"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

PERMANÊNCIA DE CARLOS LUPI AMEAÇA A POPULARIDADE DE DILMA ROUSSEFF

As vésperas do Dia do Combate à Corrupção, 9 de dezembro, cientistas políticos e cidadãos ligados a movimentos contra a corrupção exigem uma atitude da presidente Dilma Rousseff diante da extensa lista de acusações contra o Ministro do Trabalho e Emprego (MTE), Carlos Lupi. Ao adiar a demissão de Lupi, recomendada pelo Conselho de Ética Pública da Presidência da República, a presidente desagrada cada vez mais a opinião pública. Especialistas acreditam que Dilma ainda não exonerou Lupi porque pretende tirar a pasta do comando do Partido Democrático Trabalhista (PDT).

A organizadora do movimento Todos Juntos Contra a Corrupção, a empresária Cristine Maza, disse que a faxina associada ao governo Dilma é uma farsa. “O que começou de um jeito esta terminando de outro. Se até a Comissão de Ética já recomendou a demissão, por que ela precisa esperar até janeiro?”

A mais recente acusação contra Lupi foi a de ter ocupado os cargos de assessor da Câmara dos Deputados e da Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro simultaneamente, entre 2000 e 2005. Pesam ainda contra Lupi, o fato de que pededistas da cúpula do MTE, serem acusados de cobrar propina para liberação de recursos e os indícios de desvio de dinheiro público em convênios firmados com entidades ligadas ao PDT, apontados pela Controladoria-Geral da União (CGU) e o Tribunal de Contas de União (TCU).

Fonte: O Globo, dezembro 2, 2011

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