Um painel político do momento histórico em que vivem o país e o mundo. Pretende ser um observatório dos principais acontecimentos que dominam o cenário político nacional e internacional, e um canal de denúncias da corrupção e da violência, que afrontam a cidadania. Este não é um blog partidário, visto que partidos não representam idéias, mas interesses de grupos, e servem apenas para encobrir o oportunismo político de bandidos. Não obstante, seguimos o caminho da direita. Semitam rectam.
"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)
"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)
sábado, 20 de outubro de 2012
IMAGEM DO DIA
Homem toma café em frente a um grafite na Grécia - Cathal McNaughton/Reuters
20 de outubro de 2012
JESUS SE DECLARA NEUTRO NA ELEIÇÃO DE SÃO PAULO
A aparição de Jesus provocou engarrafamento recorde no centro de São
Paulo
SÃO PAULO - Contrariado com as constantes evocações do Seu Santo Nome em vão, Jesus Cristo fez questão de descer à Terra para desmentir os boatos de que esteja apoiando algum candidato. "Parai vós com essas blasfêmias, ó pequeninos irmãos. Eu não votei no Russomanno e agora não estou do lado de A ou de B - tenho mais o que fazer".
A seguir, esclareceu:
"Não sou de esquerda, não sou de centro, não sou de direita". E completou, enfático: "Basta de trololó, ó infiéis! O próximo filisteu que pedir votos rogando aos céus será condenado a ouvir todos os CDs do Padre Marcelo no Juízo Final".
Em seguida, o Supremo Arquiteto desapareceu numa manifestação na Avenida Paulista.
Emocionado, Kassab declarou que se identificou profundamente com o posicionamento do Ser Supremo. "Tive uma epifania: Jesus é PSD!", bradou, aos prantos. O candidato Fernando Haddad, por sua vez, disse que não acredita em charlatões e garantiu que o único santo deste planeta já o apoia declaradamente. "Lula gravou comigo ontem mesmo", explicou.
Procurado pelo piauí Herald, José Serra ficou irritado, contrariando seu habitual bom humor. Em tom de confidência, o tucano disse que o Filho de Deus está agindo a serviço de José Dirceu.
"Eu sei que você tem suas preferências políticas, mas manera, você veio do paraíso e não pode fazer campanha eleitoral”, orou, de olhos fechados.
“Ó Deus Pai, tira o Kennedy Alencar do meu caminho”, implorou, enquanto fazia o sinal da cruz.
Surpreendido pela aparição inesperada do Divino Ser, Silas Malafaia foi visto correndo com uma maleta pela Avenida São João.
"Eu ia Lhe entregar o dízimo, mas não deu tempo porque o metrô estava lotado", explicou.
20 de outubro de 2012
The i-Piaui Herald
SÃO PAULO - Contrariado com as constantes evocações do Seu Santo Nome em vão, Jesus Cristo fez questão de descer à Terra para desmentir os boatos de que esteja apoiando algum candidato. "Parai vós com essas blasfêmias, ó pequeninos irmãos. Eu não votei no Russomanno e agora não estou do lado de A ou de B - tenho mais o que fazer".
A seguir, esclareceu:
"Não sou de esquerda, não sou de centro, não sou de direita". E completou, enfático: "Basta de trololó, ó infiéis! O próximo filisteu que pedir votos rogando aos céus será condenado a ouvir todos os CDs do Padre Marcelo no Juízo Final".
Em seguida, o Supremo Arquiteto desapareceu numa manifestação na Avenida Paulista.
Emocionado, Kassab declarou que se identificou profundamente com o posicionamento do Ser Supremo. "Tive uma epifania: Jesus é PSD!", bradou, aos prantos. O candidato Fernando Haddad, por sua vez, disse que não acredita em charlatões e garantiu que o único santo deste planeta já o apoia declaradamente. "Lula gravou comigo ontem mesmo", explicou.
Procurado pelo piauí Herald, José Serra ficou irritado, contrariando seu habitual bom humor. Em tom de confidência, o tucano disse que o Filho de Deus está agindo a serviço de José Dirceu.
"Eu sei que você tem suas preferências políticas, mas manera, você veio do paraíso e não pode fazer campanha eleitoral”, orou, de olhos fechados.
“Ó Deus Pai, tira o Kennedy Alencar do meu caminho”, implorou, enquanto fazia o sinal da cruz.
Surpreendido pela aparição inesperada do Divino Ser, Silas Malafaia foi visto correndo com uma maleta pela Avenida São João.
"Eu ia Lhe entregar o dízimo, mas não deu tempo porque o metrô estava lotado", explicou.
20 de outubro de 2012
The i-Piaui Herald
"AVENIDA BRASIL" GANHOU US$ 1 BILHÃO COM ANUNCIANTES, DIZ FORBES
“Avenida Brasil” é notícia do site da revista “Forbes”. E a gente reproduz
O sucesso de “Avenida Brasil” é tão grande que a novela já é notícia até mesmo lá fora. Nesta sexta-feira, a trama de João Emanuel Carneiro foi tema de uma reportagem do site da revista “Forbes”, que a classificou como a novela de maior sucesso da história do Brasil.
Segundo a publicação de economia, além dos altos números de audiência, “Avenida Brasil” também é um sucesso entre os anunciantes, que durante os sete meses de exibição da novela desembolsaram mais de US$ 1 bilhão para divulgar seus produtos, valor inédito para uma produção da Globo. E dá-lhe Carminha!
20 de outubro de 2012
Globo Online
MÉDICO VENEZUELANO DIZ QUE O DITADOR FIDEL SOFREU UM DERRAME
Médico venezuelano diz que Fidel sofreu um derrame. Rumores se espalham nas redes sociais, apesar de família negar doença
Em entrevista ao jornal "El Nuevo Herald", de Miami, Marquina disse que Fidel, de 86 anos, estaria com dificuldades para se alimentar, falar e reconhecer as pessoas. Ao espanhol "ABC", afirmou que Fidel sofreu um derrame na artéria cerebral direita e, embora o líder cubano não estivesse conectado a um respirador, estaria "moribundo, em sua casa no oeste de Havana". A outros meios ele chegou a afirmar que ele estaria em estado vegetativo.
"Ele sofreu um derrame embólico e não reconhece ninguém", disse o médico. Segundo Marquina, uma pessoa nessa situação "pode viver semanas, mas com deficiências na fala e na alimentação". "O que posso dizer é que não vamos voltar a vê-lo em público", acrescentou.
Segundo o médico, suas fontes estão na Venezuela e foram reforçadas por provas recebidas pela internet. Marquina, no entanto, já deu declarações que não se concretizaram. Em abril, ele disse que Chávez, que enfrentou um câncer, estava em seus últimos dias e não chegaria vivo às eleições de novembro. Chávez, no entanto, apareceu em comícios e se reelegeu pela terceira vez no início do mês.
Os rumores sobre a saúde de Fidel circulam há anos, mas ganharam força depois que o líder cubano não apareceu felicitando o aliado Hugo Chávez por sua vitória.
Na semana passada, comentários nas redes sociais diziam que ele estaria morto ou à beira da morte, levando dois familiares a virem a público negar as informações. Sua irmã Juanita, que vive em Miami, chamou os boatos de absurdos. Alex Castro, filho do ex-governante, afirmou a um semanário cubano que o pai estava bem e envolvido em seus afazeres diários. Na quinta-feira, uma carta atribuída a Fidel foi divulgada por meio da imprensa oficial. Nela, ele felicitava formandos em Medicina.
A saúde de Fidel é considerada um assunto de segurança nacional. Ele não é visto em público desde março, quando se encontrou com o Papa Bento XVI, em Havana. Seus artigos na imprensa cubana também rarearam nos últimos meses.
20 de outubro de 2012
O Globo
"DIAS DE IRA"
Com o julgamento do mensalão a caminho da sua fase final no STF, é realmente notável a extrema dificuldade, por parte dos condenados e de quem os apoia, de entender que precisam obedecer ao Código Penal quando estão no governo.
Mudar o nome do cachorro não muda o seu temperamento, como todo mundo sabe; mas o PT e suas brigadas acham que, chamando de “vingança” o que é apenas sua derrota diante da Justiça, podem anular a realidade.
Tudo o que têm a dizer, desde que a casa caiu, é: “Seja lá o que tenha acontecido, a culpa não é nossa; se a Justiça achou o contrário, é porque se aliou aos nossos inimigos”.
