do trabalho do MCCE;
Vamos, então, sugerir àquela organização que continue na sua luta pela moralização política do Brasil para que, caso assim seus líderes entendam, também chame o povo no objetivo de instituir o voto voluntário no Brasil, através de projeto de iniciativa popular através de uma Proposta de Emenda Constitucional, alterando a redação do Art. 14 de nossa Lei Maior, que diz, em seu § 1º, inciso I, que o alistamento eleitoral e o voto são obrigatórios para os maiores de dezoito anos e facultativos para os analfabetos, os maiores de setenta anos e os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos. Se o voto é um direito, não deveria ser obrigatório, pois não há lógica em se obrigar alguém a exercer algo a que tenha direito.

23 de fevereiro de 2012
Postado por Airton Leitão

UM NEGÓCIO DIFERENTE. BEM DIFERENTE.

O mais interessante, e até engraçado, nesse mundo da tecnologia da informação que abastece Estados e pessoas na guerra do chamado ciberterrorismo, é que a luta se dá nos bastidores, na mais completa escuridão. Jamais veremos anúncios, linhas de produção ou compêndios enaltecendo essa ou aquela marca, destacando esse ou aquele processo de produção, ou exaltando esse ou aquele engenheiro ou técnico da linha industrial.

Tampouco saberemos preços e condições de entrega do produto acabado. E outras vezes um produto é lançado na rede por um, ou por um grupo de hackers, ou crakers, das dezenas que proliferam pelo mundo sem nome e sem endereço e jamais saberemos quem são.

Muitas vezes aquele produto foi criado por uma mente genial, que chegou a fazer uso, e em seguida o processo vai para o lixo, não gerando e nem deixando rastros de conhecimento para uma evolução tecnológica tal e qual estamos habituados a conhecer. Doido mundo esse.

E tem mais. Esse doido mundo, em sua grande maioria, é habitado por adolescentes e jovens até os 30 anos de idade. E mais de 90 por cento deles são do sexo masculino. Trata-se de um mundo anônimo em que nem sempre o dinheiro e o poder são os impulsores do desenvolvimento. Quando se trata de hackers, ou crakers, na maioria das vezes, o impulso é apenas a criatividade ou o desejo de bisbilhotar e destruir.

Outro aspecto impressionante é a forma como atuam. Às vezes, solitários, num quarto de uma residência qualquer, num dos quatros cantos do mundo. Outras, organizados em grupo semioficial e a serviço de outro grupo ou mesmo um Estado, como no caso da Coreia do Norte. Alguns são altamente organizados, e com nomes conhecidos, tais como os grupos Anonymous e o Lulzsec. Estes dois, nos dias atuais, vêm mobilizando todo o aparato de inteligência e investigação do mundo ocidental na defesa contra suas atuações e em busca de seus membros, atores principais do crime cibernético e personagens atuantes das recentes invasões de redes de empresa e países em todo o mundo.

De acordo com levantamento realizado por uma equipe de repórteres do Wall Street Journal, em dezembro do ano de 2010, uma equipe da polícia holandesa irrompeu no quarto de uma residência modesta de uma pequena cidade no interior da Holanda e lá surpreendeu um personagem vestindo as calças, às pressas, para fugir. Não deu tempo.Tratava-se de Martijn Gonlag, jovem de 19 anos de idade, detido sob suspeita de participar dos ataques na Internet de um grupo autodenominado de Anonymous. Interrogado, admitiu haver participado de várias investidas contra sites e que tinha mudado de ideia quando percebeu que seus parceiros estavam por adotar táticas mais agressivas de atuação. Surpreendentemente disse à polícia que estava percebendo que “as pessoas estavam ficando cansadas dos hackers”. Mas advertiu, no mesmo depoimento, que o Anonymous é incontrolável. E mais surpreendente ainda foi admitir que ele próprio havia se tornado alvo dos antigos comparsas e passou a ser caçado numa sala de bate-papo que ele dirige. Como vingança,claro.

A mesma reportagem do Wall Street Journal também informa que as autoridades do Reino Unido, Holanda, Espanha e Turquia já prenderam mais de 40 supostos integrantes do Anonymous. Diz também que nos Estados Unidos está em andamento uma longa investigação em busca de membros do grupo em território americano.

É uma tarefa difícil e ardorosa. Na mesma matéria, um tal de Gregg Housh, designer de sites, de 34 anos de idade e morador de Boston, Massachusetts, depõe informando que o Anonymous é mais uma ideia do que um grupo:

- Não há um único grupo. Não há um site.

Sem endereço e membros fixos, a turma se reúne nas salas de bate-papo onde se articulam e definem alvos, e até adotam causas, como a do WikiLeaks. O mesmo Gonlag admitiu no seu depoimento na polícia que foi motivado pelo site a se juntar à turma que decidiu vingar o WikiLeaks, mobilizando e desferindo ataques as autoridades e governos que investigam e pressionam o site do sueco Julian Assange para revelar fontes e suspender a divulgação de documentos secretos pertencentes ao governo americano. Promotores, policiais, diplomatas, investigadores e advogados tiveram seus endereços de e-mails invadidos e devassados por alguns membros do grupo.

Outro grupo, o LulzSec, também investigado e procurado por autoridades em diversas partes do mundo, não age muito diferente. Seus participantes são tão ou mais ousados e desafiadores que até comunicados na Internet sobre sua atuação eles publicam.

Agora esses grupos aqui citados, e outros da net, anunciam a criação de sua própria rede. O Anonymous chegou a divulgar um comunicado em que advertia que a sua própria rede “não será desligada, nem censurada e nem oprimida”. Isso é que estamos loucos para ver.

23 de fevereiro de 2012
Aleluia Hildeberto

A CRISE DOS PAÍSES EUROPEUS ESTÁ LONGE DE ACABAR

O continente europeu sangra à medida que outras potências atingem o crescimento de até 10% ao ano, casos da Índia e da China. Na física como também na economia (contexto das nações) um corpo não ocupa o mesmo lugar no tempo e no espaço. Quando um sai do fundo do poço, outro entra para ocupar o buraco.

De nada adiantou unificar a moeda, o chamado bloco do Euro criado há 10 anos. Apenas adiou a morte anunciada, a perda do poder conquistado com as invasões, o colonialismo praticado na África, na Ásia, e na Américas, na Oceania. Os países foram conquistando a liberdade e os europeus deixaram o luxo e a luxúria para trás.

A opulência e o nariz em pé, a soberba e a certeza de uma raça superior se transformaram em um tiro no pé. Os europeus não se prepararam para os novos tempos e a globalização devorou suas economias.

