"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



sábado, 10 de março de 2012

PT x PMDB

Palácio joga culpa no líder peemedebista por projeto que equipara salários de homens e mulheres não ter sido sancionado por Dilma.

Em meio à rebelião da base aliada no Congresso, o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), desobedeceu o Planalto ao retirar da pauta um projeto que seria sancionado pela presidente Dilma Rousseff na próxima terça-feira. A proposta em questão equipara os salários de homens e mulheres que ocupam a mesma função em uma empresa.
O texto, que pune com multa os empregadores que desrespeitarem a regra, foi aprovado nesta semana numa comissão em caráter terminativo e, se não fosse contestado em cinco dias, seria sancionado na visita de Dilma ao Congresso para comemorar o Dia Internacional da Mulher.

Empresários descontentes com a multa pressionaram senadores e o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior para que a proposta fosse discutida de novo.
Alegaram que o projeto provocaria enxurrada de ações, por não especificar como a discriminação será identificada. Jucá então apresentou recurso, com a assinatura de oito colegas, para que o texto fosse votado no plenário, impedindo a sanção imediata de Dilma.

Apesar da surpresa, o governo avalia que, como não há consenso, é importante que o texto seja mais bem debatido.
Com o recurso de Jucá, o projeto voltará a ser discutido nas comissões do Senado antes de ser votado. A assessoria do senador diz que ele seguiu orientação do Planalto. A coordenação do governo diz que não pediu a suspensão da aprovação.

10 de março de 2012
(Folha de São Paulo)

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