O que causa estranheza, pelo menos para mim, é o fato da mobilização ser fundamentada em um aumento “descomunal” na passagem de ônibus, sob a óptica dos manifestantes de R$ 0,20 (vinte centavos de Real).
Este aumento implica em mobilização social, de pessoas que realmente estão preocupadas com o País? Reúne cidadãos preocupados com o rumo da Nação? Ou existe algo perigoso por trás destes atos?
Não vemos atos públicos desta magnitude contra os políticos corruptos, inocentes exterminados pelos assaltantes, condições de trabalho e salário digno aos policiais, melhoria do salário e condições de trabalho digna aos profissionais de saúde, etc. A revolta são pelos R$ 0,20 (vinte centavos de Real), isso realmente vai mudar o Brasil?
Analisemos:
A) Atitudes
1) O movimento ativista não negocia
2) Provoca depredações ao patrimônio Público e Privado
3) Ativistas e repórteres (que acompanham o movimento) provocam policiais para que sejam filmadas as ações destes agentes, e que posteriormente, possam acusar tanto o Estado quanto as forças Policiais de violência.
4) O movimento ativista chantageia o Estado e as forças Policiais
5) Os organizadores do movimento possuem a mesma retórica do Foro de São Paulo
B) Grupos que compõem as manifestações
1) Movimento Passe Livre – Supostamente organizam o protesto, mas são coordenados pelos partidos de esquerda, sob ordens internacionais.
2) Igreja Punk do Fim de Semana – A “Igreja” recebe ateus e gays, seu líder é conhecido como “Bispo Chinês”, guitarrista da banda Punk Rock “Excomungados”
3) Corrente Proletária Estudantil – Célula de movimentos estudantis da USP
4) Anarquistas
5) Espaço Socialista – Célula Marxista, sendo usada por partidos políticos para ações e movimentos sociais
6) Levante Popular da Juventude – Célula de esquerda para aliciar e doutrinar jovens, para criação de militantes
7) Território Livre – Célula de esquerda utilizada para contrapor-se as ações policiais, agem no psicossocial, para criar uma consciência coletiva de que as ações policias são violentas e truculentas e que o Estado é repressivo.
8) Movimento Hip Hop – Apoio a liberação de drogas e funciona como célula de partidos de esquerda
9) Anonymous – Célula de esquerda associada a movimentos internacionais, ligada a Hackers e ações terroristas, possuem como lema “Nós somos anônimos, nós somos legião, não perdoamos, Não esquecemos. Esperem por nós”.
10) Fanfarra do Mal – Consideram-se um movimento autônomo libertário, é a banda que acompanha os protestos.
11) Juventude do PT – Esta não requer comentários
12) Todos Juntos Por Um Futuro – Movimento dito estudantil pertencente ao PSOL.
13) União da Juventude e Rebelião – Movimento ligado ao Partido Comunista Revolucionário
14) União da Juventude Comunista – Célula pertencente ao Partido Comunista Brasileiro
15) Liga Estratégia Revolucionária – Organização Internacional Comunista, pertencente a linha Trotskista, (Quarta Internacional) com o objetivo declarado de alcançar o ‘Socialismo” seja por qualquer método.
16) Assembleia Nacional de Estudantes Livre (ANEL) – Célula comunista ligada ao partido PSTU.
17) Black Block (Bloco Preto) – Grupo de anarquista anti-capitalistas, com o objetivo de provocar dano ao patrimônio Público e agressão a Forças Policiais. São ligados a entidades internacionais.
Estas mobilizações e os grupos que a contém, possuem o objetivo de promover a Revolução Socialista no Brasil, e que receberam ordem de adiantar o início do processo revolucionário, pois acreditam no risco de que os partidos de esquerda percam as eleições no próximo pleito eleitoral. Desde o fim do Regime Militar, nosso País foi paulatinamente desconstruído e sua sociedade levada a um estado de anomia absoluta.
Analisemos a revolução Bolchevique e comparemos com o que ocorreu no Brasil desde o fim do Regime Militar
Antes da Revolução Bolchevique, a Rússia já era uma potência militar, o governo do czar Alexandre II (1855 – 1881) começou a implementação de medidas que buscavam modernizar a Rússia.
Ele deu fim aos laços feudais e formou uma classe de pequenos camponeses proprietários de terras.
Nos governos do fim do século XIX, outras medidas foram responsáveis por abrir a economia russa ao investimento industrialista de nações estrangeiras. Dessa forma, o campesinato, burguesia industrial e o proletariado russo surgiam nesse conjunto de reformas econômicas.
