"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



domingo, 4 de setembro de 2011

O VENENO ESTÁ NA MESA


No último dia 25 de julho, foi lançado no Rio de Janeiro o documentário O Veneno está na Mesa, de Silvio Tendler.

Em cerca de 60 minutos, o filme mostra como o país facilita o consumo dos agrotóxicos, e como movimentos sociais e setores do próprio governo – a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e o Instituto Nacional do Câncer (Inca) – têm tentado, de formas distintas, alertar sobre o problema.


Com entrevistas de trabalhadores rurais, pesquisadores da área da saúde e diversos dados e informações inéditas, o documentário denuncia casos de contaminação pelo uso de agrotóxicos, inclusive com a morte de um trabalhador, e mostra como é possível estabelecer outro modelo de produção sem o uso de venenos, baseado na agroecologia.

Em estreia lotada, com a presença de mais de 700 pessoas, Silvio Tendler pede que o filme circule por todo o Brasil.
Como as cópias não serão vendidas, ele autoriza as pessoas a reproduzirem o documentário para que o sinal de alerta chegue a todos os cantos do país e anuncia que em breve o filme também estará disponível na internet.
Antes da sessão, realizada no espaço Oi Casa Grande, Silvio Tendler concedeu esta rápida entrevista à EPSJV/Fiocruz, que foi uma das parceiras na realização do documentário. Confira a entrevista.


Silvio Tendler

P – O filme foi construído em constante diálogo com movimentos sociais. Essa experiência foi diferente dos outros filmes?

R – Do ponto de vista da produção é o primeiro trabalho junto com os movimentos sociais, mas do ponto de vista da difusão, não. Meus filmes sempre estiveram vinculados aos movimentos sociais - eu filmei a inauguração da Escola Nacional Florestan Fernandes [Enff/MST], projetei meus filmes lá. Eu circulo por esse país apresentando os filmes aos movimentos sociais, então, sempre tive essa vinculação. A produção de um trabalho em conjunto, que para mim é uma coisa muito honrosa, é a primeira vez. E eu acho até que é o resultado natural do processo. Depois de fazer tantas coisas juntos, é normal que a gente pense em fazer um filme juntos.

No caso do filme sobre os agrotóxicos, acho que foi um casamento natural que ‘juntou a fome com a vontade de comer'. Há uns dois anos eu estive no Uruguai e conversei com o [escritor] Eduardo Galeano, aí ele me falou que o Brasil é o país que mais usava agrotóxicos. Ele disse isso com uma certa tristeza por ser o Brasil, e, sobretudo, pelas circunstâncias políticas que nós vivemos. Aí eu voltei para o Brasil com a ideia de fazer alguma coisa sobre os agrotóxicos.

Pensei em fazer uns spots para colocar no Youtube, conversei sobre isso com o [João Pedro] Stedile [coordenador nacional do MST] e ele deu força, então começamos a conversar. Um dia ele falou: ‘Olha, está surgindo um movimento muito forte contra os agrotóxicos e eu acho que dá para juntar com aquela sua ideia do filme'. Desse casamento, nasceu O Veneno Está na Mesa.

P – A expectativa que você tinha antes de ir a campo realizar as filmagens e entrevistas se confirmou durante o processo?

R – O documentário sempre supera as expectativas. Sempre a realidade é mais forte do que a ficção. Por isso sou documentarista, porque acho que a realidade é muito forte. Em primeiro lugar pudemos ver que o veneno contido nos agrotóxicos não é um fato teórico, é uma realidade muito dura e muito difícil, mais dramática do que eu imaginava. E segundo que o trabalho e a luta das pessoas que reagem e enfrentam também é muito difícil, então, nesse sentido, é um filme mais completo do que o meu imaginário e muito mais forte. Eu estou muito feliz por estar fazendo esse filme.

P – Quanto tempo durou o processo de filmagem?

R – Uns seis meses. Começamos no final do ano passado. Fizemos com muito pouco recurso, é um filme muito barato para o que ele é. Fizemos filmagens em Porto Alegre, Ceará, Espírito Santo, envolvemos muita gente, fizemos tudo com muito carinho, com a maior qualidade. Temos três grandes atores narrando o filme - Julia Lemmertz, Caco Ciocler e Dira Paes - além de um diretor de teatro que é um ícone para essa garotada, que é o Amir Haddad. Então, temos um produto com um bom acabamento e muito pouca grana. Muito mais barato do que essa campanha que está no ar hoje de defesa do agrotóxico [a campanha ‘Sou Agro’]. A diferença é que fizemos com paixão e com carinho, e não com grana.

P – Diante dessa forte propaganda do agronegócio em defesa do modelo de produção que utiliza agrotóxicos, o que você espera da difusão do filme?

R – Eu espero esse entusiasmo da juventude, da militância. Na verdade, esse é um filme que de uma outra forma eficaz combate a pirataria, porque na verdade as cópias serão dadas e não vendidas, então, ninguém vai comprar. O filme segue com o selo "copie e distribua", e eu espero que essa forma de a gente trabalhar funcione, por exemplo, como a eficácia de um blog na internet, pelo qual as pessoas se informam. Esse filme, de uma certa maneira, é um blog em forma de DVD, que será distribuído, vai circular, as pessoas vão assistir e vão criar um movimento de consciência de que realmente o agrotóxico é uma coisa muito ruim para todo mundo.

A mensagem é que nós podemos construir uma agricultura sem agrotóxicos. Que, a partir do momento em que a sociedade se organiza e se mobiliza, nós podemos começar a pensar na vida sem agrotóxico, pensar num outro projeto de vida que a gente quer fazer. E essa mudança em relação aos agrotóxicos pode funcionar daqui para frente em relação a tudo o que queremos da vida.

Raquel Junia, Rio de Janeiro

A VERDADE SOBRE O FACEBOOK


O Facebook vende a informação dos seus usuários ao maior espião; cito textualmente: 'O que muitos usuários não sabem é que, de acordo com as condições do Contrato que virtualmente assumem, ao clicarem no quadro "Aceito", os usuários autorizam e consentem ao Facebook a propriedade exclusiva e perpétua de todas as informações e imagens que publicam.

Assim, ressalta o perito, os membros 'automaticamente autorizam ao Facebook o uso vitalício e transferível, junto com os direitos de distribuição, de tudo o que colocam na sua página Web'.

Os Termos de Uso reservam ao Facebook o direito a conceder e sublicenciar todo o "Conteúdo do Usuário"
para outros propósitos. Sem o seu consentimento, muitos usuários convertem as suas fotografias em publicidade, transformando um bem privado em comércio público.

De repente, tudo o que os seus membros publicaram, incluindo as suas fotografias pessoais, as suas tendências políticas, o estado de suas relações afetivas, interesses individuais e até o endereço de suas casas, foi enviado sem autorização expressa a milhares de usuários.

Há de se acreditar em Mr. Melber, quando assegura que muitos empregadores americanos, ao avaliar os currículos, consultam o Facebook para conhecer intimidades dos candidatos. A prova de que uma página no Facebook não é privada, evidenciou-se em um conhecido caso da Universidade John Brown, que expulsou um estudante quando descobriu uma foto que este colocou no Facebook, vestido de travesti.

Outra evidência aconteceu quando um agente do Serviço Secreto visitou, na Universidade de Oklahoma, o estudante do segundo ano Saul Martínez, por um comentário ofensivo do Presidente.

E, para piorar, o assunto não termina quando os usuários cancelem a sua conta: as suas fotos e informação permanecem, segundo o Facebook, para o caso de quererem reativar a sua conta; o usuário não é retirado nem quando morre.

De acordo com as 'Condições de Uso', os membros não podem obrigar que o Facebook retire os dados e imagens dos seus dados, já que quando o falecido aceitou o Contrato Virtual, concedeu ao Facebook o direito de mantê-lo ativo sob um status especial de partilha por um período de tempo determinado, para permitir que outros usuários possam publicar e observar comentários sobre o falecido.

Saibam os usuários do Facebook que são participantes indefesos de um cenário que os acadêmicos qualificam como o maior caso de espionagem na História da Humanidade.

Convertem-se, de forma inconsciente, nos precursores do fenômeno 'Big Brother', alusão direta à intromissão abusiva do Estado nos assuntos privados do cidadão comum para controlar o seu comportamento social, tema de uma novela profundamente premonitória escrita em 1932 pelo britânico Aldous Huxley: "Um Mundo Feliz".

Fonte: Nova Ordem Global

COMENTO

Este texto e o anterior (VIGILÂNCIA ONLINE) abordam um tema que deve ser estudado com muita atenção.
Podemos pensar que se trata de exagero, "teoria da conspiração", maluquice, etc. Mas as tecnologias estão aí, cada vez mais desenvolvidas e com as "sobras" sendo disponibilizadas ao grande público.

O núcleo principal, ou os artigos de "primeira linha" somente virão ao nosso conhecimento depois de se tornarem obsoletos. Quem imaginava alguma coisa como o Google Earth há quinze anos atrás? Imaginem hoje, o que deve existir em termos de imagens satelitais! Maluquice? Exageros?

Postado por Tuaregue

PERPETUANDO O PARASITISMO POLÍTICO E ESPIRITUAL


Artigos - Direito

Fiéis à sua motivação neo-marxista, as tão chamadas leis de “igualdade racial” favorecem destrutivas sub-“culturas” partidárias, não as pessoas. Essa é a forma engenhosamente invertida de nazismo da nova esquerda.

O jornal O Estado de S. Paulo noticiou, num artigo de 30 de agosto, que o governo americano está interessado no Bolsa Família, um programa populista do governo brasileiro que provê dinheiro para milhões de brasileiros. Russlynn Ali, secretária-adjunta para Direitos Civis do Ministério da Educação dos EUA, disse que seu país está também interessado no Estatuto da Igualdade Racial no Brasil.

O que os EUA, ou mais especificamente Obama e seu partido, poderiam ganhar com o Bolsa Família? O Bolsa Família é uma estratégia política do Partido dos Trabalhadores, de Lula e Dilma Rousseff, que não oferece nenhuma solução real para o problema da pobreza, mas incentiva os pobres a verem um governo de Lula, Rousseff e outros de seus camaradas como um grande pai generoso. O Bolsa Família garante a perpetuação de seu parasitismo socialista no Estado brasileiro.

Agora, por que os EUA quereriam importar o Estatuto da Igualdade Racial? Não é uma política com raízes no Brasil. Aliás, tais políticas raciais (ou gays, ou feministas) foram em grande parte importadas dos EUA. Mas diferentemente dos EUA, onde enfrentaram oposição, as leis raciais no Brasil tiveram um desenvolvimento sem muita oposição resultaram numa estonteante perseguição aos cristãos que ousam questionar, mesmo em comunicações privadas, as supostas virtudes da bruxaria, candomblé e umbanda, tudo sob a capa da cultura negra.

Levar de volta aos EUA esta diabólica política neomarxista para sacralizar toda forma de satanismo e oprimir os cristãos seria levar de volta um monstro que cresceu no Brasil, mas nasceu nos EUA. WND noticiou algumas das consequências dessa política americana que se desenvolveu no Brasil:

“No Rio, um pastor pentecostal levou um criminoso a Jesus e o convenceu a se entregar à polícia. O Pr. Isaías da Silva Andrade acompanhou o ex-criminoso à polícia e quando lhe perguntaram como a vida dele havia sido transformada, o pastor respondeu que o ex-criminoso vivia sob a influência de demônios das religiões afro-brasileiras que o inspiravam a se envolver com conduta criminosa, mas agora ele encontrara salvação em Jesus.

Por causa desse relato inocente, o Pr. Isaías está agora sofrendo ações criminais por discriminação contra a ‘cultura’ afro-brasileira! Se condenado, ele cumprirá sentença de dois a cinco anos de prisão”.


