"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



domingo, 1 de abril de 2012

COM A CRISE NA EUROPA, MAFIOSOS OFERECEM CRÉDITO

Magistrados envolvidos

Organizações criminosas substituem bancos na Itália, enquanto a Grécia ressuscita o escambo e Portugal e Espanha ampliam a informalidade.

MILÃO - Na Itália, a Máfia ocupa o espaço deixado por bancos - que hesitam em voltar a emprestar - e fornece créditos a empresários. Na Grécia, associações criam moedas paralelas ao euro, enquanto em Portugal a informalidade explode e, na Espanha, o número de trabalhadores sem carteira assinada bate recordes.


Entrando em seu quinto ano consecutivo de crise, a Europa vê o ressurgimento da economia subterrânea em vários países, principalmente aqueles afetados por duras medidas de austeridade e por uma proliferação de novos impostos.


Segundo um levantamento realizado pela organização italiana SOS Impresa, com sede em Palermo, os diferentes grupos mafiosos italianos movimentam hoje cerca de 140 bilhões na economia local.


"Com uma liquidez de 65 bilhões, a realidade é que a Máfia se transformou no maior banco da Itália", estima a instituição, criada para denunciar as práticas mafiosas de grupos criminosos.


De acordo com a entidade, antes mesmo da crise iniciada em 2008, após a quebra do banco americano Lehman Brothers, os grupos como Cosa Nostra, Camorra e ‘Ndrangheta controlavam 7% do Produto Interno Bruto (PIB) italiano.


Há algumas semanas, uma operação da polícia italiana mostrou os atuais tentáculos da Máfia, com o envolvimento de magistrados e funcionários públicos.


O problema é que, com a chegada da crise e a decisão dos bancos tradicionais de fechar suas torneiras, pequenos empresários estão numa situação de fragilidade, o que permite à Máfia desembarcar oferecendo créditos e ajuda, em troca de favores e do silêncio absoluto dos envolvidos.


"As vítimas são normalmente pessoas que trabalham no tradicional setor do comércio, seja com alimentos, roupas, floriculturas ou lojas de móveis", afirma o relatório. "Essas são categorias que, como muitas outras, estão pagando o preço da crise econômica."


Escambo. Se na Itália a crise se traduz no fortalecimento de grupos criminosos, na Grécia o fenômeno da economia subterrânea ganha outra dimensão.


Algumas cidades decidiram criar seus próprios mercados informais, enquanto outros grupos estabeleceram até mesmo moedas alternativas ao euro, para escapar ao fato de que muitas famílias simplesmente não têm o mesmo volume de dinheiro que há quatro anos.


Pela Grécia, existem pelo menos uma dúzia de esquemas alternativos criados por associações de bairro e pequenas cidades, para garantir o fornecimento de serviços e bens entre a população, sem necessariamente usar a moeda única europeia.


O mais notório deles é o TEM, sigla em grego para Unidade Alternativa Local, uma espécie de moeda virtual. Um dos locais que mais têm usado o esquema é a cidade de Volos, onde 20% da população encontra-se desempregada.


Mas, com a população ainda mantendo suas técnicas e capacidades profissionais, a opção foi criar um esquema para trocar serviços, sem necessariamente o uso de euros.


Para fazer parte do esquema, um profissional se registra em um site e ganha créditos quanto mais serviços prestar à comunidade. Com esses créditos, pode trocar por outros serviços. Até mesmo uma espécie de cheque foi criado para permitir o pagamento por bens e serviços.
Professores, eletricistas, barbeiros, técnicos e veterinários têm usado amplamente o serviço, além de padarias e pequenos supermercados. Na cidade, a nova moeda ganhou tal dimensão que comerciantes passaram a aceitar tanto euros como os TEMs.


Informalidade. Tanto o caso grego como italiano escancaram o fato de que, depois de 30 anos de retração, a economia informal europeia volta a se expandir.
Na Espanha, esse crescimento foi de 30% entre 2008 e 2010, o auge da crise. No caso da economia espanhola, a constatação foi a explosão do número de trabalhadores sem carteira assinada.
O desemprego no país superou a marca de 20%, e muitos optaram por aceitar trabalhar por salários mais baixos e sem proteção social, mas pelo menos mantendo seus empregos.
Em Portugal, outro país afetado pela crise e pelas medidas de austeridade, dados oficiais revelam que a economia paralela já chega a 24,5% do PIB do país em 2011. Em três anos, a elevação foi de 4 pontos porcentuais.
Segundo um estudo da Universidade do Porto, US$ 52,6 bilhões já são movimentados na economia paralela do país, metade de todo o dinheiro emprestado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) e pela União Europeia para resgatar o país.
A constatação dos economistas é de que, se impostos fossem cobrados da economia paralela, o déficit fiscal português poderia cair dos atuais 9,1% do PIB para apenas 2,9% do PIB, recolocando o país dentro das regras de estabilidade do euro.
Tanto Portugal quanto Grécia e Itália passaram nos últimos anos a liderar o ranking das maiores economias paralelas entre os países ricos, onde a média é de 18% do PIB em esquemas informais. Há 20 anos, a economia paralela de Portugal era de apenas 9,3% do PIB.

01 de abril de 2012
Jamil Chade, de O Estado de S. Paulo

ESCÂNDALO DE TENTATIVA DE CORRUPÇÃO NA ÍNDIA LEVANTA SUSPEITA SOBRE O RAFALE

O caça francês Rafale.

A licitação para a compra de 126 aviões de caça franceses Rafale pelas Forças Armadas da Índia, um contrato no valor de US$ 15 bilhões, pode estar ameaçada devido a um escândalo de tentativa de corrupção envolvendo o chefe das Forças Armadas indianas.

Esta semana, oficiais indianos teriam demonstrado estar insatisfeitos com as negociações para a compra dos caças Rafale, segundo anunciou o canal de televisão "Times Now". Os problemas se referem ao valor dos aparelhos e à falta de clareza quanto à transferência de tecnologia.

Por outro lado, um escândalo envolvendo a tentativa de corrupção do chefe das Forças Armadas indianas, general V. K. Singh, se agravou, levando o ministro da Defesa, A. K. Antony, a declarar hoje que se for constatada qualquer irregularidade ou indício de corrupção em contratos do setor, o governo indiano não hesitará em "cancelar contratos em fase de finalização, ainda que já tenham passado por avaliações técnicas e comerciais".

Em janeiro, o Rafale foi proclamado vencedor da licitação indiana. Desde então, iniciou-se um processo de negociações exclusivas com a fabricante Dassault.

General revela proposta de propina

O chefe das Forças Armadas indianas criou suspresa ao declarar no início da semana ao jornal The Hindu que havia recebido uma proposta de suborno de US$ 2,8 milhões de um lobista da área, oficial superior agora na reserva, para aprovar um contrato de compra de 600 veículos militares para o Exército. O militar afirma que informou o ministro da Defesa sobre a tentativa de corrupção. A imprensa estima que o caso remonta há dois anos.

O escândalo tomou outra dimensão nos últimos dias com o vazamento de uma carta enviada pelo general Singh ao primeiro-ministro Manmohan Singh, datada de 12 de março, na qual ele critica o estado de sucateamento do arsenal militar indiano. Na carta, o chefe das Forças Armadas diz que o país não está preparado para enfrentar uma guerra, pois « falta munição ao Exército e 97% da capacidade de defesa anti-aérea está obsoleta ».

O ministro da Defesa, A. K. Antony, qualificou o vazamento de um ato antipatriótico que “só contribui para ajudar os inimigos do país ». Furioso, o militar declarou ter sido traído e defende que os responsáveis sejam punidos « sem piedade ».

Recentemente, o general Singh criou uma controvérsia com o governo ao tentar mudar sua data de nascimento em documentos oficiais, a fim de evitar a aposentadoria e ficar no cargo por mais um ano. Ele tentou se defender na Corte Suprema, mas perdeu o recurso.

A tensão entre as Forças Armadas e o Ministério da Defesa gera desconfiança nos contratos de compra de armamento e equipamentos militares.

Brasil acompanha negociações

Em fevereiro, o ministro brasileiro da Defesa, Celso Amorim, veio à Índia pedir ao governo indiano para compartilhar algumas informações sobre a licitação vencida pela Dassault, como modalidades de transferência de tecnologia que também interessam ao Brasil.

O Rafale é um dos três concorrentes na licitação aberta pela FAB para a compra de 36 caças. No Brasil, o avião francês concorre com o sueco Gripen, da Saab, e com o americano F-18 Super Hornet, da Boeing. A licitação foi suspensa no início do governo da presidente Dilma Rousseff.

O Rafale nunca foi vendido no exterior. O presidente francês, Nicolas Sarkozy, apresenta o sucesso das negociações com a Índia como uma vitória de seu governo. Se as negociações azedarem, seria ruim para a reta final da campanha de Sarkozy à reeleição.

O ministro brasileiro da Indústria, Fernando Pimentel, que acompanha a presidente Dilma Rousseff em Nova Délhi, disse hoje que autoridades indianas reafirmaram nas conversas com o governo brasileiro a escolha do Rafale para equipar suas Forças Armadas.

01 de abril de 2012
Adriana Moysés, enviada da RFI à Nova Délhi

MISCELÂNEA DO SANATÓRIO

LULA, O ABENÇOADO

Os devotos Sérgio Cabral e Eduardo Paes levaram ao papa Bento 16 uma foto de Luiz Erário Lula da Silva para benzer. Ele, como se fosse um Cristo Redentor, benzeu. Pronto, agora o papa é vitalício, mas Lula é eterno. E pelo jeito que a coisa vai, em 2014 acaba o mandato-tampão de Dilma e o abençoado Lula ambém será vitalício.

BENZEDURA

O estranho nessa republicanagem é que ninguém foi pedir para Bento 16 benzer uma foto de Zé Alencar, de Hebe Camargo, nem de Dilma que se viraram sozinhos no combate aos seus respectivos males.


DESORGANIZADO


Melhor ator do que deputado federal, Stepan Nercessian pediu seu afastamento do PPS carioca, o seu partido. Nercessian recebeu R$ 175 mil de Carlinhos Cachoeira, em maio passado. O artista diz que foi por empréstimo e que dois dias depois devolveu o dinheiro. Não há documentos da transação, só uma in/cômoda troca de telefonemas. Stepan Nercessian vai levar um pé no traseiro que o mandará para o olho da rua da Comissão de Combate ao Crime Organizado da Câmara.

BANCA DE CACHOEIRA

Aumenta a cada dia, em efeito cascata, o bando de políticos de todos os partidos que mantinham relações sigilosas e espúrias com Carlinhos Cachoeira. Descobre-as assim que o Congresso Nacional, mais que uma banca é uma bancada de bicho.

ABRINDO A COPA

Enquanto os deputados querem aprovar o projeto de tolerância zero para o uso de bebida alcoólica pelos motoristas, se distraem obedecendo Joseph Blatter aprovando o consumo de cerveja nos estádios durante os jogos da Copa.

LEI DE TALIÃO

Já está valendo a "lei da reciprocidade" para a entrada de espanhóis no Brasil. Agora, como eles fazem conosco lá na Espanha, eles terão que explicar o que vêm fazer aqui, mostrar que têm dinheiro suficiente para a sua estada que só será permitida mediante apresentação da passagem de volta. Até que enfim, os itamaratecas se antenaram. O Patriota que assinou a nova regra deveria usar o codinome de Talião - aquele do "dente por dente; olho por olho".


DEMóstenes DA MÍDIA

A descoberta de que o DEMóstenes Fones é uma farsa foi um duro golpe naqueles que viam no senador o paladino da Justiça, defensor dos fracos e oprimidos. Constatar que a revista Veja não escreveu uma linha sobre as ligações de Policarpo Júnior, seu chefe de redação em Brasília, deixa a impressão de que o seu silêncio a iguala a Renan Calheiros que saiu em defesa do acuado colega. Veja é o DEMóstenes da imprensa investigativa.


PAC/PP

O Tribunal de Justiça de São Paulo rejeitou recurso do ex-dono da Casa Covil da Presidência, Antonio Palocci (PT) e manteve sua condenação por improbidade administrativa. A decisão foi divulgada oficialmente na sexta-feira passada. Mas Palocci só está preso até agora ao Instituto Lula, onde passa bom tempo de sua plena liberdade. Deve estar elucubrando na famosa lavanderia, um novo PAC/PP - Plano de Aceleração do Patrimônio Próprio, para seu velho companheiro bom e batuta.

