"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



terça-feira, 4 de setembro de 2012

POLÍTICA COMO O DIABO GOSTA

 


Eles estão aumentando... Os neopentecostais na política partidária brasileira. Ou alguém ainda não reparou na quantidade de candidatos a vereador ou prefeito representantes dessa nova doutrina evangélica? Eles crescem em número, conforme constatou o IBGE, e provavelmente isso se refletirá na eleição de bancadas nas câmaras municipais.
Por enquanto, parece que o resultado das pesquisas de campanha para a prefeitura paulistana está demostrando essa tendência. Elas indicam o bom posicionamento de Celso Russomanno. Além de ser do PRB, ele é conhecido do público da TV Record, onde obteve grande visibilidade entre os neopentecostais com seu programa Patrulha do Consumidor.

Já no Rio de Janeiro, o zumzumzum diz que os votos dos templos da Igreja Universal irão para Eduardo Paes, podendo garantir sua reeleição ainda no primeiro turno.

Nem sempre foi assim. Na década de 1980, havia a Teologia da Libertação, o movimento católico ideológico que difundia o cristianismo a favor dos excluídos e oprimidos. Sua prática pastoral optava politicamente pelos pobres e o PT se beneficiou com a ação de padres e religiosos progressistas solidários, principalmente no interior.

Agora o momento é da Teologia da Prosperidade (entendida só como bem-estar material). Festiva, voltada para a juventude. Criada pelos neopentecostais que, para início de conversa, são contra o ecumenismo, sincretismo, religiões afro-brasileiras, mediunidade, kardecismo e psicografia.

Comandados por líderes fortes e carismáticos, costumam lançar-se à “guerra espiritual”. Nela, não admitem nenhuma concorrência na prestação de serviços místicos, transes ou catarse para amenizar o sofrimento de fiéis.

Disseminam a crença de que a origem de doenças, misérias, vícios, violências, angústias, problemas emocionais e matrimoniais é por conta do demônio. Assustador. Ainda mais quando é apregoada a “cura divina”.

Convencidas de que estão com o diabo no corpo, pessoas carentes, aflitas ou surtadas acabam se submetendo a exorcismos enlouquecedores. E se rendem... Os fiéis acreditam na “cura” milagrosa. No caso do agravamento de uma enfermidade como a epilepsia é melhor nem pensar no que pode acontecer.

Importa aqui considerar a possibilidade dos líderes neopentecostais terem hoje, em certos lugares, mais poder do que os coronéis de antigamente com seus currais eleitorais. Seus seguidores formam uma massa de eleitores que pode ser decisiva na contagem final de votos de uma eleição apertada.

04 de setembro de 2012
Ateneia Feijó é jornalista

A EDUCAÇÃO PROIBIDA

 



Nem o último de Ricardo Darín, nem o novo Batman. Um dos filmes de maior recorde de público em Buenos Aires nas últimas semanas se chama A Educação Proibida, do diretor argentino Germán Doin.


Em pouco mais de duas semanas, foram 605 projeções independentes em cerca de 20 países, mais de 2,8 milhões de reproduções na web, 300 mil downloads e 55 mil fãs no Facebook (dados de domingo).

Tudo isso para um documentário de duas horas e meia sobre um tema que geralmente não dá grande bilheteria: a educação.

O diretor tem apenas 24 anos e o projeto foi todo financiado coletivamente por 704 pessoas que colocaram US$ 62.700 para viabilizar as mais de 90 entrevistas com educadores de oito países.

O filme mescla animação, dramatização com voz em off, entrevistas e uma história de ficção para questionar o atual sistema educativo no Ocidente. Criado há mais de 200 anos, mantém até hoje uma estrutura vertical, baseada na competição, divisão de idades, classes obrigatórias, currículos desvinculados da realidade e sistema de prêmios e castigos.

“Longe de responder às necessidades e desejos dos pequenos, a escola hoje é um estacionamento de crianças, onde elas ficam sendo adestradas até o momento de trabalhar. Se algum não se adapta ao sistema, fracassa. O que não se vê é que não é o estudante que fracassa, e sim o sistema que está mal pensado”, resume um dos entrevistados, o investigador chileno Carlos Muñoz.

O documentário também se propõe a discutir outros modelos de ensino – as experiências proibidas - como a logosofia, Montessori, Waldorf, Killpatrick e Paulo Freire, para citar alguns. Todos estão detalhados no site do filme, onde também se pode baixar o documentário ou vê-lo on line.

O diretor não defende nenhum método específico, somente pensar a educação retirando o professor e os conteúdos do centro da cena e colocando aí o aluno, com seus desejos e aptidões individuais. Esquecer a ideia de disciplina, autoridade e competência, e a substituir por respeito, liberdade e amor.

Em entrevistas ao jornal Página 12, Germán Doin afirma que tem duas teses para o sucesso do filme, uma pessimista e outra positiva. A primeira é que se trata de um fenômeno das redes sociais. A segunda, que há uma necessidade urgente de falar sobre educação.

No momento em que o prefeito de Buenos Aires, Mauricio Macri, instala um 0800 nas escolas públicas para denunciar atividades de cunho político entre os estudantes, não tenho a mínima dúvida sobre qual das duas opções está correta. O tema está na pauta. Por sorte.

Assista o trailer do documentário:




04 de setembro de 2012
Gisele Teixeira é jornalista. Trabalhou em Porto Alegre, Recife e Brasília.

A OPOSIÇÃO OFICIAL FINGE IGNORAR QUE FALTA ALGUÉM NO BANCO DOS RÉUS DO MENSALÃO

 


No mundo inteiro, partidos procuram eleitores. No País do Carnaval, milhões de eleitores engajados na resistência democrática procuram um partido. Inconformada com a inépcia administrativa, a vigarice política, a ideologia liberticida e outras marcas de nascença dos donos do PT, essa imensidão de órfãos busca desde 2003 alguma sigla que desfralde as bandeiras da resistência democrática. Se depender do PSDB, do DEM e do PPS, continuarão sem representantes, avisa o estridente silêncio da oposição oficial sobre o julgamento do mensalão.
 
Reanimados pela condenação do primeiro lote de culpados, redimidos pelas lições de decência e honradez contidas nos votos de nove ministros do Supremo Tribunal Federal, incontáveis brasileiros honestos vêm repetindo a expressão destacada na capa da mais recente edição de VEJA: “Até que enfim”. Estão fora desse coro todos os governadores, parlamentares e candidatos a prefeitos supostamente oposicionistas. Nem Lula tem ousado repetir que o mensalão não existiu. A julgar pelo silêncio obsequioso, seus adversários ainda estão em dúvida.
 