Não há outra saída a não ser invadir novamente suas ex-colônias em busca de emprego e uma melhor qualidade de vida e quem sabe mandar o produto do trabalho de volta para suas famílias que não poderão na totalidade migrar para qualquer eldorado que queira recebê-los.

Na Grécia, milhares de funcionários públicos serão demitidos. Além dos países em crise aguda, tais como a Espanha, a Itália e Portugal, no ano passado o primeiro-ministro inglês anunciou a demissão de 500 mil empregados do governo. Curiosamente trata-se de países que exploraram, espoliaram e dividiram centenas de nações no período colonial.

A Alemanha, um oásis de prosperidade em meio ao deserto econômico, periga ser arrastada ao bloco dos endividados. Quem está próximo do buraco tem chances de mergulhar nele e não é por causa da gravidade.

Nós, do lado de cá do Equador, precisamos tomar cuidado, pois se a crise se agravar não haverá outra saída a não ser a guerra, a única saída para os incompetentes e governantes corruptos. E quem viver verá um novo espetáculo no cenário mundial, que fará a alegria dos futuros historiadores.

23 de fevereiro de 2012
Roberto Nascimento

EXISTE SEXO NO CARNAVAL?

Fim de festa! Estou cada vez mais apaixonado pelo carnaval de São Paulo. É data que espero com ansiedade. Peninha que acabou ontem. Eu, que abomino carnaval, festivais e multidões, bem que gostaria de uma semana toda de carnaval em São Paulo.

Fosse São Paulo um eterno carnaval, seria uma das cidades mais aprazíveis do mundo. Sexta-feira passada saíram quase dois milhões de carros da cidade. Contando por baixo, são uns quatro milhões de paulistanos a menos. É quando a cidade se torna habitável. Conclusão que se impõe: há um excesso de quatro milhões de habitantes nesta cidade. Fariam um grande favor aos homens sensatos – sim, eles ainda existem – se ficassem no litoral pelo resto de suas vidas.

Carnaval? Ouvi até mesmo dizer que existe em São Paulo. Parece que acontece lá pras bandas da Paulista. É o que os jornais e a televisão me informam. Até acredito que seja verdade. Mas não vi. É divino viver numa grande cidade brasileira onde se pode ter a sensação de que carnaval não existe.

As pessoas que fogem do carnaval, não só em São Paulo mas em todas as metrópoles brasileiras, nos levam a uma primeira pergunta: será que brasileiro gosta de carnaval? É o que nos diz a imprensa. Mas se só de São Paulo saem quatro milhões de paulistanos, quantos turistas, nacionais ou estrangeiros, buscarão o carnaval em São Paulo. Quatro milhões, certamente não. Nem mesmo um milhão.

São Paulo é o túmulo do samba, dizia Vinicius de Moraes. Este é um dos encantos da cidade. Meus amigos ocasionais – garçons, garçonetes, taxistas, a moça da banca de jornais, meu barbeiro – sempre me perguntam onde vou passar o carnaval. Aqui, respondo. Daqui não saio, daqui ninguém me tira, como dizia uma antiga marchinha. Ninguém me arranca de São Paulo em um carnaval. Nem em feriadões.

Brasileiro só gosta de carnaval em manchete de jornal ou televisão. É preciso manter o mito em pé. Carnaval, na verdade, é algo que serve como fuga de muita gente rumo a um melhor lazer. Ou atrapalha a vida de muita gente, que se obriga a fugir para não ter de suportar seus ruídos. No fundo, uma minoria ruidosa que expulsa uma maioria para o litoral.

Outro carnaval que não dá certo é o transmitido pela televisão. Não passa de um desfilar monótono de blocos, onde a coreografia anula até mesmo a beleza dos corpos. Não por acaso, neste ano as TVs que transmitem os desfiles perderam pontos para os pastores televisivos. Se os editores exibirem desfiles de anos passados, ninguém vai notar a diferença.

Outro mito que está intimamente associado a carnaval é o sexo. Carnaval é a versão tupiniquim das lupercálias romanas. Ou melhor, a imprensa pretende que seja. Não sou autoridade para falar do assunto, nunca participei de nenhum carnaval. O que não me impede de matutar: se as pessoas ficam uma noite inteira olhando desfiles ou sambando em blocos, onde o tempo – e a energia, que mais não seja – para praticar sexo? Tendo a dizer que carnaval é um dos períodos mais castos da nação brasileira.

Muito nu, muito rebolado, muita paquera. Mas sexo, que é bom, duvido. Na rua não há de ser. Até pode ser, mas é sexo pouco confortável. Nos motéis, suponho que não, afinal as pessoas estão na avenida ou em salões. No dia seguinte, haja fôlego. Sexo em carnaval, a meu ver, é tão mítico quanto Papai Noel. Ao contrário do que insinua a imprensa, penso que as pessoas vão mais para pular e cantar, em suma, pour se défouler, como diriam os franceses.

Que mais não seja, o Brasil é um eterno bacanal a qualquer dia do ano. As saunas e casas de swing estão sempre repletas de gente que gosta do bom esporte e participa de partouses inimagináveis, nas quais não se sabe onde começa nem onde termina o amontoado de carne humana.

Minha faxineira adoeceu e enviou-me sua irmã. Que trabalha numa casa de swing. Como cozinheira, bem entendido. Sempre imaginei que tais casas fossem algo mais ou menos paralelo à prostituição. Parece que não. Maria me conta estarrecida:

- Professor, há casais que freqüentam a casa há trinta anos. Outros vão em família. A avó, a mãe e a neta. Uma delas me disse: “preciso me cuidar pra não pegar meu irmão na saleta”.

Ora, família que transa unida permanece unida. Em uma sociedade permissiva, onde o sexo é moeda sonante, quem vai perder tempo buscando sexo ocasional em carnaval? E se não for ocasional não tem sentido. Sexo permanente sempre se tem. Nunca falta um chinelo velho para um pé torto.

De minha parte, já estou com saudades das carnes tolendas. Amanhã a cidade entra em seu ritmo infernal. Verdade que isso não me afeta muito. Tenho a fortuna de viver em apartamento extremamente silencioso, mesmo em épocas normais. Mas é muito agradável ver as ruas desertas, os restaurantes sem fila, a vida transcorrendo mansa como em uma cidadezinha interiorana.

Aos eventuais carnavalescos que me lêem, deixo algumas perguntinhas. Brasileiro gosta de carnaval? Existe sexo no carnaval? Quando? E onde?

Sou todo ouvidos.

23 de fevereiro de 2012
janer cristaldo

ZIRIGUIDUM, CARNAVAL E UMA SOCIEDADE CADA VEZ MAIS PODRE

Pois é, caro amigo e leitor. Estamos de volta da folia e pelo visto os acontecimentos carnavalescos serviram apenas para reafirmar como anda mal das pernas a sociedade em que vivemos. Longe de qualquer aspecto moralista carola (afinal as orgias e excessos carnavalescos são tão velhos quanto a própria humanidade) a podridão a que me refiro é a de caráter e não a da velha moral puritana.