ENGAJAMENTO

E aí, Lula está voltando. E disse que volta à política(?) porque "O Brasil precisa voltar a crescer, a gerar empregos... (Blá blá blá)". Dilma recém chegou da sua Passagem para a Índia. Já sabe que, conforme seu criador, o Brasil com ela não cresce, não cria oportunidades nem empregos, blá blá blá... Resta-lhe apenas engajar-se na campanha "Volta, Lula!".


TRAPICHE

O líder do PSDB na Câmara, Bruno Araújo, ao invés de chamar Ideli Salvatti para se explicar, vai encaminhar pedido para que Marcelo Crivella, mais um ministro da Pesca, vá àquela Casa do Povo explicar o caso das 28 lanchas que foram foram compradas em 2008/2009 pela bagatela de R$ 31 milhões. Elas estão ancoradas num trapiche por aí, porque o ministério não tem competência para fiscalizar coisa alguma com elas. Crivella que nunca viu um anzol na vida, pode também querer explicações de Bruno Araujo: - Afinal, o que é trapiche?

01/04/2012
sanatório da noticia

ESCRITORES E COVARDES

Assisti ontem, na Globo News, entrevista de Sérgio Faraco, concedida a Geneton Moraes Neto. Velho comunista não tem cura. Só matando. Mais de duas décadas após a dissolução da União Soviética, Faraco “ousa” denunciar o regime comunista. E relembra episódios que viveu em Moscou, em 1964. Precisou de quase meio século para abrir o bico. Em verdade, sua denúncia não é de agora. Data de 2002, quando publicou Lágrimas na chuva: uma aventura na URSS. Sua coragem é de dez anos atrás. Mas só treze anos após a queda do Muro.

Já comentei, em 2004, a insólita coragem do escritor gaúcho. O livro relata período de pouco mais de ano vivido pelo autor em Moscou, entre 1963 e 64. "Depois de uma série de conflitos com chefetes políticos ligados aos partidos brasileiro e soviético" - diz-nos o editor na orelha - "Faraco foi internado em regime de reclusão, sob pesada bateria de medicamentos, numa clínica de reeducação. Era este, na época, um procedimento de rotina em relação àqueles que se rebelavam contra o ultra-esquerdismo do Partido".

Ora, quais foram os gestos de rebeldia do heróico mártir gaúcho? Pelo que lemos em sua memória, foram basicamente duas atitudes: mantinha relações com uma russinha e insistia em escutar Wagner a todo volume em seu dormitório. Fora isso, em uma viagem à Armênia, demonstrou insólita coragem ao perguntar a um mandalete local como podiam avançar na automação do que quer que fosse, se as moradias não dispunham de vasos sanitários e as necessidades eram feitas nos quintais, em latrinas. A tradutora nem sabia o que era latrina. Ou seja, os armênios não haviam chegado sequer ao conceito de latrina. Em função disto, o rebelde escritor foi enviado a uma clínica de reeducação, onde dispunha de quarto individual, com chuveiro e vaso sanitário (um progresso em relação à Armênia) e mais uma enfermeira que vinha pegar-lhe a mãozinha quando deprimido. Gulag classe A, com direito a cafuné. Pra dissidente algum botar defeito.

Do alto desta omissão, quarenta anos nos contemplam. Há mais de quatro décadas, Faraco sentiu na carne o preço a ser pago, na União Soviética, por pequenas molecagens. Escritor, não lhe terá sido difícil imaginar o quanto custava qualquer discordância com a linha do Partido. Agora, já em idade provecta, a tardia madalena alegretense demonstra sua coragem denunciando fato ocorrido nos 60. Seu depoimento, se feito na época, seria de extraordinário valor para sua geração. Seria o relato insuspeito de um militante comunista que, em sua viagem iniciática ao paraíso soviético, fora tratado como doente mental apenas por escapadelas a uma disciplina absurda, típica de seminários católicos. Seria oportuníssimo, logo após 64.

Erico Verissimo pergunta a Faraco se não pensava escrever sobre sua estada na União Soviética. "Respondi que, de fato, tinha essa intenção, embora minha experiência não fosse edificante. Ele ficou pensativo, depois disse que, se era assim, talvez fosse ainda menos edificante narrá-la, enquanto vivíamos, no Brasil, sob uma ditadura militar. Ele tinha razão" - diz Faraco. Ora, os militares lutavam para que o Brasil não virasse o imenso gulag que o futuro escritor então testemunhara. Em função de um regime que jamais o pôs na prisão, mesmo sendo comunista, Faraco silencia sobre o regime comunista que o internou em um hospital psiquiátrico, mesmo sendo comunista.

Na entrevista de ontem, interrogado sobre porque ficou tanto tempo em silêncio, Faraco omite o fator Erico Verissimo. E alega que, na época, tinha de optar entre capitalismo e socialismo. Ora, Faraco nasceu em 1940. Ou seja, teve sete anos a mais do que eu para entender o mundo. Pertencemos à mesma geração. Eu também tinha de optar entre capitalismo e socialismo. Jamais optei pela tirania. Por mais restrições que tivesse ao capitalismo, nele não havia ditadura, opressão, gulags ou clínicas de reeducação para dissidentes.

A história se repete. Em 1929, o escritor romeno Panaïti Istrati publicou Vers l'autre flamme, primeira denúncia do stalinismo no Ocidente. Os originais deste livro levaram Romain Rolland, seu padrinho literário em Paris, a aconselhá-lo: "Isto será uma paulada a toda Rússia. Estas páginas são sagradas, elas devem ser consagradas nos arquivos da Revolução Eterna, em seu Livro de Ouro. Nós lhe estimamos ainda mais e lhe veneramos por tê-las escrito. Mas não as publique jamais". Istrati teve suas Obras Completas publicadas pela Gallimard, exceto Vers l'autre flamme. Que só foi republicado, na democrática Paris ... em 1980. Volto aos anos 60, Brasil. Erico Verissimo, conivente com a barbárie comunista, repassa a Faraco o covarde conselho.

Escritor, Faraco intuiu o que Erico há muito já intuíra. Se dissesse uma só palavrinha contra a Santa Madre Rússia, adeus editoras, adeus honras literárias, adeus imprensa amiga, adeus resenhas e teses universitárias. O gaúcho de Alegrete, que não teve sequer a hombridade de despedir-se da humilde moscovita que o aquecera nos seus dias cinzentos às margens do Volga, baixa a crista. Mas seu livro tem um grande mérito: nos revela a cumplicidade com a tirania do escritor gaúcho tido como campeão da liberdade. Não por acaso, a universidade e imprensa gaúchas idolatram Erico.

A História é um lago que seca. Ao descerem, suas águas trazem à tona monstros insuspeitos. Todos os escritores gaúchos foram cúmplices da peste marxista, sem exceção. Dyonélio, por exemplo, após a evidência dos gulags, passou a escrever sobre a antiga Grécia. Tive um bom convívio com Dyonélio, paradoxalmente foi ele, materialista e marxista convicto, quem me introduziu nos estudos bíblicos. Mas quando eu queria levá-lo a falar sobre stalinismo, ele se retraía em sua concha: “Não vou dar argumentos para eles”. Ou seja, Dyonélio tinha conhecimento do que estava acontecendo. Aliás, quem não tinha?

Foi o mesmo movimento espiritual de fuga de Faraco, que refugiou-se em Urartu, na Armênia. Josué Guimarães foi caixeiro-viajante a serviço de Pequim e Moscou. Até as pedras da Rua da Praia sabiam que estes senhores eram comunistas, mas ai de quem o dissesse em público. Seria execrado como delator e expulso do rol dos vivos.

Covardes e omissos foram também todos os demais que, sem pertencerem ao Partido, silenciaram sobre os crimes do comunismo. Mário Quintana, por exemplo, refugiava-se em uma frase cômoda: "eu não entendo de problemas sociais". Moacyr Scliar foi premiado pela ditadura de Fidel Castro. Ou seja, desde há muito se preparava para entrar na Academia Brasileira de Letras, aprazível reduto de viúvas do stalinismo. Já que estamos comentando o assunto: filho de Verissimo, Verissiminho é. Luis Fernando, o rebento, apóia toda ditadura, desde que de esquerda. Apenas dois gaúchos, em todos os cem anos do século passado, ousaram escrever contra a barbárie. Um foi o jornalista Orlando Loureiro, que publicou A Sombra do Kremlin. Procure nos sebos: editora Globo, 1954, dez anos antes da viagem do alegretense deslumbrado.

O outro é este que vos escreve, que tem denunciado o marxismo desde os dias em que Faraco passeava pelas ruas da nova Jerusalém.

01 de abril de 2012
janer cristaldo

PESCA EM ÁGUAS TURVAS E IDELI ATOLADA ATÉ O PESCOÇO NA CORRUPÇÃO

Roubalheira e vagabundagem: As lanchas da corrupção encalhadas e apodrecendo em estaleiro da Intech Boating, na cidade de Biguaçu, Grande Florianópolis. A empresa, beneficiada em licitação dirigida de R$ 28 milhões, fez doação de R$ 150 mil à campanha de Ideli Salvatti ao Governo de Santa Catarina no ano de 2010


Bem que o então presidente Lula avisou: "O que o PT fez, do ponto de vista eleitoral, é o que é feito no Brasil sistematicamente". À época, em meados de 2005, ele falava do caixa 2 dos partidos e seus candidatos. Tratava-se de uma marota tentativa de calar a denúncia do mensalão, reduzindo o escândalo sem precedentes da compra sistemática de votos de deputados em benefício do seu governo ao que seria o pecadilho – amplamente difundido – do recebimento e dispêndio de "recursos não contabilizados" para ganhar eleições, conforme o eufemismo do memorável tesoureiro petista Delúbio Soares.

Mas não será por falta de empenho de sua gente que o álibi confeccionado por Lula há quase sete anos perderá atualidade. Que o digam, por exemplo, os seus companheiros de Santa Catarina. E que o diga a ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvati, alçada pela presidente Dilma ao cargo de coordenadora política do Planalto depois de ocupar, entre janeiro e junho do ano passado, o semiclandestino Ministério da Pesca – como parco prêmio de consolação por ter perdido a disputa pelo governo do Estado, em outubro de 2010. Em recursos contabilizados, o PT estadual bancou 81% dos R$ 3,6 milhões que a campanha custou. No meio do caminho, o partido recebeu uma doação de R$ 150 mil.

Aí que a história começa a ficar parecida com tantas outras que fazem parte dos usos e costumes políticos do País – com a suposta diferença de que o PT "tem na ética uma de suas marcas mais extraordinárias", nas palavras de Lula para exorcizar o mensalão. Entre 2009 e 2010, sendo o titular da Pesca o também catarinense Altemir Gregolin, a pasta encomendou a uma empresa local, Intech Boating, um total de 28 lanchas-patrulha, ao custo de R$ 31 milhões. Nesse meio tempo, o sócio majoritário da Intech, o paulista José Antonio Galízio Neto, de longa data filiado ao PT, recebeu o irrecusável convite de doar os referidos R$ 150 mil ao comitê financeiro do partido – o que aceitou prazerosamente.

"Não achei nada demais", disse Galízio ao Estado, "porque no governo para quem eu estava trabalhando, faturando naquele momento R$ 23 milhões, R$ 24 milhões, não havia (sic) nenhum tipo de irregularidade." No entanto, como quem quer que o interlocutor confunda popa com proa, ele ora afirmou que "a solicitação de doação veio pelo Ministério da Pesca, é obvio", ora que veio de um político local, que estaria querendo "se aproveitar do negócio" e cujo nome ele se recusou a dar. "Com a insistência, falei: ‘tudo bem, vou fazer a doação para o partido’." Seria o toma lá dá cá das enlameadas relações entre a área pública enfeudada pelos partidos e os seus fornecedores, não fossem alguns agravantes.

Primeiro, o Ministério não tinha nada que comprar lanchas para coibir a pesca irregular, simplesmente porque isso ainda não fazia parte de suas atribuições. Segundo, a pasta não foi capaz de encontrar nem serventia nem abrigo para a flotilha. Tanto que 23 das 28 embarcações ficaram no estaleiro dos próprios fornecedores. "O Ministério me deve quase R$ 400 mil porque fiquei guardando os barcos, limpos e funcionando", reclama Galízio. Uma auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) comprovou a enormidade. Em terceiro lugar, a investigação apontou indícios de superfaturamento e licitação dirigida. Sintomaticamente, no último dia de seu mandato, em 2010, o ministro Gregolin encomendou à Intech mais cinco lanchas, embora não soubesse o que fazer com as outras.

