"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



quinta-feira, 13 de setembro de 2012

CAPA DA REVISTA FORBES: VERDADE OU FARSA?




REVISTA FORBES DECLARA: Lula possui fortuna pessoal de 2 bilhões de dólares – Está agora entre seleto grupo dos BILIONÁRIOS

Pode um cidadão eleito presidente e pertencente à classe média baixa, se tornar, em dois mandatos presidenciais, em um bilionário apenas com seus rendimentos e benefícios do cargo?

A resposta é sim. O ex-presidente Lula é um suposto e exemplar caso desse milagre financeiro, tendo-se como base as denúncias recorrentes já feitas pela mídia.

Conforme amplamente noticiado em algumas ocasiões uma conceituada revista - a Forbes – trouxe à tona esse tema, reputando a Lula a posse de uma fortuna pessoal estimada em mais de R$ 2 bilhões de dólares, devendo-se ressaltar que a primeira denúncia ocorreu ao que tudo indica em 2006, o que nos leva a concluir que a "inteligência financeira do ex-presidente" já deve ter mais que dobrado esse valor, na falta de uma contestação formal e legal do ex-presidente contra a revista.

Estamos diante de um suposto caso em que o silêncio pode ser a melhor defesa para não mexer na panela apodrecida dos podres Poderes da República, evitando as consequências legais pertinentes e o inevitável desgaste perante a opinião pública.

Nesta semana a divulgação pelo Wikileaks de suspeitas - também já feitas anteriormente - de subornos envolvendo o ex-presidente nas relações de compras feitas pelo desgoverno brasileiro em relação a processos de licitações passados, ou em andamento, nos conduz, novamente, e necessariamente, a uma pergunta não respondida: como se explica o vertiginoso crescimento do patrimônio pessoal e familiar da família Lula?

O que devem estar pensando os milhares de contribuintes que têm suas declarações de renda rejeitadas e são legalmente, todos os anos, obrigados a dar as devidas satisfações à Receita Federal sobre crescimentos patrimoniais tecnicamente inexplicáveis, mas de valor expressivamente menor do que o associado ao patrimônio pessoal e familiar do ex-presidente?

A resposta é simples e direta: tudo isso nos parece ser uma grande e redundante sacanagem com todos aqueles que trabalham fora do setor público - durante mais de cinco meses por ano - para ajudar a sustentar aquilo que a sociedade já está se acostumando a chamar de covil de bandidos.

A pergunta que fica no ar é sobre que atitudes deveriam e devem tomar o Ministério Público, a Receita Federal, O Tribunal de Contas e a Polícia Federal diante de supostas e escandalosas evidências de enriquecimento ilícito de alguém que ficou durante dois mandatos consecutivos no cargo de Presidente da República?

Na falta de atitudes investigativas ou consequências legais, como sempre, a mensagem que o poder público passa para a sociedade é de uma grotesca e sistemática impunidade protetora de todos, ou quase todos, que pactuam com a transformação do país em um Paraíso de Patifes.

No Brasil, cada vez mais, a corrupção compensa e as eventuais punições já viraram brincadeira que nossa sociedade, no cerne dos seus núcleos de poder públicos e privados aprendeu: a impunidade a leva a se nivelar por baixo aceitando que roubar o contribuinte já se tornou um ato politicamente correto para que a o projeto de poder do PT – um Regime Civil Fascista fundamentado no suborno e em um assistencialismo comprador de votos – siga inexoravelmente avante.

A omissão do Poder Público diante da absurda degeneração moral das relações públicas e privadas somente nos deixa uma alternativa de qualificação: estamos diante do Poder Público mais safado e sem vergonha de nossa história.

A propósito quem roubou o crucifixo do gabinete presidencial no final do desgoverno Lula?

13 de setembro de 2012
Geraldo Almendra
Economista e Professor de Matemática, Petrópolis



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Texto que circula pela web afirma que o ex-presidente Lula estaria na lista dos 200 homens mais ricos do mundo. Mas será que a notícia é real? Veja o que descobrimos!
Circulando pela web desde maio de 2012, um texto ronda nossas caixas de entrada e revela o que seria um escândalo: o nosso ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva entrou na lista dos homens mais ricos do mundo e isso teria sido publicado pela revista Forbes – uma das mais conceituadas do mundo!
Ainda, de acordo com o texto, Lula teria acumulado uma fortuna de “R$ 2 bilhões de dólares” e o artigo vem acompanhado da capa da revista:

Lula na capa da Forbes!
Lula na capa da Forbes! Será?

Será que isso é verdadeiro ou farsa?

É farsa!
O Texto possui todas aquelas características que já mostramos diversas vezes aqui no E-farsas:
  • Não possui data. Dessa forma, o leitor pode achar que o fato ocorreu há pouco tempo;
  • É contraditório e confuso nos dados;
  • Não cita as fontes ou cria fontes inexistentes;
  • Trata de um assunto que interessa a muitos leitores;
  • Possui tom alarmista e conspiratório;

Breve análise

Pra começar, vamos tentar encontrar quem começou com essa história. Ao que parece, muita gente copiou o mesmo texto de uma única fonte. Um blog deve ter criado a história e repassado adiante.
Num pequeno trecho do texto, o autor afirma que:
Conforme amplamente noticiado em algumas ocasiões uma conceituada revista – a Forbes – trouxe à tona esse tema, reputando a Lula a posse de uma fortuna pessoal estimada em mais de R$ 2 bilhões de dólares, devendo-se ressaltar que a primeira denúncia ocorreu ao que tudo indica em 2006[...]
A principal pergunta que surge é: quando e quem denunciou o que?
Quando foi “amplamente” noticiado?
O texto é muito vago e não prova muita coisa. Por exemplo, quando a revista teria publicado isso? Não se sabe. O autor do “artigo” afirma que os dados foram tirados da revista Forbes. Infelizmente, não é citada a edição na qual a informação teria sido publicada!
No site da Forbes podemos pesquisar na relação dos homens mais ricos do mundo , como imaginávamos, não há nenhuma menção ao Luiz Inácio.
Buscando apenas por brasileiros, encontramos 36 bilionários nas revista Forbes em 2012, também não há o nome do ex-presidente.
Se a publicação ocorreu em 2006, por que só agora começou a circular na web?
Nesse mesmo trecho do texto, o autor se atrapalhou com os valores e afirma que a fortuna do político é de “R$ 2 bilhões de dólares”. Não deu pra entender se Lula acumulou tanto dinheiro em reais ou em dólares.

A capa da revista

Alguns blogs postaram a capa da suposta edição da revista estampando o rosto do ex-presidente Lula. Como podemos ver no quadro abaixo, a capa foi adulterada digitalmente:

Revista Forbes - Capa real e montagem!
Revista Forbes - Capa real e montagem!

Ainda falando em montagem, alguns blogs também postaram uma suposta lista com os homens mais ricos do mundo. Como podemos ver a seguir, pela lógica, Lula deveria estar em 7° lugar.