Dois fatos ocorridos durante o carnaval conseguiram, com clareza espantosa, expor o despudor e a falta de caráter que hoje em dia é regra em nossa sociedade. Ao mesmo tempo, esses fatos demonstram os comportamentos que são as matrizes que geram a podridão reinante em Brasília e em todas as esferas da vida dos brasileiros.

O primeiro fato foi à morte da menina Grazielly (três anos), atropelada por um jet ski em Bertioga no Estado de São Paulo. Esse caso, cercado de dor e repugnância, foi “coroado” pela mais profunda demonstração de desprezo pela vida e de desumanidade promovida pelos pais do menor autor do crime: Os senhores Marciano Assis Cabral e Maria Adriana Sipoleta.

Preocupados unicamente em encobrir o crime, não tentaram prestar socorro à pequena Grazielly que agonizava na areia da praia. Rapidamente, deram fuga ao seu filhinho mimado em um helicóptero que, quem sabe, poderia ter abreviado o resgate da menina e salvo sua vida.

Ao buscarem meramente encobrir o crime e desprezarem completamente a vítima, os dois mostraram ao filho a famosa “esperteza” do brasileiro. Afinal, mais do que salvar a vida de uma criança ou assumir um erro cometido, o importante mesmo é usar todos os recursos financeiros disponíveis para tentar escapar das consequências e fugir o mais rápido possível do flagrante. Talvez, quem sabe, torcer pela costumeira “eficiência” da polícia brasileira em investigações se manifestar e tudo acabar em uma gaveta empoeirada de uma delegacia qualquer.

Por sorte, a imensa comoção pública acabou levando a polícia a cumprir o seu papel e a identificar os criminosos. Como sempre, os espertos, pretendem culpar o acaso. Afirmam que o menor não pilotava o jet ski. Ele apenas “teria ligado o veículo” e o desastre ocorrera. O “pequeno detalhe” é que centenas de testemunhas viram o menino pilotar o veículo, perder o controle da embarcação e atropelar Grazielly.

A recusa em prestar socorro, ajudando a vítima e sua família, além da negação constante da autoria do fato – mesmo diante de inúmeras testemunhas oculares – e, em primeiro lugar, não educar e impor limites ao seu filho, permitindo que uma criança pilotasse um veículo potencialmente perigoso. Mostram que a postura do casal durante os fatos é o retrato cabal de uma sociedade que perdeu a perspectiva e a civilidade.

O segundo fato foi o dantesco espetáculo ocorrido na apuração do desfile das escolas de samba paulistanas. Um absurdo total que não pode ser tolerado e cujos componentes políticos parecem cada vez mais evidentes. Afinal, os boatos iniciais de que elementos ligados a um partido político e descontentes com a baixa pontuação da escola que homenageou o seu “Grande Líder” e teriam dado início à confusão, parecem agora se confirmar. Já que a própria polícia paulista, no decorrer das investigações, chegou à conclusão de que o espetáculo de vandalismo e violência já estava orquestrado e foi dirigido por elementos infiltrados nas diretorias e torcidas de determinada escola.

Seja verdade ou não a questão da infiltração de militantes incentivando a baderna; o certo é que todas as escolas envolvidas devem ser severamente punidas com o banimento. Só isso demonstraria a necessidade de um comportamento ético e civilizado nesse meio e valorizaria o que resta de cidadania em nossa sociedade. Mas, pelo retrospecto e pelo que vejo dia após dia, a coisa deve “acabar em samba”.

Espero que, para o bem de nossa nação e das próprias escolas de samba de São Paulo, isso não se confirme. Já passou da hora do governo paulistano perceber e encarar o fato de que essas torcidas organizadas e suas ramificações são verdadeiras quadrilhas de elementos perigosos e núcleos de violência. Quem, em sã consciência, carrega Coquetéis Molotov’s (bombas incendiárias) para uma festa? Só mesmo elementos perigosos e dispostos a tudo.

A cultura do “eu primeiro”, do “tudo pode”, do “eu quero”, do “levar vantagem em tudo” e do desprezo total e completo pelo simples direito a vida de outras pessoas é o que vem marcando a sociedade brasileira cada vez mais profundamente e mergulhando nosso povo no desespero e na desilusão.

A única forma de frear essa degeneração acelerada e impedir que acabemos todos envoltos pela barbárie e pela lei do mais forte; é a punição exemplar dos culpados e a mudança de hábitos familiares. Os pais devem saber que impor limites é a coisa mais importante na educação de uma criança. Atrevo-me a dizer que isso é mais importante até do que ensiná-la a ler e a escrever. Pois, ciente de que a vida em sociedade consiste em respeitar os direitos dos outros enquanto usufrui os seus e de que as derrotas podem ser tão frequentes quanto as vitórias a criança terá a chave para uma vida longa e próspera e para viver e formar uma sociedade capaz de gerar oportunidades para todos.

Se, segundo Monteiro Lobato, um país se faz com homens e livros; uma grande nação é feita com civilidade, respeito às leis, humanidade, cidadania e compreensão de que os outros também têm direitos.

Sem isso, nada mais é possível e o que resta é apenas a barbárie.

E você, o que pensa disso?

23 de fevereiro de 2012
visão panorâmica

NÃO, NÃO É "TUDO A MESMA MERDA".

Deixo aí a última reportagem de Marie Colvin, americana, trabalhando para o Sunday Times, morta hoje em Homs, na Síria, junto com o fotógrafo francês Remi Ochlik (28), para a reflexão daqueles que, para anestesiar a própria consciência, costumam recorrer ao "é tudo a mesma merda" e não reconhecer no jornalismo a base fundamentalmente altruística que inspira a profissão.

Homs vem sendo alvo ha três semanas de uma barragem indiscriminada das bombas russas, chinesas, iranianas e norte-coreanas com que o ditador Bashar al Assad, o protegido do Itamaraty, vem sendo abastecido para seguir com a carnificina de seu próprio povo iniciada ha 11 meses, quando os reflexos da Primavera Árabe chegaram à Síria.

Antes de Homs calculava-se em 7 mil o número de mortos pelas balas da polícia e dos franco atiradores de Assad. Agora...

*** *** ***

Em 1982, Hafez, pai de Bashar, bombardeou Hama até matar 40 mil pessoas por acreditar - como o filho pensa agora sobre Homs - que tal "providência" poderia desencorajar a rebelião contra o regime que, já então, tomava as ruas.

