Foto tomada durante uma celebração de ano novo em Havana, em 1º de janeiro de 1962 e publicada na revista Bohemia. O ataúde tem escrito:
"Aqui jaz o Sr. Kennedy. A revolução cubana o matou." Foto do site do jornal El Nuevo Herald
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As ordens surpreenderam o oficial da inteligência cubana. A maioria dos dias em seu pequeno centro de comunicações, junto ao isolado complexo familiar de Fidel Castro no oeste de Havana, os passava grudado em seus equipamentos de rádio, percorrendo o espectro radioelétrico da Ilha em busca de sinais de espiões e sabotadores da CIA, triangulando sua posição para em seguida entregá-las às forças de segurança.
Mas sua atribuição foi repentinamente alterada, ao menos nesse dia. "A chefia quer que abandones todo o trabalho sobre a CIA, todo", ordenou seu chefe. Em seu lugar, deveria concentrar-se no Texas, "qualquer detalhe, por pequeno que fosse, no Texas". Aproximadamente três horas depois, quase ao meio-dia de 22 de novembro de 1963, o assombrado agente de innteligência teve algo que reportar que era muito mais que um pequeno detalhe: o assassinato em Dallas do presidente John F. Kennedy.
"Castro sabia", disse o agente de inteligência à CIA durante um interrogatório vários anos depois, após desertar para os Estados Unidos. "Eles sabiam que matariam Kennedy."
A história do desertor é contada num livro que chegará às livrarias no próximo mês de abril, de autoria de Brian Latell, analista aposentado da CIA, onde foi diretor de inteligência da América Latina e, agora, é pesquisador adjunto do Instituto de Estudos Cubanos e Cubano-Americanos da Universidade de Miami (EUA).
Fidel Castro na época
CONTEÚDO POLÊMICO
O livro, Castro's Secrets: The CIA and Cuba's Intelligence Machine (Os segredos de Castro: A CIA e a máquina de inteligência cubana), é o primeiro estudo substancial das operações de inteligência de Fidel Castro. Baseado em entrevistas com espiões cubanos que desertaram, assim como documentos da CIA, FBI, Pentágono e outros órgãos de segurança americanos, tem uma boa quantidade de material que provavelmente causará controvérsias, dentre eles relatos de como os espiões cometeram assassinatos políticos, penetraram no governo norte-americano e enganaram seus os agentes.
Mas não há nada mais explosivo que a alegação de Latell, o autor desse livro, de que o assassino de Kennedy, Lee Harvey Oswald, advertiu à inteligência cubana de seus planos de matar o Presidente. Lattell relata que Oswald, um ativista partidário de Castro, se sentiu cada vez mais frustrado quando funcionários da embaixada cubana no México lhe negaram visto para viajar à Ilha, e prometeu matar Kennedy para provar suas credenciais revolucionárias.
"Fidel conhecia as intenções de Oswald e não fez nada para deter o plano", segundo consta no livro. Latell, contudo, sustenta que sua obra não é exagerada, mas reservada. "Tudo o que escrevo está respaldado por documentos e fontes identificadas", disse ao jornal The Miami Herald. "Não há especulação. Não digo que Fidel Castro ordenou o assassinado; não digo que Castro controlava Lee Oswald. Poderia ter feito isso, mas não defendo essa ideia porque não pude encontrar nenhuma prova disso" - pondera.
Mas Fidel queria ver Kennedy morto? indaga o autor para responder afirmativamente explicando o motivo. "Sim. Castro temia Kennedy". Sabia que Kennedy estava apontando os canhões. Na mente de Fidel, provavelmente era um assunto de sua própria defesa".
Lee Harvey Oswald
VENENO MARXISTA
Se a prosa de Latell é sóbria, os acontecimento que descreve não são. Castros's Secrets, que será publicado pela Macmillan, explora um confuso e mortal capítulo dos anos de 1960, quando a Guerra Fria esteve a ponto de esquentar. Os Estados Unidos, temerosos de que a revolução de Castro permitisse à União Soviética por um pé nas Américas, respaldou a invasão da Baía dos Porcos. Os soviéticos colocaram misséis nucleares na Ilha, o que deixou o mundo inteiro à beira de uma catástrofe atômica durante duas semanas.
Com esse cenário, as suspeitas de um vínculo cubano com o assassinato de Kennedy eram tidas como natural. E foram reforçadas pelas erráticas atividades de Oswald, marxista durante toda a vida e que abandonou a Infantaria da Marinha em 1959, desertando para a União Soviética onde tentou renunciar à cidadania americana e se casou com uma russa que era coronel da inteligência militar soviética.
Oswald havia regressado para os Estados Unidos em 1963. Mas vários meses antes do assassinato de Kennedy, num momento em que as tensões entre Havana e Washington ferviam, o enérgico e público apoio de Oswald à Cuba - havia realizado várias manifestações e, inclusive, teve um choque com um grupo anti-castrista - chamou a atenção da imprensa em New Orleans, onde vivia nesse momento.
Também chamou a atenção da CIA, que tinha as embaixadas cubana e soviética na Cidade do México sob forte vigilância. A CIA observou Oswald visitar ambas embaixadas várias vezes entre 27 de setembro e 2 de outubro de 1963, quando buscava visto para viajar aos dois países. Tradução livre do espanhol
18 de março de 2012
aluizio amorim
Um painel político do momento histórico em que vivem o país e o mundo. Pretende ser um observatório dos principais acontecimentos que dominam o cenário político nacional e internacional, e um canal de denúncias da corrupção e da violência, que afrontam a cidadania. Este não é um blog partidário, visto que partidos não representam idéias, mas interesses de grupos, e servem apenas para encobrir o oportunismo político de bandidos. Não obstante, seguimos o caminho da direita. Semitam rectam.
"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)
"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)
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