Dificilmente a ministra Ideli Salvatti conseguirá navegar politicamente ao largo do escândalo. Se é verdade que não era ela quem conduzia o momentoso Ministério da Pesca, é verdade também que ela não ficou alheia ao arrastão do dinheiro público na pasta. Com bons motivos, decerto, ela aparece no centro da foto da assinatura de uma compra das inúteis lanchas-patrulha – bem no ano em que tentou se eleger governadora de Santa Catarina e pouco antes de substituir o companheiro Gregolin.

Já ao partido só resta agarrar-se à boia lançada por Lula em 2005: "Não é por causa do erro de um dirigente ou de outro que você pode dizer que o PT está envolvido em corrupção".

01 de abril de 2012
abobado

O DESCARTE DA PESSOA , ISOLADA, FACE AO LEVIATÃ

Artigos - Cultura

O homem atual não vive no espaço e no tempo; em vez disso, vive na geometria e nos cronômetros.
Nicolás Gómez Dávila

Num dos últimos programas “Avenida da Liberdade” na RTPN, Bagão Félix chamou à atenção para o fenômeno da extrema efemeridade dos acontecimentos, e a tal ponto que fatos e eventos de relevo são esquecidos a uma velocidade estonteante. Na década de 70 do século findo, Alvin Toffler já nos tinha precavido deste fenômeno emergente da velocidade dos acontecimentos, mas nunca o americano poderia ter previsto o caráter de extrema radicalidade da vertigem dos fatos e, sobretudo, as consequências dessa radicalidade não só para a cultura antropológica e intelectual, mas também e essencialmente para a organização da vida em sociedade.

Em seu livro “O Choque do Futuro”, publicado em início da década de 70, Alvin Toffler fez uma comparação que se tornou célebre: a do cidadão atual que faz uma viagem de avião e que, entre aeroportos, se cruza com mais pessoas e em um só dia, do que um aldeão do princípio do século XX em toda a sua vida. Não só os fatos se tornaram efêmeros na memória, mas as pessoas — que não são fatos — tornaram-se descartáveis. Ora, este fenômeno de “descarte da pessoa” não é apenas característico do pós-modernismo: ele teve a sua origem no próprio modernismo com o niilismo ideológico ativo das elites, sendo que, com o pós-modernismo, o niilismo ativo da elite sofreu um efeito de trickle-down e transferiu-se para o cidadão anônimo sob a forma de “niilismo cansado”, segundo o conceito de Nietzsche.

O cidadão que vivia em comunidade, mesmo nos bairros das grandes cidades há apenas 60 anos, passou a viver em rede social a partir da década de 60, e paulatinamente passou a viver em um quase-anonimato. A família natural tem vindo a ser destruída e os laços familiares tornaram-se efêmeros. Com a democracia, a sociedade dividiu-se em uma série de religiões políticas que se opõem, muitas vezes de uma forma irracional e feroz; pais opõem-se a filhos, e irmãos a irmãos; amigos de infância desencontram-se para toda a vida em função de diferenças ideológicas; passamos a viver em uma Babel das Ideias.

O custo da vertigem do tempo subjetivo e da voragem dos fatos, é a morte progressiva da sociedade em que vivemos; é a sua destruição por dentro. Naturalmente que ninguém de bom-senso pode pretender voltar atrás no tempo e/ou eliminar o ruído da modernidade; mas podemos combater o descarte da pessoa, equilibrar e racionalizar o nosso tempo subjetivo, voltar à comunidade do bairro através do associativismo ativo, das comunidades e instituições da sociedade civil — e fazer com que os acontecimentos passem à velocidade que nós queremos, apesar de sermos por isso criticados pelos apologistas “progressistas” e apocalípticos do trans-humanismo.

“O ruído é uma invenção moderna. O ruído moderno ensurdece a alma.”

Orlando Braga
01 Abril 2012
Nicolás Gómez Dávila.

OS EUA ESTÃO AGORA NA MATRIX DA LEI MARCIAL

Internacional - Estados Unidos

Obama deu para si mesmo poderes ditatoriais. “Essa é uma aspiração que está no coração de todos os coletivistas desde tempos imemoráveis”, observa William Norman Grigg. Na imprensa brasileira, silêncio total a respeito.


WASHINGTON, D.C., EUA, 28 de março de 2012 (LifeSiteNews.com) — Uma ordem executiva pouco notada decretada neste mês permitirá que o governo dos EUA se apodere de todos os recursos nacionais (inclusive comida), aliste civis nas forças armadas ou trabalho escravo, controle todos os meios de comunicação e racione os serviços de saúde “para promover a defesa nacional”. O Congresso poderá receber informações sobre as ações do governo, mas não tem nenhum poder para alterá-las. A ordem executiva do presidente Obama completa a “matrix de lei marcial” que entrega todos os recursos nacionais ao governo central de Washington, um proeminente escritor disse para LifeSiteNews.com.

Barack Obama decretou a ordem executiva, “National Defense Resources Preparedness” (Prontidão dos Recursos de Defesa Nacional), em 16 de março.

Jim Garrison do [jornal esquerdista] The Huffington Post resumiu suas cláusulas:

* O ministro da Defesa tem poder sobre todos os recursos de água;

* O ministro do Comércio tem poder sobre todos os serviços e infraestruturas materiais,

inclusive materiais de construção;

* O ministro dos Transportes tem poder sobre todas as formas de transporte civil;

* O ministro da Agricultura tem poder sobre recursos e infraestruturas de alimentos, recursos e usinas de gado e a distribuição nacional de equipamento agrícola.

* O ministro da Saúde tem poder sobre todos os recursos de saúde;

* O ministro das Energias tem poder sobre todas as formas de energia.

Cada poder tem todas as suas partes componentes. Por exemplo, “Os transportes civis incluem movimento de pessoas e propriedade mediante todos os meios de transportes interestaduais e intraestaduais, ou comércio estrangeiro dentro dos Estados Unidos, seus territórios e possessões, e o Distrito de Colúmbia, e locais públicos de armazenamento relacionados, portos, serviços, equipamento e infraestrutura”. Semelhantemente, “recursos de alimentos” significam mercadorias e produtos (simples, misturados ou compostos), ou complementos para tais mercadorias e produtos, que podem ser ingeridos por seres humanos ou animais”.

“Da perspectiva da Constituição, esses são poderes inteiramente ilegítimos”, o escritor e editor William Norman Grigg disse para LifeSiteNews.com. “Não há nem mesmo um indício ou sussurro de legitimidade aí”.

“Você está lidando com alguém que claramente não vê a presidência como suscetível a nenhum limite, legal ou constitucional”, disse ele.

Grigg, que é editor-geral da revista Republic Magazine, disse: “O que é especialmente preocupante é que ele não está mostrando nenhum arrependimento por exercer todos os poderes que eram reivindicados por seus antecessores e acrescentando a essas leis poderes presidenciais extra-constitucionais”.

Esses vastos novos poderes podem ser invocados “em tempos de paz e em tempos de emergência nacional”, sempre que forem “considerados necessários ou apropriados para promover a defesa nacional”. O presidente é quem decidirá quando essas circunstâncias se aplicam.

O Congresso seria informado, mediante um resumo, acerca das ações das agências governamentais — anualmente —, mas não poderia alterar as leis.

Os defensores do presidente, inclusive alguns republicanos, dizem que a ordem executiva só atualiza a Lei de Produção de Defesa de 1950 e a Ordem Executiva 12919 de Bill Clinton, escrita em 1994. A principal diferença é que a nova ordem transfere funções da FEMA para o Departamento de Segurança Nacional.

Ed Morrissey do Hot Air escreveu: “Barack Obama pode ser arrogante, e a escolha do tempo do anúncio desse decreto pode ter parecido estranha, mas isso não é motivo algum para nos preocuparmos”.

Mas Grigg diz que a mudança de uma emergência de tempo de guerra para tempo de paz em si já é preocupante. “Quando estamos lidando com engenharia semântica que tem uma sintonia aguçada, isso parece muito como evidência de más intenções”, disse ele. “Eles jogaram fora a ideia de que precisa haver um acontecimento razoável que provocasse uma emergência nacional que seja importante”.

A dependência de ordens executivas anteriores também preocupa Grigg. “Obama tem (…) falado sobre as supostas virtudes do controle governamental sobre a população civil inteira dos EUA dentro do modelo militar”, disse ele. “Essa situação nos leva de volta a Bernard Baruch”, presidente da Diretoria das Indústrias Nacionais de Guerra no governo do presidente Woodrow Wilson durante a 1ª Guerra Mundial. Ele escreveu em 1918: “Estamos vivendo hoje num Estado altamente organizado de socialismo [nos EUA]. O Estado é tudo; o individuo é importante apenas enquanto contribui para o bem-estar do Estado”.

“Essa é uma aspiração que está no coração de todos os coletivistas desde tempos imemoráveis”, Grigg disse para LifeSiteNews.com.

Alguns que apóiam a ordem executiva estão preocupados porque ela se apóia numa lei de 62 anos atrás. Doug Mataconis, que acredita que a ordem executiva não é motivo para preocupação, escreveu: “O fato de que o presidente dos Estados Unidos está ainda exercendo autoridade garantida durante a Guerra da Coreia e no auge da Guerra Fria é ainda outro reflexo de como o poder, quando é usurpado pela presidência imperial, nunca é entregue”.

Os defensores do presidente em ambos os partidos dizem que a ordem é meramente um cenário na pior das situações no acontecimento de um ataque nuclear ou um desastre catastrófico que incapacitaria o fluxo normal da vida diária. Esse controle absoluto permitiria que o governo federal mantivesse a ordem.

“Não há realmente nenhum argumento estratégico ou tático que se possa fazer em favor de ditadura vindo da presidência como estratégia para administrar uma emergência”, disse Grigg.

“O problema aqui é a suposição de que o melhor meio de lidar com esse tipo de tragédia é centralizar o poder e assim dar um alvo conveniente para nossos inimigos. Num sentido estratégico, não faz nenhum sentido”.

Pelo contrário, o trabalho de neutralizar e localizar um governo [não centralizado] tornaria difícil que um inimigo abalasse completamente a vida nacional.

“O mesmo governo que mostrou os ‘benefícios’ dos tóxicos trailers da FEMA para os sobreviventes do Furacão Katrina agora tem a ‘humildade’ de mostrar mais coisas”, disse ele.

Contudo, a maior perda é a perda da liberdade, dizem eles. Chuck Norris escreveu: “promulgar essa lei marcial mesmo durante um tempo de paz é um abuso e descontrole sem precedentes do poder de um presidente… Os fundadores dos EUA nunca teriam permitido tal coisa, e nós não deveríamos permiti-la”.

Alguns dizem que é duplamente verdade sob o atual presidente. “Com suas ações ele tem mostrado uma disposição que dá para se descrever como ditatorial”, Grigg disse para LifeSiteNews.com. “É o caso de um homem que se deparou com a oportunidade perfeita. O homem e a oportunidade criaram essa arquitetura institucional de ditadura presidencial. Agora o ditador quer ficar no poder por um muito tempo”.

Ben Johnson
01 Abril 2012
Tradução: Julio Severo

Do LifeSiteNews: Obama’s National Preparedness order creates a ‘martial law matrix,’ author says

OS ECOCHATOS E OS ECOOLATRAS

Um desabafo de quem aparentemente não defende o meio ambiente
O jornalista Sergio Caldieri nos envia um interessante texto que faz sucesso na internet, sem autor conhecido. Se alguém souber identificá-lo, por favor nos informe.

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Na fila do supermercado, o caixa diz a uma senhora idosa:

- A senhora deveria trazer suas próprias sacolas para as compras, uma vez que sacos de plástico não são amigáveis ao meio ambiente.

A senhora pediu desculpas e disse:

- Não havia essa onda verde no meu tempo.

O empregado respondeu:

- Esse é exatamente o nosso problema hoje, minha senhora. Sua geração não se preocupou o suficiente com nosso meio ambiente.

- Você está certo – responde a velha senhora – nossa geração não se preocupou adequadamente com o meio ambiente. Naquela época, as garrafas de leite, garrafas de refrigerante e cerveja eram devolvidos à loja. A loja mandava de volta para a fábrica, onde eram lavadas e esterilizadas antes de cada reutilização, e eles, os fabricantes de bebidas, usavam as garrafas, umas tantas outras vezes. Realmente não nos preocupamos com o meio ambiente no nosso tempo. Subíamos as escadas, porque não havia escadas rolantes nas lojas e nos escritórios. Caminhamos até o comércio, ao invés de usar o nosso carro de 300 cavalos de potência a cada vez que precisamos ir a dois quarteirões.