Como se poderá constatar na reportagem transmitida horas antes dela ser morta, não há alvos militares em Homs. A cidade está cercada e desarmada e quem tenta escapar da fome e das bombas cai na mira dos franco-atiradores do ditador que cercam as saídas.

Trata-se de uma operação de terrorismo de Estado feita com o propósito deliberado de matar indiscriminadamente o maior número possível de homens, mulheres e crianças que têm, como única esperança de resgate, a eventual mobilização da opinião pública internacional para forçar governos que, como o nosso, não se vexam de abraçar assassinos do quilate de Assad em função de maquinações de poder, a retirar-lhe o apoio e ameaça-lo com sanções.

*** *** ***

A discussão entre Marie e seus editores sobre a decisão de mostrar ou não a cena da morte de um bebê atingido no bombardeio define bem o sentido que ela dava ao tipo de missão ao qual dedicou sua vida.

Marie Colvin e Remi Ochlik eram daquele tipo de ser humano que não se permite assistir passivamente um ato de covardia, considera seus os problemas de seus semelhantes e arrisca a própria vida para não permitir que outras sejam desperdiçadas em vão.

Não senhores. Não é "tudo a mesma merda", apesar dos ingentes esforços da maioria acomodada para que venha a ser. E enquanto houver gente assim haverá esperança.

23 de fevereiro de 2012
by fernaslm

EUA FINANCIARAM A OPOSIÇÃO AO GOVERNO DE ASSAD POR MEIO DA CAMPANHA "ANUNCIANDO A DEMOCRACIA SÍRIA"

A revelação é de um telegrama de 27 de fevereiro de 2006, vazado pelo site Wikileaks. No documento, enviado por Stephen Seche, diplomata na embaixada em Damasco, o governo dos EUA afirma que a campanha contra o presidente sírio inicialmente provocou reações contraditórias entre os membros da oposição local.

Enquanto alguns políticos oposicionistas enxergaram a situação com mais entusiasmo, outros consideraram a oferta “insultante”. No despacho, o diplomata relata a reação de um opositor e ex-preso político, que teria acusado os EUA de quererem apenas instrumentos políticos e não parceiros realmente dispostos a estabelecer democracias no Oriente Médio.

Com o passar do tempo, no entanto, a maior parte dos opositores passou a ver com bons olhos a ajuda norte-americana, um sinal de que Washington “não queria acordo” com o regime de Assad. Eles também deram sugestões de como os EUA poderiam ajudar os opositores.

Basil Dahdouh, deputado independente, achava que a oferta de dinheiro era um importante sinal do apoio dos EUA à oposição na Síria. Era um indicativo que os EUA estavam dispostos a cooperar com a queda do regime de Assad. Entretanto, Dahdouh criticou o modo como a oferta foi feita: “burocrática, legalista e pública” demais. Isso poderia enfraquecer a iniciativa, de acordo com o parlamentar.

Em vez disso, Bahdouh sugeriu ajuda financeira às famílias de presos políticos. De acordo com o parlamentar, algumas centenas de dólares mensais evitariam o empobrecimento dessas famílias. O parlamentar não disse como seria possível implementar um programa dessa natureza, mas sugeriu que o dinheiro poderia ser entregue aos familiares dos dissidentes pelo Comitê Internacional da Cruz Vermelha.

Bolsas de estudo, programas culturais, prêmios e outras iniciativas poderiam ser utilizadas para enviar dinheiro à oposição síria. O parlamentar também sugere um “centro de traduções”, no qual seria dada voz à imprensa alternativa, crítica de Assad. O objetivo, segundo Bahdouh, era remeter o dinheiro “sem gerar controvérsias”.

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ATÉ DISSIDENTE PROTESTA

Uma das mais violentas reações contra a ajuda americana veio do dissidente Yassin Haj Salleh, preso pelo regime de Assad por 18 anos. Ele considerou a proposta insultante e pediu que os EUA “parassem de negociar com os sírios desse modo desrespeitoso”. Para Salleh, os EUA deveriam apoiar não só a democracia na Síria, mas também o governo palestino eleito democraticamente do partido Hamas.

Para Salleh, a postura dos EUA é incoerente: “Vocês cortam milhões de dólares em ajuda à Palestina e oferecem centavos para estimular a democracia na Síria”, criticou o dissidente. Segundo ele, os EUA são hostis à qualquer ideia de real independência árabe, mesmo nos dias de hoje: “Vocês não querem parceiros, querem instrumentos”.

A reação pública à ajuda também foi dividida. Os nacionalistas mais tradicionais rechaçaram qualquer ajuda e as outras reações continham mais nuances.

Hassan Abdul Azim, porta-voz do Grupo Democrático Nacional, coalizão de cinco partidos da oposição, constituído de pan-arabistas e ex-comunistas, disse que seu grupo recusaria qualquer “financiamento ocidental” e puniria membros que aceitassem aquele dinheiro.

Para o ativista Michel Kilo, os problemas da oposição síria não são financeiros, mas políticos. Segundo Kilo, a principal objeção ao dinheiro americano é a política dos EUA para o Oriente Médio e para a Palestina, finaliza o diplomata americano.

23 de fevereiro de 2012
(Transcrito de Opera Mundi)

JORNALISTA BRASILEIRO QUE ANTECIPOU PIORA DO CÂNCER DE CHÁVEZ REVELA QUEM SÃO OS VERDADEIROS MENTIROSOS!

Quando a cabeça não ajuda, o corpo paga!

O jornalista Merval Pereira, em seu blog no site do jornal O Globo faz novas revelações sobre a doença de Hugo Chávez que conduzem a uma conclusão: face aos avanços da medicina Chávez poderia ter logrado um melhor resultado do tratamento do câncer se optasse por clínicas modernas. Tem respaldo financeiro para se tratar nos melhores hospitais do mundo! Mas optou pelas precárias instalações de hospital cubano por conta de sua demência ocasionada pela idiotice de sua revolução bolivariana.

No seu último post agora à tarde em seu blog, o jornalista Merval Pereira informa o seguinte:

"Acabei de saber de mais uma exigência do presidente venezuelano Hugo Chavez para vir se tratar no Hospital Sírio e Libanês em São Paulo: ele queria que seu serviço de segurança tivesse acesso à ficha de qualquer cidadão norte-americano que estivesse internado no hospital, ou que viesse a sê-lo enquanto estivesse por lá em tratamento...".

Em suma, Chávez condicionou seu tratamento no Hospital Sírio Libanês desde que essa clínica fosse literalmente interditada para que só ele, Chávez, permanecesse no seu interior com a equipe médica.

Não estamos diante de um ditador com câncer, mas sim frente a um homem enlouquecido pelo poder e que perdeu o último fio de razão.

