Fracasso na copa, agravamento de crise econômica e tsunami de corrupção ameaçam reeleição petralha
14 de janeiro de 2014
A cúpula da campanha reeleitoral de Dilma Rousseff identifica algumas graves fragilidades que podem atrapalhar ou comprometer a vitória nas urnas eletrônicas: a tensão pré e pós Copa do Mundo, o estouro de um tsunami de denúncias de corrupção e os sinais de agravamento da crise econômica. Tudo pode fazer brotar, novamente, o clima de “revolta nas ruas”, com efeitos eleitorais negativos para o grande esquema PT.
No curtíssimo prazo, a petralhada teme que seja politicamente fatal o repique do Mensalão. A previsão é de que vazem novas denúncias sobre velhos casos impunes de corrupção. O mais apavorante seria o Rosegate – arrasando com Luiz Inácio Lula da Silva (que deve tentar o Senado por São Paulo). A evidente união estável do PT com a decadente família Sarney, na aliança sempre pouco confiável com o PMDB, aumenta a tensão da petralhada.
Na propaganda petralha, a vitória de Dilma está assegurada. Mas, na avaliação real dos estrategistas do PT, o risco de perder é alto. Dilma não conta com o apoio seguro da Oligarquia Financeira Transnacional – que controla os negócios com o Brasil. A fuga dos investidores é apenas um sinal da insatisfação. O investimento deles em espionagem, fabricação de dossiês que vazam na hora certa e na mobilização para manifestações públicas (como ocorreram em 2013) são evidências concretas da oposição do poder real globalitário ao PT que foi posto por eles no poder e agora tende a ser descartado facilmente.
Marketeiros da Dilma sabem que a única chance é seguir com a tática de divulgar pesquisas claramente manipuladas para sinalizar uma vitória quase impossível. A esperança deles consiste em que, na base da fraude eleitoral, com um sistema de votação totalmente eletrônico que não permite recontagem impressa de votos, tudo é possível. Além disso, para facilitar a falcatrua, os presidenciáveis Aécio Neves e Eduardo Campos não decolaram ainda. O medo é: se tiverem apoio externo, e principalmente do sistema financeiro e do agronegócio interno, podem surgir do nada para a vitória contra o PT. Nem a aventura de um Joaquim Barbosa da vida é descartada pelos aloprados petistas.
Ainda no curtíssimo prazo, um dos maiores temores do PT, na trajetória reeleitoral, é a oposição ostensiva do Itaú-Unibanco e do Bradesco. A guerra intestina com os maiores bancos do País pode amplificar os efeitos da fuga de investimentos gerada pela perda de credibilidade do governo e pelos conhecidos problemas estruturais da economia tupiniquim: absurda carga tributária, falta de infraestrutura logística, alto custo trabalhista e insegurança jurídica.
No curto prazo, Dilma e aliados temem pelo agravamento de problemas de governança na Petrobras, Eletrobras, Caixa e Banco do Brasil – sustentáculos do capimunismo sindical que mobiliza recursos do BNDES e dos fundos de pensão para os principais negócios que os petralhas e comparsas dirigem nas sombras. A petralhada sabe que seu esquema mafioso já foi mapeado pela espionagem norte-americana que irritou – e desesperou – a Presidenta, o Presidentro Lula e os aliados.
Ainda no curto prazo, as obras de infraestrutura para a Copa da Fifa dificilmente ficarão prontas a tempo ou a contento. O previsível caos aéreo, a especulação de preços com a competição e a péssima prestação de serviços aos turistas vão provocar desgaste de imagem internacional para o governo Dilma. O torneio tende a ser um fracasso de público se os patrocinadores não subsidiarem a compra e distribuição dos caríssimos ingressos para os jogos. Tudo pode virar uma dor de cabeça gigante se a seleção brasileira não for a campeã. Todos se lembrarão do quanto se torrou de dinheiro fora com o torneio particular da turma de Josef Blater.
No médio prazo, outro grande medo petista: os efeitos internos previsíveis e imprevisíveis da crise econômica que prenuncia o estouro da bolha brasileira. Elaboradores de cenários macroeconômicos apostam que a bomba explode em 2015, combinando inflação, instabilidade cambial, fuga de investidores, desemprego, descontrole dos gastos públicos, juros ainda mais altos e inadimplência generalizada pelo endividamento descontrolado de empresas e das famílias.
No longo prazo, o cenário para o Brasil já é de derrota – vença ou perca o PT. O País parece caminhar na contramão do mundo que produz e se desenvolve. Até o sempre próspero agronegócio – vocação natural brasileira – se vê prejudicado, na competitividade internacional, pela falta de infraestrutura. O custo Brasil é inviável.
O mais grave é que não há indícios concretos de que o Brasil vai mudar para melhor. Fica pior com o PT no poder. Mas não há garantias de que melhore com a petralhada de fora, se algo de muito profundo não acontecer por obra e graça dos segmentos esclarecidos do povo brasileiro.
Lembrai-vos do Desastre ambiental
Pescadores, ecologistas e movimentos sociais promoverão uma lembrança pública dos 14 anos do vazamento de 1 milhão e 800 mil litros de óleo da Petrobrás na Baía de Guanabara, sem indenização financeira a milhares de pescadores artesanais impactados.
O ato público será na próxima sexta-feira, 17 de janeiro, às 10 horas, em frente à sede da empresa, na Avenida Chile, no centro do Rio de Janeiro.
Manifestantes prometem levar redes de pesca sujas de óleo, cartazes e faixas, além de peixes que serão distribuídos no local, para chamar a atenção para a impunidade em torno do que foi considerado o maior acidente ecológico do Brasil.
Pescadores alertam sobre a existência (ainda) de grande volume de óleo nas áreas de manguezais e no fundo da baía, o que tem prejudicado a reprodução do pescado e a vida marinha.
Estranho segredo
No dia 18 de janeiro de 2000, 1,8 milhão litros de óleo vazaram do duto de ligação entre a Reduc (Refinaria Duque de Caxias) e a Ilha D´Água, na Ilha do Governador.
A Petrobras foi condenada a pagar mais de R$ 1 bilhão em indenizações pelo dano ambiental.
A empresa conseguiu que o caso continue correndo em "segredo de justiça" - sob o argumento que precisa proteger a cotação de suas ações no mercado internacional.
Manifestantes pretendem perguntar onde está a tão divulgada "Política de Responsabilidade Social e Ambiental" da empresa, diante da mortandade de peixes, aves cobertas de óleo e prejuízos provocados à pesca e ao turismo na Baía.
Harley do Francisco à venda
Será dia 6 de fevereiro o leilão de uma Harley Davidson de 1.585 cilindradas, que o Papa Francisco ganhou de presente da lendária marca de motocicletas, em junho do ano passado.
Com a assinatura “Francesco” no tanque, não se sabe se chegou a ser pilotada pelo Papa.
O dinheiro do leilão vai para a Caritas Roma, entidade beneficente católica.
Tão de Brincanagem
Novas sobras de campanha
Só guardando...
Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus.
14 de janeiro de 2014
Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor.
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