Foi o segundo maior império contíguo e o terceiro maior império da história; a certo ponto, em 1866 (Os Estados Unidos haviam saído da guerra de Secessão e não haviam definido as fronteiras do Oeste) o Império Russo se estendia da Europa do Leste, percorria toda a Ásia e chegava à América do Norte; no início do século XIX passou a ser o maior país do mundo, com um território que ia do oceano Ártico, no norte, ao mar Negro, no sul, e do mar Báltico, no oeste, ao oceano Pacífico, no leste.
Até a Primeira Guerra Mundial, em 1914, a Rússia costumava ser considerada uma das cinco chamadas "Grandes Potências" do continente europeu, com um exército de mais de 5 milhões de homens, o maior do mundo à época.
O poder financeiro e político internacional, não poderia permitir a expansão Imperial Russa, e utilizou agentes infiltrados no território Russo, para agirem de acordo com seus interesses para destruírem o Império.
O serviço secreto do Czar era chamado de Okhrana (em russo Охранное отделение, Okhrannoie otdeleniie), este foi a polícia secreta do regime do czar, criada em 1881 e com sede em São Petersburgo, significa Departamento de Segurança. Surgiu para perseguir os partidos políticos que faziam frente à autocracia do Czar.
Foi usada para reprimir setores educacionais, imprensa e tribunais, além da massa popular, descontente com a situação social, política e econômica que a Rússia enfrentava no fim do século XIX e princípios do século XX. Possuía nos seus quadros diversos agentes provocadores.
A Okhrana entregou os presos à Justiça para o processo de acordo com a lei, com subsequentes execuções, campos de trabalho na Sibéria, criando nesta época os Gulags, os agentes possuíam uma licença para matar e torturar, o que aconteceu muitas vezes.
Um dos agentes da Okhrana, foi Joseph Stalin, utilizado pelo império para infiltrar-se em movimentos revolucionários como agente provocador.
Stalin como um agente da polícia secreta Czarista conseguiu realizar várias fugas da prisão. Sob diversos codinomes, trabalharia como agente duplo para o regime Czarista.
Segundo Trotsky, Stálin foi medíocre e insignificante, em seu passado consta ter sido muitas coisas: ladrão de bancos, terrorista contumaz, assassino frio e impiedoso, dissimulado mesmo para seus amigos mais próximos, gângster, lutador de rua, sedicioso político, sedutor de mulheres, pai de vários filhos e filhas, muitos não reconhecidos em vida pelo ex-líder soviético. Tinha a capacidade de liderar homens brutais orientando-os para seus interesses. Era um intelectual fanático, estrategista, dominador e implacável.
O Brasil também possuí seu Stalin. Na época do nosso Regime Militar um General, criou em 1964 e dirigiu até 1967 o SNI – Serviço Nacional de Informações, nosso Cardeal Richelieu, teve a brilhante ideia nos anos 70, de infiltrar agentes duplos nos sindicatos, e criou a criatura chamada de codinome “BOI”. Esta criatura conhecendo deste modo todos os meandros do poder, criou um partido político e tornou-se seu primeiro Presidente, um Stalin tupiniquim.
Com o fim da revolução Bolchevique em 1917, o Estado revolucionário soviético necessitava controlar a sociedade de modo mais efetivo, visando assegurar o sucesso da revolução do proletariado, deste modo o substituto do serviço secreto Imperial Okhrana, foi a Tcheka, cujo objetivo era conforme as palavras de Lenin, funcionar como uma "devastadora arma contra as incontáveis conspirações e golpes ao poder soviético”.
Dentre as agencias de segurança interna as que sucederam a Okhrana, foram: Checa ou Tcheka, GPU, OGPU, GUGB, NKGB, MGB, KGB e criada em 1995 após o fim do regime soviético, a FSB (Serviço de Segurança Federal) contando hoje com cerca de 300.000 funcionários.
O Estado revolucionário para manter-se no poder necessita lançar mão de ações de controle social e os realizam através do terror, movimentos sociais e prisões de dissidentes, necessitando escolher pessoas com psicopatias e sociopatias, para executar o trabalho sujo de manutenção do “status quo”, veja os exemplos:
1) Joseph Stalin – Nomeado como Comissário do Povo em 1917, briga com Trotsky (manda mata-lo no México), assume o poder em 1924, promove expurgos, assassinatos, deportações e torturas. Em 1953, no 20º Congresso do Partido Comunista da URSS, o sucessor de Stalin, Kruschev, denuncia o "culto da personalidade" stalinista e os crimes e atrocidades atribuídos a Stalin.