Lista falsa mostra Lula entre os mais ricos!
Lista falsa mostra Lula entre os mais ricos!

Conclusão

História falsa! Não há nenhuma publicação na revista Forbes colocando o “Lulinha Paz e Amor” entre os homens mais ricos do mundo!

Sites citados

 

"RATOS E HOMENS"

 

Quando o ex-presidente Lula indicou o nome do procurador Joaquim Barbosa para o Supremo Tribunal Federal, em 2003, aplaudiu a si mesmo por mais esse lance da genialidade política que lhe é atribuída.

Tornava-se, com isso, “o primeiro presidente deste país” a levar um negro à mais alta corte de Justiça do Brasil ─ o que não é bem assim, pois antes de Barbosa o STF teve dois ministros mulatos, já esquecidos na bruma dos tempos. Mas o que vale nas coisas da política, em geral, é o que se diz ─ e o que se disse é que havia ali um plano magistral.

O novo ministro, agradecido pela honra recebida, seria um belo amigo do governo nas horas difíceis. Acontece que os melhores planos, muitas vezes, não acabam em bons resultados; o que decide tudo, no fim das contas, são os azares da vida. O grande problema para Lula foi que o único negro disponível para ocupar o cargo era Joaquim Barbosa ─ e ali estava, possivelmente, uma das pessoas menos indicadas para fazer o que esperavam dele.
 
Para começo de conversa, Barbosa dá a impressão de detestar, positivamente, o rótulo de primeiro “ministro negro” do STF. Não quer que pensem que está lá para preencher alguma espécie de “cota”; a única razão de sua presença no STF, julga o ministro, são seus méritos de jurista, adquiridos em anos de trabalho duríssimo e sem a ajuda de ninguém.
Nunca precisou do apoio da “comunidade negra”, nem da secretaria da igualdade racial, ou coisa que o valha. Também não parece se impressionar, nem um pouco, com gente de origem humilde. É filho de um pedreiro do interior de Minas Gerais, tornou-se arrimo de família na adolescência e ao contrário de Lula, que não bate ponto desde que virou líder sindical, em 1975, Barbosa começou a trabalhar aos 16 anos de idade e não parou até hoje.
 
O ministro, além disso, é homem de personalidade notoriamente difícil, sujeita a ásperas mudanças de humor e estoques perigosamente baixos de paciência. É atormentado por uma hérnia de disco que lhe causa dores cruéis e o obriga muitas vezes a ficar de pé durante as sessões do STF. É, em suma, o tipo de pessoa que se deve tratar com cuidado.
Lula e o PT fizeram justamente o contrário.
Quando Barbosa se tornou relator no processo do mensalão, em 2006, continuaram apostando todas as fichas na histórica impunidade com que são premiados no Brasil réus poderosos e capazes de pagar advogados caros. Descobriram, agora, que o trabalho de Barbosa puxou as condenações em massa no julgamento do mensalão ─ e jogou uma banana de dinamite no sistema de corrupção que há dez anos envenena a vida pública no Brasil.
 
A primeira trovoada séria veio quando o ministro aceitou a denúncia da procuradoria contra os quarenta do mensalão. Na época, o único deles com cabeça foi o ex-secretário-geral do PT Silvio “Land Rover” Pereira; não contestou a acusação, foi punido com prestação de “serviços comunitários” e acabou resolvendo seu caso a preço de custo. Os demais, guiados pelo farol de Lula, preferiram ficar debochando. Durante o tempo todo, ele sustentou que o mensalão “nunca existiu”. Quando o julgamento começou, disse que não iria acompanhar nada: “Tenho mais o que fazer”.
 
Delúbio Soares, operador-mor do guichê de pagamento do esquema, afirmou que tudo iria acabar em “piada de salão”. O presidente nacional do PT, Rui Falcão, garantiu que o povo estava interessado, mesmo, é na novela das 9.
O que queriam com isso? Imaginavam que Joaquim Barbosa, trabalhando como um burro de carga, com a tortura da dor nos quadris e seu temperamento de porco-espinho, estava achando engraçado ouvir que o seu esforço era uma palhaçada inútil? Lula e sua tropa tinham certeza de que o processo iria se arrastar até o Dia do Juízo Final.
O ministro Barbosa, hoje, poderia dizer: “Não contavam com a minha astúcia”. No caso, sua astúcia foi entender a diferença entre “muito tempo” e “nunca”. Tudo seria demorado, claro. Mas ele tinha certeza de que terminaria o seu trabalho ─ e que os 80% de popularidade de Lula, aí, não iriam servir para nada.
 
Em sua curta obra-prima Ratos e Homens, um dos clássicos da literatura populista americana, John Steinbeck se inspira num antigo poema escocês para nos dizer que os mais bem cuidados planos deste mundo, sejam feitos por ratos ou por homens, são coisas frágeis; podem ser desfeitos pela roda do acaso, que é indiferente tanto aos projetos mais humildes quanto aos mais ambiciosos, e só acabam deixando mágoa e dor. Joaquim Barbosa talvez faça com que os mensaleiros se lembrem disso por muito tempo.

13 de setembro de 2012
J. R. Guzzo, VEJA

FILME QUE IRONIZA MAOMÉ TEM TUDO PARA SER UM EMBUSTE GROSSEIRO ALIMENTADO PELA GRANDE MÍDIA POLITICAMENTE CORRETA


Cena do filme 'Innocence of Muslims' (Reprodução)
 
O vídeo que serviu de pretexto para os protestos na Líbia e no Egito – e para o posterior ataque ao consulado americano em Bengasi que resultou na morte do embaixador J. Christopher Stevens pode não ser o trailer de um filme de verdade. Diversos aspectos da produção foram colocados em dúvida por especialistas ouvidos pela imprensa americana.

Técnicos que analisaram as imagens do trailer de Innocence of Muslims (A Inocência dos Muçulmanos) afirmaram que quase todos os nomes citados na fita, que retrata o profeta Maomé como um aproveitador, foram gravados sobre o som original.
A edição, segundo eles, tem trechos desconexos e deixa a impressão do uso da utilização de cenas de diferentes origens. Outro indício que desperta suspeitas é o uso quase amador, em diversas sequências, do cromaqui – técnica visual que permite inserir paisagens de fundo que não faziam parte das locações do filme.

Incertezas – A rede CNN entrevistou uma das atrizes identificadas no vídeo. A mulher afirmou que não tinha ideia sobre o conteúdo do trabalho quando foi contratada. Além disso, a equipe que trabalhou no filme publicou um comunicado no qual acusa o produtor de "se aproveitar" dos atores e técnicos.

"Todo o elenco e equipe estão chateados e se sentem enganados pelo produtor. Estamos chocados pelas mudanças drásticas no roteiro e pelas mentiras contadas a todos envolvidos", diz a nota.

Também há incerteza se o cineasta Sam Bacile existe mesmo – ou se ele é mesmo o diretor responsável pela produção. O homem que deu entrevista usando o nome afirmou ser californiano de origem israelense. Tel Aviv, no entanto, não encontrou o nome em seus registros civis.

