BRASÍLIA – O governo se mostrou bastante satisfeito com o balanço da Copa de 2014, apresentado ontem à imprensa em evento que começou com 78% de atraso. O ministro dos Esportes, Aldo Rebelo, que perdeu a hora e chegou depois de iniciada a solenidade, se disse animado com o andamento moroso das obras, um sinal, segundo ele, de que tudo está sendo feito com muito capricho, muito esmero.
Repórteres pediram que Rebelo comentasse os números do balanço, e, em especial, o fato de que, a dois anos da Copa, apenas 5% das obras estejam prontas. Falando lentamente, Rebelo explicou que 5% é mais do que 4%, substancialmente mais do que 3% e o dobro de 2,5%. “Gostaria muito que a imprensa se debruçasse sobre esses números”, bocejou, para concluir, depois de uma rápida soneca, que já está um pouco cansado da preocupação excessiva com os 95% restantes.
Como o ministro puxasse um baralho do colete e começasse a jogar paciência, as perguntas seguintes foram dirigidas ao ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro, que, antes de responder, foi instado a apresentar documentos para comprovar identidade e função.
Terminada as formalidades, Ribeiro explicou que estudos do governo revelaram que parcela significativa das funcionárias do almoxarifado da TV Câmara considera 90 minutos tempo demasiado para uma contenda esportiva. Diante disto, o governo decidiu economizar recursos e encerrará as obras em agosto de 2013, data em que, se não chover, os projetos executados já serão 7,2%.
Ribeiro garante que isso dará ao governo boa margem de segurança para propor à FIFA o encolhimento das partidas para 4 minutos – “2 tempos de 2 minutos, com 20 segundos de intervalo”, conforme explicou. “Isso corresponde a 5% da duração normal, o que permite ocupar de maneira bem mais racional o belo estádio completo e o bonito meio estádio – constituído de campo e pelo menos uma trave – que estarão prontinhos em 2014.
25 de maio de 2012
The i-Piaui Herald
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