Um painel político do momento histórico em que vivem o país e o mundo. Pretende ser um observatório dos principais acontecimentos que dominam o cenário político nacional e internacional, e um canal de denúncias da corrupção e da violência, que afrontam a cidadania. Este não é um blog partidário, visto que partidos não representam idéias, mas interesses de grupos, e servem apenas para encobrir o oportunismo político de bandidos. Não obstante, seguimos o caminho da direita. Semitam rectam.
"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)
"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)
domingo, 4 de dezembro de 2011
A CONSPIRAÇÃO, OS RATOS E UMA NAÇÃO QUE SOFRE
A situação política do Brasil de hoje mostra muito bem que toda essa celeuma de direita versus esquerda é apenas isso: conversa fiada.
Em qualquer país com uma oposição minimamente ativa, as revelações de toda a podridão que vem sendo acobertada pelo atual governo serviriam como combustível para uma campanha ativa e constante visando seu impedimento ou, pelo menos, o seu descrédito junto à opinião pública.
Mas, aqui o que ocorre é uma apatia inexplicável da oposição e até declarações de amor e de apoio dos políticos dessa “suposta oposição” a presidente no poder e eleita pela coligação “rival”.
Para minha modesta percepção e ainda levando-se em conta o desempenho dos políticos ligados aos partidos da oposição e da situação; pode ser notado o fato de que há uma verdadeira conspiração sendo tramada contra o povo brasileiro e contra nossa nação nos bastidores da política federal.
Exagero?
Analise alguns poucos fatos e tire, você mesmo, a sua conclusão:
A questão da qualidade da educação no Brasil está muito mais do que colocada em pratos limpos. Ela foi radiografada e exposta com uma clareza tal que não sobram mais quaisquer dúvidas a respeito dos problemas encontrados e das soluções possíveis.
Mas, o que fazem governo e oposição? O primeiro retira o Brasil das competições internacionais e foca apenas em olimpíadas locais onde a mediocridade é comparada à mediocridade. Com isso, forjam-se resultados “animadores”, enquanto a verdadeira face de nossa educação é cada vez mais terrível e excludente. Avaliação após avaliação, desconsiderando-se os critérios da aprovação automática (criado para elevar os índices de aprendizado e mascarar os péssimos resultados alcançados) o resultado efetivo das escolas é a formação de uma legião de analfabetos funcionais e adultos incapazes de compreender e executar operações básicas da matemática.
Sabedores disso, políticos da oposição ao contrário de primarem pela excelência acadêmica; favorecer o mérito dos estudantes ou criar meios de refletir brilhantes resultados sobre o obscurantismo da ignorância ofertado pelo governo; atuam exatamente da mesma forma. Alguns políticos “opositores” anunciam que reduzirão a carga horária das aulas de português e matemática nas escolas públicas. Sem sombra de dúvidas, o quadro que hoje é dantesco tenderá apenas a piorar ainda mais.
Qual o objetivo desse raciocínio? Por que, ao invés de atuar de forma diametralmente oposta, os políticos de oposição praticam as mesmas barbaridades e cometem os mesmos erros?
A chave desse mistério está na fala da secretária do MEC (Ministério da Educação e Cultura) em resposta a pergunta: “Por que não se volta a ensinar Ética, Moral e Cívica ou Organização Política nas escolas”? – Sua resposta – “Porque isso é coisa de ditadura”.
Essa resposta encerra o pensamento de todos os políticos de hoje: ensinar ao povo (em especial aos menos favorecidos) as formas de funcionamento dos diversos agentes políticos, as necessidades de cada poder republicano, as formas de exercer a cidadania, o comportamento ético adequado, os instrumentos disponíveis para o cidadão fazer valer a sua voz e fiscalizar os políticos, a ponderação necessária ao escolher um candidato a um cargo eletivo e tido mais que gira em torno da organização social e política de uma nação é coisa “dispensável” por ser “maldita”.
Assim, desde a tenra idade escolar, o cidadão brasileiro é mantido no obscurantismo e na ignorância. Tratado como débil mental, eterno carente e um ser incapaz de elevar-se social e economicamente sem o auxílio paternalista do Estado.
Quanto mais ignorante e incapaz de detectar as oportunidades que o mundo oferece, mais dependente das esmolas criadas pelo Estado e mais suscetível aos ”salvadores da pátria” ávidos por enganá-los enquanto engorda as próprias contas secretas.
Sem uma formação de qualidade e sem escolas capazes de criar mentes inquisitivas e dotadas da capacidade de interpretar as entrelinhas dos discursos mirabolantes e cheios de promessas vazias ou sem sentido; o brasileiro jamais amadurecerá como nação e continuará sendo um refém nas mãos de espertalhões e malandros de ocasião.
Oposição e situação se unem como ratos para devorar os cérebros e as almas dos brasileiros desde a mais tenra idade e para transformar nossa nação num lugar de sofredores e patéticos reféns da “caridade” das elites partidárias.
Infelizmente, a única forma de libertar-se dessa conspiração é rebelar-se contra ela através da compreensão de sua existência e da revelação de seus objetivos. Isso reside no cerne de nosso próprio povo e de alguns elementos que consigam mobilizar as massas e anular os ensinamentos de décadas que nos condenaram ao imobilismo ao conformismo e a apatia.
Somente o brasileiro pode libertar o brasileiro.
E é aí que está o problema.
Pense nisso.
Arthurius Maximus, 27/setembro/2011
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