As urnas que elegeram Dilma Rousseff também formalizaram o nascimento de uma oposição real sem parentesco com a oficial, constatou um post aqui publicado em novembro de 2010. Tinha um ânimo combatente infinitamente maior, príncipios claramente definidos, objetivos a perseguir e um patrimônio eleitoral superior a 40 milhões de votos. Só lhe faltavam partidos e líderes dispostos a livrar-se de delinquentes de estimação e, em vez de perder tempo com picuinhas domésticas, opor-se ao inimigo verdadeiro o tempo todo.
 
Faltavam e faltam. A oposição está em greve no Brasil há sete anos, constatou nesta segunda-feira, num texto especialmente brilhante, meu vizinho Reinaldo Azevedo. Os oposicionistas oficiais sumiram, concordou o comentário de 1 minuto para o site de VEJA.
Não aprenderam nada com as derrotas. Os líderes logo descobrirão que não tem ninguém a liderar, e serão substituídos por gente capaz de compreender que a prudência não é incompatível com a bravura, que impostura tem limite e que quem vive morto de medo acaba morrendo de solidão.
 
O país que tem o governo com que sonha qualquer oposição tem também a oposição com que todo governo sonha. Livre de críticas, réplicas e cobranças, Lula mostrou já na estreia da turnê do palanque ambulante que vai distribuir insultos entre todos os que seguem fora do rebanho de devotos. Vai falar sobre qualquer tema, principalmente os que desconhece. Mas não dará um pio sobre o julgamento da quadrilha companheira.
 
Até agora, nenhum político oposicionista revidou no mesmo tom usado pelo embusteiro vocacional. E todos fingem ignorar que falta alguém no banco dos réus do mensalão.

04 de setembro de 2012
Augusto Nunes

FRASE DO DIA


"Recebi do ex-presidente Lula uma herança bendita. Não recebi um país sob intervenção do FMI (Fundo Monetário Internacional) ou sob ameaça de apagão."


Dilma Roussef, rebatendo artigo de Fernando Henrique Cardoso, em que chamou de pesada a herança de Lula

04 de setembro de 2012

A "ISLAMIZAÇÃO" DA POLÍTICA, SERRA E PT

 


Vende-se um candidato como se vende margarina. A perversão do marketing transformou as campanhas eleitorais em uma estratégia de insinceridade, em que os marqueteiros ‘adivinham’ o que o povo quer para o candidato se adaptar a esse ‘desejo’. Assim, todos querem ser eleitos pelo que não são, mas pelo que parecem, seguindo o exemplo bem-sucedido do ‘showman’ Lula que, na linha de Jânio, bastou ‘parecer’. É a estratégia em vez da verdade: ladrões aparentam honestidade, o comuna finge de liberal, o durão finge de bonzinho.

Em São Paulo há um lugar reservado para um populismo tradicional que, de certo modo, a polarização entre PT e PSDB ensombreceu nos últimos anos; este espaço da ignorância já foi ocupado por Ademar, por Jânio, por Maluf (conversem com motoristas de táxi). O vazio está sempre à espera de um impasse político, para que a ‘massa atrasada’ (um termo do PT) corra a eleger um novo demagogo.
 
Com o crescimento econômico da chamada classe C, o populismo tende a ser mais mágico, mais imediatista, em busca de sucesso e riqueza, um populismo consumista e conservador.
Quem ocupa esse espaço vazio é justamente o movimento evangélico em seus galpões lotados de milhares de pagadores de dízimos à espera de milagres e riqueza.
 
E o milagreiro da hora será o Russomanno, que é representante da Igreja Universal. Ele nega, claro, mas seus programas de TV só vão ao ar depois de passar pela direção de jornalismo da Record, enquanto obreiros da Igreja Universal visitam casas da periferia, distribuindo santinhos do Russomanno.
 
Assim, amigos leitores, pode ser que em 2013 a cidade de São Paulo seja governada pelo bispo Edir Macedo, o rei dos supermercados da fé que crescem no País e no exterior. Há pouco, uma marcha reuniu 4 milhões nas ruas de São Paulo, todos embalados pelo desejo de alguma certeza palpável, que os evangélicos prometem. Vejam na TV os milhares de rostos famintos de resposta para suas vidas angustiadas, pastoreados por bispos que parecem assaltantes, gordos, vulgares e milionários com fazendas, aviões e apartamentos em Miami.
 
Ou seja, está surgindo uma espécie de "islamização" da política no País, com os votos comandados fortemente pelas Igrejas. Já há milhões de fiéis que votam com Deus e política, como no Islã. E há uma sutil coincidência entre isso e o "midiatismo" lulista também feito de abstrações e promessas gerais: o carisma milagreiro da aparência contra a realidade.
Em ambos, no ‘midiatismo’ e no "islamismo caboclo", existe algo de divinal, místico.
 
Muitas pessoas do enclave "ademar de barros/jânio/maluf" vão votar no Russomanno por quê? Por ordens do bispo, claro, mas muitos também porque sua candidatura tem um sabor de negação da política costumeira, como apostar na zebra porque os cavalos favoritos não resolveram nada. Há algo do ‘efeito Tiririca’ nisso tudo.
 
No mundo inteiro, a crise econômica e política favorece líderes reacionários. Dentro dos impasses geram-se os canalhas.

O fascista Chávez vai ser reeleito, o fanatismo árabe persiste para além da ‘primavera’, o repulsivo Mitt pode ganhar nos USA e levar o Ocidente ao caos. Aqui, a cidade mais importante da América Latina pode ser entregue ou a uma sutil "teocracia oportunista" ou aos conquistadores do PT, em busca de mais um território tomado para ‘não’ ser governado.
E no meio, o José Serra acreditando na racionalidade. Em meio a esse ‘místico peleguismo’, como explicar as vantagens da ‘social democracia’ para uma população semianalfabeta?
 
Mas, Serra também errou. Tudo começou em 2002 quando, diante de meus pobres olhos perplexos, Serra não defendeu o governo de FHC diante dos ataques de Lula no debate. Eu vi a cara do Lula quando percebeu que a intenção do adversário era ‘não’ defender o excelente governo que acabara com a inflação, fez reformas, etc... Por estratégia (quem foi a besta que inventou isso?), ninguém podia defender os grandes feitos que o PSDB tinha conseguido...
Lula, espertíssimo, deitou e rolou nesse equívoco imperdoável, inesquecível, que começou a derrotar o próprio Serra e o tucanato por tabela. Nunca entenderei isso. Como não demitiram o chefe da campanha e deixaram-no persistir nos erros até hoje? Serra acreditou no marketing em vez de crer em si mesmo e em sua verdade.
 
