Quando o livro de Amaury Ribeiro Jr. foi lançado, houve uma verdadeira febre de fervor patriótico entre os petistas e alguns dos partidos aliados, que passaram a exigir a convocação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar a chamada Privataria Tucana (royalties para o jornalista Elio Gaspari, que criou a expressão).
O deputado Protógenes Queiroz (PCdoB-SP) prontamente começou a colher as assinaturas e facilmente conseguiu atingir o quorum mínimo. A opinião pública então passou a aguardar a convocação dessa CPI, que realmente interessa a toda a sociedade brasileira e deveria ter sido formada logo no início do primeiro governo Lula. Mas nada aconteceu.
Ou melhor, aconteceu o contrátio. O presidente da Câmara, deputado Marco Maia (PT-RS), desde então já assinou requerimentos para a criação de três CPIs, que irão investigar assuntos correlatos: tráfico de pessoas, exploração sexual de menores e trabalho escravo. Mas esqueceu completamente de convocar a CPI da Privataria Tucana.
Ao comentar os trabalhos de investigação, Maia disse que as comissões não podem ser apenas um “instrumento de disputa entre situação e oposição”.
“Nós queremos resgatar o papel das CPIs e que elas se transformem em instrumento concreto de melhoria da qualidade de vida do nosso povo”, assinalou.
É justamente isso que se quer. As pessoas do bem estão interessadas em passar esse país a limpo, mas não conseguem. A sujeira é tamanha que está saindo pelo ladrão, digamos assim. E a CPI da Privataria Tucana seria um grande marco nesse sentido moralizador.
Mas cadê a CPI? Parece que falta vontade política para realmente convocá-la.
12 de fevereiro de 2012
Carlos Newton
Um painel político do momento histórico em que vivem o país e o mundo. Pretende ser um observatório dos principais acontecimentos que dominam o cenário político nacional e internacional, e um canal de denúncias da corrupção e da violência, que afrontam a cidadania. Este não é um blog partidário, visto que partidos não representam idéias, mas interesses de grupos, e servem apenas para encobrir o oportunismo político de bandidos. Não obstante, seguimos o caminho da direita. Semitam rectam.
"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)
"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)
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