Fim da argumentação. Essa tentativa de colocar-se acima da lógica é ao mesmo tempo tolo e inútil.
Não consegue, simplesmente, mudar o que já aconteceu, mesmo com a turbinagem que vem recebendo de três homens que estiveram na linha de frente da política brasileira nos últimos 25 anos: o ex-presidente Lula, o ex-ministro José Dirceu e o presidente do PT na época do mensalão, José Genoino.
Tudo o que conseguiram foi exibir à luz do sol o que cada um tem, de verdade, dentro de si – e o que mostraram não os recomenda, nem como pessoas nem como homens públicos.
O remorso, como se diz, sempre vem na hora errada – aparece depois da tentação, quando não serve mais para evitar o pecado.
No caso do mensalão, para o PT e os seus grão-duques, o remorso não veio nem antes nem depois.
Não há, após tudo o que foi provado na suprema corte da Justiça do país, o menor vestígio de arrependimento: ao contrário, os culpados vivem dias de ira.
Hoje, com a própria pele salva, faz o papel do indignado número 1 – na verdade considera-se vítima, e acha que é ele, agora, quem deve exigir desculpas.
São vítimas bem estranhas, essas que Lula representa: se estão no governo federal e mandam em quase tudo neste país, como podem se colocar no papel de perseguidos?
O ex-presidente, cada vez mais convencido de que é uma combinação de mártir, profeta e herói de si próprio, diz que sua biografia não será escrita pelos ministro do STF.
Tem razão. A biografia de Lula está sendo escrita por ele mesmo – os anos que a contaminaram, do mensalão à aliança política com Paulo Maluf, um foragido da polícia internacional, são de sua exclusiva responsabilidade.
Um segundo membro a suprema trindade petista, José Genoino, também optou por romper com o bom-senso em sua reação às condenações que recebeu.
Alegou, e alegaram em seu favor, que não poderia ser condenado porque tem uma vida limpa: no seu entender, foi vítima de modo “cruel” por “setores” reacionários” que controlariam “parcelas do Judiciário” e da imprensa.
Mas o que esteve em julgamento não foi a sua honestidade pessoal – foi o fato concreto de ter colocado sua assinatura em documentos destinados a executar uma fraude financeira envolvendo milhões de reais.
Não foram os “reacionários”, nem os jornalistas, que assinaram esses papéis; foi ele mesmo – e se não sabia o que estava fazendo é porque não quis saber.
Num conjunto de dez juízes, levou de 9 a 1. Estariam todos errados?
No seu caso, ficou, também, uma aula de ingratidão, quando comparou os jornalistas de hoje aos torturadores de ontem.
Genoino conheceu muito bem uns e outros, e sabe na própria pele a diferença que existe entre eles; esqueceu, quando veio a adversidade, quem sempre lhe estendeu a mão.
Como é bem sabido, o líder petista escreveu durante longo tempo uma coluna no jornal O Estado de São Paulo. Suas declarações sempre foram publicadas. Foi o político do PT mais respeitado pela imprensa desde que voltou à política.
No STF, além disso, recebeu um tratamento de príncipe: a ministra Carmem Lúcia quase pediu desculpas ao condená-lo.
Por que então o rancor?
Ao terceiro nome da trinca, Jose Dirceu, sobrou, além de uma condenação por 8 a 2, o título de “guerreiro do povo brasileiro”, entoado pela tropa de choque que precisa usar hoje para poder sair à rua.
Que guerra teria sido essa?
Pela democracia certamente não foi. Sua guerra, na verdade, foi com o deputado Roberto Jefferson, que mandou para o espaço o sistema de corrupção montado no governo a partir de 2003.
Ao entrar no jogo bruto com ele, Dirceu se arriscou – e perdeu.
“Sai daí, Zé”, ouviu Jefferson lhe dizer, numa frase que ficará para sempre em sua biografia.
Saiu rápido, e sem um único gesto de Lula para defendê-lo.
Não foi “linchado”, como diz desde sua condenação.
Foi derrotado – só isso.
CHEFE DE GANGUE DO MENSALÃO, LULA PROMETE VERBA PARA ALIADOS
Lula diz que pedirá verba para beneficiar prefeituras do PT. Ex-presidente oferece ajuda em Brasília para candidatos aliados
Em comícios com aliados no ABC paulista, o ex-presidente Lula sugeriu ontem que pedirá verbas ao governo federal para obras em cidades onde o PT vencer as eleições municipais, incluindo na capital paulista, onde Fernando Haddad concorre com José Serra (PSDB).
Ele participou de atividades das campanhas dos petistas Carlos Grana, em Santo André, e Donisete Braga, em Mauá. Nesta última, foi mais enfático na promessa de ajudar a agilizar a liberação de recursos.
"Estou disposto a falar com a presidenta e com os ministros quantas vezes esse companheiro [Braga] precisar, pra gente fazer com que as coisas aconteçam mais rápido na cidade de Mauá", disse Lula.
"O mesmo quero fazer com o [Luiz] Marinho [prefeito reeleito de São Bernardo], o Grana e com todos os prefeitos que me procurarem. E não vou nem falar do Haddad..."
O ex-presidente afirmou que, sem mandato, se sente livre para os pedidos em prol dos aliados. "Não dependo de ninguém para fazer as coisas que bem entendo."
Lula destacou a proximidade dos candidatos do ABC com a ministra Miriam Belchior, do Planejamento -responsável pelo PAC-, que tem base em Santo André, mas afirmou que não basta ser "amigo" para conseguir recursos federais.
"Ser governante não é um clube de amizade. O que faz o governo federal trazer dinheiro para uma cidade é a qualidade do projeto", disse.
20 de outubro de 2012
Folha de São Paulo
DIÓGENES CAMPANHA
AYRES BRITTO DECIDE APREENDER PASSAPORTE DA GANGUE DE LULA PARA EVITAR FUGA
O presidente do Supemo Tribunal Federal, Carlos Ayres Britto, decidiu que vai apreender o passaporte de todos os condenados no processo do mensalão, que deve acabar nesta semana, para evitar que eles fujam do país.
A apreensão ocorrerá após a definição do tamanho das penas e atingirá os réus que forem condenados aos regimes fechado e semiaberto.
O Ministério Público defendia a idéia de que a retenção fosse feita no início do julgamento, mas Britto argumentava que, sem a decisãi final, a medida era inconstitucional.
20 de outubro de 2012
Otávio Cabral - Holofote - Veja
CONSTATAÇÃO 2012
Os resultados das eleições, até o presente momento, tem levado a direção do partido Lulla, conhecido como PT, a uma luta vital em São Paulo na busca de sua permanência no Poder.
A derrota na eleição paulistana representará riscos de sua exclusão do comando político do País. Será muito difícil à continuidade do grupo no comando da Nação sem o suporte da maior cidade brasileira, o último reduto de peso no Brasil ante as pretensões do ex presidente e Cia.
Foram perdas consideráveis as derrotas nas principais capitais tais como Recife, Belo Horizonte e Porto Alegre e com grandes possibilidades de perder as eleições em várias outras capitais.
Para o PT, perder São Paulo é perder o Brasil. O raciocínio é simples: São Paulo é ainda a grande trincheira da oposição e a capital paulista tem reflexos enormes em todo o País. Como Belo Horizonte e Recife destruíram com o mito Lulla, o Rei está nu.
Compreendendo a situação em que se encontram, partiram com todas as armas e artilharia para a conquista da prefeitura paulistana sabendo que é ela o alimento político que vai dar sobrevivência ao grupo e, ao mesmo tempo, salvar o seu maior líder de um vexame político já que, segundo o Ibope, deixou o Poder com mais de 87% de aprovação.
Esta avaliação foi o maior menosprezo a inteligência da inteligência brasileira.
Como sempre, para atingir objetivos, atropelam a Constituição Federal como foi, e ainda é hoje, ao fazer uso de bens e numerários públicos.
É o caso de aviões e servidores, utilizados pela presidente para estar presente em palanques da candidatura petista. Esta, presidente, sem o menor constrangimento, faz uso de cargos públicos e outras coisas, para negociar apoio ao candidato Haddad. Com isso, o governo federal em peso vai a São Paulo, em estado de sangria desatada, vide acordos em que a moral, ética, ideologia e os raios que o partam, são deixadas de lado para viabilizar a obtenção do Poder. Todo mundo saiu com ministérios, de Maluf a Chalita (pós eleição) até a Penélope Charmosa Suplicy.
