Artigos - Movimento Revolucionário
A partir do momento em que o gayzismo parte da validação absoluta de um determinado comportamento (praxis), para uma doutrina específica, é obrigado a desconstruir teoricamente o real.
Como é possível que o parlamento inglês não tenha liberdade para discutir em plenário a liberdade de expressão? Como é possível que o partido conservador inglês não consiga conservar a instituição do casamento, quando defende agora a extensão do casamento a parceiros do mesmo sexo? As respostas estão numa nova espécie de ideologia (o gayzismo ou homossexualismo) que está a ser integrada em um novo projecto totalitário abrangente.
O que se está a passar na Europa é uma guerra de informação (nos me®dia, mas não só) que paulatinamente vai retirando a liberdade de expressão não só aos cidadãos em geral, mas também às próprias instituições ditas democráticas. A guerra pelo controlo da informação tem origem em uma aliança estratégica entre a elite política (ou melhor: a “ruling class”) e a ideologia gayzista. Em primeiro lugar, procuramos saber o que é ideologia gayzista; em segundo lugar, saber por que a ideologia gayzista interessa às elites; e por último, saber quais as possíveis consequências da actual deriva totalitária na Europa.
Do ponto de vista informacional, uma ideologia é um sistema de ideias feito para controlar, acolher e recusar a informação. Uma ideologia não é apenas uma teoria, mas é sobretudo uma doutrina.
Com a história relativamente recente do nazismo e do comunismo, a população europeia está, grosso modo, vacinada contra estes dois tipos de totalitarismo: hoje, os partidos comunistas tendem a desaparecer e os partidos nazis são uma ínfima minoria. Por isso, e afastados os espectros destes dois tipos de totalitarismo, uma determinada facção da elite europeia e globalista vê com bons olhos a incorporação da ideologia gayzista nos seus planos de acção política, porque esta ideologia contribui, de facto, para a alienação identitária e atomização da sociedade, abrindo assim o caminho para a instauração de um novo tipo de totalitarismo.
Os gayzistas (ou seja, os militantes da ideologia gayzista) têm um problema: a sua ideologia baseia-se num determinado comportamento — a ideologia gayzista parte da praxis para a doutrina, ao contrário das ideologias tradicionais que partem da doutrina para a praxis. Nesta inversão da acção política reside a necessidade do gayzismo de se infiltrar nos partidos políticos tradicionais, e é assim que vemos, por exemplo, a gayzista Isabel Moreira eleita deputada independente pelo Partido Socialista, e o partido conservador britânico minado por dentro pela militância gayzista infiltrada.
A partir do momento em que o gayzismo parte da validação absoluta de um determinado comportamento (praxis), para uma doutrina específica, é obrigado a desconstruir teoricamente o real — já não se trata apenas e só de uma desconstrução da História ou de ideias (como faziam as ideologias tradicionais), mas agora é já a própria desconstrução da realidade concreta e objectiva. Esta desconstrução da realidade passa necessariamente pela erradicação da identidade do indivíduo comum, negando-lhe não só a liberdade de expressão em nome de uma pretensa igualdade, mas também a sua própria história pessoal através da destruição da instituição da filiação.
Como toda a ideologia, o gayzismo pretende sempre evitar, a todo o custo, que a informação o atinja. Para isso, o gayzismo afasta a informação e afasta-se desta. A ideologia gayzista (como todas as outras) faz implodir a informação, e verificamos isso mesmo quando qualquer informação contrária à ideologia gayzista é imediatamente alvo de insultos (“Homófobo! Intolerante! Ignorante! Atrasado mental!”) — e isto para que a informação não faça explodir a ideologia gayzista.
A ideologia gayzista não seria um problema maior se não estivesse hoje a ser utilizada e instrumentalizada pelos herdeiros políticos dos totalitarismos do século XX. Quando o partido conservador inglês (já minado por dentro) defende o “casamento” gay, e quando a liberdade de expressão não pode ser objecto de discussão livre no parlamento inglês, percebemos a dimensão do problema. A ameaça totalitária que devemos temer já não é o nazismo ou o comunismo, mas antes “devemos temer o que não conhecemos, e conhecer o mais depressa possível o que hoje devemos temer” (Gianfranco Sanguinetti).
Orlando Braga, 17 Outubro 2011
Um painel político do momento histórico em que vivem o país e o mundo. Pretende ser um observatório dos principais acontecimentos que dominam o cenário político nacional e internacional, e um canal de denúncias da corrupção e da violência, que afrontam a cidadania. Este não é um blog partidário, visto que partidos não representam idéias, mas interesses de grupos, e servem apenas para encobrir o oportunismo político de bandidos. Não obstante, seguimos o caminho da direita. Semitam rectam.
"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)
"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)
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