Outro detalhe questionado é não existir nenhuma menção do filme nas associações cinematográficas dos Estados Unidos. Além disso, produtores de cinema afirmaram que o valor informado do custo do filme independente (cinco milhões de dólares) possibilitaria filmagens com qualidade muito superior.
Do site da revista Veja


MEU COMENTÁRIO: Desde o começo dessa encrenca sinto o cheiro de um embuste. Esta matéria que está no site da revista Veja é a ponta do fio da meada. Nesta quarta-feira vi um trecho do filme. A primeira impressão que tive é o filme não tem pé nem cabeça.

O suposto diretor ninguém sabe onde está. A imprensa politicamente correta dos Estados Unidos contentou-se com um telefonema de alguém que afirmou ser judeu e que o filme teria sido feito com recursos amealhados entre judeus.

A justificativa para a elaboração do filme não pode ser mais cretina e idiota.
É muito difícil imaginar que judeus tenham financiado essa coisa sem pé e sem cabeça. Ainda que tudo seja possível, é difícil acreditar nessa mal contada história.

Com todos os recursos disponíveis que têm os Estados Unidos em termos de inteligência esse suposto diretor do filme idiota já teria sido identificado, se já não foi.
Coincidentemente o resultado desse mistério são ações contra os Estados Unidos e Israel.
E coincide também com a eleição presidencial americana.
A grande imprensa em todo o planeta é indisfarçavelmente contra os Estados Unidos e contra Israel. Sobre os Estados Unidos, é contra o país, mas não é contra Obama.

Estamos, de todas as formas, perante um embuste.
 
13 de setembro de 2012
in aluizio amorim

DEBATE EM VÍDEO SOBRE O JULGAMENTO DO MENSALÃO: "LEWANDOWSKI PASSOU DOS LIMITES"




No 15º encontrode de análise e debate sore o julgamentod o mensalão, Augusto Nunes, Reinaldo Azevedo, Ricardo Setti e Marco Antônio Villa discutiram a falta de decoro de Lewandowski, José Dirceu, a visita de Teori Zavascki ao Senado e a imagem de Lula no exterior.

Vale a pena ver. Está muito bom.
 
13 de setembro de 2012
 

QUEM É MESMO TOLENTINO, ABSOLVIDO POR LEWANDOWSKI E TOFFOLI? É O RAPAZ QUE COMPROU O APARTAMENTO DE EX-MULHER DE JOSÉ DIRCEU

 Cumpre lembrar quem é Rogério Tolentino, além do sujeito que contraiu o suposto empréstimo no BMG. É o rapaz que comprou o apartamento de Maria Ângela da Silva Saragoça, ex-mulher de José Dirceu, adiantando R$ 20 mil em espécie.

Mundo pequeno, né? A ex de Dirceu quer vender um apartamento, assim, de classe média, e, por acaso, quem compra é… Tolentino, um milionário.

Maria Ângela também foi contratada para trabalhar no BMG — banco no qual Tolentino contraiu o empréstimo — a pedido de Marcos Valério. Mais coincidência.
 
Tomara que eu esteja errado! Sempre que percebo algo que não acho muito bom, penitencio-me pelo que pode ser um mau pensamento. Mas me parece que há um esforço da dupla para tratar Tolentino como mera personagem incidental no imbróglio. Justamente o rapaz que faz o liame mais claro entre Dirceu e Marcos Valério.
 
13 de setembro de 2012
Por Reinaldo Azevedo

DIZENDO SER "MARIDO" DE DILMA, MULHER TENTA SUBIR A RAMPA DO PLANALTO

 




13 de setembro de 2012

O FILME ERRADO NA HORA ERRADA: COMO ENTENDER O QUE ACONTECEU NAS ÚLTIMAS HORAS NA LÍBIA E NO EGITO

 

O que leva alguém a fazer um filme que ridiculariza Maomé e o islamismo num momento destes? Esta é a pergunta-chave sobre os lastimáveis incidentes ocorridos nas últimas horas na Líbia e no Egito, países em que multidões de muçulmanos atacaram representações diplomáticas americanas.


Cena do ataque ao consulado americano em Bengazi, na Líbia

Informações oficiais da Líbia dão conta de que o embaixador americano no país, Christopher Stevens, foi morto – algo que vai provocar um extraordinário barulho e gerar ainda mais inquietação e violência num pedaço do mundo já bem inquieto e violento. Outros três americanos teriam também morrido no ataque.

No Egito, pelo menos até aqui, não há registro de mortes. A maior baixa para os americanos foi simbólica. Manifestantes trocaram no Cairo a bandeira a meio pau americana na embaixada, por conta do 11 de Setembro, por outra negra.

Vi trechos do filme no YouTube. É um filme absurdamente ofensivo e pateticamente ruim. Em outras circunstâncias, passaria em branco e iria rapidamente para o lixo. Mas não agora. Uma emissora árabe passou o trailer, dublado. Foi quando o drama se iniciou.

O diretor é um americano chamado Sam Becile, 52 anos, que se autoproclama judeu americano. O produtor é um pastor, Terry Jones, que, recentemente, provocou confusão ao queimar exemplares do Corão. O filme, segundo Becile, custou 5 milhões de dólares, e teria sido bancado por integrantes da comunidade judaica americana.

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“CÂNCER DO MUNDO”

Ele fugiu. Por telefone, de um destino ignorado, falou com a agência de notícias Associated Press. Disse que o islamismo é o “câncer do mundo”, e atribuiu o sangue que correu na Líbia à “falta de segurança” no consulado americano.

O duplo ataque imediatamente entrou na agenda eleitoral americana, às vésperas das eleições presidenciais de novembro. Os republicanos, a começar por Mitt Romney, criticam Obama por não reagir com “firmeza” – seja lá o que isso signifique. Os democratas criticam Romney por fazer uso eleitoreiro dos incidentes. É um duelo de cinismo e de insensatez.

A predadora política externa americana no Oriente Médio está na raiz dos acontecimentos no Egito e na Líbia. Enquanto ela não mudar, bombas, infelizmente, explodirão numa quantidade cada vez maior.

13 de setembro de 2012
Paulo Nogueira (Diário do Centro do Mundo)

JULGAMENTO DO MENSALÃO VAI MUITO ALÉM DE CONDENAR OU ABSOLVER OS ENVOLVIDOS

 

Na verdade, o mensalão foi o marco que definiu a extinção dos Três Poderes como independentes, porque assim nos foi ensinado ao longo do tempo, que eram separados, absolutamente independentes, repito. Ledo engano.


Manobras eficazes do Executivo arrebanharam o Legislativo e o transformaram em base aliada, mediante compra ou aluguel de siglas partidárias e mantidas posteriormente através da distribuição de ministérios, secretarias, estatais, diretorias, cargos no serviço público sem concurso, enfim, um leque de ofertas tentadoras para se manter a “união” entre esses partidos que dão sustentação “política” ao governo.