A meta da prefeitura paulistana está no resurgimento das cinzas do grupo do mensalão e a salvação da figura mito de barro Lulla.
Haverá investimento maciço do governo federal na cidade de São Paulo como forma de estabelecer, mera tentativa, uma administração de qualidade de maneira a expandir os seus efeitos políticos a todo território nacional.
São Paulo é a única via que cria possibilidades de manutenção do PT no Poder nos próximos anos. O que ajuda a oposição é que o quadro petista de administradores é de péssima qualidade. Em todos os municípios, raríssimos são aqueles em que a administração petista surte efeito positivo.
O governo federal vem a reboque e não consegue deslanchar seus projetos e PACs tão alardeados para enganar o povo eleitor. Já se sabe com segurança que as obras da Copa do Mundo, por exemplo, ficarão todas pela metade. Apenas os estádios poderão estar acabados. As demais obras “sociais” que acompanham o projeto da copa estarão inacabadas. Algumas nem sairão do papel.
O PT está em polvorosa. O mito Lulla perdeu feio. Há uma real e visível necessidade de reconstruí-lo, mas isto não é percebido com clareza pela oposição (?). Não se vê movimento no sentido de criar frente a ação petista em São Paulo. Estão possibilitando que o Lulla resurja das cinzas, assim como foi constatado com o mensalão em 2005. Ou será que estão cooptados? Pode ser, também, uma constatação em 2012.
20 de outubro de 2012
Rapphael Curvo
Jornalista, advogado pela PUC-RIO e pós graduado pela Cândido Mendes
MI ARGENTINA QUERIDA 2
Para os leitores aproveitarem bem este artigo vou mandar alguns números da nossa vizinha Argentina. Falamos muito sobre combustíveis, e por lá os números são os seguintes:
Gasolina comum (igual a nossa mas sem álcool ) 1,99 pesos = R$ 1,00
Gasolina Super 2,30 pesos = R$ 1,15
Gasolina Fangio de alta octanagem 2,89 pesos = R$ 1,45
Como sabemos que nossa gloriosa Petrobrás exporta para a Argentina gasolina a R$ 0,65 , podemos ver como estamos sendo ROUBADOS.
O contrabando de gasolina na fronteira com o Rio Grande do Sul foi motivo de uma reportagem na RBS TV. (acho que foi encomendada ).
Nela um Professor de uma Universidade de Porto Alegre foi alertar para os 'perigos' de se abastecer os carros brasileiros com a gasolina da Argentina. Segundo ele, o motor pifa pra já.
Só ficou faltando a explicação para os carros produzidos em larga escala aqui e exportados para lá. Serão um modelo especial?
Para mim o que pode acontecer é nossos carros se engasgarem ao entrar em contato com gasolina de verdade, pois estão acostumados com estas guarapas mixurucas que nos vendem a R$ 2,89.
No setor veículos não é diferente.
Veículos NOVOS.
Gol 3 portas Power - 27.600 pesos (R$ 14.800,00)
Ford F250 - 108.500 pesos (R$ 54.300,00)
Vectra CD - 82.600 pesos (R$ 41.300,00 )
Ford Eco Export DIESEL 4X4 - R$ 35.000,00
Nissan Frontier 4x4 em uma agência em Oberá, 22.000 dólares ou R$ 44.000,00.
E por aí vão as diferenças, ressaltando que praticamente todos os carros de todas as marcas, tem a opção de virem com motor diesel.
Eu estava esquecendo. As estradas pedagiadas, com terceira trocha (terceira pista), mantidas em muito boas condições, custa para 300 kilometros 3,40 pesos ou R$ 1,70 .
Para nós brasileiros para percorrer a mesma distância o preço é de R$ 28,00 .
Existe uma explicação lógica para uma diferença tão brutal? Claro que existem, e muitas: Cartões corporativos, Senadores a 600 mil por mês, Deputados a 200 mil por mês, e o resto vocês conhecem.
Tem de sair dinheiro de algum lugar para manter isto. 'Somos otários e pior, conformados com a situação.
20 de outubro de 2012
anônimo
MI ARGENTINA QUERIDA...
Argentina: Cristina Kirchner nomeia veterana atriz do cinema erótico como “embaixadora da cultura popular”
Enquanto sua forma física lhe permitiu, a atriz argentina Isabel Sarli não deixou de aparecer nua, total ou parcialmente, em 29 filmes. Tornou-se a rainha indiscutível do “porno light”, do cinema erótico, e objeto de críticas e reparos na ultra-conservadora Argentina dos anos 50 e 60.
Como atriz, deixou muito a desejar: seus filmes tinham como objetivo central, para não dizer único, mostrar seu corpo, numa época em que isso era tabu. Os títulos de seus filmes já dizem tudo: Tentação Nua, Carne, Nua na Areia, Luxúria Tropical, A Deusa Impura…
Agora aos 77 anos, a presidente Cristina Kirchner permitiu a Sarli dar a volta por cima nos críticos de outrora, ao designá-la “embaixadora da cultura popular”. O ex-mito erótico, que também atuou como stripper em teatros de revista, foi nomeada, por decreto presidencial, como titular de uma das subsecretarias de governo voltada à cultura.
A presidente, na fundamentação do decreto, derrama-se em elogios à veterana atriz, que seria “uma verdadeira representante da cultura nacional, tanto por seus dotes de atriz cinematográfica, como por ser considerada em sua época um ícone popular e uma figura emblemática”.
Isabel Sarli era, como se diria na época, uma morena bonita e voluptuosa quando se elegeu Miss Argentina, em 1955.
Logo seria descoberta pelo diretor Armando Bo — com quem permaneceria unida até a morte dele, em 1981 –, e no ano seguinte faria seu primeiro filme, El Trueno entre las Hojas, no qual protagonizou a primeira cena de nudez integral da história do cinema argentino, banhando-se num rio. Aliás, a insistência em cenas da atriz nua em rios, lagos, mares e similares lhe valheu um apelido brincalhão, La Higiénica.
A justificativa da presidente Cristina para a nomeação da atriz diz, em outra parte, que a figura de Sarli, conhecida popularmente como “La Coca”, é “inevitável na hora de enaltecer os valores éticos e culturais, ao representar a síntese da imagem que a Argentina deseja projetar ao mundo”.
Se a frase for levada ao pé da letra, essa imagem será a de uma mulher sem roupa.
20 de outubro de 2012
movcc
LULA PRÓXIMO DE JULGAMENTO
A Ação Civil Pública contra Lula e Amir Lando (então ministro da Previdência) que tramita na 13a Vara Federal colocará o ex-presidente do Brasil ao alcance do Supremo Tribunal Federal nos próximos anos. O desenrolar da Ação Civil Pública desvendará os liames e a participação de Lula diretamente como cúmplice dos diretores do BMG, o que lhe poderá acarretar imputação de crime de responsabilidade.
No link abaixo
está a Ação Civil Pública a qual Lula responde.
A possibilidade da
imputação penal de Crime de Responsabilidade, quase uma certeza, ficou maior
quando saiu a sentença condenatória contra o presidente do BMG e seus diretores,
condenados a 7 anos de prisão, e a de José Genoíno e Delúbio Soares, condenados
a 4 anos de prisão por falsidade ideológica. Os condenados podem ainda recorrer
ao STF(!). As condenações se devem a empréstimos fraudulentos dados ao PT em
troca do enriquecimento do Banco de Minas Gerais.
Abaixo a fotos do três
condenados do BMG. A grande mídia silencia.
As ligações
criminosas de Lula e sua quadrilha ficam muito claras quando se entende seu
envolvimento direto com as ilicitudes que praticou como presidente para
favorecer um banco corrupto. Leiam abaixo para entender
tudo.
"Quatro diretores do BMG foram denunciados pela Procuradoria da República por gestão fraudulenta e falsidade ideológica. Na ação, Ricardo Guimarães, João Batista de Abreu, Márcio Alaôr de Araújo e Flávio Guimarães, os diretores do BMG, são acusados pelo Ministério Público Federal de liberar mais de R$ 43 milhões “mediante empréstimos simulados” ao PT e às empresas de Marcos Valério(...)
