"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



sábado, 1 de setembro de 2012

LÁ DAS BANDAS DO SANATÓRIO

palanque desaforado
Palanque desaforado

 
MENSALÃO
Se forem somadas, as penas dos mensaleiros podem atingir 100 anos. De acordo com cálculo de advogados, a soma se aplica aos 12 réus que receberam dinheiro do valerioduto. Pronto, os próximos mensaleiros terão 100 anos de perdão.

DESAFORADO
Lula voltou aos palanques. Em BH saiu cortando fundo dos adversários. Defendeu Patrus Ananias que está em segundo lugar, como se o Patrus fosse a salvação da pátria. Disse que BH está quebrada, esquecendo que o prefeito Marcio Lacerda do PSB era seu aliado até ontem. Lula não falou em Mensalão, é claro.

O TROCO
Aécio Neves, depois de ouvir as provocações do cabo eleitoral Lula da Silva, embrabeceu e largou a mineirice de lado. Deu o troco e disse que o PT se apropria das empresas públicas e coloca a coisa pública na privada.

OS PERIGOSOS
Não é por nada que o guerrilheiro de bala perdida, Zé Dirceu chegou a ser deputado para ser cassado; foi chefe da Casa Civil, para ser defenestrado pela janela dos fundos; chegou a ser um comandante de elite da corrente majoritária do PT para se transformar no patrão do mais famoso e exposto esquadrão de mensaleiros da história desse país.
É uma figura tão perigosa que até Lula tem medo dele. E já disse - à boca pequena que ele não é "pateta" nem nada - que "o Zé não é amigo de ninguém". Disse e ouviu de Dirceu a mesma coisa: "Lula não tem amigos".
01 de setembro de 2012
sanatório da notícia

COMO OS NARCOTRAFICANTES ESTÃO HOJE PRESENTES NOS GOVERNOS BOLIVARIANOS, INFILTRADOS TAMBÉM PELO IRÃ.

Ou: Dilma quer essa gente toda no Mercosul
 
As Páginas Amarelas da VEJA desta semana trazem uma entrevista cuja leitura é obrigatória. Duda Teixeira falou com Douglas Farah, um consultor de segurança que presta serviços ao governo americano. Tema: o combate ao crime organizado no mundo. Farah trata em especial da conivência dos governos ditos bolivarianos com o narcotráfico e evidencia como isso traz riscos enormes ao Brasil. Também aborda a estreita relação desses narcoestados com o Irã.
 
Abaixo, reproduzo alguns trechos da entrevista. Eles devem ser lidos à luz de um fato: a presidente Dilma Rousseff, em parceria com Cristina Kirchner (aquela que foi um arquiteto egípcio em encarnações passadas…), patrocinou a entrada da Venezuela no Mercosul — contra a lei, diga-se. Ao fazê-lo, incorporou ao bloco econômico um país que pode ser chamado hoje, sem qualquer exagero, de narcoestado e que, ademais, mantém relações incestuosas com o estado terrorista iraniano — do qual o governo Lula também se aproximou. Talvez um dia venhamos a descobrir os milhões de motivos que a tanto o moveram.
 
A questão é séria e diz respeito ao papel que o Brasil pretende desempenhar no cenário internacional. No momento em que alguns equivocados de boa-fé e muitos pilantras disfarçados de equivocados de boa-fé defendem a descriminação do consumo de drogas, convém prestar atenção a que tal política remeteria e a quem beneficiaria. Leiam trechos da entrevista.

*
Duglas Farah é pago para redigir relatórios de segurança para empresas privadas e órgãos do governo americano, como o Departamento de Segurança Interna e o Departamento de Defesa. Membro do Centro de Avaliação Estratégica Internacional (lasc), de Washington, o consultor americano é especialista em identificar as áreas de influência de cartéis mexicanos, gangues salvadorenhas e grupos terroristas na América Latina. Também revela as armas, os centros de lavagem de dinheiro e os contatos no governo e na Justiça usados por esses criminosos. Autor do livro Merchant of Death (O Mercador da Morte), sobre o traficante de armas russo Viktor Bout, Farah foi criado na Bolívia, onde seus pais, missionários americanos, trabalharam.
 
NARCOESTADOS BOLIVARIANOS

Como explicar o avanço do crime organizado na América Latina?

(…) Os criminosos foram convidados pelos governantes de países ditos “bolivarianos”, liderados pelo presidente venezuelano Hugo Chávez, para compartilhar o poder político. Assim, conquistaram uma força inédita na região.

Como é a parceria entre os governos e os criminosos?

(…) Nesses lugares, os criminosos são utilizados como instrumento de política interna e externa e apoiam o poder central. Em troca, cometem seus crimes com total segurança. A existência desse tipo de acordo explica o espetacular crescimento do papel da Venezuela como local de passagem da cocaína para outros países. O mesmo ocorreu com o Equador e a Bolívia.

(…)
AS AUTORIDADES LATINO-AMERICANAS ENVOLVIDAS

Quais são as principais autoridades envolvidas com narcotraficantes?

São muitas. O ministro da Defesa da Venezuela, Henry Rangel Silva, deu apoio material para que as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) transportassem drogas, segundo o Departamento de Tesouro americano. O juiz Eladio Aponte, que trabalhou sete anos no Tribunal Supremo de Justiça da Venezuela e está exilado nos Estados Unidos, também afirma ter provas do envolvimento de altos membros do governo de Hugo Chávez com narcotraficantes. Até fugir para Miami, ele era fiel ao presidente. Na Bolívia, Juan Ramón Quintana, ministro da Presidência, e Sacha Llorenti, ex-ministro de Governo, são suspeitos de manter relações escusas com o crime organizado. Llorenú acaba de ser nomeado embaixador da Bolívia na ONU. No Equador, dois aliados do presidente Rafael Correa, Gustavo Larrea, ex-ministro de Segurança Interna e Externa, e José Ignacio Chauvín, ex-subsecretário de Governo, mantinham vínculos diretos com traficantes das Farc.

(…)
O MAL PARA OS BRASILEIROS

Como a sociedade brasileira é afetada pelos narcoestados da vizinhança?

O Brasil é o segundo maior mercado consumidor de cocaína do mundo e conquistou esse posto porque houve uma mudança na forma de pagamento da droga entre os traficantes. Até os anos 80, quando ainda dominavam o tráfico de cocaína, os colombianos recompensavam seus intermediários em dinheiro. Com isso, a maior parte da droga apenas fazia escala no Brasil, de onde era enviada para outros países. Nos anos 90, os mexicanos mudaram as regras e passaram a pagar de 20% a 50% do valor em mercadoria. Isso obrigou seus parceiros em vários países a arrumar uma maneira de vender a cocaína. Assim, cresceram os mercados domésticos para a droga e suas variações, como o crack, com o impacto conhecido na criminalidade. Quando um viciado fica sem dinheiro, rouba ou comete outros crimes. Os pontos de venda passam a ser disputados, e os bandos começam a se armar com fuzis AK-47 e lançadores de granadas. Quando eles entram em combate com policiais armados apenas com pistolas, o desequilíbrio de forças é tremendo. Não há um único caso no mundo em que o crescimento do consumo de drogas ilícitas não tinha sido acompanhado do aumento da criminalidade.

