Aquele joguinho de palavras de Dilma Rousseff na entrevista concedida a Patrícia Poeta, do Fantástico, tem um novo capítulo. Indagada sobre como lidava com o “toma lá, dá cá” da base aliada, a presidente desafiou a jornalista a exibir um exemplo do “dá cá” que ela explicaria o “toma lá”.
Infelizmente, a Soberana ficou sem resposta e se encarregou ela própria de fazer a entrevista voltar para o trilho do bate-papo. Pois bem.
Pedro Novais, ministro do Turismo, já era! O PMDB agora está em guerra para nomear seu substituto. Como ele se tornou ministro é um desses mistérios sem segredos. Foi o “toma lá, dá cá”. Dilma nem o conhecia.
É que a presidente disse ao PMDB: “Dá cá o apoio e toma lá os ministérios”. O Turismo entrou na cota. Entregue a pasta de porteira fechada, aí o partido é que tinha de se haver com os seus vários senhores feudais.
O Turismo entrou como um agrado extra na cota de Sarney. Quem indicar para o cargo? Ah, vai o Pedro Novais mesmo? “Pedro quem?”, poderia ter indagado Dilma. “Presidente, isso é assunto nosso!”
E assim ele se tornou o titular da pasta, estreando no noticiário com a festa feita no motel, paga com dinheiro público. O resto, a gente viu. Dilma se encontrou com ele uma única vez.
É esse modelo, que conduz a tal rigor nas nomeações e nas composições políticas, que os petistas estão empenhados hoje em manter na reforma política.
O PT até já escalou alguns pensadores livres como um táxi para defender este exemplo de democracia. Dizem até que, se Obama tivesse um PMDB e um PR, Arnaldo Jabor dormiria mais tranqüilo e pararia de fazer campanha contra os republicanos junto ao eleitorado brasileiro… Aí só lhe restaria ser “combativo” na… China!
Por Reinaldo Azevedo
Um painel político do momento histórico em que vivem o país e o mundo. Pretende ser um observatório dos principais acontecimentos que dominam o cenário político nacional e internacional, e um canal de denúncias da corrupção e da violência, que afrontam a cidadania. Este não é um blog partidário, visto que partidos não representam idéias, mas interesses de grupos, e servem apenas para encobrir o oportunismo político de bandidos. Não obstante, seguimos o caminho da direita. Semitam rectam.
"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)
"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)
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