Tomara que minha intuição esteja completamente errada. Mas Chávez poderá pagar com a própria vida pelo seu ato de loucura.

Transcrevo abaixo e com link ao final, o post escrito por Merval Pereira. Aliás, foi Merval quem antecipou acertadamente, conforme divulgamos aqui no blog, que médicos brasileiros haviam confrontado os exames de Chávez. Nessa ocasião intuiram que o câncer poderia ter piorado, como de fato piorou, tanto é que o caudilho deverá ser operado neste domingo em Cuba, ou a qualquer momento. Leiam o texto de Merval Pereira:

O caso da doença do presidente venezuelano Hugo Chavez é exemplar dos transtornos que um regime quase ditatorial pode causar na sua tarefa cotidiana de esconder os fatos e manipular informações.

O jornalista Nelson Bocaranda, com prestígio consolidado na Venezuela depois deter dado no ano passado o furo jornalístico sobre o tratamento do câncer de Chávez em Cuba, foi atacado ferozmente por ter postado em seu blog e divulgado pelo twitter na segunda-feira que Chávez havia retornado a Cuba, acompanhado de vários parentes, inclusive sua mãe.

A notícia de que o estado de saúde de Chavez havia piorado foi negada pelo governo de maneira peremptória, e o Ministro da (des) Informação, Andrés Izarra, disse que ela fazia parte de uma "guerra suja da escória".

O líder governista no Congresso, Diosdado Cabello, chegou a afirmar que Chávez estava saudável, dizendo também pelo twitter que "Bocaranda está doente na alma”.

Da mesma maneira, depois que na quinta-feira publiquei no meu blog (Blog do Merval.com.br) que o quadro de saúde de Chavez havia piorado, com informações de médicos brasileiros que haviam analisado exames do presidente da Venezuela indicando a possibilidade de metástase em direção ao fígado, Maximilien Arvelaiz, pomposamente intitulado “embaixador da República Bolivariana da Venezuela no Brasil”, enviou carta ao GLOBO afirmando que “o tratamento contra um câncer, pelo qual o presidente Hugo Chávez foi submetido em 2011, foi exitoso, estando o presidente gozando de boa saúde”.

O embaixador bolivariano chega a ser inadvertidamente irônico ao afirmar a certa altura de sua mensagem que via na notícia “uma falta de transparência no texto ao reproduzir o falso diagnóstico creditado a “médicos” que não possuem nem identidade”.

Além de demonstrar que nada conhece sobre o jornalismo em um país democrático, onde se pode preservar o sigilo da fonte, chega a ser risível o representante de um país que esconde todos os fatos relacionados à doença de seu presidente falar em “falta de transparência”.

Ainda mais quando se sabe que Chavez deixou de se tratar no Brasil por que não foi possível aceitar suas exigências de sigilo absoluto.

O presidente venezuelano, com o espírito ditatorial que lhe é próprio, queria interditar dois andares do Hospital Sírio e Libanês em São Paulo e colocar o Exército para tomar conta do hospital, revistando todos os visitantes.


E ainda proibir a divulgação de boletins médicos.

A rejeição de Chavez ao Hospital Sírio e Libanês justifica-se, do ponto de vista autoritário, justamente pelo sistema aberto de informações, que fez com que fosse revelada até mesmo a presença do pára-normal João de Deus no hospital, para um tratamento espiritual a Lula paralelamente ao tratamento oficial.

A falta de transparência na Venezuela é tanta que até o momento não se sabe oficialmente em que local do corpo de Chavez está localizado o primeiro tumor.

Sabe-se que poderia estar na “região pélvica”, talvez no colo do reto, mas não há mais detalhes.

Da mesma maneira, as informações sobre o segundo tumor, que obrigará Chavez a fazer uma outra operação em Cuba – em São Paulo, sendo as exigências as mesmas,continua impossível, mesmo que as condições técnicas sejam melhores – saíram até agora apenas da boca do interessado, o próprio Chavez.

Na véspera de viajar para Cuba para os exames que confirmaram que ele tinha um novo tumor, Chavez apareceu em público para negar a notícia que eu havia divulgado pelo blog, e depois no GLOBO de papel, afirmando que o câncer “se fora” de seu corpo.

Assim como, quando regressou de Cuba depois da primeira operação, declarou-se “curado”.

Quando o presidente venezuelano diz que não se trata de uma metástase, mas de um novo tumor encontrado no mesmo local do anterior, não temos nenhuma evidência médica para comprovar.

Pode ser o que os médicos chamam de uma “recidiva local”, quando um tumor surge nomesmo lugar do que foi extirpado, ou pode ser um efeito do processo de metástase.

Há outras hipóteses, como a levantada pela agênciade notícias Reuters, de que Chavez sofre também de síndrome da lise tumoral (SLT), complicações metabólicas que podem ocorrer após o tratamento de um câncer, mais comum em linfomas e leucemias, que podem causar, entre outras coisas, insuficiência renal aguda.

A quimioterapia pode precipitar a síndrome, mas o tratamento com esteróides também pode ter como consequência a SLT.

O jornalista venezuelano Nelson Bocaranda disse em seu blog que o presidente Hugo Chavez estava usando esteróides ultimamente para mascarar os sintomas da doença, tentando uma aparência mais saudável.

Os esteróides atacam também o fígado, podendo até mesmo provocar câncer.

Todas essas especulações se devem apenas à falta de transparência com que o governo venezuelano, à maneira de todas as ditaduras, trata a doença do Presidente, como se ela não fosse um assunto de interesse público.

A maneira mais fácil para um governo democrático acabar com as especulações sobre a saúde de um presidente é a divulgação integral dos exames médicos, o que dissiparia quaisquer dúvidas.

Nos casos do ex-presidente Lula e da presidente Dilma, as informações médicas foram dadas com a transparência possível até o momento.

Mesmo os médicos brasileiros que tiveram acesso aos exames de Chavez, alguns a pedido do próprio Lula, não tiveram permissão para ver todos eles e analisaram peças isoladas, como se montassem um quebra-cabeça.

Na Venezuela, o twitter não pára com gozações sobre “os verdadeiros mentirosos”, o ministro da Comunicação Social Andrés Izarra e o lider no Congresso Diosdado Cabello, “os chavistas desinformados”.

Mas é surpreendente como temos “chavistas desinformados” também aqui no Brasil.

23 de fevereiro de 2012
aluizio amorim

NELSON BOCARANDA REVELA A SUA FONTE!


Nelson Bocaranda Sardi: um jornalista na acepção da palavra!

O site Notícias Venezuela acaba de postar no seu site a foto do jornalista Nelson Bocaranda Sardi, que é destaque nesta quarta-feira nos principais veículos de comunicação do planeta. Normalmente, jornalista não é notícia. Mas no caso da Venezuela, sob o jugo do regime bolivariano chavista, acontece o inusitado.