"Quatro diretores do BMG foram denunciados pela Procuradoria da República por gestão fraudulenta e falsidade ideológica. Na ação, Ricardo Guimarães, João Batista de Abreu, Márcio Alaôr de Araújo e Flávio Guimarães, os diretores do BMG, são acusados pelo Ministério Público Federal de liberar mais de R$ 43 milhões “mediante empréstimos simulados” ao PT e às empresas de Marcos Valério(...)
“O BMG foi flagrantemente beneficiado por ações do núcleo político-partidário, que lhe garantiram lucros bilionários na operacionalização de empréstimos consignados de servidores públicos, pensionistas e aposentados do INSS, a partir do ano de 2003”, diz Souza.
"O MP afirma
que o BMG emprestou dinheiro de modo displicente, sem esperar que o PT ou Marcos
Valério pagassem a dívida. Salgado Martins se convenceu disso porque o BMG
perdoou altos valores na rolagem das dívidas e pela falta de registro contábil
dos empréstimos nas empresas de Valério. É incomum que bancos concedam mais
prazo ou mais dinheiro sem receber uma parte do pagamento. O comportamento do
BMG fugia ao padrão dos conservadores bancos brasileiros. O banco só começou
a cobrar o PT em junho de 2005, quando já havia estourado o escândalo do
mensalão(...)
"De acordo
com os autos do processo do mensalão, Marcos Valério conquistara a confiança do
tesoureiro petista Delúbio Soares, principal encarregado de arrecadar dinheiro
para o PT. Depois da eleição de Lula a presidente, afirma o processo, Delúbio
dera a Valério aval para fechar negócios em nome do PT, com a garantia de que o
governo petista honraria os acordos. Ainda em janeiro de 2003, antes que o
governo Lula completasse um mês, Valério já iniciava as tratativas com o BMG e o
Rural (...)".
"O contato
de Valério e Delúbio no BMG era, segundo o inquérito, Ricardo Guimarães,
presidente do banco. De acordo com os autos, primeiro Delúbio foi à sede do BMG,
em Belo Horizonte, pedir dinheiro a Guimarães. Depois, Valério reforçou o pedido
— e se ofereceu como avalista. Logo depois das primeiras reuniões, o processo
registra que o BMG começou a liberar dinheiro para o PT e Valério. Em 17
de fevereiro de 2003, o BMG acertou um empréstimo de R$ 2,4 milhões para o
PT".
" (...) A
ação também aponta que cinco dias depois de uma reunião entre José Dirceu,
Guimarães e Marcos Valério, o BMG liberou um segundo empréstimo, desta vez
para a SMP&B, uma das agências de Valério, no valor de R$ 12
milhões.
Ainda em
2003, o BMG empregou a ex-mulher de Dirceu, Maria Ângela Saragoça, na área de
recursos humanos do banco. Ângela já tinha emprego. Dava expediente até as 5 da
tarde no serviço público em São Paulo. Ela afirmou mais tarde que trabalhava
para o BMG à noite e nos fins de semana. “Minha obrigação era atender, atender
não, trabalhar lá meio período bancário. Três horas por dia”,
disse.
Facilidades
com o INSS
Em 2004,
cinco dias após o presidente Lula assinar o Decreto 5.180, que abriu a
todos os bancos o mercado de crédito consignado a aposentados e pensionistas do
INSS, o BMG pediu oficialmente para entrar nesse mercado. Oito dias depois,
recebeu autorização do INSS. Outros dez bancos fizeram pedido igual, na mesma
época. Todos levaram pelo menos 40 dias para receber a mesma autorização.
Com
condições favoráveis, o BMG operou com pouca concorrência num mercado em que
a demanda era abundante. Sua carteira de crédito consignado para aposentados e
pensionistas do INSS engordou e, três meses depois, o BMG a vendeu à Caixa
Econômica Federal por R$ 1 bilhão. O BMG, que já operava com crédito
consignado desde 1998, tornou-se um gigante nesse mercado. Fechou o ano de 2004
com lucro de R$ 275 milhões — um crescimento de 205% em relação ao lucro de R$
90 milhões no ano anterior. No ano seguinte, o lucro foi de R$ 382
milhões.
Àquela
altura, o BMG se tornara o 31º banco do país. (Em 2002, antes do governo
Lula, o BMG não estava entre as 50 maiores instituições financeiras
brasileiras.) No ano passado, o BMG lucrou R$ 583 milhões, comprou outro
banco e se tornou o 17o do país em ativos totais. No mês passado, enquanto o
Rural se preparava para o julgamento do mensalão no Supremo, o BMG se tornava
sócio do Itaú Unibanco, o maior banco da América Latina, cedendo a ele 70% de
suas operações no mercado consignado.
Em 2005,
após o chamado escândalo do mensalão, o Tribunal de Contas da União examinou a
entrada do BMG no mercado de empréstimos consignados do INSS. A Polícia Federal
investigou as operações de lavagem de dinheiro do mensalão envolvendo o BMG. O
Banco Central analisou a lisura dos empréstimos liberados pelo BMG ao PT e a
Marcos Valério. A CPI dos Correios e a Procuradoria-Geral da República
centraram-se no nexo entre a concessão desses empréstimos e as vantagens obtidas
pelo BMG no crédito consignado do INSS.
Multas e
condenações
O TCU,
concluiu que “não se encontram razões para a prioridade [à concessão de crédito]
dada ao pedido do BMG”. O voto do ministro Augusto Sherman afirmou: “As
irregularidades encontradas nos procedimentos adotados pelo ex-presidente do
INSS e o tratamento desigual (...) denotam explícito e indevido favorecimento
(...) A situação é gravíssima, porque houve a participação direta do então
presidente do INSS no atendimento privilegiado e fora dos procedimentos usuais e
legais”. Por causa desse caso, o então presidente do INSS, Carlos Bezerra, foi
multado em R$ 15 mil.
A PF e o
Banco Central investigaram os empréstimos do BMG ao PT. “Restou comprovado que
os empréstimos concedidos ao PT e às empresas de Valério foram aprovados pela
diretoria sem observância de normas do Banco Central nem tampouco das normas
internas do banco”, diz um laudo da PF.
Os peritos
apontam três problemas nos empréstimos: o BMG não fez verificações suficientes
do PT e das empresas de Valério; as garantias dadas em troca eram frágeis; os
relatórios das operações demonstravam que tanto o PT quanto as empresas de
Valério não tinham dinheiro suficiente para pagar. O BC concordou e, em novembro
de 2007, puniu o BMG e seus principais dirigentes por infrações na condução do
banco.
O BMG
recorreu da decisão do BC ao Conselho de Recursos do Sistema Financeiro
Nacional, ou Conselhinho, órgão de fiscalização do Ministério da Fazenda. No dia
6 de dezembro do ano passado, o recurso do BMG foi julgado. O relator do caso
foi o advogado Francisco Satiro, representante da Associação Nacional das
Corretoras e Distribuidoras de Títulos e Valores Mobiliários (Ancord). Satiro
livrou os dirigentes do BMG da inabilitação. Em seu voto, disse que as operações
condenadas pelo Banco Central não ofereceram “efetivo risco ao Sistema
Financeiro Nacional”. Com a reforma da decisão do BC, restou-lhes pagar uma
multa de R$ 100 mil.
O BMG afirma
que todos os empréstimos concedidos ao PT e às empresas relacionadas a Marcos
Valério foram precedidos de criteriosa análise de crédito do banco a partir de
farta documentação, levando em consideração o conjunto de vários fatores, dentre
eles situação financeira do tomador, capacidade de pagamento, perspectivas
futuras de crescimento, total de endividamento, levantamentos efetuados através
do Serasa e Equifax, apontando baixo risco de crédito qualidade e suficiência
das garantias apresentadas.
“Todos os
depósitos oriundos dos empréstimos foram feitos nas contas dos favorecidos em
outras instituições financeiras onde mantinham conta, não cabendo ao BMG o
acompanhamento da destinação do próprio”, disse o banco, em
nota.
Quanto à
acusação de favorecimento no convênio com o INSS, o BMG diz ter seguido os
trâmites burocráticos da autarquia, sem qualquer interferência de terceiros. O
banco foi a primeira instituição não pagadora de benefício a requerer o
credenciamento junto ao órgão, apresentando de plano toda a documentação
exigida, pois sempre esteve preparado para se conveniar, diz o banco".