Conheço-o há muitos anos e sei de sua enorme competência administrativa, seu amor ao progresso por adesão à razão. Mas conheço também sua astronômica teimosia, sua autossuficiência de filho único, sua hybris (‘arrogância’ que provoca punição dos deuses nas tragédias), como apontou o Demétrio Magnoli outro dia. É trágico vermos o crescimento do erro.
 
Conheço bem o Serra e sei que ele não é ‘bonzinho’ e sorridente como mandam os marqueteiros.
O sorriso de Serra prometendo coisas na TV soa falso; o povão percebe que algo ali está faltando na fala dele. O que falta? Falta a sua sinceridade: Serra é zangado, ‘empombado’ e quer realmente fazer um bom governo. Teria de assumir isso, enquanto é tempo.
Tem superar seu complexo de Édipo e chamar FHC para a campanha (o que não fizeram até agora), tem de mostrar com clareza, com imagens, o importantíssimo trabalho que fez como ministro da Saúde e não ficar dando sorrisinhos de Papai Noel na TV. O eleitor respeita gente sincera, cortante, corajosa.
 
Ele tem de mostrar as aventuras populistas e falar das acusações que pesam sobre o Russomanno, como as supostas ações de falsidade ideológica, a acusação de seu uso indevido da advocacia, seu suposto envolvimento com o Cachoeira.
 
E mais: ele errou ao subestimar o papelucho que assinou na TV dizendo que não abandonaria a Prefeitura. O povo não perdoa o descaso com que tratou o ridículo juramento. Ele tinha sim de chamar testemunhas, até religiosos e juristas e, fazendo um pouco o jogo do populismo ‘midiático’, jurar solenemente diante de todos que jamais largará a Prefeitura.
 
Serra tinha de cumprir sua melhor promessa, quando se lançou em 2010: "Se vierem com mentiras, responderei com verdades".

04 de setembro de 2012
Arnaldo Jabor - O Estado de S.Paulo

NA CABECEIRA DA PISTA

 

Gostar, o governador Eduardo Campos tem certeza absoluta de que o ex-presidente Lula não gostou de vê-lo lançar um candidato do PSB para tentar tirar a prefeitura de Recife das mãos do PT.

Mas, daí a dizer que a disputa levou os dois à antessala do rompimento político, o governador de Pernambuco já acha que é um exagero proposital fomentado por uma geração de petistas - na sua maioria paulistas - aflitos com os efeitos da fadiga de material materializada na situação nada promissora dos candidatos do PT às prefeituras das capitais.

Das 26 onde haverá eleição (Brasília não tem prefeito) as pesquisas indicam o PT com alguma folga na dianteira apenas em Goiânia.

No Recife perde o primeiro lugar para um candidato que Eduardo Campos tirou do zero, em São Paulo briga por uma vaga no segundo turno, em Minas fica distante do prefeito apoiado por Aécio Neves e, em dois dos cinco Estados que governa, Bahia e Sergipe, o PT é espectador da liderança do DEM nas respectivas capitais.

Eduardo Campos reconhece a si e ao seu partido (PSB) como um alvo preferencial dos petistas que, na opinião dele, "insuflam" Lula e tentam aprofundar uma cizânia que ao pernambucano não interessa no momento.

No oficial, tanto ele quanto seus correligionários não perdem uma chance de dizer e repetir apoio "fechado" à reeleição da presidente Dilma Rousseff.

É uma posição de prudência. Coisa de quem tem consciência da desproporção entre a estrutura do PSB e a, no dizer de um aliado do governador, "briga de cachorro grande" desde muito posta no horizonte entre PT e PSDB.

Obviamente Campos não quer comprar confusão com Dilma nem com Lula, mas digamos que por ora manifeste mais simpatia pela presidente que pelo antecessor nas avaliações internas do PSB e nas conversas com petistas mais agastados com o alimento ao atrito originado da direção nacional, leia-se, São Paulo.

Por essas análises, o comando petista estaria levando o ex-presidente Lula a um acirramento que, a depender do desenrolar dos acontecimentos - vale dizer, do resultado das eleições, do curso da economia e da desconstrução ou reconstrução das relações entre PT e PSB - poderia levar o partido de Eduardo Campos a confirmar o que hoje é só uma hipótese. Ainda remota.

A frase síntese e intencionalmente enigmática foi dita recentemente pelo governador de Pernambuco numa roda restrita: "É preciso o PT ter muito juízo em relação ao que pretende fazer com o PSB, porque a depender disso pode haver movimentos pós-eleitorais que venham a ganhar força".

Entre eles se inclui aproximação maior com forças de fora do campo governista. Para quê? Não se fala abertamente, mas subentende-se uma mensagem relacionada à eleição presidencial de 2014.

Não necessariamente automática, mas indicativa do início de um processo de ocupação de um espaço aberto no esgotamento da dicotomia entre PT e PSDB a respeito do qual o eleitorado dá notícia por meio do desempenho de Celso Russomanno em São Paulo.

Colateral. Queira o bom senso que a surpresa geral e dos petistas em particular, com o rigor e a independência dos ministros indicados para o Supremo nos governos Lula/Dilma não tenha o poder de incluir o critério de fidelidade ao Planalto no processo de escolha dos futuros integrantes da Corte.

Se assim for, aumentará o interesse e a vigilância da opinião pública pelas sabatinas aos quais são submetidos os indicados no Congresso.

Note-se. No artigo que publica sempre no primeiro domingo do mês, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso incorporou ao seu vocabulário o "presidenta" como gosta, aos subordinados impõe e dos simpatizantes recebe a deferência de ser chamada a presidente Dilma Rousseff.

Dos tucanos é o único a prestar-lhe essa homenagem.

04 de setembro de 2012
Dora Kramer - O Estado de S.Paulo

IMAGEM DO DIA

 
Moradora caminha na favela do Piolho, no Campo Belo, zona sul de São Paulo, no dia seguinte ao incêndio que atingiu o local, nesta segunda
Moradora caminha na favela do Piolho, no Campo Belo, zona sul de São Paulo, no dia seguinte ao incêndio que atingiu o local, nesta segunda - Renato S. Cerqueira/Futura Press
 
04 de setembro de 2012

"ACÓRDÃO" ESCANDALOSO ENTERRA A CPI DO CACHOEIRA, DENUNCIA O LÍDER DO PPS, RUBENS BUENO

 
Manobra escusa – O líder do PPS na Câmara, deputado federal Rubens Bueno (PR), classificou de “acordão escandaloso” a decisão tomada na tarde desta terça-feira (4) pelo comando da CPMI do Cachoeira de interromper os trabalhos do colegiado e só retomá-los após as eleições municipais, em outubro. “Trata-se de acordão escandaloso.
 