Bocaranda é um dos mais bem informados jornalistas da Venezuela. Atua no rádio, imprensa e internet. Foi ele quem primeiro revelou que Chávez estava com câncer.

Nesta segunda-feira, em mais um furo internacional, o jornalista revelou em sua coluna RunRunes no diário El Universal e em sua conta no Twitter, que Chávez estava em Cuba e que deveria ser operado.

O que Chávez e seus áulicos qualificavam de "rumores maldosos", obrigou ao caudilho a confirmar a notícia antecipada com exclusividade, mais uma vez, por Nelson Bocaranda, que agora está na boca do povo e dos principais jornais globais. E também aqui no blog que repercutiu todos os seus grandes feitos jornalísticos.

Afinal, quem é a fonte de Nelson Bocaranda? Nem a truculenta ditadura castrista conseguiu evitar que a verdade vazasse! Na camiseta que exibe está estampado apenas: No se (Não sei). Sim, porque as fontes são o ouro puro da informação e devem ser preservadas.

Com esta foto homenageio o ilustre colega venezuelano que honra o jornalismo. Algumas tuítadas na madrugada de segunda-feira puseram abaixo a farsesca montagem de Hugo Chávez e sua ridícula "revolução bolivariana".

Fevereiro 22, 2012
aluizio amorim

DOS 47 DEPUTADOS FEDERAIS DO PSD, SÓ UM TEVE VOTAÇÃO PARA SE ELEGER POR CONTA PRÓPRIA

Dos atuais 47 deputados federais do recém-criado PSD, 46 tiveram votos insuficientes para se eleger por conta própria. Eles só chegaram ao Congresso graças à votação de seus antigos partidos - que, além de ter as bancadas reduzidas, ainda correm o risco de perder pelo menos R$ 13 milhões por ano para a legenda capitaneada pelo prefeito Gilberto Kassab. O fato de não ter uma bancada eleita com votos próprios fragiliza o argumento do PSD de que, como terceiro maior partido na Câmara, teria direito a fatias maiores dos recursos do Fundo Partidário e do horário de propaganda eleitoral.

Atualmente, a legenda de Kassab é tratada como “nanica” pela Justiça Eleitoral: recebe menos de 0,2% do Fundo Partidário. Isso porque 95% dos recursos públicos destinados ao financiamento dos partidos são divididos de acordo com o número de votos para a Câmara dos Deputados - e o PSD não participou da última eleição. Pelo mesmo motivo, a bancada do partido não é contabilizada no rateio da propaganda eleitoral gratuita, proporcional ao número de deputados eleitos por cada legenda.

A situação pode mudar se o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) acolher uma ação que pede a redivisão do Fundo Partidário. Kassab e seus aliados alegam que os parlamentares, ao trocar de legenda, levam consigo os direitos relacionados à sua votação. Um parecer da assessoria jurídica da presidência do TSE considerou que o pedido do PSD não é descabido. Mas nada garante que o parecer seja levado em conta pelos ministros que decidirão a questão, em data a ser definida.
(…)
Por Daniel Bramatti, no Estadão

23 de fevereiro de 2012
Por Reinaldo Azevedo

"CEDO OU TARDE, TODOS SERÃO REFUGIADOS PALESTINOS".

Internacional - Oriente Médio

De todas as questões que movem o conflito árabe-israelense, nenhuma é mais central, maligna, primordial, duradoura, emocional e complexa do que o status das pessoas conhecidas como refugiados palestinos.

As origens desse caso único, observa Nitza Nachmias da Universidade de Tel-Aviv, remonta ao Conde Folke Bernadotte, mediador do Conselho de Segurança das Nações Unidas. Ao referir-se àqueles árabes que fugiram do Mandato Britânico da Palestina, sustentava ele em 1948, que a ONU tinha a "responsabilidade em aliviar seu sofrimento" pelo fato de ter sido uma decisão da ONU a criação de Israel, que os tornou refugiados. Por mais incorreto que seja esse enfoque, ele ainda permanece vivo e muito forte e ajuda a explicar porque a ONU dedica essa atenção inigualável aos refugiados palestinos aguardando seu próprio estado.

Fazendo jus ao legado de Bernadotte, a ONU instituiu uma gama de instituições especiais exclusivamente para os refugiados palestinos. Dessas, a Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina, fundada em 1949, se destaca como a mais importante. É simultaneamente a única organização de refugiados a lidar com um povo específico (o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados trata de todos os refugiados não palestinos) e a maior organização da ONU (em termos de staff).

A UNRWA aparentemente define seus departamentos com grande especificidade: "Refugiados palestinos são pessoas cujo local habitual de residência era a Palestina entre junho de 1946 e maio de 1948, que perderam outrossim suas casas e seus meios de vida em conseqüência do conflito árabe-israelense". O número desses refugiados (que inicialmente incluía alguns judeus) diminuiu, obviamente, muito nos últimos 64 anos. Admitindo o número (exagerado) da UNRWA de 750 mil refugiados palestinos iniciais, apenas uma fração deles, cerca de 150 mil, estão vivos.

O staff da UNRWA tomou três medidas importantes no decorrer dos anos para expandir a definição de refugiados palestinos. Primeiro, e contrario à prática universal, manteve o status de refugiados àqueles que se tornaram cidadãos de um país árabe (particularmente na Jordânia). Segundo, tomou uma decisão em 1965, pouco notada, que estendeu a definição de "refugiado palestino" aos descendentes do sexo masculino desses refugiados, um artifício que permite aos refugiados palestinos passarem seu status de refugiado às gerações subsequentes. O governo dos EUA, que mais contribui para a agencia, protestou apenas discretamente a essa monumental mudança. A Assembléia Geral das Nações Unidas endossou-a em 1982, de forma que agora a definição de refugiado palestino oficialmente inclui "descendentes do sexo masculino de refugiados palestinos, inclusive filhos adotados legalmente". Terceiro, em 1967 a UNRWA incluiu refugiados da Guerra dos Seis Dias a sua lista, hoje eles constituem cerca de um quinto do total de refugiados palestinos.

Essas mudanças resultaram em dramáticas consequências. Diferentemente de todas as outras populações de refugiados, cujo número diminui à medida que as pessoas se acomodam ou morrem, a população de refugiados palestinos vem crescendo com o passar do tempo. A UNRWA reconhece esse fenômeno bizarro: "assim que a agência iniciou seus trabalhos em 1950, respondia pelas necessidades de aproximadamente 750.000 refugiados palestinos. Hoje, 5 milhões de refugiados palestinos são elegíveis para receber ajuda da UNRWA". Além disso, segundo James G. Lindsay, ex-consultor jurídico da UNRWA, conforme a definição da UNRWA, esses 5 milhões representam somente metade dos elegíveis ao status de refugiados palestinos.