E continuou o desabafo:

- Mas você está certo. Nós não nos preocupávamos com o meio ambiente. Até então, as fraldas de bebês eram lavadas, porque não havia fraldas descartáveis. Roupas secas: a secagem era feita por nós mesmos, não nestas máquinas bamboleantes de 220 volts. A energia solar e eólica é que realmente secavam nossas roupas. Os meninos pequenos usavam as roupas que tinham sido de seus irmãos mais velhos, e não roupas sempre novas. Mas é verdade: não havia preocupação com o meio ambiente, naqueles dias.

O caixa do supermercado ouvia, de queixo caído:

- Naquela época tínhamos somente uma TV ou rádio em casa, e não uma TV em cada quarto. E a TV tinha uma tela do tamanho de um lenço, não um telão do tamanho de um estádio; que depois será descartado como? Na cozinha, tínhamos que bater tudo com as mãos porque não havia máquinas elétricas, que fazem tudo por nós. Quando embalávamos algo um pouco frágil para o correio, usavamos jornal amassado para protegê-lo, não existia plástico bolha ou pellets de plástico que duram cinco séculos para começar a degradar.

O desabafo prosseguiu:

- Naqueles tempos não se usava um motor a gasolina apenas para cortar a grama, era utilizado um cortador de grama que exigia músculos. O exercício era extraordinário, e não se precisava ir a uma academia e usar esteiras que também funcionam a eletricidade. Mas você tem razão: não havia naquela época preocupação com o meio ambiente. Bebíamos diretamente da fonte, quando estávamos com sede, em vez de usar copos plásticos e garrafas pet que agora lotam os oceanos. E as canetas? Recarregávamos com tinta umas tantas vezes ao invés de comprar uma outra. Abandonamos as navalhas, ao invés de jogar fora todos os aparelhos ‘descartáveis’ e poluentes só porque a lâmina ficou sem corte.

E, por fim, disse a velha senhora:

- Naqueles dias, as pessoas tomavam o bonde ou ônibus e os meninos iam em suas bicicletas ou a pé para a escola, ao invés de usar a mãe como um serviço de táxi 24 horas. Tínhamos só uma tomada em cada quarto, e não um quadro de tomadas em cada parede para alimentar uma dúzia de aparelhos. E nós não precisávamos de um GPS para receber sinais de satélites a milhas de distância no espaço, só para encontrar a pizzaria mais próxima. Então, não é ridículo que a atual geração fale tanto em meio ambiente, mas não queira abrir mão de nada e não pense em viver um pouco como na minha época?

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG

É por isso que as pessoas mais velhas não têm muita paciência com os ecochatos ou ecoolatras.

19 de abril de 2012

MARAJÓ GLOBAL A ILHA DA FANTASIA É MAL RETRATADA NA NOVELA DE TV

Marajó global: a ilha da fantasia é mal retratada na novela de TV

A Ilha de Marajó é o centro de um arquipélago situado na foz do rio Amazonas, no litoral do Pará, com outros três milhares de ilhas de todos os tamanhos. A maior, com 50 mil quilômetros quadrados, supera, sozinha, em tamanho, quatro dos 27 Estados brasileiros.

É a maior ilha marítimo-fluvial do mundo. O emaranhado de água e terra é a teia de um labirinto a induzir mistério: o continente se esfrangalha ou a ilha é que volta a se agregar ao território continental?

Tem o maior plantel de búfalos asiáticos do Brasil. O animal mais cria do que é criado pelo homem, livre pelos campos gerais ou chafurdando na lama e nos alagados da época das chuvas pesadas. Quase anfíbio como o caboclo, que, na época das águas grandes, toca o rebanho não sobre um cavalo, mas na montaria dos rios amazônicos, a canoa.

O repórter pergunta ao vaqueiro ancestral onde, afinal, é o limite da fazenda sem fim visível, em cujas demandas curtiu a pele ao sol e perdeu o viço da expressão. As fazendas marajoaras se medem por milhares de hectares. A maior tinha 100 mil hectares antes de ser retalhada e vendida pelos herdeiros, como está acontecendo em ritmo incrementado na maioria delas.

As 30 famílias originais, que sucederam os religiosos no poder, quando o marquês de Pombal expulsou da Amazônia os incômodos jesuítas, estão deixando de ser as donas de toda a ilha, das suas riquezas, da sua gente. Mas ainda são os coronéis, os doutores, quase como senhores de baraço e cutelo, como numa Sicília tropical, isolada e fechada em si mesma.

Não é essa a ilha do Marajó que a TV Globo exibe todos os dias da semana, às 18 horas, em sua telinha da fantasia. O Marajó platinado tem mais décor, mais gente bonita, de fala arrebitada (e decorada), de gestos olímpicos e andar cosmopolita. O Marajó das cenas da novela é perene como perfume barato e autêntico como uma nota de mil reais.

Depois de muitos anos esquecido pelos seus conterrâneos continentais, o Marajó receberá um “grande projeto”, como os que têm mudado a feição da Amazônia. Se tudo der certo, ainda neste ano a ilha receberá energia firme e abundante da hidrelétrica de Tucuruí.

A energia chegará através de uma linha de transmissão com mais de 1.100 quilômetros de extensão, ao custo de 490 milhões de reais. Concluída, colocará o Marajó dentro do Sistema Integrado de Energia, que se espalha por todo país. Fim de uma era. Início de outra.

Pode-se esperar uma grande transformação, embora ainda seja incerta a sua qualidade. Hoje, 40% dos 437 mil habitantes do Marajó vivem abaixo da linha da pobreza. O Índice de Desenvolvimento Humano da ilha é de 0,627 (o índice máximo é um), bem abaixo da média nacional, de 0,792.
Só 41% dos habitantes recebem energia, 80% desse mercado concentrado nas sedes municipais. É uma energia inconstante, fornecida por velhas usinas geradoras a óleo diesel, que exigem 32 milhões de litros de combustível a cada ano, ao custo de R$ 90 milhões. Além de poluírem o ar.

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EMPREGUISMO

A economia do Marajó sofre distorções e interferências políticas que nada têm a ver com o interesse público. A dependência do governo é quase absoluta nos municípios mais pobres, talvez justamente por isso.

Dos 2.158 empregos no município de Portel, em 2008, 1.173 eram no serviço público; em 2006 eles somavam apenas 310. A relação em Curralinho era de 753 dos empregos totais para 709 do governo.

O crescimento da presença do governo nos últimos anos é mediada por clientelismo político e desvio de recursos públicos, a partir de programas de transferência de renda ou de apoio a atividades tradicionais. O caso mais exemplar é o da pesca,

O seguro/defeso, que visa proteger os cardumes na época da reprodução, remunerando o pescador durante esse período de quatro meses de inatividade, se tornou o maior instrumento político-eleitoral da ilha, além de possibilitar outros desvios.

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CORRUPÇÃO

Em Muaná, por exemplo, de 13 mil habitantes do município, oito mil foram cadastrados como pescadores para receber o seguro. A maior parte do peixe consumido no local, porém, vem de fora. De fora também chegaram muitos moradores urbanos para se metamorfosear em pescadores e receber o seguro.

A novidade anterior às locações da TV Globo para a sua novela açucarada foram os arrozeiros de Roraima. Eles tiveram que sair daquele Estado porque a justiça deu ganho de causa aos defensores dos índios Yanomami, com os quais conflitaram.

Encontraram seu novo pouso no Marajó. Eles e comportarão de forma diferente da de Roraima, ou, à maneira da Globo, porão e disporão da ilha à sua vontade, apenas cenário para suas histórias e alvo do seu comércio?
A resposta não está na novela “Amor, eterno amor”.

Lúcio Flávio Pinto
01 de abril de 2012
(Transcrito de Yahoo Brasil)

MAIS UM EX-ASSESSOR DO MINISTRO DA SAÚDE CONFESSA TER RECEBIDO PROPINA

Confirmado: Edson Pereira Oliveira, que até dezembro era assessor especial do ministro Alexandre Padilha (Saúde), admitiu ter recebido R$ 200 mil de propina para pagamento de dívida de campanha.

De acordo com reportagem da revista “Veja”, Oliveira afirma que passou, desde então, a ser alvo de chantagem de um grupo de parlamentares do Rio de Janeiro que teriam o objetivo de manter um esquema de corrupção em órgãos de saúde do Estado.

Em entrevista na manhã de ontem, Padilha afirmou que só soube da história ao ser procurado pela revista, na segunda-feira, e que pediu investigação à Polícia Federal ainda na semana passada.

Segundo ele, uma auditoria da CGU (Controladoria Geral da União), ainda em andamento, avalia todos os contratos de empresas e laboratórios com os seis hospitais federais no Rio, foco dos desvios, segundo a revista.

“Consideramos o fato extremamente grave, que se associa a outros fatos graves que o ministério detectou desde que começou a reforma administrativa dos hospitais do Rio, em fevereiro de 2011″, disse o ministro da Saúde. “Os fatos serão apurados até o fim, vamos tentar reaver os recursos desviados da saúde”.

Sobre a guerra partidária pelo controle dos recursos e dos hospitais federais no Rio, que segundo a “Veja” envolve o PT, partido do ministro, e PMDB, sigla de seu ex-assessor especial, Padilha afirmou não acreditar em uma guerra político-partidária. “Há um combate contra o desperdício do dinheiro público na saúde”.

Segundo dados do Ministério da Saúde, 40 contratos da pasta com instituições médicas –como contratos de obras, locação de equipamentos e fornecimentos de medicamentos– foram suspensos desde o início do ano passado. A revisão de contratos teria resultado em economia de mais de R$ 50 milhões.

Amigo de Padilha desde os movimentos estudantis, Oliveira acusa os deputados Nelson Bornier (PMDB), Aúreo (PRTB) e Marcelo Matos (PDT) de exigirem a indicação de diretores de hospitais federais no Rio de Janeiro, especialmente Bonsucesso, Lagoa e Ipanema, com objetivo de obter uma mesada.

Oliveira disse que foi chantageado após aceitar dinheiro de um deputado hoje sem mandato, Cristiano (PTdoB), para pagamento de uma dívida de sua campanha a uma prefeitura no interior da Bahia, nas eleições de 2008.

Procurado pela Folha, Bornier nega que tenha chantageado o ex-assessor do ministro: “Padilha está querendo virar o jogo. Encontrei esse Edson uma vez. Nunca pedi nomeação. Pedido de nomeação se faz em papel”.

01 de abril de 2012
tribuna da internet

CONTRA ESTA NOVA INVASÃO HOLANDESA, UMA NOVA BATALHA DOS GUARARAPES


Os holandeses do Greenpeace Internacional, que tem sede no país que é uma síntese de agressão à natureza, acabam de promover uma nova invasão ao país.

O navio Rainbow Warrior foi deslocado para a Amazônia, de onde exporta mentiras para o mundo contra o nosso país. O objetivo não é mais roubar diretamente o nosso ouro e o nosso açúcar, como nos tempos de Mauricio de Nassau. A meta dos invasores holandeses, que representam a Europa que sempre explorou os recursos naturais do Brasil, é impedir que façamos o uso soberano da nossa terra. Querem impedir a aprovação do novo Código Florestal, que liberta o Brasil do jugo do fundamentalismo ambientalista implantado por Marina Silva, a serviço de interesses internacionais dos mais sórdidos. Como sempre, eles mandam barcos. Antes foram as caravelas e as naus. Agora são modernos navios dotados de alta tecnologia, pagos pelo agonegócio europeu, que teme a concorrência do Brasil. Precisamos de uma nova Batalha dos Guararapes. Que ela seja travada sem sangue e sem violência. Que os "colonizadores" sejam expulsos pela democracia, exercida pelo Congresso Nacional. Não há mais lugar para este tipo de neocolonialismo. O Brasil vai resistir e vencer, mostrando ao mundo que este país é dos Patriotas, como há 363 anos.

MINISTRO DA CHINA DIZ O QUE SE DEVE FAZER NO BRASIL

Feito coisa que comuna investe em cultura...... Lavagem cerebral ou psicopolítica é técnica dessa gente.