O próprio Pr. Isaías é negro, mas, fiéis à sua motivação neo-marxista, as tão chamadas leis de “igualdade racial” favorecem destrutivas sub-“culturas” partidárias, não as pessoas. Essa é a forma engenhosamente invertida de nazismo da nova esquerda.


A visita de Russlynn Ali também aconteceu para assegurar um intercâmbio entre os negros americanos e brasileiros. A primeira grande iniciativa de intercâmbio foi iniciada por Condoleezza Rice, secretária de Estado dos EUA. Em 2008, sob a capa de “cultura”, ela visitou terreiros de bruxaria negra no Brasil, dizendo que os negros brasileiros haviam preservado o que os negros americanos haviam há muito tempo perdido. Um intercâmbio, ela disse, poderia ajudar os negros americanos a recuperar suas raízes.

Rice é filha de um pastor presbiteriano que quer que os negros voltem às suas raízes negras originais. E Isaías da Silva Andrade é um pastor negro brasileiro que quer que os negros renunciem às suas raízes negras originais para viverem para Cristo.

O intercâmbio infernal promovido — ao que parece — pelas elites dos dois grandes partidos políticos dos EUA coloca em perigo os cristãos, inclusive os cristãos negros, como o Pr. Isaías.

Julio Severo

CHUTARAM O BALDE DA "FAXINEIRA"

Artigos - Governo do PT

Chutaram o balde dela e quebraram a vassoura, que não tem mais serventia nem para ela montar e sair voando pelas noites de Brasília. A derrota fragorosa da faxina “vitoriosa” foi o tirombaço certeiro no pézão da madama. Não foi disparado pela oposição amansada; foi pelo dito "fogo amigo". (Amigo uma pinoia; se é fogo, não é amigo).

"Faxina, ora a faxina"; "A lei, ora a lei". Filhota do ditador Getúlio Vargas, confirmada pelos exames de DNA da maior confiança feitos até no Programa do Ratinho ("Us mano pédi / as mina dá / depois vai no Ratinho / pedí DNA..."), a palavra de ordem "A lei, ora a lei...", pegou; nada sofreu mais violências do que a lei na ditadura Vargas.

Agora, em pleno mandato da presidenta, temos a nova palavra de ordem: "Faxina, ora a faxina...", que também pegou. "Faxina" foi o primeiro grande achado do marqueteiro chapa-branca João Santana, que trabalha para o Poste vinte e quatro horas por dia, sete dias por semana, pago com a grana dos impostos pagos por nosotros.

É mais um "Cargo de Confiança", cuja produção bateu recordes nunca antes vistos "nestepaíz"; fala-se que são Vinte Mil, já ouvi Duzentos Mil e até Duzentos e Vinte Mil, todos nos bolsos dos petistas de carteirinha, a maioria nos bolsos de ex-metalúrgicos do ABC, enricados com toda a justiça pelo duro que dão nas boquinhas federais, estaduais e municipais.

Santana deve valer em euros o quanto pesa, embora tenha trabalhado só um dia em oito meses – nesse dia, num mágico insight, produziu sua obra-prima, a "Faxina", que de genial que era, saiu pela culatra. Nada destrói mais rapidamente um mau produto do que uma boa campanha de propaganda.

A boa campanha desperta a atenção de todos, que percebem na hora a enganação a que estavam sendo submetidos. Assim foi com a "faxina", percebeu-se que não passava de puro vento, daí o tiro no pé.

Vamos pular a "indenização" e as caronas nos jatinhos, em que a ministra Gleisi "Narizinho" Hoffmann meteu seu narizinho, e a gorda grana que a Jaqueline enfiou na bolsona Prada.

Como legítima ficha suja que é, Jaqueline viu tudo ser deixado como dantes no quartel de Abrantes pelos seus cúmplices da Câmara Federal.

Deixemos de lado o que é troco e fixemo-nos no que é "real money", muitos milhões para cima. Lembro o mau cheiro que exalou quando abriram-se as gavetas das salonas do Palácio do Planalto e da Esplanada dos Ministérios neste ano da (des)graça de 2011. Mermão Paloffi, ex-Casa Civil, como Erenice e Dirceu, o "Poderoso Chefão" segundo a Veja, ministro da cota do Cara, despencou quando a imprensa revelou a montanha de dinheiro que levou como assessor de misteriosas empresas. Foi um escândalo e tanto.

Como neste país do lullo-petismo o escândalo de amanhã só serve para fazer esquecer o de hoje, e os de anteontem já foram encobertos pelas brumas do passado distante, as sujeiradas de Alfredo Nascimento, cota do Cara e ex-Transportes, e de Wagner Rossi, cota do marido da Marcela e ex-Agricultura, serviram um para o esquecimento do outro e os dois para o esquecimento do escândalo do Mermão Paloffi.

O véinho ministro do Turismo é a bola da vez. Quero o endereço do médico dele, pois com mais de oitent´anos o de cujus deu uma festança num motel e mandou a conta pra nóis tudo pagá, pois foi paga com dinheiro público, et pour cause, ele sim é o "homem incomum", cota do Sarney – que o Cara, por motivos que desconheço, quem sabe os mesmos do véinho, batizou de "homem incomum".

Esse e o ministro das Cidades, que corre o risco de ser mandado para outra freguesia, assumem seus lugares na fila dos escândalos que podem "apagar" da lembrança os que animam a nossa vida hoje.

Quando a fedentina chegou a incomodar até as narinas do Poste, Santana deu à luz a "Faxina". Toda movimentação de troca de ministros era a limpeza ética, moral, que estaria sendo feita. Até FHC caiu na esparrela.

Na mesma manhã do mesmo dia a palavra "faxina", plantada sem dúvida pelo Planalto, dominou as manchetes dos jornais, rádios e tevês e blogs na internet.

A "faxina" passou a existir tout court ,mesmo sem existir; tome uma talagada de um princípio da comunicação: "Se a Globo deu, aconteceu", mas beba com moderação.

Como pontificou McLuhan "se o mito atinge a mídia, passa a ser real, ainda que não tenha nenhum contato com a realidade". A "faxina" nunca foi faxina, era só a troca das moscas, o material que as atrai continuava o mesmo. Ao trocar as moscas e começar a construir a imagem de "faxineira", o Poste assustou a base alugada.

Aí o Cara zuniu outra palavra de ordem: “Num si pode deixá us aliado pê da vida...”

A “faxina” ética, moral, virou imediamente “Faxina da Miséria”,
remendo marquetero do puro, do legítimo, do escocês. Como a “faxina moral, ética” faxinava a moral e a ética para baixo do tapete, a “Faxina da Miséria” vai faxinar a miséria para baixo do tapete, tentando escondê-la dos olhos dos otários como eu e você e da mídia estrangeira “inocente”. Será outro “Fome Zero”. Não caio nessa nem que a vaca tussa.

QUANDO MANTEGA FALA “REFORMA FISCAL”, ESCUTE “AUMENTO DE IMPOSTOS”.

Neil Ferreira é publicitário.

Publicado no Diário do Comércio.

QUEM É QUE MANDA NO PEDAÇO

Artigos - Educação

As reiteradas agressões a que os mestres estão sujeitos por parte de crianças e adolescentes são a face mais visível e violenta de um problema que se expressa por infinitos modos no cotidiano das escolas.

Professores, diretores de escola, bons alunos e bons pais sabem, todos, que o Estatuto da Criança e do Adolescente, ainda que concebido sob as melhores intenções, muito contribuiu para a irresponsabilidade dos menores num sentido geral e dos estudantes num sentido muito particular.


Digam o que disserem quantos desejem canonizar o ECA pela santidade de seus objetivos, o fato é que na ausência de autoridade, normas e sanções as condutas se desregram. E foi exatamente isso que passou a acontecer nas escolas a partir do momento em que foi fragilizada a autoridade de professores e diretores e consagrada a supremacia infanto-juvenil.

Não bastasse isso, no Rio Grande do Sul ao menos, quem quiser ser diretor de escola pública tem que fazer campanha e angariar votos entre os alunos... Depois, quando o colégio vira um sanatório, todos dizem - "Oh, que horror!".

As reiteradas agressões a que os mestres estão sujeitos por parte de crianças e adolescentes são a face mais visível e violenta de um problema que se expressa por infinitos modos no cotidiano das escolas.

Em número crescente, mediante palavras, gestos e atitudes, os escolares tratam de deixar claro aos professores quem é que manda no pedaço. São reflexos de uma visão desnorteada sobre o que seja a proteção às crianças e aos adolescentes. É uma perspectiva deformada, que inibe os professores, entre outras coisas, de conter um pirralho que esteja a fim de lhe dar alguns pontapés.

Há bem poucos dias, um desses decidiu sair porta fora da sala de aula e da escola. A professora tentou impedi-lo e passou a receber chutes. Como o braço da professora, por sorte, era mais longo do que a perna do agressor, ela segurou o menino pelo braço, mantendo-o longe de si. Tudo sob os olhos de dezenas de testemunhas infantis.
Resultado? A criança deve estar brincando no seu videogame enquanto a professora é convocada a dar explicações às autoridades educacionais. Afinal, ela havia cometido a brutalidade de segurar o braço de um aluno que a agredia. Sobre essas coisas, o aguerrido sindicato dos professores não dá um pio. A instituição só pensa em grana, plano de carreira e política. Nessa ordem.

Eis que para nos salvar do sanatório, a deputada Cida Borghetti (PP/PR) apresentou à Câmara dos Deputados um projeto de lei (PL Nº 267/11) restabelecendo algum bom senso na situação. A essência da proposta, que modifica o ECA, está neste artigo:

"É dever da criança e do adolescente observar os códigos de ética e de conduta da instituição de ensino a que estiver vinculado, assim como respeitar a autoridade intelectual e moral de seus docentes".


E neste parágrafo:

"O descumprimento do disposto no caput sujeitará a criança ou adolescente à suspensão por prazo determinado pela instituição de ensino e na hipótese de reincidência grave, ao seu encaminhamento à autoridade judiciária competente".

Quem estiver preocupado com a degradação dos valores e das condutas na sociedade brasileira, com a ruptura da ordem e a má qualidade da educação deve se manifestar em apoio a essa iniciativa, seja divulgando-a, seja junto à autora e ao Congresso Nacional, pelos muitos modos possíveis.

É certo que haverá reação dos setores comprometidos com ideologias totalitárias, sempre interessados em conceder facilidades à subversão da ordem e em gerar decepção com as instituições democráticas.

OS CARNEIROS INCAUTOS (PARTE 2)



O Incauto da Nova Era.

Também conhecido como "coletivista assumido". Não deve ser confundido com as pessoas que fazem estudos legítimos sobre mitologia, espiritismo e os ensinos do passado antigo. Estas são as pessoas que leem livros descartáveis como O Segredo e acham que realmente aprenderam um segredo.

Você não precisa caminhar sobre ovos com os Incautos da Nova Era ao falar sobre a N.O.M. É provável que eles abordem você sobre o assunto. O problema é que eles acham que é a melhor coisa desde que inventaram as varinhas de incenso perfumado! Por quê? Porque a visão deles de uma ordem mundial vem de uma sobreexposição às fantasias do tipo Jornada nas Estrelas e a uma forma subversiva de propaganda que gosto de chamar de "pensamento positivo".

Em sua maioria, os aderentes da Nova Era são pessoas que em um ponto ou outro em suas vidas enfrentaram alguma dificuldade muito grande, ao contrário do Incauto Feliz da Vida.
Entretanto, em vez de permanecerem firmes na luta, eles cederam e se encolheram como uma bola, para nunca mais fazerem qualquer esforço real em nada substancial novamente.