(…)
 
O FATOR IRANIANO

O Irã tem petróleo e está muito longe daqui. Qual é o seu interesse na América Latina?
Um dos objetivos claros do Irã é driblar as sanções internacionais. Na Venezuela, criaram-se instituições financeiras de fachada, como o Banco Internacional de Desenvolvimento, que Chávez sempre disse que não era iraniano. Eu tive acesso aos papéis de sua fundação, contudo, e verifiquei que todos os dezessete diretores eram iranianos. Tinham passaporte e nomes persas. O banco era usado para movimentar o dinheiro das transações internacionais do Irã, especialmente as relacionadas ao seu programa nuclear. Depois que esse esquema foi descoberto, o Irã e a Venezuela inventaram outros. (…) No Equador, os iranianos utilizam bancos nacionais que não funcionam mais, mas ainda existem no papel. Bem mais difícil é saber o que eles querem na Bolívia. Há 140 diplomatas iranianos que oficialmente atuam como assessores comerciais no país, mas o comércio bilateral não passa de alguns poucos milhões de dólares.

O senhor arrisca uma explicação?

Temo que o Irã queira usar a América Latina para ameaçar ou chantagear os Estados Unidos. Os generais venezuelanos carregam nos bolsos um pequeno livro com as doutrinas do Hezbollah, um grupo fundamentalista xiita apoiado pelo Irã. O texto contém a meta de derrubar o império americano com armas de destruição em massa. O intercâmbio com os países bolivarianos serviria, então, para montar um perigoso arsenal, talvez químico ou biológico, no quintal dos americanos.

(…)
01 de setembro de 2012
Por Reinaldo Azevedo

O PODER POLÍTICO VERSUS INVERDADES: A TENTATIVA DE PARALISAR AS USINAS NUCLEARES NO BRASIL

 

O poder do administrador público é vinculado, porque a ele só é permitido fazer o que estiver expressamente permitido por lei. Se a lei é omissa, o administrador público não pode agir. Ao contrário do administrador privado, cujo entendimento é o de que, se não é proibido por lei, é porque está permitido.

no preview

Assim, o poder discricionário do administrador público, no exercício da vontade política, tem que ser entendido como vinculado à lei para a satisfação do interesse público. Desse modo, sempre vinculado à lei, o administrador público, pode agir de acordo com os seus critérios de oportunidade e conveniência.

Portanto, a vontade política do administrador público não lhe permite o exercício do seu particular critério de conveniência ou oportunidade, para prejudicar interesses legítimos da população, a contribuinte final de todos os investimentos públicos.

Na área da energia no Brasil, o poder discricionário do administrador público, – tem que levar em conta a agilização da utilização da energia nuclear, segura e sem riscos de contaminação, em atenção aos mais de oitenta anos nos quais, perseverantemente, os técnicos brasileiros vêm trabalhando para dar destino útil e valor agregado aos minerais nucleares que jazem no subsolo do território brasileiro – de modo a não entregá-los a preço vil, até o esgotamento total dessa valiosa riqueza.

Não é, portanto, aceitável a ausência de vontade política prejudicando o desenvolvimento econômico e não poluente da energia nuclear no Brasil.

Somente os que dissimulam esse tipo de conhecimento, ou, o ignoram, é que ainda aceitam para justificar o injustificável, divulgando inverdades sobre os pseudos perigos das usinas nucleares (“Seqüelas de Fukushima”, O GLOBO, 29.08.2012, p. 21, 1º Caderno); ou, divulgando “frases-feitas” de que…“faltou a vontade política” ou sobre “o insolúvel problema dos depósitos dos rejeitos radioativos” etc. Há que se pesquisar os exemplos bem sucedidos onde quer que se encontrem e executá-los (Europa, EUA e outros, todos movimentados com a energia gerada pelas usinas nucleares).

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“ARGUMENTOS DE AUTORIDADES”

Poderes ficam mais fracos quando a informação é forte, e “argumentos de autoridade” – não mais podem ser aceitos. Há que se perguntar a que autoridades estão se reportando e pesquisar há quanto tempo no Brasil, quantos estão ganhando quanto, para atender os interesses de desinformar a população brasileira.

Portanto, muito lúcido, responsável e convincente, na época, repercurtindo até os dias atuais, a fala da presidente Dilma na Sessão de Abertura da ONU. Sua mensagem da Presidenta foi clara: o Brasil não vai abdicar do seu direito inalienável de exercer o seu direito de autonomia plena (garantido pela Carta da ONU) utilizando, como o programado, a energia nuclear para fins pacíficos. Disse tudo.

A lucidez da presidente antecede ao seu discurso na ONU. Primeiro, ao reagir à pressão contra Belo Monte, respondendo com altivez à organizações internacionais. A visão de estadista da presidente, ou seu raciocínio corretamente geopolítico, há que ser apoiada, ao mesmo tempo que precisam ser abortadas, no nascedouro, as aguardadas ciladas armadas pelos interesses contrariados.

O Brasil inclusivo não-discriminatório aguarda os investidores para lucrar junto, na área da energia nuclear.
O Brasil merece respeito.

GURGEL DIZ QUE CONDENAÇÕES DO MENSALÃO DERRUBAM TESE DE QUE ACUSAÇÃO ERA DELÍRIO

 

O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, disse que as primeiras condenações na Ação Penal 470, conhecida como o processo do mensalão, são a prova de que o Ministério Público Federal (MPF) fez um trabalho bem feito, embasado em provas concretas.

“Nós temos ainda um longo caminho pela frente no julgamento, mas as primeiras condenações são muito importantes, porque demonstram que a acusação apresentada pelo Ministério Público está longe de ser o delírio que a defesa concebeu”, disse o procurador.



Na semana passada. o Supremo encerrou a primeira parte do julgamento sobre as acusações de desvio de dinheiro na Câmara dos Deputados e no Banco do Brasil. Todos os réus dessa etapa foram condenados por crimes de corrupção e peculato, com exceção do ex-ministro da Comunicação Social da Presidência da República, Luiz Gushiken.

Perguntado sobre o risco de empate com a saída do ministro Cezar Peluso, que se aposentou sexta-feira, o procurador disse que a possibilidade é pequena caso os placares da primeira parte se repitam. “Ficamos muito longe de qualquer empate, foi diferença bem significativa. Esperamos que continue assim até o final do julgamento”, disse.