10 soluções para melhorar o Brasil (que funcionaram na China)


O Primeiro Ministro da China, Wen Jiabao, visitou o Brasil recentemente pela primeira vez, e supreendeu pelo conhecimento que tem sobre nosso país, segundo ele, devido ao aumento da amizade e dos negócios entre Brasil e China, vem estudando nossa cultura, nosso povo, desenvolvimento e nosso governo nos últimos 5 anos e, por isso aproveitou a visita de acordos comerciais, para lançar algumas sugestões que, segundo ele, foram responsáveis pelas mudanças e pelo crescimento estrondoso da China nos últimos anos.


Durante uma de suas conversas com a Presidente Dilma e seus ministros, Wen foi enfático no que ele chama de "Solução para os paises emergentes", que é o caso do Brasil, China, Índia e outros países que entraram em grande fase de crescimento nos últimos anos, sendo a China a líder absoluta nessa fila.


O que o ministro aponta como principal ponto para um país como o Brasil desponte a crescer fortemente?!

Mudanças imediatas na administração do país, sendo a principal delas, a eliminação de fatores hipócritas, onde as leis insistem em ver o lado teórico e não o prático e real de suas consequèncias, sendo que, para isso o país terá que sofrer mudanças drásticas em seus pontos de vista atuais, como fez a China nos últimos 20 anos, sendo os 10 principais os que se seguem:


1) PENA DE MORTE PARA CRIMES HEDIONDOS COMPROVADOS.

Fundamento: Um governo tem que deixar de lado a hipocrisia quando toca neste assunto, um criminoso não pode ser tratado como celebridade. Criminosos reincidentes já tiveram sua chance de mudar e não mudaram, portanto, não merecem tanto empenho do governo, nem a sociedade honesta e trabalhadora merece conviver com tamanha impunidade e medo. Citou alguns exemplos bem claros: Maníaco do parque, Lindeberg, Suzane Richthofen, Beira Mar, Elias Maluco, etc.
Eliminando os bandidos mais perigosos, os demais terão mais receio em praticarem seus crimes, isso refletirá imediatamente na segurança pública do país e na sociedade, principalmente na redução drástica com os gastos públicos em segurança. A longo prazo isso também se reflete na cultura e comportamento de um povo.


2) PUNIÇÃO SEVERA PARA POLÍTICOS CORRUPTOS.

Fundamento: É estarrecedor saber que o Brasil tem o 2º maior índice de corrupção do mundo, perdendo apenas para a Nigéria; porém, comparando os dois países o Brasil está em uma situação bem pior, já que não pune nenhum político corrupto como deveria, o Brasil é o único país do mundo que não tem absolutamente nenhum político preso por corrupção, portanto, está clara a razão dessa praga (a corrupção) estar cada vez pior no país, já que nenhuma providência é tomada, na China, corrupção comprovada é punida com pena de morte ou prisão perpétua, além é óbvio, da imediata devolução aos cofres públicos dos valores roubados.
O ministro chinês fez uma pequena citação que apenas nos últimos 5 anos, o Brasil já computou um desvio de verbas públicas de quase 100 bilhões de reais, o que permitiria investimentos de reflexo nacional. Ou seja, algo está errado e precisa ser mudado imediatamente.


3) QUINTUPLICAR O INVESTIMENTO EM EDUCAÇÃO.

Fundamento: Um país que quer crescer precisa produzir os melhores profissionais do mundo e isso só é possível quando o país investe no mínimo 5 vezes mais do que o Brasil tem investido hoje em educação, caso contrário, o país fica emperrado. Aqueles que poderiam ser grandes profissionais, acabam perdidos no mercado de trabalho por falta da base que deveria prepara-los; com o tempo, é normal a mão de obra especializada passar a ser importada, o que vem ocorrendo a cada vez mais no Brasil, principalmente nos últimos 5 anos quando o país passou a crescer em passos mais largos.


4) REDUÇÃO DRÁSTICA DA CARGA TRIBUTÁRIA E REFORMA TRIBUTÁRIA IMEDIATA.

Fundamento: A China e outros países desenvolvidos como os EUA já comprovaram que o crescimento do país não necessita da exploração das suas indústrias e empresas em geral, bem pelo contrário, o estado precisa ser aliado e não inimigo das empresas, afinal, é do trabalho destas empresas que o país tira seu sustendo para crescer e devolver em qualidade de vida para seus cidadãos. A carga tributária do Brasil é injusta e desorganizada, e enquanto não houver uma mudança drástica, as empresas não conseguirão competir com o mercado externo, e o interno ficará emperrado como já é.


5) REDUÇÃO DE PELO MENOS 80% DOS SALÁRIOS DOS POLÍTICOS BRASILEIROS.

Fundamento: O Brasil tem os políticos mais caros do mundo, isso ocorre pela cultura da malandragem instalada após a democracia desorganizada que tomou posse a partir dos anos 90, e pela falta de regras no quesito salário do político.
O político precisa entender que é um funcionário público como qualquer outro, com a função de empregar seu trabalho e seus conhecimentos em prol do seu país e não um "rei" como se vêem atualmente; a Constituição precisa definir um teto salarial compatível com os demais funcionários públicos e a partir dai, os aumentos seguirem o salário mínimo padrão do país.
Na China um deputado custa menos de 10% do que um deputado brasileiro.
A revolta da nação com essa balbúrdia com o dinheiro público, com o abuso de mega-salários, sem a devida correspondência em soluções para o povo, causa ainda mais prejuízos ao estado, pois um povo sentindo-se roubado pelos seus líderes políticos, perde a percepção do que é certo, justo, honesto e honrado.



6) DESBUROCRATIZAÇÃO IMEDIATA.

Fundamento: O Brasil sempre foi o país mais complexo em matéria de negociação. Segundo Wen, a China é hoje o maior exportador de manufaturados do mundo, ultrapassando os EUA em 2010 e sem nenhuma dúvida, a China e os EUA consideram o Brasil, o país mais burocrata, tanto na importação, quanto exportação, além é claro, do seu mercado interno. Para tudo existem dezenas de barreiras impedindo a negocição, que acabam muitas vezes barrando o desenvolvimento das empresas e refletindo-se diretamente no desenvolvimento do país, isso é um caso urgente para ser solucionado.

7) RECUPERAÇÃO DO APAGÃO DE INVESTIMENTOS DOS ÚLTIMOS 50 ANOS.

Fundamento: O Brasil sofreu um forte apagão de investimentos nos últimos 50 anos, e isso é um fato comprovado: investimentos em infraestrutura, educação, cultura e praticamente todas as demais áreas relacionadas ao estado. Isso impediu o crescimento do país e seguirá impedindo por no mínimo mais 50 anos se o Brasil não tomar atitudes fortes hoje.
O Brasil tem tudo para ser um grande líder mundial, tem território, não sofre desastres naturais severos, vive em paz com o resto do mundo, mostrou-se inteligente ao sair ileso da grande crise financeira de 2008, porém, precisa ter a coragem de superar suas adversidades políticas e aprender investir corretamente naquilo que mais necessita.


8) INVESTIR FORTEMENTE NA MUDANÇA DE CULTURA DO POVO.

Fundamento: A grande massa do povo brasileiro não acredita mais no governo, nem nos seus políticos, não respeita as instituições, não acredita em suas leis, nem na sua própria cultura, acostumou-se com a desordem governamental Passou a ver como normal as notícias trágicas sobre corrupção, violência, etc. Portanto, o Brasil precisa investir na cultura brasileira, iniciando pelas escolas, empresas, igrejas, instituições públicas e assim por diante, começando pela educação patriótica, afinal, um grande povo precisa amar e honrar seu grande país, senão é inevitável que a longo prazo, comecem a surgir milícias armadas na busca de espaço e poder paralelo ao governo, ainda mais, sendo o Brasil um país de proporções continentais como é.


9) INVESTIR EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA IMEDIATAMENTE:

Fundamento: Proporcionalmente, o Brasil investe menos 8% do que a China em ciência e tecnologia, e isso começou a ter forte reflexo no país nos últimos 5 anos, quando o Brasil passou a crescer e aparecer no mundo como um país emergente e que vai crescer muito a partir de agora; porém, não tem engenharia de qualidade, não tem medicina de qualidade, tecnologia de qualidade, não tem profissionais com formação de qualidade para concorrer com os países desenvolvidos que se encontram mais de 20 anos a frente do Brasil. Isso é um fato e precisa ser visto imediatamente, pois reflete diretamente no desenvolvimento de toda nação.


10) MENORIDADE PENAL E TRABALHISTA A PARTIR DE 16 ANOS
O mundo está envelhecendo...

Fundamento: O Brasil é um dos poucos países que ainda possuem a cultura de tratar jovens de 15 a 18 anos como crianças, não responsáveis pelos seus atos, além de proibi-las de oferecer sua mão de obra.
Isso é erro fatal para toda a sociedade, afinal, o Brasil, assim como a grande maioria dos paises, está envelhecendo e precisa mais do que nunca de mão de obra renovada, além do que, essa contradição hipócrita da lei, serve apenas para criar bandidos perigosos, que ao atingirem 18 anos, estão formados para o crime, já que não puderam trabalhar e buscaram apenas no crime sua formação.

Na China, jovens tem permissão do governo para trabalhar normalmente (não apenas como estagiários como no Brasil) a partir dos 15 anos, desde que continuem estudando e, sim, respondem pelos seus crimes normalmente, como qualquer adulto com mais de 18 anos.

Este texto foi retirado do Blog do jornalista Joemir Beting da Rede Bandeirantes, e segundo Joelmir, o texto não está na íntegra, já que não foi permitida a sua divulgação nos meios de comunicação, também, segundo o assessor que permitiu o "vazamento" do relatório da conversa com o primeiro ministro chinês, o governo brasileiro optou por não divulgar estas informações, por não se tratarem da real missão do primeiro ministro ao Brasil, que era apenas para tratar de assuntos comerciais entre os dois paises, mas como diz Joelmir, para bom entendedor, apenas isso basta, ou seja, não há interesse do governo em divulgar esses fatos, pois, para o PT e demais governantes, do jeito que o Brasil se encontra é exatamente o jeito que eles sempre sonharam, um país que reina a impunidade política e o povo não tem vez nem voz, até porque, essa cultura que o sr Wen tanto cita, é exatamente o que poderia causar problemas na atual política brasileira, portanto, um povo acomodado e que apenas assiste de camarote o corrupto sacar dinheiro do seu próprio bolso, é o sonho de qualquer criminoso do colarinho branco.

01 de abril de 2012
Joelmir Beting
Jornalista

MENTIRAS PARA SEREM DIVULGADAS

O QUE FALAM HOJE ALGUNS EX-COMUNISTAS, como Gabeira, Heitor de Paola, Daniel Aarão Reis, Mirian Macedo, Jacob Gorender

31 DE MARÇO DE 1964 É O DIA da DEMOCRACIA BRASILEIRA.

O povo brasileiro levantou-se e junto com as Forças Armadas derrotaram os comunistas que queriam implantar uma DITADURA DO PROLETARIADO NO PAÍS.

Quem afirma e confirma a VERDADE ACIMA são ex-comunistas.

- GABEIRA

Nós queríamos implantar o comunismo no Brasil - a DITADURA do proletariado. Por isso, teriamos de se rever tantas indenizações. Muitas delas ilegais e delituosas! A do Pres.Lula, é uma delas, pois, ele NUNCA FOI PERSEGUIDO POLÍTICO E NUNCA FOI EXILADO POLÍTICO!!!! Ficou apenas, 29 dias nas dependências do DOI/CODI-SP, nunca foi torturado e teve até regalias. Era constantemente acompanhado pelo falecido Romeu Tuma - Dops! (depoimentos dele mesmo no blog "LULA AO AVESSO")

- HEITOR DE PAOLA

Pois eu vivi intensamente aqueles anos, em 64 eu já estava no segundo ano da Faculdade, era Vice-Presidente do Centro Acadêmico e, obviamente, como qualquer babaca daquela época, de esquerda, da AP (a mesma do Serra). Estive foragido alguns dias e dois meses preso. Perdi um ano de estudos. E me desencantei. Com as esquerdas, não com os militares. Em 68, inicio do ano, foi oficialmente lançada a "luta armada". Eu participei das reuniões com gente vinda de Cuba, não é mentira não, eles estavam aqui fornecendo dinheiro e armas tchecas para tornar o Brasil uma outra Cuba a serviço de Moscou, como a original. Não era nada de democratas em luta contra uma ditadura como hoje dizem: eram comunistas querendo instalar uma verdadeira ditadura totalitária!