(em
itálico a reportagem da Revista Consultor Jurídico, 27 de agosto de
2012)
20 de outubro de 2012
charles london
20 de outubro de 2012
charles london
CELSO ARNALDO x DILMA
“Salvador não pode ter um governinho”
Dilma Rousseff, capturada por Celso Arnaldo ontem em Salvador, no instantaneamente antológico comício pró-Nelson Pelegrino, no bairro de Cajazeiras (ou Cazajeiras, como ela repetiu quatro vezes) — provando que, além de deformar sistematicamente as palavras da língua portuguesa já consagradas pelo uso, o dilmês, idioma de uma única usuária, tem a incrível capacidade de formar neologismos que jamais foram imaginados por nenhuma outra mente humana. (Ou o “governinho” seria uma vingançazinha subliminar, do “governo que não discrimina”).
20 de outubro de 2012
20 de outubro de 2012
"DOMÍNIO DO FATO" É APLICÁVEL A LULA?
O que se discute aqui é o óbvio: se a teoria do domínio do fato serve para incriminar José Dirceu, a fortiori (com maior razão), também serve para incriminar Lula.
Desde o início do julgamento do mensalão, percebe-se nítida divergência entre o relator, Joaquim Barbosa, e o revisor, Ricardo Lewandwski. Contudo, na parte em que trata do acusado José Dirceu, a divergência ficou bem mais acentuada. O voto do relator é parecido com uma peça acusatória. Por outro lado, o voto do revisor nada se diferencia de uma peça defensiva. Peço venia aos dois ministros, mas estou apenas constatando uma realidade que, aliás, será consignada no livro que lançarei em breve.
O relator afirma que há provas abundantes da culpa de Dirceu. Em sentido contrário, o revisor diz que não há prova alguma. A realidade é que a prova técnica contra Dirceu é extremamente frágil. Nesse diapasão, pela ótica dos princípios que norteiam o processo penal, o revisor tem razão, mormente porque, Jefferson, que poderia ser utilizado como testemunha ou delator, beneficiado pela delação premiada, foi incluído no processo como acusado, fragilizando por demais o viés probatório da revelação que fez sobre o esquema criminoso. Ocorre que o cenário delitivo é gigantesco e aí fica difícil não enxergar a lógica, isto é, a ação dos que estão por trás dos executores.
Aliás, a ministra Rosa Weber, invocando "a lógica autorizada pelo senso comum", ressaltou que na Justiça Trabalhista ela proferiu diversos votos, sob a inspiração de Malatesta, no sentido de que "o ordinário se presume, só o extraordinário se prova". Conquanto esse entendimento possa ter agasalho nas lides laborais, em matéria penal, ao meu sentir, ele acutila os princípios da verdade real, presunção de inocência e in dubio pro reo.
Em socorro ao raquítico quadro probatório, que poderia ser derrubado pelo princípio do in dubio pro reo, os ministros que fazem divergência ao revisor invocaram a teoria do domínio do fato, importada do direito alemão. Ocorre que a teoria do domínio do fato não dispensa prova, caso contrário, estar-se-ia institucionalizando a punição pela simples relação hierárquica.
Assim, por exemplo, o chefe da repartição seria punido por crime ocorrido na sua área de atuação, independente da relação de causalidade, dolo ou culpa, bastando haver relação lógica de que ele, como chefe, teria o domínio da situação. Isso fere os princípios que norteiam a responsabilidade penal subjetiva. Daí a condenação de Dirceu surpreender muita gente, inclusive eu, que não acreditava que iria acontecer, mas que hoje é uma realidade, diante dos três votos nesse sentido e da predisposição condenatória de outros ministros.
Como disse em artigo anterior, o STF pode tudo, uma vez que é a última instância na dicção do direito. Assim, pragmaticamente, é despiciendo discutir o acerto ou erro da decisão condenatória, que ora se vislumbra. O que se discute aqui é o óbvio: se a teoria do domínio do fato serve para incriminar José Dirceu, a fortiori (com maior razão), também serve para incriminar Lula. Nesse sentido, como o relator consignou que o "elevadíssimo cargo" que era ocupado por Dirceu lhe conferia o domínio do fato. Por razão maior, o cargo máximo que era ocupado por Lula lhe coloca em situação de responsabilidade superior.
Aliás, se em relação a Dirceu, o depoimento de Jefferson não foi confirmado por outras testemunhas, o mesmo não aconteceu em relação a Lula. Segundo o voto do relator, o depoimento de Jefferson, dando conta de que informara ao ex-Presidente a existência do mensalão, teve ampla confirmação. Vejamos trecho do voto: "A testemunha (refere-se a Arlindo Chinaglia) também confirmou que participou de reunião em que o acusado ROBERTO JEFFERSON informou ao Presidente Lula sobre a existência dos pagamentos. Aliás, todos os interlocutores citados por ROBERTO JEFFERSON - Senhores Arlindo Chinaglia, Aldo Rebello, Walfrido dos Mares Guia, Miro Teixeira, Ciro Gomes e o próprio ex-Presidente da República - confirmaram que foram informados, por ROBERTO JEFFERSON, nos anos de 2003 e 2004, sobre a distribuição de dinheiro a parlamentares para que votassem a favor de projetos do interesse do Governo. Portanto, muito antes da decisão de ROBERTO JEFFERSON de delatar publicamente o esquema." Isso desmente o ex-Presidente Lula de que "não sabia de nada" sobre o mensalão.
O ministro Joaquim Barbosa também consignou no voto que "o senhor Ricardo Espírito Santo Salgado, presidente do banco Espírito Santo, afirmou que manteve várias reuniões, diretas e pessoais, com o próprio Presidente da República." Ora, o que o presidente de um banco privado faria em reunião direta e pessoal com o Presidente da República?
A resposta a esse questionamento pode ser vista em outro trecho do voto do relator: "Roberto Jefferson disse em depoimento prestado à PF e confirmado em juízo, o seguinte: Que José Dirceu afirmou ao declarante que o PT estaria sem recursos para cumprir o acordo, uma vez que a PF havia prendido 62 doleiros. Que em um encontro ocorrido no início de janeiro de 2005, o então ministro afirmou que havia recebido, juntamente com o Presidente Lula, um grupo da Portugal Telecom; com o Banco Espírito Santo, que estaria em negociações com o Governo brasileiro. Que José Dirceu afirmou que haveria a possibilidade de que referido grupo econômico pudesse adiantar cerca de oito milhões de euros, que seriam repartidos entre o PT e o PTB."
O nome do ex-Presidente Lula está em várias partes do voto do relator, de forma a não deixar dúvida alguma de seu envolvimento com o esquema criminoso. Mas não é só isso. Ao contrário de Dirceu, que não praticou nenhum ato material, pelo menos não deixou rastro disso, Lula praticou atos materiais, que se enquadram como uma luva nos artigos 13 e 29 do Código Penal. Senão vejamos. Duas foram as principais fontes de recursos do mensalão. A primeira está relacionada aos contratos fraudulentos com as empresas de publicidade de Valério.
Para viabilizar a contratação de tais empresas, foi editado o decreto 4.799/2003, que além de afastar o incômodo da licitação, permitindo a contratação direta, conferiu poderes a Valério para funcionar como uma espécie de administrador de recursos públicos. Esse decreto foi assinado pelo ex-Presidente Lula, a mando de quem não se sabe, mas a assinatura é dele.
Outra importantíssima fonte de recursos do mensalão veio de empréstimos consignados em folha de pagamento a aposentados do INSS. Primeiro foi editada a Medida Provisória 130, que criou os empréstimos. Assim, que foi publicada a MP, o banco BMG, envolvido no esquema, procurou habilitar-se para fazer tais empréstimos. Contudo, não obteve êxito, porque um inconveniente parecer da Procuradoria Federal do INSS aduziu que os empréstimos somente poderiam ser realizados por bancos públicos, pagadores de benefícios previdenciários.
O empecilho foi superado com a edição do decreto 5.180, dispondo expressamente que mesmo banco privado, ainda que não fosse pagador de benefício previdenciário, poderia se habilitar. Graças à explicação do referido decreto, o BMG logrou êxito à habilitação. Tanto a medida provisória como o decreto foram assinados pelo ex-Presidente Lula, a mando de quem não se sabe, mas a assinatura é dele.