A oposição, enfraquecida, não tem como fiscalizar o Executivo, perde o seu papel até mesmo constitucional e, o País passou a ser comandado por um grupo de pessoas que aos poucos destruía uma estrutura com bases na oposição e situação, salutar ao controle de administrações que tentassem subverter a ordem estabelecida pela Carta Magna e sequência à própria democracia!

Não satisfeito com esta maneira imoral e antiética de neutralizar qualquer impedimento às suas intenções de dominar o País, o governo voltou suas atenções ao poder que poderia, em tese, causar futuros aborrecimentos, o Judiciário.

Haja vista o modo de nomear os ministros do Supremo, decisão do Presidente da República, a escolha evidentemente recairia sobre alguém comprometido com o sistema, simpático à “causa”, aliado em questões judiciais no passado. Ora, quanto mais “juízes” na Corte Suprema favoráveis ao governo, qualquer denúncia ou comportamento lesivo por parte deste, haveria a certeza que as sentenças prolatadas jamais seriam condenatórias, mas abrandadas em razão deste vínculo anterior e pelo compromisso do reconhecimento à função desempenhada pelo ministro alvo da escolha.

Cerco fechado, e muito bem articulado. Fim da independência dos poderes constitucionais, todos estariam interligados e trabalhando em favor do Executivo e, este, em prol de um novo modelo de comando, de legítima chefia, dos novos donos do Brasil.

No entanto, eis que surgem dissidentes deste modelo no setor mais importante: o Judiciário. Barbosa, Fux, Weber, Britto e outros consideraram que a honra e a dignidade de suas togas eram mais importantes que os arranjos políticos para conquistar o país através de mutretas, de alianças espúrias, e estão exercendo as suas funções como se espera que homens honestos e decentes assim ajam em benefício do Brasil e de seu povo, alheios aos golpes e estratégias pela manutenção do poder.

Deu zebra. Ainda existem brasileiros patriotas e, justamente, em cargos os mais importantes do País: como juízes!

13 de setembro de 2012
Francisco Bendl

UMA VISITA ÀS FAVELAS SUL-AFRICANAS (DEPOIS DA COPA)

 

A poucos quilômetros das belas paisagens que transformam a Cidade do Cabo em um cartão-postal da África do Sul, ficam localizadas as “townships”, como são chamadas as favelas sul-africanas.

Afastadas do centro, elas cresceram de maneira desproporcional após o início do Apartheid, em 1948, quando receberam milhares de negros, mulatos e indianos expulsos de suas residências.

São regiões remotas, sem acesso à luz, água, educação, sistema de saúde ou rede de esgoto. Nem mesmo o final do regime de segregação racial, em 1994, foi capaz de melhorar a situação para centenas de milhares de pessoas que vivem em townships atualmente na Cidade do Cabo.



Há diferentes tipos de townships. Algumas misturam raças e outras reúnem apenas tribos específicas. Em comum compartilham a miséria e a hostilidade aos sul-africanos brancos. Rusgas do passado que não se apagaram devido aos anos de opressão.

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FANTASMA DO APARTHEID

A Cidade do Cabo possui o maior símbolo do regime, a prisão de segurança máxima Robben Island. Lá Nelson Mandela e outras centenas de líderes políticos negros ficaram isolados da população por décadas em uma ilha. Hoje a prisão virou símbolo de liberdade e famoso ponto turístico da cidade, enquanto as townships caíram no esquecimento e ainda convivem com o fantasma do Apartheid.

Nossa primeira parada é em uma tradicional casa de cultura Xhosa, onde somos recebidos com uma tímida, porém animada, música local. O lugar parece importante, já recebeu a visita até de Bill Clinton. Por isso uma ilustração enorme do norte-americano na parede. Aprendemos, entre outras coisas, que Xhosa é a segunda língua mais falada na África do Sul, atrás apenas do Zulu. Artesanatos locais também são vendidos. Os preços chegam a ser salgados, mas é difícil sair de lá sem querer ajudar um pessoal ponta-firme, que preserva as tradições.

Logo na saída, um choque de realidade. Entre becos obscuros, Lelé nos leva a um minúsculo quarto, onde vivem cerca de três famílias. Durante o dia ninguém fica por lá, pois não há espaço para todos. À noite todos se espremem para dormir. “Cerca de trinta pessoas moram aqui”, Lelé traduz as palavras de uma senhora aparentemente triste e cansada, que estava gentilmente no local para nos receber.

Com os sentimentos um pouco confusos, vamos em direção ao próximo programa. Degustação de uma cerveja artesanal local. Lelé deve ter incluído isso na turnê “townshipica”, pois sabe que estudantes e turistas só querem saber de cerveja.

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PRATO TÍPICO

É praticamente no meio da rua que acontece o momento mais desafiador do nosso passeio às favelas. Em um fogão improvisado sobre latões de lixo, simpáticas cozinheiras começam a preparar o “Smiley”, prato típico da culinária de uma township. Ele consiste em comer tudo o que a cabeça de uma ovelha proporciona, desde cérebro, olhos e língua. Um pequeno pedaço da bochecha foi o suficiente e, para falar a verdade, até que ela possui um gosto razoável.

Já de volta à van e um pouco traumatizados com a cena das ovelhas mortas, somos levados à última parada, o bar Mzoli’s, na vizinha township de Gugulethu. É neste território Zulu, onde também funciona uma churrascaria, que a cultura de uma township pode ser mostrada para os quatro cantos do mundo. Brancos, negros, mulatos e “pessoas de todas as tribos”, misturam-se em uma grande festa com música ao vivo tradicional e cerveja barata.

O território é livre e o clima de paz prevalece. Talvez um dos poucos lugares na Cidade do Cabo onde brancos, negros e mulatos convivem em condições iguais. Por lá ninguém é melhor do que ninguém e todos compartilham histórias.
Depois de muito churrasco de carneiro, cerveja e outros aperitivos locais, saímos com a certeza, já ao anoitecer, de que o sol também brilha em uma township.

QUANDO O HUMOR DESENHA A REALIDADE






MARTA SUPLICY É HOJE APENAS UMA LEMBRANÇA RECAUCHUTADA

 

Ao tomar posse hoje (13) como ministra da Cultura, a senadora Marta Suplicy (PT-SP) disse que pretende trabalhar para o fortalecimento da produção nacional e pela recuperação do patrimônio cultural do país.

“Não podemos aceitar a lógica devastadora do mercado e a pasteurização do mercado. Devemos incentivar nossa participação internacional e esse será um outro desafio”, discursou Marta.

A nova ministra da Cultura ressaltou a boa relação que mantém com a presidenta Dilma Rousseff. Ela destacou a importância do legado deixado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no setor.

“Estou muito orgulhosa pela possibilidade de participar mais de perto de um governo que ajudei a eleger e realizar um trabalho em uma área com a qual me identifico muito”, disse a petista

De saída da pasta, a ex-ministra Ana de Hollanda ressaltou suas conquistas em quase dois anos de trabalho e disse que sua sucessora tem as condições de dar continuidade ao trabalho.
Segundo ela, o país precisa dar continuidade, principalmente, no fortalecimento das políticas de direito autoral.