Em geral, eles fazem desculpas complexas para si mesmos, e adotam conceitos filosóficos do Oriente que não compreendem de verdade. Zen se torna uma desculpa para ignorar o resto do mundo e focar a atenção em algo irrelevante, como tecer cestos com palha de palmeira.

O Carma se torna uma desculpa e justificativa para qualquer evento ruim. A consciência de si mesmo se confunde com centrar-se em si mesmo.
Enquanto os Incautos Felizes da Vida enfocam superficialmente o mundo exterior, os aderentes da Nova Era enfocam superficialmente seu próprio mundo interior.

O Incauto da Nova Era não sai pelo mundo decidido a corrigir ativa e fisicamente os problemas. Eles seguem a visão do pensamento positivo, que é ignorar as coisas ruins e desejar que elas desapareçam, ou fazê-las desaparecer com "o poder da mente".


Não, não estou brincando. Todo aderente de Nova Era que já encontrei adere obstinadamente à crença que se eles se fixarem em bons pensamentos e desejarem aquilo de forma ardente por tempo suficiente, sua "energia mental" invisível mudará o meio ambiente para eles.

"Se todos fossem cegamente otimistas sobre todas as coisas, nossa sociedade seria perfeita", eles pensam consigo mesmos. Detesto ter de dar as más notícias para eles, mas nenhuma quantidade de "vibrações positivas" interromperá a implosão inflacionária do dólar, ou impedirá as pessoas que preferiram deliberadamente ignorar suas consciências de fazerem coisas terríveis.

Passei duas décadas praticando artes marciais, de modo que conheço bem a ideia da energia espiritual e mental. Entretanto, nas artes marciais, você aprende (corretamente, creio) que desenvolver o foco interior somente o prepara para a luta, porém não faz a luta desaparecer.

A Nova Era na verdade pode ser resumida como uma tentativa de cortar as arestas e agrupar respostas fáceis para os problemas muito complexos e intrincados da vida. É a metodologia de negação do preguiçoso, em que não existe uma realidade concreta, somente "pontos de vista".

Isso produz uma mentalidade de colmeia, porque a busca pelo individualismo é em si mesma uma maratona exaustiva, que eles não querem empreender.

O coletivismo aberto e declarado é muito mais fácil. Tudo o que você precisa fazer é seguir o enxame.
Além disso, como os aderentes de Nova Era forçam a si mesmos a se tornarem tão maleáveis, ao longo dos anos eles irão irrefletidamente se adaptar a qualquer circunstância terrível. Se a realidade é somente um "ponto de vista", então por que não pensar nas guerras e holocaustos como distúrbios ilusórios no tempo?

O único modo que já descobri de convencer os Incautos da Nova Era é mostrar sucintamente para eles que a Nova Ordem Mundial que as elites globais estão construindo não é a mesma que eles gostam de imaginar. Fazer com que eles leiam os documentos da ONU sobre governança global e documentos do governo federal, como o PDD 51 (uma Ordem Executiva que dá poderes ditatoriais ao presidente Obama no caso de alguma emergência) e o Programa de Trabalho Para Presos Civis pode ajudar.

Provavelmente, eles ainda acharão que um governo mundial único é uma boa ideia, porém pelo menos não apoiarão a versão das elites.

Os Incautos "Metidos a Ativistas".

Também conhecidos como "rebeldes com muitas causas e sem conhecimentos suficientes". Pelo menos estas pessoas estão dispostas a deixar suas casas e lutar por alguma coisa, mesmo sabendo pouco, ou quase nada, sobre aquilo pelo que estão lutando.
O problema é que a falta de visão e de uma compreensão profunda da maioria das questões os torna muito susceptíveis à manipulação. Estes são os "idiotas úteis" sobre os quais tanto ouvimos falar; as pessoas que apoiam os grupos anarquistas que promovem ideais socialistas (o que é uma contradição, pois o socialismo é contrário aos dogmas do verdadeiro anarquismo), as pessoas que acreditaram em tudo o que ouviram da Unidade de Pesquisas Climáticas, da Universidade de East Anglia, sobre aquecimento global, embora esse órgão nunca tenha liberado os dados das fontes primárias que provem que aquilo que eles diziam era verdadeiro, as pessoas que acusam o capitalismo e o livre mercado pelo colapso econômico, embora não tenhamos o capitalismo legítimo e o livre mercado há quase um século. Sem conhecer os fatos que estão por trás dessas questões, como alguém pode se envolver eficazmente nelas?

Os Incautos Metidos a Ativistas protestam não tanto para mudar o mundo, mas para se sentirem como estivessem mudando o mundo. Ser parte de algo maior, mesmo que seja uma tapeação, é algo que dá grande motivação.

Essas pessoas acham que compreendem as operações da política e da cultura, mas as fontes de informações que elas usam são na verdade estreitas e enviesadas.
A NPR (National Public Radio, http://www.npr.org), por exemplo, não é uma fonte confiável de notícias, e somente por que eles falam com uma voz monótona e com um sotaque britânico não significa que estejam informados sobre as tendências sociais subjacentes, ou que sejam objetivos.
A maior parte do jornalismo "progressista" é meramente o equivalente esquerdista da FOX: altamente saturado com desinformação e apertando botões para despertar as emoções.

Isso ajuda a criar uma subcultura que vê a si mesma como "alternativa", quando na realidade é o outro lado da mesma moeda do falso e velho paradigma.

A vantagem de lidar com os Incautos Metidos a Ativistas é que eles entendem que algo está muito errado no mundo. Isto é mais do que a maioria dos outros incautos consegue entender ao longo de toda a sua vida. A chave é mostrar para eles a imprecisão das fontes de informação em que eles confiam e fazê-los sair da armadilha mental da falsa esquerda/direita.

Enquanto continuarem a acusar a "direita" por todos os problemas do planeta, enquanto continuarem a acusar os adversários genéricos e fictícios que foram criados para eles pela mídia, nunca compreenderão por que nosso país continua no caminho para a autodestruição, a despeito de todos os seus discursos públicos.

Argumentos Comuns dos Incautos

A seguir estão alguns dos argumentos mais utilizados pelos carneiros incautos, bem como as respostas racionais para eles:

1) A N.O.M. é apenas uma "teoria da conspiração".
Ponha de lado o fato que os políticos e os líderes das finanças falam constantemente sobre a Nova Ordem Mundial em seus discursos, livros ou em entrevistas na televisão. A tentação aqui é chamá-los de incautos e iniciar uma troca de insultos.
Quando alguém nos acusa de sermos "teóricos da conspiração", o que ela está realmente dizendo é que somos mentirosos, loucos, ou ambas as coisas.
Logicamente, chamar alguém de mentiroso ou de louco não invalida seus argumentos. Ataques à personalidade como este têm o objetivo de interferir ou enfraquecer uma discussão legítima e lógica.
Force o incauto a tratar a informação que você apresentou, em vez de permitir que ele faça da sua personalidade o assunto do debate.
Esta regra também se aplica a você. Não chame a pessoa de "carneiro incauto" sem fundamentar sua afirmação e sem demonstrar como as crenças dela são inconsistentes.

2) Sou bem-informado e nunca fui um "carneiro".

A maioria dos seres humanos, independente do tempo em que vive, acha que compreende todas as coisas. Até mesmo na Idade Média, as pessoas achavam que tinham atingido o pináculo da compreensão. Elas são capazes de perpetuar essa ilusão porque raramente são desafiadas a provar a precisão de suas informações ou a sabedoria em suas perspectivas.

Desafie o conhecimento delas em questões específicas, e mostre para elas que sempre existe algo mais a aprender.

3) Não sou um "carneiro incauto"!

Vocé é, porque acredita em teorias da conspiração. Um dos principais fios que ligam todos os carneiros é que eles acreditam naquilo em que creem para que possam pertencer a um grupo, para que possam ser parte de uma maioria.
Aprofundar-se na pesquisa sobre a N.O.M. é a última coisa que alguém faz para "se encaixar". A simples menção dela já afasta os amigos, familiares, potenciais pessoas para namorar, etc.
Ninguém segue estas informações porque espera se sentir aceito pelas massas. Quem segue é porque sabe que é a verdade.

4) A N.O.M. não é possível porque envolveria um número muito grande de pessoas.

Alguém deixaria o gato sair da bolsa em algum momento. Na verdade, as elites globais permitem que o gato saia da bolsa constantemente. Elas falam de forma bem aberta sobre os planos para o governo mundial, o controle financeiro global, o controle e redução da população, e redigem leis que têm o propósito de limitar ou remover as liberdades civis.

5) Você está conectando pontos que não existem.

Nem eu, nem qualquer outro pesquisador precisa "conectar os pontos" quando temos as admissões públicas e os documentos das próprias elites.

6) Você está apenas disseminando o medo para chamar a atenção.

O termo "disseminar o medo" indica o uso de mentiras para induzir a histeria. Se as informações que apresentamos são verdadeiras e suportadas por fatos tangíveis, então como as outras pessoas são afetadas por elas não é problema nosso; é problema delas.
Francamente, aprender a verdade deve fazer uma pessoa se sentir capacitada, não histérica.

7) Tudo é simplesmente um caos.

Não existe este negócio de uma conspiração organizada para controlar o mundo. Os eventos que eles veem como caos fazem perfeito sentido para nós porque temos uma compreensão das informações que eles não têm. É simples assim. Os numerosos movimentos em um complexo cronômetro podem parecer como caos para alguém que não saiba o que é um cronômetro, ou o propósito das engrenagens e dos ponteiros.
Tente explicar o conceito de cor para um cego. Sem um relato completo dos fatos, é muito difícil para alguém saber alguma coisa.
Além disso, uma rápida consulta em qualquer enciclopédia, mesmo aquelas que passam por uma forte edição, revelará numerosas "conspirações" ao longo da história por pequenos grupos de homens para governar o mundo conhecido à custa do restante da população.
Por que isto foi perfeitamente possível um século atrás, ou cinquenta anos atrás, mas não seria hoje?

8) Sim, sei que a N.O.M. existe, mas e daí?

Não podemos impedi-la, então simplesmente viva sua vida e divirta-se enquanto puder. O niilismo é o pior tipo de doença mental, porque permite que uma pessoa cumpra constantemente suas próprias profecias por meio da omissão.
Quando se trata de um progresso cultural, não existe este negócio de cenário intransponível. Qualquer coisa pode ser realizada com a quantidade certa de inteligência e de esforço.
Os niilistas não se esforçam para corrigir os problemas com os quais são confrontados, depois dizem que estavam certos em serem niilistas porque nada mudou. Temos uma responsabilidade não apenas com nós mesmos, mas com o futuro. Temos uma responsabilidade de lidar com os problemas do presente, em vez de empurrá-los para a próxima geração.

9) É nossa falha que os globalistas perpetrem assassinatos e permaneçam impunes.

A maioria de nós é simplesmente tola demais. Isto é parcialmente correto. A pessoa mediana compartilha parte da culpa por não se educar a respeito das circunstâncias atuais, e por não tomar uma atitude. Entretanto, são as elites que iniciam os crimes que depois somos forçados a encarar ou ignorar. São elas que literalmente gastam bilhões de dólares em propaganda destinada a nos manter em uma névoa. Portanto, no fim, a maior parte da culpa é das elites, não do povo.

10) O que há de tão ruim com um governo global? Seria o fim das guerras, certo?

Um governo mundial criado com base em uma estrutura coletivista e governado por homens que acreditam que sejam "genética e filosoficamente superiores" ao resto de nós não corrigiria coisa alguma. Ele somente tornaria nossos problemas atuais piores. A guerra seria perpétua, pois sempre haverá povos que lutarão para se livrarem do despotismo, e até os governos planetários precisam criar o medo para manipular a população a caminhar em direção a certos objetivos.
Nossa economia será equalizada, o que significa dizer que ela será igualmente opressiva e feudal para todos. Além disso, as liberdades que usufruímos hoje serão uma coisa do passado amanhã. Qualquer pessoa que acredite realmente que mais governo nos torna mais "protegidos" não é apenas ingênua, mas é realmente um "carneiro incauto".