Para o procurador, caso o Tribunal acolha sugestão apresentada pelo ex-ministro Cezar Peluso e determine a perda de cargo do deputado federal João Paulo Cunha (PT-SP), o assunto deve passar antes pela Câmara dos Deputados. “A Constituição prevê um procedimento pela Mesa [diretora], que tem que verificar algumas formalidades, mas a decisão judicial terá que ser cumprida”.

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MISSÃO CUMPRIDA

Responsável por apresentar a denúncia do chamado mensalão ao STF, em 2006, o ex-procurador-geral Antonio Fernando de Souza se disse satisfeito com os resultados obtidos até agora.
“Eu fico confortável de que a atuação do MPF, naquela oportunidade, foi correta e era provida de elementos que sustentam a denúncia”, disse.

01 de setembro de 2012
Débora Zampier e Luana Lourenço (Agência Brasil)

STF INDICA PUNIÇÃO RIGOROSA A JOSÉ DIRCEU


Depois das primeiras punições aos réus do mensalão, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, disse ontem que o STF (Supremo Tribunal Federal) "está no caminho certo" para condenar o núcleo político do esquema, entre eles o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu.
Gurgel também afirmou que as decisões tomadas até agora representam uma "guinada", pois possibilitam a aceitação de "provas mais tênues" para condenar pessoas acusadas por crimes como corrupção e peculato.
 
"Independentemente do resultado, a decisão parcial é muito importante para toda a Justiça Penal, pois reconhece que não podemos buscar o mesmo tipo de provas obtidas em crimes comuns, como roubo, assassinato", disse, após a posse do novo presidente do STJ (Superior Tribunal de Justiça), Felix Fischer.
 
O procurador foi questionado se as provas contra Dirceu não seriam mais tênues do que as que levaram à punição de João Paulo Cunha. "Isso também está sendo discutido. Na medida em que sobe a hierarquia na organização criminosa, as provas vão ficando mais e mais tênues. O mandante não aparece. Não quero ficar fazendo previsões, mas acho que estamos num bom caminho." Questionado se ele se referia ao caminho para a condenação de José Dirceu, Gurgel respondeu: "Exatamente".
 
O ex-ministro foi apontado pela Procuradoria-Geral da República como o "chefe da quadrilha" do que foi considerado o "mais atrevido e escandaloso esquema de corrupção" do país. Ele nega.
O julgamento do mensalão entra na semana que vem no segundo mês, com 17 sessões. Até agora, o STF julgou só a primeira parte da denúncia, relativa a desvios de recursos públicos do Banco do Brasil e da Câmara.
O esquema de compra de apoio parlamentar no primeiro governo Lula não foi analisado, apesar de teses que poderão ser utilizadas futuramente já terem começado a ser discutidas.
 
Cinco réus já foram condenados por crimes como corrupção passiva e ativa, peculato e lavagem de dinheiro: o deputado João Paulo Cunha (PT-SP), o ex-diretor do Banco do Brasil, Henrique Pizzolato, o empresário Marcos Valério e seus ex-sócios Ramon Hollerbach e Cristiano Paz.
Ontem, Gurgel também falou sobre as primeiras dosimetrias (cálculos das penas), adiantadas por Cezar Peluso na semana passada. "Foi uma dosimetria comedida. O Ministério Público acha que há espaço para a aplicação de penas mais graves."
 
Além de Gurgel, a presidente Dilma Rousseff, ministros do governo e integrantes do STF também foram à posse de Fischer, mas evitaram falar sobre o julgamento.
O ministro José Eduardo Cardozo (Justiça) disse apenas que conversou com o presidente do STF, Carlos Ayres Britto, e negou que a emenda que alterou a lei sobre bônus de volume, que foi discutida no julgamento, tivesse o objetivo de favorecer os réus.
"Embora a emenda não seja de minha autoria, afirmei que ela era fruto de uma reivindicação no mercado publicitário."(Folha de São Paulo)
 
01 de setembro de 2012
in coroneLeaks

TORCIDAS DO MAL

 

A melhor coisa que aconteceu ultimamente ao futebol brasileiro aconteceu fora de campo. É o cerco que a polícia e a Justiça estão fazendo a esses celerados que sob o disfarce de “torcidas organizadas” agem como gangues, promovendo badernas e cometendo espancamentos, roubos e até crimes de morte. Muito positiva a atitude do vascaíno Sérgio Cabral, classificando-as de “delinquentes” e prometendo ação rigorosa do estado.

É preciso que os torcedores de bem de todos os clubes exijam de seus dirigentes atitudes firmes de condenação desses “bandidos travestidos de torcedores”, nas palavras do presidente do Tribunal de Justiça. Tricolor (como Alice), aplaudi a ação que mandou para Bangu 2 os membros da tal Young Flu, presos em flagrante quando espancavam e assaltavam dois torcedores do Vasco.

Como disse a corajosa mãe de um deles, trata-se de uma “facção criminosa. Eles saem de casa para matar os rivais”. O tenente-coronel João Florentini, comandante do Grupamento Especial de Policiamento em Estádios (Gepe), avisou: “É um recado claro de que estamos fazendo tudo para responsabilizar quem faz o que não deve.”

Quase ao mesmo tempo, as medidas repressivas atingiram a Torcida Jovem do Flamengo, suspensa dos estádios por seis meses por ter causado a morte de um torcedor vascaíno, e a Força Jovem do Vasco, que pelo envolvimento no assassinato de um flamenguista recebeu idêntica pena — na verdade, branda para o que fizeram.

Já os membros da Young Flu, além da prisão, terão que responder na Justiça pelos crimes de lesão corporal, formação de quadrilha e corrupção de menores. Para reforçar essa cruzada pela paz nos estádios, a Polícia Civil criou uma força-tarefa composta de policiais de oito delegacias cuja missão terá como foco o combate aos baderneiros.

É importante, porém, dar continuidade a esse trabalho, para que não se repita o que aconteceu com o Núcleo de Investigação Sobre Torcidas Organizadas, criado em 2005 e que hoje não existe mais.

Igualmente fundamental é que essas ações sejam desenvolvidas de forma exemplar e preventiva. Nesse sentido, talvez seja útil olhar para a experiência de São Paulo, que adotou providências drásticas. Baniu de vez dos estádios os Gaviões da Fiel, a Mancha Alviverde e a Torcida Jovem.

É possível até que nem todos os componentes das torcidas organizadas sejam marginais. Mas, se elas mesmas não expurgam a banda podre, acabam pagando pelo que têm de pior.

