"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



terça-feira, 23 de agosto de 2011

EXPLICAM-SE, MAS NÃO CONVENCEM...



Paulo Bernardo e mulher se explicam mas não convencem. O Código de Ética foi violado. RUAAAAAAAAAAA
Paulo Bernardo e Gleisi Hoffmann negam uso de avião de empreiteira

O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, divulgou nota negando que tenha utilizado avião de uma empreiteira para viajar pelo país no ano passado, quando era ministro do Planejamento no governo Luiz Inácio Lula da Silva. A acusação foi feita em reportagem da revista Época desta semana.

De acordo com a reportagem, a mulher de Paulo Bernardo, a ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, também teria utilizado o mesmo avião, um turboélice King Air, prefixo PR-AJT, durante sua pré-campanha para o Senado. Gleisi também negou as acusações, por meio de nota divulgada pela Casa Civil nesta tarde.

O ministro foi chamado hoje ao Palácio do Planalto para uma reunião com a presidenta Dilma. O encontro dos dois não estava previsto na agenda de Dilma, nem do ministro.

De acordo com a nota divulgada por Paulo Bernardo. “Esclareço que jamais solicitei ou me foi oferecido qualquer meio de transporte privado em troca de vantagem na administração pública federal". [nota-se que, espertamente, o ministro diz que jamais solicitou ou lhe foi oferecido qualquer meio de transporte privado em troca de vantagem na administração pública; sabedor que fatalmente será comprovado que ele usou transporte privado então deixou a condicionante de 'em troca de vantagem na administração pública federal';

Esperteza: prova-se a viagem mas não se prova que foi em troca de vantagem na administração pública.
Só tem um detalhe: o famoso Código de Ética Pública proíbe viajar a qualquer ministro aceitar carona, com vantagem ou sem vantagem.]

O ministro explicou no texto que em 2010, ele participou, nos fins de semana, feriados e férias, da campanha eleitoral no Paraná. "Para isso, utilizávamos aviões fretados pela campanha, o que incluiu aeronaves de várias empresas, que receberam pagamento pelo serviço. Não tenho, porém, condições de lembrar e especificar prefixos e tipos, ou proprietários, dos aviões nas quais voei no período", disse o ministro.

A nota divulgada por Gleisi também atribui à campanha a utilização do avião. Ela nega que tenha utilizado aviões de particulares ou de empresas no exercício do cargo público e que, durante sua campanha para o Senado utilizou para deslocamento avião fretado, com contrato de aluguel fretado.

De acordo com a reportagem, o avião pertence ao empresário Paulo Francisco Tripoloni, dono da Construtora Sanches Tripoloni. De acordo com a revista, somente no ano passado a empresa recebeu R$ 267 milhões do governo federal e é apontada pelo Tribunal de Contas da União como executora de obras com superfaturamento.

Paulo Bernardo disse na nota que "não existe relação entre o exercício do cargo de Ministro do Planejamento e fatos decorrentes da execução de obras públicas no estado do Paraná".

O ministro acusou a revista de, nos últimos meses, investir em "insinuações indevidas", contra ele e sua mulher. "A revista Época fez nos últimos dois meses, quatro matérias em que cita a mim ou à ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffman, com insinuações indevidas, algumas de forma absolutamente gratuita, sem me ouvir".

Na nota, o ministro diz que "estou e sempre estive à disposição do Congresso Nacional para a prestação de quaisquer esclarecimentos que se façam necessários”.

Fonte: Agência Brasíl

[virou rotina no arremedo de faxina promovida pela atual presidente da República a ida do suspeito ao Congresso para prestar esclarecimentos; vai, devidamente blindado pela bancada governista, responde algumas perguntas informais e volta para casa.

Igual o criminoso que vai depor em um inquérito policial e declara que só falará em juízo e volta para casa dizendo que provou a inocência.
A Dilma não pode esquecer de mandar a Ideli se explicar no Congresso - a denúncia contra ela, apresentada pela revista IstoÉ é consistente.]


União Nacional Republicana

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