Rompendo a Barreira dos Incautos

Os carneiros incautos podem mudar. Já vi isto acontecer em diversas ocasiões. Se o incauto com o qual você está lidando em um determinado momento for um estranho ou um mero conhecido, talvez você ache que não compense o imenso esforço necessário para esclarecê-lo para os problemas que estão diante de nós. Mas, se o indivíduo for alguém de sua família, ou uma pessoa querida, você pode não ter escolha senão ir em frente.

Não há nada pior do que ver as pessoas com as quais você se preocupa sofrerem por que você não conseguiu adverti-las dos perigos iminentes.
As seções acima podem ajudar a facilitar o processo de despertar um membro do rebanho, embora os melhores esforços serão desperdiçados sem paciência e persistência.

Em toda pessoa existem barreiras e portas para a verdade. O truque é encontrar as chaves que abram essas portas e rompam as barreiras. Existem alguns que dirão ser fútil tentar, que devemos deixar tudo como está e que muitos já não podem mais ser ajudados.
Discordo. Se isto fosse verdade, então o Movimento da Liberdade não estaria fazendo os tremendos avanços que está conseguindo atualmente.
Não chegamos onde estamos agora desistindo quando as águas se tornaram turbulentas, e acredito que quando alguém escrever ou falar sobre esta época, será nossa perseverança sobre tudo o mais que será lembrada.

É uma tarefa árdua derrotar um adversário que não pode ser dissuadido, que não pode ser forçado a desistir. É praticamente impossível derrotar esse mesmo adversário quando ele também está certo.
Para aqueles na Nova Ordem Mundial, somos esse tipo de adversário. Desde que não vacilemos, o número de carneiros incautos diminuirá com o tempo, sendo substituído por indivíduos vibrantes e conscientes, e as ambições deturpadas dos globalistas não se concretizarão.
Autor: Giordano Bruno

OS CARNEIROS INCAUTOS (PARTE 1)

Sinais Que Podem Indicar Que Você Faz Parte do Grande Rebanho


Os carneiros incautos podem mudar. Já vi isto acontecer em diversas ocasiões. Se o incauto com o qual você está lidando em um determinado momento for um estranho ou um mero conhecido, talvez você ache que não compense o imenso esforço necessário para esclarecê-lo para os problemas que estão diante de nós.
Mas, se o indivíduo for alguém de sua família, ou uma pessoa querida, você pode não ter escolha senão ir em frente. Não há nada pior do que ver as pessoas com as quais você se preocupa sofrerem por que você não conseguiu adverti-las dos perigos iminentes.

Milhões de pessoas de vários países do mundo começaram a acordar para a ameaça muito real do globalismo repressivo que está sendo planejado, aquilo que a elite financeira e os políticos que trabalham para ela frequentemente referenciam como "Nova Ordem Mundial".

O movimento contra essa centralização de poder econômico e social ganhou tração em praticamente todas as esferas até o ponto em que a grande mídia já foi forçada uma vez ou outra a reconhecer sua existência e prevalência. Aqueles que trabalham há vários anos nesta organização ativista, que muitos chamam de "Movimento Patriota", ou "Movimento da Liberdade", já viram avanços incríveis na luta contra a desinformação e na propagação da verdade não-adulterada.
Nosso trabalho passou a ser divulgado pelas pessoas em seus círculos de relacionamentos, de forma viral, e o número de membros em nossa organização teve um rápido crescimento. Entretanto, a tarefa de diluir a ignorância na população em geral ainda está longe de terminar.


Cada pesquisador, autor e produtor de documentários que lida com a questão da Nova Ordem Mundial sofre com a triste experiência de encontrar pessoas que estão quase que criminosamente ignorantes dos fatos, e isso acontece com muita frequência.


Por um longo tempo, nossa frustração foi ampliada pela nossa incapacidade de definir especificamente o que faz essas pessoas serem do jeito como são. Será se algumas são apenas mentalmente inferiores e incapazes de processar os fatos com eficiência? Estão elas tão doutrinadas pelos grandes veículos da mídia dominante que não há mais possibilidade de retorno?

Existe uma diferença inata nas faculdades intuitivas que torna algumas pessoas rápidas em identificar uma mentira, e outras lentas? Existem muitas teorias sobre isto, mas uma coisa é certa: em nossa busca para informar as massas, sempre haverá aqueles que serão incapazes de ouvir ou entender aquilo que temos a dizer, por mais factuais, racionais e refinados que sejam nossos argumentos. Nós agora chamamos a essas maravilhas da rusticidade intelectual de "carneiros incautos".

Os "carneiros incautos" podem ser encontrados em todos os países, em todas as etnias, em todas as organizações religiosas e em toda subcultura. Após anos de exame e experiência, tornou-se muito mais fácil para o Movimento da Liberdade identificar e categorizar as várias formas de carneiros incautos e entender os gatilhos na mente humana que fazem alguns ignorarem deliberadamente a lógica e a sabedoria. Já escrevi no passado sobre esses gatilhos, incluindo meu artigo "Sheeple: Why They Are The Way They Are", que pode ser lido em http://neithercorp.us/npress/?p=182.

Acredito que seja importante abordar a questão outra vez, especialmente à luz das tentativas recentes da mídia dominante, junto com a ADL (Antidifamation League) e a SPLC (Southern Poverty Law Center) de demonizar nosso movimento e nos retratar como os personagens rapaces dos desenhos animados na mente do público em geral, o que tornará as coisas ainda mais difíceis para nós no futuro próximo, se não estivermos preparados.
Para aqueles que estão no movimento, saber quando você está lidando com um carneiro incauto, por que eles funcionam cognitivamente daquele modo e como você pode conseguir contornar seus bloqueios mentais é de máxima importância hoje.

Cada nova pessoa que é despertada a respeito do abismo em que está prestes a cair pode oferecer uma pequena ajuda para enfrentar a tirania e defender a liberdade de pensamento. Cada pessoa é importante. Com o mundo à beira da ruína financeira e política devido às manipulações e à própria mecânica do elitismo, precisamos trabalhar mais arduamente do que nunca antes.

Nem todos que estão ignorantes ou que não receberam educação sobre os detalhes intrincados do globalismo, do funcionamento dos Bancos Centrais e da Nova Ordem Mundial, são necessariamente "carneiros incautos".

Todos nós, um tempo ou outro no passado, estivemos praticamente sem pista alguma sobre as operações reais do nosso governo e da nossa economia por trás da proverbial cortina. Descobri que muitas pessoas estão bastante abertas para as informações que disponibilizo, desde que eu faça isso de um modo que não seja imediatamente massacrante para elas, e desde que eu apresente evidências sólidas para confirmar cada uma de minhas afirmações.

É importante poder fazer a distinção entre aqueles que realmente têm o raciocínio lento e aqueles que simplesmente não receberam uma exposição adequada dos fatos.

A seguir, vou listar minhas observações sobre os vários "tipos" de indivíduos incautos e como reconhecê-los. Tenha em mente que algumas pessoas podem se encaixar em mais de uma categoria.

O Incauto Feliz da Vida. Também conhecido como "Mauricinho"
ou "Patricinha".

A vida é uma festa para estas pessoas. Desde que elas não sejam afetadas pelas circunstâncias imediatas dos problemas que estejam ao seu redor, elas não poderiam se preocupar menos com política, economia, guerra ou com a enganação do governo.

Elas podem até estar cientes dos fatos terríveis que estão por trás de alguma questão, mas enquanto a rotina de sua existência neste mundo permanecer intacta, elas têm pouca motivação para mudar seu modo de pensar, ou mudar seu mundo.

Na verdade, alguns Incautos Felizes da Vida gostam de uma ou duas catástrofes aleatórias, pois isso serve de assunto para as conversas rápidas em volta da máquina de fazer café na empresa.

Os principais interesses deles são o consumismo irrestrito (o acúmulo de coisas desnecessárias) e experiências sexuais sem envolvimento emocional (o acúmulo de uma falsa autoconfiança). Em grande parte, o que eles sabem sobre o mundo foi derivado dos quinze minutos diários assistindo ao noticiário das principais emissoras de televisão. Frequentemente, eles repetem alguns pontos que ouviram nos principais canais de notícias, mas raramente têm alguma ideia original.

Já observei que esses homens e mulheres são normalmente do extrato mais alto da classe média, de famílias de colarinho branco.
Provavelmente eles foram mimados e protegidos do sofrimento que existe do lado de fora da bolha de conforto em que nasceram e, provavelmente, nunca tiveram de lutar para conseguir alguma coisa na vida, o que lhes deu um senso audacioso de possuir direitos. Muitas dessas pessoas rompem com esse padrão mental por sua própria conta.
Já conheci vários casos assim. Outras, porém, se recusam a ver o óbvio, a não ser que sejam confrontadas com a possibilidade de virem a perder algo se não tomarem uma atitude.

O Incauto Metido a Intelectual.

Este é meu tipo favorito. Estas pessoas pensam muito de si mesmas; têm uma autoestima muito elevada. Algumas até mesmo se veem como parte da elite (embora a maioria não seja). Normalmente, são pessoas da "classe profissional", e são médicos, advogados, bancários, investidores, professores universitários, cientistas, etc.; algumas podem ainda não ter saído da universidade, porém já começam a demonstrar um complexo de superioridade.

O Incauto Metido a Intelectual acredita que o mundo da academia não comete erros, ao contrário dos verdadeiros eruditos, que sempre têm a sabedoria de questionar as conclusões da academia. Para mim, um diploma de uma universidade de primeira linha é pouco mais do que um pedaço de papel de 100 mil dólares; ele não me diz nada sobre a verdadeira inteligência da pessoa que o ostenta.

Basta somente olhar para os analistas financeiros "profissionais" da grande mídia, que cegamente apoiaram a economia keynesiana e se recusaram a reconhecer as bolhas que estavam sendo criadas pelas taxas de juros artificialmente baixas fixadas pelo Sistema da Reserva Federal (um banco central privado) e a mentalidade do dinheiro de graça. A cara formação educacional deles não serviu para nada e a economia mundial está agora em um ruinoso declínio.

A conclusão é que, em grande parte, a "educação superior" é, na verdade, doutrinação. As pessoas que obtém diplomas em Economia aprendem aquilo que o sistema financeiro quer que elas aprendam, e nada mais.

O mesmo se aplica a qualquer outro campo de estudo em que as informações são extremamente centralizadas e filtradas. Todavia, o Incauto Metido a Intelectual têm uma fé tão malcolocada na torre de marfim de sua universidade de primeira linha que assume que atingiu o pináculo do conhecimento. Aqueles que não entram nesse sistema como o Metido a Intelectual entrou, passam a ser ignorados ou ridicularizados sempre que apresentam uma opinião diferente.

Esse tipo de carneiro incauto é movido pelo desejo de obter respeito, poder e, algumas vezes, admiração e adulação servis. Na verdade, para eles, ser inteligente é menos importante do que conseguir fazer os outros acreditarem que eles são inteligentes sem questionamentos.

Quando desafiados a provarem sua inteligência, eles frequentemente respondem com indignação. Eles nunca, ou raramente, consideram a possibilidade que possam estar errados em qualquer assunto, especialmente se for um assunto ligado à sua formação universitária.

