"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



quarta-feira, 28 de setembro de 2011

AS CELEBRIDADES DESCEREBRADAS

Cássia Kis poderia ter ficado quieta…

Personalidades na mídia devem ter a sensibilidade de que influenciam as massas. Por exemplo: a atriz Cássia Kis declarou ontem ao jornal carioca “O Dia”:

“Quando jovem eu experimentei chá de cogumelos e fumei maconha. Acho que todo mundo deveria pelo menos uma vez na vida fumar um baseado”.

Pra quê tal incentivo? Enquanto vivemos a degradação social por culpa das drogas lícitas e ilícitas, tal defesa da apologia do uso não colabora em nada por um mundo melhor… lamentável.

Professor Rafael Porcari, 19/09/2011

NOTA AO PÉ DO TEXTO

Não basta a degradação que já padecemos políticamente? É preciso que uma "celebridade descerebrada" venha a público declarar que fez uso de drogas? E mais, fazer uso da "achologia" para 'aconselhar' que 'todo mundo deveria, pelo menos uma vez na vida, fumar um baseado'? Convenhamos! Qualquer pessoa medianamente idiota sabe o poder mimético que as celebridades e suas novelas exercem sobre a massa de espectadores ardorosos.
A paupérrima rotina da vida, e a busca do sonho, da "fantástica vida venturosa' que entorpece milhões de 'noveleiros' com suas vidas paralelas, onde se encasulam nas suas 'pasárgadas' e perdem o pé da realidade, já é suficiente para nos jogar na cara os 'tiriricas' da vida; dispensamos vir uma 'celebridade' aconselhar uma 'fumacinha'. Já lidamos com a droga invadindo a juventude; já lidamos com o crack e as "cracolândias", com as anfetaminas, os ectasis, a cocaina e sei lá mais o quê... Já sofremos a vergonhosa política de corrupção que tomou conta desse país, do cinismo, da desfaçatez, do PNDH3, que propõem transformar a sociedade, alterando as relações até mesmo constitucionais, com pretensões de definir novas sexualidades legais, destituindo a família do fulcro básico da sociedade.
Acredito que podemos dispensar a dona Cássia Kis e sua achologia, assim como seus conselhos, pois já nos preocupamos demais com os jovens e suas baladas, onde rolam a droga e as DST. Já convivemos com a violência, muitas vezes gratuitas. Precisamos de silêncio para encontrar novos caminhos. Precisamos de consciência política para escolhermos melhor nossos políticos; precisamos repensar a nossa humanidade. Precisamos urgentemente de reagir, de lutar pela renovação.
m.americo

2 comentários:

  1. Vejo muita contradição nessa crítica à atriz. Quando o poder público aprova alguma lei sobre assunto considerado tabu, a imprensa diz que foi açodado, que no Brasil pouco se discute e não se provocou a necessária reflexão da sociedade. Quando uma pessoa pública vem à tona e expõe suas experiências sexuais ou com drogas ou aborto é tachada de lunatica, inconsequente, fútil. Já tá passando da hora da mídia responsável e de visão combater toda forma de paternalismo e estimular sim a discussão sobre assuntos espinhosos e reais

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