Quer saber mais vá até: www.heitordepaola.com.br.

- DANIEL AARÃO REIS (ATIVO MILITANTE DO MR-8)

DECLAROU EM ENTREVISTA AO JORNAL O GLOBO DE 23/09/2001 QUE: "AO LONGO DO PROCESSO DE RADICALIZAÇÃO INICIADO EM 1961, O PROJETO DAS ORGANIZAÇÕES DE ESQUERDA QUE DEFENDIAM A LUTA ARMADA ERA REVOLUCIONÁRIO, OFENSIVO E DITATORIAL. PRETENDIA-SE IMPLANTAR UMA DITADURA REVOLUCIONÁRIA." 1964 COMBATEU A DESORDEM QUE QUERIAM IMPLARTAR NO BRASIL COMO AFIRMA MUITO BEM O PROFESSOR DANIEL AARÃO REIS. POR ISSO DEVEMOS AOS MILITARES.

- MIRIAN MACEDO

Já relatei o que eu fazia como militante*. Quase nada. A minha verdadeira ação revolucionária foi outra, esta sim, competente, profícua, sistemática: MENTI DESCARADAMENTE DURANTE QUASE 40 ANOS!* (O primeiro texto fala em 30 anos. Eu fui fazer as contas, são quase 40 anos, desde que comecei a mentir sobre os 'maus tratos'. Façam as contas, fui presa em 20 de junho de 73. Em 2013, terão se passado 40 anos.) REPETI E ESCREVI A MENTIRA de que eu tinha tomado choques elétricos (por pudor, limitei-me a dizer que foram poucos, é verdade), que me deram socos e empurrões, interrogaram-me com luzes fortes, que me ameaçaram de estupro quando voltava à noite dos interrogatórios no DOI-CODI para o PIC e que eu passava noites ouvindo "gritos assombrosos" de outros presos sendo torturados (aconteceu uma única vez, por pouquíssimos segundos: ouvi gritos e alguém me disse que era minha irmã sendo torturada. Os gritos cessaram - achei, depois, que fosse gravação - e minha irmã, que também tinha sido presa, não teve um único fio de cabelo tocado). Quem quiser saber mais alguma coisa vá até www.mirianmacedo.com.br.

- JACOB GORENDER

A esquerda brasileira de inspiração marxista pegou duas vezes em armas. Em 1935 e em 1968-1974..... A HISTÓRIA DOS JUSTIÇAMENTOS revolucionária no Brasil teve início nos anos trinta (caso Elza Fernandes) e nos 70. Em 35 assassinaram a amante de um colega preso e na luta de 1970 mataram os seguintes correligionários acusados e julgados por eles mesmo: Ary Rocha Miranda – Antônio Lourenço – Márcio Toledo Leite – Amaro Luiz de Carvalho – Carlos Alberto Cardoso – Jacques Moreira Alvarenga – Salatiel Teixeira Rolim – João Pereira – Osmar – Pedro Ferreira da Silva – Rosalindo de Souza e o assassinado bárbaro do marinheiro inglês David A. Cuthberg.

A COMISSÃO DA VERDADE VAI APURAR ESTES CRIMES? COLOCAR NA CADEIA OS CRIMINOSOS?

Só mesmo os muito bobocas acreditam nas histórias da carochinha contadas pelos baderneiros da época.

Acho que chega de tanto sobre o mesmo assunto, pois quem não quer acreditar - seja lá pelo motivo que for - não vai aceitar nem as maiores evidências. CONTINUEM CUTUCANDO A ONÇA COM VARA CURTA. TALVEZ NOS FAÇAM UM GRANDE FAVOR.

EU SOU UM SAUDOSISTA DA DITADURA

Artigos - Cultura

Se protestar é pagar baderneiros de aluguel para intimidar velhos indefesos, então se faz necessário um novo verbete.

Leio hoje na capa do jornal “O Liberal”, de Belém, uma matéria cujo título é este: “Manifestantes protestam contra saudosistas da ditadura”. Como os leitores podem constatar, o autor já manifesta sua adesão a um dos lados pela forma com que redige sua manchete.

Eu protesto praticamente todos os dias, mas nunca joguei um ovo ou cuspi ou dei um pontapé em ninguém, como também jamais sequestrei direitos alheios, como o de ir e vir. Meu protesto é tão civilizado que nem sequer levanto a voz com um “berro de ferro” para não incomodar a quem não quem me ouvir. Eu protesto escrevendo no meu blog, para quem quiser parar por lá e ler.

Se protestar é pagar baderneiros de aluguel para intimidar velhos indefesos, então se faz necessário um novo verbete.

Mas, querem saber? Eu sou um saudosista da ditadura! Pronto, que venham dizer “- Olhem lá o Klauber, o saudosista da ditadura”, e eu acenarei simpaticamente aos que assim me elogiam e aos que contemplarem a cena.

Digo mais: Vou fazer isto com um sorriso de canto a canto e abraçadinho com o Sr Luíz Inácio Lula da Silva!

Ora, se há algo que Lula e o PT não perdoam em relação aos militares é o de estes terem feito tantas coisas que bem seriam a própria bandeira do PT: a criação da SUDAM e da SUDENE, que Lula fez questão de ressuscitar; dos bancos, centrais telefônicas e elétricas estaduais, do PIS/PASEP, e de uma infinidade de outros órgãos públicos.

Nunca fui um fã dos militares no campo econômico e sempre fui um crítico severo deles quanto à guerra cultural, que eles abandonaram e privilegiaram o acesso às esquerdas. Todavia, não posso deixar de reconhecer um mínimo, que foi a competência deles em planejar seus empreendimentos estatais e os executarem com uma irritante competência, aos olhos invejosos dos petistas e as siglas moscas que voam ao seu redor.

No mínimo, os militares construíram hidrelétricas que funcionam até hoje! Construíram as maiores do mundo! Por outro lado, hoje mesmo o Pará foi notícia no programa Bom Dia Brasil por causa do péssimo fornecimento de energia elétrica, com constantes interrupções e uma conta pra lá de cara! A Celpa, empresa privada monopolística de transmissão de energia neste estado, conseguiu ser ultrapassada por sua própria incompetência e atualmente está em processo de recuperação judicial (antigamente chamado de “concordata”).

No mínimo, os militares multiplicaram várias vezes a malha viária, criando boas rodovias. Enquanto isto, os cidadãos dos municípios cortados pela rodovia Transamazônica amargam intenso sofrimento e prejuízos nos invencíveis atoleiros que os governos que sucederam os militares jamais tiveram o ânimo de asfaltar.

No mínimo, o Brasil chegou a ser o 2º maior fabricante de navios do mundo! Enquanto isto, o governo petista criou uma cruza de empreiteiras com sem-terras para construir um gigantesco emaranhado de ferro que simplesmente não tem condições de flutuar. Parece que o nome com que foi batizado, o líder da revolta da chibata “João Cândido”, veio bem a calhar, digo, a encalhar.

No mínimo, um pai ou uma mãe de família podia ir para o trabalho e voltar para casa com alguma expectativa de segurança! Hoje, 50 mil brasileiros morrem nas mãos de meliantes cantados em prosa e verso e estrelados nos filmes que a Ancine patrocina. 50 mil pessoas que embora torturadas e/ou assassinadas sob a cumplicidade dos que hoje desfrutam o poder, jamais receberão indenização alguma.

No mínimo, as crianças e os jovens iam pra escola para aprender – e aprendiam mesmo(!) – coisas como Matemática, Português, Ciências e Línguas, mas muito mais do que isto, aprendiam a respeitar os mestres, a cuidar do patrimônio público e a serem patriotas. Toda sexta-feira era dia de cantar o hino nacional. Hoje as escolas não passam de bocas de fumo onde os jovens sofrem o assédio sexual da ideologia gayzista e sexualista e onde a única disciplina é a luta de classes marxista.

Eu vivi um pequeno trecho da ditadura, e mesmo assim como criança. Porém, recordo-me muito bem como era o espírito de confiança no país e no trabalho dos adultos. Era algo que não precisava ser anunciado pela propaganda mentirosa do governo, pois estava nos olhos de cada um.

Sim, meus amigos, se tudo devesse acontecer de novo, eu aconselharia aos militares que evitassem a criação de tantos elefantes brancos estatais e que não esmagassem a direita como fizeram, deixando o campo intelectual livre à mão dos comunistas. Fora isto, digo sim: eu sou um saudosista da ditadura!

01 de abril de 2012
Klauber Cristofen Pires

A PEDOFILIA PROMOVIDA E ATESTADA

Artigos - Direito

O problema é que quando se denuncia esse tipo de coisa, as pessoas, submersas em seus cotidianos alienantes, vêem apenas uma provável paranóia do denunciante.


O impensável já começou a acontecer. O próprio tribunal superior do país (STJ) já está julgando a favor da pedofilia. E isso só acontece porque, em alguns momentos antes, da mesma forma usurpadora, o mesmo tribunal legislou, como também fez o tribunal supremo (STF), e, como suas decisões foram favoráveis ao gosto dos esquerdistas, ninguém falou nada.

Em decisão recente, o STJ decidiu que pagar pelos serviços sexuais de uma menina de 12 anos não é crime, pois, segundo os julgadores, houve consentimento dela. No entanto, não é isso que afirma a lei e ela não está sendo respeitada.

O Código Penal, em seu artigo 217-A, é taxativo ao determinar que ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com menor de 14 anos é crime. Não há, nessa tipificação, nenhuma margem para interpretação relativa. Se é crime presumido, não importam as circunstâncias, e qualquer jurista que atente para a lei, isento de olhos ideológicos, irá concordar com isso.

Quando a lei afirma que fazer sexo com uma criança é estupro presumido, ela está considerando que essa criança não tem a capacidade plena de discernir todo o significado e consequências de uma relação sexual, sendo que aquele que com ela mantém relações deve ser considerado, por isso, um corruptor. Mesmo sendo prostitutas, isso não as torna, segundo a lei, capacitadas. Pelo contrário, é mais lógico considerar isso prova de sua falta de discernimento.

Nenhum juiz, nem mesmo tribunal, poderia ultrapassar o que a legislação determina, pois, independente da antiguidade da lei, se ela não foi modificada, presume-se que é porque a sociedade assim o quis.

Por isso, quando se toma ciência de uma decisão como esta do STJ, é bom se perguntar: será que isso não faz parte de um projeto superior, vindo de instituições internacionais e supra-nacionais, como a ONU e, inclusive, a UNICEF?

Há tempos, por meio do texto A dominação pela educação sexual, denunciei uma cartilha promovida pela UNICEF que, claramente, antecipava a experiência sexual das crianças. Por ela, deveria ser introduzida uma “educação” sexual nas escolas que feria o bom senso. Ficava evidente o intuito sexualizador de crianças, o que é um promovedor óbvio da pedofilia.

Ora, sabendo que, por exemplo, a Rede Globo é uma promovedora da agenda globalista, que possui estreita ligação com a UNICEF, fica fácil entender muito de sua grade de programações. Ultimamente, o canal tem promovido, de forma nunca antes vista, o que chamam de amor entre gerações.

Há pouco tempo a Rede Globo transmitiu um pequeno seriado chamado Louco por elas, no qual o protagonista Eduardo Moscovis se engraçava com a amiga de sua filha, uma menina que não aparentava ter mais de 16 anos. Na famigerada e corruptora série Malhação, a atriz Leticia Spiller passou um bom tempo tendo um caso com um menino de não mais de 18 anos, sendo ela uma mulher de mais de 40. Agora, o personagem do ator veterano Kadu Moliterno andou tendo uns flertes com uma menina adolescente.

Ora, está ficando claro que há um movimento que começa a inserir no imaginário das pessoas a “naturalidade” da relação sexual entre pessoas de gerações diferentes. O que é isso senão o primeiro passo para a aceitação da pedofilia?

O problema é que quando se denuncia esse tipo de coisa, as pessoas, submersas em seus cotidianos alienantes, vêem apenas uma provável paranóia do denunciante. Como não conseguem enxergar além de cinco metros no espaço e dez minutos no tempo, estão impossibilitados de prever qualquer mal nisso tudo.

Assim, uma decisão como essa do STJ assusta, mas não surpreende. Apenas evidencia que não apenas a mídia, mas os próprios governos, e mesmo as instituições públicas não governamentais, estão seguindo um planejamento imposto desde fora, por aqueles que têm o objetivo claro de moldar os povos segundo sua própria imagem e semelhança.