Além da assinatura do "democrático" decreto, que inclusive levou a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) a representar criminalmente contra o ex-Presidente, arquivada pelo então procurador-geral da República Antonio Fernando, Lula enviou mais de dez milhões de cartas (assinadas por ele) a aposentados, anunciando a "novidade" dos empréstimos, o que fez o BMG, com apenas dez agências, faturar três bilhões de reais, superando a Caixa Econômica, com suas duas mil agências. Vale lembrar, que o BMG "emprestou" bastante dinheiro ao PT, sem qualquer garantia.
Dispõe o artigo 13 do Código Penal: "O resultado, de que depende a existência do crime, somente é imputável a quem lhe deu causa. Considera-se causa a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido." Considerando que as duas principais fontes de recursos do mensalão decorreram de atos praticados por Lula, não resta dúvida de que, se não fosse ele, o resultado não teria ocorrido (como ocorreu).
Assim, de acordo com o artigo 29 do Código Penal que dispõe: "Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas, na medida de sua culpabilidade.", Lula teria que ter sido acusado, nem precisaria invocar a teoria do domínio do fato, porquanto a conduta dele está inserida na cadeia de causalidade, sendo que há provas abundantes disso, inclusive do dolo.
A propósito, por causa dessa aberrante omissão, representei contra o ex-procurador-geral da República (PGR) Antonio Fernando, autor da denúncia do mensalão, a fim de que fosse apurado crime de prevaricação, por ele ter deixado Lula fora da acusação, não obstante o ex-Presidente ter praticado atos escandalosamente destinados a fomentar o esquema criminoso. A representação foi arquivada, sem que o mérito tenha sido enfrentado.
No ano passado, representei ao PGR, Roberto Gurgel, apontando fatos que indicam o envolvimento do ex-Presidente Lula no esquema do mensalão, que inclusive sustentam ação de improbidade contra ele, em trâmite na 13ª Vara Federal do Distrito Federal. Recentemente, Gurgel arquivou a representação, alegando que os fatos nela contidos são objetos de apuração no inquérito policial 2.474, que tramita no STF desde março de 2007.
Agora, com a condenação de Dirceu que, por diversas vezes, falou que nada fazia sem o conhecimento e a anuência de Lula, bem como as várias passagens do voto do relator, apontando o envolvimento direto do ex-Presidente, sem contar que na teoria do domínio do fato, Lula estava acima de Dirceu, não tem como deixá-lo impune.
Lula não é uma entidade para ficar incólume à lei nem é um idiota, para não responder pelos seus atos, porquanto, ainda que não tivesse discernimento algum, deveria ser submetido à medida de segurança, nos termos do artigo 97 do Código Penal.
Para saber mais sobre a realidade do mensalão, que não sai nos boletins oficiais, vide os artigos: "Mensalão: o que poucos sabem, e o Brasil deveria saber"; "Lula, Dirceu e os Tuiuiús: a realidade oculta do mensalão", bem como outros artigos que estão no meu site www.manoelpastana.com.br
20 de outubro de 2012
Manoel Pastana, Procurador da República no Rio Grande do Sul, é Autor do livro autobiográfico De Faxineiro a Procurador da República.
Manoel Pastana, Procurador da República no Rio Grande do Sul, é Autor do livro autobiográfico De Faxineiro a Procurador da República.
NÃO PERCA TEMPO ESTUDANDO LÍNGUAS
Boa parte de minha vida, eu a dediquei ao estudo de línguas. No ginásio, latim, francês e inglês. Mais tarde, russo e alemão. Russo, porque a Patrice Lumumba oferecia bolsas, e bolsa eu topava acho que até em Uganda. Além disso, não me desagradava a idéia de ler Kuprin e Dostoievski no original. Felizmente não a consegui. Pelos relatos que li de quem andou por Moscou, sinto que não perdi nada. Isto é, perdi o conhecimento de uma língua. Mas o preço a pagar era muito alto.
De minhas aulas de russo, guardo a boa lembrança do professor Sergei Zukof, um admirável jovem de 94 anos. De minhas aulas de russo, restaram-me algumas palavras e o domínio do cirílico. Pode parecer pouco, mas este conhecimento me foi muito útil para ler mapas, nomes de rua e de metrôs quando andei por São Petersburgo.
Mergulhei mais tarde no alemão. Foi na época em que me fascinei por Nietzsche. Além de Nietzsche, havia sempre a idéia de bolsa. Fiz dois anos de Goethe, preparei um programa de estudos sobre a obra do alemão e me candidatei a um doutorado na Alemanha. Santa ilusão minha. A Alemanha vivia seus dias de Guerra Fria e nada queria a ver com Nietzsche, tido como um dos inspiradores do nazismo. Quando vi minha bolsa batendo asinhas, voltei a estudar francês. Sobrou um alemão que dá pra conversar com garçons. O que já é bom.
Desta vez na Aliança Francesa, de Porto Alegre, com o saudoso professor Roche. Nascido na Alexandria, inclusive escreveu um livro pouco conhecido sobre os problemas do Oriente Médio, A Alternativa do Khamsin. O que me fascinava no professor Roche é que ele nada queria saber com língua e gramática. Bastava a gente puxar pelo assunto e ele discorria prazerosamente sobre a História e histórias do Egito e do Oriente Médio. Soube que mais tarde ele se desentendeu com o governo francês e teve de abandonar a Aliança. Porto Alegre perdeu um de seus grandes professores.
Espanhol, apesar de ter traduzido cerca de quinze livros, nunca estudei. Estava na infância e no sangue. Por estranhos caprichos da vida, acabei estudando sueco. Foram seis horas diárias de estudo, por pelo menos oito meses. Acabei adquirindo um bom domínio da língua e inclusive traduzi três grandes momentos da literatura dos Sveas: Karin Boye, Maria Gripe e Olof Johannesson. Hoje, perdi meu sueco. Nada mais triste do que perder uma língua. Em minha última viagem a Estocolmo, descobri que conseguia me fazer entender em sueco. O problema é que quase nada entendia quando me respondiam. Ainda consigo ler os tablóides suecos, e só.
São poucas, as línguas que conheço. Mas são janelas pelas quais consigo ver melhor o mundo. Consigo arranhar o norueguês, dinamarquês, catalão e galego. E grego. Há uma frase universal em grego que serve para a maior parte das peripécias pelas quais passa o viajante: akoma ena potirakis, parakalô. Mais um copinho, por favor. Com essa frase, você faz o continente e as ilhas. Quanto ao ladino, me sinto em casa.
De repente, acabo de descobrir que perdi um tempo precioso estudando estas línguas todas. Recentemente, um leitor enviou-me Uma réstia de luz, obra póstuma de Dostoievski, psicografado por sua sogra, Esther Pinheiro Wollmann. Agradeci o presente e cumprimentei sua sogra por dominar o russo.
- Não, ela não conhece russo.
Não entendi. Que me constasse, Dostoievski não escrevia em português.
- Chegou assim, direto, em português. Agora ela está psicografando uma obra de Byron.
Ela conhece inglês?
- Não. Mas chega direto. Em português.
NOTA DE DOSTOIEVSKI PARA A MÉDIUM:
Oh! Minha irmã, quantos conflitos! Quantas lutas travadas intimamente! Dúvidas compreensíveis se fizeram em coração, eu sei disso.
- Dostoievski? Como poderei psicografar? Se nem sei escrever esses nomes complicados que eles usam!
Todavia conseguimos! Uma grande piedade envolvia meu coração ao constatar sua angústia nos dias de trabalho; muitas vezes temi sua desistência! Porém fui insistente, incentivado por meus mentores.
Valeu a pena! Grande também foi minha luta! Nosso convívio espiritual, durante todo esse tempo decorrido, fez de mim um afeiçoado seu que, agradecido, se despede rogando a Deus pela sua felicidade.
Fyodor Dostoievski
21-06-1990
De repente, passei a não entender como há quem pague caríssimo por cursos de línguas. Não perca tempo, leitor, com os Goethes, Berlitz, Yazigis e Alianças Francesas da vida. Adira ao espiritismo e traduza de todas as línguas.
Se eu deixasse de preconceitos e abraçasse a doutrina de Kardec, não só teria lido Nietzsche e Dostoievski no original, como talvez os tivesse traduzido. Assim direto. Os professores de línguas - como também os que estudam línguas - estão perdendo tempo e dinheiro. Torne-se médium. É o caminho mais curto para ser poliglota e cosmopolita.
Melhor ainda, você terá acesso a óbras póstumas de autores clássicos.
