O IBGE não considera a população moradora de rua nos seus censos demográficos. No entanto, as estimativas são de que entre 0,6% e 1% dos brasileiros vivam nas ruas. O número, desta forma, pode variar de 1,2 milhão a 2 milhões que não possuem uma casa para morar.
Dilma Rousseff, ontem, dando sequência ao espetáculo de demagogia inaugurado pelas lágrimas de crocodilo de Lula, em 2003, esteve em meio aos catadores de lixo.
Em referência aos moradores de rua, leiam o que escreveu hoje a Folha de São Paulo:
No discurso, ela ainda sugeriu que governos estaduais praticam uma política higienista. "O que está ocorrendo é uma limpeza humana nas grandes cidades deste país", disse a presidente, após lembrar que as polícias são controladas pelos governadores.
Como argumento, ela citou o número de 142 moradores de rua que teriam sido mortos pela violência, segundo os organizadores do evento.
De acordo com Dilma, é preciso abrir um diálogo com os governadores sobre a questão, já que a "União não tem poder sobre municípios nem sobre Estados". Para ela, isso mostra porque seria preciso aperfeiçoar o pacto federativo.
Se pegarmos o número menor de moradores de rua, 143 mortes de pessoas significam 12 mortes por 100 mil habitantes, entre um grupo que não tem casa, não tem saúde, não tem segurança, não tem nada. Se pegarmos pelo número maior das estimativas, a média fica em 7 mortes a cada 100 mil.
A média de homicídios do Brasil, após quase uma década de governo do PT, é de 22,6 por 100 mil habitantes. Segundo estatísticas do Sistema de Informações de Mortalidade do Ministério da Saúde, ocorreram, em 2010, quase 50 mil assassinatos no país, com um ritmo de 137 homicídios diários. As mortes de um dia nas estradas são praticamente as mortes de um ano entre os moradores de rua.
No trânsito, a violência é a mesma, sendo que o número de mortes é de mais de 30 para cada 100 mil habitantes. Há uma grande responsabilidade do Governo Federal nestas mortes. Enorme responsabilidade.
Cabe à Dilma impedir o tráfico de armas e o tráfico de drogas. Cabe à Dilma manter as estradas federais, que são as que mais matam, em condições mínimas de trafegabilidade.
Dilma Rousseff, ontem, em deprimente espetáculo de demagogia e politicagem barata, usou a parcela mais miserável da população brasileira, que demonstra o fracasso das suas políticas sociais, para lavar as mãos do sangue de inocentes que dependem, integralmente, do poder público que, em última análise, a tem como maior autoridade.
E ainda jogou a culpa sobre os governadores de estado. A esquerda vive buscando mortes e mártires para, sobre eles, exercitar o seu discurso de luta de classes.
É uma vergonha ouvir uma presidente falar em "limpeza humana" e "higienismo", com tantas mortes sob sua inteira responsabilidade.
Mais vergonhoso ainda é nenhum membro da oposição dar uma resposta à altura.
coroneLeaks
Um painel político do momento histórico em que vivem o país e o mundo. Pretende ser um observatório dos principais acontecimentos que dominam o cenário político nacional e internacional, e um canal de denúncias da corrupção e da violência, que afrontam a cidadania. Este não é um blog partidário, visto que partidos não representam idéias, mas interesses de grupos, e servem apenas para encobrir o oportunismo político de bandidos. Não obstante, seguimos o caminho da direita. Semitam rectam.
"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)
"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)
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