Quero deixar aqui o meu protesto. Esse tipo de enganação eu não vou avalizar. Enterraram a CPI do Cachoeira”, protestou o parlamentar.

Rubens Bueno condenou ainda a interrupção dos trabalhos sem uma reunião administrativa para quebrar os sigilos bancários, fiscal e telefônico de 12 “empresas laranjas” ligadas ao esquema Cachoeira/Delta Construções.

Segundo dados em poder da CPI essas empresas movimentaram pelo menos R$ 260 milhões e seriam todas ligadas ao empresário paulista Adir Assad. Os recursos têm como origem a Delta Construção e governos comandados por diversos partidos.

O líder do PPS desconfia que há interesse direto de muitos parlamentares em impedir a devassa nas contas dessas empresas. “Estranho que na reunião que aconteceu pela manhã não tínhamos quórum e a tarde, numa reunião fechada, muitos daqueles que faltaram, e já demonstravam falta de vontade para investigar apareceram para enterrar a CPI”, afirmou o deputado.

Para Rubens Bueno, se não houver uma reação de membros da comissão comprometidos com a investigação, daqui a 30 dias, quando a CPI voltar a se reunir, não haverá mais nada o que fazer, já que o prazo final de trabalhos se encerra no dia 4 de novembro.

“Daqui a trinta dias estaremos aqui rezando a missa de sétimo dia da CPI do Cachoeira”, resumiu o deputado, que não descarta apresentar um relatório paralelo sobre as investigações. “Vamos cumprir o nosso papel e denunciar qualquer tipo de acordão, o que repudiamos desde já”, finalizou o deputado.

04 de setembro de 2012
ucho.info

ROBERTO FREIRE CLASSIFICA DE ESTUPIDEZ DECLARAÇÃO DO PRESIDENTE DO PT SOBRE MENSALÃO

 


Chumbo grosso – Presidente nacional do PPS, o deputado federal Roberto Freire (SP) disse nesta terça-feira (4), em pronunciamento no plenário da Câmara, que a declaração do presidente do PT, Rui Falcão, de que o mensalão foi um golpe da elite com setores da imprensa e do Judiciário é “uma estultice”. “E o que ele vai fazer? Fechar o Supremo (Tribunal Federal) porque está condenando mensaleiros?”

Para Freire, quem está insinuando golpe é Falcão, que não respeita o pleno funcionamento das instituições republicanas e democráticas. O deputado parabenizou “a dignidade” do STF ao cumprir seu dever constitucional de julgar o mensalão e mostrou-se indignado com o fato de o presidente de um partido afrontar a mais alta corte do país.

A declaração de Rui Falcão foi dada em Osasco (SP), durante ato público de lançamento do novo candidato do PT a prefeito da cidade, em substituição ao ex-presidente da Câmara, deputado João Paulo Cunha (PT-SP), condenado por corrupção passiva, peculato e lavagem de dinheiro pelo Supremo.

04 de setembro de 2012
ucho.info

RUI M FALCÃO E O VÔMITO DA BOÇALIDADE


O presidente do PT, ou como é mais conhecido, "O chefe do bando" anda vomitando boçalidade por aí.

Durante o lançamento da Cãodidatura do tapa buraco do PT em Osasco, Jorge Lapas, que está cãodidato porque o que era voluntário para esse cargo caiu em desgraça e muito provavelmente irá cair em cana por CORRUPÇÃO.
 
João Paulo Cunha teve que se afastar da eleição para não "sujar" a imagem do partido na cidade. Agora so falta a cassação do mandato de deputado por quebra de decoro e condenação por crime.

Como o mundo sabe, a PTralhada está com o cú na mão por conta das votações pró justiça e contra a bandalheira que se instalou no país após a eleição do SEBENTO DE GARANHUNS em 2002.

Os ministros do STF, salvo um ou outro Vassalo do Sebento, estão condenando a cambada vermelha quase que por unanimidade.

E como o mensalão existiu sim, mesmo com as negativas internacionais do Sebento, e com a falência na estratégia dos bandoleiros em tentar inventar um caixa dois de campanha.
Agora eles estão dizendo para os trouxas e incautos de sempre que o GOLPE DO MENSALÃO foi uma invenção da imprensa golpista, ou PIG, como diz o outro vassalo PHA. E que as zelite branca de oio azur estão tentando reverter as derrotas em três eleições para a presidemência da república no grito.

Mentir para eleitor otário que vota no PT, vá lá, mas querer dizer que o MENSALÃO foi um golpe orquestrado pela zelite com apoio da imprensa golpista já é querer chamar a totalidade do povo que pensa de otário.

Quarenta e quatro milhões de brasileiros não votaram na Dentuça para presidente, o PT está perdendo eleitores à cada dia, e só mentindo, e muito, para os menos inteligentes, é que pode dar a possibilidade de eleger mais uns trastes para as prefeituras de Osasco ou SP.

O povo que pensa...ou, os quarenta e quatro milhões de eleitores não PTralhas estão órfãos de representatividade, o PSDB e o DEM estão nos estertores da morte política, e com a PTralhada que sobrar fora da cadeia, ainda dá para fazer muito estrago no país.

A população brasileira que se cuide, pois eles virão com tudo para aparelhar de vez o STF e o Brasil.
Depois que a merda agarrar não vai adiantar chorar. Ainda dá tempo de reverter essa situação.
NAS PRÓXIMAS ELEIÇÕES NÃO VOTE EM CÃODIDATOS DO PT.
PELO BEM DO BRASIL.

E, Rui m Falcão...
O mensalão é golpe da imprensa e dazelite?
Faça-me um favor.
Vá para a potaquetepareu e morra!!!
 
04 de setembro de 2012
omascate

EDUCAR É A SOLUÇÃO

 

Paulo Guedes
Capital humano de qualidade garante maior produtividade, mais empregos, melhores salários, competitividade industrial e prosperidade

O mundo parou para conserto. Em meio à desaceleração econômica global, prossegue a guerra mundial por empregos. Tempos difíceis a exigir reflexões sobre o futuro da economia brasileira. De olho em americanos e europeus, há uma ilusão a ser evitada. E, de olho nos chineses, há que fugir de uma armadilha.

A ilusão é a de que basta dar crédito e transferir renda para garantir a prosperidade. Deflagramos à base do crédito popular e de programas sociais de transferência de renda o surgimento de um formidável mercado de consumo de massas.