Quando se veem enfrentando alguém que tenha uma melhor compreensão sobre um assunto, eles não cedem. Em vez disso, recorrem às táticas subversivas de debate para confundir a discussão, saem pela tangente para evitar o confronto direto e, quando estão realmente encurralados, proferem frases usando um vocabulário obscuro, na tentativa de impressionar os outros e desviar a atenção do fato que eles não têm ideia sobre aquilo que estão falando.

Os Incautos Metidos a Intelectuais são fáceis de identificar pelo seu comportamento arrogante. Eles tendem a se distanciar de canais de televisão como FOX e CNN e leem publicações como Forbes e Foreign Affairs (a revista oficial do CFR, o Conselho das Relações Internacionais), que ainda são propaganda, porém de uma natureza mais complexa. Eles respondem à maioria dos argumentos com um sorriso, devido ao excesso de confiança, até que percebam que estão sendo vencidos, e então tendem a perder a compostura. É necessário que eles passem por muitos embaraços em público para que comecem a corrigir seus modos.

O Incauto "Idiota da Classe Trabalhadora".

Também conhecido como "bom sujeito". (Nota especial: Venho de uma formação paralela, de modo que estou muito familiarizado com esse tipo de indivíduo.)
Você poderia pensar que as pessoas que pensam de si mesmas como conservadoras estariam cientes do ímpeto rumo ao governo global e ao fato que grupos como a Al-Qaeda sejam um conto da carochinha para nos distrair da verdadeira ameaça: o elitismo socialista misturado com os interesses das grandes empresas e com a burocracia inchada do governo federal.

Aparentemente, este tipo de carneiro incauto gostaria de ouvir falar sobre o assunto, porém o jogo de futebol já começou na televisão, a mulher está reclamando de alguma coisa e as crianças não param de rabiscar as paredes da casa. Tal é a vida de um homem sem prioridades válidas.

Essas pessoas são normalmente subservientes ao neoconservadorismo, uma ideologia que é estranhamente idêntica ao socialismo com uma inclinação empresarial. Mussolini tinha um nome para essa combinação, mas a palavra agora fugiu da minha lembrança...

Não é que elas gostem do grande governo, do socialismo e da perda de suas liberdades, é simplesmente que elas são ignorantes demais para perceber que é para isto que estão contribuindo quando apoiam o atual Partido Republicano. Esses carneiros incautos são muito competitivos.

Infelizmente, porém, eles não alcançaram muitas realizações em suas vidas, o que os forçam a viver substitutivamente por meio dos sucessos dos outros, como equipes esportivas, personalidades políticas, e soldados enviados aos buracos do inferno em países do Terceiro Mundo para matar os "caras maus". Ganhar, independente se a luta é legítima ou justificada, está no alto da lista para o Idiota da Classe Trabalhadora.

Eles gostam de acreditar que têm um profundo relacionamento com sua consciência, o que aumenta a dor quando alguém tenta explicar alguma coisa para eles. Esses homens estão justificados em suas próprias mentes por um conjunto de falácias lógicas que deixaria qualquer psicólogo chocado. Ser racional não é importante para aqueles que são veementemente justos aos seus próprios olhos.
Eles são os "bons sujeitos", qualquer um que discorde deles é um "mau sujeito", e isto é tudo. A mentalidade deles os torna muito fáceis de enganar e muito fáceis de liderar.

O Idiota da Classe Trabalhadora adora assistir a televisão. Mais de dois ou três dias sem televisão e ele começa a tremer como um viciado em drogas sem consumir sua dose habitual. Ele assiste à programação da FOX religiosamente, porém não comentaristas inteligentes, como Andrew Napolitano.
Ele gosta muito mais de tipos psicóticos, como Bill O'Reilley, que profere bobagens sem fundamento. Quando encurralado em uma discussão, esse tipo de carneiro incauto tenta todo truque que conhece para depreciar ou intimidar seu oponente.
Quando isso não funciona, ele não vê problemas em recorrer à violência. Como convencer este tipo de carneiro incauto? Encontre uma personalidade de mundo esportivo, um republicano proeminente, ou um militar que fale abertamente sobre a N.O.M. (existem alguns por ai). Somente então ele tirará as vendas dos olhos.

AS NOVAS OBRIGAÇÕES DA IMPRENSA


(Título original “As novas obrigações da imprensa como espaço político”)

O espaço político contemporâneo transferiu-se para os veículos de comunicação. Esta frase cunhada pelo sociólogo espanhol Manuel Castells já é quase um lugar comum entre os eleitores, mas a imprensa faz de conta que não tem nada a ver com a questão. Não há mais política sem os veículos de comunicação em massa, que foram transformados no ambiente preferencial para a definição do poder. As hegemonias não se decidem mais no Parlamento, mas nas manchetes de jornais e dos telejornais.

Esta constatação já é corrente entre os pesquisadores da política contemporânea, mas ainda questionada pelos parlamentares e pela imprensa por causa de interesses corporativos. Deputados e senadores resistem a admitir que as sessões do Parlamento deixaram de ser relevantes como ambiente para a produção de atos políticos para se transformarem em cenário para protagonismos cênicos voltados mais para as câmeras e microfones do que para o plenário. Já a imprensa acredita que continua sendo uma observadora isenta, quando de fato está fornecendo a matéria prima para que os marqueteiros formatem as mensagens que chegarão até nós, os consumidores de informações.

Mais diversidade

O tema parece complicado porque vai contra ideias, valores e comportamentos estabelecidos há tempos. Mas é quase óbvio. A midiatização da política, ou o que Castells chama de “política informacional”, é o resultado de um processo bem antigo e que no fundo está diretamente ligado a um fenômeno conhecido por todos nós – o crescimento demográfico e a democratização do acesso à informação. Quando poucas pessoas estavam habilitadas a participar da política, votando ou não, e quando os canais de comunicação eram escassos, a política acontecia de forma direta, sem a necessidade de intermediários com a imprensa.

Mas, na medida em que a população do planeta cresceu, os veículos de comunicação de massa foram se tornando cada vez mais necessários para intermediar a relação não apenas entre as pessoas comuns, mas entre elas e os tomadores de decisões e os governantes. O avanço da tecnologia também contribuiu, e muito, para que essa intermediação se tornasse cada vez mais complexa e generalizada. Como era inevitável, a intermediação gerou uma indústria altamente lucrativa no segmento da informação e do entretenimento. Não houve nenhum maquiavelismo premeditado no desenvolvimento da grande aldeia global prevista por Marshall McLuhan.

O problema surge quando os políticos e os executivos da indústria da comunicação ignoram ou minimizam as mudanças ocorridas na esfera da comunicação provocadas pelo surgimento da digitalização, da computação e da internet. Os políticos fazem de conta que a política ainda é decidida nos parlamentos e nas urnas porque este é o ambiente que eles conhecem e controlam. Por sua vez, os executivos da indústria da informação e entretenimento, hoje cada vez mais entrelaçadas (infotainment), agarram-se ao discurso construído em torno a uma imprensa que já não existe mais, aquela em que a notícia era isenta de interesses políticos e onde as empresas eram movidas pela mais genuína preocupação com o público.

A transformação da mídia em espaço político preferencial, como conseqüência das mudanças ocorridas na realidade social e econômica, altera irremediavelmente as bases sobre as quais se apóia o discurso tanto dos políticos como da indústria do infotainment. Os políticos sabem que hoje uma campanha eleitoral não depende mais de propostas e ideias, mas de um bom marqueteiro, de muito dinheiro e um ágil assessor de imprensa. Os eleitores sabem que, uma vez eleitos, a grande preocupação dos políticos é garantir recursos financeiros para a próxima eleição.

Por seu lado, a indústria da comunicação usa a relevância que lhe foi dada pela evolução social, econômica e tecnológica da sociedade para ganhar dinheiro, apoiando-se num discurso que poderia ter sido válido no início do século 20, mas que hoje perdeu seu significado. A imprensa não é mais uma observadora imparcial e distante, mas é parte essencial do jogo político. Sem ela, todo o modelo das eleições diretas, da transparência econômica e administrativa, da prestação de contas dos governos e da participação popular torna-se letra morta.

A indústria dos jornais nega-se a reconhecer esta mudança porque isso significaria reconhecer que é parte interessada, ou pelo menos beneficiada, no jogo político. Portanto teria que mudar seu discurso. Em vez de cada jornal se apresentar como o mais isento, fidedigno e objetivo – adjetivos que se tornaram inócuos diante do aumento da complexidade informativa –, teria que passar a defender a diversidade de veículos de informação e a transparência corporativa, já que são protagonistas efetivos do jogo político e o eleitor precisa conhecer quais os interesses que movem cada empresa jornalística.

Futuro modelo

A midiatização da política não implica a eliminação das indústrias da comunicação e da informação. As empresas jornalísticas continuarão sendo parte do sistema de comunicação pública. Não podemos cair na ilusão de que o governo, seja qual for o seu nível (federal, estadual, municipal ou local), é capaz de garantir a diversidade, transparência e contextualização (causas, conseqüências, beneficiados e prejudicados) das noticias e informações oferecidas ao eleitor. Atualmente, os governos são exercidos por políticos que como tal têm interesses, logo a instituição acaba contaminada por esses mesmos interesses.

Ainda é impossível vislumbrar qual será o modelo futuro da imprensa e da comunicação num ambiente onde a informação é a matéria prima mais valorizada. Mas uma coisa já sabemos. A imprensa precisa mudar o seu discurso, suas responsabilidades e comportamentos numa era em que a sua matéria prima, a informação, tornou-se uma espécie de DNA de nossa existência civil.

***

[Carlos Castilho é jornalista e professor universitário]

O TRIBUNAL MIDIÁTICO


Espanto, perplexidade, surpresa. Alguém em sã consciência poderia dizer que teve uma destas reações ao deparar com a capa da revista Veja (nº 2232, de 31/8/2011)? Só se for a de um brasileiro residindo em Berlim ou em Nairobi. Veja pode ser acusada de práticas jornalísticas pouco usuais, politicamente destemperada, editorialmente desequilibrada, mas não pode ser acusada de incoerência. No caso atual, a eterna “bola da vez” é o combativo militante petista – e sempre combatido pela revista – José Dirceu. E quem apostar que está difícil nesses tempos de turbulência na economia internacional “emplacar” um escândalo com fortes cores nacionais apostará corretamente, pois nesses casos a revista da Abril lança mão de seu tema-de-escândalo-habitual: Zé Dirceu.

Uma rápida busca nos arquivos digitalizados da própria revista mostra nada menos que 49.587 resultados quando preenchemos o campo de pesquisa as palavras “José Dirceu”. E se formos pesquisar por edição, teremos que bisbilhotar – algo que a revista faz com maestria – nada menos do que em 91. Este é o número de vezes em que, no período 2002-2011, José Dirceu irá figurar na capa da revista, seja na manchete ou em chamadas secundárias.

Em uma breve retrospectiva vemos o vírus insidioso da intriga em seu nascedouro, como a farejar a proximidade inevitável do poder. E assim nasce a primeira chamada lateral de capa (25/9/2002): “José Dirceu: O homem que faz a cabeça de Lula”. E perfil mostra o guerrilheiro que treina em Cuba, participa ativamente da luta contra a ditadura brasileira e, foragido, se submete a uma cirurgia plástica no rosto. A segunda “aparição”, ocorre na edição de 6/11/2002, quando Dirceu divide a capa-palco com dois outros ministros do primeiro governo Lula – Antonio Palocci e Luiz Gushiken. Os três vestidos a caráter para ilustrar a chamada que guarda certa nostalgia dos tempos do Brasil Império. Diz a manchete: “A cúpula da nova corte – Os três mosqueteiros com quem é preciso falar para ser ouvido no governo Lula”. O texto tem um único objetivo: mostrar quem tem poder real no novo governo e classificar as demais autoridades como meros figurantes, resultado de acertos de promessas a partidos políticos ao longo da campanha presidencial.