20 de outubro de 2012
janer cristaldo
CORTINA DE FERRO ENTRE VENEZUELA E CUBA: HUGO CHÁVEZ DESAPARECIDO HÁ UMA SEMANA
Cortina de Hierro entre Caracas y La Habana (Cortina de Ferro entre Caracas de Havana) é o título do post em destaque no blog da jornalista venezuelana Ludmila Vinogradoff, alojado no portal do jornal espanhol ABC.
A jornalista, que é correspondente do ABC em Caracas, revela que desde que foi re-releito o caudilho Hugo Chávez está desaparecido. O fluxo de informaçÕes desde Miraflores, o palácio presidencial, estancou de repente. "Desde a uma semana o silêncio e o mistério reinam no Palácio Miraflores. Seu inquilino que acaba de ganhar pela terceira vez a Presidência da Venezuela, não aparece por nenhum lado nem tem dado sinais de vida. Parece ter sido tragado pela terra."
Assinala que "nenhum meio de comunicação nem oficial nem privado tem dito algo sobre o mandatário. Por medo ou desconcerto?"- indaga e responde ela mesma: "não sabemos a razão que os move por dentro para manter esse vazio informativo, o que faz mais intrigante a situação".
Segundo Vinogradoff, a última aparição de Chávez foi no sábado, dia 13, quando da solenidade de juramento dos ministros. Sua conta @chavezcandanga no Twitter esteve ativa até o dia 16 deste mês e se limitou a falar da seleção de futebol venezuelana, a "Vino Tinto", como chamam a seleção por lá.
Quem rompeu o silêncio foi o médico José Rafael Marquina informando que Chávez viajou a Cuba no dia 16 para visitar seu amigo Fidel Castro, que segundo se informa, repousa já moribumdo em seu palacete no Laguito, situado no antigo Country Club em Cubanacan.
Chávez, segundo a jornalista teria viajado em segredo que acabou sendo vazado pelo médico Marquina. Sua escapada até Havana seria para submter-se a novos exames e uma tomografia Pet Scan, para ver como anda o progresso do câncer.
"O curioso - diz a jornalista - é que ninguém tem dito onde está Chávez, enquanto os rumores e especulações sobre o seu estado de saúde e de Fidel Castro crescem como a espuma".
Transcrevo parte do texto de Ludmila Vinogradoff, com link para leitura completa.
EN ESPAÑOL - Desde hace una semana el silencio y el misterio reinan en el Palacio de Miraflores. Su inquilino que acaba de ganar por tercera vez la Presidencia de Venezuela , el 7 de octubre),no aparece por ningún lado ni ha dado señales de vida. Parece que se lo hubiera tragado la tierra.
Ningún medio de comunicación ni oficial ni privado ha dicho algo sobre el mandatario ¿por miedo o desconcierto?, no sabemos la razón que los mueve por dentro para mantener este vacío informativo, lo que hace más intrigante la situación.
La última aparición del presidente Hugo Chávez fue el sábado 13 cuando juró a los ministros de su gabinete. Su cuenta @chavezcandanga en twitter ha estado activa hasta el martes 16 de esta semana para elogiar el único golazo que metió Arango, el capitán del equipo nacional de la Vino Tinto, a los ecuatorianos en Puerto La Cruz. Pero después mutis total.
El médico venezolano José Rafael Marquina vino a romper ese silencio al informar a ABC que Chávez viajó a La Habana el 16 a visitar a su amigo Fidel Castro en medio de los rumores sobre su “agonizante” salud y a someterse a exámenes médicos, una tomografía con Pet Scan.
El ex mandatario de Cuba, de 86 años, que se encontraría en una casa del Laguito, situada en el viejo Country Club en Cubanacan, habría sufrido de una embolia (ACV) masiva en el cerebro en su arteria derecha. Pero “las autoridades cubanas se niegan a hablar del asunto” .
Marquina, que está bien enterado y verifica los datos de sus fuentes, ha suplido el vacío informativo de venezolanos y cubanos sobre la enfermedad de los dos personajes. En el caso de Chávez afirmó que aprovechó el viaje, todavía clandestino, porque no lo ha hecho oficial (puede estar 5 días fuera sin permiso del parlamento), para hacerse una tomografía.
Lo curioso es que nadie ha dicho dónde está Chávez mientras los rumores y especulaciones sobre la enfermedad suya o la de Fidel crecen como la espuma. Click AQUI para leer toda la história
A jornalista, que é correspondente do ABC em Caracas, revela que desde que foi re-releito o caudilho Hugo Chávez está desaparecido. O fluxo de informaçÕes desde Miraflores, o palácio presidencial, estancou de repente. "Desde a uma semana o silêncio e o mistério reinam no Palácio Miraflores. Seu inquilino que acaba de ganhar pela terceira vez a Presidência da Venezuela, não aparece por nenhum lado nem tem dado sinais de vida. Parece ter sido tragado pela terra."
Assinala que "nenhum meio de comunicação nem oficial nem privado tem dito algo sobre o mandatário. Por medo ou desconcerto?"- indaga e responde ela mesma: "não sabemos a razão que os move por dentro para manter esse vazio informativo, o que faz mais intrigante a situação".
Segundo Vinogradoff, a última aparição de Chávez foi no sábado, dia 13, quando da solenidade de juramento dos ministros. Sua conta @chavezcandanga no Twitter esteve ativa até o dia 16 deste mês e se limitou a falar da seleção de futebol venezuelana, a "Vino Tinto", como chamam a seleção por lá.
Quem rompeu o silêncio foi o médico José Rafael Marquina informando que Chávez viajou a Cuba no dia 16 para visitar seu amigo Fidel Castro, que segundo se informa, repousa já moribumdo em seu palacete no Laguito, situado no antigo Country Club em Cubanacan.
Chávez, segundo a jornalista teria viajado em segredo que acabou sendo vazado pelo médico Marquina. Sua escapada até Havana seria para submter-se a novos exames e uma tomografia Pet Scan, para ver como anda o progresso do câncer.
"O curioso - diz a jornalista - é que ninguém tem dito onde está Chávez, enquanto os rumores e especulações sobre o seu estado de saúde e de Fidel Castro crescem como a espuma".
Transcrevo parte do texto de Ludmila Vinogradoff, com link para leitura completa.
EN ESPAÑOL - Desde hace una semana el silencio y el misterio reinan en el Palacio de Miraflores. Su inquilino que acaba de ganar por tercera vez la Presidencia de Venezuela , el 7 de octubre),no aparece por ningún lado ni ha dado señales de vida. Parece que se lo hubiera tragado la tierra.
Ningún medio de comunicación ni oficial ni privado ha dicho algo sobre el mandatario ¿por miedo o desconcierto?, no sabemos la razón que los mueve por dentro para mantener este vacío informativo, lo que hace más intrigante la situación.
La última aparición del presidente Hugo Chávez fue el sábado 13 cuando juró a los ministros de su gabinete. Su cuenta @chavezcandanga en twitter ha estado activa hasta el martes 16 de esta semana para elogiar el único golazo que metió Arango, el capitán del equipo nacional de la Vino Tinto, a los ecuatorianos en Puerto La Cruz. Pero después mutis total.
El médico venezolano José Rafael Marquina vino a romper ese silencio al informar a ABC que Chávez viajó a La Habana el 16 a visitar a su amigo Fidel Castro en medio de los rumores sobre su “agonizante” salud y a someterse a exámenes médicos, una tomografía con Pet Scan.
El ex mandatario de Cuba, de 86 años, que se encontraría en una casa del Laguito, situada en el viejo Country Club en Cubanacan, habría sufrido de una embolia (ACV) masiva en el cerebro en su arteria derecha. Pero “las autoridades cubanas se niegan a hablar del asunto” .
Marquina, que está bien enterado y verifica los datos de sus fuentes, ha suplido el vacío informativo de venezolanos y cubanos sobre la enfermedad de los dos personajes. En el caso de Chávez afirmó que aprovechó el viaje, todavía clandestino, porque no lo ha hecho oficial (puede estar 5 días fuera sin permiso del parlamento), para hacerse una tomografía.