13 de setembro de 2012
Carlos Newton

A ÓPERA DOS MALANDROS

 

Minhas mais antigas memórias políticas vão completar meio século. Era a campanha pelo fim do parlamentarismo, imposto pelos golpistas civis e militares em 1962 para que Jango tomasse posse após a renúncia de Jânio.
Houve intensa participação popular e o rádio teve papel destacado.

O presidencialismo ganhou fácil e o estancieiro reformista governou, com plenos poderes presidenciais, durante pouco mais de um ano. Prelúdio em dor maior.



Uma segunda lembrança, na véspera do golpe militar, foi Jango no Automóvel Clube, centro do Rio, como convidado de honra numa festa promovida pela Associação de Sargentos e Suboficiais da Polícia Militar.
Num discurso inflamado, radicalizou a defesa das Reformas de Base, prometidas no grande comício da Central do Brasil, em 13 de março de 1964, e denunciou as manobras golpistas. Entregou de vez o pescoço aos carrascos.

Direita e esquerda disputavam espaço, verbalizando as posições de classe de uma sociedade que exigia mudanças e era assediada pelo clima sombrio da Guerra Fria.

Olhando para trás, vejo o desnível abissal entre os políticos de então e os de hoje.
Começo com Carlos Lacerda, comunista na juventude e golpista profissional desde o início dos anos 50. Jornalista e orador brilhante, chegava a intimidar seus adversários políticos quando discursava, pela extraordinária capacidade que tinha para improvisar. O Corvo, como Lan o desenhou para ilustrar matéria de Samuel Wainer, não era fácil.

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MEDIOCRIDADE

Discordo de cada pedaço de sua trajetória de udenista antidemocrático, de suas articulações antipopulares, mas sou forçado a reconhecer que ele está a anos-luz da mediocridade dos políticos que andam pedindo nosso voto. A direita também tinha seu brilho.

Uma historinha do Corvo.
Viajou alegre a Paris para “explicar” o golpe de 1964. Numa entrevista coletiva, um jornalista francês ironizou:
“Por que as revoluções sul-americanas são sempre sem sangue ?”.
Lacerda nem pestanejou:
“Porque são semelhantes às luas-de-mel francesas”.

Uma Câmara de Vereadores lotada para ouvir discursos de um político. Nem o mais delirante dos místicos, o mais descontrolado surrealista, imaginaria uma cena dessas.
E, no entanto, meus caros, isso já aconteceu. Aparício Torelly, o Barão de Itararé, foi vereador no então Distrito Federal pelo PCB.
Eleito em 1946, usou slogans inesquecíveis na campanha.

Um deles: “Mais água e mais leite, mas menos água no leite !”. Muita gente ia à Câmara só para ouvi-lo.
Quando forças reacionárias conseguiram, em 1947, a cassação do partido, ele se despediu com um discurso antológico, em que terminava dizendo: “Saio da vida pública e entro na privada”. Grande Barão !

Em outubro, elegeremos prefeitos e vereadores. A época dos grandes comícios ficou no passado. Hoje, as ferramentas mais usadas para convencer o eleitorado são os meios eletrônicos e a linguagem planejada/enganosa dos marqueteiros.

A preços monumentais. A eleição do prefeito de São Paulo, por exemplo, pode custar RS 40 milhões ao vencedor. A cereja do bolo é o chamado horário eleitoral gratuito das televisões.
O nível geral é deplorável.

Acompanhei, por duas semanas, a propaganda dos candidatos a vereador. É um choque brutal, mas reflete muito bem em que se transformou a atividade política. Valeu a pena e compartilho minhas reflexões. Com exceções moleculares, as siglas deixaram de ter qualquer significado.
Projetos ideológicos deram lugar a uma gelatina indiferenciada, não raro demagógica e oportunista. Ao invés de educar politicamente os eleitores, os candidatos repetem, mecanicamente, frases vazias e propostas incompreensíveis. Eliminaram a fronteira entre esquerda e direita.

Há uma enxurrada de religiosos candidatos e apoiadores de candidatos. Nada tenho contra quem tem fé, mas o lugar para o exercício dela não seriam os templos ? Será que estão nos oferecendo um Estado clerical ? Oportunismo barato, mas que ganha votos em grotões e currais, numa população habituada a desconfiar dos polítcos “profissionais”.

Estão querendo reeditar as capitanias hereditárias. Há pais e mães reivindicando votos para seus filhos queridos. É o voto DNA. O Neguinho da Beija-Flor está pedindo votos para sua esposa, que concorre pelo PT.
O neto do Brizola apela para o ectoplasma do avô. Que radicalizem e defendam de uma vez a volta da monarquia. Serviço completo.

Nomes e apelidos, digamos, exóticos, enfeitam (ridicularizam ?) o quadro. Dudu Bodinho, Chapisco, Cabeção, Palhaço Seboso, Carlinhos Míssil, Chico Mé, Renata do Bole-Bole (epa!), Panela, Hélio do Alho. A lista não tem fim. Seria charmoso, pitoresco, mas apenas serve para ofuscar o principal: nenhum deles parece ter a menor ideia do que é ser legislador público.

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FARSA GROTESCA

Participam de uma farsa grotesca, reedição maquiada da Lei Falcão da ditadura.
Têm alguns segundos para balbuciar meia dúzia de palavras. Os menos afortunados apenas sorriem, levantam o polegar. Nada que se assemelhe a um debate sério.
É o MERDA – Método Enéas de Rajadas Discursivas Apopléticas em ação.

No mais, há doutores paramentados com seus jalecos e estetoscópios (ah, nossa velha e renitente tradição bacharelesca), mentirosos (como o cidadão que disse ter acabado com os sequestros no Rio), artistas decadentes, diretores do Flamengo (que não se envergonham de usar a popularidade do time de futebol para enganar os eleitores; afinal de contas, trata-se de campanha para a Câmara de Vereadores, não para gerente de clube ou de estádio de futebol), tios e tias (recreadores de festas infantis).

Nas ruas, apenas gente alugada para fazer propaganda. Militância orgânica ? Onde ? As esquerdas que não desistiram da proposta socialista têm, infelizmente, baixa capilaridade social e poucos recursos para usar com eficiência os meios de comunicação de massa. Resultado: poucos votos. Se a revolução não passa pela televisão, bem, aí a conversa é outra.
A esse teatro burlesco chamam democracia.

QUANDO O HUMOR DESENHA A REALIDADE



OBAMA MOSTRA-SE AMIGÁVEL AO EMPREENDORISMO, ANTES QUE A PRÓXIMA LABAREDA VENHA LAMBER TUDO

 

Acompanhei pela TV, nos EUA, a recente convenção do Partido Democrata, realizada em Charlotte, Carolina do Norte. O entusiasmo já não era o mesmo da convenção anterior, ocorrida em Denver, há quatro anos.
Os jornalistas informaram a presença de 25 mil delegados no centro de convenções; em 2008, eram mais de 100 mil militantes num estádio de futebol. Não houve surpresas.