A agenda da tecnocracia globalista ocidental começa assim a ser imposta e a sociedade vai mastigando-a, saboreando-a e deglutindo-a gostosamente. Até que o alimento fornecido pelos senhores deste mundo comece a causar a indigestão inesperada.

01 de abril de 2012
Fabio Blanco, advogado e teólogo

MINHA CASA, MINHA VIDA... ÀS ESCURAS.

Da série “Dilma é ruim de serviço 2”

Lula havia prometido entregar um milhão de casas aos brasileiros. Encerrou o mandato, e elas eram pouco mais de 200 mil. Dilma prometeu outros dois milhões. Já fiz as contas, que seguem as mesmas. No ritmo em que a coisa anda, a promessa será cumprida em 22 anos. Leiam o que informa O Globo:
*
Prédios, vilas e até bairros fantasmas podem ser encontrados Brasil afora. São construções novas, prontas para receber a população mais pobre, que só não estão ocupadas por falta de energia elétrica. Ao todo, mais de cem mil residências construídas para atender à faixa de renda mais baixa do programa Minha Casa, Minha Vida estão concluídas, mas sem moradores. Esses imóveis estão à espera apenas da ligação da energia para serem ocupados.

Em Mogi das Cruzes, interior de São Paulo, encontra-se um exemplo do problema que compromete os resultados do principal programa habitacional do governo Dilma Rousseff. Problemas similares foram verificados em Minas Gerais, Bahia e Rio Grande do Norte.

No caso de Mogi das Cruzes, em abril de 2011, a incorporadora Faleiros pediu à distribuidora EDP Bandeirante a ligação elétrica de três empreendimentos com cerca de 500 unidades residenciais no valor de até R$ 52 mil cada, para moradores com renda de até três salários mínimos, beneficiados pelo programa Minha Casa, Minha Vida. A ligação foi feita em um dos empreendimentos há poucas semanas e os outros dois ainda continuam sem energia elétrica. “Há imóvel que poderia ter sido entregue há seis meses. Enquanto isso, tenho que gastar com segurança, manutenção e não recebo os últimos 5% do valor do imóvel, pois a Caixa só paga na entrega”, disse o construtor João Alberto Faleiros Junior.

A EDP alega que os ritos para a solicitação de instalação de energia não foram plenamente seguidos pela Faleiros. Em nota, a empresa explicou a falta de ligação nos dois empreendimentos. “No Residencial Santa Antonieta III, após vistoria nos centros de medição, os mesmos apresentaram divergência dos projetos aprovados e, assim, a EDP Bandeirante aguarda as respectivas correções para nova inspeção e dar seguimento aos procedimentos padrões. Quanto ao residencial Bromélias, a construtora já foi informada (de que precisa) solicitar a inspeção no centro de medição, o que até a presente data não foi feito.”

Em Uberlândia (MG), também há discussões sobre quem paga a instalação da energia em empreendimentos de pelo menos duas construtoras. E em Mossoró (RN) também foram constatados atrasos nas ligações de energia elétrica. As discussões entre as construtoras e as distribuidoras de energia sempre giram em torno de custos e prazos a serem cumpridos para a ligação.

Há problemas também em empreendimentos que mesclam renda mais baixa com mais elevada. Nesses casos, a norma da Aneel não é clara sobre as responsabilidades da distribuidora. Um empreendedor em Feira de Santana (BA), que pediu para não ser identificado, havia recebido ofício da distribuidora local - ao qual O GLOBO teve acesso -, informando que a empresa pagaria pela instalação elétrica, mas depois foi surpreendido com uma cobrança adicional de R$ 800 por unidade. É a finalidade social do empreendimento que define a responsabilidade da distribuidora em pagar pela ligação.

Essas disputas chegaram a Brasília e exigiram intervenção do Ministério do Planejamento, que chamou distribuidoras de energia, construtores, Aneel, Caixa Econômica e Ministério do Desenvolvimento Social para debater o assunto. Para evitar o atraso nas ligações de energia, a pasta vai elaborar um manual para construtores e distribuidoras, deixando claro prazos e processos a serem adotados ao longo da construção, de forma que a luz chegue exatamente quando a obra ficar pronta. Para construtores, o manual deve esclarecer pontos obscuros na lei que permitiam às distribuidoras protelar as ligações elétricas dos imóveis. “Os distribuidores usam brechas na norma para não fazer ligações ou empurrar custos aos construtores”, disse José Carlos Martins, vice-presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC).

Para os distribuidores de energia, porém, com o aquecimento do mercado, novos construtores não sabem exatamente como agir, o que acaba atrasando. ” Muitas empresas novas não sabem os procedimentos. Às vezes, quando fazem um pedido, os prazos já estão correndo”, disse José Gabino dos Santos, consultor da associação das distribuidoras (Abradee).
(…)

01 de abril de 2012
Reinaldo Azevedo

UM POUCO DE ELEGÂNCIA A UM EX-ADMIRADOR, AGORA COLEGA DE JOSÉ DIRCEU, QUE ME CHAMA DE CÃO!

Não ignoro os ataques de que se sou alvo na rede. Não raro, eles evidenciam a qualidade dos agressores. Há uma página chamada “247″, sobre a qual nunca falei aqui, que tem se esmerado na grosseria, na baixaria, na violência retórica. Tenta a todo custo me arrastar para um bate-boca na lama. Não vou, não! Na mais recente investida, publicam uma foto minha ao lado de dois cães, acusando-me, pasmem!, de ”não debater com ideias e argumentos”. Para demonstrar que por lá se faz o contrário, escrevem coisas como “rosna Reinaldo Azevedo” e “Reinaldo late mais alto”. E assim que se debate “com ideias e argumentos no 247″.

O comandante da página eletrônica é Leonardo Attuch. Enquanto esteve na IstoÉ e na IstoÉ/Dinheiro, esse rapaz sempre me tratou com extrema cordialidade. Tenho aqui vários e-mails seus elogiando o meu trabalho, endossando, inclusive, o conteúdo de colunas minhas.

Até outro dia, Attuch estava entre os “inimigos de Luis Nassif, outro fascinado por mim. Se vocês fizerem uma pesquisa, verão que Nassif acusava Attuch de estar entre os jornalistas comandados por Daniel Dantas, e este dizia que aquele fazia o jogo de Luiz Roberto Demarco, inimigo do banqueiro. E vai por aí.

Opto por não divulgar os e-mails em que Attuch se refere a seu ex-desafeto. Mas não vejo problema em tornar público este, por exemplo, de 8 de maio de 2009:
Caro Reinaldo,
Parabéns, novamente. Vamos tomar um café qualquer dia desses?
Estamos num estado pré-revolucionário.
Depois da desmoralização do Congresso e do ataque orquestrado ao STF, será a vez da imprensa.
É a preparação do terceiro mandato.
abs
Leonardo

O café jamais aconteceu.
O “novamente” indica a constância com que me elogiava.

No dia 28 de julho de 2009, ele escrevia:
Caro Reinaldo,
Li seu post sobre intimidação da mídia.
Você acha mesmo que o trabalho dos dois blogueiros passa pela Secom?
Eu achava que era só financiamento privado da canalhice, público não.
Se tiver alguma evidência na segunda direção, aí a coisa fica séria.
abs
Leonardo

No dia 23 de abril de 2009, Leonardo Attuch se mostrava preocupado com a “chavização” do Brasil:
Caro Reinaldo,
Anote aí, estamos já em estado pré-revolucionário.
Primeiro, Lula destruiu o PT (mensalão)
Depois, destrui o Congresso.
Agora, destrói o Judiciário – e que declaração malandra essa última de Buenos Aires.
A próxima instituição é a imprensa - dizem que já tem uma operação da PF preparada.
O cara é perigoso.
Ouvi isso de um petista do alto comissariado.
abs
Leonardo

No dia 18 de maio de 2010, ele voltava ao tema do estado policial, num e-mail enviado pelo celular:
Caro Reinaldo,
Receba minha solidariedade, a canalha nao vencerá, havia um Gilmar Mendes no caminho do Estado Policial.
Abs
Leonardo


Voltei
São e-mails seus, certo, Leonardo? E eu era o “caro Reinaldo”.

Falei pessoalmente com Attuch apenas duas vezes. Não tomei aquele café. Só amigos muito chegados me tiram de casa. Há muito pouca coisa aí fora que me interessa. A primeira foi na Folha. Eu era editor-adjunto de Política — naquela fase, estava na edição em razão de uma licença da editora —, e ele era candidato a repórter. Foi quando o conheci. Eu o entrevistei em companhia do então secretário de Redação do jornal, Marcelo Beraba. A conversa não prosperou.

Na segunda vez, eu já trabalhava na revista Primeira Leitura, que pertencia, então, a Luiz Carlos Mendonça de Barros. Ele foi entrevistar o ex-ministro e passou na redação para me cumprimentar. Os outros contatos todos foram por e-mail ou telefone. E ele sabe que a iniciativa nunca foi minha. Sempre uma conversa amistosa, educada e tal. Até o dia…

Até o dia… em que um leitor me envia uma coluna de Attuch, já em seu site, em que eu era chamado, entre outras delicadezas, de “a doença do jornalismo brasileiro”… Assim, sem mais nem menos… Até o dia em que Attuch passou a citar Nassif como uma de suas referências — justamente o seu antigo desafeto, personagem de alguns e-mails do quais vou poupar a todos: vocês, Leonardo e Nassif.

Por que me atacava? Você me viram mudar de posição, lado ou opinião em mais de cinco anos de blog? Eu continuava o mesmo! O que teria acontecido com “Leonardo”? Não sei se é uma explicação, mas é um fato: Attuch tinha passado a ser parceiro de colunismo político de José Dirceu, um dos escribas de sua página, o 247. A página de Dirceu deveria se chamar, segundo a Procuradoria Geral da República, 288, que é o artigo do Código Penal que trata da “formação de quadrilha”. E José Dirceu vendido como analista isento é coisa de “171″.

Por que a fúria de Attuch com Demostenes? A companhia de alguém acusado de formação de quadrilha e cassado por corrupção lhe é cômoda?

O motivo mais recente
Quando vieram a público as ligações de Demóstenes com Cachoeira — reveladas primeiro por VEJA, diga-se! —, Attuch publicou uma foto minha ao lado da do senador, sugerindo uma estreita ligação entre nós, o que é uma mentira estúpida — e ele sabe disso. Com Attuch, estive apenas duas vezes! Com Demóstenes, nenhuma! O rapaz que denunciava a “chavização” do Brasil passou a se referir a mim como o “blogueiro da direita”. Ontem, avaliando que estava sendo muito educado, resolveu recorrer aos verbos “rosnar” e “latir” e à foto dos cães. É o que ele chama debater com “idéias e argumentos”. Se resolvo superá-lo nas armas que escolheu, em que se transforma a minha página? É para onde tentam nos arrastar. Mas não vão!

Muito bem!

Até outro dia, o patrocinador do “247″ era a Caixa Econômica Federal. Agora, é o Governo do Distrito Federal, comandado pelo, como podemos chamar?, “polêmico” Agnelo Queiroz, do PT. Curiosamente ou nem tanto, parece que Attuch ainda não informou a seus leitores que o petista também é citado na Operação Monte Carlo, esta que pegou Demóstenes. Há gravações que evidenciam que a quadrilha nomeava pessoas no governo petista. De tal sorte o GDF preocupa o PT que há até uma espécie de intervenção branca em cargos-chave do governo.

Encerrando
Attuch mudou de ideia a meu respeito. É um direito que ele tem. Deve ter fortes motivos para fazê-lo. Não o chamarei “cão”. Não direi que ele “late”. Não direi que ele “rosna”.

Direi apenas que ele passou a ser colega de colunismo de José Dirceu.

Leonardo, o café que eu não tomei com você foi um dos melhores que recusei. Mesmo pra ser um polemista, rapaz, é preciso ter alguma elegância. E certo senso de decoro.

E, sim, Leonardo! Policarpo jamais será um… de vocês! Falou o “caro Reinaldo”.