2) Vasili Mikhailovich Blokhin – Pertencente a família de camponeses, serviu o Exército Czarista na 1ª Guerra Mundial, foi agente da Okhrana, conheceu Stalin nesta época, chamando sua atenção com suas ações em assassinatos, em março de 1921, foi incorporado na Cheka, sendo utilizado por Stalin nos trabalhos “sujos”.
Blokhin é considerado como tendo executado pessoalmente dezenas de milhares de prisioneiros com suas próprias mãos ao longo de um período de 26 anos, incluindo 7.000 prisioneiros condenados poloneses em uma execução em massa prolongada fazendo-o o maior carrasco oficial mais prolífico na história do mundo.
Blokhin, inicialmente decidido a manter o ambicioso número de 300 execuções por noite, e de criar uma engenharia eficiente, os prisioneiros eram, individualmente, conduzidos a uma antecâmara pequena que tinha sido pintada de vermelho e era conhecida como o "quarto-leninista".
O quarto foi projetado especialmente, com paredes acolchoadas para insonorização, um piso em declive de concreto com um dreno e mangueira, e uma parede de registro para os prisioneiros. Blokhin vestido com um avental de açougueiro de couro, boné, luvas para proteger o seu uniforme, em seguida, empurrava o preso contra a parede de registro e atirava uma vez na base do crânio com uma pistola alemã Walther Model 2 .25 ACP. Blokhin foi despojado de seu posto por Nikita Khrushchev.
3) Guenrikh Grigorievich Yagoda – Assassino, mandou matar milhares de pessoas, realizou interrogatórios, torturas e estupros. Participou do grande expurgo e enviou milhares de dissidentes ao Gulag.
4) Felix Edmundovich Dzerjinsky - Comunista polonês, fundador da Cheka. Foi um dos fundadores do partido Social Democrata na Polonia em 1900. Passou a maior parte da sua vida preso por suas atividades revolucionárias. Em março de 1917, após uma prisão de cinco anos, ao se ver livre seu primeiro ato foi filiar-se ao Partido Bolchevique. Ligado aos movimentos terroristas na Polônia, assassinou pessoalmente seus inimigos e ordenou a morte de suas famílias de forma fria e planejada. É atribuída a ele a seguinte frase: "Um membro da Tcheka deve ter a cabeça fria, o coração quente e as mãos limpas."
5) Viacheslav Rudolfovich Menjinsky - Foi um revolucionário russo de origem polonesa, desempenhou as funções de chefe da polícia secreta (O.G.P.U.), entre 1926 e 1934. Fluente em seis línguas, Menjinsky foi o segundo e último representante da nobreza russa na polícia política soviética, pertenceu inicialmente à Okhrana, depois atuou na Tcheka.
6) Lavrenti Pavlovich Beria - nascido em um ambiente muito pobre, tornou-se uma figura-chave do poder soviético 1938-1953. Ele era o chefe da NKVD, o corpo que, posteriormente, deu origem ao MGB e ao KGB, então, como um membro do Politburo de 1946 a 1953, ele controlava toda a segurança interna e externa do URSS. Stalin o apresentava como “Nosso Himmler”, seu papel foi fundamental na organização industrial do Gulag, a repressão dos desertores durante a guerra (foi ele quem criou o SMERSH), o desenvolvimento de uma rede de espionagem internacional eficiente, estabelecendo o tom de Democracias populares, começando com o massacre de Katyn para terminar no processo de Praga.
Ele organizou a adesão do status nuclear da União Soviética. Stalin preocupado com a ascensão de Beria, pensava em eliminá-lo, contudo Beria possuía um plano de eliminar o ditador, e conseguiu pô-lo em prática. Stalin morreu de uma suposta “hemorragia cerebral” após jantar com Beria, que, posteriormente deportou ou eliminou todos que participaram da autópsia de Stalin. Cerca de três meses após a morte do ditador, Beria foi preso e executado. Em 29 de Maio de 2000, seus crimes contra a humanidade foram provados.
Os nomes dos monstros comunistas citados são somente uma fração das centenas de pessoas que participaram como agentes, assassinando a população. Os sociopatas escolhidos dizimaram famílias e vidas de seres humanos, tanto em nome de uma ideologia nefasta como também pelo oportunismo do momento.
Estes movimentos que agem atualmente no Brasil, ditos como “sociais” já possuem seus Beria, Yagoda, Vasili, etc.
O estado fraco já produziu seu Lenin tupiniquim. Estamos em vias de permitir a ascensão de um estado totalitário, possuímos governantes fracos, omissos e covardes em não permitir que nosso País possa ter sua autodeterminação.
Temos duas opções: proteger a frágil Democracia do Brasil, ou aguardar pelo expurgo, qual será a escolha da sociedade?
28 de junho de 2013
Nelson Bruni é Médico