Escolhidos a dedo

Chega o ano de 2004 e Veja mostra a que veio, elegendo José Dirceu como representante-mor do “mal” que se apossa do corpo do Brasil, quase como uma entidade sobrenatural, não obstante a chamada lateral de sua capa de 3/3/2004 parecesse vender a imagem de um ex-ministro-todo-poderoso em franca desgraça: “José Dirceu: O ministro continua encolhendo”.

Para chegar à tese do encolhimento do detentor de poder político, a revista vinha desde 2003 lançando farpas e lanças, como par dividir de forma irremediável aqueles mesmos três que antes saudara como sucedâneos de Athos, Portus e Aramis. É o período em que escapa da artilharia pesada apenas o D’Artagnan redivivo em Luiz Inácio Lula da Silva. E escapa porque consegue se manter em crescente popularidade junto aos milhões de súditos, para usar a metáfora acolhida pela revista. Logo na semana seguinte a edição de Veja (10/3/2004) traz seu rosto tomando toda a capa e os dizeres simulando desabafo do retratado: “Dirceu: Não vou sair do governo”.

São muitas matérias, geralmente citando fontes em off, frases recolhidas fora do contexto em que foram ditas e reajuntadas a contextos mais atuais, mas tendo um único objetivo: manter com Dirceu a aura de malévolo, gângster, traficante de influência nato e outros epítetos nada lisonjeiros a alguém que tem claro protagonismo político e partidário, além de sagaz operador do governo que ajudou a eleger ao criar estratégias vitoriosas e reconhecidas mesmo por seus mais acerbos adversários. Esta abordagem que cada vez mais se enraíza no modo-Veja-de-fazer-jornalismo deságua em outra capa com o rosto do ex-ministro e a manchete premonitória e sombria (3/8/2005): “O Risco Dirceu”.

De 2005 a 2007, José Dirceu estará sempre relacionado com o que a grande imprensa optou por chamar de “Mensalão do PT”. Matérias e quase-reportagens no período esposarão teses fatalistas tendo como ponto de convergência o impeachment do presidente Lula, a desmoralização completa dos partidos de esquerda, em particular do Partido dos Trabalhadores. As “páginas amarelas”, aqueles que abrem as edições de Veja com “grandes entrevistas”, serão literalmente amareladas com entrevistados que desenvolvam qualquer tese, por mais estúpida que seja, para desmerecer ou se contrapor frontalmente a quaisquer das políticas públicas mais vistosas do governo Lula: o Bolsa Família, a transposição de águas do Rio São Francisco, o ProUni, a política de ações afirmativas (cotas para negros, índios nas universidades). Entrevistados mostrarão por a+b que o Bolsa Família é na realidade uma Bolsa-Esmola, que o programa tem apenas apelo eleitoral, é insustentável e só tem porta de entrada.

Lembram dessas histórias? Entrevistados escolhidos a dedo para prestar sua devoção incondicional aos cânones do neoliberalismo, ao papel mínimo do Estado, ao sacrossanto direito a extensões de terras para corar de inveja os faraós do antigo Egito. O acesso de afrodescendentes às universidades através de cotas receberá a cada semana um novo petardo onde tais luminares encontrarão apenas mazelas sociais no Brasil e nunca mazelas raciais.

Imprensa criminosa

Na edição de 19/9/2007 a chamada lateral na capa é um primor de síntese da atividade judiciária: “Caso MSI/Corinthians: A Polícia Federal descobre as pegadas de José Dirceu”. A criminalização de José Dirceu parece fazer parte do manual de redação da revista. É quando Veja levanta suspeitas, investiga, acusa, julga, condena, acompanha o cumprimento da pena e veta qualquer direito ao contraditório. O Tribunal Midiático parece ter mais poder destruidor que Tribunal regular, instância judiciária em uma sociedade democrática.

O Tribunal Midiático recebe o apoio não falado, não escrito, não reverberado, não consignado de seus pares, igualmente juízes e donos do mesmo poder de noticiar, informar, afirmar, acusar, julgar, condenar. Para integrar tal Corte basta ter jornal impresso com alta tiragem e ampla circulação diária, ter concessão pública de exploração de canal de tevê aberta e emissora de rádio com cobertura nacional em AM e FM, além de vistosos portais na internet e a propriedade de alguns canais de tevê a cabo.

Como um contrato de gaveta, sem legitimidade ou valor legal perante o Poder Público, os que integram o Tribunal Midiático agem à la James Bond, aquele velho personagem vivido por Sean Connery, cujo poder estava inscrito em sua identidade: “Licença para matar”. A verdade é que a maior concessão que um capo da mídia pode fazer em relação a um desafeto é lhe conceder, eventualmente, espaço para escrever algo, colocar de pé uma ideia. Mas nunca para se contrapor de maneira frontal e explícita contra o veículo de comunicação que assaque contra sua honra, invada sua privacidade, utilize de banditismo para fazer circular a “sua” verdade sobre um determinado assunto. Qualquer assunto.

Chega agosto, mês de desgosto para alguns, mês de tragédias nacionais na política brasileira (Getúlio Vargas, Jânio Quadros etc). E a revista Veja parece continuar impressionada com a saga de Mario Puzo, com o seu Don Corleone, de O Poderoso Chefão. A capa da edição de 31/8/2011 traz o rosto de José Dirceu, óculos escuros, meio-sorriso mafioso, bem versão Marlon Brando, vestindo o personagem de Puzo. O texto de capa é, muito provavelmente, o mais destoante entre uma chamada de capa e sua matéria interna: “O Poderoso Chefão / O ex-ministro José Dirceu mantém um ‘gabinete’ num hotel de Brasília, onde despacha com graúdos da República e conspira contra o governo da presidente Dilma”.

O que merecia mesmo uma ampla reportagem é a metodologia adotada pela revista para cumprir sua pauta. Repórter se passando por companheiro de quarto de hotel de José Dirceu. Repórter tentando conseguir a chave do apartamento de José Dirceu com a camareira. Imagens citadas/retratadas na revista como se houvessem sido cedidas pela segurança do hotel – aliás, e isso parece inacreditável, o mesmo hotel que lavrou boletim de ocorrência em delegacia de polícia dando conta de hóspede suspeito querendo invadir um quarto. Etc., etc., etc. Os crimes lançados na “reportagem” infelizmente, para a revista, não são tipificados no Código Penal brasileiro: receber visitas em seu quarto de hotel, visitas que tanto podem ser de entregadores de pizza ou comida chinesa, como de parlamentares ou mesmo ministros de Estado.

Não discorro mais sobre o assunto porque Ricardo Kotscho já disse tudo sobre esta última parte (ver “Repórter não é polícia; imprensa não é justiça”. A pulga que tenho na orelha é saber se, por algum acaso, repórteres de Veja estagiaram recentemente no jornal News of the World do realmente mafioso midiático Rupert Murdoch. Caso tenham estagiado, pelo jeito não aprenderam bem as lições que somente uma imprensa criminosa poderia ensinar.

***

[Washington Araújo é mestre em Comunicação pela UnB e escritor

A PRESIDENTE-TAMPÃO


Em 2014, Luiz Inácio Lula da Silva será candidato à Presidência da República e ponto. O plano foi e é esse desde que a idéia de tri-eleição naufragou.

De tão evidentes, as provas disso não deixam lacunas para tergiversar. Da invenção de Dilma Rousseff à governança paralela que Lula insiste em manter. Da arrumação dos palanques municipais para as eleições do próximo ano às extemporâneas declarações do próprio Lula e de seus escudeiros, como as do ministro Gilberto Carvalho, de que Dilma disputará um segundo mandato.

Não há hipótese. Será Lula. E sempre foi.

Se a economia e o embate político não são de todo previsíveis, o raciocínio etário é cartesiano. Nas eleições de 2014, Lula terá 69 anos. Se vencer, poderá ser reeleito aos 73 anos. Se deixar Dilma disputar em 2014, terá maior dificuldade para emplacar dois mandatos consecutivos, já que em 2022 estará com 77 anos.

Não que a idade impeça uma eleição. Mas impõe desvantagens, especialmente quando há lideranças jovens e ambiciosas, a exemplo do governador do Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), nascido em 1965, ou Aécio Neves (PSDB-MG), de 1960, só para falar de nomes que já estão na roda. A idade também tem sido usada entre os adeptos do tucano José Serra, que, em 2014, terá 72 anos. Seria a sua última chance, argumentam.

Em dezembro de 2007, quando o Senado derrubou a CPMF, desobedecendo ao presidente para obedecer aos reclames do país, Lula enterrou de vez o sonho do terceiro mandato contínuo. A derrota ali deixou claro que ele não conseguiria obter 3/5 do Congresso para aprovar a re-reeleição.

Esconjurou os senadores, desatinou ainda mais em cada palanque e moldou a candidata ideal, que jamais lhe faria sombra.

Sua afilhada foi e continua sendo a perfeição. Nem mesmo o vai e vem no que pensa e diz atrapalham o figurino que Lula imaginou para ela. Afinal, é alguém que não pode ser inodora, muito menos cheirosa. Não pode ser medíocre, muito menos brilhante.

Dilma é exatamente isso. Pode ser brava, mas não é nem cheirosa, nem inodora, nem medíocre, nem brilhante.

Portanto, não há por que se espantar com suas idas e vindas. Ora ela fará – e verá que avançou demais, como na marqueteira “faxina ética” -, ora deixará de fazer. Ora defenderá ajuste nas contas, ora mandará gastar, como mostrou na peça orçamentária enviada ao Congresso dois dias depois de anunciar aperto nos cintos. É assim que Dilma foi desenhada para ser. Ela sempre soube como seria. Quando foi candidata, e agora, na Presidência.

Já Lula, esse é um caso único de quem prepara a rentrée sem jamais ter saído.



Mary Zaidan é jornalista, trabalhou nos jornais O Globo e O Estado de S. Paulo, em Brasília. Foi assessora de imprensa do governador Mario Covas em duas campanhas e ao longo de todo o seu período no Palácio dos Bandeirantes. Há cinco anos coordena o atendimento da área pública da agência 'Lu Fernandes Comunicação e Imprensa,

PRESIDENTE DO PSDB; "DILMA ESTÁ SUJA. QUEM A SUJOU?"

Para o presidente do PSDB, o governo Dilma Rousseff “não vai terminar bem.” Aposta que, em 2014, o candidato do PT será Lula. Provoca:
“Terá de explicar o fracasso dela, que tem origem nele. A Dilma está suja, mas quem sujou ela? Não fomos nós."

Abaixo, entrevista de Guerra ao blog:

- FHC fala em busca de “convergencias”. Aécio Neves, em pacto pela governabilidade. Roberto Freire vê adesismo. Falta rumo à oposição?

- Não. A oposição define seus rumos. Falta rumo ao governo. Pode faltar à oposição, numa ou noutra circunstância, senso de oportunidade. O PSDB é recorrente nisso.

- Como assim? Às vezes o partido tem dificuldade de se apropriar das oportunidades.

- Isso ocorre em relação a Dilma? Num primeiro momento, a presidente fez uma intervenção no Ministério dos Transportes. Reagiu à imprensa. Vacilou, mas interveio para melhorar a pasta. Temos tranqulidade para elogiar. Mas o gesto não foi desenvolvido. Não chegou aos outros ministérios. O do Planejamento, por exemplo, tem participação na desordem dos Transportes.

- Refere-se a Paulo Bernardo?

- O Planejamento, na época em que era gerido por ele, autorizou recursos para aditivos contratuais inexplicáveis ou viciados. Dilma silenciou, protegeu. Ficou claro que não agiria contra o PT. Como não agiu no PMDB. Na Agricultura, o ministro [Wagner Rossi] se deu conta de que não poderia continuar. No Turismo, os desmandos são anteriores ao ministro atual [Pedro Novais]. Dilma não agiu também na pasta das Cidades [gerida por Mário Negromonte, do PP].