01 de setembro de 2012
Zuenir Ventura, O Globo

IMAGEM DO DIA

 
Pescador recolhe sua rede remando um barquinho improvisado em um canal de Pequim, na China
Pescador recolhe sua rede remando um barquinho improvisado em um canal de Pequim, na China - David Gray/Reuters
 
01 de setembro de 2012

MENOS IMPUNIDADE

Julgamento do mensalão no STF suscita sensação de mudança no tratamento da corrupção que ainda precisa se confirmar no longo prazo
 
Ao iniciar seu voto no Supremo Tribunal Federal, condenando João Paulo Cunha e outros réus do mensalão, a ministra Cármen Lúcia recordou as palavras de um jurista de meados do século passado que assinalavam a impunidade dos crimes de corrupção no Brasil.

Seria talvez exagero considerar, como fez a ministra, que o país mudou nesse aspecto. As últimas decisões do Supremo puseram em prática, ainda assim, uma disposição positiva para tratar com inusitado rigor delitos difíceis de coibir.

O alto grau de poder concentrado nas mãos de quem os pratica tende a tornar especialmente complexa, como assinalaram diversos ministros, a obtenção de

Foi suficiente e múltiplo, entretanto, o conjunto dos indícios que levaram a maioria dos ministros a condenar o ex-presidente da Câmara João Paulo Cunha (PT-SP) por corrupção passiva e peculato. Ainda que persistam muitos itens do mensalão por analisar no STF, a decisão tem caráter exemplar.

Diminui a sensação de permissividade que, ao longo de décadas, estimulou políticos de diversas ideologias a considerar propina e desvio de recursos públicos como ingredientes normais da atividade.

É forçoso lembrar, porém, que o mesmo Cunha agora condenado desfrutava de favoritismo na disputa pela Prefeitura de Osasco (SP). Por desinformação ou crença pessoal na ideia de que "todo político faz isso", é grande a parcela da população para a qual a suspeita de corrupção não pesa na escolha de seus representantes.

Não é incompatível com essa atitude a convicção, aparentemente oposta, de que todo político mereceria cadeia, em julgamento sumário e sem garantias legais. A pena privativa de liberdade, como esta Folha tem assinalado várias vezes, só deveria ser aplicada nos casos em que o condenado traz real ameaça à segurança pública.

Com todas as delongas de que se cercou, e com minúcias e divergências capazes de testar a paciência até dos próprios ministros, o julgamento do mensalão tem posto à prova esse duplo simplismo - tanto o de quem não se importa com a condenação quanto o dos que a querem a qualquer preço.

Se há muito de exemplar nas decisões até aqui alcançadas, não são menores as lições que o processo pode trazer - no que assegura de respeito às garantias constitucionais, ao debate civilizado e ao exame de cada caso com rigor, mas sem tendenciosidade nem paixão.

01 de setembro de 2012
Editorial da Folha

GUIDO MANTEGA ABUSA DA FALTA DE BOM SENSO E GARANTE QUE A PARTIR DE AGORA O PAÍS VOLTARÁ A CRESCER

 

Piada de salão – Até recentemente, Guido Mantega, o ainda ministro da Fazenda, era alvo de piadas apenas no mercado financeiro. Com a crise econômica que se alastra pelo País e suas recentes e desconexas afirmações, Mantega agora é merecedor de chistes de profissionais das mais diversas categorias, que já sentem no bolso os efeitos da incompetência do governo do Partido dos Trabalhadores.

No começo da tarde desta sexta-feira (31), em um restaurante da capital paulista, conhecidos advogados, alguns deles ligados ao PT, faziam piadas sobre o fiasco que representa o ministro.

A capacidade humorística de Mantega tornou-se evidente depois que o IBGE anunciou na manhã de hoje que a economia brasileira registrou avanço de 0,4% no segundo trimestre deste ano. Foi o bastante para o ministro da Fazenda um microfone para afirmar que o acanhado movimento positivo da economia é resultado das medidas adotadas pelo governo, não sem antes garantir que de agora em diante tudo será diferente. “Passamos a pior fase de desaceleração, que ficou concentrada no primeiro trimestre, e a economia está acelerando gradualmente”, disse Mantega.

Nesse cenário de incertezas econômicas é preciso saber as diferenças que existem entre otimismo, realidade e sandice. Acreditar que a situação um dia há de melhorar é importante, mas otimismo não paga conta. Sem mudanças definitivas e estruturais por parte do governo federal, a economia brasileira continuará sofrendo. E isso é realidade. Afirmar que, por mera incompetência, de agora em diante a economia voltará a crescer, é sandice, com direito a demissão imediata e uma camisa de força feita sob medida.

Não se pode reconhecer potencial de crescimento em uma economia que reage de forma muito acanhada aos estímulos do governo, que não melhora com a queda seguida das taxas de juro e que a inflação continua subindo mesmo diante do recuo do consumo. Só mesmo que desconhece o que é economia pode fazer afirmações de tal ordem.

Tivesse o governo da presidente Dilma Rousseff alguém com competência e coragem para apontar as barbáries cometidas contra a economia do País, Guido Mantega estaria demitido não é de hoje.

01 de setembro de 2012
ucho.info

ESCÂNDALO DA QUEBRA DA VARILOG DEVE SER INVESTIGADO PELO CNJ E AÇÃO JÁ CAUSA ARREPIOS NA JUSTIÇA PAULISTA

 



Tirando o sono – Pelo fato de o Brasil ter se transformado em uma incansável usina de escândalos de corrupção e outros quetais, os brasileiros se tornaram vítimas da própria memória em relação a casos que jamais deveriam ser esquecidos. Entre os tantos, um dos imbróglios que continua sem explicações convincentes é o da misteriosa quebra da Variglog, que após a falência da velha e boa Varig passou para as mãos do fundo de investimentos Matlin Paterson, além de uma trinca de complicados sócios brasileiros.

Com capítulos estranhos de todos os naipes, a epopeia da misteriosa quebra da Variglog pode levar o Conselho Nacional de Justiça a investigar o assunto. Ainda nebuloso, um saque no valor de R$ 4,4 milhões foi feito no caixa da empresa, tendo como beneficiário o escritório Thiollier Advogados, como largamente noticiado à época pela imprensa. Acontece que até agora permanecem as dúvidas a respeito do destino dado ao dinheiro.

Por conta desse mistério, a Corregedoria do CNJ deve receber nas próximas horas, segundo informações obtidas pelo ucho.info, uma denúncia sobre o assunto que já deixa alguns magistrados sobressaltados. Nas rodas paulistanas dos negócios, o que se fala é que muita água suja pode passar por debaixo dessa ponte se de fato o CNJ decidir investigar o caso como se deve.

Discorrer sobre a Varig, que um dia foi a maior e melhor companhia aérea brasileira, requer cuidado, pois o assunto envolve interesses de todos os lados, alguns deles escusos. Um desses mistérios refere-se à venda da própria Varig. Com a interveniência do finado José Alencar Gomes da Silva, então vice-presidente da República, e um estranho pedido do petista Lula, o empresário Constantino de Oliveira, o nada diplomático Nenê, comprou a Varig por R$ 300 milhões para fazer concorrência à Gol, companhia de sua propriedade.