01 de abril de 2012
Reinaldo Azevedo

A REDE SUJA NA INTERNET E A TENTATIVA DE MELAR O PROCESSO DO MENSALÃO E LIVRAR A CARA DE JOSÉ DIRCEU

Ontem, os blogueiros de aluguel e assemelhados — o JEG, que vive de dinheiro público, como se sabe à farta — atuaram como ordem unida. Todos eles anunciavam, cada um segundo o seu estilo: “O mensalão nunca existiu! Foi tudo uma conspiração”! Um sustenta a tese com aquele amontoado de orações coordenadas que revela uma estirpe de analfabetos. O outro, coitado!, para não variar, atropela o bom gosto e o bom senso nas subordinadas, expondo outro veio do analfabetismo. Um terceiro é boçal e analfabeto moral pura e simplesmente. Mas a tese era uma só! E, obviamente, não lhes faltam alguns leitores que vão lá buscar o que já sabem que vão encontrar.

A tropa de choque está furiosa. E parte dessa fúria foi dirigida contra mim. Compreendo os motivos. São todos ex-jornalistas. Cada um deles, num dado momento, foi banido da grande imprensa porque não soube distinguir o certo do errado, o lícito do ilícito, o virtuoso do criminoso. Deixaram de trabalhar para o veículo que represetavam e passaram a operar para a fonte, por motivos muito convincentes. Não é gente, lá vai a palavra de novo!, da estirpe de Policarpo Junior, sobre quem Carlinhos Cachoeira lamenta: “O Policarpo Nunca vai ser nosso! Ele é foda!” Não vai mesmo! Os que se aproveitam agora dos vazamentos das gravações para dizer que o mensalão nunca existiu “não são foda”, não! E sabem que “são de alguém”. Recorram à Internet, e vocês saberão a mão que balança o berço.

Eles estão bravos porque as gravações feitas pela Polícia Federal — como se isso fosse necessário … — evidenciam, ao contrário do que dizem, a honestidade de Policarpo, não o contrário. Adiante, que isso já é matéria vencida.

Eles querem enrolar. Eu desenrolo
Qual é a conexão, o liame, a ligação do caso Cachoeira com o mensalão? Quase nada! E explico o “quase”. Fica por conta de um único evento, importante, sim, mas irrelevante no que respeita à essência do maior escândalo de corrupção da República. Foi a VEJA que trouxe a reportagem sobre a cobrança de propina nos Correios, aquela em que Maurício Marinho, homem do PTB na empresa, aparecia recebendo propina de Carlinhos Cachoeira. Sim, reportagem de Policarpo Júnior! Que grande mal faz este rapaz à República… dos larápios, não?

A revista começou a chegar aos leitores no dia 14 de maio de 2005!!! No dia 6 de julho daquele ano, o então deputado Roberto Jefferson (RJ), chefão do PTB, botava a boca no trombone numa entrevista à Folha e expunha as entranhas do modo petista de governar. Estava descontente com o modo como José Dirceu conduzia o, como chamarei?, condomínio de partidos e entendeu que ele e seu partido estavam sendo fritados.

Só para registro: Jefferson, o que denunciou o mensalão — e parte substancial de sua denúncia se mostrou verdadeira —, não gosta da revista VEJA. Tanto é que também a critica em seu blog, o que não deixa de ser interessante. As duas personagens que polarizaram os embates em 2005, Jefferson e Dirceu, criticam a revista. Faz sentido. O primeiro porque a reportagem apontou o cancro nos Correios; o outro…, bem, o outro pelo conjunto da obra, não é? O evento mais recente que lhe diz respeito foi o estouro do bunker montado num hotel, em que ele “despachava” com autoridades da República, como se fosse, assim, um superministro sem pasta. O Zé detestar a VEJA, a exemplo de uma meia-dúzia, é dessas coisas, entendo, que têm de ser alardeadas: “VEJA, A REVISTA QUE O DIRCEU DETESTA. MAS LÊ!”. Ok. Eles que vão dizendo mentiras sobre a revista, que ela continuará a dizer verdades sobre eles — e os demais.

O que a desgraça em que caiu o senador Demóstenes Tores (DEM-GO) e as atividades ilegais de Carlinhos Cachoeira têm a ver com as lambanças de Dirceu, José Genoino, Delúbio Soares e Marcos Valério? Em que negam, relativizam ou põem sob nova perspectiva os empréstimos fraudulentos, a dinheirama sacada na boca do caixa, a mala de dinheiro repassada ao PTB (o próprio Jefferson o confessou) e ao então PL, o dinheiro depositado no exterior na conta de Duda Mendonça? Bem, vocês façam aí o elenco de memória da montanha de irregularidades cometidas. A resposta é esta: NADA!

Tentativa de desmoralizar o Judiciário e a imprensa
Que Cachoeira pague pelo que fez!
Que Demóstenes pague pelo que fez!

Mas o que tem a ver o que ambos fizeram com o que fez José Dirceu?
O que tem a ver o que ambos fizeram com o que fez José Genoino?
O que tem a ver o que ambos fizeram com o que fez Delúbio Soares?
RESPOSTA: NADA!!!

A turma, no entanto, está assanhada. O objetivo é jogar lama na imprensa e no Judiciário para reforçar a tese de que o mensalão foi uma invenção. O próprio Lula, diga-se, este monstro da moral, chegou a afirmar, ainda na Presidência, que iria querer investigar a sério este assunto, sugerindo que era tudo uma trama da oposição. Como se a dinheirama assumidamente ilegal que circulou no partido jamais tivesse existido.

José Dirceu é autor de uma frase estupefaciente sobre aqueles dias: “Estou cada vez mais convencido da minha inocência”. De tanto ler os seus amigos, ele ainda acaba acreditando…

01 de março de 2012
Reinaldo Azevedo

OS FARSANTES DA COISA PÚBLICA! APENAS 7% DE 114 OBRAS NO PAC ESTÃO PRONTAS!!!


O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) não tem feito jus ao nome quando o assunto é saneamento.

Estudo inédito do Instituto Trata Brasil mostra que apenas 7%, ou oito das 114 obras voltadas às redes de coleta e sistemas de tratamento de esgotos em municípios com mais de 500 mil habitantes, estavam concluídas em dezembro de 2011.

O levantamento aponta ainda que 60% estão paralisadas, atrasadas ou não foram iniciadas. Os dados foram fornecidos por Ministério das Cidades, Caixa Econômica Federal, Siafi (Sistema Integrado de Informação Financeira do governo federal) e BNDES. As 114 obras totalizam R$ 4,4 bilhões.

O país avança devagar.
Cinco anos é um prazo razoável, mas o PAC 1 foi lançado em 2007 e não temos 10% das obras concluídas em 2011. Houve deficiência grande na qualidade dos projetos enviados ao governo federal e muitos tiveram que ser refeitos.

O problema teria sido menor se, antes de enviar os projetos, as prefeituras, companhias de saneamento e estados tivessem sido qualificados diz Édison Carlos, presidente do Trata Brasil.

O estudo mostrou que 21% das obras podem estar concluídas até dezembro deste ano. Mas, para isso, nenhuma pode ter atrasos ou parar, e não tem sido assim com o PAC.

A cadeia produtiva do saneamento estava desmobilizada até o PAC, e nessa cadeia entram os governos, empresas e também projetistas e consultores de obras; para você projetar grandes obras, precisa de uns dez anos de experiência, e não havia essa experiência, até porque não havia recursos do PAC para essas áreas.

Então, quando chegaram os recursos, todos quiseram aproveitar. E mandaram os projetos que estavam na prateleira - conta Walder Suriani, superintendente-executivo da Associação das Empresas de Saneamento Básico Estaduais (Aesbe).

No Norte, 100% das obras paralisadas

Por e-mail, o Ministério das Cidades reconhece que os principais entraves estão na baixa qualificação dos projetos técnicos e na própria capacidade de gestão dos órgãos executores. Diz ainda que 14% das 114 obras já tiveram seus contratos concluídos.

A maioria dessas obras do PAC passa pelas concessionárias e empresas estaduais: segundo a Aesbe, dos 5.565 municípios, cerca de quatro mil têm o saneamento gerido por essas empresas. E, na avaliação de Suriani, o ritmo de execução das obras só começa a se normalizar em pelo menos cinco anos.

Segundo o Trata Brasil, o Norte tem 100% das obras do PAC paralisadas,
seguido por Centro-Oeste (70%)
e Nordeste (34%).
O Nordeste tem ainda o maior percentual de obras atrasadas: 49%.

Quando somadas as paralisadas, atrasadas e não iniciadas, a pior situação é a do Centro-Oeste, com 90% das obras nessas categorias.
Em seguida, aparece o Nordeste, com 88%.

Já o Sudeste, região que mais avançou entre dezembro de 2010 e dezembro de 2011, tem apenas 13% das obras concluídas.

Para a manicure Patricia Vieira, o atraso é mais do que uma porção de números. Moradora do Centro de Duque de Caxias, Baixada Fluminense, ela vive numa casa onde o banheiro não tem descarga e o esgoto vai in natura para o valão, que um dia foi um rio.

Preferia o banheiro funcionando.
Tem também o problema da chuva.
Com 15 minutos, o valão transborda e invade as casas.
Já perdi todos os móveis, e tenho que conviver com ratos, lacraias e mosquitos conta Patricia, que cumpre um ritual toda vez que sai.
Coloco peso no vaso sanitário e nos ralos e deixo a chave com o vizinho, que corre aqui se chover.

A vida de Patricia podia ser melhor.
O Centro de Caxias e os bairros Laguna e Dourados e Parque Lafaiete serão beneficiados pela obra construção de sistema de coleta e transporte de esgotamento sanitário da Pavuna. Mas, em dezembro de 2011, a obra estava atrasada e, em 2010, não iniciada.

Presidente da Cedae, no Rio, Wagner Victer explica que a licitação deve sair dia 3 de abril, que a obra é para beneficiar a Baía de Guanabara, e que o governo do estado iniciou com recursos próprios obra similar, em fevereiro de 2011, o que fez com que o atraso não trouxesse prejuízo:

O Centro de Caxias, Parque Lafaiete e Dourados (Laguna e Dourado) serão alguns dos beneficiados pela obra. Mas a obra que o governo do estado já faz vai tratar mais esgoto que a do PAC, que, quando ficar pronta será, um plus à nossa. As obras do PAC têm mais burocracia. Do ponto de vista da segurança do administrador, isso é bom.

Há 15 anos morando no Laguna e Dourados, Élcio Viana ficou cheio de esperança quando os homens do PAC chegaram há uns 2 anos:
Eles reviraram o valão, tiraram umas famílias e deixaram entulho. Daí, abandonaram tudo.

O que Élcio não sabe é que o bairro em que vive conta com duas obras do PAC: a que ele viu começar e não ir adiante Urbanização Vila Nova e Vila Real e a que o Trata Brasil constatou que estava atrasada.

Duas obras?
A realidade é que o esgoto vai direto para o valão.
Minhas filhas não podem brincar na rua e vivem com dor de barriga conta Élcio.

O atraso no PAC ganha contornos piores quando confrontado com o Atlas de Saneamento 2011, do IBGE.
Em 2008, 55,1% dos municípios tinham coleta de esgoto avanço de 2,9% se comparado com 2000. O menor índice estava no Norte: 13,3%.
Já o Sudeste tinha 95,1% .

São dois países.
Para mudar, não bastam dinheiro e obras.
Precisa melhorar a gestão diz Cassilda de Carvalho, presidente da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental.

Se mantivermos o ritmo dos últimos três anos, vamos levar mais 50 para universalizar o saneamento.

O Globo
01 de abril de 2012

NOTA AO PÉ DO TEXTO

Isso de "cada povo tem o governo que merece" já é vezo antigo; conversa que de tão popular já virou refrão sempre que acontece algum desastre, ou desencanto maior. E as pessoas continuam votando mal, deixando-se levar por qualquer mequetrefe vagabundo que nas discurseiras demagógicas, faz mil promessas, cada uma mais absurda do que a outra e que, na maioria das esperanças oferecidas, não cabe nem a ele dar iniciativa.
Mas o povo gosta de ser engambelado, enganado. Nas dificuldades em que vive, quem pode se furtar de acreditar que a sua comunidade vai ganhar saneamento, ruas asfaltadas, escolas, centros de saúde, áreas de lazer? E o vagabundo vive dessas ofertas miraculosas, e eleição após eleição, lá está ele com o mesmo discurso, acusando alguém por não ter cumprido as promessas, mas renovando-as. Outros mais espertos, nem tocam no assunto. Águas passadas. Hora de novas promessas, porque a memória do povo é curta, e dura apenas alguns meses. Depois...
E assim perpetua-se o rufião dos cofres públicos.
Cada povo tem o governo que merece, principalmente o povo que padece de amnésia política.
m.americo