Um painel político do momento histórico em que vivem o país e o mundo. Pretende ser um observatório dos principais acontecimentos que dominam o cenário político nacional e internacional, e um canal de denúncias da corrupção e da violência, que afrontam a cidadania. Este não é um blog partidário, visto que partidos não representam idéias, mas interesses de grupos, e servem apenas para encobrir o oportunismo político de bandidos. Não obstante, seguimos o caminho da direita. Semitam rectam.
"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)
"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)
terça-feira, 18 de outubro de 2011
LULA, DILMA E ORLANDO SILVA, O QUE ELES TÊM EM COMUM?
O que o ex-presidente Lula, a presidente Dilma e o ministro dos esportes, Orlando Silva, têm em comum? As justificativas fajutas. Lula baixou atos normativos que proporcionaram fontes bilionárias de recursos ao MENSALÃO. Ele se justificou alegando que “não sabia de nada”, e ficou por isso mesmo.
Quando Dilma Roussef era ministra, foi publicado no site oficial da Casa Civil o seu curriculum, constando que ela era mestre em teoria econômica e doutoranda em economia monetária e financeira pela Unicamp. Negada tal informação pela Universidade, a nossa “presidenta” justificou-se alegando que teria havido “mal entendido” e ordenou que fosse "corrigido" o seu curriculum.
Dilma também negou que tenha providenciado a confecção do dossiê contra FHC, assim como negou que tenha tentado intervir na apuração sobre o filho do senador Sarney, fazendo solicitação à ex-secretária da Receita Federal Lina Vieira. Lina afirmou que teve encontro com Dilma para tal fim, citando o dia e a hora. Curioso é que as imagens da câmera de vigilância que poderiam confirmar ou negar o encontro, simplesmente desapareceram, e ficou por isso mesmo.
O ministro dos esportes, Orlando Silva, já pagou estada de hotel para esposa, babá e filha, assim como apreciou tapioquinhas, utilizando o cartão corporativo. Questionado, alegou que se confundiu, por isso utilizou o dinheiro público para quitar despesas particulares.
Agora, acusado de receber dinheiro de propina, primeiro ele disse que estava no México e continuaria cumprindo a agenda. Porém, logo em seguida, “mudou de ideia” e veio ao Brasil. Aqui, ele tenta desqualificar o acusador, alegando desconhecê-lo, apesar de ambos serem do mesmo partido – o PC do B - e ter liberado vultosos recursos para a ONG presidida pelo denunciante. Diz que somente liberou os recursos porque atendeu ao pedido de Aguinelo Queiroz, atual governador do DF, o que é negado por este.
O ministro “corporativo” tenta demonstrar não ter culpa no cartório, requerendo à PF que investigue o caso. Ora, se ele é apontado como receptor de propina, para que haja investigação, é necessário que o próprio se dirija ao Supremo Tribunal Federal, onde tem foro privilegiado, e peça para que seja instaurado inquérito policial, abrindo mão, de pronto, já que diz ter interesse na apuração, do seu sigilo fiscal, bancário e telefônico. Isso é o mínimo que se precisa para fazer uma investigação idônea, pois não adianta alardear, dizendo que requereu apuração, se ele permanece blindado pela prerrogativa de foro.
Verifica-se pela sequência de fatos, com a queda de vários ministros, que algo no Brasil anda muito errado. Antigamente, por bem menos, se via grande quantidade de pessoas nas ruas bradando: “Fora Sarney”, “Fora Collor”, “Fora FHC”. Hoje não se vê nada disso. Poucos que se aventuram a fazer algum “protesto”, o fazem com tanta discrição que mais parece estarem participando de um velório. Se não fosse uma parcela da imprensa. Repito. Uma parcela da imprensa, pois grande parte da mídia não vê nada, ninguém ouvia falar em corrupção, apesar de o país estar atolado nessa bandidagem, que se alastrou em todas as esferas governamentais após o episódio do mensalão.
Seria a fartura de recursos destinados à publicidade, ONGs, UNE, MST, Associação de Moradores, Associação de Pescadores, Associação de qualquer coisa, que tem garantido à corrupção o silêncio que não se via outrora? Curioso é que faltam recursos para a Saúde (médicos ganham uma mixaria, faltam equipamentos hospitalares etc.); faltam recursos para a Educação (salário de professor é uma miséria. No Rio Grande do Sul o Governo se recusa a pagar o piso salarial da categoria que é uma bagatela); faltam recursos para a Segurança (salário de policial dá dó), mas não faltam recursos para ONGs e outras entidades similares.
Até quando o Brasil aceitará justificativas fajutas?
Manoel Pastana
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