O nome de Barack Obama como candidato à presidência foi confirmado unanimamente. Agora, o slogan “Forward” (em frente) substitui o batido “Yes, we can” (sim, nós podemos).


Obama aposta na classe média

O que realmente surpreende é uma candidatura moderada ser acusada pelos oponentes republicanos de “socialista”. Obama não permitiu sequer que a palavra “Deus” deixasse de constar da plataforma do partido. Da mesma forma, exigiu que fosse escrito no programa, como sempre aconteceu, que Jerusalém deve ser considerada a capital do Estado de Israel. É bom esclarecer que nenhum governo norte-americano, até hoje, deu passos concretos para retirar a embaixada de Tel Aviv.

A estrategista da campanha republicana, Mary Matalin, registrou que Obama tem procurado, o tempo todo, mostrar-se amigável ao empreendedorismo.
Em suas referências à criação de novos empregos (mais de 4 milhões, mas com salários mais baixos do que os concedidos antes da crise de 2008), sempre destaca que são postos no setor privado.
Tudo para desfazer a imagem de esquerdista, o que, efetivamente, ele não é.
No ideário democrata, todos os discursos giram em torno de uma expressão mágica: “classe média”.

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É A CLASSE MÉDIA, ESTÚPIDO

Afinal, o novo mantra de James Carville, estrategista democrata (e ainda marido da mencionada Mary Matalin), é: “It´s the middle class, stupid!”. Em sua carismática fala, o ex-presidente Bill Clinton reforçou o clichê da doutrina neokeynesiana.
Por sua vez, Joe Biden, o vice de Obama, tentou definir, em seu pronunciamento, o que é ser da classe média.
De suas redondilhas e seus circunlóquios, pode-se deduzir o que seja isso: dê-me algum emprego, um seguro-saúde e um financiamento subsidiado para a universidade de meu filho, e pronto! Nada mais me importa.

Isso se parece com as palavras de Lula, ao dizer que o pobre se contenta com pouco. Pensar que as sociedades possam ser organizadas de uma forma diferente é algo complicado, que não cabe a qualquer um.

As pesquisas vêm indicando a aprovação do governo Obama (53%), e, se não houver nenhum acidente de percurso, o democrata deverá ser reeleito.

Curiosamente, leio, ao mesmo tempo, a tão citada matéria da “Forbes” sobre a presidente Dilma Rousseff. Carville volta à cena como autor do próximo livro a ser lido pela chefe de governo brasileira, definida, agora, como uma “ex-marxista que estimula o empreendedorismo”. Resta saber até quando essa história de “classe média” dará certo nos EUA e no Brasil.

O mais bizarro é que até alguns oráculos do capitalismo têm revisitado os livros de Marx em busca de uma resposta consistente, antes que a labareda da próxima crise, como diria Jards Macalé, venha lamber tudo!

13 de setembro de 2012
Sandra Starling

LEI DA MORDAÇA NA CVM ENCOBRE PRESSÕES DO CASO ARACRUZ

 

Pouco após ter dito ontem, em entrevista à repórter Gabriela Forlin, da Agência Estado, que o desfecho do caso Aracruz não deixou sentimento de impunidade para o mercado, o Blog da Tribuna mostrou, com base em fatos concretos, as pressões sofridas pelo presidente interino da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), diretor Otávio Yazbek, para não terminar a investigação sobre a conduta dos ex-administradores da companhia no episódio das perdas em apostas cambiais com os chamados “derivativos tóxicos”, gerando um prejuízo de US$ 2,13 bilhões no ano de 2008 aos acionistas da empresa.

CVM tenta calar a imprensa

O desmentido apontou a mudança de discurso da autarquia e lembrou que uma reportagem do Estadão em 9 de janeiro deste ano, publicada no caderno Economia&Negócios, divulgou que um time de advogados composto por dois ex-presidentes e dois ex-diretores da CVM fora contratado para contestar a possibilidade de aprofundar as investigações e estudar a inclusão de outros administradores na acusação, como Yazbek queria.

Mas o processo ficou parado sem investigações durante dois anos e nove meses, o que foi um fator primordial para a manobra jurídica que permitiu à Fibria (sucessora da Aracruz) simular a renúncia ao direito de receber indenização no acordo da semana passada.

O Blog da Tribuna teve acesso hoje aos documentos que confirmam as duas reportagens da Agência Estado e prosseguirá o seu trabalho de jornalismo investigativo. Não importa que a atual diretoria da CVM tenha imposto uma “lei da mordaça” entre os servidores e que a resposta da autarquia às nossas denúncias tenha sido a de retirar do clipping as matérias que publicamos, para impedir que seus funcionários leiam nosso Blog.

Sempre que executivos necessitam vir a público para prestar contas de suas decisões, desafiam a imprensa livre com a censura daquilo que pode ser desmentido pelos jornalistas, porque contra fatos concretos não há argumentos.
Celebramos as conquistas da Lei de Acesso à Informação, que ainda não completou o seu primeiro ano, mas continuamos a nossa luta pelo fortalecimento da democracia e da liberdade de imprensa.

O PARLAMENTARISMO E A REVISÃO CONSTITUCIONAL

 

A revisão constitucional foi prevista no artigo 3º do ato das disposiçõe contitucionais transitórias, cinco anos após a promulgação, com uma forma estabelecida e sem limitação material.
O artigo anterior marcou uma consulta ao eleitorado quanto à manutenção ou outorga da forma e sistema de governo, monarquia ou república, presidencialismo ou parlamentarismo.


Tancredo, primeiro-ministro

Coincidência ou não, o grande problema da Constituição de 1988 decorre do fato de que dos três anteprojetos que foram apresentados em 1986 ela corresponde ao pior, justamente mais abarcado ao parlamentarismo e o menos adaptado ao presidencialismo.

O senhor Ulisses Guimarães, presidente da Assembleia Nacional Constituinte, possivelmente aspirava, à época, à posição de primeiro ministro.

Dado que o poder constituinte originário é ilimitado nesse sentido, porque não se adotou de imediato o parlamentarismo no Brasil? Os parlamentares que então exerciam a Assembléia Nacional Constituinte, membros do Congresso Nacional, com o intuito de não desagradar a maioria da sociedade e sua forte tradição republicana e presidencialista e não alimentar naquele momento a falsa imagem de que, depois de um longo período sem poder escolher o presidente, a população não poderia mais fazê-lo a partir da adoção do parlamentarismo.

O referido plebiscito terminou por ser ansiosamente antecipado com o claro intuito de, por meio da revisão constitucional, sem limites materiais, logo depois, adaptar o que ainda faltasse para consolidar o parlamentarismo no Brasil.