A democratização do acesso ao crédito e as políticas públicas de redistribuição de renda são importantes ferramentas das modernas democracias liberais. Mas é fundamental evitar excessos, como os praticados tanto nos Estados Unidos quanto na Europa, a ponto de ameaçar sua própria sustentabilidade.

A ilusão é a de que basta dar crédito e transferir renda para garantir a prosperidade
Do ponto de vista econômico, a prosperidade de um país é apenas outro nome para a produtividade de sua população. São duas faces de um mesmo fenômeno.

A expansão do consumo de uma classe média emergente deve estar lastreada por aumentos de produtividade dos trabalhadores, sob pena de ter fôlego curto. Da mesma forma, a ampliação das transferências de renda e dos subsídios aos pobres é também financeiramente insustentável quando se descola desses aumentos de produtividade.

Vem daí a importância de investimentos maciços em educação e treinamento, ampliando capacitações e habilitações do trabalhador brasileiro, para sustentar o aumento contínuo de nossa produtividade. Estão em jogo a empregabilidade de nossa mão de obra e a vantagem competitiva de nossas empresas nos mercados globais.

E temos aqui a armadilha a ser evitada. Experimentamos flagrante processo de desindustrialização, enquanto disparam nossas importações. O capitalismo eurasiano, sem encargos trabalhistas e previdenciários, pode nos reduzir a um simples produtor especializado de commodities e também a um mercado de importações em massa.

Transformar nosso mercado de consumo de massa em um verdadeiro mercado de produção em massa é o grande desafio. E aqui, de novo, a importância crucial dos maciços investimentos em educação. Garantindo maior produtividade, mais empregos, melhores salários, competitividade industrial e prosperidade

Paulo Guedes
Fonte: O Globo, 03/09/2012

O HISTORIADOR MARCO A. VILLA CRITICA O ASSISTENCIALISMO ELEITOREIRO

“Sob o controle dos vereadores o centro social transforma-se numa espécie de escritório eleitoral”

 
Marco Antonio Villa
Espalhados por várias regiões do estado do Rio de Janeiro, os centros sociais funcionam como redutos de cooptação de votos para candidatos aos cargos públicos.

Pensados para facilitar o acesso das comunidades a serviços básicos, os espaços têm suas funções desvirtuadas e tornam-se verdadeiros currais eleitorais.

Para entender melhor o fenômeno, “típico da capital fluminense”, o Instituto Millenium conversou com o historiador Marco Antonio Villa.

O especialista comparou o assistencialismo praticado pelos centros sociais com a compra de votos feita na época do coronelismo e ressaltou: “O curioso é que a bota era dada com recurso privado, o coronel da região que dava a bota. Agora, veja a evolução do Brasil, o remédio é dado com recursos públicos para favorecer interesses privados”.

Leia:

Instituto Millenium: Os centros sociais são a forma moderna do assistencialismo. O senhor poderia explicar a origem desse tipo de política?

Marco Antonio Villa:
O assistencialismo é um fenômeno historicamente recente. Esses laços entre o vereador e a comunidade a qual ele representa são estabelecidos a partir dos anos 1960. Tem a ver com o rápido processo de urbanização do Brasil, que levou ao estabelecimento de laços coronelísticos entre o vereador e o seu eleitorado. Esses laços existiam antigamente no campo e chegaram às cidades devido a rápida urbanização do país, especialmente entre os anos 1950 e 1960.
Os centros sociais são uma característica da cidade do Rio de Janeiro, em São Paulo não há esses espaços. Nunca ouvi falar de centros sociais em outras capitais. Claro que todo vereador tem seus redutos nas grandes cidades, onde eles usam o dinheiro do orçamento em obras e prestam assistência social por meio de outras entidades. Mas não é como no Rio, onde sob o controle dos vereadores o centro social se transforma numa espécie de escritório eleitoral.

Imil: Por que o Rio de Janeiro ainda não conseguiu se livrar das políticas assistencialistas. Isso está ligado a ausência do estado em determinadas áreas da cidade?

Villa:
Há um processo de privatização do recurso público através do centro social. É quase impossível que o estado atenda todas as demandas da comunidade e o centro social não seria ruim, mas o problema é que no Brasil sempre há uma enorme diferença entre a tese e a prática. Aqui o centro social é na verdade um braço do vereador. Dificilmente um prefeito acabaria com o centro porque um jeito de manter uma maioria bem servil ao executivo é manter essa estrutura que está aí. Infelizmente, ele acaba se desvirtuando, passa a ter muito pouco de social. E se transforma no centro do vereador.
Quando a maior parte da população era rural, trocava o voto por um pé de bota e no dia eleição recebia o outro pé. Agora, ao invés da bota, é o remédio ou um outro produto qualquer que é dado pelo centro social com recursos públicos. O curioso era que a bota era dada com recurso privado, era o coronel da região que dava a bota. Agora, veja a evolução do Brasil, o remédio é dado com recursos públicos para favorecer interesses privados. Deveria haver uma ação do Ministério Público, porque é mais fácil acreditar no Papai Noel do que esperar que o legislativo e o executivo mudem isso.

Imil: No artigo “A desmoralização da política”, publicado no jornal “O Globo”, o senhor afirma que o estabelecimento pleno das liberdades democráticas no Brasil e a realização de eleições de dois em dois anos deveriam ser excelentes possibilidades para aprofundar o interesse do brasileiro pela política. Por que isso não acontece?

Villa:
São vários fatores. Um deles é que política virou sinônimo de corrupção. O eleitor de mais idade imagina que política é corrupção e o eleitor mais jovem, que até quer participar de um partido político, fica temeroso porque ele ouviu falar dentro da sua casa e na comunidade em que ele vive que política é sinônimo de corrupção, então estaria se maculando ao participar.

Imil: Qual seria a solução para o fim do divórcio entre a política e a sociedade?

Villa:
Se o judiciário agisse de forma severa e punisse de forma exemplar os casos de corrupção certamente teríamos uma mudança muito grande em relação a política, porque ela não seria mais sinônimo de corrupção. Enquanto houver impunidade nos atos de corrupção que envolvem políticos brasileiros desde do município até o governo federal vamos viver essa situação.
Há um esgotamento dessa forma de representação. Os partidos funcionam muito mal ou não funcionam na maior parte das vezes. Não há uma relação entre partido e sociedade civil, as pessoas não se sentem representadas pelo partido. Os partidos vivem uma crise enorme de representação.

04 de setembro de 2012

PETULÂNCIA PETRALHA



04 de setembro de 2012

O BOM EXEMPLO ENTRE TANTOS...