Uma eventual investigação do caso pelo CNJ deve agitar o mundo dos grandes negócios paulistanos e causar arrepios nos corredores do Tribunal de Justiça do mais importante estado brasileiro.

01 de setembro de 2012
ucho.info

O RÉU AUSENTE

 

Demétrio Magnoli - Instituto Millenium
A tese da quadrilha, emanada da acusação e adotada pelo relator, ministro Joaquim Barbosa, orienta a maioria dos juízes do Supremo Tribunal Federal (STF) no julgamento do caso do mensalão.

Metodologicamente, ela se manifesta no ordenamento das deliberações, que agrupa os réus segundo a lógica operacional seguida pela quadrilha. Substantivamente, transparece no conteúdo dos votos dos ministros, que estabelecem relações funcionais entre réus situados em posições distintas no esquema de divisão do trabalho da quadrilha.

As exceções evidentes circunscrevem-se ao revisor, Ricardo Lewandowski, e a José Antônio Dias Toffoli, um ex-advogado do PT que, à época, negou a existência do mensalão, mas agora não se declarou impedido de participar do julgamento.
O primeiro condenou os operadores financeiros, mas indicou uma inabalável disposição de absolver todo o núcleo político do sistema criminoso. O segundo é um homem com uma missão.

O relatório de “contraponto” do revisor, uma cachoeira interminável de palavras, consagrou-se precisamente à tentativa de implodir a tese principal da acusação. Sem a quadrilha a narrativa dos eventos criminosos perderia seus nexos de sentido.
Como consequência, voluntariamente, a mais alta Corte vendaria seus próprios olhos, tornando-se refém das provas materiais flagrantes. Juízes desmoralizados proclamariam o império da desigualdade perante a lei, condenando figuras secundárias cujas mãos ainda estão sujas de graxa para absolverem, um a um, os pensadores políticos que coordenavam a orgia de desvio de recursos públicos.
Esse caminho, o sendero de Lewandowski, felizmente não prosperou. Há um julgamento em curso, não uma farsa.

Uma quadrilha é uma organização, tanto quanto uma empresa. Nas organizações há uma relação inversa entre a posição hierárquica e a natureza material da função. Nos níveis mais elevados de direção o trabalho é altamente abstrato: análise estratégica, definição de metas de longo prazo, orientação geral de prioridades e rumos.
Nessa esfera ninguém opera máquinas, emite ordens de pagamento ou assina relatórios gerenciais. Contudo as organizações se movem na direção e no ritmo ditados pelo círculo fechado de seus “intelectuais”.

A narrativa da peça acusatória conta-nos que, na quadrilha do mensalão, um personagem concentrava as prerrogativas decisórias supremas. José Dirceu, explicou o procurador-geral da República, utilizava sua dupla autoridade, no governo e no PT, para mover as engrenagens da “fabricação” de dinheiro destinado a perpetuar um condomínio de poder.

Previsivelmente, o “chefe da quadrilha” deixou apenas rastros muito tênues e indiretos de seus feitos. “O que vão querer em termos de provas? Uma carta? Uma confissão espontânea? É muito difícil. Você tem confissão espontânea de ladrão de galinha”, constatou o juiz Marco Aurélio Mello em entrevista recente. O que decidirá o STF quando, ultrapassado o escalão dos chefes políticos acessórios, chegar à encruzilhada de Dirceu?
A peça acusatória não menciona Lula, o beneficiário maior da teia de crimes que alimentavam um sistema de poder.
 
O inacreditável Toffoli explicitou seus critérios ao justificar o voto de absolvição sob o argumento de que “a defesa não precisa provar sua versão”. Todos sabem que o ônus da prova de culpa cabe à acusação. Mas é óbvio até para leigos que, confrontada com evidências de culpabilidade, a defesa tem o dever de comprovar seus álibis. Na ponta oposta, o juiz Luiz Fux sustentou que, diante de “megacrimes” articulados por figuras poderosas, “indícios podem levar a conclusão segura e correta”. A síntese de Fux descortina o método pelo qual, sem arranhar as garantias do Estado de Direito, é possível estender a aplicação da lei aos “fidalgos” da República.

Não é verdade, como alega a defesa do então ministro-chefe da Casa Civil, que nada se tem contra ele. A acusação apresentou uma longa série de provas circunstanciais do poder efetivo de Dirceu sobre os personagens cruciais para as operações da quadrilha.
Mas, na ausência de uma improvável confissão esclarecedora de algum dos réus, os juízes terão de decidir, essencialmente, sobre “indícios”: a lógica interna de uma narrativa.

Eles podem escolher a conclusão inapelável derivada da tese da quadrilha e, sem o concurso de provas documentais, condenar o réu mais poderoso pela autoria intelectual dos inúmeros crimes tipificados. A alternativa seria recuar abruptamente em face do espectro da ousadia jurídica, absolver o símbolo do mensalão e legar à posteridade a história esdrúxula, risível e intragável de uma quadrilha carente de comando.

O enigma é, porém, ainda mais complexo. Como registrou o advogado de defesa do ex-deputado Roberto Jefferson, há um réu ausente, que atende pelo nome de Lula da Silva. Toda a trama dos crimes, tal como narrada pela acusação, flui na direção de um comando central. Dirceu, prova o procurador-geral, detinha autoridade política sobre os operadores cruciais do mensalão.

Mas acima de Dirceu, no governo e no PT, encontrava-se Lula, “um sujeito safo” que “sempre se mostrou muito mais um chefe de governo do que chefe de Estado”, nas palavras do mesmo Marco Aurélio. A peça acusatória, todavia, não menciona Lula, o beneficiário maior da teia de crimes que alimentavam um sistema de poder. A omissão abala sua estrutura lógica.

“Você acha que um sujeito safo como Lula não sabia?”, perguntou Marco Aurélio, retoricamente, ao jornalista que o entrevistava. Ninguém acha – e existem diversos depoimentos que indicam a ciência plena do então presidente sobre o essencial da trama.

O mesmo tipo de prova indireta, não documental, utilizada na incriminação de Dirceu poderia – e, logicamente, deveria – ter sido apresentada para pôr Lula no banco dos réus.
Mas o procurador-geral escolheu traçar um círculo de ferro em torno de um homem que, coberto de motivos para isso, se acredita inimputável. A opção da acusação, derivada de uma perversa razão política, assombrará o país por longo tempo.

01 de setembro de 2012
Demétrio Magnoli
Fonte: O Estado de S. Paulo, 30/08/2012

HÁ OITO TRIMESTRES BRASIL CRESCE MENOS DE 1%


A despeito da série de medidas de estímulo fiscal adotada pelo governo, a economia mostra reação débil, sem superar os efeitos da crise internacional sobre a indústria e os investimentos.
 