Lo curioso es que nadie ha dicho dónde está Chávez mientras los rumores y especulaciones sobre la enfermedad suya o la de Fidel crecen como la espuma. Click AQUI para leer toda la história
20 de outubro de 2012
in aluizio amorim
O PIOR É QUE DILMA ROUSSEFF EM SALVADOR, TAMBÉM ANUNCIA QUE PODE RASGAR A CONSTITUIÇÃO
PRESIDENTE OFENDE OS ELEITORES SOTEROPOLITANOS
Por Reinaldo Azevedo
Não! Dilma Rousseff não nega o barro de que é feita. Se Lula chantageou os eleitores no ABC paulista e anunciou que vai incitá-la a cometer crimes, ela mesma se encarregou de ameaçar os eleitores soteropolitanos. Em comício em Salvador, pediu votos para o petista Nelson Pelegrino, que disputa o segundo turno com o democrata ACM Neto. Fosse só isso, tudo bem! Leiam trecho de seu discurso, publicado pela Folha, depois de afirmar que o PT tem a “obrigação de ganhar a eleição”:
“Só assim o time vai ficar completo. Assim como tenho um parceiro que é o governador Jaques Wagner [PT], preciso de um parceiro como o Pelegrino na prefeitura.”
O se deve entender daí? Que um prefeito que não seja da base aliada não será um “parceiro”? Seria discriminado? Isso também pode ser entendido como chantagem e anúncio de um crime caso o eleitor não faça o que Dilma quer. Tomara que que os soteropolitanos não caiam na conversa.
É um escândalo que um discurso como esse não possa ser punido pela Justiça Eleitoral. Essa é a mais descarada, desavergonhada e arreganhada forma de usar recursos públicos em favor de um projeto político. Ainda que Dilma não viesse a fazer o que anuncia, a simples expectativa que ela mesma cria de que possa fazê-lo remete à essência do que é um crime eleitoral.
Dilma disse ainda, referindo-se a ACM Neto, que “tem gente que chamou o Bolsa Família de Bolsa Esmola”. Não sei se o candidato democrata disse isso. Duvido. Quem, com certeza, fazia essa afirmação quando estava na oposição (as bolsas foram criadas por FHC) era… Lula. Há filme no Youtube.
A presidente não temeu também a retórica grosseira: “Aqui não pode ter um governinho (…) de gente que discrimina as pessoas”. E se ACM Neto vencer? Como o receberá a presidente se pedir uma audiência: “O senhor é o prefeito daquele governinho?”.
Uma presidente da República que faz um discurso como esse não ofende só um adversário político. Ofende todos os eleitores — e seriam hoje 47%, segundo o Ibope, contra 39% de Pelegrino — que preferem o democrata. Dilma se esquece de que é presidente de todos os brasileiros, inclusive dos que votam em partidos de oposição.
O discurso de Dilma ofende a essência da República. Eis uma das razões por que repudio com energia o petismo e o considero uma mal para a política brasileira.
20 de outubro de 2012
RAIVA E MEDO
Internacional - Estados Unidos
“Quando está fraco, finja que está forte”, recomendava Sun Tzu. Obama segue o conselho à risca, elevando o tom de voz sempre que lê nos olhos da platéia a suspeita latente que de um momento para outro pode explodir numa tempestade de acusações irrespondíveis.
Humilhado no primeiro debate, Obama voltou à carga equipado da sua arma psicológica predileta: o ódio camuflado, transmutado em afetação de sentimentos humanitários e patrióticos carregados daquela estranha pungência, daquela “intensidade passional” de que falava W. B. Yeats, fonte da força hipnótica com que a personalidade psicopática dos líderes revolucionários se impõe à credulidade das massas.
Obama defendeu sua posição com a tenacidade feroz de quem luta por algo mais que a mera sobrevivência política; de quem sabe que, se perder o cargo, não terá mais o aparato presidencial para defendê-lo contra a investigação de um passado que ele tem boas razões para manter secreto. “Secreto” é modo de dizer. Ninguém nos EUA ignora que a biografia oficial de Obama é um tecido de lendas, que seus documentos são falsos, e que, pouco importando onde haja nascido, ele subiu à presidência nas asas do maior blefe político de todos os tempos.
Como todo blefador, ele sabe que sua posição é frágil. Tão frágil que até seus adversários se esquivam de desmascará-lo, porque sabem que seria tremendamente fácil fazer isso e temem ser os portadores de um escândalo mil vezes mais deprimente que o caso Watergate. “Quando está fraco, finja que está forte”, recomendava Sun Tzu.
Obama segue o conselho à risca, elevando o tom de voz sempre que lê nos olhos da platéia a suspeita latente que de um momento para outro pode explodir numa tempestade de acusações irrespondíveis. Como todo psicopata, ele busca transformar suas vítimas em cúmplices, explorando a natural inibição de admitir uma decepção mais funda do que sentem que podem suportar.
Nas entrelinhas, todo o seu discurso é uma confissão involuntária do ódio que esse homem notoriamente desprovido de simpatia pessoal por quem quer que seja sente ao país que o amou e honrou infinitamente acima de seus méritos.
O documentário de Dinesh d’Souza, 2016, mostrou isso claramente, e o psiquiatra forense Andrew G. Hodges, que tem uma longa carreira de sucessos na leitura do subtexto camuflado nas falas de criminosos, chegou exatamente à mesma conclusão ao examinar os livros e alocuções públicas de Obama.
Leiam The Obama Confession. Secret Fear, Secret Fury (Village Publications, 2012) e digam se é exagero (um breve resumo encontra-se no Youtube: http://www.youtube.com/watch?
Toda a atuação pública de Obama é uma rede de diversionismos e camuflagens de enorme complexidade. Malgrado a ajuda da mídia e a teimosia obstinada dos devotos, não é nada fácil para ele manter de pé a imagem de bom menino que a sua própria conduta política real desmente dia a dia, dobrando o déficit que prometeu reduzir pela metade, subsidiando indústrias “verdes” inviáveis pertencentes a seus contribuintes de campanha, alimentando generosamente o anti-americanismo internacional, arrogando-se poderes ditatoriais por meio de “executive orders” (o equivalente das nossas “medidas provisórias) e entregando à morte, por um indesculpável vazamento de informações, os executores de bin Laden, de cujo heroísmo continua tirando um proveito político totalmente indecente. Não espanta que em quatro anos ele tenha envelhecido vinte, buscando agora disfarçar a debilidade por meio de performances vocais cada vez mais forçadas e menos persuasivas.
No último debate ele contou ainda com a ajuda da apresentadora Candy Crowley, que chegou a assumir ativamente o papel de coadjuvante do seu favorito, ao contestar o candidato republicano quando este acusava o presidente de adiar desastrosamente o reconhecimento de que o ataque à embaixada na Líbia fôra um ato terrorista.
Obama, protestou Candy, havia rotulado o ataque como “ato de terror” menos de 24 horas depois do ocorrido. Puro fingimento, é claro. Obama havia falado muito genericamente de “atos de terror”, mas no contexto de um discurso que lançava a culpa de tudo no filminho anti-islâmico do Youtube – cujo diretor foi, até agora, o único a sentir no próprio couro o peso da “severa punição” que o presidente prometia aos responsáveis pelo ataque.
Não por coincidência, nos três debates realizados até agora os candidatos democratas desfrutaram de mais tempo e ainda cortaram à vontade a fala de seus adversários (Biden 82 vezes, Obama 28), com o evidente beneplácito dos mediadores. No segundo debate, alguns repórteres na sala contígua ao estúdio chegaram a aplaudir Obama, infringindo ostensivamente a regra e o decoro e mostrando uma vez mais que a classe jornalística americana já nem tenta disfarçar o partidarismo que a inspira.
Não obstante todo esse concurso de expedientes, as preferências de voto popular continuam fluindo do campo obamista para o candidato republicano. A grande mídia, é claro, já declarava Obama vencedor antes do segundo debate e continuou a fazê-lo depois. Mas no grupo-controle de eleitores indecisos reunido pela MSNBC a maioria, terminado o confronto, saiu decidida a votar em Mitt Romney.
E o Gallup, na primeira sondagem após o debate, assinalava que Romney havia subido de 50 para 51 por cento nas intenções de voto, e Obama baixado de 45 para 44. Talvez mais significativamente ainda, logo em seguida começaram a chover no Youtube ameaças de morte contra Romney, mostrando às claras quem é que está com medo.
Nada disso garante, decerto, a vitória de Romney, pois o Colégio Eleitoral, que decide a parada acima do voto popular, ainda pende fortemente para o candidato democrata, com uma diferença de 271 votos para 201 e um bocado de indecisos no meio.
Escrito por Olavo de Carvalho
19 Outubro 2012
Publicado no Diário do Comércio.
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