Governo Lula reformou o Planalto sem alvará

A reforma do Palácio do Planalto no governo Lula, que custou R$ 111 milhões, foi iniciada em 2009 sem alvará. A Presidência da República foi multada pela Agefis, agência de fiscalização do governo do DF, mas ignorou completamente as notificações, inclusive para paralisar a obra. O jogo de empurra e a pressão contra fiscais mantém “secretos” o auto de infração e a multa aplicada, de R$ 26.891,10, que jamais foi paga.

04 de setembro de 2012
in claudio humberto

LÁ DAS BANDAS DO SANATÓRIO

 


Cadê as provas em contrário, cadê?!?
E lá se foi de novo o "festival de absolvições" vaticinado pelo advogado Luiz Francisco Corrêa Barbosa, defensor de Roberto Jefferson.

A voz rouca das ruas e o clamor técnico pela justiça que sacudiu a barra do STF com os dois absurdos votos da dupla egressa do PT, Lewandowski/Toffoli no primeiro tempo do Mensalão, ensinou bons modos aos revisor do processo que está colocando em palpos de aranha a pandilha de Dirceu e seus mensaleiros.

Eis que neste glorioso dia 3 de setembro, ao vivo e em cores, Lewandowski condenou os ex-dirigentes do Banco Rural. Até para ele "a instituição sabia do esquema de lavagem de dinheiro da SMP&B". Pronto, cadê as provas em contrário, cadê?!?

Vai ver que o douto Dias Toffoli sabe onde estão. Talvez tenha até que quebrar o sigilio da senha bancária para chegar ao ponto de agradar Ali Babá. Não se espante se, na hora do voto, ele
gritar: - Abre-te, Sésamo!
 

A avó é bicicleta!

Dilma Vana rebateu um artigo de FHC no jornal Estado de S. Paulo e exaltou a "herança" de Lula: "Recebi uma herança bendita. Não recebi um país sob intervenção do FMI ou sob ameaça de apagão".

Responder a FHC já uma xaropada. Mas varrer pelo menos seis ministros malfeitores de malfeitos, todos escolhidos por Lula, é mais que xarope, uma overdose purgativa já acompanhada pelo efeito. Se essa ratatulha que a criatura recebeu do criador é uma "herança bendita", então a sua avó é bicicleta.

E olha que foram só seis benditos herdados porque ela passou a mão na cabeça de outros tantos. Bem pior até - quem passa a mão na cabeça é o Lula - Dilma Vana passou mesmo foi um inofensivo espanador nos fundilhos deles.
*** *** ***
COISA DO CARA
Esses petistas fanáticos não se emendam. Já tem gente espalhando por aí que Cezar Peluso já não está mais no Supremo Tribunal Federal porque Lula mandou que ele tirasse os fundilhos da cadeira.

FIM DE CASO
O presidente do PT, uma das figuras mais benquistas por Dilma Vana já anda admitindo que para a eleição de 2014 será desfeita a parceria do PT com o PSB. Nada mais esperado que isso. Afinal, para o que é mesmo que serve, aqui no Brasil e para o Brasil, a aliança de dois partidos que têm a mesma cabeça e o mesmo jeito de ser?!? Essa coisa de que é melhor viver junto do que chorar separado era muito bonita no tempo em que o Jamelão fazia seresta.

INTEIRO, NÃO!
Na TV Zé Serra diz que vai cumprir o "mandato inteiro". Pronto! Era tudo que os paulistanos não queriam ouvir. Esses marqueteiros do Serra não chegam nem aos pés daquele Duda Mendonça que resolveu bancar o bacana na CPI do Mensalão. Espere só a próxima pesquisa: o HaHaHaddad vai ser mais popular que o Lula. E com menor rejeição.

COCA E PEPSI
Dilma Vana nomeou novos membros para a Comissão de Étitica da Presidência da República. Com essas três novas indicações, a comissão vai voltar a ter quórum para se reunir. E ainda há mais duas vagas em aberto. O governo trata dessas coisas assim, com a simplicidade e a pureza de quem acha que quantidade é qualidade.
 
04 de setembro de 2012
sanatório da notícia

"FILÓSOFA" PETRALHA ESCULHAMBA CLASSE MÉDIA DE SAMPA E OS PRÓPRIOS IDIOTAS AINDA APLAUDEM E ELOGIAM!

 


"Se é bom lê os artigos dela imagina assistir as suas palestra."

Por favor, não fiquem sem ler os brilhantes comentários dos petistas idiotas que nem desconfiam que os xingados por essa jabiraca sem noção são eles mesmos. É de morrer de rir.
 
Em tempo: essa bosta de vídeo, bem como os comentários imbecis, foram publicados no Conversa Afiada, do canalha-mor PHAmorim.
 

 
Paulo César
Cara Professora,
A senhora traduziu de forma brilhante o meu sentimento, meu desespero, meu pragmatismo. Só acho injusto atribuir apenas aos paulistanos esta característica. Sou paulistano, mas vivo em Brasília faz tempo. Aqui ocorre o mesmo. Some-se a isto, o fato de ser professor universitário na rede particular…sinto-me encurralado.

Pablo
Exma. Professora o que pensar dessa espetacular palestra sobre a classe media da capital paulista, lembrando o que diz o Jornalista PHA são o que sobrou da colonia, são uns colonos e que não tem nada a ver com o cólon, e sim com essa ideologia de dominio pelo poder econômico e que lhes permitio abrir o espaço privado em detrimento do espaço público, daí que eles combatem as escolas públicas de bom ensino e ter analfabetos e sem capacidade de pensar, para seus inescrúpulosos objetivos. O Povo Brasilis deve-se se sentir orgulhoso de ter uma mulher como a Prof. Chauí e américa latina tambem. A Lei de Medios é uma imposição.

Regina Braga
A nossa Chomski…a nossa porta voz…a nossa petista que não foi sucateada pelo governismo a qualquer preço.Maravilha a entrevista!!!

leonardo-pe
perfeito Raciocínio.mas esse é o retrato não só de São Paulo.uma classe média q ainda vive da”grande imprensa”,o resultado é esse aí citado,infelizmente!

Alice Silva
Encolhimento do espaço público e alargamento do espaço privado. Fantástico. Mas, entenderá a mensagem a violenta elite da classe média paulistana e outras?

Eduardo Raio X
A classe média paulistana tem todos o ingredientes da antiga sociedade que cultuou e defendeu o APARTHEID sul africano!!!

falconery
Bravo! Bravíssimo! Êta mulher retada essa Marilena Chauí, falou tudo que os paulistanos e brasileiros precisavam ouvir. Muito obrigado.pela oportunidade que a Conversa Afiada nos proporcionou..