Divulgados ontem pelo IBGE, os resultados da produção e da renda no segundo trimestre mostram que, embora longe de recessões e turbulências do passado, o país vive o mais longo ciclo de crescimento baixo ou medíocre desde o Plano Real.
São oito trimestres consecutivos -dois anos inteiros- em que a expansão do Produto Interno Bruto não supera 1%, o mínimo necessário para as desejadas taxas anuais acima de 4%.

Entre abril e junho, a alta foi de 0,4% sobre os três meses anteriores, numa modesta melhora sobre o 0,1% medido de janeiro a março.
 
01 de setembro de 2012
GUSTAVO PATU, ENVIADO ESPECIAL AO RIO
PEDRO SOARES DO RIO

NA MESA DE JOAQUIM BARBOSA, O CORDEL DO MENSALÃO

 


Livros no gabinete
Entre os muitos presentes que Joaquim Barbosa tem recebido de admiradores nestes tempos de julgamento, três livrinhos de cordel se destacavam sobre sua mesa no gabinete do STF: um sobre o mensalão, outro sobre o PT e um terceiro intitulado O Dia Em Que Lula Foi Para o Inferno. Barbosa, a propósito, ainda não os leu.
 
01 de setembro de 2012
Por Lauro Jardim - Radar Online

"POR QUE DILMA ROUSSEFF, MEU DEUS?"

Celso Arnaldo: O país que sabe os porquês um dia perguntará, em estado de choque: ‘Por que Dilma Rousseff, meu Deus?’
 
Nesta quinta-feira, a presidente Dilma Rousseff foi novamente internada no Sanatório Geral por não saber como e quando usarporque ou por que, como atesta o bilhete endereçado às ministras Izabella Teixeira e Ideli Salvatti. Ao examinar a prova do crime, o jornalista Celso Arnaldo Araújo constatou que o neurônio solitário não parou por aí. O comentário enviado à coluna pelo nosso implacável caçador de cretinices merece ser reproduzido aqui no Direto ao Ponto. (AN)
A coisa é mais grave ─ com Dilma a coisa é sempre mais grave. Seria surpreendente se ela soubesse quando usar por que, porque, por quê e porquê. Ela diz “esse país” quando se refere ao Brasil.
Mas se o “por que”interrogativo ainda não pôde se queixar de ter sido fundido por Dilma depois de séculos de independência, acredito que a ministra Izabella Teixeira, do Meio Ambiente, possa estar “meia” chateada.
Ela não era mencionada há meses, em lugar nenhum, e, justo quando lembra dela, a Dilma dirige o bilhete desaforado a uma certa “Isabela”, dois erros num só nome?
É por isso que digo: Dilma ainda vai nos surpreender muito. Minto: a nós, não. Ao país que sabe os porquês ─ e que um dia perguntará, em estado de choque:
“Por que Dilma, meu Deus? Por quê?

Ps: como se vê na reprodução acima do bilhete, vale uma pequena correção no texto aqui transcrito: ao final, não há interrogação depois de Código Florestal, mas uma vírgula e então “e eu não sei de nada?”Fica mais gerentona, mais Dilma.

01 de setembro de 2012

"PCC" GANHA CAMISAS AUTOGRAFADAS DO CORINTHIANS

 

Os bandidões Marcola e Carambola, chefes da organização criminosa ‘PCC’, que controla presídios paulistas, ganharam de presente camisas autografadas pelo elenco do Corinthians, depois da conquista da Copa Libertadores.
A informação foi divulgada durante um seminário sobre Inteligência e Contrainteligência, realizado pela Escola Paulista de Magistratura, em São Paulo, provocando espanto e indignação.
 
01 de setembro de 2012
in claudio humberto

SUICÍDIO DE UM PETISTA

 

Não restará na noite uma só estrela.

Não restará a noite.

Morrerei e comigo irá a soma

Do intolerável universo.

Apagarei medalhas e pirâmides,

Os continentes e os rostos.

Apagarei a acumulação do passado.

Farei da história pó, do pó o pó.

Estou a olhar o último poente.

Oiço o último pássaro.

Lego o nada a ninguém.

Jorge Luis Borges, in "A Rosa Profunda"
 
Calma pessoal, nenhum petista se matou (ainda). Qualquer insinuação maliciosa como esta deve ser evitada. Afinal, não devemos querer o pior para nenhum semelhante nosso. Essa é a regra. Só depois dela vem as exceções, como aquela que João Paulo Cunha poderia estar pensando em “apagar todas as luzes” conforme a epígrafe de Jorge Luis Borges.
Para início de conversa, de todos os defeitos que têm João Paulo, aquele que foi o 3º homem na sucessão presidencial por ter sido Presidente da Câmara dos Deputados, nenhum deles indica nele uma tendência anticristã, ou anti-católica de ser um suicida em potencial. Essa frase, confesso, está cheia de problemas, mas como o João Paulo não foi visto em nenhuma igreja, e tampouco alguém viu um padre a lhe visitar nos últimos dias, podemos retirar a conotação de potencial pecado cristão em relação a esse corrupto e ladrão do erário. Ele claramente não indica que vá se suicidar depois da condenação por goleada no STF. Não é do seu feitio. Lembro-me de que em um 24 de agosto, lá em 2005, pensei que o Lula, apanhado como chefe da quadrilha, poderia pensar em se matar. Superestimei demais o Lula – ele é incapaz de ato como esse. Morre roubando, mas não se mata. Ainda tinha a opção da Itália para onde sua mulher, Marisa Letícia, a inútil, pensava em se mandar.

Voltando ao João Paulo, ademais, ainda nem está claro para que tipo de prisão ele irá. Talvez ele esteja ainda cogitando uma prisão especial, afinal ele é um líder petista. Dependendo do confronto com a realidade prisional brasileira ele até poderia tentar o suicídio. Morto politicamente ele já está, salvo grande engano.
Na foto acima é mostrada uma cela de prisão de segurança máxima e de conforto e humanidade mínimos do Rio Grande do Sul. Zero Hora, talvez apiedada dos seus antigos heróis petistas, mostra em reportagem o inferno que é a prisão de Charqueadas no Rio Grande do Sul, a qual bem poderia ser a imagem das prisões brasileiras. Tento ver João Paulo em uma delas e não consigo. Aliás, os políticos nunca deram grande atenção para as prisões em que um dia eles poderiam ir parar, não é mesmo? Talvez por isso essa problemática tenha sido varrida do seu pensamento. Por outro lado, sabemos como é o Brasil e qual é a probabilidade de um político, em especial um campeão da ética, como um político petista, vir a cumprir sua longa pena de reclusão em regime fechado. Os petistas suavizaram as penas de seus colegas sempre que puderam. Chegaram até a fazer uma lei para livrar os mensaleiros como João Paulo Cunha.
Mas o tema do suicídio de políticos não deixa de ser interessante. Tivemos o caso célebre de Getúlio Vargas, cometido em um 24 de agosto de 1954. Faz tempo. No Japão, às vezes, temos notícia que um político por não poder agüentar a desonra se matou. Mas no nosso caso brasileiro moderno, pelo menos, isso é algo impensável. Você consegue imaginar o João Paulo Cunha se matando? Eu não consigo – o homem ainda quer continuar deputado apesar de Art. do Regimento da Câmara dizer que perderá o mandato deputado condenado em sentença transitada em julgado – o caso da sentença do STF. Essa sentença aguarda apenas sua publicação e promulgação. João Paulo tem tempo de repensar tudo isso.


