Um painel político do momento histórico em que vivem o país e o mundo. Pretende ser um observatório dos principais acontecimentos que dominam o cenário político nacional e internacional, e um canal de denúncias da corrupção e da violência, que afrontam a cidadania. Este não é um blog partidário, visto que partidos não representam idéias, mas interesses de grupos, e servem apenas para encobrir o oportunismo político de bandidos. Não obstante, seguimos o caminho da direita. Semitam rectam.
"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)
"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)
quarta-feira, 16 de novembro de 2011
OS DOIS MAIS GRADUADOS MEMBROS DA QUADRILHA DO MENSALÃO ESTÃO COM MEDO DO PSD. BOM PARA O BRASIL.
Eles rivalizaram publicamente e foram os protagonistas do maior escândalo da década, o mensalão. Mas agora compartilham ideias semelhantes sobre os rumos da política nacional, especialmente sobre qual o significado da dobradinha entre o PSD, recém-fundado pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, e o PSB, liderado pelo governador de Pernambuco, Eduardo Campos.
Poucos dias depois de seu desafeto, o ex-deputado federal e ex-presidente do PT José Dirceu, criticar a formação de alianças entre as duas siglas, o também ex-deputado e presidente do PTB, Roberto Jefferson, declarou, pelo Twitter, que a parceria entre Campos e Kassab tem como principal alvo minar a hegemonia petista no cenário nacional.
Jefferson afirmou que o PT vai "reconhecer logo" que errou ao viabilizar a criação do PSD. O presidente do PTB lembrou que a legenda, formada por dissidentes do DEM, não encontrou resistência do governo federal e ainda recebeu gestos claros de apoio dos petistas. Como exemplos, Jefferson citou a liberação de alianças com a sigla de Kassab em 2012, decidida no último congresso do PT, e a abertura de espaços importantes, como na Bahia, onde o governador Jaques Wagner permitiu que seu vice, Otto Alencar, organizasse um dos diretórios estaduais mais fortes do PSD.
No entanto, como o parceiro preferencial de Kassab é o PSB, o partido do prefeito fortalecerá o projeto do governador Eduardo Campos de disputar a Presidência, defendeu o petebista. "É consenso hoje que o governador Eduardo Campos prepara-se para voo solo", comentou Jefferson, que rompeu com o governo federal ao denunciar o escândalo do mensalão em 2005. Roberto Jefferson apontou como sinal desse projeto político em curso a possível formação de um bloco de deputados federais entre PSB e PSD para rivalizar com PT e PMDB como a maior bancada da Câmara.
"Na melhor das hipóteses, [Campos] age para minar a aliança PT-PMDB, se colocando como nome pra ocupar a vice na chapa da [presidente] Dilma [Rousseff] à reeleição", disse, embora o governador diga publicamente que não pretende concorrer a nenhum dos cargos em 2014.
Segundo Jefferson, os petistas estimularam a formação do novo partido devido a um "ódio cego" contra o PSDB, que perdeu força com a desestruturação de seu principal aliado, o DEM. "É nisso que dá a obsessão de derrotar o PSDB, principalmente em SP. Nesta armação, o tiro pode sair pela culatra", afirmou.
Na semana passada, José Dirceu, grande antagonista de Jefferson no escândalo do mensalão, fizera comentários que seguiram a mesma linha. Primeiro, em seu blog; e depois em reunião do comando nacional do PT.
Nas duas ocasiões, Dirceu criticou a aliança Kassab-Campos, que já começou a se concretizar com a união dos dez vereadores do PSD com os três do PSB, na Câmara da capital paulista.
O bloco dos 13 formará a maior bancada na Casa, ultrapassando a do PT, que tem 11. Para Dirceu, o partido de Kassab serve a um projeto político não petista e reforça uma espécie de tríplice aliança, que já tem nos outros vértices a parceria entre o PSB e os tucanos.
É o caso da comunhão já em andamento em vários Estados, como Minas Gerais, Paraná, Paraíba, Alagoas e São Paulo, onde o presidente regional do PSB, Márcio França, é secretário estadual de Turismo no governo de Geraldo Alckmin.(Do Valor Econômico)
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