"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



terça-feira, 6 de dezembro de 2011

CINEMA: UM CONTO CHINÊS

Quando o cinema perde a pretensão

Sabe toda aquela pretensão que eu crítico em 90% dos filmes brasileiros? Aquela mania de tentar explicar a vida, o universo e o embate social com dois teoremas de Pitágoras por cima? Então, os argentinos parecem não sofrer muito desse mal.

Comprove vendo “Um Conto Chinês”, filme dirigidfo pelo argentino Sebastián Borensztein (larga a mão de ser bairrista) que ainda esta passando em alguns cinemas do país. Se não der para ver em tela grande, alugue o DVD (prometido para este mês). Mas veja. O trailer dá uma ideia de como o filme vale a pena.

Um Conto Chinês consegue ser uma comédia divertida e sensível. Fala de tolerância, vida, solidão e toca em feridas nacionais (Guerra das Malvinas) sem fazer discurso. O que por aqui é uma raridade. Salvo poucas exceções, comédia nacional tem que ter Bruno Mazzeo, Ingrid Guimarães e um travesti caricato, senão ninguém lança. Ou então é um manifesto sem graça de alguém querendo impressionar os amigos do curso de cinema.

Quando é que a geração Daniel Filho vai aprender?



walter carrilho

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