Hotel 5 Estrelas
Mas e os outros João Paulos? Já imaginaram o Delúbio e o José Dirceu com aquele pijama com que foram brindados em reportagem do Le Monde Diplomatique (quem diria?)? Suicídio para essa gente nem pensar; são arrogantes demais, pensam ter poder demais.
 
É claro que no caso deles é cedo ainda. Mas já dá para eles irem pensando no serviço do Hotel das Grades, 5 estrelas. Acostumados que ainda estão com o do bom e do melhor, reclamarão muito da comida, do sol quadrado, das companhias de ladrões de galinhas, dos traficantes e tarados de todos os títulos, e daquela sensação desagradável de não haver por perto outros políticos, de preferência de outros partidos, e nenhum jornalista amigão.
 
Na lista abaixo estão alguns suicidas célebres. Alguns se mataram por amor; outros pela causa que abraçaram; outros ainda em vista da derrota política e militar. Ressalto o caso do casal Stefan Zweig, que se mataram em Petrópolis, Rio de Janeiro, longe de sua Áustria querida invadida por Adolph Hitler. Na lista não estão os samurai que praticaram o harakiri, nem consta o político que se deu um tiro na boca à vista de todos ao vivo na TV.
Getúlio Vargas, Kurt Cobain, Ernest Hemingway, Ana C. Cesar, Reinaldo Arenas, Jacqueline Kennedy Onassis, Aristóteles, Roland Barthes, Jean Michel Basquiat, Walter Benjamin, Cleópatra, Florbela Espanca, Patrícia Galvão, Pagu, Gogol, Adolf Hitler, Akira Kurosawa, Virgínia Woolf, Stefan Sweig, Anna Karenina e Romeu e Julieta (personagens), David Foster Wallace, Pedro Nava.
 
Do último, o escritor Pedro Nava, eu me lembro bem como foi: "cansei de viver", disse ele em sua carta suicida.
 
Por falar nisso, Lula se veria em apuros para redigir uma carta suicida. Precisaria de um suicide ghost-writer, nada comparável à Carta Testamento de Getúlio, hoje repousando em pedra na Praça da Alfândega em Porto Alegre.
Já pensaram os petistas escrevendo "Saímos da vida para entrar na História? Não. Ficaria melhor assim:
"Entramos na História para cair na vida"!
01 de setembro de 2012

DESCOBRINDO AS TRAMÓIAS...



01 de setembro de 2012
in ricardo froes

LA DOLCE VITA DE UM DEPUTADO CONDENADO.

A boa-vida de Natan Donadon, um político condenado no Supremo

Em 2010, o STF sentenciou o deputado a 13 anos de cadeia. Mas ele continua livre – até para exercer o mandato

 
POR UM FIO O deputado Natan Donadon (PMDB) na Câmara. O último recurso que garante sua liberdade já deixou de ser julgado dez vezes (Foto: Igo Estrela/ÉPOCA)
 
 
Toda terça-feira, ou quando dá, Natan Donadon veste seu melhor terno, ajusta o broche dourado na lapela, ajeita o topetinho e pega um avião até Brasília. Lá, encaminha-se – pelas beiradas, olhando para os lados – ao gabinete 239 da Câmara dos Deputados. Quando se encerra essa delicada operação, tranca-se em sua sala. Volta e meia orienta as secretárias a informar que não está.

Sai apenas quando precisa votar no plenário, sempre com passinhos apressados, sempre pelos caminhos de uso exclusivo dos deputados.

Vai e volta na mesma toada, tão veloz que é mais fácil encontrar um burocrata brasiliense dando expediente num domingo do que Natan dando mole no plenário da Câmara numa terça ou quarta-feira.

Assim que cumpre suas obrigações em Brasília, no mais tardar na quinta-feira, Natan abandona o terno, esconde o broche – e volta rapidinho a Rondônia, Estado pelo qual foi eleito e onde mora. Natan não é paranoico nem tem preguiça de trabalhar. Natan tem medo de ser preso.

Natan é o primeiro parlamentar condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) à prisão por desvio de dinheiro público. Outros quatro deputados foram condenados nos últimos anos por crimes como sonegação fiscal ou de responsabilidade. Mas não foram ameaçados de prisão, porque seus crimes prescreveram ou as penas podiam ser cumpridas em regime semiaberto.

Natan é – pelo menos até a proclamação da sentença do caso do mensalão – o único que pode ir para a cadeia. Em 28 de outubro de 2010, o STF decidiu que ele deve cumprir 13 anos e quatro meses de prisão por ter cometido os crimes de peculato e formação de quadrilha.

Os ministros do STF entenderam que Natan ajudou a desviar R$ 8,4 milhões dos cofres da Assembleia Legislativa de Rondônia, entre 1995 e 1998. Apesar de o Supremo ser a última instância da Justiça, suas sentenças não são cumpridas imediatamente.

Graças a um último recurso, capaz de atrasar a execução da pena, Natan pode exercer seu mandato, ainda que intranquilo, enquanto aguarda o julgamento derradeiro no STF. Entre dezembro de 2011 e 29 de junho deste ano, o julgamento desse recurso foi adiado dez vezes. Natan torce pelo 11º adiamento.

Sua liberdade, ainda que provisória, tem seu preço. Especialmente para os contribuintes. Desde que assumiu seu primeiro mandato pelo PMDB, há nove anos, com 35 de idade, Natan nunca se destacou pela argúcia política ou pela exuberância de suas ideias. No atual mandato, já condenado, proferiu apenas 400 palavras na tribuna. Não apresentou ou relatou nenhum projeto relevante.

Sua especialidade, assim como de muitos colegas, é outra: gastar dinheiro público. As 400 palavras de Natan na tribuna já custaram, entre salários e despesas de gabinete, cerca de R$ 1 milhão aos cofres públicos. Sem contar os salários de seus assessores – entre eles, dois parentes. No gabinete de Natan, porém, encontra-se somente um motorista.

Para encontrá-lo no Congresso, ÉPOCA teve de correr. Flagrou-o num dos trotes na saída do plenário. Ele ficou nervoso. Não se acalmou nem após descobrir que não fora pilhado por um policial carregando uma ordem de prisão.
Natan não gosta de falar sobre sua condenação. Para relaxar, sorri como se estivesse se divertindo e dá tapinhas pesados no peito e no braço do interlocutor durante a conversa.