A sociedade optou por manter o presidencialismo, em grande parte pela má campanha do parlamentarismo. Segundo o destaque recordado por alguns colegas que à época integravam o movimento monárquico, a cédula plebiscitária, curiosamente, não fazia a adequada separação entre forma e sistema de governo, abrindo espaço até mesmo para uma monarquia presidencialista (ou seria absolutista?).

Com a manutenção do presidencialismo, caiu por terra a necessidade de uma revisão constitucional sem limites materiais. Por essa razão, a revisão não aconteceu na forma como fora prevista, mas sim por meio de emendas, as já há muito memorizadas seis emendas constitucionais de revisão.

13 de setembro de 2012
Pedro Ricardo Maximino

CHACINA DA BAIXADA FLUMINENSE: UMA GRAVÍSSIMA AFRONTA AO PODER PÚBLICO

 

A espantosa e cruel chacina, ocorrida no último final de semana, na divisa dos municípios de Nilópolis e Mesquita, Região Metropolitana do Rio, cuja autoria é atribuída a traficantes da localidade da Chatuba, em que seis jovens foram encontrados mortos, com os corpos mutilados, nus, enrolados em lençóis, crivados de bala, esfaqueados e com marcas de tortura, numa chocante cena, de extrema violência e barbaridade, mostra, mais uma vez, que estamos diante de seres irracionais, monstros assassinos, frios e covardes, que portam armas de guerra, dotados de elevado grau de crueldade e letalidade e de desprezo à vida humana.



O poder público, afrontado em grau máximo, acaba de decidir pela implantação de uma companhia integrada da Polícia Militar, composta por mais de uma centena de homens. Primeira e necessária medida de desencorajamento às ações de ousados bandidos e de pronto restabelecimento da lei e da ordem..

Tal episódio, de suma violência e de gravíssima afronta ao poder público, demonstra também que a doutrina narcoterrorista, por disputa de territórios do tráfico, no âmbito da Região Metropolitana do Rio, está muito longe de acabar.

Num país de legislação mais dura e realista tais facínoras -normalmete agem sob o efeito de drogas- perderiam definitivamente o direito de conviver em sociedade pelo crime hediondo cometido.
Ao invés de propor, como recentemente, a perigosa descriminalização e legalização de drogas, como capítulo do anteprojeto do novo Código Penal, numa grave ameaça à juventude brasileira, a Comissão de Notáveis deveria propor, como defesa urgente da sociedade, a emenda consitucional para implantação da pena de prisão perpétua no país em casos de crimes como este, pondo fim a uma anacrônica e indesejável cláusula pétrea consitucional que até agora não permite tal necessária mudança na lei penal brasileira.

Para minimizar a dor da saudade e do sofrimento das famílias enlutadas e destruídas, é ponto de honra para a polícia do Rio identificar e prender, o quanto antes, tais covardes assassinos, que ameaçam a vida e a dignidade humana de qualquer cidadão. Vejam, no mesmo fim de semana, o bárbaro assassinato de um cadete da PM na mesma região da Chatuba, onde o corpo foi encontrado todo mutilado e torturado.

Estamos diante de bestas humanas que matam com requintes de perversidade e que só o cárcere pode alijá-los do convívio social À justiça cabe, portanto, condená-los com o máximo rigor da lei. À população fluminense fazer uso do canal do Disque-Denúncia (2253-1177) fornecendo informações que colaborem na prisão dos referidos marginais.

Quanto ao aparelho policial cabe a captura permanente e sem tréguas aos perversos asassinos, antes que outras chacinas passem a virar rotina na violência sem fim da guerra urbana no âmbito do Rio de Janeiro. O preço da liberdade, contra narcoterroristas, é a eterna vigilância e o combate policial obstinado.

13 de setembro de 2012
Milton Corrêa da Costa

A ENGENHARIA DA DESORDEM

    
          Artigos - Governo do PT
 
Na confusão geral das consciências, toda discussão racional se torna impossível e então, naturalmente, espontaneamente, quase imperceptivelmente, o centro decisório se desloca para as mãos dos mais descarados e cínicos.

Todo mundo sabe que a base eleitoral do ex-presidente Lula, bem como a da sua sucessora, está nas filas de beneficiários das verbas do Fome Zero. Embora a origem do programa remonte ao governo FHC, o embrulhão-em-chefe conseguiu fundi-lo de tal maneira à imagem da sua pessoa, que a multidão dos recebedores teme que votar contra ele seja matar a galinha dos ovos de ouro.
 
No começo ele prometia, em vez disso, lhes arranjar empregos, mas depois se absteve prudentemente de fazê-lo e preferiu, com esperteza de mafioso, reduzi-los à condição de dependentes crônicos.
 
O cidadão que sai da miséria para entrar no mercado de trabalho pode permanecer grato, durante algum tempo, a quem lhe deu essa oportunidade, mas no correr dos anos acaba percebendo que sua sorte depende do seu próprio esforço e não de um favor recebido tempos atrás. Já aquele cuja subsistência provém de favores renovados todos os meses torna-se um puxa-saco compulsivo, um servidor devoto do "Padim", um profissional do beija-mão.
 
O político que faz carreira baseado nesse tipo de programa é, com toda a evidência, um corruptor em larga escala, que vive da deterioração da moralidade popular. É impossível que o crescimento do Fome Zero não tenha nada a ver com o da criminalidade, do consumo de drogas e dos casos de depressão. Transforme os pobres em mendigos remediados e em poucos anos você terá criado uma massa de pequenos aproveitadores cínicos, empenhados em eternizar a condição de dependência e extrair dela proveitos miúdos, mas crescentes, fazendo do próprio aviltamento um meio de vida.
 
O assistencialismo estatal vicioso não foi, porém, o único meio usado pela elite petista para reduzir a sociedade brasileira a um estado de incerteza moral e de anomia.
 
Na mesma medida em que se absteve de criar empregos, o sr. Lula também se esquivou de dar aos pobres qualquer rudimento de educação, por mais mínimo que fosse, para lhes garantir a longo prazo uma vida mais dotada de sentido. Durante seus dois mandatos o sistema educacional brasileiro tornou-se um dos piores do universo, uma fábrica de analfabetos e delinquentes como nunca se viu no mundo.
 
Ao mesmo tempo, o governo forçava a implantação de novos modelos de conduta – abortismo, gayzismo, racialismo, ecolatria, laicismo à outrance etc. –, sabendo perfeitamente que a quebra repentina dos padrões de moralidade tradicionais produz aquele estado de perplexidade e desorientação, aquela dissolução dos laços de solidariedade social, que desemboca no indiferentismo moral, no individualismo egoísta e na criminalidade.
 
Por fim, à dissolução da capacidade de julgamento moral seguiu-se a da ordem jurídica: o novo projeto de Código Penal, invertendo a escala de gravidade dos crimes, consagrando o aborto como direito incondicional, facilitando a prática da pedofilia, descriminalizando criminosos e criminalizando cidadãos honestos por dá cá aquela-palha, choca de tal modo os hábitos e valores da população, que equivale a um convite aberto à insolência e ao desrespeito.
 