Em outras palavras, ao invés de diminuir cinco vezes em dez décadas, a UNRWA, por sua conta, aumentou a população de refugiados quase sete vezes. Esse número poderá aumentar com mais rapidez ainda, devido ao crescente sentimento de que as refugiadas também deveriam passar adiante seu status de refugiada. Mesmo quando, daqui a 40 anos, o último efetivo refugiado da época do mandato na Palestina falecer, os pseudo-refugiados continuarão a proliferar. Consequentemente o status de "refugiado palestino" está posicionado a avolumar-se indefinidamente. Colocado de outra maneira, conforme observa Steven J. Rosen do Middle East Forum, "segundo os padrões da UNRWA, mais cedo ou mais tarde, todos os seres humanos serão refugiados palestinos".

Se o status de refugiado palestino fosse de prosperidade, essa expansão infinita não teria a menor importância. Mas esse status acarreta implicações destrutivas aos dois lados: Israel, que sofre a ação destrutiva de pessoas cujas vidas estão truncadas e distorcidas por um sonho impossível de retorno às casas de seus bisavôs e, os próprios "refugiados", cujo status implica em uma cultura de dependência, ressentimento, raiva e futilidade.

Todos os outros refugiados da era da Segunda Guerra Mundial (incluindo meus próprios pais) já se assentaram e se integraram há muito tempo; o status de refugiado palestino já perdura tempo demais e precisa ser enxugado a fim de refletir os reais refugiados antes que promova mais destruição.

Daniel Pipes,
22 Fevereiro 2012

Publicado no The Washington Times.
Original em inglês: "Eventually, All Humans Will Be Palestine Refugees"
Tradução: Joseph Skilnik

HUMANOS DE TODO O MUNDO, UNI-VOS: A CLASSE PETRALHA É INTERNECIONAL!!! OU: "O SONHO DA MINHA VIDA É SER UM BLOGUEIRO PETRALHA"

O texto ficou um tantinho longo. Mas acho que vale a pena ler até o fim. Há aqui uma dica de leitura. Imaginavam-me, no Carnaval, só com os pés na areia e a cabeça nas nuvens? Não! Estava pensando em vocês!

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Um amigo jornalista me deu um presente delicioso: o livro “Aguanten Los K” (”Agüentem os K”), do jornalista argentino Carlos M. Reymundo Roberts, publicado pela editora Sudamericana. E quem são “los K”? São os petralhas da Argentina; é como são conhecidos os partidários furiosos, ensandecidos, fanáticos mesmo, do casal Kirchner — no momento, de Cristina; Néstor, que morreu no dia 27 de outubro de 2010, já virou mito e estátua. No Brasil, o livro poderia se chamar “O País dos Petralhas”, hehe… ”Aguanten Los K” reúne uma coletânea de artigos publicados na coluna “De no creer” entre 15 de janeiro de 2010 e 20 de agosto de 2011. Jornalista experiente, Roberts cobriu duas guerras (a do Golfo, em 1991, e do Peru com o Equador, em 1995), é professor universitário, um dos comandantes da redação do La Nacíon e colunista do jornal, onde trabalha há mais de 30 anos. Conhece o seu ofício.

Néstor Kirchner, amparado pela mulher, que o sucedeu, ascendeu ao poder com o apoio majoritário da imprensa. Dada a penúria a que havia chegado a Argentina e considerando a razoável, mas precária, estabilidade alcançada, o casal foi se tomando de ares imperiais. Hoje, Cristina pode ser colocada na galeria dos líderes latino-americanos que nutrem um desprezo muito pouco solene pelas regras da convivência democrática, na companhia de Hugo Chávez, Rafael Correa e Daniel Ortega. A sua investida contra a imprensa independente do país é só a face mais visível de seus arroubos autoritários. Não me estenderei agora sobre esse particular. Quero falar sobre o livro de Roberts — de que traduzo um artigo que nos fala de perto, como vocês lerão.

Liberal convicto, o autor recorreu a um truque inteligente em sua coluna. Resolveu escrever como alguém que tivesse se convertido à religião Kirchner. Criou um “alter ego” adesista, governista a mais não poder, entusiasmado mesmo! Apresenta-se, assim, com uma personalidade dividida, esquizofrênica. O editor se obriga a ser imparcial, crítico, severo, guardião dos valores democráticos. Mas o colunista… Deixemos que os dois se apresentem.

O jornalista

”Quero me apresentar: sou Carlos María Reymundo Roberts, jornalista do La Nacíon há mais de trinta anos. Profundamente liberal, estou entre os antípodas do kirchenerismo. Trabalho, porém, num diário que não faz oposição, mas jornalismo independente.”

O colunista

“Quero me apresentar: sou Carlos M. Reymundo Roberts e, sob esta rubrica, público há pouco mais de um ano uma coluna política no diário La Nacíon. No início, foi, reconheço, um espaço editorial duro com os Kirchner, ainda que não só com eles. Na verdade, nem era tão duro, porque a minha não é a linguagem de quem pontifica, mas a de quem tem um olhar bem-humorado, mordaz, dos acontecimentos políticos. Como a muitos argentinos, a morte de Néstor, no fim de outubro de 2010, produziu em mim uma forte comoção. Primeiro em meu espírito; depois em minhas idéias. Dois meses depois, eu era um kirchnerista puro e duro e, por isso, pus minha coluna a serviço da causa.”

O editor reconhece que o modelo Kirchner é intolerante, aniquila a institucionalidade e destrói os valores republicanos. Já o colunista adesista acha que isso não é assim tão mau… Pode não ser, diz, uma “institucionalidade clássica, mas é a nossa”. O editor admite, atenção!, que “o governo cooptou e neutralizou todos os organismos de controle, que comprou prefeitos, governadores, opositores, juízes, intelectuais, sindicalistas, empresários jornalistas”. Já o colunista adesista pensa que “os prefeitos, governadores, sindicalistas, empresários e jornalistas se convenceram das bondades do modelo; os juízes julgam acertado o que estamos fazendo, e os intelectuais abraçam a causa nacional e popular porque nós os reconciliamos com suas velhas idéias e lhes demos uma razão para existir”.

Vejam só! O que em Roberts é uma blague, uma graça, uma saída irônica, é, em boa parte do jornalismo brasileiro, uma esquizofrenia verdadeira. Quantas vezes vocês já não viram colunistas muito vetustos e severos a anuir com arroubos autoritários do petismo, achando que, afinal, é preciso mesmo pagar um preço “pela mudança”? As duas faces do jornalista argentino, separadas pelo humor, assumem, em certo jornalismo brasileiro, a gravidade de uma categoria de pensamento.