No encontro, repetiu uma dúzia de vezes uma pergunta feita a ele, como procurasse ganhar tempo para responder. “Se fico ansioso quando o Supremo vai julgar meu caso?”, diz, dando uma risadinha. Natan dá um tapinha no ombro, empertiga-se, leva a mão ao queixo:

“É uma boa pergunta... Se fico ansioso? Você quer saber se fico ansioso? Confio na Justiça e na justiça divina (ele é evangélico). O Supremo está analisando meu caso com muito cuidado, porque é uma coisa importante, é a vida da pessoa”.

Até ser condenado pelo STF, Natan não se escondia assim. Ao contrário, aproveitava as poucas oportunidades disponíveis para aparecer. Um de seus costumes era subir à mesa diretora e atuar como presidente da Câmara nas sessões em que o plenário estava vazio. “Agora, nem isso ele faz mais”, diz um colega.
Antes, costumava tomar o microfone e cantar em jantares do PMDB. Hoje, é pouco visto até nas reuniões partidárias. Natan só se permite aparecer um pouco quando é para cantar.

Recentemente, cantou num evento pequeno na Câmara. Fez até um terceto com a dupla Marcos e Gustavo num show. Ele solta seus vibratos mesmo nas festas agropecuárias em Rondônia – às quais destina verbas públicas com suas emendas ao orçamento da União. Nelas, Natan costuma cantar ao lado da principal atração da noite.

A condenação por corrupção tornou Natan conhecido. Ele é o maior expoente de uma família que domina a política na região conhecida como cone sul de Rondônia. Por lá, os Donadons são alvo de denúncias de corrupção e nepotismo. Natan ganhou seu primeiro cargo público do pai, Marco Donadon, quando este era prefeito de Colorado do Oeste.

Depois, o irmão Marcos o nomeou diretor da Assembleia. Quando foi prefeito de Vilhena, seu primo Marlon Donadon só demitiu 13 parentes depois de ser obrigado por uma decisão judicial. Entre os parentes empregados por Natan em seu gabinete está Márcio Antonio Donadon Batista. ÉPOCA perguntou a Natan, por telefone, sobre a contratação de Márcio Antonio. “Não vou te responder isso”, disse ele. “Você é maligno. Meu espírito percebeu que seu espírito é maligno!”

Enquanto não vai para a cadeia, Natan canta. Uma de suas músicas favoritas chama-se “Boate azul”, composta pela dupla João Mineiro e Marciano e executada por artistas consagrados, como Milionário e José Rico, Bruno e Marrone e Michel Teló.
Diz o seguinte: Sair de que jeito/se nem sei o rumo para onde vou.
Pela 11ª vez, caberá ao Supremo definir esse rumo.

01 de setembro de 2012
LEANDRO LOYOLA
 

US$ 200 MILHÕES PARA A TIRANIA COMUNISTA CUBANA

DILMA MANDA PIMENTEL REPASSAR VIA BNDES CRÉDITO DE US$ 2OO MILHÕES DE DÓLARES PARA A TIRANIA COMUNISTA CUBANA
Dilma com Raul Castro, o tirano criminoso e assassino.
 
Acabam de enviar ao blog pelo Twitter matéria da Agência de Notícias de Angola (AngolaPress) informando que a Dilma liberou mais um dinheirinho para Fidel Castro. Transcrevo após este prólogo. O repasse é "apenas"de US$ 200 milhões de dólares. Incumbiu seu dileto Ministro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, o mineiro Fernando Pimentel a fazer o repasse da grana para os dois tiranos cubanos vagabundos.
Agora imaginem: a presidente do Brasil é uma ex-terrorista, comunista, nunca se elegeu para nada e nunca administrou sequer um barraca de feira. Já o seu ministro de Indústria e Comércio é também metido a terrorista e, portanto, também nunca administrou nada e sequer pisou num chão de fábrica.
Ambos, como todos os petistas, continuam alimentando a idéia de transformar o Brasil numa República Comunista.
E sabem de uma coisa? Vão conseguir. Não por competência própria, mas pelo apoio inconteste dos "capitalistas botocudos", que lambiam o saco do Lula e agora vivem debaixo da saia da Dilma e levam o Pimentel a sério.

Não é à toa que o Brasil é esse lixão. As fabriquetas desses capitalistas de araque continuam fabricando estopa e máquina de moer cana. Não fossem as grandes empresas americanas, principalmente, que atuam no Brasil estaríamos vivendo como no tempo do boi e do arado. O que empresário brasileiro sabe é adular quem estiver no poder para se locupletar nem que isso possa custar a democracia, a liberdade e a mínima decência.

Agora leiam a matéria da AngolaPress, onde segundo se informa, há eleição. Uma re-re-releição de um tiranete vagabundo, com o apoio do PT, no velho estilo cubano:

O presidente cubano, Raúl Castro, e o ministro brasileiro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, acertaram nesta quinta-feira um crédito de 200 milhões de dólares de Brasília ao programa alimentar de Cuba, informou a TV estatal em Havana.

Raúl Castro e Fernando Pimentel conversaram "sobre o desenvolvimento ascendente das relações bilaterais e reafirmaram o propósito de trabalhar por seu contínuo fortalecimento", destacou a TV cubana.


Pimentel firmou com o ministro do Comércio Exterior e Investimento Estrangeiro, Rodrigo Malmierca, o crédito de 200 milhões de dólares para importações do programa alimentar da Ilha.

"Estes recursos serão liberados em três partes - a primeira durante 2012 - e as demais em 2013, para financiar a exportação de máquinas e equipamentos agrícolas brasileiros".

Pimentel também visitou as obras de ampliação do porto de Mariel, 50 km a oeste de Havana, e ofereceu a Malmierca "assistência jurídica para construir o marco regulatório desta zona especial".
A ampliação do porto de Mariel é a maior obra de infra-estrutura empreendida por Raúl Castro. O terminal de contentores não atenderá apenas o comércio cubano, mas a outras nações da bacia do Caribe.

"Temos todo o interesse em colaborar na definição deste modelo para trazer o máximo possível de empresas brasileiras", destacou Pimentel Malmierca declarou que a experiência jurídica brasileira é importante para uma maior integração das empresas do Brasil em Cuba.

"Oferecemos transferência tecnológica em troca de investimentos em fábricas e (a zona especial de) Mariel poderá servir para isto", disse o ministro cubano.

As operações portuárias devem começar em Abril de 2013, antes da conclusão das obras, fixada para Outubro do mesmo ano.

O Brasil financia 85% as obras - que totalizam 800 milhões de dólares - por meio do Banco de Desenvolvimento Económico e Social (BNDES).
Do site AngolaPress
 
01 de setembro de 2012
in aluizio amorim