Ferreira
Quando SP e sua elite obtiverem 80 milhões de ricaços,eles elegerão o Serra,ou qualquer outro Zé do PSDB,por enquanto terão que engolir o eleito pelo voto dos pobres e nordestinos que eles tanto abominam…
Eu até concordo da elite votarem no Serra,afinal ele defende com unhas e dentes seus direitos,mas esses “psedo-intelectualizados que acreditam ser parte da elite”,votarem no PSDB é até engraçado…

laura
Não é não. Os “intelectuais” do PDSB recebem MUUUUUUUUUUUUUUITos privilégios e os defendem e defenderão até o fim. Ou vcs imaginam que a Pinacoteca do estado, por exemplo é assim digamos isenta em seeus convites. vcs acham que Maria Boniomi tem assim acesso a largas faixas de incentivos fisscais e aredes enormes no etro assim como?
Ou vcs imaginam que os PAC da secretaria de cultura do estado de São Paulo são distribuidos como?
Ou vc imagina que grana seja destinada e muita midia seja destinada a alguns, assim, naturalmente, tudo muito natural, como diz Marilena… vamos dizer, a família Hamburguer… dentre tantos outros que faem parte “daqueles que dividem exclusivamente” o bolo , tudo como se fosse mérito.

Ferreira
Não entra na cabeça deles que o pobre queira oportunidade de deixar de ser pobre. Para eles,o pobre,se ganha algum dinheiro,gasta tudo e volta a ser pobre. A classe média-pseudo-elite é durinha de cabeça no entendimento da sociologia. Ela ficou com as mãos em um revolver sem balas,o do anti-lulismo..

Gilson
Espetacular!

Rose SP
Esses seres ditos pela Marilena são os eleitores que permanecem votando nesse governo paulista que se perpetua a mais de 20 anos.Só no blog como esse para assistir um video desse porte, sensacional! Parabés, PHA, por mais essa oportunidade de ver algo assim.

ana zélia de oliveira
simplesmente maravilhosooooooooo!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Rubens
Imagina o pior grotão das Gerais, Beagá…

souza
a classe média precisa pagar o preço da consequência dos seus atos.

leda orsi
que delícia de explanação!

Luiz
Sensacional! Pena que eles não tem auto crítica para saber o que foi dito. Teriam que nascer de novo!
De qualquer forma fica a visualização do modelo para quem ainda não foi atingido por esta doença.

Rossi
Brilhante.Mas esta análise pode ampliar-se para a classe média da zona sul do Rio e outras paragens mais abastadas do país,mormente nichos de P.Alegre,Salvador e BH.O Brasil é prolífico nestes exemplos ridículos particularizados pela filósofa. O humor da Chauí é ferino e sofisticadíssimo,além de tudo.

Clayton Benevides
Impressionante análise da classe média, mas acho que não foi só a de São Paulo, não! Recife tá chegando lá…

Zaida Guterres
Essa classe média e + outras devem ter, lá no fundo do EGO, um sonho maior: “matar” a morte. Esse tipo de gente, QUANDO CONSEGUE PENSAR, se “borra” de medo de que o PODER não seja eterno.

Christiane Maria
“Aberração cognitiva” foi demais! Ri muuuuito! Explanação lúcida, sucinta, precisa…essa “Mme” Chauí…

Elias Santos
Falou com propiedade e lucidez, daquela que como diz Mino Carta e a mais reacionária classe média do pais, parabéns professora por suas colocaçóes.

Everton - SP
Magnifico…essa é a essência da alma Paulistana!

Gilda Jabaroca
Pois é. Imagine a essência do Zé Psicopata…
RESPONDER
1 de setembro de 2012 às 15:24

Ronaldo
M A R A V I L H O S O!!!!!!!!!!!

arthur alex
Sensacional aula magna. Vamos ver se o nariz empinado vai baixar um pouco. Impressionante, professora ! Viva aos programas sociais que derrubam o paradigma.

Márcio
SOu fã dela

Augusto
A classe média de Curitiba é igual!!!!

Lazlo Kovacs
Carro com vidro fumê bem escuro? Só a análise disso daria uma sociologia de parte da classe média – covarde, racista, elitista, violenta e buscando se esconder.

Carlos Fischborn
Lembrando que, vidro fumê muito escuro é proíbido e TODOS os carrões da minha cidade usam.
Quem não costuma cumprir a lei não é o povão, é a classe média mesmo!

J. Carlos
Se é bom lê os artigos dela imagina assistia as suas palestra.

Miriam Goldfeder
Simplesmente BRILHANTE!!!!!!!!!!!!!!!!!
04 de setembro de 2012

POR QUE RAIOS SERÁ QUE NO BRASIL ELES PRECISAM DE COTAS?

 

Pelé, brasileiro, o rei do futebol, é negro.
Obama, norte-americano, o político mais poderoso do mundo, é negro.
Michael Stephen Steele, norte-americano, atual lider do Partido Republicano do Parlamento dos EUA, ex vice governador do Estado de Mariland, é negro.
 
Oprah Winfrey, norte-americana, a mulher mais rica e influente na mídia, também é negra.
Tiger Woods, norte-americano, o melhor jogador de golfe de todos os tempos, é negro.
Serena e Venus Williams, norte-americanas, 2ª e 3ª melhores jogadoras de tênis do mundo, na atual posição, também são negras.
 
Will Smith, norte-americano, o ator mais popular do mundo, é negro.
Lewis Hamilton, inglês, foi o campeão mais novo da Fórmula 1, é negro.
Neil de Grasse Tyson, norte-americano, um dos mais conceituados astronomos no planeta, é negro.
 
Dr. Ben-Carson, norte-americano, atualmente o melhor neurocirurgião do mundo, é negro.
Usain Bolt, jamaicano, o homem mais rápido do mundo, é negro.
 
Despertada minha curiosidade, fui avante e pesquisei mais. Vejam um breve resultado:
Joaquim Barbosa, respeitado ministro do STF do Brasil, fala 4 linguas, é negro.
Waris Dirie (foto), somali, primeira modelo da Revlon, chamada de A Flor do Deserto, também escritora de 4 livros, que teve seu clitóris e pequenos lábios extirpados na infância com um pedaço de vidro, é hoje Embaixadora das Nações Unidas, e é a negra mais linda que já vi.
 
Graciele Carvalho, top model brasileira mais requisitada da temporada, é negra.
O inventor do elevador foi Alexander Miles, negro.
 