- Como explicar, então, as manifestações de FHC e Aécio?

- Fernando Henrique é movido por inspirações republicanas, não partidárias.

- Retribui as gentilezas de Dilma?

- A Dilma o reconheceu de forma civilizada. E ele também a reconheceu civilizadamente. Imaginou que Dilma continuaria o que estava fazendo. Fernando Henrique não é Lula, torce por um Brasil decente.

- E quanto a Aécio?

- O que afirmou não é diferente do que disse a vida toda: se o governo desejar fazer reformas, aprofundar investigações seriamente, estaremos do lado. Ele é construtivo. Mas não vacilou na condenação dos fatos.

- Roberto Freire, então, erra quando fala em adesismo?

- Totalmente.

- Para onde vai o PSDB?

- Vamos renovar os nossos atores, abrir o partido, renovar o discurso e ter uma conversa única. Teremos uma nova proposta. Está sendo trabalhada no Instituto Teotônio Vilela, pelo Tasso [Jereissati] e no partido todo.

- Afinal, qual é o rumo da oposição?

- A gente está numa ação reativa. Esses episódios recentes nos surpreenderam –o avanço e o recuo da Dilma. Mas a questão central é que ela não está governando. Semanas atrás houve uma greve dos aliados dela que paralisou o Congresso. Não há possibilidade de fazer um governo decente com essa base de sustentação. Cabe à oposição ter coerência e tranquilidade. Tucanos pensam e falam. Mas normalmente não falam as mesmas palavras.

- Isso não denota falta de rumo?

- Rumo, nós todos no Brasil estamos procurando. O PSDB desenvolve um novo caminho. Não sei se outros terão condições de fazer.

- Refere-se ao PT?

- A desordem no PT é brutal. Toda crise do governo nasce no PT e na base partidária que o rodeia. Impossível governar com essa base pervertida.

- Sob FHC ocorreu coisa semelhante, não?

- Jader Barbalho deixou digitais na Sudam. Renan Calheiros foi ministro da Justiça... Muitos podem achar que foi mais ou menos. Mas, seguramente, no nosso período foi menos. Bem menos.

- Como evitar o modelo que submete governabilidade à perversão?

- Se a Dilma tivesse disposição, liderança e coragem, tomava outro rumo.

- Insisto: qual a diferença entre o modelo que vigorou na Era FHC e o atual?

- O nosso governo era muito mais saudável. O PSDB tinha saúde. O DEM trabalhava de forma adequada. E havia muita gente que contribuía com o governo movido pelo interesse público. De lá pra cá, a política só piorou, graças sobretudo ao Lula, que passou por cima de instituições e confraternizou com malfeitores. Distribuem dinheiro na véspera, para ganhar a votação do dia seguinte. A corrupção explode e dizem que agora tem mais investigação. Balela.

- É mais difícil fazer oposição a Dilma do que a Lula?

- Não. A Dilma não vai terminar bem o governo dela. Centraliza tudo e decide pouco. Quando decide, age emocionalmente e erra. Não tem liderança. A ideia de que é boa gerente é falsa. Vai naufragar do ponto de vista administrativo e político.

- Acha, então, que Dilma não se reelege?

- Minha impressão é de que o Lula vai se candidatar. É a principal hipótese. E o Lula terá de explicar o fracasso dela, que tem origem nele. A Dilma está suja, mas quem sujou ela? Não fomos nós.

- Em que se baseia para dizer que a Dilma está suja?

- Os desmandos que estão aí vem da gestão anterior. Ela era gerente e não gerenciou. Veja o caso dos Transportes. No geral, verbas do PAC. Os aditivos de que Dilma reclama eram autorizados pelo comitê gestor comandado por ela. O próprio [ex-ministro] Alfredo Nascimento, que veio do Lula, disse: tudo passava por esse comitê, operado na Casa Civil da Dilma.

- Se Lula for mesmo candidato, quem irá enfrentá-lo, Serra ou Aécio?

- Hoje, não há cultura no partido para que impasses prevaleçam.

- Haverá prévia?

- Se for necessário, sim. É saudável. Esse assunto, se vier a se apresentar, será resolvido da forma mais aberta possível.


Escrito por Josias de Souza

OS FASCISTAS SAEM DA TOCA!


É sob pressão que pessoas, partidos e até instituições revelam a sua real natureza. Os cemitérios tendem a ser iguais nas ditaduras e nas democracias. A grande diferença se dá mesmo no mundo dos vivos. O 4º Congresso do PT, que começou ontem e termina hoje, está prestando um grande serviço ao país e à política. Os petistas revelam que não aprenderam nada nem esqueceram nada depois de nove anos de poder. Continuam os autoritários de sempre, decididos a substituir a sociedade pelo partido, conforme seu projeto original. Quem presta um pouco de atenção à história das idéias não está surpreso.

O petismo é um descendente do bolchevismo no que concerne à organização da sociedade, entendendo que a nação deva ser conduzida por um ente que decide em lugar dos cidadãos, porém adaptado — e como! — aos tempos modernos. Para o modelo, que ainda está em construção, pouco importa se os petistas estão ou não oficialmente no poder: eles sempre estarão por intermédio dos fundos de pensão, dos sindicatos, do aparelhamento das estatais. O petismo é um fascismo de esquerda.

No que concerne à ordem econômica, tudo vai muito bem para os companheiros, até porque têm como seu principal aliado o capital financeiro, que não quer saber a cor dos gatos desde que eles cacem ratos. O curioso embate que se dá no Brasil é entre a esquerda financeira, financista e rentista, com a qual os petistas compuseram, e a direita assalariada, que trabalha. Chamo de “direita” aqui, para deixar claro, as pessoas que ainda se ocupam de alguns dos velhos (!) e bons fundamentos das sociedades liberais: liberdade individual, igualdade perante a lei, incentivo ao empreendedorismo, estado enxuto, tudo o que parece hoje fora de moda. Os petistas não querem mexer no “sistema”. Ao contrário: pretendem reforçá-lo por meio, por exemplo, de uma reforma política estúpida, que extrema todos os males do modelo vigente.

Só uma coisa incomoda o PT: o regime de liberdades públicas que se respira no país. Isso eles não podem suportar. Então um partido ganha uma eleição — ou três… ou dez —, e ainda há gente na imprensa que se atreve a criticá-lo, que não concorda com sua ilegalidades, que resiste às suas tentações e práticas totalitárias, que não se submete a seus desejos e vontades? “Mas a gente não conquistou nas urnas o direito de fazer o que bem entende?”, eles se perguntam espantados. E a resposta, evidentemente, é “Não!” Eles conquistaram nas urnas A OBRIGAÇÃO de seguir as regras do estado de direito, de se submeter à lei, de nos servir por intermédio de um mandato, que pode ser revogado numa nova eleição ou mesmo num processo de impedimento.

Com a reportagem que revelou as lambanças de José Dirceu em Brasília, VEJA denunciou mais do que as lambanças do “consultor de empresas privadas” — poderoso chefão de um “governo paralelo” e sua mímica asquerosa de chefe de máfia —; a revista denunciou um método. E os petistas estão infelizes. Em outros tempos, eles mandariam empastelar a publicação, fariam quebra-quebra, perseguiriam os profissionais, exigiriam a demissão desse ou daquele, lotariam os porões do regime com essa gente recalcitrante… Hoje eles se civilizaram; pretendem perseguir seus desafetos por meio de instrumentos legais.

O texto do PT que volta a pregar o controle da “mídia” expõe como nunca a natureza do jogo. Eles até se mostravam dispostos a condescender com a democracia desde que nós não fizéssemos uso efetivo dela. Era como se dissessem: “Nós garantimos a sua liberdade, mas a condição é que não nos incomodem”. Tanto é assim que, não faz tempo, a Executiva Nacional do partido aprovou um documento em que abandonava essa estupidez. Mudou radicalmente de idéia. VEJA decidiu demonstrar que liberdade de imprensa não é uma licença que se pede no cartório partidário, mas um direito garantido pela Constituição, um fundamento das sociedades livres. Nos limites da lei, não pede licença nem pede desculpas.

Aí não dá! Figurões do partido como Gilberto Carvalho, secretário-geral da Presidência, e Ideli Salvatti, ministra das Relações Institucionais, defenderam ontem a “regulamentação da mídia”. Não custa notar que, durante a campanha — e mesmo depois de eleita —, Dilma Rousseff repudiou qualquer forma de controle. Ministros exercem cargos de confiança e falam pela presidente. Chegou a hora de enquadrá-los ou de confessar um estelionato.

Os fascistas de esquerda descobriram o gosto pelo capitalismo, mas não viram graça nenhuma na liberdade, que será sempre a liberdade de quem discorda de nós. Mas vão perder.

É crescente o número das pessoas que lhes dizem: “Não, vocês não podem. Não podem porque estamos aqui”.

Por Reinaldo Azevedo

ABRINDO CAMINHO


Certamente não foi por acaso que o ministro Gilberto Carvalho, percebido como o representante de Lula no Ministério de Dilma, passou a dizer nos últimos dias que o PT não deve cultivar saudosismo do ex-presidente, e sim trabalhar para criar as condições para que a presidente possa se candidatar à reeleição em 2014.

Logo ele, que avisava à oposição que Lula está no banco de reservas pronto para entrar em campo e que não perdia a oportunidade de ressaltar a saudade que tem do ex-presidente.

Tudo indica que os movimentos que a presidente Dilma vem fazendo, reorganizando a maneira de lidar não apenas com os demais partidos da base aliada, mas, sobretudo, com o PT, estão sinalizando uma determinação de alterar certos relacionamentos mais forte do que supunham seus companheiros de empreitada política.

O documento petista a ser divulgado nesse IV Congresso tem nas entrelinhas, apesar do apoio explícito ao governo Dilma, críticas à sua iniciativa de barrar comportamentos políticos desviados, sob a alegação de que os apoios que vem recebendo de amplos setores da sociedade e da "imprensa burguesa" nada mais são do que tentativas de intrigá-la com seu antecessor, que ficaria marcado como conivente com a corrupção e os malfeitos.

Na verdade, ao demarcar as ações do governo Dilma e reorientar suas prioridades, recolocando entre elas o que chamam de "controle social da mídia", o PT tenta retomar as rédeas de um governo que considerava seu e que, aos poucos, vai se mostrando mais independente do que poderiam supor setores petistas empenhados em tutelar a presidente, principalmente aqueles ligados ao ex-ministro José Dirceu, que classificou ainda na campanha presidencial o futuro governo Dilma como sendo o verdadeiro governo do PT, já que Lula era maior que o PT, e Dilma dependeria do partido para sua ação política.

O exercício da independência política inesperada tem sido demonstrado nos episódios da "faxina", que não teria sido suspensa, segundo pessoas próximas a ela, mas obedeceria a uma nova estratégia, de menos confronto, para ter mais eficiência.

A maneira como está tratando o orçamento do Judiciário é outro exemplo de como a presidente é capaz de confrontar interesses quando os considera alheios ao que identifica como interesse público.

No fim do texto que enviou ao Congresso como adendo ao Orçamento, Dilma deixa claro que não incluiu as propostas do Judiciário que têm um impacto de R$7,7 bilhões porque elas prejudicariam "a efetiva implementação de políticas públicas essenciais como as da Saúde, Educação e redução da miséria".

Diz que só as encaminha "em respeito ao princípio republicano da separação dos poderes e cumprindo dever constitucional", mas deixou para o Congresso definir o que será cortado para que a verba do Judiciário seja aprovada.