Humor

Como alguém que pretende se irmanar com os petralhas — ooops!, com “Los K” —, Roberts é desmedido no seu amor pelo governo e elogia, é claro!, algumas notáveis barbaridades. E aqui está uma graça adicional do livro. A cada artigo, segue-se a publicação de uma série de comentários. E a gente se dá conta da miséria intelectual destes tempos. Alguns admiradores e adversários do kirchnerismo percebem a ironia; os primeiros o desqualificam; os outros o aplaudem. Mas há aquele, de um lado e de outro, que tomam tudo ao pé da letra, e as posições, então, se invertem: os K o elogiam largamente, e os críticos do oficialismo lhe dão uma carraspana.

A exemplo de “O País dos Petralhas” no Brasil — modéstia às favas —, a seleção de artigos de Roberts serve como retrato de um período infeliz da política argentina; é visível que os instrumentos da democracia são usados pelo governo para solapar a própria democracia. Roberts inova, no entanto, ao criar esse “alter ego” governista, que expõe, pelo caminho da adesão, o ridículo do oficialismo. Fiquei cá pensando em dar vida à versão vermelha do Reinaldo Azevedo… Garanto que essa minha versão abestada saberia elogiar o governo com mais competência do que algumas expressões momescas do lulo-petismo.

Blogs

Também na Argentina — e em toda parte —, é na Internet que a canalha fascistóide se manifesta com mais virulência. Traduzo, abaixo, um dos artigos do livro, que nos fala — a mim e a vocês — mais de perto. Vejam como a “classe petralha é internacional” e como os esbirros do poder nunca surpreendem. Vocês lerão um artigo de Roberts sobre o atual momento da política argentina e ficarão com a impressão de que ele fala do Brasil. Divirtam-se.

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O sonho de minha vida: ser um blogueiro K

Já sei o que quero ser quando crescer: um blogueiro K. Se a vida quer me dar um presente, peço este: fazer parte de um exército de homens e mulheres deste país que, dia após dia, faça chuva ou faça sol, tomam a lança e saem em defesa do seu governo, mais para matar do que para morrer.

Em tempos de descrença generalizada, de fim das ideologias, de individualismo feroz, eles se agrupam para uma batalha diária contra os meios de comunicação e seus esbirros, os jornalistas.

A cena há de ser comovedora: milhares de jovens (bem, assim pensava eu, mas me dizem que os há de todas as idades), por pura vocação, movidos por suas mais profundas convicções democráticas e em defesa da pátria, acordam quando ainda está escuro, lêem rapidinho jornais e sites na Internet, detectam um inimigo e, antes mesmo de tomar um café ou de escovar os dentes, já estão armados, na frente de seu PCs. Convictos, entusiasmados, dão início à segunda parte de seu trabalho, que, na verdade, nem é tão complicada: consiste, basicamente, em destruir o autor do texto que ousou criticar o governo.

Destruí-lo significa isto: esmagá-lo, mexer com a sua vida, com a sua história, com seu nome, até com a sua aparência, pouco importa. Não é uma guerra de argumentos, claro! Eles não são necessários, e isso é o mais tentador do trabalho: se alguém critica os Kirchner, isso se deve ao fato de ser reacionário, fascista, atrasado; de estar a serviço da Sociedade Rural, do neoliberalismo e do capitalismo selvagem; ou, então, só o faz porque os donos do veículo de comunicação o obrigaram a escrever aquilo.

Para esse exército de esforçados servidores, não importa, ou importa muito pouco, o que diz o artigo em questão. Coitados! No apuro, nem tiveram tempo de lê-lo. Sabujos treinados, o título já lhes dá a pista. Temo que, de forma maliciosa, um dia alguém ainda escreverá um longo elogio ao governo, deixando claro na última linha que todo o que veio antes é uma farsa. Que horror! Quantos blogueiros K vão cair na armadilha! Algum deles chegará até a última linha?

O slogan dos nossos heróis parece ser este: é preciso entrar logo nos fóruns da Internet, nos blogs, no Twitter e deixar a marca. É preciso pautar o debate e fazê-lo antes dos inimigos: aqueles que gostaram do texto. Para estes, também haverá fogo, é claro!, mas sem perder de vista que são apenas soldados. O general é o autor do artigo. É preciso convencê-lo de que teria sido melhor escrever na revista dos bombeiros voluntários de seu bairro.

Será que é a admiração que me leva a identificar um blogueiro K e a não confundi-lo com qualquer outro defensor do governo? Não, não é a admiração, mas o cheiro! Há um certo ar de família nos blogueiros oficiais. Eles são madrugadores, são furiosos, não perdem tempo discutindo motivos; ficam horas diante das telas de computador, amam a desqualificação e não mostram a menor intenção de ceder nada a ninguém, nunca!

Outra característica comum é a sua reação quando alguém os descobre e os acusa — com total injustiça, é claro! — de trabalhar a soldo da Casa Rosada. Então seus mais baixos instintos despertam (se é que já não estavam despertos) e atacam sem piedade. Alguém comentava outro dia que era muito fácil entrar em um fórum e distingui-los: “Não argumentam; só insultam e agridem”.

Dias atrás, publiquei no Twitter a suspeita de que essa tropa de choque da Internet também tem a sua divisão nos programas de rádio que veiculam as mensagens dos ouvintes. Alguns telefonemas em certo programa da manhã me pareceram muito suspeitos. Alguém respondeu que era assim mesmo: são os “telefonadores K”, superiores, na hierarquia, aos “tuiteiros K”, mas inferiores aos blogueiros K “, uma espécie de tropa de elite. Concluí que nem mesmo os Kirchner, tão igualitários, conseguiram impedir que, em suas fileiras, reine a luta de classes e a discriminação.

Dada a minha intenção de ser um dia um desses soldados, estou cheio de perguntas. Quem os comanda? Quantos são? Como são recrutados? Quantas horas é preciso dedicar à causa? E o grande tema: ok, aceito que não recebam um peso, que seja tudo vocação, que seja tudo espontâneo…, mas alguém poderia me dizer a quanto chega esse soldo que não cobram?

A propósito: também me pergunto como este corpo tão coeso, tão uniforme, lerá este texto que lhe dedico. Entenderão que está escrito com a intenção do elogio, do reconhecimento, ou vão acreditar, numa leitura superficial, que isto é uma crítica, mais uma das muitas que recebem nestes tempos? Há apenas uma forma de sabê-lo: dar o texto por terminado e ouvi-los. Soldados, se chegaram até aqui, sigam em frente; vocês têm a palavra.

23 de fevereiro de 2012
Reinaldo Azevedo