A inventora da fornalha de aquecimento, Alice Parker, negra.
O inventor da preservação de estoque de sangue, Charles Drew, negro.
A primeira cirurgia aberta de coração foi realizada pelo Dr. Daniel Hale Williams, negro.
O inventor do bonde elétrico foi Elbert R. Robinson, negro.
O inventor do ar condicionado, Frederick Jones, negro.
O inventor do semáforo e da máscara contra gases, Garret A. Morgan, negro.
O inventor do apontador de lápis, John Love, negro.
O inventor da caneta-tinteiro, William Purvis, negro.
O inventor da geladeira, John Standard, negro.
O inventor da máquina de datilografar, Lee Burridge, negro.
O inventor do filamento da lâmpada elétrica, Lewis Howard Latimer, negro, antes de Thomas Edison.
O inventor do primeiro reator nuclear (1930), Lloyd Quarterman, negro.
A inventora do dispositivo laser para cirurgia de catarata, Dra. Patricia E. Bath, negra.
O inventor do computador mais rápido do mundo, Dr. Philip Emeagwali, negro.
O inventor da transmissão automática, Richard Spikes, negro.
O inventor da prensa de impressão avançada, W.A.Lovette, negro.
O criador do primeiro manual médico sobre a sífilis, William Hinton, negro.
 
O verdadeiro pai da medicina foi Imotep (Im-hotep), médico negro que viveu dois mil anos antes de Hipócrates. Além de médico, arquiteto e engenheiro, era o vizir (chanceler) do faraó Djoser, da 3ª Dinastia do antigo Egito.
 
Porque, cazzo, no Brasil, eles precisam de cotas?
04 de setembro de 2012

ISADORA, VC É D+

 


RUTH DE AQUINO  é colunista de ÉPOCA raquino@edglobo.com.br (Foto: ÉPOCA)
Talvez Isadora ainda não saiba. Mas sua coragem a transformou num exemplo para todos nós. Especialmente para os adultos medrosos ou cínicos, que vivem a vida em silêncio covarde ou não acreditam na força de uma ação honesta e cidadã.

A menina de 13 anos, sorriso doce e olhos grandes, denunciou, com fotos e vídeos, todos os malfeitos de sua escola pública em Florianópolis. A página criada por ela no Facebook, chamada Diário de Classe, é um símbolo do uso mais nobre das redes sociais.

As denúncias de Isadora, com a ajuda da tecnologia digital, são um sinal de novos tempos, mais transparentes e menos condescendentes. Estamos no Brasil do mensalão julgado ao vivo, pelos homens e mulheres de capa preta. Aquele mesmo mensalão que os culpados chamavam de ficção.
De tanto repetir que era uma farsa, eles pensavam que convenceriam a nação. Este é um momento histórico. Esperamos que, daqui para a frente, a sem-vergonhice com nosso dinheiro deixe de ser praticada com tanta desenvoltura.

A coragem e a habilidade de Isadora nos ensinam outra coisa. Nós, jornalistas, deixamos de ter o monopólio da informação. Jornais e televisões recebem e divulgam todos os dias imagens feitas por amadores.
São contribuições valiosas. Que ajudam a elucidar crimes. Exibem o desrespeito a pacientes de hospitais, a passageiros de ônibus e trens, a pedestres, a consumidores, a clientes de serviços privados e públicos. Revelam achaques de policiais. Lixo, carros abandonados, vandalismo, discriminação, abusos do poder.

Um caso recente foi o vídeo de um cinegrafista amador no bairro da Tijuca, Rio de Janeiro, onde um restaurante sofreu um assalto no dia 13 de agosto. PMs foram chamados, houve confronto, três dos seis bandidos morreram a tiros e os outros três fugiram.

A pronta ação da PM foi elogiada até que, na semana passada, o vídeo foi divulgado. As imagens mostram um dos três sargentos arrastando a mochila com os R$ 15 mil roubados do restaurante. A PM agora investiga. Vamos ver se vai punir.
A menina catarinense que denunciou no Facebook malfeitos de sua escola pública se tornou um exemplo
 
Nas redes sociais, começou a ser compartilhado há um mês um talão de Multa Moral. Qualquer cidadão pode “multar” simbolicamente quem deixa o carro estacionado em lugar proibido. Baixa-se o arquivo para imprimir o talão e sair com ele no bolso. Indignou-se com uma irregularidade? É só marcar no boleto e deixar no carro do sem-noção que estaciona em vaga de deficiente e bloqueia a calçada. Se for alguém “recuperável”, sentirá vergonha e mudará sua atitude.

Quem fiscaliza, mobiliza e denuncia ao menos se sente ativo. Deveria existir também “multa moral” nas empresas. Assalariados teriam mais coragem de denunciar o assédio e os malfeitos de chefes. Os superiores que se sentem acima do bem e do mal apostam na hierarquia e na intimidação para seguir impunes, em empresas surdas a seus funcionários.

Essas denúncias se chamam exercício da cidadania – uma palavra que vem do latim civitas, ou “cidade”. Cidadania é o conjunto de direitos e deveres na sociedade. É importante ter isso em mente. Não são só direitos. São também deveres. Quando Isadora mostrou a porta do banheiro sem fechadura, o ventilador quebrado, o bebedouro enguiçado, o quadro de luz mexido na surdina pelos alunos, as salas sem professor, ela incomodou a todos: a direção da escola, os professores e os colegas bagunceiros.

Diretores queriam que ela tirasse sua página do ar. Chamaram os pais da aluna rebelde. Preferiam discutir “internamente” para evitar a publicidade negativa. É o que sempre tentaram fazer os políticos, os juízes, os médicos, os policiais. O sigilo é a alma do delito e da impunidade.

Isadora não se curvou à intimidação. “Acho que não estou fazendo nada errado”, disse na televisão. E voltou a vestir sua armadura virtual, soltando o verbo no Facebook: “Professora...Que provas vcs querem? Fotos e vídeos não bastam? (...) Falo pq sei o que acontece e a escola é pública, ‘do povo’. (...) Quanto às câmeras, elas já estão por toda parte, numa instituição pública não podemos querer privacidade. Se nós publicamos fotos e vídeos, somos criminosas. Se só comentamos, estamos acusando sem provas. O que querem afinal?”.

Com o salto de sua página, em dois dias, de 2.388 seguidores para 161.077 curtidas, a escola começou a consertar tudo e trocou o professor faltoso. Nem por isso Isadora parece ter caído na armadilha dos famosos por 15 minutos. “Pelo que vi os Diários de Classe estão se espalhando...
compartilhem essa ideia... quero uma educação melhor, não só pra mim, mas pra todos”.
Ela se propõe a dar consultoria: “Quem quiser fazer um Diário de Classe, cria um em anônimo, não precisa botar sua foto como eu, coloque o nome do colégio, me deixe mensagem avisando, vou dar dicas”. Isadora, vc é d+.

04 de setembro de 2012
Ruth de Aquino, Época