É claro que expor o Poder Judiciário ao crivo da opinião pública da maneira como fez é sinal de arrogância que muito já a prejudicou nos relacionamentos políticos, mas demonstra também que ela está disposta a usar até o limite seus poderes constitucionais para criar constrangimentos aos setores que considera estarem constrangendo sua ação presidencial, sejam eles políticos, o Banco Central ou o Judiciário.

O sociólogo Luiz Werneck Vianna, em seu recente livro "A modernização sem o moderno", lamenta que o governo Lula não tenha aproveitado a conjuntura favorável para avançar nas relações políticas. "(...) apesar dessa conjunção favorável das circunstâncias para a renovação da política, o governo Lula, ao invés de interpelar criticamente a nossa experiência republicana, trouxe de volta, por ensaio e erro, alguns de seus aspectos mais recessivos.

(...) mas as opções feitas, aprofundadas particularmente no segundo mandato, redundaram na solução imprevista de ele se apresentar como contínuo aos ciclos anteriores de nossa modernização, todos, reconhecidamente, levados a cabo por políticas de um Estado disposto assimetricamente quanto à sociedade"

(...) "Comprometeu-se, em nome de um pragmatismo que não apresenta suas razões, o moderno à modernização", escreve o sociólogo.

Pois ele, em recente artigo, identifica nos movimentos do governo Dilma de aproximação com novas forças políticas uma possibilidade de se chegar à modernidade.

De fato, há indicações de sobra de que a presidente Dilma está buscando um caminho próprio dentro do presidencialismo de coalizão que submete os governos, a pretexto da governabilidade, a constrangimentos que podem ser inaceitáveis para quem não se satisfaz só com o pragmatismo da política.

Ou para quem quer marcar sua passagem pela Presidência não como mera tutelada.

Certas atitudes da presidente Dilma podem estar surpreendendo os aliados, acostumados a uma atitude mais condescendente do ex-presidente Lula, que, na definição recente do governador Jaques Wagner, é mais "tolerante" e "palanqueiro", enquanto Dilma é mais "dura" e "gestora".

Desse embate entre modos diferentes de gerir o poder político petista, que não significa discordâncias de conteúdo, mas de forma, pode surgir rumo novo para a eleição 2014.

Se o governo Dilma superar os problemas políticos que a crise econômica internacional já está colocando em seu caminho, com a necessidade de conter gastos correntes que ela mesma dizia que representavam "vida", poderá se firmar como liderança política.

Mesmo assim, terá de ser franca favorita para se impor ao PT como candidata natural à reeleição e manter a aliança política em torno de si.

Caso a situação não lhe seja tão favorável, é possível que a aliança política se desmorone e surjam diversos postulantes à sua sucessão, dentro do PT e nos principais partidos, como o PMDB e o PSB.

Ou mesmo que novas alianças sejam formadas entre a oposição e partidos hoje na base aliada. Toda essa movimentação, no entanto, depende de uma variável: a decisão de Lula de concorrer.

O que pode ser visto como a salvação do PT ou também como um empecilho a que as lideranças da base aliada - como os governadores petistas Jaques Wagner, Tarso Genro, Marcelo Deda, o líder do PSB Eduardo Campos - deem curso ao seu destino político.

Merval Pereira, O Globo, 04/08/2011

AQUI, NÃO!



Aqui não é a Venezuela!!!

Para calúnia e difamação, existe o Código Penal. Por isso, qualquer controle da mídia, como pretende o PT, é inconstitucional.
Trata-se de censura.

Se não fosse a imprensa, muitos ministros não teriam sido demitidos e tantas falcatruas de corruptos não teriam sido descobertas.

Mas o Partido dos Trabalhadores volta a carga de anos anteriores e tenta, mais uma vez, colocar mordaça nesse poder, que não se calará jamais.

Incrível, mas o partido que se diz dos trabalhadores não quer um Brasil melhor. Quer ser seu único dono, com controle total das pessoas, numa forma de esconder seus tropeços, suas fraudes, seus escândalos.

A mídia é a voz do povo. E para os que se sintam prejudicados por ela, há a Justiça. O discurso dos petistas é conversa fiada. Falam em dar grande demonstração de força e mostrar ao País que a luta deles é a luta do brasileiro. Se assim fosse, seus filiados denunciados em falcatruas deveriam ter sido banidos da face da Terra.
Alegar que lutam pela democratização dos meios de comunicação é ignorar o conjunto legal deste Brasil, onde não consta qualquer impedimento para se criar um órgão de imprensa.

O papel da imprensa nacional é alertar o cidadão das mazelas do Estado. É lamentável a manobra de envolver a sociedade, abduzida por promessas absurdas e esmolas sociais, nesse movimento sensor.

Trata-se de mais uma utopia discursiva pois o direito à liberdade de expressão é garantido pela Constituição Federal, ou seja, não há cerceamento da manifestação do pensamento.

Afinal, o que pretende esse partido? Instituir a ditadura legal, como ocorre em nossa vizinha Venezuela? A política de Hugo Chávez aqui,não!

*Editorial - Diário do Grande ABC - 03/09/2011

REMEMBER...

PARA REGISTRO DA MEMÓRIA NACIONAL DA VERGONHA

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PT AMARELA E NÃO APROVA MOÇÃO FAVORÁVEL A JOSÉ DIRCEU

Depois de ter sido tratado friamente por Dilma Rousseff, José Dirceu, que foi flagrado pela revista Veja recebendo ministros e dirigentes de estatais em seu cafofo no Hotel Naoum, em Brasília, não logrou arrancar uma moção favorável no congresso do PT.

As informações são de que a 'cumpanherada' está com as barbas de molho pois, além do descontentamento de Dilma com o despacho de membros do governo nos aposentos do chefe da quadrilha, existiriam outras imagens, entre elas a de Gilberto Carvalho indo beijar a mão do poderoso chefão.

O evento terminou com um clima pesado em função do fato, sendo que o presidente do PT nem citou Dilma para defender o inventor do mensalão.

Para o petista, Rui Falcão, a aprovação de uma moção não era necessária porque, na abertura do Congresso, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a militância já tinham feito uma homenagem ao dirigente petista.

"Houve uma grande saudação por parte do presidente Lula na abertura do Congresso. Até o momento não se apresentou nenhuma moção nesse sentido por se entender que as manifestações do primeiro dia eram mais que uma moção", disse Falcão.

AVALIANDO MUAMAR AL-KADHDHAFI

Original em inglês: Assessing Qaddafi
Tradução: Joseph Skilnik


O chefe de estado com mais tempo no poder no mundo, Muammar al-Kadhdhafi (transliteração apropriada do seu nome), teria sido governante da Líbia por exatamente 42 anos em 1 de setembro. À medida que ele sai de cena, seu desprezível reinado merece uma avaliação.


Quando da tomada do poder, Kadafi era uma das figuras públicas mais bem-apessoadas.

Kadafi tomou o poder aos 27 anos, nos últimos dias de Gamal Abdel Nasser, o ultra influente líder pan-árabe do Egito, e se via como acólito de Nasser, só que com ambições ainda maiores: enquanto Nasser sonhava com uma única nação árabe indo desde o Atlântico até o Golfo Pérsico como um fim em si mesmo, Kadafi vislumbrava a unidade árabe como o primeiro passo para a unidade muçulmana.
Embora Kadafi tenha fracassado em alcançar algum tipo de unidade e sua "Terceira Teoria Internacional" detalhada em 1975 no Livro Verde confirmada um fiasco total, teve impacto inicial marcante em dois importantes acontecimentos.

Primeiro, um papel notável no aumento dos preços dos combustíveis que começou em 1972 e continua até os dias de hoje. Desafiando o controle das companhias petrolíferas internacionais sobre a produção e preço do petróleo, iniciou a transferência de poder das salas de reuniões ocidentais para os palácios do Oriente Médio. Especificamente, os riscos que Kadafi assumiu resultaram em sucesso e ajudaram a aumentar em quatro vezes o preço do petróleo entre 1973 e 1974.

Segundo, Kadafi lançou o que ficou conhecido então como o renascimento islâmico e que também ainda continua. Quando ninguém estava pronto a tomar atitudes dessa natureza, ele, orgulhosa e provocativamente, na vanguarda, propunha as causas islâmicas por meio da aplicação de aspectos da lei islâmica, convocando muçulmanos em todo o mundo a fazerem o mesmo, dando assistência a quaisquer muçulmanos em conflito com não muçulmanos.

O longo governo de Kadafi pode ser dividido em quatro eras.

A primeira e mais expressiva, de 1969 a 1986, consistiu em sua atividade frenética, intrometendo-se em assuntos e conflitos da Irlanda do Norte até o sul das Filipinas.
Uma lista incompleta incluiria o quase debilitamento da campanha para reeleição de Jimmy Carter em 1980, por meio de pagamentos a seu irmão Billy, declaração de união política com a Síria; ajuda militar ao Irã contra o Iraque, ameaça a Malta quanto a exploração de petróleo em águas concorridas, suborno ao governo de Chipre a aceitar um transmissor de rádio da Líbia, envio de tropas ao sul do Chade para controlar o país e unificá-lo à Líbia e ajuda a um grupo de muçulmanos na Nigéria, cuja violência deixou mais de 100 mortos.

Símbolo da decadência de seu regime, Kadafi se tornou uma das figuras públicas mais desagradáveis.


Contudo essas iniciativas não levaram a nada. Segundo escrevi em uma avaliação em 1981, "Nenhuma das tentativas de Kadafi em realizar coups d'état derrubou algum governo, nenhuma força rebelde teve sucesso, não houve separatistas que estabeleceram um novo estado, nenhuma campanha terrorista quebrou a determinação de um povo, nenhum plano de unificação foi executado até o fim e nenhum país fora a Líbia aderiu à "terceira teoria".

Kadafi colheu amargura e destruição sem atingir nenhum de seus objetivos. Maior futilidade sequer pode ser imaginada".

A primeira era terminou com o bombardeio dos Estados Unidos em 1986, em retaliação pelo atentado em uma discoteca em Berlim, o que aparentemente afetou a psique de Kadafi.
Seu aventureirismo raivoso diminuiu drasticamente, voltando-se ao mesmo tempo para a África e a ambição em construir armas de destruição em massa. À medida que a sua presença no cenário mundial foi encolhendo, foi desprezado como maluco.

A terceira fase começou em 2002, quando Kadafi, já apaziguado, pagou indenizações pelo papel líbio na derrubada de um avião da Pan Am em 1988 e desistiu de suas ambições nucleares.
Embora os fundamentos de seu regime continuassem em vigor, tornou-se persona grata nos países ocidentais, ao mesmo tempo em que o primeiro-ministro britânico e o secretário de estado americano prestavam homenagens a ele, na Líbia.


A quarta e última fase começou no início deste ano, com a rebelião em Bengasi, quando Kadafi, em retirada, voltou à brutalidade explícita de seu governo anterior, deixando de lado a imagem cuidadosamente montada de alguém que presta atenção às expectativas internacionais.
Com o regime na corda bamba, sua crueldade e delírio tornaram-se o centro das atenções e os resultados foram devastadores, resultando em sua rejeição por grande número de líbios, sua família, seu regime e seu legado.

Após décadas de repressões e fraudes, os líbios enfrentam agora o desafio de descartar esse legado asqueroso. Eles precisam batalhar para se livrar da paranóia, depravação e deformidade.

Conforme Andrew Solomon da revista New Yorker resumiu o problema, os líbios "poderão se recuperar do peculato e da brutalidade de Kadafi, mas a dissimulação da vida na Grande Jamairia Socialista Árabe do Povo Líbio irá levar muito tempo para desaparecer".

Realmente levará.

National Review Online, 30/08/2011
DanielPipes.org