Só o observador morbidamente ingênuo poderá enxergar nesses fenômenos um conjunto de erros e fracassos. Seria preciso uma constelação miraculosa de puras coincidências para que, sistematicamente, todos os erros e fracassos levassem sempre ao sucesso cada vez maior dos seus autores.
 
Tudo isso parece loucura, mas é loucura premeditada, racional. É uma obra de engenharia. Se há uma obviedade jamais desmentida pela experiência, é esta: a desorganização sistemática da sociedade é o modo mais fácil e rápido de elevar uma elite militante ao poder absoluto. Para isso não é preciso nem mesmo suspender as garantias jurídicas formais, implantar uma "ditadura" às claras. Já faz muitas décadas que a sociologia e a ciência política compreenderam esse processo nos seus últimos detalhes.
 
Leiam, por exemplo, o clássico estudo de Karl Mannheim, A estratégia do grupo nazista (no volume Diagnóstico do Nosso Tempo, ed. Zahar). A fórmula é bem simples: na confusão geral das consciências, toda discussão racional se torna impossível e então, naturalmente, espontaneamente, quase imperceptivelmente, o centro decisório se desloca para as mãos dos mais descarados e cínicos, aos quais o próprio povo, atônito e inseguro, recorrerá como aos símbolos derradeiros da autoridade e da ordem no meio do caos. Isso já está acontecendo.
 
A ascensão dos partidos de esquerda à condição de dominadores exclusivos do panorama político, praticamente sem oposição, nunca teria sido possível sem o longo trabalho de destruição da ordem na sociedade e nas almas. Mas também não teria sido possível se o caos fosse completo. O caos completo só convém a anarquistas de porão, marginais e oprimidos. Quando a revolução vem de cima, é essencial que alguns setores da vida social, indispensáveis à manutenção do poder de governo, sejam preservados no meio da demolição geral.
 
Os campos escolhidos para permanecer sob o domínio da razão foram, compreensivelmente, a Receita Federal, o Ministério da Defesa e a economia. A primeira, a mais indispensável de todas, porque não se faz uma revolução sem dinheiro, e ninguém jamais chegará a dominar o Estado por dentro se não consegue fazer com que ele próprio financie a operação. A administração relativamente sensata dos outros dois campos anestesiou e neutralizou preventivamente, com eficiência inegável, as duas classes sociais de onde poderia provir alguma resistência ao regime, como se viu em 1964: os militares e os empresários. Cachorro mordido de cobra tem medo de linguiça.

Escrito por Olavo de Carvalho

DECLARAÇÃO DE MOVIMENTOS PRÓ-VIDA E PRÓ-FAMÍLIA CONTRA O GOVERNO DO PT

    
          Artigos - Aborto 
       
Declaração do VII Encontro Nacional de Movimentos em Defesa da Vida e da Família
 
Nós, participantes do VII Encontro Nacional de Movimentos em Defesa da Vida e da Família realizado em Brasília de 7 a 9 de setembro de 2012,
 
CONSTATAMOS:
 
O crescente favorecimento da causa abortista pelo Governo Federal, em desconformidade com o compromisso assumido pela então candidata à Presidência da República, Dilma Rousseff, com os eleitores, em 2010.
 
A lamentável nomeação da Sra. Eleonora Menicucci, defensora e praticante confessa do aborto, para o cargo de Secretária de Políticas Públicas para as Mulheres.
 
A celebração de contrato entre a União Federal e a Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ), prorrogado pelo atual Governo (1), assim como a manutenção do grupo GEA (Grupo de Estudos sobre o Aborto), criado com a finalidade de promover a despenalização do aborto no país.
 
O plano do Ministério da Saúde, noticiado pela imprensa, de instruir as mulheres como fazer o aborto por meio de uma cartilha e de uma central de telefone em âmbito nacional pelo SUS de elaborar uma Norma Técnica, e de liberar o comércio de abortivos nas farmácias, usando como pretexto a “redução de danos”.
 
O açodamento com que foi preparado o anteprojeto de Código Penal, com audiências públicas não representativas da sociedade, e a sua conversão imediata em projeto de lei (PLS 236/2012) pelo Senador José Sarney, sem que fosse dado tempo suficiente ao povo para enviar sugestões e críticas.
 
A presença de inúmeros erros técnicos e de conteúdo no PLS 236/2012, dificilmente corrigíveis por meio de emendas durante o processo legislativo.
 
A descriminalização do aborto, da eutanásia, do suicídio assistido, da clonagem, da manipulação e comércio de embriões, da prostituição infantil a partir de doze anos, do uso pessoal de drogas e do terrorismo praticado por movimentos sociais, entre outras infâmias previstas pelo PLS 236/2012.
 
A promoção e a exaltação do homossexualismo, o cerceamento da liberdade de expressão e a instauração da perseguição religiosa presentes no mesmo projeto por meio da incriminação da chamada “homofobia”.
A crescente invasão de competência do Congresso Nacional pelo Supremo Tribunal Federal que, à revelia da Constituição, reconheceu a validade da “união estável” de pessoas do mesmo sexo e o aborto de crianças anencéfalas.
 
SOLICITAMOS
 
Ao Congresso Nacional, que, por meio de decreto legislativo, suste as referidas decisões da Suprema Corte.
Aos senadores e deputados federais, que rejeitem todas as cláusulas antivida e antifamília presentes no PLS 236/2012
 
Aos eleitores, que apóiem os candidatos comprometidos com a defesa da vida e da família e que neguem seu voto a políticos e partidos comprometidos com o aborto e o homossexualismo, entre os quais se destaca o Partido dos Trabalhadores.
 
Aos educadores, que rejeitem as cartilhas e livros que, a pretexto de proteger a saúde do adolescente e oferecer “educação” sexual, corrompem a infância e a juventude.
 
Aos médicos e outros profissionais de saúde, para que resistam às políticas pró-aborto do governo, mantendo-se fieis ao juramento de Hipócrates.
 
Aos líderes religiosos, que instruam o povo a eles confiado acerca de tudo o que foi referido acima.
Brasília, 9 de setembro de 2012.

ABRACEH – Associação de Apoio ao Ser Humano e à Família
Associação Nacional Mulheres pela Vida
Associação Nacional Pró-vida e Pró-família
Associação Theotokos - Guarulhos-SP
Comunidade Católica Totus Mariae - São Carlos-SP
Frente Integralista Brasileira (FIB)
Instituto Eu Defendo – RJ
Instituto Juventude pela Vida – SP
Instituto Vera Fides – RJ
Movimento Ação e Vida – RJ
Movimento em Defesa da Vida do Rio de Janeiro
Movimento Sacerdotal Mariano - São José dos Campos-SP
Movimento Teologia do Corpo
Pró-Vida de Anápolis – GO
Rede Pró-vida Nacional
Sociedade de Divulgação Espírita Auta de Souza-DF


Nota:

1 - Conforme texto disponível em http://www.documentosepesquisas.com/maio2012.pdf

13 de setembro de 2012
Escrito por Vários autores